Você está na página 1de 297

Rhema Brasil Publicações

Rua Izabel Silveira Guimarães, 172


58.410-841 - Campina Grande - PB
Fone: 83.3065 4506

www.rhemabrasilpublicacoes.org.br
editora@rhemabrasilpublicacoes.org.br

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Rhema Brasil


Publicações.

Direção: Samir Ferreira de Souza


Supervisão: Ministério Verbo da Vida
Tradução: Daiane Ribeiro de Oliveira
Revisão e copidesque: Idiomas & Cia
Capa: Filipi Rodrigues
Diagramação versão digital: DIAG Editorial

Publicado no Brasil por Rhema Brasil Publicações com a devida autorização


de Harrison House Publishers
Tulsa, OK 74145
www.harrisonhouse.com
Todos os direitos em língua portuguesa reservados.
Esta é uma tradução da 1a edição do título original e a 1a edição em língua
portuguesa.

Título original: Biblical Prosperity


A balanced guide to God’s financial plan for your life
Copyright © 2011 by Derek Walker
All rights reserved
Copyright © 2016 Rhema Brasil Publicações.

As citações bíblicas, exceto quando indicado em contrário, foram extraídas da


Bíblia Sagrada, Almeida Edição Revista e Atualizada, © 1993, Sociedade
Bíblica do Brasil.

Proibida a reprodução, de quaisquer formas ou meios, eletrônicos ou


mecânicos, sem a permissão da editora, salvo em breve citações, com
indicação da fonte.

1a Edição
Sumário
Capa
Ficha Técnica
Introdução
Capítulo 1: A Vontade de Deus É nos Prosperar
Capítulo 2: O Propósito de Deus em nossa Prosperidade
Capítulo 3: O Princípio da Mordomia
Capítulo 4: O Princípio das Primícias
Capítulo 5: Dizimar ou não Dizimar?
Capítulo 6: Prosperidade na Expiação
Capítulo 7: Possuindo a Terra
Capítulo 8: Exercendo Autoridade
Capítulo 9: Plantando e Colhendo
Capítulo 10: Bênçãos e Milagres
Capítulo 11: El Shaddai e Jeová Jiré
Capítulo 12: Prosperidade Prática em Provérbios
Apêndice 1
Apêndice 2
Conclusão
Oração de Autoridade
INTRODUÇÃO

Neste livro, o meu objetivo é oferecer a você um guia equilibrado do plano


financeiro de Deus para a sua vida. Deus certamente se interessa por todos os
aspectos da sua vida, inclusive pelas suas finanças. Isso fica evidente a partir
da grande quantidade de passagens bíblicas que falam sobre o assunto, muitas
das quais são apresentadas neste livro. Eu chamo isso de “Prosperidade
Bíblica” para sustentar a verdade fundamental de que Deus nos ama e deseja
nos abençoar em cada área da vida, até mesmo as nossas finanças: “Amado,
acima de tudo, faço votos por tua PROSPERIDADE e SAÚDE, assim como
é PRÓSPERA a tua alma” (3 João 2; grifo meu). Deus deseja que tenhamos
uma jornada próspera pela vida. “Deus pode fazer-vos abundar em toda
graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis
em toda boa obra” (2 Coríntios 9:8). Veja que o propósito de Deus para a
nossa prosperidade não é simplesmente o de termos todas as nossas
necessidades supridas, mas o de termos o suficiente para superabundar em
toda a boa obra.
Contudo, para muitos “prosperidade” é uma palavra perigosa, porque
transmite a imagem de uma pessoa não cristã, bem como a ideia de acúmulo
insaciável de riqueza. Porém, devemos entender que a Prosperidade Bíblica é
um fluir de riqueza, que consiste tanto de RECEBER quanto de DAR. A
nossa prosperidade é medida mais em termos do que damos do que em
termos do que temos. Deus deseja abençoá-lo e prosperá-lo, para que você
seja uma bênção! Este livro destina-se a construir (1) a sua FÉ para
RECEBER e (2) o seu AMOR para DAR. Isso lhe trará sabedoria quanto à
maneira como você gerencia os seus recursos, e irá ajudá-lo a tornar-se mais
obediente a Deus em suas finanças, pois quanto mais você alinha a sua vida à
vontade de Deus, mais das Suas bênçãos podem fluir para e por intermédio
de você.
Que ninguém diga que este não é um assunto de vital importância, porque
Jesus disse que se formos infiéis ao lidar com o dinheiro, não serão confiadas
a nós as verdadeiras riquezas (Lucas 16:10-12). Sim, este é um assunto
emotivo e controverso, já que alguns o manipulam e enfatizam em excesso
certos aspectos, com frequência apelando à carne com segundas intenções de
ganhar dinheiro. Mas a resposta para isso não é ir para o outro extremo e
jogar fora o essencial com o que não é necessário, mas sim considerar tudo o
que Deus tem a dizer sobre o assunto.
Capítulo 1

A VONTADE DE DEUS É NOS PROSPERAR

ssim como acontece quando analisamos algumas áreas que tratam

A de verdades fundamentais, utilizaremos no ensino da Prosperidade


Bíblica uma abordagem equilibrada, e iremos dirigir por essa
estrada mantendo-nos no meio dela em vez de nos desviar para extremos de
qualquer dos lados. Existem duas VERDADES complementares e paralelas
com relação à VONTADE e o PROPÓSITO de Deus para as nossas finanças,
que precisam ser mantidas juntas na balança. Se apenas focarmos uma delas
em detrimento da outra, nosso volante ficará desequilibrado e iremos desviar
para um dos extremos. Só teremos uma visão bíblica equilibrada se
abraçarmos plenamente e ao mesmo tempo as duas verdades. Só então iremos
andar em equilíbrio e evitaremos tender para os extremos. Esse não é um
caso de “ou... ou”, mas de ambos, porque devemos nos apoiar nas verdades
relacionadas à prosperidade. No capítulo 1, abordaremos a primeira verdade,
e no capítulo 2 trataremos da segunda verdade.
Essas duas VERDADES são:

1. A VONTADE de Deus É PROSPERÁ-LO (em seu espírito, alma,


corpo, relacionamentos e finanças).
2. O PROPÓSITO de Deus É ABENÇOÁ-LO (financeiramente), para
que você seja uma BÊNÇÃO para outros e especialmente para o
Reino de Deus (não apenas para ter todas as suas necessidades
supridas).

Observamos o equilíbrio perfeito dessas duas verdades em Gênesis 12:3:


“(1) Eu o abençoarei, e (2) farei de você uma bênção”.
Essas duas bênçãos chamadas de RECEBER e DAR devem trabalhar
juntas.
Quando falo de EXTREMO, falo de uma preocupação egocêntrica com a
nossa própria prosperidade, o que acontece se focarmos apenas uma única
verdade: “(1) a VONTADE de Deus É a Prosperidade”. Se ouvirmos apenas
ensinamentos a respeito de como prosperar e ter sucesso na vida, esse apelo à
carne nos tornará egocêntricos. Se as pessoas vão à igreja ou assistem à TV
apenas para aprender como ficar ricas, então existe um problema. Se a
motivação é egocêntrica e materialista, ela se transformará em avareza, o que
vai contra a essência do cristianismo. É por isso que há uma reação contra os
mestres da prosperidade, porque alguns realmente só enfatizam esse lado da
verdade e apelam para os seus ouvidos da carne dizendo: “Siga meu
ensinamento, invista em meu ministério e Deus o tornará rico”. Alguns são
arrecadadores profissionais de dinheiro, cobrando altas taxas para levantarem
grandes ofertas.
Mas permita-me deixar claro que eu creio na BÊNÇÃO da
PROSPERIDADE e eu a ensino, porque ela está na Bíblia, mas ela deve ser
ensinada em conjunto com o seu PROPÓSITO principal, que é nos capacitar
para sermos uma bênção. Se não ensinarmos isso, iremos aterrissar no outro
extremo de uma mentalidade pobre que atingiu a Igreja por quase dois mil
anos, e que ensina que ser pobre é de algum modo uma bênção espiritual.
Existe um pensamento de que o dinheiro é mau, quando na verdade foi Deus
quem criou e proporcionou toda a riqueza da terra para desfrutarmos e
usarmos. Na verdade, é o “amor ao dinheiro” a raiz de todos os males, e um
homem pobre é tão propenso a amar o dinheiro quanto um homem rico. É
possível ser abençoado com muitas riquezas e ainda assim não amá-las, como
foi com Abraão, Jó e o próprio Deus. A questão é a atitude do nosso coração
com relação ao dinheiro, ou seja, se o nosso coração é correto, Deus pode
confiar em nós com o uso da Sua riqueza, e nos abençoar assim como Ele fez
com muitos homens na Bíblia, sabendo que ela não irá nos corromper.

BÊNÇÃO ou MALDIÇÃO?
Primeiro precisamos ter claro em nossa mente que a PROSPERIDADE faz
parte da BÊNÇÃO e a POBREZA faz parte da MALDIÇÃO. Isso deveria ser
óbvio. No princípio, antes da Queda e de quando a maldição entrou no
mundo, Deus fez todas as coisas BOAS, não tinha falta de nada. Adão e Eva
possuíam tudo de que precisavam, não havia falta. Essa prosperidade era a
vontade perfeita de Deus para eles. Apenas quando pecaram foi que se
desligaram da bênção de Deus, dando lugar à maldição.

MALDITA é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento


durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos,
e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão,
até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao
pó tornarás.
— Gênesis 3:17-19; grifo meu

Além disso, a Bíblia profetiza que um dia a maldição do pecado será


removida da terra e a bênção de Deus será plenamente revelada. Nesse
momento, haverá abundância de prosperidade e ausência de pobreza, assim
como é agora no céu, quando a riqueza de Deus é plenamente expressada e
existe apenas abundância. Olhe para a grandeza da Nova Jerusalém, em
Apocalipse 21 e 22, com suas ruas de ouro transparente! Deus é rico e não
tem vergonha de exibir as Suas riquezas e torná-las disponíveis para o Seu
povo!
Começando com Abraão, Israel sempre entendeu que Deus deseja
abençoar e prosperar o Seu povo, e que a pobreza fazia parte da maldição.
Agora, isso não significa que você pode medir o relacionamento e graça de
uma pessoa para com Deus pela quantidade de riqueza que ela tem. A
situação é muito mais complicada do que isso. Mas precisamos ter bem claro
que Deus é BOM e deseja ABENÇOAR o Seu povo. Ele está do lado da
prosperidade e não da pobreza. O Evangelho é Boas-novas para o POBRE,
seja pobreza espiritual, pobreza emocional (rejeição), pobreza física (doença)
ou pobreza financeira. A Boa-nova é que, por intermédio de Cristo, Sua
bênção está disponível para nos libertar da pobreza e restaurar as nossas vidas
arruinadas (ver Isaías 61:1-4).
Em Deuteronômio 28, Deus contrasta a BÊNÇÃO e a MALDIÇÃO.

Virão sobre ti e te alcançarão todas estas BÊNÇÃOS: BENDITO


serás tu na cidade e bendito serás no campo. BENDITO o fruto do teu
ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as crias das
tuas vacas e das tuas ovelhas. BENDITO o teu cesto e a tua
amassadeira. BENDITO serás ao entrares e BENDITO, ao saíres. O
SENHOR fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se
levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete
caminhos, fugirão da tua presença. O SENHOR determinará que a
BÊNÇÃO esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e
te ABENÇOARÁ na terra que te dá o SENHOR, teu Deus.
— Deuteronômio 28:2-8; grifo meu

O SENHOR te dará ABUNDÂNCIA de BENS no fruto do teu ventre, no


fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o SENHOR,
sob juramento a teus pais, prometeu dar-te. O SENHOR te abrirá o seu
bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para
ABENÇOAR toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes,
porém tu não tomarás emprestado. O SENHOR te porá por cabeça e
não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres
aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os
guardar e cumprir.
— Deuteronômio 28:11-13; grifo meu

Claramente, uma grande parte da BÊNÇÃO foi a PROSPERIDADE


material.
Então, Ele também descreveu a MALDIÇÃO em grande detalhe:

Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus,
não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus
estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas MALDIÇÕES
sobre ti e te alcançarão.
— Deuteronômio 28:15; grifo meu

O que vem a seguir não é muito agradável de ler, mas observe que Deus é
muito claro quanto à POBREZA ser parte da MALDIÇÃO, portanto, não
devemos glorificá-la.

MALDITO serás tu na cidade e MALDITO serás no campo.


MALDITO o teu cesto e a tua amassadeira. MALDITO o fruto do teu
ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas e das tuas
ovelhas. MALDITO serás ao entrares e MALDITO, ao saíres. Os teus
céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será
de ferro... e NÃO PROSPERARÁS nos teus caminhos; porém somente
serás oprimido e roubado todos os teus dias; e ninguém haverá que te
salve. Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá
com ela; edificarás casa, porém não morarás nela; plantarás vinha,
porém não a desfrutarás. O fruto da tua terra e todo o teu trabalho,
comê-los-á um povo que nunca conheceste; e tu serás oprimido e
quebrantado todos os dias.
— Deuteronômio 28:16-19, 23, 29-30, 33; grifo meu

Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o


gafanhoto a consumirá. Plantarás e cultivarás muitas vinhas, porém
do seu vinho não beberás, nem colherás as uvas, porque o verme as
devorará. Em todos os teus limites terás oliveiras; porém não te
ungirás com azeite, porque as tuas azeitonas cairão. Gerarás filhos e
filhas, porém não ficarão contigo, porque serão levados ao cativeiro.
Todo o teu arvoredo e o fruto da tua terra o gafanhoto os consumirá.
O estrangeiro que está no meio de ti se elevará mais e mais, e tu mais
e mais descerás. Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás
a ele; ele será por cabeça, e tu serás por cauda. Todas estas
maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que
sejas destruído, porquanto não ouviste a voz do SENHOR, teu Deus...
Assim, com fome, com sede, com nudez e com falta de tudo, servirás
aos inimigos que o SENHOR enviará contra ti.
— Deuteronômio 28:38-45, 48

Logo depois, Deus deixou claro que a Sua vontade para o Seu povo não
era a maldição da pobreza, mas a bênção da abundância (prosperidade): “Te
propus a VIDA e a MORTE, a BÊNÇÃO e a MALDIÇÃO; escolhe, pois, a
VIDA” (Deuteronômio 30:19; grifo meu).
O Senhor Jesus confirmou que Ele está do lado da BÊNÇÃO abundante
em João 10:10: “O ladrão (MALDIÇÃO) vem somente para ROUBAR,
matar e destruir; eu vim para que tenham VIDA (BÊNÇÃO) e a tenham em
ABUNDÂNCIA” (grifo meu).
Ele deseja que nós superabundemos em bênção e prosperidade, e Ele
provou isso com a Sua morte na Cruz, onde levou a maldição da pobreza,
doença e morte sobre si. Ele fez isso por nós, para que pudéssemos ser
redimidos e libertos da maldição e então viver sob a bênção da vida, saúde e
prosperidade.
A Bíblia diz em Gálatas 3:13-14 que “Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO
da lei (vimos em Deuteronômio 28 que a pobreza estava incluída nela),
fazendo-se ele próprio MALDIÇÃO EM NOSSO LUGAR (porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a
BÊNÇÃO de Abraão (que obviamente incluía prosperidade porque Deus o
tornou rico) chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (grifo e acréscimos meus).
Deus deseja que os justos sejam financeiramente abençoados porque: (1)
Ele os ama, e (2) porque eles desfrutarão disso com justiça. Mas se não
crermos que a vontade de Deus é nos abençoar financeiramente, então
estamos no extremo da descrença, o que irá limitar a quantidade de bênçãos
que somos capazes de receber de Deus e, então, a nossa habilidade de
abençoar outros.

OS PIRATAS DA CILÍCIA
A Bíblia fala sobre FORTALEZAS em nossas mentes, conhecidas por
falsas crenças a respeito de Deus e sobre nós mesmos, das quais fluem
pensamentos que irão roubar as bênçãos que Ele está enviando para nós: “As
armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para
destruir FORTALEZAS, anulando nós sofismas (imaginações, falsas crenças)
e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda
desobediência” (2 Coríntios 10:4-6; grifo e acréscimos meus).
O pano de fundo desses versículos é uma guerra dramática na história
antiga da Cilícia (onde Paulo cresceu). Por mais de 100 anos o Império
Romano enfrentou um problema frequente com piratas. O suprimento de
alimento em Roma dependia dos navios de alimento que navegavam pelas
falésias rochosas cilicianas. Os piratas possuíam fortificações de pedras altas
chamadas de FORTALEZAS (120 delas), que formavam sua base de
operação. Eles saíam rapidamente dessas fortalezas, invadiam de surpresa os
navios, roubavam a comida e voltavam para as suas fortalezas seguras no alto
dos penhascos. Todos os esforços de Roma de derrotá-los no mar falharam.
Mesmo se os romanos matassem alguns piratas no mar, mas deixassem suas
bases intactas, a raiz do problema não seria tocada. Por volta de 67 a.C.,
havia um exército de dez mil piratas que deixava Roma à sua mercê ao cortar
o seu suprimento de alimento. Essa questão era tão séria que o senado
comissionou o seu melhor general, Pompeu, para lidar com ela. Eles
ofereceram a ele todo o dinheiro de que precisasse e um prazo de três anos
para resolver o problema. Ele tinha um plano brilhante. Ele designou e
construiu armas poderosas especiais para atacar a base em vez de atacar os
piratas individualmente. Essas armas eram navios com grande força de
combate que ele enviou em onze direções diferentes a fim de atacar as
fortalezas. Eles atiraram com a catapulta os anzóis em direção aos penhascos
para DEMOLIR as FORTALEZAS. A frota romana não perseguiu os navios
piratas, em vez disso, toda fortaleza construída em arrogante desacato contra
Roma foi lançada no mar. Enquanto isso, os soldados de Roma estavam
posicionados para capturarem qualquer soldado fugitivo. Eles os levaram
cativos à obediência de Roma. A maioria se rendeu e obedeceu. Aqueles que
não fizeram assim foram punidos (mortos) pela sua desobediência.
Os piratas ficaram estupefatos e não tiveram resposta para essas armas
poderosas que foram especificamente designadas para demolir as fortalezas.
Em apenas três meses Pompeu derrotou completamente os piratas. O que
parecia um cativeiro indissolúvel foi permanentemente quebrado. Não havia
mais problema com piratas. Eles foram grandiosamente derrotados. Agora, as
provisões poderiam novamente fluir livremente para Roma. A
ESTRATÉGIA bem-sucedida foi, primeiro, demolir as fortalezas, e só
DEPOIS lidar individualmente com os piratas.
Paulo utiliza essa guerra para ilustrar a nossa batalha espiritual. O campo
de batalha é a mente dos homens. Nossas armas poderosas para derrotar as
“fortalezas espirituais” são a Palavra de Deus (Romanos 1:16; Jeremias 1:10,
23:29; Apocalipse 12:11; Hebreus 4:12). Assim como os piratas saíam das
suas fortalezas para roubar o alimento que ia para Roma, os pensamentos
negativos saem de quaisquer fortalezas de descrença que temos em nossa
mente. Quais são essas fortalezas? A Palavra de Deus destina-se a destruir “...
argumentos (logismos) e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento
de Deus” (2 Coríntios 10:5, NVI). Eles não são apenas pensamentos de
passagem, mas falsas crenças e argumentos que são contrários à Palavra de
Deus. Abrigar esses pensamentos faz com que a bênção de Deus seja roubada
de você. Quando uma pessoa acredita em uma mentira a respeito de Deus ou
sobre si mesma, uma fortaleza do mal é construída em sua mente e se torna
uma base de operação para muitos pensamentos negativos (piratas) que
roubam as bênçãos que Deus envia para você. Pensamentos (piratas) têm o
seu fundamento em estruturas de crença (fortalezas).

Deus em Sua graça está sempre enviando navios de bênçãos para nós no
Rio do Seu Espírito, mas normalmente antes de podermos recebê-las e
desfrutá-las, pensamentos-piratas saem correndo das nossas crenças erradas
e as roubam.

Mas em vez de tentarmos e lutarmos contra os piratas individualmente,


precisamos primeiro localizar e então destruir essas fortalezas com a Palavra
de Deus. Assim será fácil capturá-los. Essa outra fase é descrita como “...
levando cativo todo pensamento (noema) à obediência de Cristo” (2 Coríntios
10:5). Essa é a operação e limpeza. Noema são pensamentos que procedem
das nossas convicções básicas (fortalezas). Eles correspondem aos piratas.
Uma vez que tratamos as fortalezas, os pensamentos piratas podem
facilmente ser capturados de modo que se rendam a Cristo. Finalmente, no
versículo 6 observamos que os piratas que não se renderam foram punidos
(levados à morte).
Você pode lutar contra os piratas todos os dias, mas se deixar as suas
fortalezas intactas, você não lidou com a causa raiz. O problema irá continuar
e aumentar. A estratégia de Pompeu deve ser a nossa estratégia. Precisamos
usar a Palavra de Deus para mirar o alvo e demolir as fortalezas de Satanás.
Ela é habilidosa (poderosa) para demolir essas crenças falsas e tolas. As
fortalezas que você enfrenta podem parecer permanentes, mas Deus tem dado
a você armas tão poderosas a ponto de destruí-las completamente em um
curto período.
Deus deseja que as pessoas sejam abençoadas, mas elas são derrotadas
pelas suas crenças e pensamentos errados. Quando as suas fortalezas forem
destruídas, elas perceberão que é fácil crer e receber a Provisão de Deus.
Precisamos localizar e destruir as fortalezas dos argumentos humanos com a
Palavra de Deus. Uma dessas fortalezas diz respeito a Deus não querer nos
prosperar. Se crermos que o dinheiro é ruim em si mesmo, iremos
naturalmente resistir a ele e ele ficará longe de nós. Se crermos que a pobreza
é boa, então nos sentiremos culpados se Deus nos abençoar com algum
dinheiro e novamente a bênção será roubada de nós. Se crermos que Deus
não deseja abençoar as nossas finanças, então a nossa fortaleza da descrença
irá bloquear a bênção. Vamos identificar e destruir essa fortaleza e alguns
dos argumentos humanos por trás dela!
Quando Oral Roberts disse: “Eu já fui pobre e eu já fui rico, e ser rico é
melhor”, ele estava realmente afirmando algo óbvio e bíblico, e se você tem
problema com isso, então é sinal de que precisa ser livre da fortaleza do
pensamento de pobreza que é acreditar que a falta e a pobreza são vontade de
Deus para você. Se você crê nisso, então por que se esforça tanto e usa tanto
do seu precioso tempo saindo da vontade de Deus ao tentar conseguir
dinheiro? Da mesma forma, a doença é parte da maldição (Deuteronômio 28).
Ela não é uma bênção. Se você acha que a doença é de Deus, então você está
tentando sair da Sua vontade ao ir ao médico para melhorar!
• “Deus não está interessado em minhas finanças, Ele não tem um
plano para abençoar as minhas finanças. Eu sempre lutarei para
sobreviver.” Essa é uma fortaleza que facilmente será construída em
nossa mente se estivermos sempre nos esforçando. É fácil acreditar que
sempre vai ser assim, que deve ser a vontade de Deus, mas encontramos
a vontade de Deus em Sua Palavra, não em nossas experiências.
• “Não existe dinheiro suficiente para todo mundo, então eu não serei
ganancioso.” Na verdade, existe riqueza suficiente para todos serem
milionários. Deus colocou toneladas de riqueza na terra, mas a maioria é
armazenada em lugares errados.
• “Deus deseja que eu seja pobre para permanecer humilde e
espiritual.” Se isso é verdade, o que dizer sobre o seu caráter e a graça
salvadora de Deus em sua vida?
• “Eu simplesmente quero o suficiente para sobreviver, suprir as
minhas necessidades e nada mais. Eu não quero ser rico. Eu não
preciso de muito mais do que isso.” Isso é egoísmo, porque você está
pensando apenas em si mesmo. Se você receber duas vezes mais do que
precisa para viver, então pode entregar o restante para missões.
Não seria maravilhoso ser tão rico a ponto de poder doar 50% do seu
dinheiro para o Evangelho e toda a boa obra? Se o que o impulsiona a
ser abençoado financeiramente é ser uma bênção, então você está em
posição de ser abençoado por Deus financeiramente. Você acabará com
as limitações. Mas se o que o impulsiona é: “Eu quero dinheiro
simplesmente para ter conforto e usá-lo todo para mim”, então você não
está qualificado. A questão principal que temos que esclarecer primeiro
de tudo é: “Por que queremos ser abençoados financeiramente?” Sim,
todos nós queremos conforto, mas a principal razão para isso é que
queremos ser abençoados para ser uma bênção. Essa é a chave, e se essa
é a sua motivação, então não é errado querer ser rico ou abençoado
financeiramente. O que há de errado com um cristão ser abençoado
financeiramente se ele está contribuindo para o Evangelho? Um crente
rico pode fazer muito para promover o Evangelho.
• “Deus na verdade não quer me abençoar muito.” Precisamos
expandir o nosso pequeno pensamento para o pensamento de que Deus
pode me abençoar em grande estilo, desde que as minhas motivações
estejam corretas.
• “Eu não quero que Deus me abençoe muito; isso seria ganancioso e
estaria privando outras pessoas no mundo.” Isso vai contra o ponto
central de como Deus deseja trabalhar nas finanças do mundo. Ele
deseja que sejamos CANAL de bênção. Ele deseja nos abençoar para
utilizarmos os recursos sabiamente a fim de abençoar outros. Se os
crentes não operam em prosperidade, a riqueza estará nas mãos erradas
do mal em vez de serem usadas para os seus propósitos.
• “Bem, tudo isso faz sentido para alguém com dinheiro, mas eu sou
pobre.” Na verdade, todos nós somos prósperos. Se comparássemos
todas as pessoas que viveram em alguma época neste mundo,
provavelmente nós faríamos parte dos primeiros lugares, seríamos parte
dos 5% mais abençoados com coisas (devido ao nosso estilo de vida).
Nós já somos prósperos se comparado com a maioria, mas precisamos
aumentar em prosperidade a fim de que possamos ser uma bênção
maior.

Se você pensa que falar sobre dinheiro é um pouco desagradável, ou que o


dinheiro por si só é mau, ou se sente culpado por estar interessado em
dinheiro, esse é um sinal de uma mentalidade pobre. Se pensamos: Deus não
está interessado nisso porque isso não é espiritual, estamos errados. Existe
uma grande quantidade de passagens bíblicas sobre esse tópico. Essa não é
uma questão isolada. Deus está muito interessado em nossas finanças, e a
maneira como lidamos com ela é muito importante para Ele. Nossas finanças
são, inclusive, uma parte muito importante da nossa vida espiritual.
Vamos ser verdadeiros. Passamos uma boa parte das horas que estamos
acordados tentando obter dinheiro. Sim, não devemos amar o dinheiro acima
de Deus, mas se eu oferecesse cerca de cinco mil reais e dissesse: “Quem
quiser esse dinheiro pode nos ligar e pedir”, então vamos ser honestos, eu
acredito que teríamos bastante movimento e animação em nossa linha
telefônica. E não haveria nada de errado com isso, seria algo normal e
natural. As finanças são uma parte importante da vida e Deus tem muito para
nos ensinar nessa área, por isso precisamos estudar a Sua Palavra para
descobrir o que Ele tem a dizer.
Sejamos honestos: a riqueza é uma bênção, e se você discorda, não está
sendo verdadeiro. Se alguém o roubasse, você ficaria feliz ou chateado? Se
você acredita que pobreza é uma bênção, você deveria se regozijar! Mas na
verdade você ficaria chateado porque alguma bênção foi roubada de você.
Precisamos ouvir alguns ensinamentos fortes sobre PROSPERIDADE
(afirmando a vontade de Deus de nos prosperar) para lançar fora toda
mentalidade religiosa e negativa de pobreza que nos afasta do melhor de
Deus. A mentalidade de pobreza não vem da Bíblia, dos patriarcas ou dos
judeus. Eles não pensavam dessa maneira. Alguns dos grandes homens da
Bíblia se tornaram MUITO RICOS, como Abraão, Isaque, Jacó, José, Jó,
Davi, Salomão, na maioria das vezes as pessoas mais ricas de sua geração, e
isso devido à bênção de Deus. Mas o mais impressionante sobre a maioria
desses homens foi que o seu dinheiro não estragou o relacionamento deles
com Deus. Para eles, Deus estava em primeiro lugar, e se fosse necessário
(como foi com Abraão) eles abririam mão de suas riquezas porque o coração
deles estava em seu tesouro no céu. Algumas pessoas não podem lidar com
muita riqueza, porque confiariam em seus bens em vez de confiarem em
Deus. Se você herdasse um milhão de reais, iríamos vê-lo na igreja no
domingo seguinte ou você seria mudado por ele?
A mentalidade de pobreza entrou no mundo cristão através de tradição
religiosa, especialmente daquelas almas nobres que queriam ser livres do
amor ao dinheiro e do apego às coisas da terra, e que para isso fizeram votos
de pobreza. Outros a tinham como modelo de espiritualidade e consideravam
que a pobreza (não ter nada) fosse espiritual. Mas isso é escapismo, não
cristianismo bíblico. Eu não estou dizendo que Deus não usava a dedicação
deles, mas na verdade Ele nos chama para usar (sermos mordomos) as
riquezas que Ele nos dá. Não devemos amar o dinheiro acima dele, mas
devemos ganhá-lo e demonstrar amor a Deus com o dinheiro.
Podemos construir a fortaleza da pobreza a partir de experiências da vida
ou de falsos ensinamentos. Precisamos da Palavra de Prosperidade de Deus
para destruir essa fortaleza sutil, mas maligna, que se levanta CONTRA o
conhecimento de Deus e da Sua Palavra!
Por que ela é contra Deus? Ela blasfema do Seu bom caráter: Ele não é um
Deus mesquinho, miserável, contaminado pela pobreza (Ele cobre as Suas
ruas com ouro, adorna a Sua cidade com todos os tipos de pedras preciosas).
Ele também é um doador rico, liberal e generoso, não um inibidor. Como
podemos pensar que “Ele pode nos dar apenas o suficiente para sobreviver”?

PROVAS DE QUE A PROSPERIDADE É VONTADE DE


DEUS
Concluo este capítulo compartilhando algumas passagens bíblicas que
provam que Deus deseja abençoá-lo financeiramente. Que as armas
espirituais de Deus destruam quaisquer fortalezas que ainda permanecem em
seu pensamento, de que Deus não deseja prosperá-lo!
Salmos 23:1: “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará”. Algumas
vezes ouvimos: “Deus suprirá as minhas necessidades, mas não os meus
desejos”. Isso não está em minha Bíblia; ela diz: “NADA me faltará”.
Deus não é pobre e não tem um espírito mesquinho. Precisamos arrancar
toda raiz de “espírito de pobreza” e miséria do nosso pensamento. Existe
muita riqueza na terra, o suficiente para todos. Deus deseja que elas
estejam na terra do Seu povo. Deus quer nos abençoar financeiramente;
precisamos abandonar o pensamento de pobreza, o tipo de pensamento
“apenas para sobreviver” ou “o que importa é sobreviver”. Essa não é a
maneira como Deus opera. Que tipo de pavimento Deus utiliza para
cobrir as suas ruas no céu? Ouro, e isso só nas ruas. Deus é pobre? Não.
Ele é grandemente rico e não tem medo de exibir a Sua riqueza.
A Bíblia diz em 2 Pedro 1:3: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm
sido doadas TODAS AS COISAS que conduzem à vida e à piedade, pelo
conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e
virtude” (grifo meu). Deus nos dá todas as coisas que pertencem à vida e à
piedade.
A expressão TODAS as coisas inclui provisão material. Deus
definitivamente não está nos privando de nada. Veja o que diz João 3:16:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”.
Deus é um doador: Ele nos deu a coisa mais preciosa que Ele tinha.
E ainda Romanos 8:32: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará
GRACIOSAMENTE com ele TODAS AS COISAS?” (grifo meu). Deus
provou o Seu amor por nós nos dando o Seu Filho. Ele não retém as Suas
bênçãos de nós em nenhuma área da vida, incluindo a área financeira. Ele
certamente nos dará livremente todas as coisas. Ele deseja derramar as Suas
bênçãos financeiras sobre nós.
Filipenses 4:19: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de
suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”. No contexto,
Paulo está falando sobre bênção financeira. Ele não supre de acordo com
a nossa necessidade, mas “segundo a sua riqueza em glória... cada uma
de vossas necessidades”. Se crermos e obedecermos à Bíblia, então a
nossa experiência começará a se aproximar desse nível; não
necessariamente tudo de uma vez (esse não é um plano para ficar rico
rapidamente).
3 João 2-3: “Amado, acima de tudo, faço votos (oro) por tua
PROSPERIDADE e saúde, assim como é PRÓSPERA a tua ALMA (na
Palavra de Deus). Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e
pelo seu testemunho da tua VERDADE (Palavra), como tu andas na
VERDADE (Palavra)” (grifo e acréscimos meus).
Aqui percebemos claramente que a vontade de Deus para você é
prosperidade e saúde. À medida que a sua alma prospera na verdade da Sua
Palavra, crê em Suas promessas e caminha em Seus Princípios, então você
prosperará em sua vida. A sua jornada pela vida irá bem, e isso certamente
inclui a bênção financeira de Deus sobre você.
Deuteronômio 8:18: “Ele é o que te dá FORÇA para adquirires
RIQUEZAS; para confirmar a sua aliança”.
O Salmo 112 descreve o homem ABENÇOADO: “Na sua casa há
PROSPERIDADE e RIQUEZA, e a sua justiça permanece para sempre”
(grifo meu).
A bênção claramente inclui a PROSPERIDADE material. Veja 2 Coríntios
8:9: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo RICO
(em Sua vida), se fez pobre (na Cruz) por amor de vós, para que, pela sua
pobreza, vos tornásseis RICOS” (grifo meu). E também as passagens a
seguir:
2 Coríntios 9:8,11: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim
de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em
toda boa obra... enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a
qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus”.
1 Timóteo 6:17: “... em Deus, que tudo nos proporciona RICAMENTE
para nosso aprazimento” (grifo meu).
Mateus 6:32-33: “Porque os gentios é que procuram todas estas
COISAS; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas ELAS;
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e TODAS
estas COISAS vos serão ACRESCENTADAS” (grifo meu).
Lucas 12:30-32: “Mas vosso Pai sabe que necessitais delas. Buscai,
antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. Não
temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o
seu reino”.
1 Crônicas 29:12: “Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo,
na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar
força”.
2 Crônicas 20:20: “Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros;
crede nos seus profetas e PROSPERAREIS” (grifo meu).
2 Crônicas 26:5: “Nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus o fez
prosperar”.
Jó 36:11: “Se o ouvirem e o servirem, acabarão seus dias em felicidade
e os seus anos em delícias”.
Josué 1:8: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele
dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele
está escrito; então, farás PROSPERAR o teu caminho e serás BEM-
SUCEDIDO” (grifo meu).
Salmos 1:3: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que,
no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo
quanto ele faz será BEM-SUCEDIDO” (grifo meu).
Salmos 34:9-10: “Temei o SENHOR, vós os seus santos, pois nada falta
aos que o temem. Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome,
porém aos que buscam o SENHOR bem nenhum lhes faltará”.
Salmos 35:27: “Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na
minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que se
COMPRAZ na PROSPERIDADE do seu servo!” (grifo meu).
Salmos 84:11: “Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá
graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente”.
Salmos 115:13-14: “Ele abençoa os que temem o SENHOR, tanto
pequenos como grandes. O SENHOR vos aumente bênçãos mais e mais,
sobre vós e sobre vossos filhos”.
Salmos 147:14: “Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras e te farta com o
melhor do trigo”.
Provérbios 3:9-10: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as
primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros,
e transbordarão de vinho os teus lagares”.
Provérbios 8:18, 21: “Riquezas e honra estão comigo (SABEDORIA),
bens duráveis e justiça... para dotar de BENS os que me amam e lhes
ENCHER os TESOUROS” (grifo meu).
Provérbios 10:22: “A BÊNÇÃO do SENHOR ENRIQUECE, e, com ela,
ele não traz desgosto” (grifo meu).
Provérbios 13:22: “O homem de bem deixa herança aos filhos de seus
filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo”.
Provérbios 15:6: “Na casa do justo há grande tesouro”.
Provérbios 22:4: “O galardão da humildade e o temor do SENHOR são
riquezas, e honra, e vida”.
Isaías 1:19: “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta
terra”.
Mateus 7:11: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas
aos que lhe pedirem?”
Gálatas 3:9: “De modo que os da fé são abençoados com o crente
Abraão”.
Gênesis 12:2: “De ti (Abraão) farei uma grande nação, e te abençoarei,
e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!”
Gênesis 13:2: “Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro”.
Deuteronômio 16:15: “O SENHOR, teu Deus, há de abençoar-te em toda
a tua colheita e em toda obra das tuas mãos, pelo que de todo te
alegrarás”.
Deuteronômio 24:19: “Para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em
toda obra das tuas mãos”.
Deuteronômio 28:8,11-13: “O SENHOR determinará que a bênção esteja
nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na
terra que te dá o Senhor, teu Deus... O SENHOR te dará abundância de
bens no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu
solo... O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro... para abençoar toda obra
das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás
emprestado. O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás
em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR”.
Capítulo 2

O PROPÓSITO DE DEUS EM NOSSA PROSPERIDADE

xistem duas verdades paralelas sobre prosperidade que devem

E permanecer unidas para haver uma visão bíblica equilibrada sobre o


assunto:
VERDADE (1): Prosperidade (a bênção de Deus em nossas finanças) é
VONTADE de Deus. É vontade de Deus que todos sejam milionários? Não
necessariamente; todos nós temos chamados e habilidades diferentes, mas é
vontade de Deus me abençoar financeiramente. Deus é um doador rico! Mas
como podemos crer e abraçar isso plenamente sem cair no extremo do
egoísmo? Não é comprometendo essa verdade, mas colocando outra verdade
ao lado dela, e se agarrar a elas o mais forte que puder.
VERDADE (2): O PROPÓSITO de Deus É NOS PROSPERAR, para que
Ele possa cumprir os Seus planos por intermédio de nós.
Essas duas verdades estão juntas em várias passagens bíblicas sobre
PROSPERIDADE:

1.Em Gênesis 12:3


Deus disse a Abraão:
1. “Abençoarei os que o abençoarem... e 2) por meio de você eu
abençoarei” (Isso claramente inclui a bênção financeira). Aqui estão
duas verdades sobre a bênção financeira (prosperidade): a bênção de
1) RECEBER e 2) DAR.
a) “Abençoarei” é a área em que Abraão RECEBE a bênção. Essa é a
bênção de receber.
b) “Por meio de você eu abençoarei.” Essa é a bênção de DAR a
bênção recebida.

Sim, Deus deseja nos abençoar, mas isso é para um propósito maior, para
que possamos ser uma bênção. Se apenas focarmos no ponto 1 (receber), o
nosso foco se transformará em egoísmo (até mesmo cobiça). Devemos nos
apegar a ambas as verdades, e crescer nas duas áreas, permitindo que Deus
nos abençoe, para que sejamos uma bênção maior. A prosperidade divina é
ser abençoado tanto no RECEBER quanto no DAR. Ambos são importantes.
Mas qual é a bênção maior: prosperidade de nível 1 (receber) ou prosperidade
de nível 2 (dar)?
A Bíblia diz em Atos 20:35 (grifos meus): “E recordar as palavras do
próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é DAR que RECEBER”. Veja
que RECEBER (prosperidade) é uma bênção, mas o dar é uma bênção ainda
maior. Portanto, a nossa prosperidade (bênção) é medida em termos de
ambos: o que temos recebido e o que damos. Se você é rico, mas doa pouco,
você não é muito próspero aos olhos de Deus.
A medida da nossa prosperidade não é, na verdade, o quanto recebemos,
apesar de fazer parte da bênção, porque a menos que você receba, você não
tem nada para dar. Mas a verdadeira medida da quantidade de prosperidade
em que você caminha é o quanto é capaz de dar. A medida do FLUIR é a
saída, em vez de a entrada.
E a respeito de Jesus? Ele não era pobre? Deixe-me fazer uma pergunta:
você já chegou a um ponto em que precisou de um tesoureiro pessoal para
lidar com as suas finanças e doar ao pobre? Quando foi a última vez que você
teve que servir o jantar para vinte mil pessoas? Ou fornecer 150 galões de
vinho para uma festa de casamento que durou sete dias! Imagine o valor
disso! Através do espírito de prosperidade sobre Ele, Ele deu a Pedro e a
André uma rede cheia de peixes quando viu que não conseguiram pescar
nada.
A verdadeira medida da prosperidade é o que DAMOS, o que exige que
caminhemos em ambos, RECEBER e DAR, para verdadeiramente prosperar.
Enquanto o que RECEBEMOS tem a ver com a nossa FÉ, o que DAMOS
tem a ver com o nosso AMOR. Tanto a FÉ quanto o AMOR são importantes,
mas o maior é o AMOR (1 Coríntios 13:13). Gálatas 5:6 (NTLH): “O que
importa é a FÉ que age por meio do AMOR” (grifos do autor). A nossa FÉ
trabalha melhor quando é motivada pelo AMOR. A nossa fé para a
prosperidade funcionará melhor quando quisermos prosperar para doar e
sermos uma bênção para o Reino, para o Evangelho e para os necessitados.
Então, quando damos, certamente é por causa do AMOR por aqueles que
irão se beneficiar, mas também é certo doar em FÉ e ESPERANÇA
(expectativa confiante), crendo que a sua doação (semeadura) irá produzir
uma colheita, porque quanto mais você recebe, mais você pode ser uma
bênção doando novamente. Foi por isso que Jesus nos prometeu em Lucas
6:38: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante,
generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido
vos medirão também”.
É errado dar para receber? Qual é a sua motivação em dar? Amar,
abençoar! Esse é o seu principal motivo. Contudo, quando damos em amor
para abençoar outros, não é errado crer que Deus agora irá nos abençoar
ainda mais, que à medida que semeamos, também colheremos uma colheita
nesta vida (assim como na eternidade), o que nos permitirá dar novamente e
mais. Então, ambos, a fé e o amor, são corretos. Não é um ou outro. Damos
em amor para sermos uma bênção, mas quando damos, estamos crendo que
Deus também irá suprir as nossas necessidades. Quando estamos sendo uma
bênção, também precisamos crer que Deus irá nos abençoar. Receber e dar
trabalham juntos. A prosperidade é a bênção de Deus sobre nós para receber,
para que então também sejamos capazes de dar. Ele deseja que
CRESÇAMOS tanto na FÉ quanto no AMOR, no RECEBER e no DAR. A
vontade de Deus para nós é que sejamos um CANAL de bênção, para que Ele
nos confie mais finanças, porque Ele sabe que iremos administrá-las bem e
nos certificar de que ela flua (vá) para as coisas corretas.
Então, existe a área do receber e a área do dar. A área do receber é a área
da fé (de ser abençoado). A área do dar é a área do amor (de ser uma bênção).
Eu quero fortalecê-lo em ambas as áreas no que diz respeito a trabalharem
juntas.
Tão logo uma pessoa passa a fortalecer a fé de outras pessoas na área do
receber, aparecem outras que acreditam que essa atitude encoraja a ambição.
Bem, existe esse perigo, mas se mantivermos essas duas áreas em equilíbrio,
com o nosso amor (dar) tão forte quanto a nossa fé (receber), então estaremos
no caminho certo.
Precisamos: 1) crer que Deus irá nos abençoar; e 2) manter a nossa
motivação correta de que queremos ser uma bênção. Eu creio que um dos
segredos para sermos financeiramente abençoados é colocar em nosso
coração que seremos uma bênção. Em outras palavras, você deseja que Deus
o abençoe para que você possa ajudar outros espiritualmente e naturalmente
com o Evangelho.

2.Em 1 Crônicas 4:10 (uma Oração para o Cumprimento de Gênesis


12:3).
“Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! 1) Tomara que ME
ABENÇOES e 2) me alargues as fronteiras (o meu ministério, a minha
esfera de influência), que seja comigo a tua mão (para me guiar e capacitar) e
me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição (mas sim que
eu seja uma bênção para muitos)! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha
pedido” (grifos e acréscimos meus). Veja como 1) e 2) estão conectados. À
medida que crescemos em bênção, podemos ser mais abençoadores.
Essa oração por prosperidade estava de acordo com a vontade de Deus
porque o versículo termina: “E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido (lhe
concedeu prosperidade)” (acréscimo meu).

3.Em Deuteronômio 8:18:


“Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que 1) te dá
FORÇA para adquirires RIQUEZAS; para 2) confirmar a sua aliança, que,
sob juramento, prometeu a teus pais (Abraão), como hoje se vê” (grifos
meus). Veja que a prosperidade é necessária para estabelecer a aliança que
Deus fez em Gênesis 12:3, que o Seu povo seria abençoado e uma bênção
para toda a terra.
Deus nos dá poder para ficarmos ricos; essa é a Sua bênção sobre nós. Ele
nos dá poder para prosperar. Ele certamente fez isso pelos judeus e ainda faz
isso hoje por nós, porque a Aliança de Abraão ainda está em vigor, e em
Cristo somos filhos de Abraão (Gálatas 3:29) e recipientes das bênçãos de
Abraão (Gálatas 3:14). Então, Ele também nos capacitará a prosperar se
crermos nele. Existe uma unção divina para adquirir riquezas, seja por
intermédio das nossas habilidades de trabalho ou por meio de ideias criativas
em tempo oportuno. Ele nos dá poder para adquirir riquezas.
Mas por que Ele faria isso? Para estabelecer a Sua aliança (resumida nas
linhas de Gênesis 12:3). Ele faz isso para: 1) nos abençoar; e 2) para que
sejamos uma bênção na terra. Ele deseja liberar a Sua bênção e o Reino
através de nós. Ele nos prospera para que a Sua aliança seja estabelecida no
máximo de vidas possível. Isso envolve espalhar o Evangelho para que mais
pessoas venham para a Nova Aliança. É por isso que Deus deseja nos
capacitar financeiramente: para que o Seu Evangelho vá mais longe e seja
mais abrangente. É preciso dinheiro para imprimir livros, organizar eventos,
construir orfanatos e escolas, comprar tempo de transmissão, etc. Com as
nossas próprias necessidades e provisão para a nossa família, a nossa
prioridade deve ser expandir a aliança de Deus, porque de fato, essa é a
riqueza eterna que virá da nossa doação, que libera a expansão da Aliança
pela terra.

4.Em Salmos 112:1-2:


A fotografia de um homem abençoado (próspero):
vv. 1 e 2: “Aleluia! BEM-AVENTURADO o homem que teme ao
SENHOR e se compraz nos seus mandamentos. A sua descendência será
poderosa na terra; será ABENÇOADA a geração dos justos” (grifos
meus).
v. 3: “Na sua casa há 1) PROSPERIDADE e RIQUEZA, e a sua
justiça permanece para sempre” (grifos e acréscimos meus). A Sua
bênção inclui PROSPERIDADE material.
vv. 4 e 5: “2) Ao justo, nasce luz nas trevas; ele é benigno (generoso),
misericordioso (para com os necessitados) e justo. Ditoso o homem que
se compadece (generosamente) e empresta; ele defenderá a sua causa
em juízo”.
vv. 6 a 8: “Não será jamais abalado; será tido em memória eterna. Não
se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no
SENHOR. O seu coração, bem firmado, não teme, até ver cumprido, nos
seus adversários, o seu desejo”.
v. 9: “DISTRIBUI, DÁ aos pobres; a sua justiça (suas boas obras e
doações) permanece para sempre, e o seu poder se exaltará em glória”
(grifos e acréscimos meus). Esse versículo é citado em 2 Coríntios 9:9
no Novo Testamento, provando que Salmos 112 se aplica a nós na Nova
Aliança.

5.Em 2 Coríntios 8:9


“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo RICO
(em Sua vida), se fez pobre (na Cruz) por amor de vós, para que, pela sua
pobreza, vos tornásseis RICOS” (grifos e acréscimos meus).
Primeiro, observe que esse é claramente um versículo de prosperidade
nível 1. Não o espiritualize; todo o contexto do capítulo é dinheiro. Ele está
falando sobre pobreza e riqueza física. Ele se tornou POBRE por nós, para
que nos tornássemos RICOS. Agora, isso é espiritualmente verdade, mas está
primariamente falando de riqueza material. Quando Jesus se tornou pobre? A
palavra para “pobre” significa “absolutamente necessitado”. Essa não era
uma descrição da Sua vida, mas só foi cumprida na Cruz, onde Ele estava nu
e havia perdido tudo, levando a maldição da pobreza por nós, “para que, pela
sua pobreza, vos tornásseis ricos”. Você está preparado para ser rico? Claro
que isso inclui riquezas eternas, mas também se aplica agora nesta vida, não
apenas no porvir.
Esse é um ótimo versículo de troca. Porque Jesus se tornou pecado por nós
na Cruz podemos nos tornar a justiça de Deus (2 Coríntios 5:21). Ele se
tornou maldição por nós na Cruz para podermos andar sob a bênção de Deus
(Gálatas 3:13-14), e se tornou pobre por nós para que pudéssemos ser
enriquecidos. Esse versículo ensina que a bênção financeira de Deus é
liberada para nós através da Expiação. Assim como a cura é liberada através
da expiação porque Ele se tornou enfermo por nós. Igualmente, a
prosperidade (material) está na Expiação. Ele levou sobre si a pobreza
financeira que veio com a maldição, para liberar a bênção financeira
(riquezas) para nós pela Expiação. Isso prova que Deus deseja prosperá-lo,
porque na Cruz Jesus levou a maldição da pobreza para que você estivesse
sob a bênção da prosperidade.
Isso é confirmado em Isaías 53:5: “O castigo que nos traz a paz (shalom)
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. A palavra hebraica
shalom não é simplesmente paz, mas totalidade (nada quebrado ou faltando).
Isso inclui PROSPERIDADE. Quando os hebreus cumprimentam dizendo
“Shalom”, eles estão desejando que a paz e a prosperidade preencham a sua
vida. Então, o castigo severo para a nossa prosperidade estava sobre Cristo na
Cruz.
Quando Filipenses 4:19 diz: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em
glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”
significa o que Ele fez por nós por meio da Expiação. De fato, todas as
bênçãos de Deus fluem até nós vindas da Cruz. Então, quando você vir Jesus
na Cruz não o veja apenas levando os seus pecados e enfermidades; veja-o
levando sua pobreza e necessidade; para que as riquezas de Deus possam
fluir para você. Quando você vê dessa maneira, o seu coração se abre para
receber. Abra o seu coração para receber financeiramente do Senhor. Não
faça com que o Seu sacrifício por você seja em vão. Agora, se você deseja
receber a bênção só para você, isso não funcionará muito bem, porque assim
estará perdendo a bênção maior. Tenha também em seu coração que a razão
por que você está recebendo a bênção do Senhor é para que seja uma bênção
para outros. Quanto mais você recebe do Senhor, mais você é capaz de passar
adiante. Você está lidando com o dinheiro de Deus. Deus deseja colocar mais
em suas mãos, mas Ele também quer que flua, por meio de você, mais para o
mundo necessitado.
Em 2 Coríntios 8:9 também se ensina a prosperidade de nível 2: “Pois
conheceis a GRAÇA (generosidade, doação de sacrifício) de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, sendo RICO, se fez pobre por amor de vós, para que, pela
sua pobreza, vos tornásseis RICOS” (grifos e acréscimos meus).
No contexto, Paulo utiliza Jesus como um exemplo de doação desprendida
para inspirá-los a doar generosamente. Apesar de ser RICO, Ele sempre doou
Suas riquezas para nós para que fôssemos feitos ricos. Então, agora que Ele
nos enriqueceu, precisamos seguir o Seu exemplo e ser doadores generosos
das nossas riquezas para ajudar aqueles que se encontram na pobreza. Assim,
a vontade de Deus para nós é sermos ricos e também usarmos as nossas
riquezas para abençoar outros.

6.Em 2 Coríntios 9:8-9:


“Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, 1) tendo
sempre, em tudo, ampla suficiência, (2) superabundeis em toda boa obra,
como está escrito (em Salmos 112:9): Distribuiu, deu aos pobres, a sua
justiça permanece para sempre” (acréscimos meus). A vontade de Deus de
nos abençoar é estabelecida citando o Salmo 112.
2 Coríntios 9:10-11: “Ora, aquele (Deus) que 2) dá SEMENTE ao que
SEMEIA (DOADOR) e 1) PÃO para ALIMENTO (para você mesmo
comer; suprir as suas necessidades) também suprirá e aumentará a vossa
sementeira (distribuída) e multiplicará os frutos da vossa justiça (você pode
esperar uma colheita), (1) ENRIQUECENDO-VOS, em tudo, 2) para toda
GENEROSIDADE, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas
graças a Deus” (grifos e acréscimos meus).

7.Em 1 Timóteo 6:10, 17-19:


O dinheiro é mau? A Bíblia diz claramente: “O dinheiro é a raiz de todos
os males”? Não. Ela diz: “O amor do dinheiro é raiz de todos os males”.
vv. 10: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns,
nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores”.
Então, o dinheiro não é mau. Isso é óbvio se você considerar de onde vêm
o dinheiro e as riquezas materiais. De onde vem toda a riqueza da terra?
Salmos 24:1: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o
mundo e os que nele habitam”.
Salmos 50:10: “Pois são meus todos os animais do bosque e as
alimárias aos milhares sobre as montanhas”.
vv. 17-19: “Exorta aos RICOS do presente século que não sejam
orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza,
mas em Deus, que tudo NOS PROPORCIONA RICAMENTE para
nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras,
generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos
tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da
verdadeira vida” (grifos meus).
O versículo “Deus, que tudo NOS PROPORCIONA RICAMENTE para
nosso aprazimento” (1 Timóteo 6:17; grifos meus) é de prosperidade nível 1.
Além disso, Ele não diz que o homem rico deve se arrepender de ser rico,
mas ele precisa entender que Deus é a fonte das suas riquezas. Deus dá todas
as coisas a nós ricamente, incluindo dinheiro, riqueza e tudo o que temos. Ele
dá isso para aproveitarmos. Ele não é um Deus mesquinho. Quando Deus
criou o mundo, Ele nos deu tudo dizendo “era bom”. Ele colocou riquezas na
terra e disse que era bom. Na verdade, dinheiro e posses não são maus. Eles
são coisas boas. Deus os tem dado a nós para apreciarmos. Então, não
devemos nos sentir culpados por possuir coisas.
Contudo, apesar de o dinheiro ser um bom servo, ele é um mestre mau.
Deus não se importa de termos dinheiro, mas Ele se importa que o dinheiro
nos tenha. Jesus disse: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há
de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao
outro” (Mateus 6:24; grifos meus). Ou você colocará Deus em primeiro lugar
ou colocará o dinheiro e suas aquisições. A questão é: qual é a sua motivação
e prioridade?
Ele também diz no versículo 17 que, apesar de o fato de ter riqueza não ser
uma coisa ruim, o homem RICO precisa evitar as armadilhas que a riqueza
traz, não fazendo do dinheiro o seu deus (mestre), nem confiando nele em vez
de confiar em Deus. Há o perigo de que a soberba (orgulho) leve a pessoa a
pensar que, por ter dinheiro, ela não precisa de Deus. Em vez disso, ela
precisa confiar e seguir a Deus que é tanto 1) RICO quanto 2) um DOADOR
RICO. Como uma pessoa rica, ela precisa seguir o exemplo de Deus, que é
generoso com as Suas riquezas. Portanto, “que pratiquem o bem, sejam ricos
de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir”. Essa prosperidade de
nível 2 é uma prosperidade maior, porque riquezas presentes são incertas e
temporárias, mas ao nos mover para a prosperidade de nível 2, estamos
lançando riquezas no céu (recompensas eternas) que durarão para sempre:
“Que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a
fim de se apoderarem da verdadeira vida” (1 Timóteo 6:19).

8.Em Mateus 6:31-33:


“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos?
Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas
COISAS; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas ELAS; buscai,
pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e TODAS estas COISAS
vos serão acrescentadas” (grifos meus).
Aqui Jesus está claramente falando sobre coisas materiais, incluindo as
nossas finanças.

Nível 1: Deus claramente deseja suprir todas as coisas de que


precisamos: “Todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Ele quer que
confiemos no amor de Deus para nós, que Ele quer prover para todas as
nossas necessidades (ver Mateus 6:25-32). Então Ele diz: “Não andeis
ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber”. Isso
é descrença. Precisamos confiar em Sua provisão (prosperidade nível 1).
Nível 2: Ele também deu a CHAVE para entrarmos na plenitude da
bênção da prosperidade, que é ter a motivação certa e entrar no
propósito de Deus para a prosperidade. Em vez de focar em nossas
necessidades, se nós buscarmos “pois, em primeiro lugar, o seu reino
(especialmente expandindo o Reino)”, então Ele promete que “todas
estas coisas vos serão acrescentadas”. Se direcionamos o nosso coração
a usar o nosso dinheiro para o Seu propósito, para expandir o
Evangelho, então “todas estas coisas nos serão acrescentadas”.

À medida que aumentamos a velocidade e focamos a nossa vida para dar


suporte ao Reino, então nos posicionamos para receber mais bênçãos
financeiras. Se desejamos nos mover em prosperidade ainda maior, então
precisamos fazer da prioridade de Deus a nossa prioridade e nos
comprometer com a expansão do Evangelho. Quando mostramos para Deus
que somos financeiramente comprometidos com o Seu Reino, Ele é capaz de
liberar mais bênçãos sobre nós para cumprir o Seu propósito. Eu adoraria
estar em uma posição onde poderíamos dar 90%. Estabeleceríamos o nosso
alvo, onde quer que estivéssemos, para irmos mais alto (por exemplo, sermos
capazes de dar mais) e então buscar aumentar isso. Essa devia ser a nossa
atitude. Então: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino” e a sua
expansão, “e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Mateus 6:33 é um versículo crucial para a prosperidade. Ele diz que
devemos CONFIAR em Deus para nos prosperar e prover as coisas de que
precisamos, em vez de nos preocupar com elas (Nível 1). Então, ele
acrescenta que à medida que avançamos para a prosperidade de Nível 2 e
buscamos expandir o Seu Reino através das nossas finanças, todas essas
coisas serão acrescentadas a nós. Portanto, apenas quando escolhemos
avançar para a prosperidade nível 2, a prosperidade divina irá fluir
plenamente para e por meio de nós. É quando nós ajustamos e focamos nossa
vida para ser uma bênção (Nível 2) que somos capazes de receber plenamente
a bênção financeira que Deus deseja para nós. Ou seja, a nossa FÉ (para
receber bênção) funcionará melhor quando estivermos nos movendo em
AMOR (DAR).

1. Precisamos acreditar que Deus é capaz e está disposto a nos abençoar


financeiramente. Precisamos expandir os nossos pensamentos de modo
que eles possam ir além do pensamento da sobrevivência apenas, pois
Deus pode realmente me abençoar financeiramente
(significativamente). A. Deus tirou Israel do Egito (a terra onde não
havia o suficiente), B. e o conduziu pelo deserto (a terra onde havia o
suficiente) para C. a Terra Prometida (onde havia mais do que o
suficiente). É isso que Ele está fazendo por você!
2. Precisamos nos preparar (tomar uma decisão de qualidade) para usar
as riquezas que Deus nos dá a fim de promovermos e expandirmos o
Seu Reino e sermos uma bênção para outros. Deus está esperando
para ver alguém que seja comprometido em ser uma bênção com o Seu
dinheiro; então Ele irá dizer: “Esta é uma pessoa em quem Eu posso
trabalhar e a quem posso abençoar, porque ela não apenas guarda para
si, ela será um canal de bênção para cumprir os Meus propósitos”.
Capítulo 3

O PRINCÍPIO DA MORDOMIA

pós estabelecermos a base da vontade de Deus (abençoar-nos com

A prosperidade) e o propósito de Deus para a nossa prosperidade


(que sejamos um canal de bênção na terra), consideraremos a
questão fundamentalmente mais importante ou maneira de pensar sobre o
dinheiro, que irá reger toda a nossa abordagem referente a finanças: o
princípio da mordomia.
Não somos os verdadeiros donos da nossa riqueza. Nosso dinheiro
pertence a Deus. Sim, ele foi confiado a nós, mas apenas temporariamente,
porque toda a riqueza do mundo pertence a Ele. Ele confiou alguma parte
dela a nós; para suprir as nossas necessidades e então podermos (por
intermédio do dar) expandir o Seu Reino. Mas, Deus é o Senhor e dono de
tudo. Esse entendimento bíblico e profundo de que não somos os donos, mas
os mordomos ou os gerentes dos recursos de Deus, irá afetar toda a nossa
abordagem ao dinheiro e o modo como o utilizamos.
Se eu fosse o verdadeiro dono do meu dinheiro, eu seria totalmente livre
para fazer o que quisesse com ele, e não teria que prestar contas a ninguém.
Mas se o Senhor é o dono do dinheiro, então eu sou apenas o gerente, e um
dia Ele irá me chamar para prestar contas a Ele do que eu fiz com o dinheiro:
se eu o usei de maneira fiel para cumprir os Seus propósitos ou não. Eu serei
repreendido ou exaltado e recompensado de acordo. A Bíblia diz que isso irá
acontecer com todos nós, e se entendermos isso, a nossa abordagem quanto
ao dar e o modo que usamos o nosso dinheiro serão profundamente afetados.
Não somos responsáveis pelo nosso dinheiro, mas pelo dinheiro de outro.
Apenas imagine que você tem um gerente que cuida do seu dinheiro, e você
confiou a ele o direito de gastá-lo e usá-lo. Se ele for um bom mordomo,
descobrirá o que é importante para você, os seus planos e propósitos e o que
você deseja fazer com aquele dinheiro. No entanto, um mordomo mau pegará
o dinheiro do seu mestre e o usará para si mesmo, ignorando os propósitos do
senhor. Ele agirá e tratará como se aquele dinheiro fosse todo dele, gastando
todo consigo mesmo. Muitos cristãos fundamentalmente veem seu dinheiro
como sendo deles mesmos, e então, se dão alguma coisa, consideram-se
muito generosos.
Nosso Mestre sabe que certa quantidade de dinheiro que confia a nós é
para a nossa própria necessidade; mas Ele também espera que o usemos para
os Seus propósitos. Um bom mordomo irá se certificar de agir assim. Se você
entender que é o dinheiro do Senhor e está apenas emprestado com você, e
que um dia você prestará contas dele, toda a sua percepção de como você usa
esse dinheiro será transformada. Se ele realmente fosse seu, você poderia
levá-lo com você quando morrer, mas você não pode. Eu não me importo
com o quanto de dinheiro você acumulou; quando morrer, você deixará tudo
para trás. Se ele fosse seu, você teria o direito de guardá-lo; mas na verdade,
você não pode, já que, de fato, não é seu. 1 Timóteo 6:6-7 diz: “De fato,
grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos
trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele”.
Como você pode perceber, é apenas uma posse temporária. O que será seu
para sempre são as suas riquezas eternas; porque você sempre as terá; elas
serão a sua possessão. Suas finanças atuais não são a sua possessão; estão
emprestadas a você; foram confiadas a você temporariamente. A sua
verdadeira riqueza é o seu tesouro no céu, que nunca será roubado de você: é
seu para sempre e sempre.

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e
a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai
para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e
onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração.
— Mateus 6:19-21
A PARÁBOLA DAS MINAS EM LUCAS 19
Primeiramente, extraímos esse conceito do ensinamento de Jesus,
especialmente de Suas parábolas. Em Lucas 19 está a história de Zaqueu, o
coletor de impostos, um homem muito impopular em Jericó. Os romanos não
cobravam os impostos. Eles queriam que os judeus coletassem as taxas,
assim, os judeus competiam uns com os outros em uma guerra de preços.
Eles prometiam aos romanos coletar certa quantidade por ano. Zaqueu dava
um lance mais alto do que os outros, então ele podia coletar o quanto quisesse
extorquir das pessoas. Desde que pagasse aos romanos a parte deles, eles
estavam satisfeitos. Coletores de impostos eram tão impopulares porque eles
não apenas estavam ao lado de Roma, mas também coletavam taxas
exorbitantes não apenas para os romanos, mas para si mesmos, recebendo um
grande lucro à custa das pessoas. Então, ninguém se socializava com eles.
Portanto, quando Jesus o aceitou e disse: “Zaqueu, desce depressa, pois me
convém ficar hoje em tua casa”, as pessoas ficaram chocadas, e ele muito
comovido. Ele creu em Jesus dizendo: “Senhor, resolvo dar aos pobres a
metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém,
restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: ‘Hoje, houve salvação
nesta casa’” (Lucas 19:8).
Então esse coletor de impostos foi salvo e prometeu: “Eu agora usarei o
meu dinheiro corretamente. Não irei abusar do meu poder e até irei restaurar
o que peguei de forma errada e darei muito dinheiro aos pobres. Eu irei
colocar as minhas finanças em ordem e fazer o que Deus quer com as minhas
finanças”. Em resposta, Jesus contou uma parábola para encorajá-lo. Veja
que ela está dizendo sobre a maneira como usamos o nosso dinheiro e Ele
está falando para Zaqueu, por meio dessa parábola, para permanecer firme
em seu compromisso de ser fiel em suas finanças, pois isso irá afetar a sua
recompensa eterna. O que você faz com o seu dinheiro agora afeta a sua
eternidade e os tesouros que você terá no céu, então: “Permaneça fiel”.
“Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o
fim de tomar posse de um reino e voltar” (Lucas 19:12). Essa é uma imagem
de Jesus, que foi ao céu para receber um reino. Então, depois de um tempo
Ele voltará.
“Chamou (pouco antes dele sair) dez servos seus, confiou-lhes dez minas e
disse-lhes: Negociai até que eu volte” (Lucas 19:13). Veja de quem é esse
dinheiro. Enquanto Jesus está longe, no céu, Ele entregou recursos para os
Seus servos na terra, que inclui dinheiro (o contexto é dinheiro).
Veja o que diz Lucas 19:14: “Mas os seus concidadãos o odiavam e
enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine
sobre nós”. Em outras palavras, o mundo diz: “Não aceitamos Jesus como
nosso Senhor”. E Lucas 19:15 (acréscimo meu): “Quando ele voltou (Jesus
em breve voltará), depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar
os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria
conseguido”. Veja que ainda é o seu dinheiro. Ele simplesmente o confiou
aos seus servos para usá-lo para ele da melhor maneira possível, mas agora
ele os chama para prestar conta: “O que você fez com o meu dinheiro?” Ele
disse para eles ficarem ocupados (fazerem negócios) para ele até ele voltar.
Da mesma forma, no Arrebatamento Jesus irá nos chamar para Ele e
estaremos diante dele e prestaremos conta.
“Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a TUA mina rendeu dez” (Lucas
19:16; grifo meu). Ele disse: “Eu estive ocupado por você. Usei o seu
dinheiro de forma útil e agora ele se tornou dez minas”. Veja de quem eram
as minas. “Tua mina”. Esse servo fiel sabia que a mina era do mestre.
Algumas vezes, o dízimo pode ser ensinado como “Deus fica com os
primeiros 10%”, então os outros 90% são nossos para fazermos o que
quisermos. “Não!”. Os 100% são de Deus, e não iremos apenas prestar contas
do dízimo, mas de toda a quantia.
“Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste FIEL no
pouco, terás autoridade sobre dez cidades” (Lucas 19:17; grifo meu). Esse é
um bom retorno para o seu investimento! Pensamos que dez minas é muito
dinheiro; mas Jesus chama de “muito pouco”. Aos olhos de Deus, o dinheiro
que temos agora (não importa o quanto somos ricos) é uma mesada se
comparado às riquezas do céu. Mas o que você faz com ele importa, porque é
a maneira como você se prova fiel que irá qualificá-lo para usar as riquezas
do céu.
Veja que Deus é um recompensador muito generoso. Porque aquele
homem foi fiel com aquela pequena quantidade de dinheiro, ele deu dez
cidades para ele governar. Quando você é fiel com o dinheiro de Deus agora,
Ele irá recompensá-lo em grande estilo na eternidade.
A qualidade chave que Deus busca no gerenciamento do Seu dinheiro é a
fidelidade. Veja as seguintes passagens bíblicas:
“Portanto, que todos nos considerem como servos de Cristo e
encarregados... de Deus. O que se requer destes encarregados (gerentes) é
que sejam fiéis” (1 Coríntios 4:1-2, NVI).
“Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco. A este disse:
Terás autoridade sobre cinco cidades” (Lucas 19:18-19). Isso mostra que
existem diferentes níveis de recompensa eterna.
“Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei
embrulhada num lenço (eu não fiz nada com ela). Pois tive medo de ti, que és
homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste” (Lucas
19:20-21, acréscimo meu). Ele acreditou em uma mentira sobre o seu mestre,
que ele era rigoroso, miserável, injusto, mesquinho e avarento. Ele não tentou
fazer nada com o dinheiro porque não acreditava na bondade do seu senhor,
mas pensava que ele simplesmente tiraria dele qualquer dinheiro que
ganhasse.
Veja que o servo mau viu o dinheiro como sendo dele mesmo (ele o
acusou de roubo). Além disso, ele não acreditava na bondade e generosidade
do seu senhor, de que o iria recompensar. Porque ele acreditou na mentira, e
não na verdade de que o seu senhor era um recompensador, ele nem ao
menos se incomodou em fazer alguma coisa pelo mestre. Mas ele estava
errado, porque o Senhor é generoso e nos recompensa generosamente.
Veja mais algumas passagens bíblicas:

• Lucas 19:22: “Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te


condenarei. Sabias (sabia?) que eu sou homem rigoroso, que tiro o que
não pus e ceifo o que não semeei”. Ele não estava admitindo que era
verdade; ele estava dizendo: “Se é isso que você pensa de mim”.
• Lucas 19:23-25: “Por que não puseste o MEU dinheiro no banco? E,
então, na minha vinda, o receberia com juros. E disse aos que o
assistiam: Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem as dez. Eles ponderaram:
Senhor, ele já tem dez” (grifo meu). Ele perdeu todas as suas
recompensas, que foram dadas para o fiel.
• Lucas 19:26: “Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe-á; mas
ao que não tem, o que tem lhe será tirado”. Esse servo preguiçoso era
mau, porque acreditou que Deus não era generoso, e perdeu todas as
suas recompensas. Mas ele ainda foi salvo, diferentemente dos inimigos
de Deus, em Lucas 19:27: “Quanto, porém, a esses meus inimigos, (que
não aceitaram Jesus como Senhor) que não quiseram que eu reinasse
sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença” (acréscimo
meu).

Existe também uma parábola semelhante, a dos TALENTOS, em Mateus


25:14-30, que passa a mesma mensagem. A chave aqui é que o dinheiro não
pertence aos servos. O dinheiro sob sua posse na verdade não é seu. Ele
pertence a outra pessoa. Desculpe se essa é uma notícia ruim para você! Se
alguém lhe entregou quinhentos reais, a maneira como irá lidar com ele será
muito diferente dependendo se ele é na verdade o seu dinheiro ou se você foi
simplesmente designado como o responsável por ele. Toda a sua atitude para
com ele será diferente. O que precisamos ter em nosso coração é que
prestaremos conta e seremos recompensados pelo modo como usamos o
dinheiro de Deus.

A PARÁBOLA DO RICO LOUCO EM LUCAS 12


Esse homem era tolo porque pensou que o seu dinheiro seria seu para
sempre. Veja os versículos a seguir:

• Lucas 12:
v. 16: “E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um
homem rico produziu com abundância”. Essa era a bênção financeira de
Deus sobre ele.
v. 17: “E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho
onde recolher os meus frutos?” O que ele deveria ter feito? Ele deveria
começar a doar e Deus o abençoaria ainda mais, mas ele não estava
pensando em Deus ou em outras pessoas; apenas em si mesmo.
v. 18: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei
maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens”. Tudo
com o que ele estava preocupado era em construir celeiros maiores,
pensando: “Irei armazenar tudo isso para mim mesmo. Isso me
sustentará para sempre”. Ele vê o dinheiro como sendo seu para sempre.
v. 19: “Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para
muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te”. Ele é completamente
egocêntrico; ele enxerga esse dinheiro como seu; não tem nada a ver
com Deus. Veja o que Deus disse a ele (verso 20).
v. 20: “Louco”. Você é louco se não enxerga o grande cenário de que
seu dinheiro é emprestado pelo Senhor. Uma pessoa que serve ao
dinheiro em vez de servir a Deus é considerada louca; não importa quão
rica ela seja. Não fique com inveja dessas pessoas realmente ricas que
não dão nem ideia para Deus. Parece que elas têm tudo, mas Deus as
considera loucas se não o estão colocando em primeiro lugar. Deus não
se importa que sejamos ricos; mas Ele deseja que sejamos ricos para
com Deus.
v. 20: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o
que tens preparado, para quem será?” Quem ficará com todas essas
coisas? Não será você! Você não pode levá-las consigo. Você é louco,
não investiu em seu futuro eterno, então não terá nada. É loucura viver
apenas para o presente e não pensar, planejar e investir no futuro.

A lição do que ele não entendeu está em Lucas 12:21: “Assim é o que
entesoura PARA SI MESMO e não é rico para com Deus” (grifos meus).
Ele entendeu como se o dinheiro fosse seu; enviado para ele mesmo. Se ele
entendesse que o dinheiro na verdade era de Deus e vinha da bênção de Deus,
então ele teria vivido uma vida confortável, mas também teria sido rico com
relação a Deus. Tenha certeza de estar dando para Deus e Sua obra. Tenha
certeza de não estar apenas juntando tesouro na terra, mas de estar
construindo tesouros no céu; sendo rico para com Deus, e não apenas para si
mesmo. Deus o chamou de tolo porque agiu como se o dinheiro fosse dele e
acabará na eternidade sem nada.

A PARÁBOLA DO MORDOMO INFIEL EM LUCAS 16


“Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um
administrador...” (Lucas 16:1). Nessa história, o homem rico é Deus, porque
Deus é muito rico, e a sua mordomia deve servir de exemplo para você.
Somos os mordomos do dinheiro de Deus. Deus está colocando muita
confiança em você; Ele está dando a você o Seu dinheiro para você cuidar. O
que você fará com ele? Se você é um mordomo fiel, irá buscar saber o que o
seu mestre deseja que você faça com aquele dinheiro, aprendendo o que é
importante para Ele. Em que Ele quer que você invista? Como Ele quer que
você o utilize? Se você é um servo mau, você irá esquecer que o dinheiro
pertence a Ele, e irá gastá-lo todo com você mesmo.
Esse homem era um servo mau, desperdiçando o dinheiro consigo mesmo,
e como resultado, Lucas diz: “... e este lhe foi denunciado como quem estava
a defraudar os seus bens” (Lucas 16:1). E chegou aos ouvidos do mestre:
“Esse homem está gastando o seu dinheiro. Ele está agindo como se o
dinheiro fosse dele”. “Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que
ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não
podes mais continuar nela” (Lucas 16:2). Ele está recebendo a notícia de que
sua mordomia está chegando ao fim; ele não será mais mordomo e ele terá
que prestar conta de todo o dinheiro que passou pelas suas mãos e do que fez
com ele.
Acontece da mesma forma quando entendemos que esta vida (mordomia)
não dura para sempre; irá terminar em breve. Esta vida é tão curta se
comparada com a eternidade. Deus diz: “A sua mordomia está chegando ao
fim e você terá que prestar conta de como usou o meu dinheiro”.
Muitos cristãos agem como se o dinheiro fosse deles, e então levam um
verdadeiro choque em algum momento da vida quando percebem: “Eu não
viverei para sempre e em breve Deus irá me chamar para prestar conta, e eu
fiz muito pouco em termos de construir minhas riquezas eternas no céu”. De
repente, dão-se conta de que o tempo deles e a oportunidade de fazer alguma
coisa para o Senhor estão acabando.

“Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois o meu senhor


me tira a administração? Trabalhar na terra não posso; também de
mendigar tenho vergonha” (Lucas 16:3).

A essa altura, ele acorda e se arrepende; ele começa a ver a realidade do


cenário maior, entendendo que não é realmente o seu dinheiro, mas o
dinheiro do seu mestre e que é melhor se preparar para o seu futuro, para
quando o seu tempo de mordomia chegar ao fim. Ele pensa: “O que farei?
Serei expulso e não terei nada; minha pobre mordomia será exposta e tudo
será tirado de mim”.
Ele sugere um plano inteligente em Lucas 16:4-6:

“Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me
recebam em suas casas. Tendo chamado cada um dos devedores do seu
senhor (ele conhece todos aqueles que devem ao seu mestre), disse ao
primeiro: Quanto deves ao meu patrão? Respondeu ele: Cem cados de
azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve
cinquenta”.
Então, ele cancela o seu débito. Certamente isso é um escândalo; ele está
distribuindo o dinheiro do seu mestre! Perdoar o débito das pessoas é uma
das maneiras de dar.
Eu agradeço a Deus pelo cancelamento sobrenatural de um débito que
tivemos uma vez. Quando concluímos o nosso tempo na Escola Bíblica,
estávamos totalmente sem dinheiro. Empolgado, eu encomendei
especialmente em uma loja cristã cerca de duzentas fitas com ensinamentos,
mas eu fiz os cálculos errados, e como resultado, eu não tinha dinheiro para
pagar. Foi o nosso último dia antes de voltarmos para casa. Naquela manhã,
Hilary estava limpando o forno sem saber da confusão em que eu me metera.
De repente, ela disse: “Oh Senhor, por favor, nos dê um cancelamento
sobrenatural de débito!” Então, ela pensou: “Por que eu disse isso? Não
temos débito.” Eu fui até a loja para explicar a situação, mas quando eu
entrei, antes de poder dizer qualquer coisa, o vendedor falou: “Você não
precisa pagar por elas”. Claro, ele não sabia que estávamos sem dinheiro. Ele
continuou: “Deus falou comigo enquanto tomava banho essa manhã e disse:
‘Cancele o débito’”. E continuou: “Primeiro, eu pensei que Deus quisesse que
eu as oferecesse por um preço reduzido”. E eu estava pensando: “Não posso
pagar nem a metade!” Mas então ele disse que o Senhor também não o
deixaria fazer isso. Ele afirmou: “O Senhor está me dizendo que preciso
deixar você levar essas fitas sem custo algum. Eu irei semeá-las em seu
ministério”. Então eu falei: “Obrigado. Louvado seja Deus pelo cancelamento
da dívida”.
“Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros
de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta” (Lucas 16:7). Ele
está cancelando débitos e entregando o dinheiro do mestre; mas ele é o
mordomo, e recebeu autoridade para fazer isso. Por que ele deu o dinheiro do
seu mestre? Porque depois de ser expulso, ele irá até a casa dessas pessoas e
elas dirão: “Oh, amigo, você nos deu todo esse dinheiro. Entre. Tenha uma
refeição agradável conosco. Você precisa de um emprego? Iremos procurar
um para você”. De repente, ele terá todas essas pessoas ao redor da cidade
que darão a ele calorosas boas-vindas em suas casas. Cara esperto!
Esperamos que Jesus diga: “Que mordomia horrível. Como ousa dar o
dinheiro do seu mestre? Ele foi injusto, mas agora só está piorando as
coisas”. Aqui a história tem uma reviravolta, porque Jesus o elogiou! “E
ELOGIOU o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente
(sabiamente)...” (Lucas 16:8; grifo meu).
O mestre é uma figura de Deus. E se você de repente percebesse que o
tempo para você se preparar para o seu futuro eterno está acabando e
decidisse doar o dinheiro de Deus? Ele ficará aborrecido com você? Não! Ele
irá elogiá-lo por se tornar um canal do dinheiro do mestre, ajudando pessoas
que passam por necessidade. Sim, ele foi injusto desperdiçando o dinheiro do
seu mestre; um mau senhorio. Mas agora ele está reunindo os seus atos e, na
verdade, agradando o mestre.
“... porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do
que os filhos da luz” (Lucas 16:8). Ele está dizendo: “Você pode aprender
alguma coisa com essa mordomia”. Então, ele aplica esse ensinamento a nós:
“E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que,
quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam (como amigos) nos
tabernáculos eternos” (Lucas 16:9, acréscimo meu).
“Quando aquelas vos faltarem” significa quando você morrer. Em alguns
manuscritos diz: “Quando as riquezas faltarem”. Em outras palavras, “quando
o seu dinheiro acabar”, o que novamente quer dizer que quando você morrer,
as coisas materiais não serão mais suas. Ele diz que você pode se preparar
agora para quando as riquezas faltarem. Você pode usar o seu dinheiro para
fazer amigos eternos que “vos recebam nos tabernáculos eternos”.
Somos como esse mordomo. Talvez tenhamos gastado o dinheiro do
Mestre; nós o gastamos todo com nós mesmos. Mas percebemos que iremos
morrer em breve e precisamos nos preparar para a nossa vida após a morte,
para começarmos a dar em vez de desperdiçar tudo conosco mesmos,
sabendo que iremos receber uma recompensa mais tarde.
O que fazemos com o nosso dinheiro afeta o nosso futuro eterno. Temos
um Mestre muito interessante; Ele na verdade nos elogia quando damos o
Seu dinheiro.
Em particular, Jesus diz que podemos fazer amigos eternos com o nosso
dinheiro: “E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos;
para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos
tabernáculos eternos” (Lucas 16:9).
Essas são as pessoas salvas, ajudadas e mudadas por intermédio do
dinheiro que damos. Deus administra contas de tudo o que você dá para o
Evangelho para salvar as almas das pessoas, ou doa para boas causas
diferentes para suprir as necessidades das pessoas, ou ajudá-las em crise ou
situações difíceis. Quando você oferta, você não sabe para onde o dinheiro
está indo e qual vida será tocada. Mas Deus irá usá-la para salvar uma alma
ou mudar uma vida pela Palavra de Deus, e então, por meio dessas vidas
mudadas, são capazes de alcançar outros, e acontece um grande efeito
cascata, porque quando você abençoa (salva) uma vida, ela então abençoa
(salva) outras vidas e a repercussão continua e afeta muitos. Não temos ideia
do fruto que Deus gera a partir da nossa doação!
Então, se você tem sido fiel no ato de dar, quando você chegar no céu, terá
uma grande recepção de pessoas lhe dando as boas-vindas, porque Deus
mantém registros de tudo o que você deu e toda a vida que você tocou de
cada um que foi afetado ao longo do caminho. E eles saberão disso. Dessa
forma, quando você aparecer no céu, todos os tipos de pessoas virão
cumprimentá-lo e lhe dar as boas-vindas ao seu lar, e dizer: “Obrigado!
Porque você deu aquela oferta, porque você doou para suprir aquela
necessidade, eu estou aqui agora”. Você fará amigos eternos entregando o
dinheiro do Mestre. Você ficará maravilhado com as pessoas de todo o
mundo que o cumprimentarão e que você nunca viu antes, porque a sua oferta
teve um efeito cascata.
Mas, no entanto, se você simplesmente gastar tudo consigo mesmo, você
chegará no céu e poucos o cumprimentarão, porque você não tocou em
nenhuma vida por meio do ato de dar. Uma grande parte da sua recompensa
no céu são todas as pessoas que você alcançou. Se você doou para o
evangelismo, então essas almas ganhas estarão lá para lhe dar as boas-vindas.
Você receberá uma grande recompensa eterna. Então, em Lucas 16:10-11,
Jesus deixa claro que Ele está falando sobre fidelidade com relação ao
dinheiro: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no
pouco também é injusto no muito”.
Esse é o princípio geral. Em qualquer área da vida, você precisa se provar
fiel nas coisas pequenas e então você receberá mais para ser fiel sobre aquilo.
Os pais entendem isso com seus filhos. Entregamos a eles uma pequena
porção de responsabilidade e então, se eles se provarem fiéis, podemos
confiar neles com um pouco mais de liberdade e responsabilidade.
Portanto, se você se mostrar fiel a Deus com o que você tem, então Ele
pode confiar com mais nesta vida. Não diga: “Quando eu tiver um milhão de
reais, então eu começarei a dar”. Isso não vai acontecer; você precisa se
mostrar fiel no que você tem agora. Mesmo se os seus rendimentos não são
brilhantes no momento, seja fiel com eles, e certifique-se de estar colocando
Deus em primeiro lugar em suas finanças, então, Ele pode abençoá-lo e
aumentar os seus rendimentos. É assim que funciona.
Então, em Lucas 16:11, Jesus aplica esse princípio geral ao dinheiro: “Se,
pois (de acordo com este princípio), não vos tornastes fiéis na aplicação das
riquezas de origem injusta (dinheiro, que é neutro, com nenhuma justiça
inerente ou valor eterno), quem vos confiará a verdadeira riqueza?”
(acréscimos meus).
Ele está dizendo que o DINHEIRO é a menor coisa. Pensamos que ele é o
principal, mas para Deus ele é o que menos importa. Ele é importante, mas
nada comparado às verdadeiras riquezas eternas, porque é temporário. Ele
não possui valor eterno; enquanto as verdadeiras riquezas são realmente
riquezas porque durarão para sempre.
A sua verdadeira riqueza não é o que você possui exatamente agora; essas
não são riquezas verdadeiras. As suas verdadeiras riquezas são as suas
riquezas eternas construídas no céu neste momento, à medida que é fiel em
gerenciar o dinheiro do “monopólio” desta vida.
Observe que o seu dinheiro e a maneira como o gerencia são importantes
para Deus. Isso não é algo isolado, porque a forma que você lida com ele
determina, em grande parte, as suas recompensas eternas, aquilo que Deus
confiará a você no céu. A menos que você seja fiel no mínimo do seu
dinheiro, Deus não poderá confiar a você muita riqueza eterna. Desculpe, mas
Ele não irá. Mas se você é fiel no pouco, Ele será muito generoso em dar a
você aquelas riquezas eternas, que serão verdadeiramente suas, porque você
as terá para todo o sempre, como Ele diz a seguir: “Se não vos tornastes fiéis
na aplicação do alheio (o que temos nesta vida pertence ao Senhor), quem
vos dará o que é vosso?” (Lucas 16:12; acréscimo meu).
Suas riquezas eternas serão suas porque você as terá para sempre. Então,
Ele conclui em Lucas 16:13: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque
ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e
desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Ele está nos desafiando a tomar uma decisão de qualidade para servir a
Deus em vez de ao dinheiro, ou para servir a Deus com o nosso dinheiro. Ele
diz que se não reconhecermos a Deus como a Fonte e o Proprietário do nosso
dinheiro, e não servirmos a Deus com esse dinheiro, acabaremos servindo ao
dinheiro, sendo controlados pelo dinheiro por meio da ganância. Essa é a
questão fundamental das nossas finanças. O seu foco está em Deus como o
Senhor do nosso dinheiro, desejando agradá-lo com os seus recursos? Ou
apenas focamos no dinheiro e o cobiçamos (amamos), porque o vemos como
se fosse nosso? Nós vemos a Deus como o dono do nosso dinheiro e vivemos
sob essa perspectiva, servindo a Deus com ele, ou a minha vida é controlada
pelo dinheiro?
Sim, o dinheiro é importante para nós, mas Deus é muito mais importante,
e como o dinheiro pertence a Ele, Ele deve ter a última palavra quanto ao que
fizermos com ele. Temos visto que Jesus ensinou muita coisa com relação ao
dinheiro, especialmente quanto ao princípio da mordomia. Ele obviamente o
considerava importante.
Somos como o homem louco que coloca o dinheiro à frente de Deus e que
terminará sem nada, ou somos como o homem sábio, que percebe que o seu
dinheiro pertence a Deus e serve ao Senhor com ele? O homem a quem,
como resultado, serão confiadas riquezas eternas? O louco não planeja seu
futuro eterno, mas trata o dinheiro como se fosse todo seu. Logo, ele
descobrirá que não é quando perder tudo ao morrer. O homem sábio entende
que o dinheiro não é seu, mas ele precisa se mostrar fiel com o dinheiro de
Deus, construindo para si mesmo o verdadeiro tesouro no céu.
O primeiro princípio das nossas finanças é saber que o dinheiro é de Deus
e que somos apenas mordomos dele. Ele é muito generoso e deseja que nós
usemos uma parte dele para suprir as nossas necessidades. Mas Ele também
deseja que lembremos que tudo pertence a Ele e um dia, em breve, Ele irá
desejar ter uma conversa conosco a respeito do que você tem feito com o Seu
dinheiro.
Em resumo, o princípio da mordomia é a revelação fundamental para o
gerenciamento financeiro divino. Toda a nossa riqueza foi confiada a nós,
para usarmos para o Senhor Deus, que é o verdadeiro Proprietário de toda a
riqueza material deste mundo. Somos apenas mordomos ou gerentes do Seu
dinheiro e, portanto, precisaremos estar diante dele um dia, em breve, e
prestar contas da nossa mordomia. Naquele momento, seremos
recompensados de acordo, com recompensas eternas.
A principal coisa requerida em uma mordomia é a fidelidade. Um bom
mordomo descobre o que o Mestre deseja que ele faça com o Seu dinheiro e
se esforça para usá-lo o mais eficientemente possível para cumprir os
propósitos do Seu Mestre. Um mordomo mau esquece que o dinheiro
pertence ao seu Mestre e o gasta de maneira egoísta, como se fosse seu.

Comprometa-se com o Senhor e Dono da sua riqueza


Senhor Jesus Cristo, eu venho a Ti agora como Seu servo e
reconhecendo que o Senhor confiou a mim o dinheiro sob minha
possessão. O Senhor me abençoou com o lugar onde moro e o Senhor
me deu todas as coisas que eu tenho. Senhor, eu Te agradeço por ter
confiado isso a mim, mas eu reconheço que não é o meu dinheiro, é o
Teu dinheiro, e Senhor, Tu és o provedor e verdadeiro dono dessa
riqueza. Senhor, eu quero servir-te com esse dinheiro.
Eu Te agradeço, Senhor, por se alegrar, porque desfruto das coisas
desta vida. Eu olho para Ti Senhor; mostra-me o que o Senhor deseja
que eu faça com o Teu dinheiro. Mostra-me o que o Senhor deseja que
eu dê para outros, para a Tua obra, para a Tua Igreja.
Eu quero ser obediente ao Senhor. É o Teu dinheiro. Tudo o que o
Senhor disser está de acordo para mim, porque eu sou apenas um
gerente, um mordomo dos Teus recursos.
Senhor, acima de tudo, eu desejo ser achado um servo fiel, para que
quando falarmos a respeito disso, o Senhor se agrade de eu ter sido fiel
com o Teu dinheiro.
Senhor, eu Te agradeço porque à medida que sou fiel no pouco que o
Senhor tem me dado, o Senhor irá confiar mais, tanto nesta vida quanto
na eternidade.
Senhor, eu desejo que Tu me aches fiel, que o Senhor possa confiar mais
a mim. Senhor, eu não deixarei a riqueza me corromper. Eu irei manter
os meus olhos em Ti e eu usarei essa riqueza para servir-te e abençoar
outros.
Senhor, eu faço a minha dedicação neste momento, que à medida que o
Senhor aumentar as minhas finanças, eu aumentarei o meu ato de dar.
Eu usarei essas finanças para a Tua glória.
Senhor, eu me comprometo agora. O meu desejo é que Tu me aches fiel.
Em nome de Jesus. Amém.
Capítulo 4

O PRINCÍPIO DAS PRIMÍCIAS

o capítulo anterior, vimos o conceito fundamental da mordomia:

N somos mordomos (administradores) e não proprietários das riquezas


deste mundo (porque não vamos levar nada delas quando
morrermos). Deus é o dono de toda a riqueza da terra e confia parte dela ao
nosso cuidado. Em breve, todos nós precisaremos prestar conta a Ele de
como a utilizamos. Esse conceito irá afetar e mudar toda a nossa abordagem
com relação ao dinheiro. O “dinheiro não é nosso” para usarmos como
acharmos melhor. O dinheiro é de Deus, embora temporariamente tenhamos
o controle sobre ele. Então, Ele tem todo o direito de nos dizer como
devemos usá-lo. Se Deus nos deu algumas instruções quanto a isso, devemos
segui-las e não reclamar.
Então, o primeiro passo para colocar Deus em primeiro lugar em nossas
finanças é reconhecer que Ele é a fonte, o Senhor e o Proprietário das nossas
finanças (prosperidade) e que somos apenas gerentes dos Seus recursos. Um
bom mordomo irá descobrir as instruções, os planos e as prioridades do Seu
Mestre e segui-los obedecendo à Sua Palavra no ato de dar (quanto e quando
dar). No entanto, um mau mordomo age como se tudo pertencesse a ele e
gasta tudo consigo mesmo.
Também vimos que a nossa fidelidade nas finanças é importante para Deus
e se honramos o Senhor com as nossas finanças, isso mostra a Ele que
levamos o nosso compromisso com Ele a sério e que Ele pode confiar em nós
com riquezas maiores (tanto espirituais quanto materiais). Deus não se
importa que você tenha dinheiro, desde que essas riquezas não o corrompam.
Deus gostaria de fazê-lo rico, tanto quanto Ele pode confiar a você essas
riquezas. Então, você precisa provar-se fiel pouco a pouco para mostrar que
pode lidar com esse dinheiro. Deus não se importa que você tenha dinheiro,
mas Ele se importa que o dinheiro tenha você. Mas se Ele pode ver que os
seus olhos estão nele, que você deseja servi-lo, que sabe que o dinheiro
pertence a Ele, e que você se provará confiável, então você se qualifica para
que Ele o torne fiel sobre mais, e Deus pode expandir a sua base financeira.
Assim, o conceito fundamental de caminhar na prosperidade bíblica é
saber que o dinheiro pertence a Deus. Uma vez que Ele é o proprietário do
nosso dinheiro, precisamos honrá-lo e reconhecê-lo como o Senhor das
nossas finanças.
Como fazemos isso na prática? Neste capítulo, veremos o que Deus revela
em Sua Palavra como a maneira prática essencial de aceitá-lo e honrá-lo
como Senhor sobre as nossas riquezas. Esse é o Princípio das Primícias, um
princípio profundo e fundacional das instruções financeiras de Deus para nós,
pois define a maneira fundamental de o honrarmos como Fonte e Senhor do
nosso dinheiro.
Provérbios 3:9-10 diz: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as
primícias de toda a tua renda (rendimento; lucro). E se encherão fartamente
os teus celeiros (contas; despensas), e transbordarão de vinho os teus lagares”
(grifos e acréscimos meus).
Aprendemos aqui que existem PRIMÍCIAS (a primeira parte do nosso
rendimento) que, de modo especial, pertencem ao Senhor, pois quando
entregamos a Ele, nós o HONRAMOS como o SENHOR das nossas
finanças. É dessa maneira que reconhecemos que tudo pertence a Ele e que
Ele é o Senhor e a Fonte das nossas finanças. Não temos que tocar nela
porque pertence a Ele. Sim, todo o nosso dinheiro pertence a Ele, mas Ele
permite que tenhamos boa parte dele para o nosso uso. Ele nos pede para
diretamente entregar a Ele a primeira parte, como uma representação de toda
a nossa riqueza. Então, quando ofertamos as primícias a Deus, estamos
colocando todas as nossas finanças em Suas mãos. Ao entregar a Ele as
primícias, nós o honramos, reconhecendo que TUDO é dele e está sob Seu
senhorio. Isso, por sua vez, permite que Ele abençoe toda a nossa finança,
fazendo os nossos celeiros serem cheios até transbordarem.
Honramos a Deus e o colocamos em primeiro lugar em nossas finanças
entregando a Ele as primícias, que é a primeira parte do nosso rendimento.
Devemos nos certificar de que a primeira parte de todo o dinheiro que
recebermos em nosso planejamento financeiro é para o Senhor, mesmo antes
de pagarmos os impostos para o governo, antes da alimentação ou qualquer
coisa, porque o dinheiro é de Deus. Não entregamos a Deus o que sobrou
após gastarmos todo o restante! Então, se você gastar tudo e o que sobrou no
final da semana você entregar a Deus, esses serão os últimos frutos. Isso é dar
gorjeta a Deus, não honrá-lo como Senhor. Precisamos dar a Deus as
primícias, não o segundo, o terceiro ou o último fruto.
Precisamos honrá-lo, dando a Ele as primícias da maneira como Ele
ordena, e não usando-as para nós mesmos. Deste modo, o primeiro passo para
a obediência financeira é não tocar nas primícias. Essa é a forma como
reconhecemos que elas pertencem a Ele e não a nós.
Essa Lei das Primícias é essencial para permanecer na bênção e aumento
financeiro contínuo de Deus. Tudo pertence a Deus, 100%, mas Ele nos pede
para reconhecer que Ele é a Fonte e o Proprietário de tudo, dando a Ele uma
porção do que Ele tem nos dado: isso é chamado de primícias. As primícias
representam o todo, então quando a entregamos, estamos colocando todas as
nossas finanças em Suas mãos, o que o libera para abençoar toda a nossa
riqueza. Dar a Ele as primícias libera a Sua bênção sobre toda a nossa
finança. Quando Deus aceita e abençoa as primícias, Suas bênçãos vêm sobre
as nossas finanças. Sem essa bênção, as nossas finanças são vulneráveis à
maldição na terra.
Pertencem a Deus 100% de tudo, mas o todo é representado por uma parte
que é chamada de primícias, que Deus exige para si. Violar as primícias é um
problema sério. É tomar o que é de Deus, roubar dele, e é uma rejeição da
Sua autoridade, resultando em nossa saída da Sua proteção e bênção da
aliança, e então nos abrindo para a maldição que já está na terra.
O que são as PRIMÍCIAS? São a primeira parte a ser ofertada a Deus. Mas
o que são? Deus é o Senhor, de modo que necessariamente em cada situação
apenas Ele é o que pode DEFINIR quais são as primícias que Ele requer.
Agora iremos ver que a Lei das Primícias é um princípio profundo e geral
que funciona de muitas maneiras e formas em toda a Palavra de Deus.

1.A Riqueza do Jardim do Éden

E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente,


e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus
brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento;
e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do
conhecimento do bem e do mal.
— Gênesis 2:8-9

Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do


Éden para o cultivar e o guardar. E o SENHOR Deus lhe deu esta
ordem: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no
dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
— Gênesis 2:15-17

Deus criou todas as coisas boas, para que eles aproveitassem toda essa
riqueza. Ele deu a eles todas as árvores de onde pudessem comer, mas
também definiu primícias que não poderiam tocar: a árvore do conhecimento
do bem e do mal. Ela não era uma árvore má; ela foi criada por Deus. Mas
era apenas de Deus. Eles foram chamados a reconhecerem a autoridade de
Deus sobre eles e suas riquezas ao não comerem da árvore (as primícias).
Deus os advertiu da maldição que viria sobre eles e suas riquezas se eles
desonrassem as primícias, mas mesmo assim eles desobedeceram, como
vemos em Gênesis 3:6: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer,
agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do
fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”.
Enquanto deram as primícias a Deus, eles o reconheceram como Senhor
supremo de todas as suas coisas, mas ao desobedecerem e violarem as
primícias, eles colocaram a si mesmos e as coisas na frente de Deus.
Enquanto eles honraram as primícias, eles mantiveram toda a sua riqueza sob
a autoridade e mão abençoadora de Deus. Mas ao tocarem nelas, eles agiram
como uma autoridade independente, como se a árvore fosse deles para
fazerem o que quisessem. Assim, eles removeram a sua riqueza (a terra) de
sob a autoridade, proteção e mão abençoadora de Deus, e ao contrário, ela
ficou debaixo da maldição da pobreza e morte.

E a Adão disse: “Visto que atendeste à voz de tua mulher e comeste


da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua
causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do
campo”.
— Gênesis 3:17-18

Deus encheu a terra com prosperidade, mas agora por causa da quebra da
Lei das Primícias, a maldição da pobreza entrou e Adão agora teria que se
esforçar e suar para sobreviver. Portanto, desonrar a Deus quebrando as
primícias nos leva para fora da autoridade de Deus e da esfera da Sua bênção,
deixando-nos vulneráveis à maldição.

2.ABEL entendeu esse princípio


Parece que Deus instruiu Caim e Abel por intermédio de Adão para dar a
oferta das PRIMÍCIAS a cada ano com um sacrifício de sangue de um animal
adequado. Veja Gênesis 4:3 (acréscimo meu): “Aconteceu que no fim de uns
tempos (“fim dos dias”, em certo tempo fixo no ano) trouxe Caim do fruto da
terra uma oferta ao SENHOR”. E também Gênesis 4:4: “Abel, por sua vez,
trouxe das PRIMÍCIAS do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o
SENHOR de Abel e de sua oferta”.
Caim não entregou as primícias que Deus exigiu, mas fez a sua própria
oferta de frutas. ABEL deu as primícias — o primogênito — e assim agradou
a Deus.
3.NOÉ (Gênesis 9)
Deus deu à humanidade por intermédio de Noé o direito de se alimentar de
carne de animal. Isso era novo, mas com esse presente, Deus disse que não
poderiam beber o sangue, porque ele contém a vida que pertence a Deus.
Portanto, o sangue é as primícias pelo qual honramos a Deus. O animal por
inteiro pertence a Deus, e nós reconhecemos isso não tocando no sangue.

Todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o que
se move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão
entregues. Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como
vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. Carne, porém, com sua
vida, isto é, com seu SANGUE, não comereis.
— Gênesis 9:2-4; grifo meu

Tocar (comer) as primícias de qualquer animal (seu sangue) era uma


questão séria, pois elas pertencem a Deus. Quanto mais sério é tirar o sangue
de um homem! É por isso que o assassinato deve ser punido com a morte:
“Certamente, requererei o vosso sangue, o SANGUE da vossa VIDA; de todo
animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do
próximo de cada um requererei a vida do homem. Se alguém derramar o
SANGUE do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o
homem segundo a sua imagem” (Gênesis 9:5-6; grifos meus).

4.ABRAÃO deu as PRIMÍCIAS dos seus despojos para Deus por meio
do seu Representante na terra — Melquisedeque
Gênesis 14:19-20 diz: “Abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão
pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus
Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu
Abrão o DÍZIMO” (grifo meu). Ele lembrou Abraão que toda a riqueza que
Ele tinha ganhado vinha de Deus e pertencia a Ele. Portanto, era apropriado
que Abraão honrasse a Deus dando a Ele as PRIMÍCIAS (que nesse caso era
o DÍZIMO). Ele estava andando conforme as instruções de Deus nessa
questão, porque está registrado na Bíblia como um ato significativo de fé
(uma vez que o comentário sobre isso no livro de Hebreus confirma).
Entregar o DÍZIMO DAS PRIMÍCIAS honrou a Deus como a fonte do Seu
sucesso, riqueza e vitória.
Gênesis 14:22 confirma que foi uma transação solene entre Abraão e Deus
na qual ele o reconheceu como Senhor e Dono de toda a sua riqueza: “Mas
Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o que
possui os céus e a terra”.
No capítulo seguinte, percebemos que essa oferta das Primícias abriu a
porta para Deus liberar bênçãos até maiores sobre Abraão que continuaria em
seu futuro:

Depois destes acontecimentos [como resultado da sua oferta das


primícias], veio a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e disse:
Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo [contra a maldição da
pobreza], e teu galardão será sobremodo grande [Eu o abençoarei
com abundância].
— Gênesis 15:1 (acréscimos meus)

O dízimo de Abraão só tem valor se for de fé, e fé requer ouvir a Palavra


de Deus (Romanos 10:17). Então, Deus deve ter ensinado a ele a dar o
dízimo como as primícias. Assim como Deus ensinou a Abraão a entregar o
DÍZIMO como as PRIMÍCIAS, ele deve ter ensinado seus filhos, que é a
razão por que quando Jacó renova o seu compromisso com Deus, ele faz um
voto de dizimar tudo. Ele sabia que quando ele agisse em fé para com Deus, a
ação correspondente apropriada seria comprometer-se com o dízimo: “E de
tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo” (Gênesis
28:22). Isso mostra que para os patriarcas, dizimar era um estilo de vida e não
apenas um evento único.

5.Israel entrando na Terra Prometida (ofertando Jericó como Primícias)


Houve uma progressão na salvação e bênção de Israel: do Egito — pelo
deserto — para a Terra Prometida.
1. Deus tirou Israel do Egito (a terra do “não há suficiente”).
2. Conduziu-o no deserto (a terra do “só o suficiente”).
3. Para a Terra Prometida (a terra do “mais do que o suficiente”).

É isso o que Ele está fazendo por você também!


Ele deseja que você possua a Terra Prometida da prosperidade e
abundância. Deus estava dando toda a Terra Prometida a eles, uma terra de
abundância e prosperidade, de leite e mel, mas eles precisavam possuí-la:
“Eis aqui a terra que eu pus diante de vós; entrai e possuí a terra que o
SENHOR, com juramento, deu a vossos pais, Abraão, Isaque e Jacó, a eles e à
sua descendência depois deles” (Deuteronômio 1:8).
Esta é uma imagem da nossa Terra Prometida de bênção e prosperidade:

Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos
vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e
romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o
pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro
e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás
o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.
— Deuteronômio 8:7-10

O Princípio das Primícias: a chave para eles possuírem de maneira bem-


sucedida a sua herança, e viverem na Terra da Semeadura e Colheita era a
Oferta das Primícias. Nesse caso, Deus disse que era Jericó — o primeiro
lugar que Deus deu a eles era para ser do Senhor, não era para eles pegarem
nada de lá para eles mesmos. “A cidade, com tudo o que nela existe, será
consagrada ao Senhor para destruição” (Josué 6:17, NVI) e, portanto, em
Josué 6:18 eles foram ordenados: “Mas fiquem longe das coisas consagradas,
não se apossem de nenhuma delas”.
Então eles foram proibidos de pegarem quaisquer despojos de Jericó. Eles
tinham que queimar tudo, menos a prata e o ouro que eram destinados para o
Tesouro do Senhor.
Isso explica Josué 6:24 (NVI): “Depois incendiaram a cidade inteira e tudo
o que nela havia, mas entregaram a prata, o ouro e os utensílios de bronze e
de ferro ao tesouro do santuário do Senhor”.
A razão era que Deus estava dando toda a Terra Prometida para Israel, e
como a primeira parte dela, Israel precisava oferecer Jericó a Deus como as
Primícias da Terra, para reconhecer o Seu Senhorio sobre eles e a terra (sua
riqueza). Portanto, eles não podiam tocar em nada dela, mas oferecê-la como
holocausto a Deus. As Primícias de uma colheita que foram oferecidas a
Deus representavam a colheita inteira, de forma que quando eram entregues a
Deus, elas traziam a bênção para o restante da colheita garantindo uma
colheita plena. Da mesma maneira, a oferta de Jericó a Deus (as Primícias da
Terra) por Israel abriu o caminho para Israel receber toda a terra do Senhor e
tomar posse dela. Jericó estava tão bem posicionada que foi a porta de
entrada para a terra, e era inevitável passar por ela. Para tomar posse da terra,
eles precisaram primeiro de tudo tomar Jericó e oferecê-la inteiramente a
Deus, pois ela representava as primícias da terra.
Da mesma forma, honrar a Deus com as nossas primícias é a chave
principal para sermos bem-sucedidos em possuir a nossa Terra Prometida.
Não podemos ignorar e evitar as primícias e entrarmos em nossa Terra
Prometida da prosperidade, pois se não estivermos submetidos à Sua
autoridade, Ele não entrará conosco à medida que avançamos, então nossos
inimigos não fugirão.
Josué lançou uma maldição na reconstrução de Jericó, uma vez que agora
ela era dedicada a Deus. Como as primícias pertenciam apenas a Deus, se
alguém possuísse as primícias, estaria roubando de Deus e seria amaldiçoado:

Naquele tempo, Josué fez o povo jurar e dizer: “MALDITO diante do


SENHOR seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de
Jericó; com a perda do seu PRIMOGÊNITO lhe porá os fundamentos
e, à custa do mais novo, as portas”.
— Josué 6:26 (NVI, grifo meu)

Aquele que tomasse as primícias de Deus colheria a perda do seu


primogênito! Portanto, apesar da sua localização estratégica com uma
nascente, o medo dessa maldição impediu qualquer um de reconstruir Jericó
por centenas de anos. A vez seguinte em que ela é mencionada e se diz de sua
reconstrução foi nos dias do rei Acabe (900 a.C.) quando a maldição entrou
em ação:

Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; quando lhe lançou os


fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu PRIMOGÊNITO; quando lhe
pôs as portas, morreu Segube, seu último, segundo a palavra do
SENHOR, que falara por intermédio de Josué, filho de Num.
— 1 Reis 16:34 (grifo meu)

A Maldição de violar as Primícias (Josué 7 — A Derrota de Israel em Ai)


“Se quiserdes e me ouvirdes (especialmente obediente às Primícias),
comereis o melhor desta terra (viverá a bênção da prosperidade)” (Isaías 1:19,
acréscimos meus). O outro lado dessa moeda é que se não obedecermos com
disposição a Deus ofertando as Primícias da Sua escolha, não seremos
capazes de comer o melhor da Terra Prometida.
Isso é ilustrado em Josué 7, pois após a captura de Jericó, Israel violou as
Primícias por meio do pecado de um homem (roubando para si mesmo o
tesouro de Jericó que pertencia a Deus) e então foi incapaz de progredir em
possuir a terra.

Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas


(consagradas); porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de
Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas (consagradas).
A ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel.
— Josué 7:1, acréscimos meus
Em Josué 7:2-9 vemos que, como resultado, eles foram DERROTADOS
em Ai e Josué ficou em choque.

Então, disse o SENHOR a Josué: “Levanta-te! Por que estás prostrado


assim sobre o rosto? Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo
que eu lhes ordenara [violando as Primícias, violando a Aliança que
reconhece Deus como Sócio Principal na Aliança]. Pois tomaram das
coisas condenadas [consagradas, tocando nas Primícias e entrando
em maldição], e furtaram [de Deus], e dissimularam, e até debaixo
da sua bagagem puseram”.
— Josué 7:10-11, acréscimos meus

Tocar nas Primícias significava que eles não estavam mais sob a bênção de
Deus e então não podiam possuir a terra: “Pelo que os filhos de Israel não
puderam resistir aos seus inimigos; viraram as costas diante deles, porquanto
Israel se fizera condenado; já não serei convosco, se não eliminardes do
vosso meio a coisa roubada” (Josué 7:12).

Dispõe-te, santifica o povo e dize: Santificai-vos para amanhã,


porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: “Há coisas condenadas
no vosso meio, ó Israel; aos vossos inimigos não podereis resistir,
enquanto não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas”.
— Josué 7:13

Era urgente que eles corrigissem esse pecado de pegar parte das primícias
para si mesmos, de outro modo não poderiam possuir a terra da prosperidade
que Deus queria lhes dar. No dia seguinte, Deus sobrenaturalmente revelou
que foi Acã, que então confessou em Josué 7:20-21:

Respondeu Acã a Josué e disse: “Verdadeiramente, pequei contra o


Senhor, Deus de Israel, e fiz assim e assim. Quando vi entre os
despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma
barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e
eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata,
por baixo”.

Depois que eles lidaram com o pecado e as Primícias foram totalmente


entregues a Deus, eles estavam de volta ao Senhorio e à bênção de Deus, e
rapidamente capturaram Ai.

6. Sob a Lei das PRIMÍCIAS que Israel precisava entregar ao Senhor


estava o DÍZIMO
As primícias pertencem ao Senhor, e Deus ordenou que o Dízimo fosse as
Primícias, portanto, o Dízimo pertencia ao Senhor: “Também todas as
DÍZIMAS da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores,
são do SENHOR; santas são (separado, pertencendo apenas) ao SENHOR”
(Levítico 27:30, grifo e acréscimos meus). “No tocante às DÍZIMAS do gado
e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo
será santo ao SENHOR” (Levítico 27:32, grifo meu).
A questão controversa sobre, no Novo Testamento, as PRIMÍCIAS (que
pertencem ao Senhor) serem o DÍZIMO é assunto do capítulo seguinte. Mas
devemos nos perguntar: se não é o dízimo, o que é? Apenas Deus pode
definir as Primícias e Ele não dá nenhuma indicação, em qualquer lugar, de
ser outra coisa.
Uma vez que o DÍZIMO pertencia a Deus (como as Primícias) NÃO
DIZIMAR era considerado estar roubando de Deus: “Desde os dias de vossos
pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para
mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós
dizeis: Em que havemos de tornar?” (Malaquias 3:7). E ainda em Malaquias
3:8-9 (grifo meu): “ROUBARÁ o homem a Deus? Todavia, vós me
ROUBAIS e dizeis: Em que te ROUBAMOS? Nos DÍZIMOS e nas ofertas.
Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me ROUBAIS, vós, a nação
toda”.
Após apontar como eles se afastaram de Deus desonrando-o ao reter as
Primícias (dízimo) Ele agora responde à pergunta deles de como podem se
voltar para Deus. Se eles se voltarem para Deus, Ele promete se voltar para
eles em bênção (ver Malaquias 3:7).

“Trazei TODOS os DÍZIMOS à CASA DO TESOURO, para que haja


mantimento na MINHA CASA; e provai-me nisto”, diz o SENHOR dos
Exércitos, “se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o
devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide
no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as
nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa,
diz o SENHOR dos Exércitos”.
— Malaquias 3:10-12; grifo meu

Ao começarem a ofertar as Primícias (Dízimo) a Deus, eles se submeteram


à vontade de Deus e se conectaram ao Plano Financeiro de Deus para eles.
Por meio de sua fé (confiança) em Deus e obediência ao dízimo, eles
permitiram que Deus derramasse a Sua bênção abundante sobre eles.

7. Israel ofertou as PRIMÍCIAS (o DÍZIMO) de toda a sua colheita

Além disso, ordenou ao povo, moradores de Jerusalém, que


contribuísse com sua parte devida aos sacerdotes e aos levitas, para
que pudessem dedicar-se à Lei do Senhor. Logo que se divulgou esta
ordem, os filhos de Israel trouxeram em abundância as PRIMÍCIAS
do cereal, do vinho, do azeite, do mel e de todo produto do campo;
também os DÍZIMOS de tudo trouxeram em abundância. Os filhos de
Israel e de Judá que habitavam nas cidades de Judá também
trouxeram DÍZIMOS das vacas e das ovelhas e DÍZIMOS das coisas
que foram consagradas ao SENHOR, seu Deus; e fizeram montões e
montões.
— 2 Crônicas 31:4-6; grifo meu
E que também traríamos as PRIMÍCIAS da nossa terra e todas as
PRIMÍCIAS de todas as árvores frutíferas, de ano em ano, à CASA do
SENHOR; os PRIMOGÊNITOS dos nossos filhos e os do nosso gado,
como está escrito na Lei; e que os PRIMOGÊNITOS das nossas
manadas e das nossas ovelhas traríamos à CASA do nosso Deus, aos
sacerdotes que ministram nela. As PRIMÍCIAS da nossa massa, as
nossas ofertas, o fruto de toda árvore, o vinho e o azeite traríamos
aos sacerdotes, às câmaras da CASA do nosso Deus; os DÍZIMOS da
nossa terra, aos levitas, pois a eles cumpre receber os DÍZIMOS em
todas as cidades onde há lavoura. O sacerdote, filho de Arão, estaria
com os levitas quando estes recebessem os DÍZIMOS, e os levitas
trariam os DÍZIMOS dos dízimos à CASA do nosso Deus, às câmaras
da CASA DO TESOURO.
— Neemias 10:35-38; grifo meu

No início de cada colheita, começando com a cevada e depois com o trigo


na primavera, e depois vários frutos que amadureciam no verão e no outono,
eles separavam as primícias para o Senhor, pois pertenciam a Ele. Eles não
podiam pegá-las para eles. Toda vez que subiam à Casa do Senhor (em
Jerusalém) eles pegavam as Primícias para entregá-las ao Senhor lá. Isso
especialmente acontecia nas festas solenes.
A Oferta das Primícias era uma questão séria e importante, como pode ser
visto em Deuteronômio 26, que tem todo um capítulo dedicado a descrever
como isso era feito.

Ao entrares na TERRA que o SENHOR, teu Deus, te DÁ por herança,


ao possuí-la e nela habitares, tomarás das PRIMÍCIAS de todos os
FRUTOS do solo que recolheres da TERRA que te DÁ o SENHOR, teu
Deus, e as porás num CESTO, e irás ao lugar que o SENHOR, teu Deus,
escolher para ali fazer habitar o seu nome. Virás ao que, naqueles
dias, for sacerdote e lhe dirás: Hoje, declaro ao SENHOR, teu Deus,
que entrei na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu DAR a
nossos pais.
— Deuteronômio 26:1-3; grifo meu

A ênfase é que o adorador reconhece que foi o Senhor quem deu a ele todo
esse produto (riqueza). Veja a continuação da descrição:

O sacerdote tomará o CESTO da tua mão e o porá diante do altar do


SENHOR, teu Deus. Então, testificarás perante o SENHOR, teu Deus, e
dirás: Arameu prestes a perecer foi meu pai, e desceu para o Egito, e
ali viveu como estrangeiro com pouca gente; e ali veio a ser nação
grande, forte e numerosa. Mas os egípcios nos maltrataram, e
afligiram, e nos impuseram dura servidão. Clamamos ao SENHOR,
Deus de nossos pais; e o SENHOR ouviu a nossa voz e atentou para a
nossa angústia, para o nosso trabalho e para a nossa opressão; e o
SENHOR nos tirou do Egito com poderosa mão, e com braço estendido,
e com grande espanto, e com sinais, e com milagres; e nos trouxe a
este lugar e nos DEU esta terra, TERRA que mana leite e mel. Eis
que, agora, trago as PRIMÍCIAS dos frutos da TERRA que tu, ó
SENHOR, me DESTE. Então, as porás perante o SENHOR, teu Deus, e te
PROSTRARÁS perante ele. ALEGRAR-TE-ÁS por todo o bem que o
SENHOR, teu Deus, te tem DADO a ti e a tua casa, tu, e o levita, e o
estrangeiro que está no meio de ti.
— Deuteronômio 26:4-11; grifo meu

Da mesma forma, ao ofertar as primícias, lembramos e confessamos que


longe de Cristo não temos nada. Estaríamos perdidos, seríamos escravos do
pecado. Mas através de Cristo, Deus nos redimiu com a Sua poderosa mão e
nos trouxe para a Terra Prometida da bênção. Portanto, tudo o que temos foi
dado a nós pelo nosso Senhor. Devemos tudo a Ele e reconhecemos isso nos
voltando a Ele e entregando a Ele as Primícias. Veja que a oferta das
Primícias é um ato de adoração e agradecimento, onde nos regozijamos em
tudo o que Ele nos deu. Ao dar a Ele as Primícias, nós o honramos como o
nosso Senhor e Provedor e afirmamos que o amamos acima das coisas que
Ele tem nos dado.
Então, Deuteronômio 26:12-15 declara o que eles precisavam fazer diante
de Deus no Templo, após o ciclo de três anos dizimando (por dois anos os
dízimos eram levados ao Templo e ofertados como primícias, mas no terceiro
ano eles eram entregues para ajudar os levitas locais e todos aqueles em
necessidade):

Quando acabares de separar todos os DÍZIMOS da tua MESSE no


ano terceiro, que é o dos DÍZIMOS, então, os darás ao levita, ao
estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas
cidades e se fartem. Dirás perante o SENHOR, teu Deus: Tirei de minha
casa o que é CONSAGRADO e dei também ao levita, e ao
estrangeiro, e ao órfão, e à viúva, segundo todos os teus
mandamentos que me tens ordenado; nada transgredi dos teus
mandamentos, nem deles me esqueci. Dos dízimos NÃO COMI no
meu luto e deles nada tirei estando imundo, nem deles dei para a casa
de algum morto; obedeci à voz do SENHOR, meu Deus; segundo tudo o
que me ordenaste, tenho feito. Olha desde a tua santa habitação,
desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste,
como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel.

Então, em Deuteronômio 26:16-19 Deus declarou que se eles fossem


obedientes a esses mandamentos e honrassem a santidade das Primícias
(separando-as para o Senhor), então Ele honraria e exaltaria a Israel como
Sua santa nação especial, Suas Primícias:

Hoje, o SENHOR, teu Deus, te manda cumprir estes estatutos e juízos;


guarda-os, pois, e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua
alma. Hoje, fizeste o SENHOR declarar que te será por Deus, e que
andarás nos seus caminhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus
mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvidos à sua voz. E o SENHOR,
hoje, te fez dizer que lhe serás por povo seu próprio, como te disse, e
que guardarás todos os seus mandamentos. Para, assim, te exaltar em
louvor, renome e glória sobre todas as nações que fez e para que
sejas povo santo ao SENHOR, teu Deus, como tem dito.

8. A Festa das Primícias


A cevada era a primeira colheita do ano. Então, na semana do domingo de
Páscoa no primeiro mês, uma oferta especial das primícias da colheita da
cevada era entregue a Deus em nome de toda a nação. Não eram apenas as
primícias da colheita da cevada, mas de todas as colheitas: “As PRIMÍCIAS
dos FRUTOS da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus” (Êxodo 23:19;
34:26; grifo meu).
Ela representava toda a colheita do ano vindouro. Ao entregá-la a Deus,
eles reconheciam que toda a sua colheita vinha de Deus e a colocavam sob
Sua bênção.

Quando vocês entrarem na terra que eu lhes estou dando e fizerem a


PRIMEIRA colheita de trigo, levem ao sacerdote um FEIXE do que
COLHEREM. No dia que vem depois do sábado (domingo), o
sacerdote APRESENTARÁ esse FEIXE de trigo a Deus, o SENHOR,
para que ele ACEITE vocês.
— Levítico 23:10-11; grifo meu

As primícias eram erguidas e acenadas diante do Senhor para a Sua


aceitação. Ela representava toda a colheita, então, ao aceitá-la, Ele estava
aceitando o todo, ou seja, significa que Ele estendia Sua mão de bênção sobre
toda a colheita. As primícias foram aceitas em nome deles, ou seja, toda a
colheita de Israel foi aceita e abençoada por meio da oferta das primícias. Ao
colocar as nossas primícias nas mãos de Deus, estamos colocando toda a
nossa finança em Suas mãos. Ele aceita as primícias em nosso favor! Como
representante do todo, a aceitação das primícias é a garantia de que toda a
colheita será reunida, então, como são as primícias, que seja todo o restante.
Eles não tinham a permissão de participarem da colheita até terem ofertado
as primícias a Deus. É por isso que ela é chamada de PRIMÍCIAS! Antes de
usarmos qualquer parte do nosso rendimento para nós mesmos, devemos dar
as primícias a Deus. Dessa forma, honramos a Deus como Senhor colocando
Ele em PRIMEIRO lugar em nossas finanças. “Não comam espigas de trigo
verdes, nem espigas torradas, nem pão, ATÉ o dia em que apresentarem a
oferta (das primícias) a Deus” (Levítico 23:14; grifo e acréscimo meus).
Em 1 Coríntios 15:20 vemos que Jesus cumpriu a Festa das Primícias no
dia da Sua ressurreição: “Mas, de fato, CRISTO RESSUSCITOU dentre os
mortos, sendo ele as PRIMÍCIAS dos que dormem”.
Deus está trabalhando para trazer para Si uma colheita de redenção, justiça
e homens ressuscitados. O Cristo ressuscitado é as PRIMÍCIAS dessa
colheita. Ele morreu na Páscoa, como nosso Cordeiro Pascal (1 Coríntios 5:7)
para comprar a nossa redenção do pecado. Então, no terceiro dia, no dia após
o sabbath (domingo), bem cedo os sacerdotes foram oferecer as primícias
anuais a Deus, o segundo Adão, Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos e logo
após aparecer a Maria Madalena, Ele ascendeu ao céu como a oferta de
PRIMÍCIAS a Deus em favor de uma humanidade redimida. Quando estava
prestes a ascender, Ele disse a ela: “Não me detenhas; porque ainda não subi
para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai
e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (João 20:17). Além de derramar o
Seu sangue (Hebreus 9:12) e receber toda autoridade de Deus (Mateus 28:18;
Daniel 7:13-14), Ele se apresentou diante de Deus como primícias, o
primogênito dos mortos de muitos irmãos (Romanos 8:29), o cabeça
representante de uma nova raça da humanidade (a nova criação) para SER
ACEITA por Deus EM NOSSO FAVOR.
A base para esse homem ter ressuscitado e se tornado a PRIMÍCIA de uma
grande colheita da humanidade redimida e justificada foi o Seu sangue
(Hebreus 13:20). Ele foi simbolizado pela oferta de um cordeiro humano
perfeito com o “molho” das primícias, como diz Levítico 23:12 (grifo meu):
“No dia imediato ao sábado, o sacerdote o moverá. No dia em que moverdes
o MOLHO, oferecereis um CORDEIRO sem defeito, de um ano, em
holocausto ao SENHOR”. Ao se oferecer completamente a Deus como as
primícias para ser aceito em nosso favor, Ele trouxe a bênção de Deus para
toda a colheita, garantindo que toda a colheita também crescesse diante dele.
Uma vez que Deus aceitou plenamente a Cristo, Ele também nos aceitou em
Cristo. Sua ressurreição como primícias da colheita garante a nossa
ressurreição, e garante também que iremos receber um corpo como o Seu e
seremos como Ele.
A colheita (ressurreição) do justo ocorrerá em fases, assim como a colheita
de Israel era feita em fases. Primeiro, vinham as primícias da colheita da
cevada na Páscoa. Depois, nos cinquenta dias anteriores ao Pentecostes, a
cevada e o trigo eram reunidos (a Era da Igreja). As primícias da colheita do
trigo eram erguidas no Pentecostes (representando o Arrebatamento da
Igreja), e após isso, acontecia uma reunião de vários tipos de frutos durante o
verão, concluindo com a Festa dos Tabernáculos no outono (os 144 mil são
arrebatados com as duas testemunhas no Meio da Tribulação como as
primícias dessa colheita do verão — ver Apocalipse 7:1-8; 14:1-5. Então, os
santos do Antigo Testamento e os mártires da Tribulação serão ressuscitados
na Segunda Vinda de Cristo, cumprindo os Tabernáculos). Paulo descreve
isso em 1 Coríntios 15:23 (grifo meu): “Cada um (está ressuscitado), porém,
por sua própria ordem: CRISTO, as PRIMÍCIAS; depois, os que são de
Cristo, na sua VINDA”. Cristo como primícias representou toda a colheita
por vir que pertence a Deus, que é colhida em ordem (simbolizada por todas
as colheitas sucessivas do ano).

9. ISRAEL é as PRIMÍCIAS das nações


A Bíblia diz em Jeremias 2:3 (grifo meu): “Então, Israel era
CONSAGRADO ao SENHOR e era as PRIMÍCIAS da sua colheita; todos os
que o devoraram se faziam culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR”.
E em Êxodo 4:22 (grifo meu): “Israel é meu filho, meu PRIMOGÊNITO”.
As primícias são SANTAS para o Senhor (separadas, pertencem apenas a
Ele). Portanto, tocar nas primícias é estender as suas mãos para o que é de
Deus, e isso traz uma maldição. Isso se aplica a Israel (Gênesis 12:3), que é
as Primícias das nações. Assim, qualquer nação que estende as mãos sobre
Israel para possuí-la e a sua terra será amaldiçoada.
Foi porque Faraó estendeu suas mãos sobre o PRIMOGÊNITO de Deus
(Israel) e não o deixou sair, que Deus tomou os primogênitos do Egito e de
Faraó. Eles colheram o que plantaram. Pegar as PRIMÍCIAS que pertencem a
Deus é um problema sério!

10. O PRIMOGÊNITO pertence ao Senhor e precisa ser entregue a Ele


Outro exemplo do princípio de que as PRIMÍCIAS de todo
RENDIMENTO precisam ser oferecidas a Deus é que Deus requer que os
israelitas deem a ele o FILHO PRIMOGÊNITO, e o PRIMOGÊNITO DOS
ANIMAIS de qualquer ventre: “Consagra-me todo PRIMOGÊNITO; todo
que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como
de animais, é meu” (Êxodo 13:1-2; grifo meu). Veja também:

Não tardarás em trazer ofertas do MELHOR das tuas ceifas e das


tuas vinhas; o PRIMOGÊNITO de teus filhos me darás. Da mesma
sorte, farás com os teus bois e com as tuas ovelhas; sete dias ficará a
cria com a mãe, e, ao oitavo dia, ma darás.
— Êxodo 22:29-30; grifo meu

Levítico 27:26 diz: “Mas o PRIMOGÊNITO de um animal, por já


pertencer ao SENHOR, ninguém o dedicará (usará); seja boi ou gado miúdo, é
do SENHOR” (grifo meu). E Deuteronômio 12:6: “A esse lugar (à Casa de
Deus) fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos
DÍZIMOS, e a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas
voluntárias, e os PRIMOGÊNITOS das vossas vacas e das vossas ovelhas”
(veja também Deuteronômio 14:17, 22-23; 15:19-20).
Os PRIMOGÊNITOS dos animais também precisavam ser entregues como
sacrifício ou redimidos (comprados de volta de Deus por um pagamento) para
reconhecer que eles pertenciam a Deus. Além disso, os filhos primogênitos
também pertenciam a Deus e assim precisavam ser redimidos de Deus.

Todo primeiro filho é meu e também o PRIMEIRO filhote macho dos


animais domésticos. Mas, se vocês quiserem ficar com o PRIMEIRO
filhote macho de uma jumenta, OFEREÇAM-ME um carneiro; se não
quiserem, quebrem o pescoço do jumentinho. Para ficarem com todo
PRIMEIRO filho de vocês, PAGUEM o preço determinado. Ninguém
deverá aparecer diante de mim sem trazer uma oferta.
— Êxodo 34:19-20 (NTLH; grifo meu)

Apartarás para o SENHOR todo que abrir a madre e todo


PRIMOGÊNITO dos animais que tiveres; os machos serão do
SENHOR. Porém todo PRIMOGÊNITO da jumenta resgatarás com
cordeiro; se o não resgatares, será desnucado; mas todo
PRIMOGÊNITO do homem entre teus filhos RESGATARÁS.
— Êxodo 13:12-13; grifo meu

Vimos que porque os egípcios violaram o Princípio das Primícias,


reivindicando o Primogênito de Deus, Ele tomou os filhos e animais
primogênitos do Egito. Essa revelação de Deus quanto à importância das
primícias tornou imperativo que Israel não violasse esse princípio, mas
oferecesse as suas primícias (inclusive seu PRIMOGÊNITO) ao Senhor.

Quando teu filho amanhã te perguntar: Que é isso? Responder-lhe-


ás: “O SENHOR com mão forte nos tirou da casa da servidão”. Pois
sucedeu que, endurecendo-se Faraó para não nos deixar sair, o
SENHOR matou todos os PRIMOGÊNITOS na terra do Egito, desde o
PRIMOGÊNITO do homem até ao PRIMOGÊNITO dos animais; por
isso, eu sacrifico ao SENHOR todos os machos que abrem a madre;
porém a todo PRIMOGÊNITO de meus filhos eu resgato.
— Êxodo 13:14-15; grifo meu

Deus tinha o direito de reivindicar todos os FILHOS PRIMOGÊNITOS


para o Seu Sacerdócio, mas, em vez disso, Ele escolheu os LEVITAS, para
serem especialmente Seus. Novamente, vemos Deus colocar uma ênfase na
importância de entregar o seu PRIMOGÊNITO (primícias) a Ele, lembrando-
os do que aconteceu com o Egito e com Faraó no êxodo.
Eis que tenho eu tomado os LEVITAS do meio dos filhos de Israel, em
lugar de todo PRIMOGÊNITO que abre a madre, entre os filhos de
Israel; e os LEVITAS serão meus. Porque TODO PRIMOGÊNITO é
MEU; desde o dia em que feri a todo PRIMOGÊNITO na terra do
Egito, consagrei para mim todo PRIMOGÊNITO em Israel, desde o
homem até ao animal; serão MEUS. Eu sou o SENHOR... Porquanto
eles dentre os filhos de Israel ME SÃO DADOS; em lugar de todo
aquele que abre a madre, do PRIMOGÊNITO de cada um dos filhos
de Israel, para mim os tomei. Porque MEU é todo PRIMOGÊNITO
entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais; no dia em
que, na terra do Egito, feri todo PRIMOGÊNITO, os consagrei para
mim. Tomei os LEVITAS em lugar de todo PRIMOGÊNITO entre os
filhos de Israel.
— Números 3:12-13; 8:16-18; grifo meu

Fica claro que ao longo da Bíblia, desde o começo, ofertar as PRIMÍCIAS


se mostra um princípio profundo e importante. Portanto, ele deve se aplicar
às nossas finanças. Certifique-se de que em seu planejamento financeiro você
esteja separando as primícias dos seus rendimentos para o Senhor. As
primícias pertencem a Ele, portanto, antes de pegar o dinheiro para as suas
próprias necessidades, certifique-se de honrar o Senhor, dando a Ele os
primeiros frutos (não o segundo, terceiro ou o último fruto!)
Embora as primícias fossem inicialmente usadas em seu sentido estrito de
agricultura, estamos empregando-as de uma maneira mais geral, como aquela
que Deus reivindica como Sua (que geralmente é o dízimo). Isso é
justificado, pois o termo “primícias” é usado com frequência em sentido
espiritual por Jesus, pelos cristãos, pelo Espírito Santo, etc. Portanto, a oferta
das primícias da agricultura é utilizada como um tipo de correspondência
com a realidade. É apenas um exemplo de um conceito maior que se aplica
mais genericamente. Por exemplo, a oferta dos primogênitos que pertence ao
Senhor, e que precisa ser redimida, é um exemplo do princípio de que as
PRIMÍCIAS pertencem a ele. Assim, somos justificados empregando esse
termo para apoiar o conceito geral maior. O DÍZIMO precisa ser entendido
como um exemplo específico importante desse conceito mais geral das
PRIMÍCIAS. O dízimo pertence e faz parte desse conceito maior.
Capítulo 5

DIZIMAR OU NÃO DIZIMAR?

o capítulo anterior, vimos que o Princípio das Primícias é um

N princípio profundo que transcende todos os períodos; é a Lei Moral,


parte da nossa adoração a Deus, alicerçado em nosso
relacionamento com Ele como o Proprietário e Senhor de tudo o que temos.
Como parte da nossa adoração, precisamos honrá-lo, dando a Ele as primícias
do que Ele nos dá. As primícias são o santo para o Senhor, elas pertencem a
Ele. Em qualquer circunstância particular, Ele define o que é e onde devemos
entregá-las (não somos nós que definimos, mas Ele, porque pertence a Ele).
Ao entregar a Ele as primícias, estamos aceitando-o como Senhor da nossa
riqueza, o que o libera para tomar posse dela e para multiplicá-la e abençoá-
la. Esse é um princípio fundamental. Nossas primícias representam o todo, e
ao colocar as primícias nas mãos de Deus, estamos depositando todas as
nossas finanças em Suas mãos abençoadoras. À medida que você dá a
primeira parte do seu rendimento para o Senhor, isso o libera para prosperar o
todo. O fato de Deus aceitar as Primícias leva todas as nossas finanças para
debaixo da Sua bênção. Qualquer oferta acima disso é uma oferta de livre
vontade.
Quais são as Primícias para nós hoje na Nova Aliança? Eu creio que são o
DÍZIMO. O que mais poderia ser?

Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu


próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele
endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos;
teme ao SENHOR e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e
refrigério, para os teus ossos.
— Provérbios 3:5-8

Uma maneira de mostrarmos a nossa confiança no Senhor está em


Provérbios 3:9-10 (grifo meu):

HONRA ao SENHOR com os teus BENS


e com as PRIMÍCIAS de toda a tua renda;
e se encherão fartamente os teus celeiros,
e transbordarão de vinho os teus lagares.

O autor original certamente entendeu que as PRIMÍCIAS aqui são o


DÍZIMO. A Bíblia usa consistentemente o DÍZIMO, ou os 10%, como a
diretriz básica de Deus para as PRIMÍCIAS. Mas esse é um assunto
controverso. Se o dízimo estava apenas na Lei de Moisés e em mais lugar
nenhum, então ele não caberia a nós hoje, já que não estamos sob a Lei de
Moisés. Mas dizimar é um princípio mais profundo do que isso,
transcendendo a Antiga Aliança, uma vez que é uma aplicação da lei moral.
O dízimo era praticado ANTES da Lei; ele estava NA Lei e também está no
Novo Testamento — no ensinamento de Jesus no livro de Hebreus.

1.ANTES da LEI

Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do


Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão
pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o
Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos.
— Gênesis 14:18-20a
Melquisedeque está dizendo que Deus possui tudo e abençoou Abrão com
a sua vitória; Deus deu a Abrão essa riqueza. Abrão poderia ter retido o
dinheiro, mas a bênção não seria aumentada sobre ele, pois ele não teria
reconhecido a Deus como o Abençoador. Como instruído por Deus: “... e de
tudo lhe deu Abrão o DÍZIMO” (v. 20b). Esse é o exemplo de Abrão antes da
Antiga Aliança de Moisés.
Como a Bíblia registra para a nossa instrução, sabemos que esse dízimo foi
feito em fé e, portanto, em obediência à instrução de Deus, pois a fé vem
somente pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17).

Então, disse o rei de Sodoma a Abrão: “Dá-me as pessoas, e os bens


ficarão contigo”. Mas Abrão lhe respondeu: “Levanto a mão ao
SENHOR, o Deus Altíssimo, o que possui os céus e a terra, e juro que
nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia
de sandália, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão”.
— Gênesis 14:21-23

Esse dízimo era muito formal e uma coisa séria, pois Abrão fez um
juramento, isso era característica de uma aliança. Em seu dízimo e oferta,
Abrão estava cumprindo uma promessa de aliança e juramento diante de
Deus. Ele estava reconhecendo formalmente diante de Deus que tudo veio
dele. Na verdade, ele foi além do dízimo; mas primeiro ele entregou o dízimo
ao sumo sacerdote e depois entregou o restante para os necessitados (como
uma oferta extra) e não guardou nada para si, exceto os custos: “Depois
destes acontecimentos, veio a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e
disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu GALARDÃO SERÁ
SOBREMODO GRANDE” (Gênesis 15:1; grifo meu).
Vamos dizer que ele tenha recebido 100 milhões de reais, e Abraão entrega
o dízimo a Melquisedeque, e o restante ele distribui. Imagine se você daria
uma fortuna, porque simplesmente obedeceu a Deus e acordou na manhã
seguinte com pensamentos vindos em sua mente: “Por que eu fiz aquilo? Por
que eu não guardei um milhão para mim?”
O medo obviamente veio à mente de Abrão, e Deus diz para ele: “Não
temas, Abrão, Eu sou o seu Escudo da maldição da pobreza e sou seu
abençoador e recompensador sobremodo grande. Abrão, o que você fez aqui
estabeleceu algo em seu coração e Eu serei agora capaz de recompensá-lo de
maneira sobremodo grande”.
Logo, ao dizimar, ao honrar a Deus entregando a Ele as primícias, Abraão
entrou completamente no plano financeiro e vontade de Deus para a sua vida,
permitindo que Deus liberasse uma bênção grande e excedente nele por todo
o seu futuro. Da mesma forma, em Malaquias 3:7-12, o Senhor promete um
grande liberar de bênção financeira para aquele que entrega o dízimo. Se
você entrega o dízimo com fé, como um filho de Abraão, Deus irá
recompensar a sua obediência da mesma maneira.
Lembro-me de quando eu era estudante, pouco antes de ter meu primeiro
emprego (uma época em que eu não tinha muito dinheiro). Recebi uma
revelação sobre o dízimo e estabeleci o compromisso de começar a dizimar.
De alguma forma eu sabia que estava estabelecendo a base essencial para a
minha futura prosperidade. Essa foi a primeira coisa a fazer para começar a
me mostrar fiel a Deus. Eu simplesmente sabia que fazendo isso estava
liberando a minha fé para Deus me abençoar financeiramente, porque estava
colocando as minhas finanças nas mãos de Deus, e Ele me abençoou!
Portanto, vemos que o dízimo era praticado por Abraão, o pai da nossa fé,
antes da Lei, e Romanos 4:11 diz que Abraão é o “pai de todos os que creem,
embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça”.
Romanos 4:12 também nos revela: “Andam nas pisadas da fé que teve
Abraão, nosso pai”.
Sim, não estamos debaixo da Aliança mosaica, mas estamos na eterna
Aliança de Abraão, pois a Nova Aliança é apenas um desenvolvimento da
Aliança de Abraão, e uma vez que Cristo é um filho de Abraão, em Cristo
somos filhos de Abraão e herdeiros da Aliança: “E, se sois de Cristo, também
sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:29).
Então, Abraão é o nosso pai espiritual. Sigamos o exemplo da fé de Abraão.

Fez também Jacó um voto, dizendo: “Se Deus for comigo, e me


guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e
roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de
meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que erigi por
coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes,
certamente eu te darei o DÍZIMO”.
— Gênesis 28:20-22; grifo meu

Quando Jacó renovou o seu compromisso com Deus, confiando e se


colocando debaixo da autoridade, proteção e bênção de Deus, ele sabia que
era apropriado ter novamente um estilo de vida fundamentado no dízimo a
Deus, então ele fez esse voto. De onde Jacó tirou a ideia do dízimo?
Certamente, dos seus pais Isaque e Abraão. Veja que antes da Lei de Moisés,
ele era algo voluntário, não uma lei com punições por desobediência.
Antes da Lei, Abraão, Isaque e Jacó praticaram o dízimo como algo
voluntário (dízimos eram recebidos). Sob a Lei, o dízimo tornou-se então
uma coisa compulsória (dízimos eram recolhidos), e então depois da Lei, no
Novo Testamento, o dízimo continua, mas ele volta a ser algo voluntário.
O dízimo é validado no Novo Testamento? Sim, mas muitos cristãos
parecem esquecer-se disso. Não estamos debaixo da Lei de Moisés, mas da
Lei de Cristo, que é alicerçada no ensinamento de Jesus, que foi então
desenvolvido pelos apóstolos (toda construída com base na revelação do
Antigo Testamento).
Mateus 7:24-27 nos diz que o ensinamento de Jesus é a base para a Nova
Aliança, porque construímos a nossa casa na Rocha, ouvindo e praticando as
palavras de Jesus.
Mateus 28:19-20 nos diz que o ensinamento de Jesus é normativo para
todos os discípulos no Novo Testamento (Aliança) até a consumação dos
séculos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco
todos os dias até à consumação do século” (grifos meus).
Veja também 1 Timóteo 6:3-4:

Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras


de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é
enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de
palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas
malignas.

E 2 João 1:9 (acréscimo meu): “Todo aquele que ultrapassa a doutrina


(ensinamento) de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que
permanece na doutrina (ensinamento), esse tem tanto o Pai como o Filho”.
Apesar de Jesus ter vivido sob a Antiga Aliança e cumprido a Lei, Ele
também foi ministro da Nova Aliança, estabelecendo-a sob os Seus
ensinamentos de base e pela Sua Morte. Então a pergunta-chave é: o dízimo
é ensinamento de Jesus? Ele o endossa para a Nova Aliança?
Sim, o próprio Jesus nos diz que devemos dizimar! Mateus 23:23: “Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a
misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”.
Aqui, a palavra DEVEIS equivale a SER NECESSÁRIO, como em
“necessário vos é nascer de novo” (João 3:7; grifo meu).
Jesus não disse para parar de dizimar. “Eu não estou dizendo para vocês
pararem de fazer isso, mas o dízimo não substitui o fato de vocês terem as
atitudes corretas”. Não é “ou/ou”, mas “ambas”. “Você precisa dizimar, é
correto dizimar.” Assim como devemos orar, devemos dizimar como uma
disciplina espiritual que glorifica a Deus. Jesus, na verdade, afirma o dízimo,
apesar de estar afirmando ainda mais justiça, misericórdia e fé.
Uma segunda testemunha para o DÍZIMO no ensinamento de Jesus está
em Lucas 11:42 (grifo meu): “Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o
DÍZIMO da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e
o amor de Deus; DEVÍEIS, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas”.
Para mim, esse versículo é o argumento conclusivo, porque eu creio que o
ensinamento (doutrina) de Cristo nos evangelhos é o ensinamento da Nova
Aliança. Por que Ele não ensinou mais a respeito disso? O ensinamento dele
foi realmente suficiente porque já havia sido bem compreendido e praticado,
e era só uma questão de afirmar sua continuidade. Assim, o dízimo continua
na Nova Aliança como as Primícias, mas ele não é uma LEI com punições,
mas uma tarefa (DEVEIS) para alguém que deseja honrar a Deus e colocá-lo
em primeiro lugar em suas finanças. Veja 1 Coríntios 16:2 (grifo meu): “No
primeiro dia da semana (domingo), cada um de vós ponha de parte, em casa,
conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas
quando eu for”.
Aqui, nesse versículo do Novo Testamento, Paulo confirma o princípio da
entrega regular alicerçada em separar para o Senhor certa proporção
(porcentagem) dos nossos rendimentos. Apesar de ele não especificá-la como
10%, isso provavelmente foi o compreendido.
Hebreus 7 diz que o dízimo de Abraão para Melquisedeque é um tipo de
Dízimo da Nova Aliança, pois somos os filhos de Abraão e hoje precisamos
dizimar a Jesus, que é maior que Melquisedeque. Hebreus 7:1-2 diz: “Porque
este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao
encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para
o qual também Abraão separou o DÍZIMO de tudo” (grifo meu).
E Hebreus 7:2-3 diz: “Melquisedeque (primeiramente se interpreta ‘rei de
justiça’, depois também é rei de Salém, ou seja, ‘rei de paz’; sem pai, sem
mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência,
entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus) permanece sacerdote
perpetuamente” (acréscimo meu). Isso descreve Melquisedeque como uma
imagem de Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, o Sacerdote segundo a
ordem de Melquisedeque (ver Salmos 110:4).

Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca,


pagou o DÍZIMO tirado dos melhores despojos. Ora, os que dentre os
filhos de Levi recebem o sacerdócio têm MANDAMENTO de
recolher, de acordo com a LEI, os DÍZIMOS do povo, ou seja, dos
seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão; entretanto,
aquele cuja genealogia não se inclui entre eles RECEBEU DÍZIMOS
de Abraão e ABENÇOOU o que tinha as promessas. Evidentemente, é
fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.
— Hebreus 7:4-7; grifo meu
Um ponto a ser observado é que esse sacerdócio é maior do que o
sacerdócio temporário de Levi sob a Lei de Moisés. Mas ambos recebem
dízimo: um pelo mandamento ou lei, o outro voluntariamente. O dízimo de
Abraão ao Sumo Sacerdote Melquisedeque sob a Aliança de Abraão antes da
Lei é um retrato do nosso dízimo a Jesus, nosso Sumo Sacerdote, conforme a
ordem de Melquisedeque, segundo a Lei. Não é uma lei com punição, mas a
nossa resposta de amor, pois estamos sob a graça e não sob a lei, mas a graça
deve nos fazer ir além da lei, assim como foi com Abraão que entregou tudo.
Abraão dizimou ao Sumo Sacerdote real, Melquisedeque, que recebeu os
dízimos e o abençoou. Da mesma forma, dizimamos para o nosso Rei e Sumo
Sacerdote, Jesus, e Ele recebe os nossos dízimos e nos abençoa. Não somos
ordenados a dizimar sob a ameaça de punição, mas ele é a nossa resposta
apropriada à graça de Deus. Quais são as PRIMÍCIAS que precisamos
entregar, aquelas que Ele irá receber? O dízimo.
Hebreus 7:8 é o argumento conclusivo: “Aliás, AQUI são homens mortais
os que recebem DÍZIMOS, porém ALI, AQUELE de quem se testifica que
vive” (grifo meu). “Aqui” que é aqui e agora na terra “homens mortais
recebem dízimos”. Quando você entrega o dízimo na igreja, ele não evapora
misteriosamente para o céu. Ele permanece na terra; ele vai para a Igreja que
o próprio Jesus instituiu (Mateus 16:18). Portanto, para entregar o dízimo a
Jesus precisamos entregá-lo à Sua instituição na terra (assim como Israel sob
a Lei o entregou ao Templo e Sacerdócio divinamente instituído).
E em Hebreus 7:8: “Aliás, aqui são homens mortais os que recebem
dízimos, porém ali (no céu), aquele de quem se testifica que vive”. “Aqui são
homens mortais os que recebem dízimos.” Veja que ele diz que o dízimo
ainda acontece hoje. “Porém ali”, que é no céu, Ele (o Jesus ressuscitado, o
maior que Melquisedeque) “aquele de quem se testifica que vive” o recebe
(nossos dízimos). Apesar de parecer no mundo natural que o dinheiro está
indo para a Igreja, quando você entrega ao nosso Sumo Sacerdote no céu,
aquele que é como Melquisedeque o recebe.
Portanto, a entrega do dízimo por Abraão a Melquisedeque (antes da Lei) é
o retrato normativo do dízimo no Novo Testamento (após a Lei). Esse é um
retrato do que ainda acontece hoje, porque nós, assim como Abraão,
entregamos os dízimos ao nosso Melquisedeque celestial, Jesus, para
reconhecê-lo como o nosso Senhor e Fonte de riqueza, e Ele ainda os recebe
e nos abençoa hoje. O dízimo não é recolhido como debaixo da Lei; veja que
eles são recebidos. No Novo Testamento, as pessoas são livres, e
diferentemente do tempo da Lei, não existe maldição específica sobre as
pessoas que não dizimam. Uma vez que Jesus é o Sumo Sacerdote segundo a
ordem de Melquisedeque, o encontro entre Melquisedeque e Abraão é um
retrato do presente sacerdócio de Cristo: receber os dízimos e abençoar
cristãos.
Como uma semente de Abraão, Levi entregou o dízimo a Melquisedeque,
então toda a semente de Abraão é um entregador de dízimo por estar em
Abraão. Dizimar sob a Lei era simplesmente uma manifestação e
desenvolvimento do dízimo de Abraão. Em Cristo, somos também a semente
de Abraão na Aliança Abraâmica, que cumprimos ao dizimarmos ao nosso
Grande Melquisedeque (Jesus): “E, por assim dizer, também Levi, que recebe
dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido
gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste” (Hebreus
7:9-10).
A superioridade desse Sacerdócio Real (do qual Jesus é agora Sumo
Sacerdote) sobre o Levítico é visto como sendo antes da Lei, eterno (não
temporário) e em Levi dizimando em Abraão. O atual sumo sacerdócio de
Cristo deve ser modelado em Melquisedeque (Rei-Sacerdote), já que Ele é
segundo a ordem de Melquisedeque (Salmos 110:4, Hebreus 5:6,10; 6:20).
Deve, portanto, haver uma continuidade e similaridade de natureza e
operação. Mas a única operação que percebemos está na bênção de dizimar,
tão certo que o maior que Melquisedeque recebe os nossos dízimos!

O DÍZIMO SOB A LEI


Apesar de haver diferenças a respeito de dizimar sob a Lei (era
compulsório) existem também coisas sobre o dízimo que são independentes
da Lei, uma vez que ele transcende a Lei. Portanto, há verdades nos
versículos acerca do dízimo na Lei que podem ser aplicadas a nós agora,
assim como Levítico 27:30: “Também todas as dízimas da terra... são do
SENHOR”. De fato, apesar de não estarmos sob a Lei, o Novo Testamento
aplica com frequência os versículos da Lei, pois há uma maneira correta de
usar a Lei. Veja 1 Timóteo 1:8: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém
dela se utiliza de modo legítimo”.
Por exemplo, Deus revela muito sobre a importância do dízimo para Ele
em Malaquias 3: (1) O DÍZIMO PERTENCE a Deus, (2) ele nos protege da
maldição e (3) ele libera bênçãos divinas sobre as nossas finanças.
No entanto, Malaquias 3 descreve uma maldição especial que está sobre
aqueles que não entregam o dízimo, mas essa maldição é apenas para aqueles
sob a Lei, pois Cristo nos redimiu da maldição da Lei (Gálatas 3:13-14).
Mesmo assim, existe de qualquer maneira uma maldição sobre a terra da qual
você está protegido quanto mais você está sob a Sua bênção. Então, o dízimo
hoje ainda o protege da maldição, levando-o para debaixo da bênção de Deus:
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te
roubamos? Nos DÍZIMOS e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados,
porque a mim me roubais, vós, a nação toda” (Malaquias 3:8-9; grifo meu). E
Malaquias 3:10: “Trazei todos os DÍZIMOS à CASA DO TESOURO, para
que haja mantimento na MINHA CASA; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós
bênção sem medida” (grifo meu).

Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos


consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz
o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes,
porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.
— Malaquias 3:11-12

Apesar de ser entregue inicialmente a Israel sob a Lei, a aplicação pode ser
feita de maneira mais abrangente a como o ato de dizimar funciona hoje, já
que contém verdades transcendentes sobre o ato de dizimar (uma vez que o
dízimo transcende a Lei).
Se você não dizimar, certamente se você não operar nas primícias, você
estará perdendo um grande nível de bênção sobre o qual poderia agir. Você
está sob um nível mais baixo de prosperidade. Sim, se você trabalhar duro,
você terá um nível de prosperidade, e no Novo Testamento você já está
posicionalmente sob a bênção de Deus, porque Jesus tomou a maldição por
você e Ele dá a você todas as coisas (bênção).
Você está sob a bênção se entregar o dízimo ou não. Mas eu diria que o
nível de bênção que irá, na verdade, experimentar é determinado pela sua
obediência no dar (dízimos e ofertas). Nesse sentido, eles abrirão as janelas
do céu para você. Deste modo, se você reconhece a Deus com as primícias,
isso abrirá as janelas do céu para você de modo que de outra forma não
seriam abertas.
Deus nos salvou do Egito (a terra do “não há suficiente”). Ele agora está
nos tirando do Deserto (a terra do “só o suficiente” — uma terra de provisões
milagrosas) para a Terra Prometida (a terra da bênção, do “mais do que
suficiente”). A provisão de Deus (Terra Prometida) é nossa, mas nos
limitamos se não honramos a Deus com as Primícias, porque financeiramente
não estamos na vontade perfeita de Deus. A chave para entrar na terra da
plenitude e da abundância é entregar o dízimo (assim como foi Jericó para
Israel).
No Novo Testamento, o ato de dizimar não é compulsório, mas com
alegria, sem ser forçado, livremente do seu próprio coração em um espírito de
liberalidade: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2
Coríntios 9:7). Finalmente, em nossa entrega cristã somos livres para dar
conforme o que decidimos em nosso coração.
Mas precisamos saber que somos apenas mordomos do dinheiro de Deus e
que um dia prestaremos conta a Ele por nossa mordomia. Um princípio
profundo é que devemos honrar a Deus com as primícias do nosso lucro de
maneira especial, porque as primícias pertencem a Ele. Esse é o primeiro
passo para colocar o Senhor em primeiro lugar em nossas finanças. O dízimo
é a única diretriz dada no Novo Testamento para as primícias. Satisfazemos o
requerimento bíblico quanto às primícias quando dizimamos, mas não
estamos debaixo da Lei (compulsão), portanto não estamos debaixo de
maldição se não dizimarmos. Mas uma bênção maior de Deus está sobre nós
quando dizimamos. Ao colocarmos as nossas finanças em Suas mãos, isso
libera uma bênção maior para o nosso futuro.
Sim, o dízimo estava na Lei de Moisés, mas ele não se originou com a Lei,
mas com o nosso pai espiritual, Abraão, e foi endossada por Jesus para a
Nova Aliança (ver Mateus 23:23). O dízimo na Aliança Mosaica era
compulsório, enquanto o dízimo na Nova Aliança é voluntário (como foi com
os patriarcas). Nós (assim como Abraão em Gênesis 14) devemos almejar ir
além do dízimo com as ofertas, porque a Graça nos capacita a irmos além das
exigências da Lei. Se agirmos conforme a Lei da Entrega do Novo
Testamento, isso irá anular a Entrega do Antigo Testamento.
Deus designou o dízimo (10%) para ser grande o suficiente para nos
expandir, mas não tão grande a ponto de nos quebrar. Ele é grande o
suficiente para fazer-nos usar a nossa fé, porque é uma quantidade
considerável de dinheiro. Você pode dizer: “Vou entregar como primícias 1%
do meu rendimento”, mas não existe fé nessa atitude! Você não está de fato
expandindo o seu coração, porque você está dando apenas um pouco, ou seja,
você está simplesmente se abrindo para um pequeno filete de bênção. Mas
quando você entrega 10%, demonstra um ato de fé significativo, pois você
está crendo que Deus irá suprir e fazer a diferença (os 10% restantes) e que
Ele também irá além disso. Então, Deus estabelece o dízimo a um ponto em
que ele expande a nossa fé, mas não nos fere. O dízimo é um teste da nossa
obediência. Além disso, o dízimo foi feito para ser grande o suficiente para
quebrar a nossa cobiça (o nosso amor pelo dinheiro e a nossa confiança nele),
liberando-nos para confiar em Deus. Não podemos servir a Deus e ao
dinheiro. Um deles deve vir primeiro. Ao dizimar, colocamos Deus em
primeiro lugar.
PERGUNTAS PRÁTICAS SOBRE O DÍZIMO
1.“Se eu tenho uma dívida, o que é mais importante: pagar o devedor ou
entregar o dízimo a Deus?”
É vital pagarmos os nossos débitos e priorizá-los (se quisermos ser pessoas
de honra), mas Deus deve vir primeiro, antes de qualquer pessoa. As
primícias significam exatamente isso. De outra forma, qualquer pessoa com
um financiamento o usaria como desculpa para não dizimar! A ordem de
prioridade com o nosso dinheiro deve ser: 1) Deus — o dízimo, 2) as nossas
necessidades essenciais, 3) os nossos débitos e 4) as nossas necessidades não
essenciais.

2.“Eu sou autônomo. Devo dizimar sobre o lucro bruto (capital de giro) ou
sobre o lucro líquido?”
Sobre o líquido, porque entregamos o dízimo sobre o rendimento ou lucro,
pois qualquer dinheiro gasto para fazer dinheiro pode ser deduzido (como
despesas de viagem).

3.“Eu entrego o dízimo do que recebo ANTES ou DEPOIS dos impostos?”


Você deve entregá-lo ANTES DOS IMPOSTOS — as primícias para Deus
devem vir primeiro. Caso contrário, os recolhedores de impostos receberiam
as primícias e Deus receberia o segundo lugar. O que damos para o governo é
usado para o nosso próprio benefício e proteção. Se você honestamente sente
que ainda não pode dizimar, então pelo menos em seu orçamento você deve
começar a colocar Deus em primeiro lugar, separando alguma quantia como
primícias para o Senhor (por exemplo, os primeiros 5%). Então, procure
chegar aos 10% o mais rápido possível.
Melhor ainda, tente entregar o dízimo por seis meses e veja como Deus irá
agir em suas finanças! Existe uma base bíblica para isso. Deus diz: “Provai-
me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós bênção sem medida” (Malaquias 3:10)! Ele desafia
você a colocá-lo à prova na questão do dízimo.
4.“Onde entrego o meu dízimo? Posso dá-lo a qualquer boa causa que
escolher?”
Como Senhor das primícias, apenas Deus tem o direito de dizer o que é
(10%) e para onde deve ir, pois pertence a Ele. Então não temos a liberdade
de dizer o que é e para onde deve ir.
Todas as diretrizes bíblicas apontam para a mesma direção. O dízimo ia
para o Senhor, portanto, ele deve ir para a Sua instituição representativa
delegada na terra (a Igreja). Não somos livres para dizimar para causas não
cristãs da nossa escolha, por mais dignas que elas sejam.
No tempo de Abrão, o representante de Deus na terra era Melquisedeque, o
Sacerdote do Altíssimo Deus, então Abraão entregou o dízimo para ele. No
tempo da Lei, o dízimo ia para a CASA de Deus (o Templo e o seu
Sacerdócio, o Ministério diretamente instituído por Deus).
Malaquias 3:10: “Trazei TODOS (não apenas uma parte) os DÍZIMOS à
CASA DO TESOURO, para que haja MANTIMENTO na MINHA CASA”
(grifos meus). Na Nova Aliança, o que é a Casa de Deus, Seu Templo — o
que Ele instituiu para a Sua era? A IGREJA, cuja primeira expressão é a
IGREJA LOCAL. E Mateus 16:18: “Sobre esta pedra (Cristo) EDIFICAREI
A MINHA IGREJA” (grifos meus). A Igreja, universal e local, é instituída e
autorizada por Deus como a Sua Casa (o Templo do Deus vivo), para onde os
dízimos do Seu povo devem ir. Outras causas são boas, mas não para o
dízimo que é santo e pertence a Deus e à Sua única instituição na terra. Veja
que o dízimo não se destina diretamente ao ministério de cinco camadas
alicerçadas no fato de serem hoje equivalente ao sacerdócio. Esse é um
argumento falso, porque na Nova Aliança somos todos sacerdotes para com
Deus. O dízimo vai para a IGREJA, pela qual o ministério é pago. Outra
maneira de ver isso é que a Igreja é o Corpo de Cristo, então o dízimo vai
para CRISTO, e flui da CABEÇA no céu para o CORPO na terra (a
IGREJA). Portanto, a menos que existam circunstâncias especiais (por
exemplo, você está entre igrejas) a parte do dízimo deve ir para a igreja local,
de onde extrai o seu alimento espiritual.
Se todos os cristãos dizimassem, isso liberaria uma bênção massiva para a
Igreja e para a pregação do Evangelho, tanto local quanto mundialmente para
missões, pois as finanças são normalmente o fator limitante sobre o que a
Igreja pode fazer. Dizimistas fiéis são a base das finanças da Igreja,
aumentando grandemente a sua eficiência. Para dizimar efetivamente, você
precisa primeiro receber a revelação de que é vontade de Deus, para que você
faça isso em fé. Então, a sua obediência irá agradar a Deus e as Suas bênçãos
serão liberadas.
Capítulo 6

PROSPERIDADE NA EXPIAÇÃO

odas as bênçãos são nossas em Cristo compradas por Seu sangue

T (expiação) e liberada para nós pela Sua ressurreição, e a prosperidade


financeira não é uma exceção. Saber que a nossa prosperidade
financeira é uma bênção de Aliança na expiação, comprada e paga pelo
sangue de Jesus, dá à nossa fé para a prosperidade uma fundação firme que
nos permite ser fortes nessa fé. Veja, se a prosperidade está na expiação, isso
significa que ela está disponível para todos os filhos de Deus e, portanto,
podemos nos achegar a Ele com confiança e receber essa bênção.
Neste capítulo, eu apresento sete provas dessa verdade vital de que a
bênção financeira (com todas as outras bênçãos) é fornecida para o povo de
Deus na expiação de Cristo. Eu quero estabelecer, mostrando nos textos
bíblicos, que a vontade de Deus é que você prospere, para que as suas
necessidades sejam supridas e para que você tenha o suficiente para dar à boa
obra de Deus, como diz 2 Coríntios 9:8: “Deus pode fazer-vos abundar em
toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência,
superabundeis (nas finanças) em toda boa obra” (acréscimo meu).
Todas as bênçãos já foram dadas a nós por meio de Cristo com base na Sua
morte e ressurreição. 2 Pedro 1:3: “Visto como, pelo seu divino poder, nos
têm sido doadas todas as coisas (não algumas coisas) que conduzem à vida e
à piedade”. Todas as coisas necessárias para a vida devem incluir bênção
financeira.

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem
ABENÇOADO com TODA sorte de BÊNÇÃO espiritual nas regiões
celestiais em Cristo.
— Efésios 1:3; grifo meu

Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele TODAS
AS COISAS?
— Romanos 8:32; grifo meu

Porque QUANTAS são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim;


porquanto também por ele é o amém para glória (manifestação) de
Deus, por nosso intermédio (através da nossa fé).
— 2 Coríntios 1:20; grifo meu

Essas bênçãos são a nossa herança na Nova Aliança, e precisamos saber


que elas incluem bênção financeira e prosperidade, de outra forma não
podemos tomar posse delas pela fé, porque a fé começa quando a vontade de
Deus é CONHECIDA. A FÉ é alicerçada no conhecimento, como 2 Pedro
1:3-4 diz: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas TODAS
AS COISAS que conduzem à vida e à piedade, pelo CONHECIMENTO
completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas
quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para
que por (CONHECENDO) elas vos torneis coparticipantes da natureza divina
[o que inclui Prosperidade]” (grifos meus). Então, devemos SABER o que é
nosso antes de recebermos.
No entanto, Oseias 4:6 diz: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe
falta o conhecimento”. Não por causa da falta de provisão de Deus, mas falta
de conhecimento referente à vontade e provisão de Deus.
Então, é essencial para nós sabermos que a prosperidade é uma bênção de
Aliança comprada e paga pelo sangue de Jesus, porque então a nossa fé para
prosperidade será alicerçada na expiação e seremos fortes nessa fé. É
simplesmente como receber perdão. A base para a nossa confiança em
receber o perdão é que ele está na expiação, o que o torna disponível para
todos nós, pois Cristo morreu por todos, e Ele pagou o preço por completo.
Se ele está na expiação, isso significa que qualquer pessoa pode vir e receber
salvação e perdão. Então, se podemos mostrar que a provisão financeira
(prosperidade) está na expiação, temos uma base sólida para saber que a
prosperidade é a vontade de Deus, e podemos ter certeza de receber essa
bênção de Deus. Nos pontos seguintes, daremos a base bíblica de que a
prosperidade está na expiação, significando que ela é agora um direito e uma
bênção da aliança.
Vejamos agora sete provas diferentes de que a prosperidade está na
expiação.

PROVA 1: Jeová Jiré — nosso Provedor (Gênesis 22, Romanos 8:32)


Esse é o primeiro e, portanto, a base do Nome de Aliança de Deus. Foi a
partir de Jeová Jiré que todos os outros Nomes puderam ser representados.
“Jiré” é igual a ver ou prover. Portanto, “pro-visão” significa ver adiante.
Isso mostra que DEUS VÊ as nossas necessidades antes do tempo e traz
provisão para que a resposta esteja lá quando for preciso. O Senhor está
cuidando de toda a sua vida. Ele sabe do que você precisa, quando você
precisa, e deseja prover.
Jeová Jiré é a revelação de que Deus é Deus da manifestação (provisão)
MATERIAL (física)! Esse nome de Deus fala da provisão física de Deus, que
inclui prosperidade financeira. Muitos estão confortáveis com um Deus
espiritual, mas ficam nervosos com a ideia de um Deus físico, que traz
respostas físicas para a oração. É o Jeová Jiré que provê todas as nossas
necessidades. Ele de fato as proveu enviando o Seu Filho para ser
MANIFESTADO na carne por nós.
Em Gênesis 22, observamos a história de Abraão oferecendo o seu filho
amado, Isaque, no monte Moriá. Esse é um dos cenários mais importantes
(tipos) da expiação de Cristo, pois, dois mil anos depois, naquele mesmo
lugar, Deus ofereceu o Seu único e amado Filho como sacrifício por nós. Foi
nesse contexto que Deus se revelou como Jeová Jiré, o Senhor nosso
Provedor, mostrando que Ele é o nosso Provedor por intermédio da expiação
do Seu Filho. Portanto, a prosperidade deve estar na expiação.
Em Gênesis 22, Deus se revelou a Abraão como Jeová Jiré no monte
Moriá (o Monte da Provisão) porque naquele mesmo lugar Ele se
manifestaria (proveria) como um Homem, a semente de Abraão, para se
oferecer como um sacrifício por nós, e por meio dessa oferta de Cristo toda
bênção (revelada por intermédio dos outros Nomes da Aliança) seria
liberada para nós. Portanto, na revelação de si mesmo como Jeová Jiré, o
Deus da provisão material, Ele estabeleceu a fundação por todas as bênçãos
que são nossas por intermédio e em Cristo.
Iremos ver que Gênesis 22 deixa claro que as bênçãos de Jeová (Yahweh)
Jiré são liberadas (providas) para nós por meio do sacrifício de Cristo (vv. 8 e
14), assim como com toda a bênção de Deus. Portanto, a prosperidade está na
expiação.

Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra
de Moriá [“o lugar da Provisão de Deus”, “Monte Moriá significa
‘Monte da Manifestação’”]; oferece-o ali em holocausto, sobre um
dos montes, que eu te mostrarei.
— Gênesis 22:2, acréscimos meus

Por trás dessa história de um pai e seu filho está uma grande história do Pai
e o Filho. A linguagem usada é destinada a apontar para além desse incidente,
para algo maior do que Deus poderia fazer no futuro: um cenário do que
Deus faria ao ofertar o Seu Filho. Uma vez que Ele faria essa obra em um
monte específico, assim também Abraão, como uma sombra para refletir a
essência.
Gênesis 22:5: “Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu
e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado (‘nos prostrado’, ‘submetermos a
nossa vontade’), voltaremos para junto de vós” (acréscimos meus). Veja a fé
de Abraão na ressurreição de Isaque, mesmo das cinzas! Ele cria em um Deus
de manifestação física (Hebreus 11:17-19). Mesmo se eu perder tudo, Deus
pode ressuscitar e multiplicar.
Em Gênesis 22:6, “tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre
Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim,
caminhavam ambos juntos”. Assim como Isaque carregou a madeira para o
seu altar nas suas costas, Jesus carregou a Cruz até o topo do monte Moriá. E
em Gênesis 22:7 Isaque perguntou a Abraão: “Mas onde está o CORDEIRO
para o holocausto?” (Grifo meu). Como resposta, Abraão disse em Gênesis
22:8: “Deus PROVERÁ PARA SI, meu filho, o CORDEIRO para o
holocausto”.
O original hebraico é mais enfático: “Deus proverá o Cordeiro do Seu
próprio Ser”.
E a história continua:

Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou


Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho,
e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o
cutelo para imolar o filho.
— Gênesis 22:9-10

Veja que Deus não se contradisse — Ele apenas disse que Isaque seria
oferecido em dedicação a Ele, e isso foi exatamente o que aconteceu. “Mas
do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR (Jesus): Abraão! Abraão! Ele respondeu:
Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe
faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o
teu único filho” (Gênesis 22:11-12).
Deus então deu a Abraão um sinal da Sua futura provisão: “Tendo Abraão
erguido os olhos, viu atrás de si um CARNEIRO preso pelos chifres entre os
arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de
seu filho” (Gênesis 22:13; grifo meu).
Por meio desse carneiro, Deus mostrou que poderia aceitar um
SUBSTITUTO pela morte de um homem (Isaque). O carneiro que Deus
proveu no lugar de Isaque foi um tipo de Cristo, que Deus proveria naquele
mesmo lugar como Cordeiro (carneiro) de Deus.
Gênesis 22:14 diz: “E pôs Abraão por nome àquele lugar — O SENHOR
Proverá (JEOVÁ JIRÉ). Daí dizer-se até ao dia de hoje: ‘No monte do
SENHOR se proverá’”. Ou melhor: “No Monte, o Senhor proverá (como o
sacrifício final)”.
Esse é o momento que Deus revelou o Seu Nome: Jeová Jiré! Também,
Ele associou esse nome a um lugar específico e a uma imagem de Abraão,
sacrificando o Seu filho amado. Por meio dessa profecia, Deus declarou que
demonstraria que Ele é Jeová Jiré, o Senhor nosso Provedor, provendo o Seu
Filho como uma oferta para o homem naquele mesmo lugar. Então, aquele
monte ficou conhecido como monte Moriá, o monte da manifestação — onde
o Senhor será manifestado na carne e oferecido por nós como uma oferta a
Deus, e então ressuscitado da morte (como Isaque).
Como observaremos, essa imagem não apenas prevê que Deus proveria
(manifestaria e ofereceria) Seu Filho Amado como sacrifício, mas que, por
meio do Seu sacrifício, todas as bênçãos que o homem precisasse seriam
providas. A imagem de Jeová Jiré em Gênesis 22 confirma que o Senhor é o
nosso Provedor por meio do sacrifício (expiação) do único Filho de Deus por
nós. Portanto, a provisão de Deus para todas as nossas necessidades (tanto
físicas quanto espirituais) está fundamentada na expiação. Assim, a
prosperidade material é provida na expiação de Cristo.
Quando o Anjo do Senhor (Jesus) falou pela primeira vez, Ele parou a
morte de Isaque, revelando uma visão de morte substitutiva de si mesmo
(Cristo) em seu lugar. Agora falando pela segunda vez, Ele declarou as
bênçãos que serão liberadas como resultado. Porque Abraão não negou o seu
filho, mas o ofereceu a Deus, então nem Deus também reteria o Seu Filho, e
como resultado incontáveis bênçãos seriam liberadas.

Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão e


disse: “Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e
não me NEGASTE o teu único filho, que deveras te abençoarei e
certamente multiplicarei a tua DESCENDÊNCIA como as estrelas
dos céus e como a areia na praia do mar; a tua DESCENDÊNCIA
possuirá a cidade dos seus inimigos, NELA serão BENDITAS todas
as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz”.
— Gênesis 22:15-18; grifo meu

Como Abraão proveu a sua SEMENTE (Isaque) para ser ofertada, assim
Deus proveria o Seu Filho, que se tornaria um homem e seria a SEMENTE
maior de Abraão, e oferecido como um sacrifício voluntário, para que EM
sua SEMENTE (Cristo) todas as nações fossem abençoadas por meio do Seu
sacrifício. Por intermédio desse evento, Deus se revelou como o Deus da
Provisão, que incluía especialmente manifestação física (material). Por meio
de Abraão, Ele apresentou um quadro de si mesmo como Pai que amou o Seu
Filho, que não o impediu, mas o entregou por nós para morrer em nosso lugar
e depois ressuscitar novamente na bênção de ser canal de bênção para muitos.
Deus se declarou a Abraão como o Jeová Jiré, como aquele que proveria a
si mesmo na carne como a oferta final para nos dar todas as bênçãos da vida.
Portanto, em Sua Provisão de Cristo, na encarnação e paixão, Ele provê todas
as bênçãos da Aliança. Assim, Deus se revelou como Jeová Jiré, o Senhor
nosso Provedor, que provê todas as bênçãos para nós por meio da expiação
de Cristo.
Se Deus estava disposto a entregar (manifestar o Seu próprio Filho) por
nós, quanto mais Ele também não proveria as nossas necessidades materiais e
manifestaria as respostas para as nossas orações: “Aquele que não POUPOU
(negou) o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não
nos DARÁ graciosamente com ele (e através dele) TODAS AS COISAS?”
(Romanos 8:32; grifo meu).

PROVA 2: O Tipo de Cordeiro Pascal e o Êxodo


Nesse grande cenário da nossa redenção em Cristo, Israel não foi apenas
liberto do julgamento, mas recebeu saúde e prosperidade por meio do
sacrifício do Cordeiro Pascal. Veja 1 Coríntios 5:7: “Cristo, o nosso Cordeiro
da Páscoa, já foi oferecido em sacrifício” (NTLH). Isso confirma que os
eventos do êxodo são um retrato da nossa Salvação por meio da morte de
Cristo, mas as bênçãos da Nova Aliança são muito maiores do que a Antiga
Aliança, uma vez que são fundadas em um sacrifício muito maior. Então, o
que está no Antigo deve estar no Novo e muito mais!
Uma coisa que eles receberam foi prosperidade. Quando deixaram o Egito,
eles saíram com todas as suas riquezas. Além disso, Deus preparou
abundância para eles na terra prometida, que manava leite e mel.
“Então, fez sair o seu povo, com prata e ouro, e entre as suas tribos não
havia um só inválido” (Salmos 105:37). Como isso aconteceu?

Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e


pediram aos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas. E
o SENHOR fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de
maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os
egípcios.
— Êxodo 12:35-36

Esse foi todo o salário retroativo que eles deveriam receber como escravos.
Agora, se a prosperidade foi provida na época do Antigo Testamento, quando
ainda era apenas uma tipologia (Sombra), quanto mais deve ser na plenitude
da Nova Aliança (substância)?
Israel obteve salvação por meio do Cordeiro sacrificial, um êxodo do Egito
e uma terra de plenitude. Da mesma forma, temos Cristo como o nosso
Cordeiro Pascal, sacrificado por nós, que nos libertou das amarras do pecado
e nos deu um êxodo do reino das trevas para a Terra Prometida da
prosperidade.
Certamente deve existir prosperidade na Aliança Nova e melhor, por meio
do sacrifício de expiação maior (Redenção) de Cristo.

PROVA 3: A Profecia do Cumprimento do Cordeiro Pascal


Isaías 53 descreve a obra da Cruz, onde Jesus foi à morte como um
cordeiro para o matadouro, levando sobre si os nossos pecados e
enfermidades. Isaías 53:5: “O castigo que nos traz a paz (shalom) estava
sobre ele”. Shalom significa paz, segurança, bem-estar e prosperidade
material. Dizer “shalom” para um amigo é uma bênção que significa:
“prosperidade e paz sejam com você”.
Isaías 48:18 diz: “Ah! Se vocês tivessem obedecido aos meus
mandamentos! A sua PAZ e PROSPERIDADE (shalom) seriam como um rio
que flui” (tradução minha). Paz e prosperidade caminham lado a lado (fazem
parte do shalom). Shalom é ter paz e bem-estar e suas necessidades supridas.
Isso inclui tudo o que você precisar, especialmente fazer a vontade de Deus.
Paz e bem-estar inclui uma vida próspera. De acordo com Isaías 53:5, seu
Shalom (paz e prosperidade) foi comprado (pago) por Cristo. Ele já foi
providenciado. Ele é seu! Você tem o título de propriedade da prosperidade
(as promessas de Deus).
É vontade de Deus para você porque Ele o ama! Se você colocar a Palavra
de Deus PRIMEIRO e CRER em Suas promessas e ABRIR O SEU
CORAÇÃO para a plenitude das suas bênçãos (até mesmo em suas finanças),
então o seu shalom (paz, bem-estar e prosperidade) fluirá como um rio. Não é
automático — você precisa colocar Deus em primeiro lugar (e a Sua Palavra),
caso contrário o que é seu não será realizado em sua vida ou desfrutado por
você.
O capítulo seguinte é Isaías 54. Após Isaías descrever o sacrifício, Isaías
54 relata os resultados do sacrifício, a Nova Aliança estabelecida em Seu
Sangue e as bênçãos liberadas. Isso é chamado de Aliança da PAZ (shalom)
em Isaías 54:10, a aliança da prosperidade. Essa Aliança de Paz (shalom) é
instituída com base na expiação em Isaías 53.
Vejamos algumas das bênçãos do Shalom na Nova Aliança em Cristo:

Isaías 54:2-3: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua


habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas
estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua
posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades
assoladas”.
Isaías 54:10: “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão
removidos; mas a minha misericórdia (Aliança de Amor) não se apartará
de ti, e a ALIANÇA da minha PAZ (shalom) não será removida, diz o
SENHOR, que se compadece de ti” (grifos meus).
Isaías 54:11-13: “Ó tu, aflita, arrojada com a tormenta e desconsolada!
Eis que eu assentarei as tuas pedras com argamassa colorida e te
fundarei sobre safiras. Farei os teus baluartes de rubis, as tuas portas, de
carbúnculos e toda a tua muralha, de pedras preciosas. Todos os teus
filhos serão ensinados do SENHOR; e será GRANDE a PAZ (shalom) de
teus filhos” (grifos meus).

Quem pode negar que as bênçãos profetizadas da Aliança de Isaías 54, que
fluem do sacrifício de Cristo em Isaías 53, que se resumem na palavra
hebraica shalom, incluem PROSPERIDADE? Portanto, PROSPERIDADE é
parte da nossa Nova Aliança em Cristo comprada pelo sangue da expiação de
Cristo, nosso Cordeiro Pascal.
Conclui-se, então, que a prosperidade está na expiação e, como um filho de
Deus, você pode crer e receber a bênção financeira dele para as suas próprias
necessidades, para a sua família e para estender o Reino por meio do ato de
dar.

PROVA 4: Gálatas 3:13-14


Esses são “grandes versículos de troca” que descrevem o que Jesus
realizou em Sua expiação na Cruz. Jesus levou a nossa maldição, e em troca
Ele nos deu a Sua bênção. Agora, a pobreza faz parte da maldição, e Jesus
levou a nossa pobreza e nos deu prosperidade.

Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO da lei, fazendo-se ele próprio


MALDIÇÃO em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo
aquele que for pendurado em madeiro), para que a BÊNÇÃO de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
— Gálatas 3:13-14; grifo meu

Isso nos diz claramente que na Cruz Jesus nos redimiu da maldição e nos
liberou a Sua bênção. Se podemos provar que a maldição inclui pobreza e a
bênção inclui prosperidade, então isso prova que na Cruz Jesus nos redimiu
da maldição da pobreza e nos libertou para a bênção da prosperidade.
Primeiro, podemos ver em Gênesis 1 e 2 que Deus proveu todas as coisas
boas para Adão e Eva no Jardim do Éden. A bênção de Deus estava sobre ele
e a BÊNÇÃO inclui plena provisão material para todas as suas necessidades
(prosperidade).
Em Gênesis 3, quando eles pecaram, a MALDIÇÃO do pecado veio e
afetou a esfera material, trazendo pobreza: “MALDITA é a terra por tua
causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela
produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo” (Gênesis
3:17-19; grifo meu).
Está claro que a maldição inclui pobreza, que é o motivo por que quando a
maldição for removida da terra na volta de Cristo, não haverá mais pobreza
ou falta. Da mesma forma, no céu não há pobreza porque não existe maldição
lá, apenas bênção e prosperidade. Precisamos orar: “Seja feita a Tua vontade
assim na terra como no céu”.
Portanto, quando Gálatas 3 diz que somos redimidos da maldição
(consequências do pecado) através da Cruz e liberados para a bênção, isso
deve incluir o fato de que somos redimidos da pobreza e liberados para a
prosperidade por meio da expiação.
Como uma confirmação extra disso, Gálatas 3 especificamente diz que
somos redimidos da MALDIÇÃO da Lei para que a BÊNÇÃO de Abraão
venha sobre nós. Agora sabemos que a bênção de Abraão inclui prosperidade,
mas e a maldição da Lei?
Deuteronômio 28 descreve a maldição da Lei em grande detalhe, e a
pobreza e o débito são uma grande parte da maldição (vv. 16-19, 29-31, 33,
39-40, 42-44, 48, 51). Portanto, a MALDIÇÃO afeta a esfera material em
forma de POBREZA. Assim, a POBREZA É uma MALDIÇÃO, NÃO uma
BÊNÇÃO!

Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus,
não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus
estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas MALDIÇÕES
sobre ti e te alcançarão: Maldito serás tu na cidade e maldito serás
no campo. Maldito o teu cesto e a tua amassadeira. Maldito o fruto
do teu ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas e das
tuas ovelhas... e não prosperarás nos teus caminhos; porém somente
serás oprimido e roubado todos os teus dias; e ninguém haverá que te
salve... Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem
dormirá com ela; edificarás casa, porém não morarás nela; plantarás
vinha, porém não a desfrutarás... O fruto da tua terra e todo o teu
trabalho, comê-los-á um povo que nunca conheceste; e tu serás
oprimido e quebrantado todos os dias.
— Deuteronômio 28:15-19,29,30,33; grifo meu

Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o


gafanhoto a consumirá. Plantarás e cultivarás muitas vinhas, porém
do seu vinho não beberás, nem colherás as uvas, porque o verme as
devorará. Em todos os teus limites terás oliveiras; porém não te
ungirás com azeite, porque as tuas azeitonas cairão. Gerarás filhos e
filhas, porém não ficarão contigo, porque serão levados ao cativeiro.
Todo o teu arvoredo e o fruto da tua terra o gafanhoto os consumirá.
O estrangeiro que está no meio de ti se elevará mais e mais, e tu mais
e mais descerás.
— Deuteronômio 28:38-44; grifo meu

A pobreza está na maldição da Lei, mas Cristo nos redimiu da maldição da


pobreza ao se tornar uma maldição por nós na Cruz! “Cristo nos resgatou (na
Cruz) da maldição da lei (pobreza), fazendo-se ele próprio maldição (pobre)
em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado
em madeiro)” (Gálatas 3:13; acréscimos meus). Na Cruz, Jesus se tornou
totalmente pobre e aflito (sem roupas, sem honra, cortado da bênção de
Deus). Ele tomou de nós a maldição da pobreza. Ele experimentou plena
pobreza como parte de carregar a maldição.
“Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro” se refere à Lei que
Deus deu a Israel como um Tipo de morte e enterro de Cristo, que removeu a
maldição da terra. Por isso, Deuteronômio 21:22-23 diz: “Se alguém houver
pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num
MADEIRO, o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas,
certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no
madeiro é MALDITO de Deus; assim, não contaminarás a terra que o
SENHOR, teu Deus, te dá em herança” (grifos meus).
O pecado traz uma MALDIÇÃO à terra, e para ser removida, o culpado
(ou um substituto que voluntariamente assume o seu lugar) deve ser erguido e
pendurado no madeiro. Desse modo, ele leva a maldição sobre si mesmo.
Então, ele deve ser enterrado antes do pôr-do-sol e dessa forma ele remove a
maldição da terra. É por isso que Jesus precisou ser levantado na Cruz de
madeira e enterrado antes do pôr-do-sol, pois Ele se tornou uma maldição por
nós (em nosso lugar) e foi enterrado. Dessa forma, Ele removeu a nossa
maldição para que a bênção pudesse vir sobre nós.
Deuteronômio 28 confirma que a BÊNÇÃO inclui Prosperidade: “Se
ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas
BÊNÇÃOS” (v. 2).
Lembre-se de que Gálatas 3 nos diz que essas bênçãos agora vieram sobre
nós por meio de Cristo e Sua redenção.

Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto


do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as
crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua
amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito, ao saíres. O
SENHOR fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se
levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete
caminhos, fugirão da tua presença. O SENHOR determinará que a
BÊNÇÃO esteja nos teus celeiros (contas bancárias) e em tudo o que
colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o SENHOR, teu
Deus.
— Deuteronômio 28:3-8; grifo meu

O SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, no fruto


dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o SENHOR, sob
juramento a teus pais, prometeu dar-te. O SENHOR te abrirá o seu bom
tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para
abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes,
porém tu não tomarás emprestado. O SENHOR te porá por cabeça e
não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres
aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os
guardar e cumprir.
— Deuteronômio 28:11-13

Gálatas 3:13-14 diz que “Cristo nos redimiu da maldição e se tornou


maldição por nós: para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios”. A
bênção da aliança de Abraão incluiu prosperidade (Gênesis 12:2-3; 13:2). A
bênção de Abraão veio sobre a sua semente (Gênesis 17:6-7). Na Nova
Aliança em Cristo somos sementes de Abraão e, portanto, a bênção de
Abraão é nossa (nós a herdamos). Gálatas 3:29: “E, se sois de Cristo, também
sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa”.
Qual é a bênção de Abraão — a bênção da Aliança? Deuteronômio 28 a
descreve como prosperidade. A bênção inclui boa obra, sucesso, sabedoria e
ser livre das amarras e dos débitos. Essa é a vontade de Deus para o Seu
povo. Ela pode ser nossa em Cristo. Deus deseja prosperar todo o Seu povo.
Foi por isso que Ele nos deu provisão através da Cruz. A bênção
(prosperidade) flui para nós a partir da obra da Cruz onde Jesus se tornou
pobre (uma maldição) por nós. Ele foi amaldiçoado para que pudéssemos ser
abençoados. Devemos receber a parte da bênção de Deus que traz bênção
material e então usar esse dinheiro e posses para servir a Deus, dando suporte
à Igreja e espalhando o Evangelho. Se suas prioridades são corretas, Deus
pode derramar as Suas bênçãos para você e por intermédio de você para
outros. Em resumo:

PROSPERIDADE = BÊNÇÃO. POBREZA = MALDIÇÃO

Veja esta adaptação de Gálatas 3:13:


Cristo me redimiu da maldição da Lei
Quando pendurado naquele vergonhoso madeiro
E tudo o que é pior está contido na maldição
E Jesus me libertou.
Não sob maldição, não sob maldição
Jesus me libertou,
De doente, sou sarado — da pobreza, riqueza
Pois Jesus me resgatou.

Portanto, a redenção da MALDIÇÃO da POBREZA e a libertação para a


BÊNÇÃO da PROSPERIDADE são liberadas na expiação.
Faça a seguinte confissão: “Conforme Deuteronômio 28, a pobreza é parte
da maldição da Lei. De acordo com Gálatas 3:13, Cristo me redimiu da
maldição da Lei. Portanto, Ele me redimiu da pobreza. Ele a carregou por
mim. Assim, eu caminho livre dela. Ela não tem poder sobre mim! Eu sou
redimido. Eu sou liberto. Eu sou livre. A bênção da prosperidade está sobre
mim porque eu creio”.

PROVA 5: 2 Coríntios 8:9 dá a frase mais possivelmente clara de que a


PROSPERIDADE está na expiação
“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo RICO, se
fez POBRE por amor de vós, para que, pela sua POBREZA, vos tornásseis
RICOS” (grifos meus).
Esse é um versículo de “grande troca”. Essa é a troca de trapos por
riquezas. Na Cruz, Jesus levou a nossa POBREZA para podermos receber
RIQUEZAS.
Muitos interpretam isso como falando de pobreza e riqueza espirituais, mas
o contexto é claro — é puramente sobre riquezas e pobreza materiais. Todo o
capítulo é sobre dinheiro (2 Coríntios 8 e 9). Paulo os está encorajando a dar
generosamente uma oferta para os cristãos que sofriam em Jerusalém.
Esse versículo descreve a obra da Cruz. Jesus, como a semente justa de
Abraão viveu como homem abençoado sob a Aliança de Abraão. Ele só se
tornou POBRE quando levou o nosso pecado e maldição na Cruz. Ele se
tornou pobre por nós, assim como se tornou pecado por nós, para que
pudéssemos ser redimidos da maldição da pobreza e receber a bênção da
prosperidade.
Jesus não foi um homem pobre em Sua vida, apenas em Sua morte. Ele
caminhou em prosperidade. Prosperidade é a bênção de Deus que supre as
suas necessidades e as necessidades daqueles à sua volta. É ter o que você
precisa para fazer a vontade de Deus. Jesus foi abençoado e a Sua bênção
fluiu para atender às necessidades daqueles ao Seu redor. Por exemplo, Ele
alimentou uma multidão de cinco mil e outra de quatro mil, e proveu vinho
para um casamento com duração de uma semana. Então Jesus se tornou pobre
por nós na Cruz. Portanto, a obra da Cruz inclui libertação da pobreza e a
provisão da prosperidade, conforme 2 Coríntios 8:9: “Pois conheceis a graça
de nosso Senhor Jesus Cristo [você a conhece?], que, sendo RICO, se fez
POBRE por amor de vós, para que, pela sua POBREZA, vos tornásseis
RICOS” (acréscimos meus).

Prova 6: O Ano do Jubileu (“Toque da Trombeta”)


A cada 49 anos, Israel precisava ter um Ano Especial de Jubileu, um ano
de Graça, o Ano do Favor de Deus, o Ano Aceitável do Senhor. Isso proveu
um dos mais importantes Tipos de Cristo e o Evangelho, uma imagem do que
Ele poderia realizar por meio da Sua expiação.

Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que
os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.
Então, no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta
vibrante; no Dia da Expiação, fareis passar a trombeta por toda a
vossa terra.
— Levítico 25:8-9
Santificareis o ano quinquagésimo e proclamareis LIBERDADE na
terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e
TORNAREIS, cada um à sua POSSESSÃO, e cada um à sua família.
O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis, nem segareis
o que nele nascer de si mesmo, nem nele colhereis as uvas das vinhas
não podadas. Porque é jubileu, santo será para vós outros; o produto
do campo comereis. Neste Ano do Jubileu, tornareis cada um à sua
POSSESSÃO.
— Levítico 25:10,13; grifo meu

O jubileu significava Boas Notícias para o financeiramente pobre e


desapontado. Todos os débitos eram cancelados e todas as terras, casas e
possessões eram restauradas quando o Ano do Jubileu começava anunciado
pelo soprar das trombetas ao longo da terra. Todos eram libertos da
escravidão e do débito, e poderiam retornar aos seus locais de origem e
possessões perdidos e reconstruir suas vidas. O importante a se observar é
que a Trombeta do Jubileu soprava no Dia da Expiação, quando o Grande
Sacrifício da Expiação era realizado. Isso ensina que a libertação financeira
apenas fluiu logo que o sacrifício foi feito na Cruz.
Apenas nesse dia o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos com o
sangue da oferta do pecado. Quando ele aparecia vivo novamente, significava
que Deus havia aceitado o sacrifício, e as boas-novas eram anunciadas e
divulgadas pela terra. Da mesma forma, Jesus, o nosso Grande Sumo
Sacerdote, levou o Seu sangue ao Santo dos Santos do céu, e quando Ele
apareceu novamente como ressuscitado da morte, significou que Deus
aceitara o Seu sacrifício e ficou satisfeito com o Seu sangue. Então, Ele nos
ordenou a soprar a Trombeta do Evangelho e pregar as Boas-novas pela terra
(toda a terra) dizendo que a expiação estava cumprida e que agora era o
Jubileu, o Ano Aceitável do Senhor, o tempo da graça de Deus (aceitação):
“Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação” (2
Coríntios 6:2).
Isaías 61:1-4 previu que o Messias cumpriria o Jubileu:
O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me
ungiu para pregar BOAS-NOVAS aos QUEBRANTADOS, enviou-me
a curar os quebrantados de coração, a PROCLAMAR LIBERTAÇÃO
aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a APREGOAR o
ANO ACEITÁVEL do SENHOR... a pôr sobre os que em Sião estão de
luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto,
veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se
chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua
glória. Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os
de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de
geração em geração (grifo meu).

As bênçãos do Jubileu, obtidas pela expiação, eram primeiramente


financeiras apesar de também simbolizarem bênçãos espirituais. Jubileu
significava libertação da pobreza e a restauração das nossas posses perdidas
(o direito à paz e prosperidade que Adão perdeu). O jubileu messiânico
profetizado pelo Messias confirma isto: são boas-novas para o pobre e
liberdade do cativeiro da pobreza e uma capacitação para prosperar e
reconstruir quaisquer ruínas desoladas que foram quebradas (incluindo
física).
Jesus afirmou que Ele era o Messias que veio para cumprir a profecia de
Isaías do Jubileu messiânico, cuja pregação do Evangelho corresponde ao
soprar da Trombeta do Jubileu.

O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para


EVANGELIZAR (Boas-novas) os POBRES; enviou-me para
proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos,
para pôr em liberdade os oprimidos, (em resumo) e APREGOAR o
ANO ACEITÁVEL (JUBILEU) do Senhor.
— Lucas 4:18-19; grifo meu

E Lucas 4:20-21 diz: “Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e


sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus
a dizer-lhes: HOJE, se CUMPRIU a Escritura que acabais de ouvir”. Ele
disse que estava pregando o Evangelho (boas-novas) para o pobre
(necessitado). Isso incluía pobreza física, doença e pobreza espiritual. As
Boas-novas eram as de que eles não precisavam ser pobres novamente. Ele
veio para libertá-los da maldição da pobreza (ausência) e trazê-los para
debaixo da bênção.
A proclamação do Jubileu era: “O preço foi pago, o sacrifício foi feito e
aceito. Você está perdoado dos seus pecados e débitos. Você pode agora ser
livre e exigir suas posses e herança perdidas. Este é o Ano do favor de Deus.
Você está livre da sua opressão, pobreza e cativeiro, pois Ele pagou para que
você tivesse todas as bênçãos”.
Portanto, o Evangelho que pregamos é: “Jesus pagou o preço por
completo para que você recebesse perdão e todas as bênçãos. Você agora
pode ser livre dos seus pecados e o que mais o prende à escravidão, e
reivindicar toda a sua herança (tudo o que Adão perdeu e mais). Este é o seu
Ano do Jubileu”.
Se a libertação financeira, bênçãos e liberdade foram providas e incluídas
nessa tipologia com base na expiação, quanto mais não estaria disponível no
cumprimento por meio da expiação! O antigo jubileu da Aliança eram as
boas-novas de Deus para o pobre (restauração da herança e do perdão
perdidos da dívida), um tipo de Nova Aliança. Se a bênção financeira estava
nessa tipologia, quanto mais em Cristo.
O Evangelho é boa-nova para o pobre e necessitado (tanto espiritual
quanto fisicamente). Deus deseja suprir as nossas necessidades! A bênção de
Deus comprada pelo sangue irá elevá-lo para além dos seus débitos, pobreza
e desespero para um lugar onde você seja um canal de bênçãos (materiais)
para outros.
Deus deseja que você prospere. Ele proveu isso ao realizar a provisão
plena através da Trombeta do Jubileu: “O Sacrifício foi aceito. Agora é o Ano
Aceitável do Senhor. Seja liberto e reivindique em Cristo sua herança
perdida”.

PROVA 7: Jesus é o Bom Pastor que nos conduz a todas as bênçãos


(herança) de Deus
O Bom Pastor é descrito em Salmos 23:

O SENHOR é o meu PASTOR; NADA ME FALTARÁ. Ele me faz


repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de
descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por
amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o
teu cajado me consolam. Preparas-me uma MESA (de bênçãos) na
presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu
cálice transborda. Bondade e (aliança) misericórdia certamente me
seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR
para todo o sempre.
— Salmos 23:1-6; grifo meu

Esse Bom Pastor cuida e conduz Sua ovelha em direção a todas as


bênçãos, incluindo prosperidade material, para que como resultado possamos
dizer: “Nada me faltará”. Existe um significado no fato de Salmos 23 vir após
Salmos 22, o que mostra o Bom Pastor entregando a Sua vida pela sua ovelha
(uma descrição detalhada da crucificação do Messias). O Salmo 22 termina
com a Sua ressurreição e com o anúncio de que ESTÁ CONSUMADO.
Portanto, o Salmo 23 é uma profecia do Senhor ressuscitado, o Bom Pastor
conduzindo a Sua ovelha em direção a todas as bênçãos da Nova Aliança, e
essas bênçãos incluem prosperidade (plenitude).
Em João 10, Jesus confirmou que Ele era o Bom Pastor do Salmo 23
(Jeová Roi): “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João
10:10-11). “Eu sou o bom pastor (de Salmos 23). E o bom pastor dá a vida
pelas ovelhas (Salmos 22)”.
Portanto, Jesus é o Senhor nosso Pastor do Salmo 23, e Ele agora nos
conduz a todas as bênçãos do Salmo 23, que inclui o fato da provisão
material e prosperidade serem nossas na Nova Aliança, e elas foram
compradas para nós pela morte expiatória do nosso Bom Pastor.
Ele também é o Deus de Filipenses 4:19: “E o meu Deus, segundo a sua
riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus (em Sua Expiação), cada uma
de vossas necessidades”. E de Romanos 8:32: “Aquele que não poupou o seu
próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará
graciosamente com ele todas as coisas?”
Capítulo 7

POSSUINDO A TERRA

xistem muitos paralelos entre a jornada rumo à vontade de Deus para

E as nossas finanças e a posse de Israel da Terra Prometida de


abundância e prosperidade.

Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos
vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e
romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o
pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro
e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás
o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.
— Deuteronômio 8:7-10

Uma vez salvo da escravidão do Egito, o tempo do povo de Israel no


deserto era para ser um curto período de preparação para receber a Palavra de
Deus, para que ele avançasse em fé e possuísse a terra de bênção, onde
habitaria para sempre. Infelizmente, por não colocar a Palavra de Deus em
primeiro lugar, o tempo no deserto (uma terra de “apenas o suficiente”, um
lugar de milagres, mas não de bênção) estendeu-se por quarenta anos.
Finalmente, Deus ordenou a Josué para entrar e tomar posse da terra.
O primeiro fundamento essencial da fé que o povo de Israel precisava ter
firme em seu coração para ter confiança, coragem e para entrar e possuir a
terra era que a TERRA era DELES por meio da sua Aliança com Deus (em
Abraão). Deus já a dera a eles e agora era responsabilidade deles colocar os
pés na terra e possuí-la. Foi por isso que Deus disse: “TODO LUGAR que
pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado” (Josué 1:3; grifo meu). Ele
descreveu a extensão da terra no versículo 4. Da mesma forma, em Suas
promessas Deus descreve a extensão da nossa Terra Prometida (que inclui
bênção financeira) e nos garante que podemos possuí-la pela fé, porque já é
nossa. Antes de termos a confiança e a coragem para possuí-la, precisamos
saber que Ele já nos deu por intermédio da nossa Nova Aliança em Cristo,
estabelecida com base no Seu Sangue. É por isso que passamos todo o
capítulo 6 provando essa verdade.
O fundamento seguinte que Israel precisava era o de que Deus iria COM
ELES à medida que avançavam para a terra: “Ninguém te poderá resistir
todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim SEREI CONTIGO;
não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1:5; grifos meus). Portanto, eles
tinham a promessa da Sua PRESENÇA e PODER com eles com a promessa
da POSSE.
À medida que olhavam para Ele, confiavam nele e se submetiam a Ele, e
criam que o Seu poder e a bênção trabalhando com eles garantiriam a vitória.
Eles se submetiam a Deus crendo em Suas Promessas de POSSE e
PRESENÇA, e agindo sobre isto: “Sê forte e corajoso, porque tu farás este
povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais: ‘Seja forte
(em fé; crendo na Palavra) e corajoso (para agir segundo a Palavra), porque
você conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos
seus antepassados (você terá sucesso). Somente seja forte (em fé) e muito
corajoso (para superar qualquer medo e ação)! Tenha o cuidado de obedecer a
toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para
a direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde
quer que andar’” (Josué 1:6-7; NVI, grifo e acréscimos meus).
Como podemos ser fortes em fé? “Não deixe de FALAR as palavras deste
Livro da Lei e de MEDITAR nelas de dia e de noite, para que você cumpra
fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão
e você será bem-sucedido” (Josué 1: 8; NVI; grifos meus). Eles precisavam
meditar e confessar as promessas de que a terra era deles, e que Deus estava
trabalhando com eles para dar-lhes vitória, prosperidade e sucesso.
Finalmente, Ele reafirmou a Sua promessa de que iria COM eles à medida
que CONFIASSEM e OBEDECESSEM a Ele: “Não to mandei eu? Sê forte
(em fé) e corajoso (para agir); não temas, nem te espantes (com a oposição),
porque o SENHOR, teu Deus, é CONTIGO por onde quer que andares” (grifo
meu). O Grande Eu Sou está conosco, portanto nenhuma arma forjada contra
nós pode prosperar.
As mesmas verdades se aplicam a nós em nossa jornada de fé para possuir
a nossa Terra Prometida, pois: “Estas coisas lhes sobrevieram (a Israel) como
exemplos (para nós) e foram escritas para advertência nossa, de nós outros
sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1 Coríntios 10:11; acréscimos
meus). JOSUÉ (Yeshua) é um retrato de JESUS (Yeshua), o capitão da nossa
salvação, que nos conduz vitoriosamente até a nossa herança prometida.
Seremos bem-sucedidos desde que o sigamos. Ele é o Bom Pastor, que
prepara uma mesa diante de nós na presença dos nossos inimigos, para que
não tenhamos necessidade, e desde que o sigamos (em vez de perseguirmos
as riquezas), bondade e misericórdia nos seguirão e acompanharão todos os
dias da nossa vida (Salmos 23).
Em Tiago 4:7 encontramos a estrutura básica composta de dois elementos
para a posse da terra: 1) A primeira questão é que eles precisavam se
SUBMETER a Deus (por meio da sua fé e obediência). (2) Depois, em
segundo lugar, eles deveriam lutar e VENCER o INIMIGO.
Portanto, no início da sua entrada na terra, Deus os conduziu em três
situações que ajudaram a estabelecer a sua SUBMISSÃO a Ele, o que trouxe
um exemplo para nós.

1.A TRAVESSIA do rio JORDÃO (Josué 3)


Primeiro, eles precisavam cruzar o Jordão, que estava em plena cheia. Ele
parecia uma barreira intransponível. Josué disse aos sacerdotes para
carregarem a Arca da Aliança pelo rio (vv. 6-8).
Depois Ele declarou para o povo: “Eis que a arca da Aliança do Senhor de
toda a terra passa o Jordão diante de vós... assim que as plantas dos pés dos
sacerdotes que levam a arca do SENHOR, o Senhor de toda a terra, pousem nas
águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima, e se
amontoarão” (Josué 3:11-13).

E, quando os que levavam a arca chegaram até ao Jordão, e os seus


pés se molharam na borda das águas (porque o Jordão transbordava
sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da sega), pararam-se
as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe
da cidade de ADÃ... e as que desciam ao mar da Arabá, que é o mar
Salgado, foram de todo cortadas; então, passou o povo defronte de
Jericó. Porém os sacerdotes que levavam a arca da Aliança do
SENHOR pararam firmes no meio do Jordão, e todo o Israel passou a
pé enxuto, atravessando o Jordão.
— Josué 3:15-17

Era época de cheia, então as águas que vinham de cima, de Adã, pareciam
uma barreira impossível para o progresso deles em direção à terra. Da mesma
forma, a nossa velha vida e a herança da carne que vêm de Adão parecem
formar uma barreira que nos impede de entrar e habitar em nossa Terra
Prometida. A chave foi a Arca da Aliança, onde Deus habitava em meio a
Israel. Quando os sacerdotes a carregavam em fé para dentro do rio, as águas
foram paradas, e eles puderam chegar à terra. Da mesma forma, como
cristãos, possuímos o Espírito Santo em nosso meio (assim como Israel tinha
a Arca), que é maior do que qualquer coisa que flua de Adão. Ele nos conduz
passo a passo até a nossa Terra Prometida (vida abundante). À medida que o
seguimos e caminhamos no Espírito, a carne não tem poder sobre nós:
“Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gálatas
5:16). Quando caminhamos no Espírito, o poder de Deus é facilmente capaz
de impedir e anular o poder da carne sobre nós (que flui de Adão), para que
possamos entrar em nossa Terra Prometida (a nossa herança plena). Portanto,
Israel entrou na terra seguindo e confiando no poder do Espírito de Deus.
Josué 4 fala do MEMORIAL de doze pedras em Gilgal, que eles
construíram em memória do milagre da travessia do rio Jordão. Esse era um
lugar para onde sempre retornariam, para lembrar-se da verdade-chave de que
é apenas caminhando no Espírito, confiando e sendo cheio pelo Espírito que
venceremos as águas da velha vida (carne). Essa revelação é essencial para o
progresso contínuo em direção à nossa terra. Portanto, é essencial para nós
LEMBRARMOS isso, para sempre dependermos do Espírito.

PARALELO entre Jesus entrando em Sua terra prometida (em


Seu ministério) e ISRAEL
Jesus entrou em Seu ministério pelo batismo, passando pelas águas do rio
Jordão exatamente no mesmo lugar que Israel atravessou. Isso indica
compromisso e dedicação, caminhada e progresso no poder do Espírito.
Quando o coração está “em Gilgal”, ele está confiando em Deus e não na
carne. Mas, e o poder da carne que parece tão forte, tão poderoso? Na
travessia do Jordão, Deus demonstrou que o poder da carne impediu e anulou
as águas vindas de Adão. À medida que confiamos e caminhamos segundo o
Espírito, a carne não tem poder. A passagem de Josué 4 nos lembra da nossa
nova identidade e poder; as doze pedras nos representam. Além disso,
também indicam a mudança de local de debaixo da água (sob o poder da
carne) para estar na terra prometida em Cristo, não em Adão — no Espírito e
não na carne. Então, caminhe no Espírito, porque você foi trazido do reino
das trevas para o Reino de Deus. Portanto, caminhe e viva segundo essa
realidade. Lembre-se de que o povo mudou de posição e ficou debaixo do
poder do Espírito, que é maior do que a carne. Essa é a revelação divina de
Gilgal. Com base nisso, eles precisavam certificar-se de que as atitudes do
seu coração estavam alinhadas.
Depois de Seu batismo, antes de encontrar com o inimigo, Jesus teve
quarenta dias de prova, assim como Israel em Gilgal, com o cerco e
destruição de Jericó. Essa é a prova de onde três áreas de motivações do
coração e de submissão a Deus são testadas, antes de poder avançar (veja
Adão e sua provação tripla de 40 dias). Ao final, Jesus provou total
submissão a Deus ao resistir ao diabo e fazê-lo fugir.
Depois, (após os quarenta dias) eles avançaram em direção à terra.

A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado
pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve
fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de
Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém,
respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que procede da boca de Deus.
— Mateus 4:1-4

PROVA 1: GILGAL
Representa a eliminação da carne e da dependência do coração com
relação à carne, e adoção da identidade da aliança — confiança em Deus
(Filipenses 3:2-3). Para a questão central de cada tentação, veja as respostas
de Jesus: CONFIE em Deus (não na carne ou nas riquezas) (1 Timóteo 6:17-
19). O apelo foi ao desejo da carne.
vv. 5-6: “Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o
pináculo do templo [principal lugar para tocar a trombeta, onde estava a
maioria das pessoas; Ele iria tocar a Sua messianidade]. E lhe disse: Se és
Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará
a teu respeito que te guardem; e: eles te susterão nas suas mãos, para não
tropeçares nalguma pedra” (grifos meus).
A PROVA 2 é escolher entre OBEDECER a Deus ou a si mesmo
(Satanás). Ao submeter a razão/sabedoria humana a Deus, Jesus estava
proclamando a Sua messianidade. Então, pode ter parecido melhor fazer a
própria vontade em vez do plano de Deus, mas isso envolvia ação
independente de Deus. O apelo é ao orgulho da vida: “Eu farei do meu jeito”,
equivalente à conquista de Jericó (obediência aos mandamentos do Senhor
em Josué 5, que era tolice para o pensamento humano): “Respondeu-lhe
Jesus: Também está escrito: Não tentarás o SENHOR, teu Deus” (v. 7) —
provar a Deus, presunção (quando não há ordem), fazer o que você quer
(desobedecer) e esperar que Deus o abençoe e ajude.
vv. 8-11: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto (tentação sobre
Jericó — representa o mundo — quando vista de cima tinha visão de
todo o sistema do mundo — da mesma forma Josué olhou para Jericó,
em Josué 5, e foi provado sendo ordenado a entregar tudo para Deus e
não pegar nada para si mesmos, teste da aliança, usar isso para si mesmo
não para Deus), mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.
E lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus
lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis
que vieram anjos e o serviram” (acréscimos meus).
A PROVA 3 trata-se de PROPÓSITO da PROSPERIDADE — a
quem ADORAMOS ou SERVIMOS (com as nossas riquezas). O apelo é
para a luxúria dos olhos. A questão é o amor ao dinheiro, motivação pela
ambição (1 Timóteo 6:10), servir aos seus propósitos ou aos propósitos de
Deus. Eles precisavam estar dispostos a desistir da sua vontade (que
representa tudo), da sua prosperidade (terra prometida), assim como Jesus
desistiu da chance de possuir para si mesmo toda a riqueza do mundo. Da
mesma forma, Josué deu Jericó a Deus. Essa oferta estabelece uma aliança de
Deus como Senhor e proprietário, rendendo tudo a Ele, estabelecendo em
nosso coração a razão de colocar Deus em primeiro lugar, adorando e
servindo a Ele com a riqueza. Além disso, é um ato de confiança, mostrando
que não se atém nas riquezas.
É preciso haver um comprometimento de coração: “Eu não vou usar como
sendo meu. Eu sirvo e adoro apenas a Deus, e não ao dinheiro. Eu entrego
tudo a Ele, eu reconheço o Seu senhorio sobre tudo isso”.

CIRCUNCISÃO Nacional em GILGAL (Josué 5:1-12)


Antes de fazerem quaisquer progressos na terra, Deus exigiu que eles
fossem circuncidados. Deus disse: “Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito;
pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal até o dia de hoje” (v. 9). A
circuncisão simbolizava o corte da carne, uma separação essencial dos
pecados da carne. Isso representa algo que Deus deseja realizar em nosso
coração (Romanos 2:29; Deuteronômio 10:16; 30:6; Jeremias 4:4). “Porque
nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos
gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (Filipenses 3:3). A
reprovação ao Egito representa a regra dominante do pecado, de Satanás e do
sistema do mundo sobre nós antes da salvação. Como Israel estava sob o
domínio egípcio, a circuncisão era proibida a eles. Então, essa circuncisão em
Gilgal representou a saída dos efeitos do cativeiro anterior. Eles foram
libertos do Egito para que servissem a Deus, mas até Gilgal eles ainda
carregaram a marca da sua vida anterior como escravos no Egito, e não eram
marcados como servos de Deus. No deserto, eles estavam divididos no
coração e foram tentados a voltarem ao Egito. De certo modo, eles ainda se
viam como escravos. Como o deserto foi uma transição entre as duas vidas,
ele significou uma transição de identidade. Eles eram filhos da aliança, mas
ainda não haviam sido completamente cortados da vida anterior, visível em
sua aparência exterior. De certo modo, eles ainda tinham dois mestres que os
regulavam: o antigo mestre (Egito) e o novo Mestre (Deus). Em Gilgal, Deus
disse a eles antes de avançarem para possuir a terra que deveria haver um
corte completo do mestre antigo, para que eles abraçassem completamente a
sua nova identidade de aliança como servos do seu novo Mestre, e que
deveria ser exibido em sua carne.
Como isso se aplica a nós hoje? Vivemos conforme um velho mestre e o
servimos: a natureza pecaminosa (carne) em conjunto com o sistema do
mundo governado por Satanás. Mas fomos chamados para fora dessa
escuridão e para dentro da luz do Reino de Deus, para amá-lo e servi-lo (1
João 2:15-17). O mestre antigo ainda está presente clamando por nossa
obediência, ainda tentando nos motivar a segui-lo. Se quisermos e seguirmos
a ambos os mestres, seremos condenados a habitar em um deserto de
confusão de identidade e propósitos, incapazes de fazer qualquer progresso,
por uma RAZÃO: a luxúria da carne.
Jesus disse em Mateus 6:24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque
ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e
desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas (às coisas da
carne)”. Qual é a nossa motivação para entrar na Terra Prometida da
Prosperidade de Deus? É o “amor ao dinheiro” (a raiz de todos os males — 1
Timóteo 6:10) ou o amor a Deus, porque usaremos a nossa prosperidade para
servir a Ele e cumprir a Sua vontade e os Seus propósitos para a nossa vida,
sendo testemunhas dele e estabelecendo a Sua aliança na terra (Deuteronômio
8:18)? Antes de entrarmos no lugar onde todas as coisas nos são
acrescentadas, precisamos decidir buscar em primeiro lugar o Reino de Deus
(Mateus 6:33). Deus não se importa de termos coisas, mas Ele se importa que
as coisas nos possuam! Deus nos chama para Gilgal, onde tomamos aquela
decisão final de qualidade: servirmos apenas a Deus, e rejeitarmos a voz do
antigo mestre. Abraçarmos plenamente a nossa identidade da nova aliança de
pertencer a Deus e aceitar o Seu julgamento final sobre o pecado, o mundo e
Satanás (realizado por Cristo na Cruz) que significa que eles não têm mais
autoridade sobre nós ou o direito de nos controlar. Deus nos libertou, então
permitimos que Ele afaste (remova) todos os vestígios remanescentes da
nossa vida e motivações passadas. Devemos escolher servir e amar fielmente
o nosso novo mestre e odiar (desprezar) o antigo mestre.
Em termos de prosperidade, devemos nos certificar de que o nosso coração
é livre do amor ao dinheiro (tesouros temporariamente terrenos), para
podermos buscar e servir a Deus com todo o nosso coração e, portanto, juntar
os Seus eternos tesouros celestiais (recompensas). Jesus disse em Mateus
6:19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça
e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós
outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não
escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o
teu coração”. Seu coração (motivação, foco) ou está no dinheiro deste mundo
ou em Deus e Seus propósitos. Onde está o seu coração? Se ele está focado
nas riquezas terrenas (para o seu próprio interesse), então você está servindo
a Mamom (sua carne) e não a Deus, e você não irá entrar na Terra Prometida
da bênção de Deus. Se o seu coração está focando as riquezas eternas por
meio do serviço a Deus, então você verá as riquezas eternas como uma
ferramenta a ser utilizada para servir a Deus e ajudar pessoas, para cumprir os
Seus propósitos na terra e se provar um servo bom e fiel (você precisa de
dinheiro para fazer tudo isso). O dinheiro é um bom servo, mas um mestre
terrível! Se as suas motivações são puras, Deus pode confiar em você com
dinheiro.

Mateus 6:22-23: “São os OLHOS a LÂMPADA do corpo. Se os teus


olhos forem bons, todo o teu corpo será LUMINOSO; se, porém, os teus
olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a
luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” (Grifos meus).
Os olhos do servo estão em seu mestre. Seu foco (seja nas coisas da
carne ou do Espírito) revela o seu mestre. Você está focado nas riquezas
da terra, ou em Deus e Suas riquezas eternas, vendo as riquezas da terra
como um meio de cumprir os Seus propósitos? Se os seus olhos estão no
Senhor (que é Luz), você será cheio de luz. Ao olhar para Deus, Ele o
encherá com a Sua luz, vida e Espírito. Essa BÊNÇÃO o capacita a
prosperar (Provérbios 10:22; Deuteronômio 8:18). Mas, se os seus olhos
estão na carne (controlados pelo amor ao dinheiro), você colherá da
carne trevas, corrupção, destruição, fracasso e morte (Gálatas 6:17).

Diante dessa escolha, em Mateus 6:24 Jesus nos chama a tomar uma
decisão de amar e servir a Deus em vez de amar e servir ao dinheiro:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e
amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas”. Ou você servirá ao dinheiro ou servirá a Deus com o seu
dinheiro. Ele diz que você precisa tomar uma decisão; você não pode
simplesmente titubear e querer servir a ambos. Você não pode estar focado
em duas coisas ao mesmo tempo. Se o dinheiro é um ídolo para você, então
você não pode servir a Deus. Assim, se você deseja servir a Deus você
precisa tomar uma decisão de rejeitar o amor ao dinheiro (ser controlado pela
ambição), de outra forma, acabará sendo controlado pela carne. Se você não
tomar essa decisão de qualidade, não será capaz de progredir e entrar na sua
Terra Prometida da prosperidade divina. Você precisa parar em Gilgal e
permitir que Deus trate com o seu coração, cortando toda a motivação da
carne.
Outra razão (além da ambição) que pode nos levar a direcionar o nosso
foco e ficar presos às coisas terrenas (em vez de a Deus) é o medo e a
preocupação contínuos de não passarmos pelas necessidades da vida (de
coisas). Jesus respondeu a essa questão apontando a futilidade e a descrença
da preocupação. Ele nos afirmou que o nosso Pai celestial nos ama e conhece
todas as nossas necessidades. Portanto, devemos nos recusar a nos preocupar
(focar em nossas necessidades). Em vez disso, precisamos olhar para o
Senhor, confiar que Ele cuidará de nós e das nossas necessidades (vv. 25-
32,34). Para aqueles que tomam essa decisão de colocar Deus em primeiro
lugar e de amá-lo e servi-lo em vez de amar e servir às coisas, Ele fez esta
maravilhosa promessa: “BUSCAI, pois, em PRIMEIRO lugar, o seu reino e a
sua justiça, e todas estas coisas (terrenas) vos serão (também) acrescentadas”
(Mateus 6:33; grifos meus). Se você servir a Deus, boas coisas o seguirão!
Gilgal nos ensina que não devemos ter uma visão dupla. Não podemos
olhar para Deus e para o dinheiro ao mesmo tempo. Os nossos olhos
precisam estar unicamente focados no Senhor. Você não pode servir a Deus e
ao dinheiro ao mesmo tempo. Você se apegará a um e odiará o outro. Deus é
o nosso verdadeiro mestre. Servimos a Ele sendo mordomos do dinheiro com
o qual nos abençoou. De um lado está Deus, e de outro lado está o dinheiro.
Devemos permanecer entre os dois, para que sejamos servos de Deus usando
o dinheiro como nosso servo. Como um mordomo sábio das finanças de Deus
nesta terra, precisamos nos certificar de que ele seja usado na direção correta.
Mas no momento que começarmos a deixar o dinheiro ser o nosso mestre,
tudo virará de cabeça para baixo.
Gilgal nos ensina que ao movermos em direção à prosperidade (a terra da
abundância), devemos primeiro julgar a carne, que deseja usar todas as
bênçãos para si mesma. Portanto, a nossa principal prioridade a fim de nos
movermos para uma bênção maior é usar o nosso dinheiro em prol do
Evangelho e assim estabelecer a aliança de Deus na terra (Deuteronômio
8:18).
Estamos falando sobre a necessidade da nossa submissão a Deus para
entrarmos em nossa Terra Prometida. Isaías 1:19 descreve essa submissão em
dois aspectos: a disposição (submissão do coração) e a obediência (submissão
revelada em ações): “Se QUISERDES (no coração) e me ouvirdes
(submissão mostrada em suas ações), comereis o melhor desta terra
(prometida)” (grifo meu). Estudamos a maneira como Deus lidou com Israel
e preparou seus CORAÇÕES para entrar na terra. Agora avançamos para a
próxima fase, que trata da OBEDIÊNCIA deles. Ela é revelada na história da
conquista e destruição de Jericó, a fortaleza inimiga que guardava a entrada
da Terra Prometida. Ela era a porta que eles precisavam atravessar para
possuírem a terra. A fé e obediência de Israel a Deus com relação a Jericó
foram essenciais para que eles progredissem para a terra a fim de possuí-la.

A CONQUISTA de JERICÓ (um retrato da obediência em fé)


Jericó era a principal fortaleza inimiga que guardava a entrada da terra.
Israel deveria conquistar essa fortaleza se quisesse possuir sua promessa. Não
havia outro caminho para Canaã exceto por essa cidade. Jericó não poderia
ser contornada, rodeada ou esquecida. Ela precisava ser conquistada. Era a
porta de entrada para Canaã assim como a porta de saída do deserto (a terra
do apenas suficiente, onde Deus supria todas as necessidades, enviando todos
os dias o maná, mas somente o suficiente para cada dia, ou seja, quando eles
tentavam juntar mais, o maná estragava). Deus desejava conduzi-los a uma
terra de bênção e abundância, onde comeriam “pão sem escassez” e “nada
lhes faltaria” (Deuteronômio 8:9).
As impressionantes fortificações de defesa de Jericó fizeram parecer
impossível entrar na cidade: “Ora, Jericó estava RIGOROSAMENTE
fechada” (Josué 6:1).1 Apesar de Jericó ser uma fortaleza bem defendida, ela
não era uma coisa difícil para Deus vencer. Seu povo deveria apenas confiar e
obedecer. O problema foi que Jericó representava a sua fortaleza de medo e
descrença que os impedira de entrar na terra, resultando em quarenta anos de
fracasso. Quando eles espiaram a terra, os espias confirmaram que era
realmente uma região de abundância, mas os dez também deram um relatório
negativo, descrevendo o poder impressionante da oposição (gigantes, cidades
fortificadas e grandes exércitos). Israel focou nisso e se esqueceu de que o
Grande Eu Sou estava com eles, e como resultado eles foram dominados pelo
medo e pela descrença. Agora, à medida que encaravam Jericó, eles
novamente tinham de enfrentar o medo, porque tudo o que eles temiam foi
encontrado e concentrado nessa cidade grandemente fortificada diante do seu
caminho. Mas isso também significou que todos os medos de Israel sobre sua
habilidade de possuir a terra seriam destruídos quando Jericó caísse!
Deus também nos deu uma Terra Prometida, mas provavelmente temos
uma “fortaleza de Jericó” de medo e descrença em nossa mente que
permanece em nosso caminho, impedindo-nos de entrar, dizendo-nos que a
promessa não é para nós, que não podemos possuí-la porque Deus não nos
ama o suficiente (favor), ou que não somos dignos ou capazes. Se desejamos
sair da terra do apenas suficiente para a terra da abundância, a nossa Jericó
precisa ser conquistada! Temos de enfrentar essa fortaleza, derrubá-la e
destruí-la usando as armas poderosas de Deus (palavras), como 2 Coríntios
10:4-5 diz: “Porque as ARMAS da nossa milícia não são carnais, e sim
poderosas em Deus, para destruir FORTALEZAS, anulando nós sofismas e
toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo pensamento à obediência [Palavra] de Cristo” (grifos meus).
Em Josué 5:13-15, quando Josué estava olhando para Jericó e planejando o
que iria fazer, o “Comandante do Exército do Senhor” (o Senhor Jesus
Cristo) apareceu a ele. Após receber a adoração de Josué, Ele deu a ele
instruções precisas (e incomuns) para conquistar Jericó. Elas se destinavam a
levar Israel a um lugar de FÉ, onde pudessem ordenar (como um só homem)
a queda da cidade, liberando então o poder de Deus. Foram necessários sete
dias de preparação. Agora era necessário que Israel OBEDECESSE.

Mude a Sua Imagem Interior. O Medo Vê o Inimigo Como Forte e


Invencível
Jericó parecia uma barreira intransponível para a entrada na terra, mas
Deus FALOU o seguinte a Israel: “Então, disse o SENHOR a Josué: OLHA,
ENTREGUEI NA TUA MÃO Jericó, o seu rei e os seus valentes” (Josué 6:2;
grifos meus). Deus estava chamando Israel para olhar além dos fatos naturais
e para a verdade (promessa) da Palavra de Deus, e VÊ-LOS como realizados
através dos olhos da FÉ.
Em Josué 6:3-4, Josué disse a Israel o que aconteceria: “Vós, pois, todos os
homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por
seis dias. Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante
da arca; no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão
as trombetas (enquanto eles caminham ao redor dela)” (acréscimos meus).
Essas trombetas eram Trombetas do Jubileu usadas para declarar a graça e
a presença de Deus. Essas foram as armas utilizadas por Deus para destruir as
fortalezas de Jericó, assim como as nossas armas, que são as PALAVRAS de
Deus, são poderosas nele para destruir as fortalezas. Quando proclamamos as
promessas de Deus para as fortalezas da descrença, da mesma forma como os
sacerdotes sopraram suas Trombetas do Jubileu por sete dias, o poder de
Deus é liberado contra a fortaleza, tornando certa a sua queda.

E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro,


ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o
muro da cidade cairá abaixo, e o povo SUBIRÁ nele, cada qual em
frente de si.
— Josué 6:5; grifo meu

Ao final de sete dias, após a marcha ao redor da fortaleza e após declarar a


presença, poder e grandeza de Deus por meio das trombetas, anunciando a
queda iminente da cidade, todo o povo precisava liberar sua fé em um grande
grito de louvor e vitória. Deus prometeu que naquele exato momento o muro
desmoronaria para que os exércitos de Israel, que rodeavam a cidade,
pudessem escalar os escombros e entrar nela por todas as direções.
Então Josué deu a ordem de marchar (vv. 6-7) e eles começaram a sua
marcha EM DIREÇÃO à cidade (A PARTIR DE Gilgal): “Assim foi que,
como Josué dissera ao povo, os sete sacerdotes, com as sete trombetas de
chifre de carneiro diante do SENHOR, passaram e tocaram as trombetas; e a
arca da Aliança do SENHOR os seguia. Os homens armados iam adiante dos
sacerdotes que tocavam as trombetas; a retaguarda seguia após a arca, e as
trombetas soavam continuamente” (vv. 8-9).
Não devemos nos esconder da fortaleza do medo, mas precisamos
enfrentá-la e marchar em direção a ela declarando (tocando trombetas) a
Palavra e o Reino de Deus contra ela, anunciando a sua queda iminente pelo
poder de Deus.
Veja a descrição da marcha ao redor da cidade:

Porém ao povo ordenara Josué, dizendo: Não gritareis, nem fareis


ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca, até ao
dia em que eu vos diga: GRITAI! Então, GRITAREIS. Assim, a arca
do SENHOR rodeou a cidade, contornando-a uma vez. Entraram no
arraial e ali pernoitaram.
— Josué 6:10-11; grifos meus

Durante todos esses sete dias, eles não poderiam dizer nada! Talvez eles
tivessem apenas falado consigo mesmos, demonstrando desespero e
sentimento de derrota, discutindo como seria impossível tomar Jericó,
ficando assim desencorajados. Se você está em dúvida, não diga nada! É
melhor não dizer nada do que falar coisas negativas. Então, em vez disso,
eles precisavam ouvir e focar o soprar contínuo das Trombetas do Jubileu de
Deus anunciando que o Reino de Deus estava em questão, declarando a
vitória de Deus e Seu iminente julgamento sobre Jericó, soando a sua ruína.
Além disso, durante esse tempo, os olhos de Israel estavam na Arca da
Aliança, lembrando-os da poderosa presença de Deus em seu meio, o mesmo
Deus que reverteu as águas do Jordão poucos dias antes (Números 10:35).
Quando eles ouviram as trombetas proclamando a vitória de Deus, a FÉ deve
ter crescido em seus corações, e a sensação de animação e expectativa do que
Deus estava fazendo deve ter crescido cada vez mais forte. Enquanto isso, o
medo nos corações dos habitantes de Jericó também deve ter aumentado
continuamente.
Eles repetiram essa marcha de fé por seis dias (vv. 12-14). Isso nos mostra
a importância de voltar a Gilgal a cada dia: ao lugar de submissão e à
lembrança de um acampamento de doze pedras. Também devemos nos
lembrar da importância de adorar antes da batalha espiritual.
Deus direcionou Josué para que as pessoas marchassem em volta da cidade
de Jericó todos os dias, por seis dias, em completo silêncio. Enquanto eles
marchavam em volta da cidade fazendo a proclamação da trombeta, sua fé e
expectativa aumentaram continuamente. Cada dia eles confrontavam o seu
medo quando encaravam os muros da cidade e então retornavam ao
acampamento onde meditavam na promessa de Deus de que a terra seria
deles. Todos os dias, por seis dias, eles se encontravam com o medo usando a
Palavra de Deus. A cada dia Deus se tornava maior, e o medo menor. No
sétimo dia, o medo se fora. Ao comando de Deus, eles marcharam ao redor
de Jericó sete vezes e então gritaram em fé:

No sétimo dia, madrugaram ao subir da alva e, da mesma sorte,


rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam a
cidade sete vezes. E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes
tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: “GRITAI (em fé), porque
o SENHOR vos entregou a cidade!”
— Josué 6:15-16; grifo meu

Nesse ponto, sua fé em Deus e em Seu poder cresceram tanto que todos
estavam prontos para liberar a fé em um grande e uníssono grito de louvor
vitorioso, sabendo que à medida que fariam isso, o Seu poder seria liberado
contra a fortaleza e ela cairia ao chão, assim como Deus disse que
aconteceria! Então, quando Josué disse “GRITAI, porque o Senhor vos
entregou a cidade”, eles liberaram juntos a sua fé em um alto grito de louvor
e vitória, e os muros caíram completamente. Esse foi um grito de fé, pois eles
criam conforme a promessa, que quando eles gritassem os muros cairiam, e
eles caíram. Hebreus 11:30 concorda: “Pela FÉ, ruíram as muralhas de Jericó,
depois de rodeadas por sete dias” (grifo meu).
Josué 6:20 diz: “GRITOU, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as
trombetas. Tendo ouvido o povo o SONIDO da trombeta e levantado grande
GRITO, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de
si, e a tomaram” (grifos meus). Eles viram Deus executar um milagre quando
os muros ruíram ao chão na frente deles! A terra de abundância agora estava
diante deles!
Quando formos possuir a nossa Terra Prometida, precisamos localizar e
identificar a nossa Jericó (a fortaleza que bloqueia o nosso progresso até a
nossa Terra Prometida). Ela é uma fortaleza de medo e descrença alicerçada
em argumentos humanos ou experiências passadas que se exaltam contra as
promessas de Deus para a nossa prosperidade. Identificar e derrotar a nossa
Jericó é a chave para possuir toda a terra. Precisamos ir contra ela usando a
mesma estratégia e as armas poderosas que Deus deu a Israel para vencer
Jericó.
Israel fez isso pela FÉ (Hebreus 11:30) falando (gritando) a PALAVRA de
FÉ (Josué 6:20). Fé não é negação. Deus disse para Israel rodeá-la treze vezes
em sete dias. Eles tiveram uma boa percepção de todos os lados. A fé não
finge que o problema não está lá. Precisamos olhar para ele diretamente nos
olhos, e apesar de sabermos que não podemos superá-lo em nossa própria
força, devemos olhar para Deus tendo fé que o Seu poder irá destruí-lo. Deus
queria que Israel soubesse que seria impossível para eles, para que eles
tivessem que olhar e confiar completamente nele quanto à vitória. Ao saber
da impossibilidade natural, eles entenderiam que foi Deus quem sozinho deu
a eles a vitória e recebeu a glória. A fé vê o problema e a nossa falta de
habilidade, mas foca em Deus e Sua grande habilidade. Através dos olhos da
fé nós VEMOS DEUS, vemos também que com Ele é fácil. Se Ele nos disse
para fazer, então podemos fazer, porque Ele está conosco e está em nós.
Então, agimos em fé sabendo que à medida que fazemos isso Ele irá nos fazer
vencer!
À medida que confrontavam Jericó, eles marcharam ao redor dela por uma
semana, soando a trombeta que declarava o poder e a presença de Deus. Nós
precisamos fazer o mesmo: SOAR a TROMBETA contra o problema.
Reconhecemos a fortaleza, mas devemos meditar na Palavra de Deus e em
Seu poder, vendo a fortaleza caindo; e precisamos declarar a Palavra de Deus
contra ela, afirmando a promessa de Deus de vitória, anunciando à fortaleza
que ela está chegando ao fim. Então, quando a fé crescer, liberaremos toda a
nossa fé contra a fortaleza (Marcos 11:23) com um grito de fé, louvor e
vitória, liberando o poder de Deus para destruir a fortaleza de Satanás (2
Coríntios 10:4-6). Essa história revela o tipo de fé obediente ativa necessária
para destruir nossas “jericós”. Quando cremos e obedecemos a Deus, Ele
trabalha por meio de nós e por nós para fazer o que não podemos.

A Destruição de Jericó (a Oferta das Primícias a Deus)


Mesmo quando os muros de Jericó caíram, a obediência deles ainda não
era completa, eles ainda não estavam em posição de possuir a terra. Havia um
ato final de obediência requerida antes de avançarem de maneira bem-
sucedida e possuírem a terra, que seria entregar Jericó a Deus como Oferta
das Primícias (holocausto).
Depois de Jericó, todas as possessões das outras cidades que
conquistassem poderiam ser tomadas pelo povo, mas Jericó era as primícias
da terra, então eles não deveriam tocar nela; ela era santa ao Senhor. Ela
deveria ser queimada (inclusive os grãos) porque todos os seus despojos
pertenciam ao Senhor. As pessoas deveriam entregar as riquezas de Jericó ao
Senhor como um ato de adoração e gratidão a Ele: “A cidade deve ser
destruída, junto com tudo o que há nela, como OFERTA para Deus... Mas
não peguem em nada daquilo que vai ser DESTRUÍDO (amaldiçoado). Se
ficarem com qualquer coisa que eu mandei DESTRUIR, vocês vão trazer
DESGRAÇA e DESTRUIÇÃO ao acampamento israelita (uma vez que as
primícias são dedicadas a Deus, ficar com elas traria maldição e, portanto,
bloquearia a bênção). Mas os objetos de prata, ouro, bronze e ferro serão
SEPARADOS para o SENHOR e colocados no seu tesouro” (Josué 6:17-19,
NTLH; grifos meus).
Como Jericó era a PRIMÍCIA (a primeira parte da terra que Deus entregou
a eles), ela pertencia a Ele, e então deveria ser inteiramente oferecida ao
Senhor. É por isso que eles foram proibidos de pegar qualquer coisa para eles
mesmos. Eles tinham que queimar tudo, exceto a prata e o ouro, que
deveriam ir para o tesouro do Senhor: “Então incendiaram a cidade e
queimaram tudo o que havia nela, menos os objetos de ouro, prata, bronze e
ferro. Essas coisas foram colocadas no tesouro da casa de Deus, o SENHOR”
(Josué 6:24). Deus estava dando toda a terra para Israel, mas como um ato de
obediência e honra (reconhecimento) a Deus como Senhor e Dono de toda a
terra, ele precisava oferecer a primeira parte a Deus como primícias. As
primícias representam o todo, então quando ela foi dada a Deus e aceita,
trouxe a Sua bênção para o todo. Portanto, a oferta das primícias assegurou a
bênção de Deus sobre eles para possuírem toda a terra. No entanto, se eles
roubassem de Deus tomando as primícias (como aconteceu em Josué 7), sua
rebelião, independência e desobediência os fariam sair de debaixo da mão de
Deus (bênção), ou seja, não entrariam nem possuiriam a terra (veja páginas
55 a 58).
Para nós, as PRIMÍCIAS são o DÍZIMO, então Jericó representa o dízimo,
as primícias de todo o nosso rendimento financeiro. Ele é a porta de saída da
terra do apenas suficiente e o portão de entrada para a terra de abundância. A
razão por que as pessoas geralmente resistem em dizimar provavelmente seja
ignorância, rebelião ou até medo. O medo do dízimo é parte do medo que
discutimos previamente. Ele deve ser conquistado, não podemos passar por
cima do dízimo ou ignorá-lo, porque não podemos entrar na terra de
abundância de outra maneira (ver capítulo 5).
Duas tribos decidiram não entrar na terra, pois o lado do deserto do rio
Jordão parecia mais confortável. Da mesma maneira hoje, muitos cristãos
estão se contentando com muito menos do que Deus tem para eles ao não
dizimar. O dízimo, assim como Jericó, é um teste. É nossa responsabilidade
confrontar a nossa carne, os nossos medos e as nossas desculpas à luz das
promessas de Deus. Cremos nele ou não? Muitos já passaram para o outro
lado e estão nos chamando: “Venham! A terra de abundância é maravilhosa!”
O que Deus fez por outros também pode ser verdade para você. Ele não faz
acepção de pessoas.
Por quanto tempo você permanecerá no Jordão e irá olhar para o outro
lado? Por quanto tempo você ficará estagnado entre duas opiniões? Vença o
seu medo e passe pelo portão que leva à sua Terra Prometida da
prosperidade, entregando as primícias dos seus rendimentos ao Senhor.

POSSUINDO A TERRA PELA FORÇA


Ao se SUBMETER a Deus em Jericó, Israel poderia agora avançar e
possuir a terra, pedaço a pedaço. Deus disse que a terra já pertencia a eles, e
onde quer que colocassem os pés seria deles por herança. Contudo, o inimigo
ainda estava presente na terra, opondo-se ao progresso deles. Mas os
cananeus foram transpassados na terra que Deus entregou a Israel. Eles não
tinham direito legal de permanecerem lá nem habilidade para resistir ao poder
de Deus trabalhando com Israel à medida que avançavam pela fé. Apesar da
terra já ter sido dada a eles, Israel precisava acreditar nisso e então tomar
posse à força ao submeter e expulsar os habitantes. Como Jesus disse, “o
reino dos céus é tomado por esforço” (Mateus 11:12). Essas duas etapas para
o sucesso estão resumidas em Tiago 4:7: “(1) SUJEITAI-VOS, portanto, a
DEUS; mas (2) RESISTI ao DIABO, e ele fugirá de vós” (grifos meus).
A Terra Prometida da abundância já é nossa, e está esperando que a
possuamos, mas precisamos dar um passo de fé e tomar posse dela,
reivindicando-a como nossa pela fé.

1. Devemos dar um passo em fé e colocar os nossos pés nas promessas


da prosperidade, crendo que as recebemos: “Por isso, vos digo que
tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim
convosco” (Marcos 11:24). Lembre-se, toda promessa de Deus tem o
Sim e o Amém em Cristo (2 Coríntios 1:20).
2. Depois, precisamos PERMANECER em nosso solo, crendo que o
recebemos e que ele é nosso. CONFESSAR a promessa como nossa.
RECUSARMOS deixar que o inimigo nos retire dela, RESISTIR ao
inimigo FALANDO a promessa em fé, dizendo: “Está escrito”.

Fale com qualquer MONTANHA ou GIGANTE ou FORÇA


DEMONÍACA à sua maneira e diga: “Seja removido” e ele fugirá: “Alguém
disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração,
mas crer que se fará o que diz, assim será com ele”.2
Deuteronômio 2:24 mostra o plano de Deus ponto a ponto para possuir a
terra:
“(1) LEVANTAI-VOS, (2) PARTI e (3) PASSAI o ribeiro de Arnom; (4)
EIS aqui na tua mão tenho dado a Seom, amorreu, rei de Hesbom, e a sua
terra; (5) PASSA A POSSUÍ-LA e (6) contende com eles em PELEJA”
(grifos meus).

1. LEVANTAI-VOS — isso fala de sair de uma atitude mental de


passividade, onde esperamos que Deus faça alguma coisa. Deus está
esperando que nos levantemos da nossa passividade e nos preparemos
para a ação.
2. PARTI — todos nós temos uma jornada específica para a
prosperidade, e precisamos obedecer a Deus passo a passo. O que
Deus diz para você fazer será diferente do que o que Ele me diz para
fazer. Israel tinha uma jornada específica para seguir que Deus revelou
em Deuteronômio 1:6: “Tempo bastante haveis estado neste monte
(você passou tempo o suficiente andando em círculos sem direção. É
hora de crer em mim e me obedecer e possuir a terra). Voltai-vos
(arrependei-vos) e parti; ide à região montanhosa dos amorreus, e a
todos os seus vizinhos, na Arabá, e à região montanhosa, e à baixada,
e ao Neguebe, e à costa marítima, terra dos cananeus, e ao Líbano, até
o grande rio Eufrates. Eis aqui (CONTEMPLE) a terra que eu pus
diante de vós; entrai e POSSUÍ a terra que o SENHOR, com juramento,
deu a vossos pais, Abraão, Isaque e Jacó, a eles e à sua descendência
depois deles” (grifos meus). Pare com sua indecisão! Parta para a sua
jornada! Não existe substituto para a obediência!
3. “PASSAI o rio” — Isso fala de COMPROMETIMENTO. O rio é o
LIMITE. Enquanto está do seu lado você ainda está seguro. Você
também pode mudar de ideia e se arrepender. Mas quando você
atravessa o rio você se compromete a ser bem-sucedido ou a morrer
tentando. Você está agora em território inimigo, sem caminho de
volta. Precisamos estar totalmente comprometidos com o plano de
Deus (não plano B) e cruzar o rio. Não brinque com isso, fazendo
barulho, mas tome uma decisão de qualidade para atravessar e possuir
a nossa terra estando disposto a lutar para ter cada pedaço dela.
4. “EIS aqui (CONTEMPLE) na tua mão tenho dado a Seom, amorreu,
rei de Hesbom, e a sua terra”. À medida que avançamos precisamos
seguir em FÉ, VENDO a terra como nossa, como finalizado; vendo a
vitória como decidida. Ele está falando de ver com os olhos da fé,
porque como é aparente no restante do versículo, no natural, o inimigo
ainda está em posse da terra. Não devemos ser controlados pelo que os
nossos olhos veem ou pelas nossas circunstâncias, mas precisamos ver
a promessa como nossa antes de a enxergarmos concluída. Medite na
palavra até que você a VEJA! Até que seja mais forte do que a visão
dos seus olhos.
5. “PASSA A POSSUÍ-LA” — isso aponta para o fato de que não
podemos possuir toda a Terra Prometida de uma vez; esse é um
processo passo a passo, à medida que colocamos nossos pés em cada
pedaço de terra, em cada promessa. Nós prosperamos enquanto a
nossa alma prospera na Palavra (3 João 2) e conforme caminhamos em
obediência ao Senhor. Deus disse a Israel, em Deuteronômio 7:22: “O
SENHOR, teu Deus, lançará fora estas nações, pouco a pouco, de diante
de ti; não poderás destruí-las todas de pronto”.
6. “CONTENDE com eles em PELEJA” — Mesmo que a terra tenha
sido dada a nós, essa é uma terra ocupada pelo inimigo, e precisamos
avançar e possuir a terra contra a oposição do inimigo. Devemos ser
fortes e contender com ele em batalha, tendo autoridade sobre ele,
ordenando que Satanás e todo espírito mau e toda a maldição fujam de
diante de nós. À medida que resistimos ao diabo, ele fugirá de nós
(Tiago 4:7).

A partir do momento em que tomamos posse da terra, nossa bênção


aumenta através da SEMEADURA e da COLHEITA (tempo de semear
e de colher). (Veja capítulos 9 e 10).
Depois que Israel entrou na terra, a provisão milagrosa de maná parou e
em vez disso a provisão deles veio por meio da colheita (Josué 5). Deus os
estava movendo em abundância e bênção por intermédio das leis de plantar e
colher. Quando eles conquistaram e dividiram a terra como herança, tiveram
de plantar as suas sementes, e Deus os abençoava enviando chuva
(simbolizando o Espírito) que fazia a semente crescer e ser frutífera, e então,
no devido tempo, eles podiam colher a colheita (30, 60 ou 100 por um).
Agora eles tinham mais sementes para plantar para uma grande colheita.
Dessa forma eles viveriam em uma bênção sempre crescente e teriam tudo
em abundância (vivendo na bênção da prosperidade divina)
Então isso é para nós!

Os Perigos do SUCESSO
Deuteronômio 8:7-10 a descreve como uma boa terra, onde não terão falta
de nada, uma terra de abundância (mais do que o suficiente). Deus deseja que
sejamos plenamente abençoados, e também que tenhamos o suficiente para
dar ao Evangelho e ao pobre. Então, Ele os advertiu sobre os perigos da
prosperidade (sucesso):

GUARDA-TE não te ESQUEÇAS do SENHOR, teu Deus, não


cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos,
que hoje te ordeno; para não suceder que, depois de teres comido e
estiveres FARTO, depois de haveres edificado BOAS CASAS e
morado nelas; depois de se MULTIPLICAREM os teus gados e os
teus rebanhos, e se aumentar a tua PRATA e o teu OURO, e ser
ABUNDANTE TUDO QUANTO TENS, se eleve o teu coração (em
ORGULHO), e te ESQUEÇAS do SENHOR, teu Deus, que te tirou da
terra do Egito, da casa da servidão, que te conduziu por aquele
grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e
de secura, em que não havia água; e te fez sair água da pederneira;
que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheciam;
para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem. Não digas,
pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me
adquiriram estas riquezas.
— Deuteronômio 8:11-17; grifos meus

Veja que Deus não se importou com o fato de terem prosperidade, mas Ele
os advertiu do perigo real de que ela lhes subisse à cabeça, de modo que se
ESQUECESSEM de Deus como a sua Fonte e do verdadeiro propósito da
prosperidade. A grande prova que você irá enfrentar não é o fracasso, mas o
sucesso. Quando você tiver entrado na sua terra e usufruído a abundância,
com tudo indo bem para você, tenha cuidado para não se encher de
ORGULHO e dizer: “A minha força e o meu poder me trouxeram essa
prosperidade. Eu sou um homem que venci por meu próprio esforço. Eu não
preciso seguir a Deus. Eu tenho tudo o que quero”.
A maior prova é: se de repente você ganhasse um milhão de reais, nós o
veríamos na igreja ou, você estaria longe gastando todo o dinheiro consigo
mesmo? Você está servindo a Deus apenas para ser abençoado, e quando
conseguir o que deseja, você o esquecerá? Alguns vão a Deus com grande
necessidade, e Ele abençoa, cura, prospera e dá a eles uma bênção, e quando
a pessoa tem tudo o que deseja, ela começa a se esquecer de Deus, a
retroceder e parar de ir à igreja. Eles são reprovados no Teste da Prosperidade
porque amam as bênçãos mais do que o Abençoador. Em seu ORGULHO,
eles se ESQUECERAM de que isso foi apenas a graciosa BÊNÇÃO do
Senhor que deu a eles todas as bênçãos, e ao se afastarem de Deus eles estão
se afastando da bênção e da vida, e estão se abrindo para a maldição (fracasso
e destruição).
Deuteronômio 8:18 diz: “Antes, te LEMBRARÁS do SENHOR, teu Deus,
porque é ele o que te DÁ FORÇA para adquirires RIQUEZAS; para
CONFIRMAR a sua ALIANÇA, que, sob juramento, prometeu a teus pais,
como hoje se vê” (grifos meus).
Precisamos sempre nos lembrar de Deus e colocá-lo em primeiro lugar,
porque Ele é aquele que graciosamente nos CAPACITA a PROSPERAR.
Sem Deus, não teríamos nada (Tiago 1:17). À medida que a nossa
prosperidade e o sucesso crescem, precisamos sempre dar a Deus gratidão e
glória por isso. Expulse o orgulho regozijando-se na graça de Deus!
Também precisamos nos LEMBRAR (manter em primeiro plano em
nossas mentes) o Propósito da Prosperidade — Ele nos capacita para
prosperar a fim de estabelecer a Sua Aliança. Qual é a Aliança? “Te
ABENÇOAREI... Sê tu uma BÊNÇÃO! Em ti serão BENDITAS todas as
famílias da terra” (Gênesis 12:2-3; grifos meus). A parte de Deus era
ABENÇOÁ-LOS, mas a parte deles era usar essa BÊNÇÃO de Deus para
SER uma BÊNÇÃO na terra. Precisamos ser canais de BÊNÇÃO (vida
espiritual) e BÊNÇÃOS (coisas materiais que são manifestações da bênção)
para o mundo. Devemos dar daquilo que Deus tem nos dado e não usar tudo
para nós mesmos. Se Deus sabe que seremos canais em vez de reservatórios,
então Ele confiará em nós com mais do que prosperidade. A maior BÊNÇÃO
é a SALVAÇÃO, então precisamos usar a nossa prosperidade para promover
a obra de Deus na terra, especialmente por meio da pregação do Evangelho
(na maioria das vezes em conjunto com ajudar o pobre). Deus não nos
prospera para acumularmos e sermos orgulhosos, confiando em nossas
riquezas e habilidades, mas para estabelecer a Sua Aliança na terra, para que
mais e mais pessoas possam 1) ser salvas e entrar na Aliança, e 2) ser
ensinadas sobre a Aliança, para que possam viver e operar nela.
À medida que crescemos, devemos lembrar que o Seu propósito não é
apenas nos abençoar (sim, Deus nos ama e deseja nos ver abençoados), mas
também usar a bênção para cumprir os Seus desígnios na terra. Quando
somos ABENÇOADOS com prosperidade e a usamos para sermos uma
BÊNÇÃO na terra, a Aliança de Deus é verdadeiramente estabelecida em
nossas vidas, e Sua bênção (prosperidade) estará operando como Ele desejou,
fazendo-a aumentar. Essa é a verdadeira prosperidade, que também faz com
que ganhemos VERDADEIRAS RIQUEZAS (as nossas recompensas
eternas).
Deuteronômio 8:19: “Se te ESQUECERES do SENHOR, teu Deus, e andares
após outros deuses (ídolos, coisas), e os servires, e os adorares, protesto, hoje,
contra vós outros que perecereis” (grifo meu). O seu orgulho irá tirá-lo da
BÊNÇÃO de Deus e quando você perceber, tudo o que você tem será tirado
de você (pelo inimigo), mas Deus permitirá que isso aconteça porque você se
esqueceu (não quis) dele. Ele respeita o seu livre-arbítrio, e irá recuar. De
fato, essa advertência aconteceu no caso de Israel: eles se esqueceram de
Deus e se voltaram para ídolos, e como resultado foram removidos da terra
para Babilônia. O texto de Timóteo repete a mesma advertência para o
próspero (RICO):

Exorta aos RICOS do presente século que não sejam ORGULHOSOS,


nem DEPOSITEM A SUA ESPERANÇA na instabilidade da
RIQUEZA, mas (confie) em DEUS, que tudo nos proporciona
ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos
de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem
para si mesmos tesouros, sólido fundamento (colheita) para o futuro,
a fim de se apoderarem da verdadeira vida.
1 Timóteo 6:17-19; grifos meus

Observação: 1) Deus não se importa que sejamos RICOS (Ele é muito


rico!) Ele nos ama e nos dá livremente TODAS AS COISAS para
usufruirmos. 2) O perigo da riqueza é se esquecer de Deus em orgulho e
confiar em suas riquezas em vez de em Deus. 3) Isso é tolice, uma vez que as
riquezas são incertas e temporárias. Ao se desconectar do Deus vivo, a Fonte
de todas as bênçãos, eles (os ricos) se abrem à maldição (pobreza). 4) Eles
precisam lembrar e reconhecer que Deus é aquele que os abençoou e colocar
toda a confiança nele, para que Ele continue abençoando. 5) Eles precisam
entender o propósito da prosperidade deles: usá-la para fazer o bem, suprir as
necessidades e doar para o Evangelho. À medida que fazem isso, eles se
tornam como Deus, que é tanto RICO quanto um DOADOR RICO. Por
intermédio da sua semeadura generosa eles estão estabelecendo a base para
uma colheita financeira futura que virá ao longo do tempo que está por vir,
assim como irá aumentar a sua capacidade de tomar posse da vida eterna
(RECOMPENSAS eternas).
1 Veja meu livro Joshua’s Jericho [A Jericó de Josué] para uma descrição das defesas de Jericó e como

a arqueologia prova a perfeita exatidão do relato bíblico.


Capítulo 8

EXERCENDO AUTORIDADE

T iago 4:7 diz: “(1) SUJEITAI-VOS, portanto, a DEUS. (2) RESISTI ao


DIABO, e ele fugirá de vós” (grifos meus). Precisamos (1) SUJEITAR-NOS
a Deus e à Sua vontade em nossas finanças, e (2) ter AUTORIDADE sobre
Satanás com relação às nossas finanças/prosperidade.

Sujeitar-se a Deus
Envolve estar DISPOSTO e ser OBEDIENTE em nossas finanças,
submetendo-nos a Deus tanto com a atitude do nosso coração quanto com as
nossas ações (dar). “Se QUISERDES e me OUVIRDES, comereis o melhor
desta terra” (usufruir a provisão e prosperidade de Deus) (Isaías 1:19,
acréscimos e grifos meus).
Quando Kenneth Hagin iniciou o seu ministério itinerante, ele realmente
lutou para sobreviver, e disse para o Senhor: “Por quê? Eu obedeci ao
Senhor”. O Senhor disse: “A razão por que você não está comendo as delícias
da terra é porque você não se qualifica. Você é obediente, mas você não está
disposto”. Ele se tornou disposto rapidamente! E as coisas se resolveram!
Estar disposto significa ter as motivações corretas. Deus vê o nosso
coração e Ele sabe quais atitudes nos controlam (1 Samuel 16:7). A nossa
motivação para ser abençoado é ser uma bênção maior para outros e para o
Reino de Deus.
A vontade de Deus é nos prosperar e o Seu Propósito em nos prosperar é
estender o Seu Reino por nosso intermédio. Então, se a motivação do seu
coração é servi-lo com as coisas que Ele nos dá, estamos na posição para a
Sua bênção maior.

Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão (a


propagação do Evangelho na terra); e DIGAM sempre: Glorificado
seja o SENHOR, que se COMPRAZ na PROSPERIDADE do seu
SERVO (que está trabalhando para propagar o Reino de Deus)! E a
minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia.
— Salmos 35:27-28; grifos e acréscimos meus

3 João 1:2 diz: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua
PROSPERIDADE e saúde, assim como é próspera a tua alma” (grifo meu). A
nossa prosperidade é de acordo com a prosperidade da nossa alma, ela é
produzida quando habitamos na VERDADE da Palavra como revelam os
seguintes versículos:
3 João 1:3-4: “Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo
seu testemunho da TUA VERDADE, como tu ANDAS na VERDADE.
Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos
ANDAM na VERDADE (a Palavra)” (grifo e acréscimos meus).
Salmos 1 descreve esse homem que PROSPERA de acordo com a vontade
de Deus por ter uma ALMA que é PRÓSPERA na PALAVRA de Deus.
Salmos 1:1-3: “BEM-AVENTURADO o homem que não anda no
conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se
assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na LEI do
SENHOR, e na sua lei MEDITA de dia e de noite. Ele é como árvore
plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto,
e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele FAZ será BEM-
SUCEDIDO” (grifos meus).
Podemos observar que é vontade de Deus que PROSPEREMOS, mas
primeiro a nossa alma deve prosperar na Palavra de Deus. Só então seremos
como uma árvore forte capaz de prover sombra e gerar fruto em benefício de
outros.
Mateus 6:33: “BUSCAI, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas COISAS vos serão acrescentadas” (grifos meus).
Essa BUSCA fala da nossa motivação. Não devemos BUSCAR primeiro
as coisas, mas sim a Deus e ao Seu Reino. Se BUSCARMOS o Seu Reino
primeiro, então somos qualificados para sermos abençoados com todas essas
coisas também. Os reis Uzias e Ezequias são um exemplo clássico desse
princípio:
2 Crônicas 26:5: “Propôs-se (Uzias) BUSCAR a Deus nos dias de
Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que BUSCOU
ao SENHOR, Deus o fez PROSPERAR” (grifos meus).
2 Crônicas 31:20-21: “Assim fez Ezequias em todo o Judá; fez o que
era bom, reto e verdadeiro perante o SENHOR, seu Deus. Em toda a obra
que começou no serviço da Casa de Deus, na lei e nos mandamentos,
para BUSCAR a seu Deus, de TODO O CORAÇÃO o fez e
PROSPEROU” (grifos meus).
Salmos 84:11-12: “Porque o SENHOR Deus é sol (fonte de prosperidade)
e escudo (da pobreza); o SENHOR dá graça e glória; NENHUM BEM
SONEGA aos que andam retamente (àqueles que são dispostos e
obedientes). Ó SENHOR dos Exércitos, FELIZ o homem que em ti confia”
(grifos e acréscimos meus).
Se você colocar a Deus e as coisas espirituais em primeiro lugar,
estimando levemente as coisas da terra, então Deus pode prosperá-lo sem que
essa prosperidade o corrompa, porque você continuará caminhando
corretamente, entregando a Deus as primícias e apoiando a Sua obra na terra.

RESISTIR AO DIABO, EXERCENDO AUTORIDADE


SOBRE ELE
Também existe outro aspecto para o assunto da prosperidade. Devemos
exercitar a nossa AUTORIDADE em Cristo com relação às nossas finanças.
Para entender isso, precisamos voltar a Gênesis. Deus fez o mundo e tudo o
que está nele. Esse fato imediatamente nos diz que não há nada de errado
com a prosperidade e não existe nada de mau quanto às coisas materiais; foi
Deus quem as criou em primeiro lugar e Ele as chamou de BOAS.
Deus disse em Salmos 50:10-12: “Pois são meus todos os animais do
bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as
aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu
tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém”.
Salmos 24:1-2: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se
contém, o mundo e os que nele habitam. Fundou-a ele sobre os mares e
sobre as correntes a estabeleceu”.
Ageu 2:8: “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos”.
Deus criou todas as coisas para o benefício do homem, depois de ter criado
tudo, Ele finalmente criou o homem. Ele preparou tudo para o homem e para
a mulher, propriedades Suas, para provê-los um ambiente perfeito e tudo o
que eles precisariam para viver. A ordem da criação mostra que o homem é o
ápice da Sua criação, e que todas as outras coisas foram feitas em benefício
do homem. 1 Timóteo 6:17: “Deus, que TUDO nos proporciona ricamente
para nosso aprazimento” (grifo meu). Deus não se importa com o fato de
possuirmos coisas, mas Ele se importa com o fato de as coisas nos possuírem.
Após ter criado o homem, Ele deu a ele domínio sobre todas as obras das
Suas mãos:

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a


nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre
as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e
sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o
homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou. E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-
vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.
— Gênesis 1:26-28; grifo meu

Salmos 115:16: “Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele
aos filhos dos homens”. Todas essas coisas pertencem a Deus porque
Ele as criou, mas Ele nos deu para possuirmos e usarmos. Deus criou o
mundo e sua plenitude para o homem, sua propriedade, não para o
diabo e seus anjos! As riquezas não foram colocadas aqui para os anjos
do diabo. Elas foram feitas para os homens de Deus, mas Adão cometeu
uma alta traição contra Deus e deu tudo para Satanás:

E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo.


Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes
reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.
Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua. Mas Jesus lhe
respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele
darás culto.
— Lucas 4:5-8; grifos meus

Jesus não questiona a reivindicação de Satanás de que o “mundo” foi


entregue a ele. De fato, se não fosse verdade não seria ao menos uma
tentação, mas Hebreus 4:15 diz que Jesus foi “tentado em todas as coisas, à
nossa semelhança, mas sem pecado”. Então, Adão entregou o sistema do
mundo para Satanás. Ele não tinha o direito moral de desobedecer a Deus e se
vender para Satanás, mas ele tinha um direito legal de fazer isso. Deus o
entregou a Adão, Ele lhe deu autoridade sobre a terra para usar, e portanto,
Adão poderia entregá-la para Satanás, coisa que ele fez quando escolheu
rejeitar a Palavra de Deus e se submeter, em vez disso, à palavra de Satanás.
De certo modo, Deus fez de Adão o deus (com letra minúscula) deste
mundo, porque Ele deu a ele domínio sobre tudo isso. Abaixo de Deus, Adão
era quem governava tudo. Mas lemos em 2 Coríntios 4:4 que agora Satanás é
chamado de “deus deste século”. Como Satanás se tornou o Deus deste
mundo? Deus não fez isso! Adão, de maneira pecaminosa, liberou a sua
autoridade sobre Satanás.
2 Coríntios 4:4: “O deus deste século (mundo) cegou o entendimento
dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da
glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (grifos meus).
Jesus chamou Satanás de príncipe deste mundo: João 12:31: “Chegou o
momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso”
(grifos meus).
João 14:30: “Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim”
(grifos meus).
João 16:11: “... porque o príncipe deste mundo já está julgado” (grifos
meus).
O apóstolo João confirma em 1 João 5:19: “Sabemos que somos de Deus e
que o mundo inteiro jaz no Maligno” (grifos meus).
Da mesma forma, o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 2:6-8 afirmou: “...
poderosos desta época (mundo), que se reduzem a nada... que nenhum dos
poderosos deste século conheceu (o plano de Deus); porque, se a tivessem
conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória” (grifos e acréscimos
meus).
Efésios 2:2: “Segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que
agora atua nos filhos da desobediência” (grifos meus).
Efésios 6:12: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e
sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste
mundo tenebroso” (grifos meus).
Isso é tudo muito relevante quanto à nossa fé para finanças, porque o
dinheiro que precisamos está NA TERRA, e não no céu. Deus não vai fazer
chover dinheiro do céu (se Ele fizesse, o dinheiro seria falso, e Deus não é
um falsificador). Veja que Lucas 6:38 diz: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida,
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a
medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Quando o homem
dá a você, Deus está por trás disso, mas ainda assim é o HOMEM quem
entrega.
O dinheiro de que precisamos está aqui. Deus não tem nenhum dinheiro no
céu. Eles não precisam disso lá. Temos o DIREITO de reivindicar tudo o que
for preciso para as nossas necessidades serem supridas e tudo o que for
preciso para cumprir o Seu plano para a nossa vida. Temos um direito, temos
autoridade porque Jesus veio à terra e derrotou Satanás (1 João 3:8).
1 Coríntios 2:6: “... dos poderosos desta época (mundo), que se
reduzem a nada” ou “poderes que o governam e que estão PERDENDO
o seu poder” (grifo e acréscimo meus).
Colossenses 2:15: “Despojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na Cruz”.
Jesus disse: “não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi” (João
15:19). Precisamos viver neste mundo, e Satanás é o deus deste mundo, mas
ele não é o nosso deus. Ele não tem autoridade sobre nós ou sobre as nossas
finanças! Jesus disse: “toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”
(Mateus 28:18). Por intermédio da Sua morte e ressurreição como o segundo
Adão, Ele conquistou de novo toda a autoridade que Adão perdeu, para que
nele, nós, o Seu povo, não estejamos mais debaixo da autoridade de Satanás,
mas em Nome de Jesus tenhamos autoridade sobre Satanás. Então, devemos
usar a autoridade que Deus nos deu para impor a derrota de Satanás
(especialmente em nossas finanças) e usufruirmos das bênçãos de Deus que
são nossas em Cristo, inclusive a prosperidade financeira.
1 João 5:18-19: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não
vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o
Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus e que o mundo
inteiro jaz no Maligno”.
Colossenses 1:12-13: “Dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte
que vos cabe da herança dos santos na luz. Ele nos libertou do império
(domínio) das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor”. Fomos libertos do domínio de Satanás e fomos colocados em
Cristo, tornando-nos qualificados para herdar e partilhar tudo o que
pertence a Ele.
1 João 4:4: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes VENCIDO os falsos
profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está
no mundo” (grifo meu).
Temos autoridade sobre Satanás, e essa é a razão pela qual Tiago 4:7 diz:
“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas RESISTI (tenha autoridade sobre ele) ao
diabo (inclusive a área das nossas finanças), e ele fugirá de vós” (grifo e
acréscimo meus). Ele não tem escolha!
Adão recebeu autoridade na esfera das finanças, mas ele a entregou a
Satanás. Contudo, Jesus a conquistou de volta e mais (com juros) e a
entregou para nós usarmos. Após declarar que Ele tinha toda autoridade
(Mateus 28:18), Ele a delegou à Sua Igreja em Seu nome (vv. 19-20) para
cumprir os Seus Propósitos na terra, especialmente a Grande Comissão.
Precisamos reivindicar o dinheiro de que necessitamos para nós mesmos e
cumprir o plano de Deus. Devemos crer e exercitar a nossa autoridade
espiritual na área das finanças. O dinheiro de que precisamos está na terra,
não no céu, então não tem a ver com Deus enviando dinheiro do céu. O
dinheiro já está aqui, mas é Satanás que está impedindo que ele venha (não
Deus!). Porém, Satanás permanecerá aqui até que o período de Adão acabe,
então devemos ser diligentes para ter autoridade e reivindicar o que
precisamos em Nome de Jesus. Diga: “Satanás, tire suas mãos do meu
dinheiro. Vão, espíritos ministradores, e façam que o dinheiro volte”.
Lembre-se de Provérbios 13:22: “A riqueza do pecador é depositada para o
justo”. Deus não quer as riquezas do mundo nas mãos de pecadores. Ele
deseja que elas sejam transferidas para nós, mas Ele precisa que nós
tenhamos autoridade.

O MINISTÉRIO DOS ANJOS


Assim como demônios trabalham contra o povo de Deus para nos manter
longe das nossas finanças, os anjos de Deus destinam-se a nos ajudar,
incluindo as nossas finanças. Do mesmo modo que os demônios influenciam
os homens para o mal, os anjos influenciam para o bem.

Ora, a qual dos ANJOS jamais disse: Assenta-te à minha direita, até
que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés? Não são
todos eles ESPÍRITOS MINISTRADORES, enviados para serviço A
FAVOR (trabalhar para; servir) dos que hão de herdar a salvação?
— Hebreus 1:13-14; grifos e acréscimos meus

Mateus 18:10: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos;


porque eu vos afirmo que os SEUS ANJOS nos céus veem
incessantemente a face de meu Pai celeste” (grifos meus). Todos nós
temos pelo menos um anjo pessoal destinado a nós. Eles não nos deixam
quando crescemos. Alguns de nós precisam de mais de um! Como nós
podemos ativar e liberar os nossos anjos para agirem por nós? Eles não
reagem nem podem reagir ao medo, preocupação ou descrença, mas
apenas à Palavra de Deus.
Salmos 103:20-21: “Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos
em poder, que EXECUTAIS AS SUAS ORDENS e lhe OBEDECEIS
(ouvindo e obedecendo) à palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus
exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade” (grifos e
acréscimos meus).
Anjos são servos de Deus e assim só respondem à Sua Palavra. Mas como
vimos, eles também são nossos servos (como filhos de Deus) e assim
respondem a nós, à Palavra de Deus em nossos lábios. Eles obedecem à VOZ
da Palavra de Deus, venha ela dos lábios de Deus ou dos nossos lábios.
Quando falamos a Palavra de Deus, eles são liberados para a ação, a fim de
ajudar a cumpri-la. Se estiver saindo lixo da nossa boca (“Eu nunca terei o
suficiente”, etc.), eles não podem executá-la, porque são contra a Palavra de
Deus (mas os demônios, contudo, irão). O seu anjo irá simplesmente cruzar
os braços e ser passivo. Mas se você se levantar em autoridade como filho de
Deus e falar a Palavra de Deus, os demônios não apenas terão que obedecer e
fugir e tirar as mãos do seu dinheiro, como também os seus anjos serão
liberados para trazê-lo de volta.
Assuma sua autoridade, dizendo: “Satanás, tire suas mãos do meu
dinheiro! Vão, espíritos ministradores e façam o dinheiro voltar” (Tiago
4:7; Salmos 103:20-21).
Capítulo 9

PLANTANDO E COLHENDO

eus criou e fez este universo operar conforme as LEIS que refletem

D a Sua SABEDORIA. Provérbios 3:19 diz: “O SENHOR com


SABEDORIA fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus”
(grifos meus).
Uma dessas leis é PLANTAR e COLHER. Essa é uma lei geral, um
princípio universal, que não se aplica simplesmente às nossas finanças. No
mundo natural, é a terceira lei de Newton: “toda força (ação) tem uma
reação”, então se eu acertar em algo com certa força, ele me ataca de volta
com a mesma força. Ou seja, tudo o que você faz com os outros voltará para
você. Isso é uma lei. Isso é plantar e colher. O que você planta você colhe;
além disso, pode voltar multiplicado.
Gálatas 6:7: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois AQUILO
que o homem SEMEAR, isso também CEIFARÁ” (grifos meus).
Tudo o que você plantar você irá colher. Isso é uma LEI. Não seja
enganado pelo pensamento de que isso não acontece necessariamente. Se
você plantar o que é bom você colherá o que é bom. Se você plantar o mal,
você colherá o mal. Existe o perigo da decepção porque há um tempo entre a
plantação e a colheita. Durante esse período, você pode imaginar que não está
funcionando. Mas apesar de a semente estar sob o solo e invisível aos seus
olhos, ela está trabalhando para produzir uma colheita. Essa é uma LEI
universal ordenada por Deus: “sempre”.
Gênesis 8:22 diz: “Enquanto durar a terra, não deixará de haver
SEMENTEIRA e CEIFA, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (grifos
meus). Observe a progressão: SEMENTE — TEMPO — COLHEITA!
Plantar e colher é uma Lei Mestre da Criação, uma lei fundamental que
governa a maneira como as coisas são, tanto na esfera natural quanto na
espiritual. Certamente plantar e colher trabalham na área do dinheiro, mas
não se aplicam somente às nossas finanças. Essa é apenas uma aplicação da
lei mais geral.
Gálatas 6:7 diz: “Pois AQUILO que o homem SEMEAR, isso também
CEIFARÁ” (grifos meus). VOCÊ planta a SEMENTE. Gênesis 1 diz que
Deus fez todas as vidas com sementes dentro de si para se reproduzirem
conforme as próprias características. Toda semente é uma coisa viva que
multiplica e produz conforme as suas características. Ela não pode fazer nada
além disso. O que você desejar ter mais em sua vida é o que você precisa
plantar, de propósito! Você quer mais amor? Então plante amor! Essa é a Lei
de Gênesis, porque Deus criou tudo para reproduzir conforme as próprias
características. Cada coisa viva foi criada com uma semente dentro para que
possa reproduzir segundo a sua espécie. E acontecerá assim se aquela
semente for plantada no ambiente correto. Mas ela deve ser PLANTADA ou
COLHIDA ou DOADA, e assim haverá a multiplicação, uma reprodução.
Existe uma colheita e todo ser vivo é criado com a habilidade de reproduzir
muitas vezes. Deus fez com que todas as coisas operassem conforme essa Lei
de Plantar e Colher: tudo começa em forma de semente e, portanto, a semente
é plantada e como fruto dessa semeadura vem a colheita.
Permita-me dar alguns exemplos: se você plantar sementes de maçã, não
colherá laranjas. Se você plantar briga; a briga voltará para você. Fale a
respeito de pessoas, e elas começarão a falar de você. Eu garanto. Plante
amor, e você colherá amor.

Não JULGUEIS e não sereis JULGADOS; não condeneis e não sereis


condenados; perdoai e sereis perdoados; DAI, e DAR-SE-VOS-Á;
boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos
darão (a semente que você plantar será multiplicada em boa medida
para que tudo se acumule, precisa ser pressionada, depois sacudida
para permitir que seja empacotada com mais coisas, e ainda assim
transbordará); porque com a medida com que tiverdes medido vos
medirão também.
— Lucas 6:37-38; grifos e acréscimos meus

Quanto mais você plantar (julgamento, condenação, perdão e finanças),


mais você colherá. A medida que volta para você é conforme a medida que
você usa.
Mateus 7:1-2: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o
critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a MEDIDA (de
plantação de julgamento) com que tiverdes medido, vos MEDIRÃO
TAMBÉM” (grifos meus).
Semear e colher são uma Lei de Justiça, porque tudo o que você fizer para
os outros será feito para você: “olho por olho e dente por dente”. Tudo o que
você semear (plantar) na vida de outras pessoas irá certamente voltar para
você!
Provérbios 18:24: “O homem que tem amigos deve também ser
amigável” (tradução livre). Para colher amizade você precisa plantá-la.
Provérbios 26:27: “Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará
sobre quem a revolve”. Oseias 8:7: “Porque SEMEIAM VENTOS e
segarão TORMENTAS” (grifos meus). Isso é multiplicação!
Provérbios 28:17: “O homem carregado do sangue de outrem fugirá até
à cova; ninguém o detenha”. Salmos 7:15-16: “Abre, e aprofunda uma
cova, e cai nesse mesmo poço que faz. A sua malícia lhe RECAI
SOBRE A CABEÇA, e sobre a própria mioleira desce a sua violência”
(grifos meus).
Eclesiastes 10:8: “Quem abre uma cova nela cairá, e quem rompe um
muro, mordê-lo-á uma cobra”. Você cairá na cova que cavou para
outros. Se fizermos o mal, colheremos o mal. Deus estabeleceu certos
limites (muros) para nós, que nunca devemos cruzar, especialmente nas
esferas física (sexual), moral e espiritual. Se nos rebelarmos e
ultrapassarmos essas paredes para tomar parte de algo proibido por
Deus, através da imoralidade sexual e especialmente do ocultismo,
sofreremos porque seremos picados por uma cobra (demônio, que traz a
morte).
Provérbios 11:18-19: “O perverso recebe um salário ilusório, mas o que
SEMEIA justiça terá RECOMPENSA verdadeira. Tão certo como a
JUSTIÇA conduz (semeia) para a VIDA, assim o que segue (semeia) o
MAL, para a sua MORTE o faz”
(grifos meus).
Oseias 10:12-13: “SEMEAI para vós outros em justiça, CEIFAI
segundo a misericórdia; arai o campo de pousio (para semear); porque é
tempo de buscar ao SENHOR, até que ele venha, e chova a justiça sobre
vós. ARASTES (semeastes) a malícia, COLHESTES a perversidade;
COMESTES o FRUTO (colhestes) da mentira, porque confiastes nos
vossos carros e na multidão dos vossos valentes” (grifos meus).
Jó 4:8: “Segundo eu tenho visto, os que LAVRAM a iniquidade e
SEMEIAM o mal, isso mesmo eles SEGAM” (grifos meus). Provérbios
22:8: “O que SEMEIA a injustiça SEGARÁ males” (grifos meus).
Você primeiramente SEMEIA com as PALAVRAS da sua boca, porque as
PALAVRAS são SEMENTES. PALAVRAS são containers tanto de VIDA
quanto de MORTE, de fé ou medo, de amor ou ódio. Elas não são
simplesmente a representação externa de uma onda sonora; elas liberam seja
o que for que estiver em nosso coração, porque “a boca fala do que está cheio
o coração” (Mateus 12:34; Lucas 6:45). Somos espíritos, as nossas palavras
são coisas vivas com o poder de produzir e multiplicar tanto para o bem
quanto para o mal. Toda vez que FALAMOS PALAVRAS, estamos
PLANTANDO ou SEMENTE boa ou má.
Nas parábolas, Jesus disse que tanto as PALAVRAS de Deus quanto as
nossas são SEMENTES, e o que plantamos (falamos) certamente voltará
como colheita em nossa vida:
Mateus 13:3: “Eis que o SEMEADOR saiu a SEMEAR” (grifos meus).
Marcos 4:14: “O SEMEADOR semeia a PALAVRA” (grifos meus).
Lucas 8:11: “A SEMENTE é a PALAVRA de Deus” (grifos meus).
A Parábola do Semeador ensina que o Reino de Deus trabalha por meio da
semente. A Parábola do Joio diz que a operação de Satanás age da mesma
maneira; se você der a ele a sua língua, ele pode trabalhar por meio de você
para destruir a sua vida e a de outros.
Mateus 13:24-25: “O reino dos céus (nesta presente era) é semelhante a
um homem que SEMEOU BOA SEMENTE no seu campo; mas,
enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, SEMEOU O JOIO
no meio do trigo e retirou-se” (grifos e acréscimos meus).
A semeadura ruim sempre ocorre em sigilo. O joio inicialmente se parece
com o trigo, mas quando são ceifados eles se revelam como cascas sem vida
em vez de trigo brilhante. As palavras podem se disfarçar como justas, mas
na verdade podem estar cheias de morte.
O que você está vivendo agora é, em grande parte, a colheita de sementes
que você plantou no passado. Diferentes sementes levam tempos diferentes
para serem colhidas, algumas em dias, semanas, meses, anos. As sementes
que você plantou por meio das suas palavras e ações no passado estão
produzindo o que você está vivendo exatamente agora. Uma vez que
entendermos isso, o temor de Deus será produzido em nós, o que irá nos
conter quando formos tentados a pecar com a nossa língua. Então, se existe
semente má, precisamos colocá-la debaixo do sangue de Jesus, e começar a
semear a boa semente em nosso futuro.
Observe as seguintes passagens bíblicas sobre a semeadura e colheita de
PALAVRAS (bênçãos e maldições):
Provérbios 18:20-21: “Do FRUTO (colheita) da BOCA o coração se
farta, do que PRODUZEM os lábios se SATISFAZ. A MORTE e a
VIDA estão no poder da LÍNGUA; o que bem a utiliza come do seu
FRUTO (colheita da sua semente semeada)” (grifos meus).
Tiago 3 é um capítulo sobre o poder das PALAVRAS: Tiago 3:16-18:
“Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de
coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois,
pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos,
imparcial, sem fingimento. Ora, é em paz (de um coração pacífico) que se
SEMEIA o fruto (COLHEITA) da justiça, para os que PROMOVEM a paz”
(grifos meus).
Provérbios 12:13-14: “Pela transgressão dos lábios o mau se ENLAÇA,
mas o justo sairá da angústia. Cada um se farta de bem pelo FRUTO
(colheita) da sua BOCA, e o que as mãos do homem fizerem ser-lhe-á
retribuído” (grifos meus).
Provérbios 13:3: “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que
muito abre os lábios a si mesmo se arruína”.
Provérbios 6:14-15: “No seu coração há perversidade; todo o tempo
maquina o mal; anda SEMEANDO contendas. Pelo que a sua destruição
virá repentinamente; subitamente, será quebrantado, sem que haja cura”
(grifo meu).
Provérbios 28:10: “O que desvia os retos para o mau caminho (pelas
suas palavras más), ele mesmo cairá na cova que fez (armadilha), mas os
íntegros herdarão o bem” (acréscimos meus). O mal sempre irá revidar
sobre quem o praticou.
Juízes 9:56-57: “Assim, Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que
fizera a seu pai, por ter aquele matado os seus setenta irmãos. De igual
modo, todo o mal dos homens de Siquém Deus fez cair sobre a cabeça
deles. Assim, veio sobre eles a maldição de Jotão, filho de Jerubaal”.
Provérbios 25:9-10: “Pleiteia a tua causa diretamente com o teu
próximo (se um problema surgir, simplesmente fale com a pessoa em
questão, não se envolva em fofoca ou em maldizer pelas costas da
pessoa ou isso voltará para você) e não descubras o segredo de outrem;
para que não te vitupere aquele que te ouvir e não se te apegue a tua
infâmia” (acréscimos meus). Essa Lei funciona grandemente em respeito
às autoridades ungidas por Deus. Plante HONRA (RESPEITO) aos seus
PAIS se você deseja colher VIDA.
Efésios 6:2-3: “HONRA a teu PAI e a tua MÃE (que é o primeiro
mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida
sobre a terra” (grifos meus). Provérbios 20:20: “A quem AMALDIÇOA
a seu PAI ou a sua MÃE, apagar-se-lhe-á a lâmpada nas mais densas
TREVAS” (grifos meus).
O rei Davi é um exemplo de alguém ungido e escolhido por Deus:
1 Samuel 25:39: “Ouvindo DAVI que Nabal morrera, disse: Bendito
seja o SENHOR, que pleiteou a causa da afronta que recebi de Nabal e
me deteve (protegeu) de fazer o mal, fazendo o SENHOR cair o mal de
Nabal SOBRE A SUA CABEÇA” (grifos meus).
1 Reis 2:44: “Disse mais o rei a Simei: Bem sabes toda a maldade que o
teu coração reconhece que fizeste a Davi, meu pai; pelo que o SENHOR te
fez recair sobre a cabeça a tua maldade” (veja 2 Samuel 16, quando
Simei amaldiçoou Davi).
ISRAEL é escolhido de Deus e uma nação ungida e todas as outras nações
se levantarão e cairão conforme as suas atitudes, palavras e ações
concernentes a Israel.
Gênesis 12:3: “ABENÇOAREI os que te ABENÇOAREM e
AMALDIÇOAREI os que te AMALDIÇOAREM” (grifos meus). Um
exemplo recente interessante é a queda repentina do coronel Muammar
al-Gaddafi, da Líbia. Quando a revolta árabe começou nas outras
nações, Gaddafi sentiu-se seguro em seu próprio poder e fez um
discurso encorajando os palestinos a se levantarem e marcharem contra
Israel. Exatamente no dia seguinte, demonstrações começaram na Líbia
direcionando a sua queda.
Eu poderia multiplicar os exemplos disso ao longo da História, mas um
exemplo clássico é a tentativa de Hamã de destruir totalmente a Israel, como
registrado no livro de Ester.
Ester 9:25: “Mas, tendo Ester ido perante o rei, ordenou ele por cartas
que o seu mau intento, que assentara contra os judeus, RECAÍSSE
CONTRA A PRÓPRIA CABEÇA DELE, pelo que enforcaram a ele e a
seus filhos” (grifos meus).
Os julgamentos finais do fim dos tempos sobre as nações serão
fundamentados na semeadura e na ceifa, especialmente com relação ao seu
tratamento a Israel.
Joel 3:4: “Que tendes vós comigo, Tiro, e Sidom, e todas as regiões da
Filístia? É isso vingança que quereis contra mim? Se assim me quereis
vingar, farei, sem demora, cair sobre a vossa cabeça a vossa vingança”
(grifos meus).
Obadias 1:15: “Porque o Dia do SENHOR está prestes a vir sobre todas as
nações; COMO TU FIZESTE (especialmente a Israel, como fica
evidente pelo contexto), assim SE FARÁ CONTIGO; o teu malfeito
tornará sobre a tua cabeça” (grifos e acréscimos meus).

MALDIÇÕES
Eclesiastes 10:20: “Nem no teu pensamento AMALDIÇOES o rei, nem
tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as AVES (um
demônio, compare Marcos 4:4 e Marcos 4:14 onde as potestades do ar
simbolizam o diabo) dos céus poderiam levar a tua VOZ, e o que tem
ASAS daria notícia das tuas palavras” (grifos e acréscimos meus).
Provérbios 26:2: “Como o PÁSSARO que foge, como a ANDORINHA
no seu voo, assim, a MALDIÇÃO sem causa não se cumpre (pousa)”
(grifos meus).
Assim como o Espírito pode trabalhar com palavras de bênçãos, também
os demônios se prendem a palavras negativas (maldição). Se ela estiver
errada, não terá base para pousar e retornará para quem a enviou. Essas
palavras más voltam para atacá-lo e assombrá-lo. Precisamos ter fé que
nenhuma arma forjada contra nós irá prosperar e que toda língua que se
levantar contra nós iremos refutar e condenar (Isaías 54:17). O Senhor nos
mostra com frequência quando as pessoas estão com raiva e falam palavras
negativas contra nós (liberando um espírito de bruxaria — você pode sentir
uma perturbação na atmosfera, uma opressão, um tormento mental. O Senhor
revela a fonte, então podemos ir contra ela e ter autoridade sobre ela,
proibindo-a de operar contra nós em Jesus [veja Efésios 6:12]).

SEMEANDO e COLHENDO em nossas FINANÇAS


(Eclesiastes 11:1-6)
Esta passagem consiste simplesmente em semear e colher: “Lança
(SEMEIE) o teu PÃO (substância) sobre as ÁGUAS (da humanidade),
porque DEPOIS de muitos DIAS o acharás (voltará para você)” (Eclesiastes
11:1; grifos e acréscimos meus).
Veja que não voltará para você imediatamente. O que você está colhendo na
sua vida agora foi o que você semeou em toda a sua vida até agora — na
semana passada, três meses atrás; seis meses atrás, um ano atrás, cinco anos
atrás, vinte anos atrás, etc. Sementes diferentes precisam de tempos diferentes
para germinar.
Eclesiastes 11:2 (acréscimos meus): “Reparte com sete e ainda com oito
(refere-se sobre dar o pão físico ao faminto e pão espiritual ao perdido — dê
o seu pão aqui e ali, e haverá uma colheita de tudo. Isso deve ser um estilo de
vida), porque não sabes que mal sobrevirá à terra”.
Dê, porque quando você enfrentar tempos difíceis aquela colheita estará lá
para você.
A Bíblia confirma o seguinte:

Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem
depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus,
que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que
pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e
prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido
fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira
vida.
1 Timóteo 6:17-19; grifos meus

A Bíblia também diz em Eclesiastes 11:3: “... estando as nuvens cheias


(por causa da evaporação da terra), derramam aguaceiro sobre a terra (elas
voltam para a terra como chuva)” (acréscimos meus).
Aqui também está falando sobre semear e colher. Tão certo quanto as
nuvens quando estão cheias de chuva irão liberá-las, assim a sua colheita é
certa se você semeou sobre ela. Além disso, Isaías 55:8-13 diz que a Palavra
de Deus vem sobre nós como a chuva e quando ela retorna para Deus pela
nossa obediência (dando a Deus), Ele promete que não voltará vazia, mas irá
prosperar em sua missão de produzir uma colheita.
Quando você está doando (ou orando), você está liberando e retornando a
palavra (água) para o céu (evaporação) criando uma nuvem de bênção sobre
você que está CHEIA de chuva, e que certamente cairá sobre você em
abundância.
Chegará o tempo quando a colheita irrompe. Quando você planta a
semente, parece que não há nada acontecendo; mas enquanto essa semente
está crescendo haverá um momento quando ela irromperá e você verá, de
fato, as folhas saindo. Isso acontece; é o que ele está dizendo: à medida que
você planta, haverá uma colheita para colher. Essa é uma lei da natureza; ela
irá acontecer.
Eclesiastes 11:3 diz que “... caindo a árvore para o sul ou para o norte, no
lugar em que cair, aí ficará”. Tão certo quanto se sabe que se a árvore cair
para o norte ela permanecerá lá apontando para o norte; assim você pode ter
certeza de que quando lançar o seu pão sobre as águas ele voltará para você.
Como você sabe que isso acontece com a árvore? Porque essa é uma lei da
natureza; é absolutamente certo. Se eu jogar o livro ele irá cair por causa da
lei da gravidade. Se você lançar a sua semente nas águas, ela voltará para
você. De Deus não se zomba, o que você plantar você irá colher. Isso não é
algo que funciona parte do tempo: se você plantar coisas boas você
necessariamente colherá coisas boas; estamos falando sobre uma LEI
espiritual. De Deus não se zomba; tudo o que você plantar você vai colher;
nesta vida e na eternidade. Tudo o que não é equacionado nesta vida será
equacionado na eternidade. Você certamente irá descobrir no final que aquilo
que plantou você colheu. Deus se certificará de que isso aconteça.
Mais especificamente essa é a Primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia
(todas as coisas continuam em um estado de descanso ou velocidade
constante, a menos que sejam influenciadas por uma força).
Se você direcionar a sua vontade em direção à semeadura e colheita, você
tenderá a continuar nela. A árvore representa você (a sua vontade). Se você
sair do neutro e direcioná-la a um local específico, então ela tenderá a
permanecer lá. Portanto, tome o primeiro passo e decida começar a sua vida
movendo na direção certa da generosidade em vez do egoísmo na semeadura.
Supere a carne e dê algo esta semana. À medida que faz isso você começa a
criar um impulso de doação e aumento em sua vida. Sua AÇÃO irá formar
um HÁBITO e esse hábito começará a formar o seu CARÁTER que por sua
vez determinará o seu DESTINO.
E também, Eclesiastes 11:4 declara: “Quem somente observa o vento
nunca SEMEARÁ, e o que olha para as nuvens (condições naturais) nunca
SEGARÁ (porque não semeou!)” (Grifos e acréscimos meus). Aqui é um
fazendeiro dizendo: “Oh, está ventando um pouco. Deve vir uma tempestade.
Há algumas nuvens, deve chover e eu ficarei molhado. É melhor não plantar
agora”. Ele nunca planta e jamais irá colher. Ele diz: “Eu não posso dar
agora, eu preciso esperar até ter mil reais no banco, então eu poderei doar”.
Sempre haverá uma razão pela qual esse não seja o tempo certo ou
conveniente para doar.
Mas veja o que Eclesiastes 11:5 diz: “Assim como tu não sabes qual o
caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher
grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas”.
Você não precisa entender COMO funciona a semeadura e a colheita, você só
deve saber que elas funcionam. Aceite pela fé. Alguns dizem: “Eu não
entendo como o fato de entregar essa oferta agora fará com que volte para
mim. Eu não vejo como isso pode acontecer”. A ignorância não é uma
desculpa para não dar.
Esse versículo diz que você não entende como uma criança cresce no
ventre. Isso significa que uma mulher não fica grávida e não tem um bebê só
porque ela não entende como funciona? Você não precisa entender como isso
funciona.
Um fazendeiro não entende como uma semente pode crescer, porque é
Deus quem dá o crescimento. Da mesma forma, quando você dá, você semeia
a si mesmo e a sua semente a Deus e você simplesmente confia em Deus que
trará a colheita. Você não sabe como. Você não sabe quando. Mas você
confia em Deus. Você não entende esses mecanismos, mas você tem a
Palavra de Deus que aquilo que você planta você também colhe. Você não
precisa se preocupar com a maneira como isso irá acontecer ou como Deus
fará isso, ou quem Ele irá usar para que isso aconteça; não é sua função saber
disso. Você só precisa olhar para Deus; Ele trará a colheita.
Se você plantar amor para uma pessoa, isso não significa necessariamente
que essa mesma pessoa o amará de volta. Quando você planta uma semente
no solo, você deve liberá-la, pois ela sairá das suas mãos, será plantada e
morrerá antes de poder dar frutos (João 12:24). Você precisa liberá-la para
Deus, e a colheita voltará.
Quando você planta, você não sabe exatamente o que irá acontecer; você
não pode controlar como a colheita irá voltar. Mas você pode estar em
expectativa confiante disso; mas não se perturbe tentando calcular: Ela
voltará por intermédio de José; ele irá me dar algum dinheiro. Quando você
planta, você não controla como a colheita voltará para você. Você precisa
simplesmente olhar para Deus como a sua Fonte. Se você acredita que voltará
para você por meio de determinada pessoa; você certamente estará errado.
Ela provavelmente virá pelos jeitos menos esperados. Você não entende
como plantar amor na vida de uma pessoa faz parecer com que outra pessoa o
ame e o aprecie ainda mais. Eu não entendo isso, mas simplesmente porque
não entendemos algo não significa que não agimos sobre ele. Quantos
entendem como um carro ou avião funciona? E ainda assim nós os
utilizamos, pela fé!
Em Eclesiastes 11:6, lemos: “SEMEIA pela manhã a tua semente e à tarde
não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou
se ambas igualmente serão boas” (grifo meu). Que isso seja um estilo de vida,
não apenas uma coisa ocasional porque você não sabe exatamente como cada
colheita funcionará. Algumas sementes em alguns solos podem funcionar
melhor ou mais rápido do que outros; então dê aqui, dê lá, seja generoso
como um estilo de vida. Semeie a si mesmo para com Deus como um estilo
de vida, não uma vez por ano ou até semana. É quando realmente funciona.
Quando você dá em amor, pode confiar que Deus retornará em uma boa
colheita. Sim, semeamos em amor, mas também não é errado esperar com
confiança uma colheita da semente plantada. Isso não é egoísmo; você deseja
receber uma colheita para que você plante ainda mais. Mas você não pode
controlar essa colheita. Você não pode exigir de Deus: “Deus, eu dei o carro,
então quando o Senhor vai me dar cinco carros de volta?” Você não pode
controlar a colheita dessa maneira, mas você dá e deixa nas mãos de Deus,
que irá prosperá-lo para que uma boa colheita retorne e você possa doar de
novo. Semear e colher NÃO são um método de OBRAS—SALVAÇÃO. A
prosperidade divina é completamente pela GRAÇA de Deus e, ao semear e
colher, estamos cooperando com Sua graça e bênção, permitindo que fluam
por meio de nós e prosperem em nossa vida.
Gálatas 6:7: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que
o homem semear, isso também ceifará”. Permita-me deixar claro que
nem todas as coisas ruins (como perseguição) acontecem porque
estamos colhendo sementes más que plantamos. Por exemplo, Jesus
sofreu em Sua vida por causa da Sua justiça, e na Cruz Ele colheu a
colheita de toda semente má (pecaminosa) que todos nós plantamos, mas
Ele mesmo não plantou semente má. Plantar e colher é uma lei
universal que está sempre trabalhando em todos os lugares, para todos,
em todas as situações, mas isso não explica tudo o que acontece. Por
exemplo, a gravidade é universal e muitos efeitos devem-se à lei da
gravidade, mas ela não provoca tudo o que acontece (por exemplo:
eletricidade), pois existem pelo menos três outras forças fundamentais
além da gravidade: a força do eletromagnetismo e nuclear que mantém
os átomos juntos.

SEMEANDO E COLHENDO EM PROVÉRBIOS


Provérbios 3:9-10: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as
primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros,
e transbordarão de vinho os teus lagares”.
Provérbios 19:17: “Quem se compadece do (natural e espiritualmente)
pobre ao SENHOR EMPRESTA, e este lhe paga o seu benefício” (grifo
meu).
Provérbios 11:24-25: “A quem dá LIBERALMENTE (SEMEIA),
ainda se lhe ACRESCENTA mais e mais; ao que RETÉM mais do que é
justo, ser-lhe-á em pura PERDA. A alma GENEROSA PROSPERARÁ,
e quem DÁ A BEBER será DESSEDENTADO” (grifos meus).
Provérbios 22:9: “O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao
pobre”.
Provérbios 14:21,31: “O que despreza ao seu vizinho peca, mas o que
se compadece dos pobres é feliz... O que oprime ao pobre insulta aquele
que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado”.
Provérbios 21:13: “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também
clamará e não será ouvido”. Provérbios 22:22: “Não roubes ao pobre,
porque é pobre, nem oprimas em juízo ao aflito”. Provérbios 28:27: “O
que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será
cumulado de maldições”.
Essas passagens nos mostram que o ato de dar deve ser feito
VOLUNTARIAMENTE para que a SEMEADURA e a COLHEITA
funcionem em sua melhor forma.
Somos todos produtos de semeadura e colheita! Seu pai plantou uma
semente no ventre da sua mãe e você é a colheita. Idealmente, a semeadura
foi feita voluntariamente (em amor) para que ele (seu amor) se liberasse
(doasse) com a semente. Precisamos nos entregar com o talento, mas também
é perfeitamente correto semear em fé e esperança (na expectativa confiante
de receber um bebê da semente plantada).
Acima de tudo Deus deseja que DOADORES de SEMENTE sejam
VOLUNTÁRIOS:
João 3:16: “Porque Deus AMOU ao mundo de tal maneira que DEU o
seu Filho unigênito” (grifos meus).
Deuteronômio 15:8: “Antes, lhe abrirás DE TODO a mão e lhe
emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade” (grifos
meus). Veja também 2 Crônicas 35:8.
Êxodo 25:1-2: “Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel que
me tragam OFERTA; de todo homem CUJO CORAÇÃO O MOVER
para isso, dele recebereis a minha OFERTA” (grifos meus).
Nossa disposição de coração torna a nossa oferta aceitável a Deus. 1
Crônicas 29:6-9 registra uma oferta que Davi recebeu para ajudar a construir
o Templo:

Então, os chefes das famílias, os príncipes das tribos de Israel, os


capitães de mil e os de cem e até os intendentes sobre as empresas do
rei VOLUNTARIAMENTE CONTRIBUÍRAM... O povo se ALEGROU
com tudo o que se fez VOLUNTARIAMENTE; porque de coração
ÍNTEGRO (AMOROSO) DERAM eles LIBERALMENTE ao SENHOR;
também o rei Davi se ALEGROU COM GRANDE JÚBILO (grifos e
acréscimo meus).

Um sinal de dar voluntariamente com o coração é ser um doador ALEGRE


(regozijar). 1 Crônicas 29:14, 17 é a oração de oferta de Davi: “Porque quem
sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos DAR
VOLUNTARIAMENTE estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos
to damos... Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da
sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, DEI
VOLUNTARIAMENTE todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o
teu povo, que se acha aqui, te faz OFERTAS VOLUNTARIAMENTE”
(grifos meus).
Êxodo 35:4-5: “Esta é a palavra que o SENHOR ordenou, dizendo: Tomai,
do que tendes, uma OFERTA para o SENHOR; cada um, de coração
disposto, VOLUNTARIAMENTE a trará por oferta ao SENHOR”. Deus
deseja que doemos para construir a Casa de Deus (Igreja), mas
precisamos estar dispostos!
Em Êxodo 36:5-7, observamos como as pessoas responderam: “E disseram
a Moisés: O povo traz MUITO MAIS DO QUE É NECESSÁRIO para o
serviço da obra que o SENHOR ordenou se fizesse. Então, ordenou Moisés
— e a ordem foi proclamada no arraial, dizendo: Nenhum homem ou mulher
faça mais obra alguma para a oferta do santuário. Assim, o povo foi
PROIBIDO de trazer mais (dar). Porque o material que tinham era suficiente
para toda a obra que se devia fazer e ainda sobejava” (grifos meus).
Esdras 1:5-6: “Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de
Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo
ESPÍRITO Deus DESPERTOU, para subirem a edificar a Casa do
SENHOR, a qual está em Jerusalém. Todos os que habitavam nos
arredores os ajudaram com objetos de prata, com ouro, bens, gado e
coisas preciosas, afora tudo o que, VOLUNTARIAMENTE, SE DEU”
(grifos meus).
2 Coríntios 8:1-5: “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a GRAÇA
de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita
prova de tribulação, manifestaram ABUNDÂNCIA de ALEGRIA, e a
profunda pobreza deles SUPERABUNDOU em grande RIQUEZA da
sua GENEROSIDADE. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas
posses e mesmo acima delas, se mostraram VOLUNTÁRIOS, pedindo-
nos, com muitos rogos, a GRAÇA de participarem (serem parceiros) da
assistência (doação) aos santos. E não somente fizeram como nós
esperávamos, mas também DERAM-SE a si mesmos primeiro ao
Senhor, depois (deu o dom) a nós, pela VONTADE de Deus” (grifos e
acréscimos meus). Essa doação é a vontade de Deus. Paulo estava
maravilhado com a liberalidade deles, feita com abundância de alegria.
Eles estavam tão felizes (dispostos) por entregarem seu dinheiro, para o
pobre em Jerusalém e para a obra que Paulo estava fazendo. Paulo
estava dizendo: “Vocês estão entregando muito. Eu tenho visto vossas
necessidades”. Mas eles imploraram para ele aceitar. Eles se entregaram
ao Senhor primeiro, e assim como a esse dom.
2 Coríntios 9:6-11: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará;
e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um
CONTRIBUA segundo tiver PROPOSTO no CORAÇÃO, não com
tristeza ou por necessidade; porque Deus AMA a quem DÁ com
ALEGRIA (regozijo; voluntariamente)” (grifos e acréscimos meus). O
doador voluntário pode doar como faz porque ele sabe que Deus é a sua
fonte e suprirá todas as suas necessidades: “Deus pode fazer-vos
abundar em toda graça
(a bênção do Senhor), a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla
suficiência, SUPERABUNDEIS EM TODA BOA OBRA, como está
escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para
sempre” (Salmos 112; grifo meu). O resultado desse tipo de oferta
voluntária é uma colheita abundante: “Ora, aquele que dá SEMENTE ao
que SEMEIA e pão para alimento também suprirá e AUMENTARÁ a
vossa SEMENTEIRA e MULTIPLICARÁ os FRUTOS (COLHEITA)
da vossa justiça (sua oferta de obediência), ENRIQUECENDO-VOS,
em TUDO, para TODA GENEROSIDADE, a qual faz que, por nosso
intermédio, sejam tributadas graças a Deus (devido às necessidades
supridas por meio do ato de dar)” (grifos e acréscimos meus).
Filipenses 4:14-19 descreve como esses mesmos cristãos deram suporte ao
próprio Paulo:

Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis


também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da
Macedônia, nenhuma igreja se associou (fez parceria) comigo no
tocante a DAR e RECEBER, senão unicamente vós outros; porque até
para Tessalônica MANDASTES não somente uma vez, mas duas, o
BASTANTE para as minhas necessidades. Não que eu procure o
donativo, mas o que realmente me interessa é o FRUTO (colheita) que
AUMENTE o vosso crédito. Recebi tudo e tenho abundância; estou
suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de
vossa parte como aroma suave, como sacrifício ACEITÁVEL E
APRAZÍVEL a Deus. E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória,
há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades (a
colheita) (grifos e acréscimos meus).

O nível da sua prosperidade não é o quanto você tem, mas o quanto flui
por intermédio de você. Existe um influxo e o fluxo — receber e dar
(Filipenses 4:15). Ambos são importantes. É como duas mãos. Com uma das
mãos você recebe e com a outra você dá. Se você não recebe você não pode
dar. Quanto mais você recebe mais pode dar. Se você não está disposto a dar,
você mantém para si e não prospera aos olhos de Deus. Dar é semear.
Receber é colher. A vontade de Deus é um fluxo sempre crescente de receber
e dar. Quanto mais você dá, mais você recebe e então você dá de novo e
assim por diante. Deus deseja que cresçamos em dar e receber. É bênção
receber, mas dar é uma bênção ainda maior, não apenas porque ajudamos
outros, mas porque isso libera bênçãos maiores sobre nós (Atos 20:35).
Somos abençoados para abençoar (Gênesis 12:2) receber a bênção e ser uma
bênção, dando livremente o que recebemos. Você recebeu o Evangelho e foi
abençoado, então agora dê (semeie) e seja uma bênção. “DE GRAÇA
recebeis, DE GRAÇA DAI”. Ser uma bênção é motivado pelo amor. Confiar
nos recursos de Deus nos permite mover em amor e dar livremente
(voluntariamente). Quando nos entregamos com o dom, iremos crescer na
bênção e em ser uma bênção.

AS LEIS DA AGRICULTURA (TEMPO DA SEMENTE E


COLHEITA)
LEI 1: A SEMENTE deve ser PLANTADA (SEMEADA)
Eclesiastes 3:1-2: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para
todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou”. A semente deve
ser plantada para multiplicar. Você não pode esperar que a semente
(bênção) se multiplique (aumente) a menos que você a plante.
João 12:24: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo,
CAINDO (é plantado) na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer,
produz muito fruto” (grifo e acréscimos meus). O grande exemplo de
semeadura e colheita é Deus entregando o Seu Filho, Jesus. Cada uma
dessas leis foi demonstrada e cumprida por Deus semeando a Sua
SEMENTE (João 3:16). Deus deu o Seu melhor. Seu Filho era a
semente que Ele plantou na terra e para gerar fruto toda semente precisa
ser plantada na terra e morrer.
A semente morreu, mas além da sua morte estava uma ressurreição e uma
colheita de bilhões de almas ao redor do mundo, porque Ele é o primogênito
de MUITOS irmãos (Romanos 8:29). Então Deus semeou a Sua melhor
Semente para colher uma grande colheita. Essa colheita foi a alegria
estabelecida diante dele enquanto semeava a si mesmo na morte (Hebreus
12:2). Deus precisava enviar e semear um Homem perfeito, justo, santo e
abençoado. Ele não podia enviar um anjo porque isso não produziria a
colheita adequada. Ele precisava semear um Homem e então Ele recebeu uma
colheita multiplicada de humanidade. Ele semeou o Seu melhor e colheu uma
colheita para si mesmo.
2 Coríntios 9:10: “Ora, aquele que dá SEMENTE ao que SEMEIA e
pão para alimento também suprirá e AUMENTARÁ a vossa
SEMENTEIRA e multiplicará os frutos (colheita) da vossa justiça”
(grifos meus).
Deus dá semente para o semeador. Se você é um semeador, então Deus irá
prover para você semente para semear e “pão para comida”. Deus supre as
suas finanças para as suas próprias necessidades também. Veja o que vem
primeiro em nosso pensamento: Dá-me pão primeiro e um pouco de semente
também para semear. Mas a mentalidade certa é que a primeira parte do que
recebemos de Deus é a “semente para plantar” e depois a segunda parte é o
“pão para alimento”. Então o versículo diz: “suprirá e AUMENTARÁ a
vossa SEMENTEIRA”. Deus multiplica todas as sementes? Não, Ele só
multiplica sementes plantadas! Apenas a semente que é plantada se
multiplica. E como resultado, Ele “multiplicará os frutos (colheita) da vossa
justiça (no dar)”. Isso é produção da sua doação, primeiro em sua vida e na
vida de outras pessoas e destinos eternos, resultando em recompensas eternas
sendo postas em seu favor. Que colheita maravilhosa!

LEI 2: LIBERE a sua SEMENTE e se libere com ela


Para semear adequadamente, você deve abandonar o controle da semente.
Quando verdadeiramente semeada, ela morre para você. Quando Abraão deu
o seu filho (Isaque) a Deus, ele precisava estar preparado para matá-lo, para
liberá-lo completamente. Ele precisava confiar em Deus absolutamente para
produzir a colheita. Quando você dá, você precisa liberar.
2 Samuel 24:24: “Porém o rei disse a Araúna: Não, mas eu to comprarei
pelo devido preço, porque não oferecerei ao SENHOR, meu Deus,
holocaustos que não ME CUSTEM nada” (grifo meu). Davi estava
comprando a sua eira como o lugar para o templo. Ao dar
verdadeiramente, não existem cordas atadas. Davi queria ser aquele que
plantou essa semente vital para o templo (e então colher a sua colheita).
A verdadeira doação tem um CUSTO para nós, pois a estamos liberando
para Deus.
João 12:24: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo,
caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito
fruto”. Isso foi cumprido em Jesus. Precisava ser plantado e MORRER
primeiro, antes de ser frutífero. Essa é a razão pela qual Jesus tinha que
morrer. Quando você dá você libera o dom. Você não apenas dá a
semente, mas você se libera com a semente. Você libera a sua fé e amor
com a semente, você se entrega a Deus assim como dá a semente. Você
se planta com a semente para uma colheita ao máximo. Deus plantou e
colheu uma colheita maravilhosa porque Ele plantou a si mesmo, Ele
entregou a si mesmo.
Plantamos sementes de amor, dinheiro, gentileza, etc. Tudo o que damos
de nós mesmos estamos semeando e iremos colher, mas também SOMOS
SEMENTES. Seu corpo é a concha da semente e seu espírito é a substância
dessa semente, portanto, precisamos PLANTAR A NÓS MESMOS, e o que
plantarmos de nós irá gerar uma colheita.
1 Coríntios 15:35-38,42-44 confirma que somos SEMENTES: “Mas
alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm? Insensato!
O que SEMEIAS não nasce, SE PRIMEIRO NÃO MORRER; e, quando
SEMEIAS, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de
trigo ou de qualquer outra semente. Mas Deus lhe dá CORPO como lhe
aprouve dar e a cada uma das SEMENTES, o seu CORPO apropriado”
(grifos meus).
Nosso CORPO é como a casca da SEMENTE. Quando ela MORRE, ela é
SEMEADA ao chão. Então, no tempo da colheita (ressurreição) ela crescerá
gloriosa, manifestando o pleno potencial que estava escondido na semente.
Os nossos corpos serão tão mais gloriosos do que os nossos corpos atuais,
assim como uma flor é mais gloriosa que sua semente.
“Pois assim também é a ressurreição dos mortos. SEMEIA-SE o CORPO
na corrupção, RESSUSCITA na incorrupção. SEMEIA-SE em desonra,
RESSUSCITA em glória. SEMEIA-SE em fraqueza, RESSUSCITA em
poder. SEMEIA-SE corpo natural, RESSUSCITA corpo espiritual. Se há
corpo natural, há também corpo espiritual” (vv. 42-44; grifos meus).
Gálatas 6:6-7: “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça
participante de todas as coisas boas aquele que o instrui (ele está falando
sobre finanças). Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo
que o homem semear, isso também ceifará”.
Gálatas 6:8: “Porque o que SEMEIA (de SI MESMO) para a sua
própria CARNE da carne colherá corrupção; mas o que SEMEIA (A SI
MESMO) para o ESPÍRITO do Espírito colherá vida eterna” (grifos
meus).
Veja a mudança de pensamento aqui. A colheita que você conquista
depende de duas coisas: 1) da SEMENTE e 2) do SOLO onde você semeia.
Existe solo bom e solo ruim. Quando ele fala sobre semear na carne ou
espírito, qual é a SEMENTE? É ele mesmo! “O que SEMEIA para a sua
própria CARNE”. A semente aqui é a sua vida. Se você plantar a si mesmo,
sua energia, tempo, habilidades na carne, então você colherá dela corrupção.
Independente de no que você se plantar, onde você se plantar, você
CRESCERÁ naquilo, seja bom ou mau. Se for em algo carnal você terá uma
colheita, mas ela estará corrompida. Mas se você se plantar no Espírito; do
Espírito você colherá a VIDA de Deus. Como semeamos a nós mesmos no
Espírito? Sempre que você se entrega a Deus você se semeia na esfera do
Espírito. Em oração, louvor e adoração nós plantamos a nós mesmos no
Espírito. Quando você dedica a sua vida a Deus, você está semeando no
Espírito. Essa é a maneira como crescer em sabedoria e revelação.
Suponhamos que você tenha a semente de uma ideia; para crescer nela você
precisa semeá-la de volta para Deus: “Senhor, eu entrego a Ti essa ideia. Eu
a semeio de volta para o Senhor”. Se você semeá-la no Espírito, do Espírito
você colherá vida. Ela voltará para você magnificada. Semeie uma pequena
ideia em Deus e ela voltará fresca, maior e melhor sem a corrupção. Mas se
você semeia a sua atenção na carne, apesar de crescer nessa área, a corrupção
virá dela também. Mas quanto mais semeamos no Espírito, mais colheremos
verdadeira vida.
Semeie a sua atenção em Deus. A Parábola do Semeador em Marcos 4 fala
como a Semente da Palavra precisa ser plantada em nosso coração e crescer
(colheita). A chave-mestra de toda a Parábola é: “Quem tem ouvidos para
ouvir (a Palavra) ouça (e continue ouvindo)” (vv. 9, 23). Se você deseja ser
um bom solo para a Palavra em seu coração produzindo muito fruto, então
você precisa entregar a si mesmo, a sua atenção e o seu tempo a ele. Plante-se
na Palavra. Semeie a sua atenção nas coisas do Espírito e dela você colherá
uma maravilhosa colheita de vida.
Ele interpreta esse ponto principal nos versículos 9 e 23 ao dizer em
Marcos 4:24: “Atentai no que ouvis”. Essa é a primeira coisa, porque o que
você ouve governa qual semente é plantada em seu coração, que governa o
fruto em sua vida. Ouvir palavras más causará uma colheita má. Se você se
plantar (sua atenção) na carne; então você colherá corrupção dela “Atentai no
que OUVIS. Com a medida (de OUVIR a Palavra) com que tiverdes medido
vos medirão (frutos) também, e ainda se vos acrescentará (frutos)”. A medida
de atenção que você dá à Palavra será a medida de resultados (colheita) que
será dada de volta a você da Palavra de Deus. A medida que você plantar a si
mesmo no Espírito será a medida que voltará para você. É a medida do ouvir,
de entregar a si mesmo para a Palavra, de semear a si mesmo na Palavra que
governa a medida que você recebe de volta.
Marcos 4:23-25: “Se alguém tem OUVIDOS para OUVIR (a Palavra),
ouça. Então, lhes disse: Atentai no que ouvis. Com a medida (de
atenção) com que tiverdes medido vos medirão (colheita) também, e
ainda se vos acrescentará. Pois ao que tem (ouvidos para ouvir a
Palavra) se lhe dará (colheita); e, ao que não tem, até o que tem lhe será
tirado” (grifos e acréscimos meus).
Isso significa que a atitude do nosso coração em dar é importante para a
colheita que iremos ceifar. Se dermos dinheiro no nível mais baixo
(relutantemente, em vez de voluntária e alegremente, porque estamos sendo
manipulados ou forçados) estaremos simplesmente dando dinheiro, mas o
nosso coração não estará nisto: É melhor eu doar um pouco de dinheiro ou o
meu vizinho irá pensar que eu não sou espiritual. Estamos dando (semeando)
dinheiro, mas não a nós mesmos. Poderíamos dar algum dinheiro, mas em
nosso coração estarmos murmurando e reclamando que a igreja está sempre
pedindo dinheiro. Então, enquanto estamos dando, também estamos
semeando para a carne. O melhor de Deus é que não demos apenas dinheiro a
Ele, mas ao mesmo tempo a nós mesmos, semeando a nós mesmos em Deus.
Se nos entregarmos a Deus quando entregamos o dinheiro, não estamos
apenas semeando esse dom, estamos semeando a nós mesmos no Espírito e
então iremos ceifar a plena colheita do Espírito. Paulo recomendou às igrejas
da Macedônia pela sua doação gentil em 2 Coríntios 8:2-5: “Manifestaram
abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande
riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas
posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com
muitos rogos, a graça de participarem da assistência (parceria) aos santos. E
não somente fizeram como nós esperávamos, mas também DERAM-SE A SI
MESMOS PRIMEIRO ao Senhor, depois (deu) a nós, pela vontade de Deus”
(grifos meus).
2 Coríntios 9:5: “Portanto, julguei conveniente recomendar aos irmãos
que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva
já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e
não de avareza”. O contexto desses versículos em 2 Coríntios 8 e 9 é
uma oferta que Paulo está coletando para os santos sofredores em
Jerusalém. Então esses dois capítulos tratam-se de dinheiro. Veja que
Paulo não deseja apenas a dádiva, é o coração deles que realmente
interessa. Ele está mais interessado que eles deem com um coração
generoso do que a quantidade real da dádiva. Ele deseja que eles deem
generosamente (de coração) em vez de como uma obrigação, porque se
eles dessem na carnalidade não haveria bênção espiritual nela, e eles não
colheriam uma colheita grande.
2 Coríntios 9:6: “E isto afirmo: aquele que SEMEIA pouco, pouco
também CEIFARÁ; e o que SEMEIA com fartura (literalmente: “com
bênçãos”) com abundância também CEIFARÁ (“com bênçãos”)” (grifos
meus). Podemos interpretar em dois níveis:

1. Se você semear uma pequena quantidade de semente, você colherá


uma colheita pequena. Se você plantar muita semente, você colherá
uma grande colheita. Se você plantar um pouco de amor, você colherá
um pouco de amor. Se você semear muito amor, você colherá muito
amor.
2. O termo “com fartura” na verdade significa “com bênçãos”. Aquele
que semeia com bênçãos é aquele cujo coração está no dar. Ele não
está apenas semeando a semente; ele está semeando a si mesmo ao
mesmo tempo. Ele está semeando esse dinheiro com bênçãos. Seu
espírito está indo com o dinheiro. Ele não está apenas entregando a
dádiva; ele está entregando-se com aquele valor. Ele está semeando
alegremente, não de má vontade ou por necessidade (v. 7). Quando
você doar, use suas palavras para liberar o seu amor e fé. Quando
damos plenamente com o nosso coração, não estamos apenas
semeando o dinheiro e colhendo o dinheiro de volta; mas estamos
plantando a nós mesmos para também colhermos uma colheita
espiritual em nossa vida. Isso não trará apenas bênção financeira, mas
uma liberação da BÊNÇÃO em nossa vida que irá se manifestar de
muitas maneiras (por exemplo, em um aumento do fruto do Espírito).
Se plantarmos com bênçãos, colheremos com bênçãos. Se semearmos
moderadamente (jogando apenas um pouco de dinheiro), mas o nosso
coração não estiver nisso, então colheremos moderadamente, e sem
bênção espiritual.

Veja o que diz 2 Coríntios 9:7: “Cada um contribua segundo tiver proposto
no coração, não com tristeza (por causa da sua própria cobiça) ou por
necessidade (porque você está sendo pressionado a dar); porque Deus ama a
quem dá (literalmente: hilariante) com alegria”. Seja alguém que não apenas
dá dinheiro, mas que se entrega. Nunca permita que o manipulem, forcem ou
controlem quanto ao dar, porque existem técnicas para isso. Existem
arrecadadores de dinheiro profissionais apenas esperando o dinheiro para eles
mesmos. Eles usam truques supersticiosos assim como lenços ungidos, Oferta
do Sábado, Ofertas das Festas, promessas de uma colheita milagrosa dentro
de um mês, fazendo com que você entregue um dinheiro que não tem,
promessas de um retorno de mil vezes mais ou uma unção em dobro especial.
Evite essas coisas. Isso não tem nada a ver com o cristianismo do Novo
Testamento. Não responda a ofertas feitas por pressão. Eles fazem essas
coisas porque existem pessoas facilmente manipuladas. Sempre que me sinto
controlado, minha carteira automaticamente se fecha! Não dê porque o seu
braço está sendo torcido, porque isso não vai produzir muito para a colheita.
Dê conforme o seu propósito (decida) em seu próprio coração, de acordo com
que o amor de Deus em seu coração o faça dar. Aprenda a ser guiado por
Deus em seu dar. Ele lhe mostrará o que dar e quanto dar, se você perguntar a
Ele.
Quando você dá de coração, Deus promete a você em 2 Coríntios 9:8:
“Deus pode fazer-vos abundar em toda graça (bênção), a fim de que, tendo
sempre, em tudo, ampla suficiência, (também) superabundeis (para dar) em
toda boa obra”. Se nos entregarmos ao Senhor (em oração, em adoração ou
no dar, a nossa colheita será abundante). Toda vez que nos entregamos para
Deus, estamos nos semeando no Espírito, e disso iremos ceifar Sua vida.
O tempo da semente e da colheita é estabelecido na terra como um
princípio governante da natureza. Ele governa tudo. Tudo o que você semeia,
você colherá. Se você não está feliz com o que está colhendo, é por causa de
alguma semeadura má. Não é simplesmente a nossa semeadura na superfície,
mas o que estivermos plantando pelo espírito. Se dermos com uma atitude
má, estaremos semeando na carne e iremos colher algo ruim na vida.
Portanto, não é simplesmente a coisa externa que você semeia, é também o
solo no qual você está se plantando (carne ou Espírito) que governa a colheita
que você irá colher.

LEI 3: PLANTE o que você deseja e espera COLHER


Gênesis 1:12: “A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente
segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele,
conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom”. Se você deseja maçãs,
o que você irá plantar? Uma semente de maçã. Se um agricultor deseja uma
colheita de trigo, o que ele irá semear? Trigo! Se você deseja uma colheita de
dinheiro, o que você precisa semear? Dinheiro. Se você deseja colher uma
colheita de amor, Provérbios diz: “Se alguém deseja ter amigos, que ele seja
também amigável”. Se você semeia amizade ou semeia juros nos outros,
então você colherá a mesma coisa. A semente que semeia é o que você irá
colher. Gálatas 6:7: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. A
boa notícia para nós é que Deus semeou uma semente perfeita em Seu Filho
Jesus Cristo, e em Cristo somos a colheita dessa semente, que garante a nossa
ressurreição gloriosa!

LEI 4: O TAMANHO DA COLHEITA é estabelecido quando a


semente é plantada
O tamanho da sua colheita depende do quanto você plantou e a liberalidade
com que fez isso. Isso é determinado pela atitude do seu coração e no quanto
você plantou.
Aquele que semeia pouco (não simplesmente uma pequena
quantidade de sementes, mas também com avareza) pouco (alguma
coisa, mas será pouco) também ceifará; e o que semeia com fartura
(com muitas sementes, colocando seu coração nisso) com abundância
também ceifará.
— 2 Coríntios 9:6; acréscimos meus

LEI 5: A SEMENTE deve ser plantada em SOLO BOM


A fertilidade é determinada pela semente e pelo solo. Na Parábola do
Semeador, diferentes solos geram diferentes resultados. A semente é a
Palavra. A Palavra plantada em nossos corações nos faz gerar frutos em
nossas vidas. O solo é o nosso coração. O solo ruim não traz muito fruto.
Existem também diferentes níveis de solo bom: alguns de 30, outros de 60,
outros de 100 por um. Mateus 13:8: “Outra, enfim, caiu em boa terra e deu
fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um”.
Gálatas 6:8 diz: “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne
colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida
eterna”. Se você plantar na carne, você colherá coisa ruim; se você plantar no
Espírito, você colherá coisa boa. Então o solo onde você planta é importante
para a colheita que você irá colher. Certifique-se de que o ministério que você
dá suporte esteja em solo bom!

LEI 6: Plante a sua MELHOR SEMENTE para a MELHOR


COLHEITA
É isso que os agricultores fazem. Você não come a melhor semente, se
você tem o mínimo de senso, você a usará para semear, porque é isso que
você deseja multiplicar. O que você plantar, você colherá. Você precisa
plantar a sua melhor semente se deseja a melhor colheita. Se semearmos o
nosso melhor, iremos colher o melhor. Foi isso que Deus fez. Ele plantou Seu
único Filho (João 3:16). Ele entregou o Seu único Filho em amor, mas
também com fé, expectativa e confiança de que com aquela semeadura, Ele
colheria uma colheita de um bilhão por um — nós!

LEI 7: Você precisa sempre esperar um TEMPO entre a


plantação e a colheita
Sempre existe um tempo de espera entre plantar e colher. Existe o tempo
da semente e o tempo da colheita (ver Gênesis 8:22). Esses são dois tempos
diferentes. Qual vem primeiro? O tempo da semente! Você precisa plantar a
semente antes de poder colher, e existe um tempo entre eles. Quando você
planta, você não olha imediatamente ao redor dizendo “Onde está minha
colheita?” Você planta em fé, você entrega, a semente desaparece, vai para
debaixo da terra e pela fé você sabe que a semente plantada voltará
novamente multiplicada. Quando você dá alguma coisa, você não vê
retornando imediatamente, mas está retornando. É importante entender que
existe um período, uma estação própria para o crescimento antes da colheita,
de outra forma, se pensarmos que irá acontecer imediatamente, perderemos a
nossa fé e alegria, desenterraremos a semente e abortaremos a colheita: “Eu
dei dez reais ontem e ainda não houve nenhum retorno. Não funcionou!”
Não, é um processo que leva uma quantidade de tempo específica.
Entre a semeadura e a colheita é necessário ter PACIÊNCIA. Plantamos a
semente em fé; então em paciência esperamos Deus trazer a colheita.
Paciência é continuamente crer que Deus trará a abundância (o crescimento
para a colheita) mesmo quando não vemos nada com os nossos olhos, e
agradecer a Ele por isso. “Mas imitadores daqueles que, pela fé e pela
LONGANIMIDADE, herdam as promessas (manifestadas)” (Hebreus 6:12;
grifo meu). “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande
GALARDÃO (colheita). Com efeito, tendes necessidade de
PERSEVERANÇA (paciência), para que, havendo FEITO a vontade de Deus
(plantado a semente), alcanceis a PROMESSA (a colheita manifesta). Porque,
ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem (a colheita) virá e não tardará
(esperar)” (Hebreus 10:35-37; grifos e acréscimos meus). Lucas 8:15: “A que
caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a
palavra; estes frutificam com PERSEVERANÇA” (grifo meu).
Eclesiastes 11:1: “Lança o teu pão sobre as águas, porque DEPOIS DE
MUITOS DIAS o acharás” (grifos meus).
Marcos 4:26-29: “O reino de Deus é assim como se um homem
lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e
de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como (você
não sabe como isso funciona porque é Deus quem faz isso. Você só
precisa saber que isso de fato funciona. Quando você planta a sua
semente, é Deus trabalhando nela para que haja a colheita, mas isso
acontece em fases sobre um processo de tempo). A terra por si mesma
frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na
espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice,
porque é chegada a ceifa”.
É um processo entre o tempo da semente e a colheita. A semente cresce
por um processo e se manifesta; e mesmo após ser exibida, ela não aparece de
uma vez só. Então quando você planta a sua semente ela pode se manifestar
em fases. Primeiro a folha, depois o caule e então a sua plenitude. Mas virá,
se você deixar o processo ser concluído, contanto que você não desanime
você verá toda a colheita surgir e será capaz de pegar a foice e recebê-la. Se
um agricultor fica desencorajado e desenterra a semente, ele irá matá-la e
destruir a sua colheita:

Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de


todas as coisas boas aquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus
não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá
corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida
eterna.
— Gálatas 6:6-8

Gálatas 6:9-10: “E não nos cansemos de fazer o bem (em nosso dar),
porque A SEU TEMPO CEIFAREMOS, se não desfalecermos. Por isso,
enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé” (grifos meus). Veja que se
continuarmos fazendo a coisa certa (e não abortamos a colheita), semear
e confiar em Deus, iremos ceifar a colheita a seu tempo. Não
imediatamente; mas no devido tempo iremos colher a colheita — se não
desfalecermos, se não desistirmos da nossa semente. Continue cuidando
dela, crendo e agradecendo a Deus por ela. Isso trará uma colheita.
Você deve estar pensando: Eu não posso esperar as minhas sementes
serem colhidas. O segredo é semear com consistência, como um estilo de
vida, então, quando você menos esperar, diferentes sementes frutificarão o
tempo todo. O pão que você tem regularmente jogado nas águas voltará em
cada onda. Na esfera espiritual você pode estar plantando o tempo todo, para
que sementes possam ser colhidas o tempo todo.

LEI 8: Mantenha o seu Solo como UM BOM SOLO para uma


COLHEITA APROPRIADA
O solo e as plantações precisam ser mantidos durante esse tempo. Eles
precisam ser protegidos de coisas perigosas, como as raposas que estragam as
vinhas (Cântico dos Cânticos 2:15). Mateus 13:7: “Outra caiu entre os
espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram”. Na Parábola do Semeador,
espinhos e ervas daninhas alcançam o solo (coração) onde a semente está
crescendo, tentando estragar a colheita, então precisamos manter uma fé forte
e uma vida espiritual em nosso coração (Provérbios 4:20-23), porque tudo
funciona por intermédio do nosso coração. Precisamos continuar agradecendo
a Deus porque a colheita está se aproximando, porque Ele está suprindo todas
as nossas necessidades. Mantenha uma atitude de fé; mantenha as ervas
daninhas afastadas, para que a colheita possa vir sem impedimento.
Busque a Deus primeiro e ao Seu Reino (Mateus 6:33). Esteja em
comunhão. Mantenha as motivações do seu coração corretas: “Pedis e não
recebeis (a colheita), porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”
(Tiago 4:3).
Jeremias 5:24-25: “Não dizem a eles mesmos: Temamos agora ao
SENHOR, nosso Deus, que nos dá a seu tempo a CHUVA (a chuva
representa a bênção de Deus para a semente para dar o crescimento para
a colheita), a primeira e a última, que nos conserva as semanas
determinadas da SEGA. As vossas INIQUIDADES desviam estas
coisas, e os vossos pecados afastam de vós o bem (a colheita)” (grifos e
acréscimos meus). Os pecados interromperam as bênçãos de Deus,
inclusive as chuvas, resultando em uma colheita pobre.

LEI 9: O seu CUSTO É MAIOR no tempo de colheita (Mateus 20:1)


Às vezes, as suas finanças podem estar mais apertadas exatamente antes da
colheita chegar, logo, não desista de crer quando as coisas ficam difíceis.

LEI 10: Uma parte da sua colheita é para PLANTAR NOVAMENTE


(2 Coríntios 9:10), e outra parte é para você guardar (1 Coríntios 9:7,
2 Coríntios 9:8)
Parte da sua colheita é para plantar novamente e parte é para você guardar.
Deus deseja que nós usufruamos as bênçãos desta vida. Ele deseja que nós
aproveitemos o bom fruto. Ele deseja que aproveitemos as coisas que Ele
criou. Deus não é mesquinho. Ele não se importa que gastemos dinheiro
conosco. 1 Coríntios 9:7: “Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?
Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um
rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?”
Jesus disse em Mateus 6 que o ímpio se preocupa com sua comida e
roupas, mas Deus sabe que você precisa dessas coisas. Ele diz que não há
problema em você ter essas coisas desde que “buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas COISAS vos serão
ACRESCENTADAS” (v. 33; grifos meus). Deus deseja que aproveitemos
essas coisas, mas precisamos colocar o Reino de Deus em primeiro lugar na
maneira como usamos o dinheiro. Uma parte é para nós mesmos; outra parte
para doação. Em nosso pensamento, temos a tendência de nos colocarmos em
primeiro lugar e a nossa doação em segundo, mas Deus está dizendo para
trocar isso, de modo que a primeira parte seja para doação e o restante para
nós mesmos.
2 Coríntios 9:8-10 mostra o equilíbrio entre o dinheiro (1) para nós
mesmos e (2) para doação: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a
fim de que, (1) tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, (2) superabundeis
em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça
permanece para sempre. Ora, (2) aquele que dá semente ao que semeia e (1)
pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e
multiplicará os frutos da vossa justiça”.

LEI 11: Semeie conforme o VOLUME DESEJADO DE COLHEITA,


não conforme o atual
Na agricultura, se você não tiver muitas sementes, pode ser tentador comer
a maior parte delas e plantar apenas uma pequena quantidade, mas isso
produziria apenas outra colheita pequena e perpetuaria a escassez. Então,
você não calcula o que semeou apenas a partir do que você tem, mas da
colheita que você precisa no futuro. Em outras palavras, priorize a semente
antes de comer. Calcule a sua semeadura (dar) conforme a colheita que você
precisa ter, e também conforme a semente que você precisa manter.
Que retorno é possível ter com a sua semente? Um retorno de cem por um
é possível. Gênesis 26:12 diz: “Semeou Isaque NAQUELA TERRA (quando
era tentador comer toda a sua semente para se alimentar) e, no mesmo ano,
recolheu (dessa semeadura) cento por um” (grifos meus). A Parábola do
Semeador descreve algumas sementes multiplicando a trinta por um, algumas
a sessenta e outras a cem por um (Marcos 4:20). Parece que cem por um
nesta vida é possível como um retorno em nossa semente.
Marcos 10:29-30: “Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há
que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos,
ou campos por amor de mim e por amor do evangelho (tudo o que você
plantar no Reino de Deus), que não receba, JÁ NO PRESENTE, O
CÊNTUPLO de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com
perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna (recompensas eternas)”
(grifos e acréscimos meus).
Nesta VIDA, um retorno de cem por um é um potencial quando você
caminha com Deus, mas se aplica para a duração de toda a sua vida. Para
tudo o que você dá existe uma colheita indo para o futuro; potencialmente até
cem por um. Não virá tudo de uma vez, mas essa semente está trabalhando, e
se você mantiver o seu coração correto, talvez você receba trinta ou sessenta
ou até o pleno potencial de cem por um de retorno sobre a sua expectativa de
vida. Se você caminhou na vontade de Deus e viveu para a sua plena
expectativa de vida, esse cem por um começaria a evoluir. Mas eu não estou
dizendo que se você der um real esta semana você conseguirá cem reais
imediatamente. Tudo o que você deu no passado está trabalhando para você
no futuro. Creia nisso. Em qualquer caso a colheita mais importante são as
suas recompensas ETERNAS.

LEI 12: A sua colheita é um MILAGRE de Deus


Você não precisa entender como funciona, você simplesmente precisa crer
na Palavra de Deus. De qualquer modo, você nunca entenderá porque é um
milagre de Deus.
1 Coríntios 3:6 diz: “Eu PLANTEI (a semente), Apolo regou (a semente);
mas o crescimento veio de Deus (o crescimento e a colheita da semente)”
(grifo meu). Portanto, o que acontece entre a semeadura e a colheita pertence
a Deus. Nós plantamos em fé (confiando nas promessas de Deus). Então
Deus opera o milagre e dá o crescimento que faz frutificar a colheita. Ele
promete que se mantivermos o nosso coração correto; se o colocarmos em
primeiro lugar e confiarmos nele, até um retorno de cem por um seria
possível. Isso é ganancioso? Não, porque você pode depois semear
novamente para abençoar outros e promover a obra de Deus.
A colheita (manifestação) certamente virá. Marcos 4:20-23 nos garante:
“Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a
recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um. Também lhes disse:
Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do alqueire ou da cama?
Não vem, antes, para ser colocada no velador? Pois nada está oculto, senão
para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado”.
Esta é a oração que fazemos ao Senhor:
Senhor, queremos nos semear no Espírito. Queremos semear a nós
mesmos em Ti, para que a partir da semente da nossa vida, o Senhor
faça frutificar uma colheita de coisas boas, uma multiplicação de
bênçãos em nossa vida.
Capítulo 10

BÊNÇÃOS E MILAGRES

ntender como a BÊNÇÃO funciona e como ela se diferencia de um

E MILAGRE trará um entendimento mais profundo de como Deus


trabalha. Este capítulo constrói a fundação para uma maneira de
pensar completamente nova, que explica muitas coisas e fortalece a sua fé
para agir de acordo com a bênção de Deus, que lhe capacita a prosperar.
Deus tem duas maneiras de dar: por meio de BÊNÇÃOS ou MILAGRES.
Se você pudesse escolher hoje, preferiria receber uma bênção ou um milagre?
Qual é a maior maneira de receber de Deus? Você pode se surpreender! Com
frequência, vivemos de necessidade em necessidade, e quando estamos com
problemas ou em crise, pedimos ajuda a Deus, pedimos um milagre.
Pensamos que o melhor de Deus é viver de crise em crise, de milagre a
milagre, simplesmente sobrevivendo. Mas isso foi o que aconteceu com
Israel no deserto: todos os dias tinha uma crise (falta de comida), mas todos
os dias havia um MILAGRE de maná (o suficiente para o dia). Mas esse não
era o melhor de Deus. Ele queria que eles tivessem abundância na Terra
Prometida por meio da Sua BÊNÇÃO (e da lei da semeadura e colheita),
mesmo que isso fosse menos espetacular.
É muito importante entender a diferença entre bênçãos e milagres, caso
contrário, iremos perder o melhor de Deus, porque estaremos sempre
buscando milagres em vez de fazer a bênção de Deus crescer e fluir em nossa
vida. É possível tentar e viver por milagres, fazendo com que você não
perceba as coisas e, assim, perca a vida de bênção!
Eu creio em milagres. Em algumas ocasiões todos precisamos de um
MILAGRE, uma Intervenção Divina especial. Porém, mais do que isso, eu
quero viver na BÊNÇÃO de Deus.
Um MILAGRE é algo fora do normal, um evento que é claramente
sobrenatural em sua origem, inexplicável pelas leis da natureza. Ao contrário,
a BÊNÇÃO é algo sobrenatural em sua origem, mas ela utiliza e trabalha por
intermédio dos meios naturais. Um MILAGRE substitui ou suspende as leis
naturais, enquanto a BÊNÇÃO é o Divino Poder de Deus por intermédio das
leis naturais.
Certa mulher ficou presa no telhado durante uma enchente. Ela estava em
uma situação desesperadora, vendo que o nível da água só aumentava. Sem a
ajuda de Deus, ela estaria condenada; mas ela era cristã e orou para que Deus
a resgatasse. Então, um grande pedaço de lenha passou boiando. Ela pensou
em pular sobre ele e permanecer sobre o tronco até chegar a um local seguro,
mas não, ela estava crendo que Deus enviaria um milagre. Então alguém
passou em um barco e ofereceu ajuda para resgatá-la, mas ela recusou
dizendo que Deus iria salvá-la milagrosamente. Pouco antes de as águas
arrastarem-na, um helicóptero de resgate chegou e jogou uma escada para ela.
Ela recusou novamente, na expectativa de o Senhor salvá-la de modo
sobrenatural. Então, ela se afogou quando as águas prevaleceram. Ao chegar
ao céu, ela estava perplexa e perguntou ao Senhor por que Ele não respondeu
à sua oração. Ele disse: “Eu enviei um tronco, um barco e um helicóptero,
mas você não quis receber a minha ajuda”. Ela perdeu a provisão de Deus em
uma BÊNÇÃO, porque estava comprometida em receber ajuda de Deus por
meio de um MILAGRE. Ela não percebeu que essas outras coisas naturais,
apesar de menos espetaculares, eram a provisão de Deus também. Da mesma
forma, muitos cristãos só sabem receber de Deus por intermédio de um
milagre e não têm consciência do poder e superioridade de uma bênção.
Como milagres são muito mais espetaculares do que bênçãos, muitos
cristãos valorizam milagres acima da bênção e esperam que as suas
necessidades sejam supridas por meio de um milagre; mas quando olhamos
para as diferenças entre MILAGRES e BÊNÇÃOS, vemos que a BÊNÇÃO do
Senhor é muito maior e melhor.

Antes de receber um MILAGRE, você precisa estar em CRISE


Por definição, milagres não são o normal. Jesus caminhando sobre as águas
não representava um passeio noturno, mas isso aconteceu por causa de uma
crise. A vida dos discípulos estava em perigo e Ele estava chegando para
salvá-los. O que você preferiria: estar em uma situação desesperadora, onde
receberia o milagre de um novo carro após meses, ou ser tão abençoado que
se quisesse um carro novo, você simplesmente iria e compraria um com o
dinheiro que possui? É isso o que a bênção fará. Muitos usariam a bênção de
simplesmente serem capazes de comprar um carro novo a qualquer momento.
Você preferiria um milagre de cura ou viver com a bênção de ter saúde? Você
prefere que o Senhor execute um milagre para tirá-lo da falência ou ser tão
abençoado financeiramente a ponto de isso não ser necessário? Milagres vêm
em uma crise. Viver de milagre em milagre significa viver de crise em crise.
Todos nós passamos por crises, mas uma mentalidade de milagre significa
um estilo de vida de crises e problemas. Um milagre irá tirá-lo da crise, mas a
bênção se destina a impedir que a crise aconteça, o que é melhor. A bênção
da cura impedirá a doença, enquanto que o milagre é uma libertação
sobrenatural. Milagres são bons, mas precisamos mirar para alcançar um
lugar de bênção onde não precisemos de milagres. Milagres são ótimos, mas
nós somos o melhor de Deus. Ele deseja que caminhemos na Sua bênção,
onde todas as nossas necessidades são supridas, e Ele pode fazer milagres
(sinais) por nosso intermédio para suprirmos as necessidades de outros. É
sempre melhor evitar problemas, que é o resultado de viver em bênção, do
que ser liberto deles por meio de um milagre. Se ficarmos preocupados
porque não vemos muitos milagres pessoais como víamos, lembre-se de que
não gostaríamos de voltar para aqueles dias de crise onde sempre
precisávamos de milagres!
Você não está feliz por Deus ter lhe tirado de um constante estado de crise,
de modo que não precise de um milagre todos os dias? Quando você está em
crise, você está ocupado com ela, pensando em si mesmo e clamando a Deus.
Então, Deus vem com o milagre. Graças a Deus por esses milagres, mas é
melhor viver na bênção onde você pode focar as necessidades dos outros em
vez de em si mesmo. Apesar de podermos olhar para trás e agradecermos a
Deus por ter vindo em nosso socorro, é melhor não viver em crise. Existe
uma vida melhor, e ela é chamada de Bênção de Deus.
Para Deus suspender ou anular as Suas leis naturais, precisa existir uma
razão muito boa. As leis físicas não são ruins. Deus as criou e disse que tudo
o que Ele criou é BOM. Ele não está inclinado a violar as Suas leis. Ele não
parará a chuva pela qual muitos fazendeiros oraram apenas para que você
faça um piquenique. É por isso que milagres são excepcionais e
momentâneos e, portanto, apenas provêm uma solução temporária. Você
precisa estar em uma crise antes que Ele dê a você um milagre.

A intenção original de Deus para a Sua Criação era que ela vivesse sob
Sua BÊNÇÃO e não por MILAGRES
Milagres tornaram-se necessários como resultado da Queda, quando o
pecado abriu a porta para a maldição. Se o pecado não tivesse corrompido a
criação de Deus, não haveria a necessidade de milagres. Todos seriam
saudáveis e prósperos, e os conflitos (que causam relacionamentos quebrados
e guerras) não existiriam. Veja o que diz Gênesis 1:22: “E Deus os
ABENÇOOU, DIZENDO: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas
dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves”. E Gênesis 1:27-28: “Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os ABENÇOOU e lhes DISSE: Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.
A ordem original e perfeita da criação antes da maldição entrar era a
BÊNÇÃO. Deus abençoou a Sua criação, as criaturas vivas e o homem em
particular, e essa bênção fez com que alcançassem o seu pleno potencial e
fossem frutíferos e se multiplicassem. Então, a bênção sobre eles lhes deu a
habilidade de multiplicar, crescer e dominar (prosperar). O homem foi
originalmente feito para viver na bênção, pois Deus é abençoado, e ser a
imagem de Deus significa ser abençoado. A intenção de Deus não era
milagres; foram apenas o pecado e a maldição que fizeram os milagres
necessários. Se não houvesse queda, doença ou pobreza, não haveria a
necessidade de milagres. O plano original de Deus é nos sustentar por
intermédio da Sua bênção. O homem poderia viver com saúde e até para
sempre.
Observe também os versículos anteriores, como Deus os ABENÇOOU.
Foi “DIZENDO” Suas PALAVRAS que colocou neles a Sua vida espiritual,
favor e habilidade de crescer, multiplicar e prosperar em tudo o que
colocassem suas mãos. “Ali, ORDENA o SENHOR a sua BÊNÇÃO e a VIDA
para sempre” (Salmos 133:3; grifos meus). “Então, eu vos DAREI a minha
BÊNÇÃO” (Levítico 25:21; grifos meus). “O SENHOR DETERMINARÁ que
a BÊNÇÃO esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te
ABENÇOARÁ” (Deuteronômio 28:8; grifos meus). As bênçãos são faladas.
Infelizmente, há corrupção na terra e sempre haverá lugar para milagres.
Contudo, Jesus nos redimiu da maldição e colocou a Sua bênção sobre os
Seus seguidores. Veja Gálatas 3:13-14: “Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO
da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a BÊNÇÃO de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos,
pela FÉ, o Espírito prometido” (grifo meu). A BÊNÇÃO falada é recebida
pela FÉ.
Se crermos que recebemos a bênção e agirmos de acordo, poderemos
evitar muitos dos problemas que nos tornam candidatos a milagres. Quando
Israel entrou na Terra Prometida de bênção e viveu sob a bênção de Deus
operando nas leis da bênção (como plantar e colher), não precisou de um
milagre (maná).

Uma BÊNÇÃO é sempre mais abundante do que um MILAGRE


Um milagre é sempre suficiente apenas para o agora, mas ele não é
abundante. Se você não está sob a bênção ou está violando leis naturais, no
mês seguinte você estará com o mesmo problema. Um milagre é suficiente
apenas para você, para conduzi-lo, mas as bênçãos vêm em abundância, com
o suficiente para você e com tanto sobrando que podemos abençoar a vida de
outras pessoas. Um milagre nunca é tão abundante quanto a bênção.
O Senhor alimentou dois milhões de israelitas por quarenta anos no deserto
enviando MANÁ do céu (comida de anjo, conforme Salmos 78:25) seis dias
por semana. Esse foi um dos milagres mais grandiosos da Bíblia, porque se
repetiu todos os dias por quarenta anos! Mas cada dia eles recebiam apenas o
suficiente para si mesmos naquele dia. Quanto eles podiam juntar? Apenas o
suficiente para a sua família. Nada mais. Se uma parte fosse guardada no
calor do dia, o maná produzia vermes e odor (Êxodo 16:20). No sexto dia,
eles podiam juntar suprimento para dois dias de maná para manter até o
sétimo dia sem apodrecer. Isso não era normal. Isso foi milagre, mas não
poderia ser armazenado ou multiplicado. O deserto era a terra do “apenas
suficiente”. Israel detestava o maná. Eles o comeram três vezes por dia
durante quarenta anos! Havia um número limitado de maneiras como o maná
podia ser preparado. Eles ansiavam por algo melhor. Milagres vencem a
fome, mas nunca são o melhor de Deus. A partir do momento em que
entraram na terra, eles tiveram a bênção de comer a abundância e variedade
da terra que fluía com leite e mel. Ambos, o maná e o fruto da terra, eram
provisão de Deus, mas qual você preferiria ter? A bênção vem com
abundância (ela pode aumentar e multiplicar sem limite). Com uma bênção,
haverá tantas sementes em seu celeiro que você dará mais do que precisa para
a sua família, então você poderá doar mais. É por isso que Deus deseja que
vivamos sob a Sua bênção.

MILAGRES sempre são temporários, enquanto a BÊNÇÃO é para


sempre
Provérbios 10:22: “A bênção (singular) do SENHOR enriquece, e, com
ela, ele não traz desgosto”. Existe uma diferença entre “a bênção”
(singular) e “bênçãos” (plural). Bênçãos vêm da bênção. A bênção não
são as riquezas, mas a bênção nos traz riquezas. A bênção não são
coisas, mas produzirão coisas. A bênção é espiritual, é o favor de Deus
(graça, presença) e poder (unção) sobre nós para prosperarmos. Bênçãos
são coisas naturais que vêm a nós como um produto da bênção. A
bênção traz bênçãos (cura, finanças, paz) para a nossa vida. Ela abre a
porta, traz as pessoas certas para o nosso caminho, nos dá ideias
criativas e nos fortalece para as colocarmos em prática. Bênçãos nesse
sentido da palavra são naturais e temporais, mas A BÊNÇÃO é
espiritual, durando para sempre.
Veja as palavras de Paulo em Gálatas 3:14: “Para que a BÊNÇÃO de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos,
pela FÉ, o Espírito prometido” (grifos meus). Ele diz que a BÊNÇÃO de
Abraão veio sobre nós em Cristo e devemos recebê-la pela fé. Não queremos
as bênçãos de Abraão: suas antigas tendas e roupas e carcaças mortas de seus
animais e assim por diante! A bênção de Abraão não são as coisas que ele
possuiu. É o favor de Deus que foi falado sobre ele, que produziu a sua
abundância física e espiritual.
O suprimento milagroso de maná foi o maior, mais contínuo e repetido
milagre da Bíblia. Contudo, houve um fim para o maná. A vontade de Deus
não era que eles tivessem pão suficiente para o dia. Ele disse que quando
entrassem na Terra Prometida, comeriam pão sem escassez. Assim que eles
entraram na terra e comeram da colheita da terra (a bênção) Ele fez cessar o
maná (o milagre), porque Ele queria movê-los para viverem na bênção. Deus
queria que eles vivessem da terra, por intermédio da lei da semeadura e
colheita, em vez de lançar maná sobre eles todos os dias. O melhor de Deus é
que trabalhemos e sejamos abençoados pelo fruto da terra e plantação da
semente, em vez de receber milagres todos os dias.

Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a


Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.
Comeram do fruto da terra, no dia seguinte à Páscoa; pães asmos e
cereais tostados comeram nesse mesmo dia. No dia imediato, depois
que comeram do produto da terra, CESSOU O MANÁ (MILAGRE), e
não o tiveram mais os filhos de Israel; mas, naquele ano, comeram
das novidades (colheita) da terra de Canaã.
— Josué 5:10-12; grifos e acréscimos meus

O maná cessou porque os milagres são sempre temporários. Eles devem ter
se surpreendido naquela manhã quando não houve maná. Eles não sabiam
mais de nada. Eles cresceram recebendo o maná por quarenta anos. Agora
eles precisavam viver da terra por meios “naturais”, mas na verdade era pela
bênção de Deus. O tempo para o milagre havia acabado, eles precisavam
aprender a viver pela bênção ou passariam fome. Eles ficariam com fome se
esperassem pelo milagre do maná, em vez de viverem das bênçãos
abundantes da Terra Prometida com a qual Deus os abençoou. Da mesma
forma, muitos cristãos estão esperando por uma provisão milagrosa quando
Deus já proveu algo melhor para eles por intermédio da Sua bênção.
Milagres são uma das intervenções divinas motivadas puramente pela
misericórdia de Deus, mas as obras da bênção funcionam como sementes,
para que por meio delas haja crescimento e multiplicação. A bênção continua
produzindo. Deus prefere trabalhar com as suas sementes de fé a trabalhar
com o seu clamor de medo. Suas sementes de fé são demonstradas por
intermédio da sua doação. Quando plantamos uma semente, a bênção
aumenta e volta multiplicada em sua vida. Deus é misericordioso e virá com
um milagre para salvá-lo, mas o Seu desejo é que entremos em Seu plano de
plantar a semente. Israel teve quarenta anos de milagres no deserto, mas
quando entraram na terra os milagres cessaram porque Deus queria trabalhar
com a semente da terra. Foi assim que eles começaram a entrar na vida de
bênção de Deus, então eles teriam abundância de todas as coisas. No deserto,
milagres vêm todos os dias, mas apenas o suficiente para aquele dia. Mas o
nosso desejo deve ser entrar naquele lugar onde as sementes simplesmente
continuam produzindo.
É isso o que acontece quando cremos que recebemos a bênção e plantamos
as nossas finanças no reino de Deus. Ele promete que continuará cuidando de
nós, ajudando-nos e assim as colheitas de bênçãos continuarão nos seguindo.
O Salmo 23 nos promete que se seguirmos o Senhor, nosso Pastor, nada
nos faltará (v. 1), porque se seguirmos a Deus as Suas bênçãos nos seguirão:
“Bondade e misericórdia (a bênção) certamente me seguirão todos os dias da
minha vida; e habitarei na Casa (presença, bênção) do SENHOR para todo o
sempre” (v. 6; acréscimos meus). Veja que a bênção continua todos os dias
em nossa vida e até em toda a eternidade. A bênção nos segue e as bênçãos
nos alcançam: “Virão sobre ti e te alcançarão todas estas BÊNÇÃOS”
(Deuteronômio 28:2; grifo meu).
Um milagre é temporário, mas a bênção é eterna. Você pode dar peixe a
um homem pobre (um milagre-presente que acabará assim que for comido)
ou abençoá-lo ensinando-o a pescar (a bênção continua e se multiplica à
medida que ele ensina o que aprendeu a outros). Se ele tiver apenas um peixe,
será suficiente para hoje e precisará de outro amanhã; mas a bênção de poder
pescar um peixe irá produzir peixes todos os dias. Um milagre é apenas para
o momento, apenas o suficiente para sustentá-lo, é temporário; mas as
bênçãos são eternas. Elas vão além! Quando Deus concede a bênção em sua
vida, ela pode ser entregue aos seus filhos. Pais abençoam os seus filhos e a
bênção continua. As sementes que eles plantaram continuam frutificando de
geração após geração. Abraão, Isaque e Jacó abençoaram seus filhos. Sua
bênção dura para sempre e podemos passar adiante.
Até onde sabemos, Jesus e Pedro andaram sobre as águas apenas uma vez.
Foi um acontecimento especial que não durou, ainda assim a bênção
acompanhou Jesus todos os dias. Ele transformou água em vinho uma vez,
multiplicou pães e peixes duas vezes, o Mar Vermelho se abriu uma vez, o
Jordão se abriu uma vez. Milagres ocorrem uma vez só. No entanto, Deus
deseja que caminhemos em Suas bênçãos todos os dias, porque Ele deseja
consistentemente trabalhar em nossa era por meio da semeadura e colheita.
Enquanto a terra existir, sempre haverá semeadura e colheita (ver Gênesis
8:22).
Como os milagres são “anormais”, eles nunca são permanentes. Deus criou
leis que governam a operação da Sua criação. Ele, às vezes, as substitui
temporariamente, mas sempre retorna a situação para a operação normal
daquelas leis. Então, se abusarmos do nosso corpo, podemos receber o
milagre da cura. Mas se a raiz do problema não for tratada, a enfermidade
retornará, e precisaremos de outro milagre. Se continuamente violarmos as
leis, estaremos sempre precisando de um milagre. Mas quando seguimos as
instruções da Palavra de Deus, ela irá nos ensinar a como comer, nos
exercitar e desfrutar de saúde emocional que funciona como um remédio (ver
Provérbios 17:22). Deus prefere mantê-lo saudável por intermédio da Sua
bênção a curá-lo por meio de um milagre.

Então, vimos pelo menos quatro importantes razões para receber de


Deus por intermédio das BÊNÇÃOS em vez dos MILAGRES:

1. As bênçãos previnem crises, enquanto os milagres libertam da crise.


2. A bênção sempre provê um suprimento mais abundante do que um
milagre.
3. O plano e ordem originais de Deus são para agirmos sob a bênção em
vez de ser dependente de milagres.
4. Milagres são apenas uma solução temporária, enquanto as bênçãos são
soluções permanentes.

Existem momentos quando tomamos decisões ruins (como Israel no


deserto) ou simplesmente não sabemos como funciona o Reino de Deus, e
entramos em uma situação de crise. Nesse caso, um milagre deve ser a
melhor e única saída; mas, em longo prazo, caminhando na bênção de Deus é
a maneira superior de receber. Precisamos alcançar um lugar onde estamos
orando por milagres para outros, mas caminhando nas bênçãos nós mesmos.
Não seria maravilhoso se você fosse tão abençoado a ponto de nunca
necessitar de outro milagre? Se você está cansado de viver de crise em crise,
nunca tendo o suficiente, então precisa entrar para a bênção do Senhor! Deus
deseja que você caminhe em Sua bênção mais do que você, mas você precisa
aprender a como cooperar com Ele.

Um MILAGRE é Deus trabalhando independentemente de você,


enquanto uma BÊNÇÃO é Deus trabalhando com você, por intermédio
da sua fé
Em um milagre, Deus trabalha PARA você. Na bênção, Deus trabalha
COM você. Você coopera com a bênção. Milagres agem contra a lei natural,
mas as bênçãos cooperam com a lei natural. Deus prefere que cooperemos
com as leis naturais que Ele colocou nesta terra para que Ele possa nos
abençoar verdadeiramente. Deus não prefere lançar dinheiro sobre nós todas
as manhãs. Esse não é o melhor de Deus! Ele prefere que tenhamos um
emprego ou façamos alguma coisa para que Ele possa abençoar o trabalho
das nossas mãos.
Existem leis que governam a operação da bênção: (1) Você precisa crer na
bênção e declará-la, e (2) adicionar ações correspondentes à nossa fé (como
plantar e colher) para a bênção trabalhar e produzir como deve. Milagres
podem ou não estar conectados com a fé.

MILAGRES vêm mesmo quando uma pessoa está em descrença


Milagres vêm mesmo quando estamos descrentes, mas a bênção precisa de
fé e de obediência. Deus faz milagres simplesmente porque Ele nos ama e
deseja nos ajudar em uma crise, não necessariamente porque merecemos ou
estamos crendo. Deus faz milagres inclusive para não cristãos e apóstatas
como um SINAL para atrair a sua atenção e demonstrar o Seu amor por eles e
disposição de salvá-los, para que se voltem para Ele e confiem nele. Mas
aqueles que continuam voltando e pedindo a Jesus para fazer mais milagres
para provar a si mesmo são repreendidos pela falta de fé (Mateus 12:39, 16:4;
Lucas 11:29). Existe um lugar para milagres. Eles (especialmente milagres de
cura) são o sino de Deus chamando pessoas à fé, mas não significa que sejam
o melhor de Deus como estilo de vida. Servimos a um Deus de Milagres, mas
a Sua preferência não é suprir as suas necessidades por meio de um milagre.
Se você necessita de um milagre, sem dúvidas volte-se para Deus em busca
de um, mas Ele deseja que você se mova além de milagres, porque eles se
destinam principalmente a levá-lo a um lugar de confiança em Sua Palavra
para que você possa viver na bênção das Suas promessas cumpridas. Mas
com frequência antes de você chegar a esse lugar, Ele executará um milagre
para ajudá-lo a chegar lá, assim como o salvará em sua crise. O propósito de
sinais, maravilhas e milagres é levar-nos a colocar a nossa fé em Deus.
Quando Jesus fez milagres, o resultado foi que eles creram em Sua Palavra.
Eles confirmaram a Palavra, levando-os assim a confiarem em Deus e em Sua
Palavra.
Duas coisas são necessárias para um milagre: um grito de necessidade e
um Deus compassivo. Como pais, quantas vezes você deu algo aos seus
filhos simplesmente porque eles choraram o suficiente e você finalmente
cedeu e deu a eles, apesar de saber que não mereciam? (Ver 1 Samuel 8:6-
22). Você os ajudou, mas o seu desejo é que eles caminhem mais alto e se
movam em um estilo de vida de bênção. Deus age da mesma maneira
conosco. Eles não arrumaram o quarto essa semana ou cortaram a grama, mas
eles choraram: “Papai, por favor!” Então você diz: “Agora, você será bom?”
“Sim, sim!” As pessoas dizem: “Se Deus fizer um milagre para mim, eu
nunca mais vou duvidar dele. Eu prometo que confiarei nele, servirei a Ele e
irei lhe obedecer”. Mas normalmente elas não fazem isso, e ainda assim
Deus, em Sua compaixão, faz um milagre por elas.
Em Marcos 4:35-40, quando Jesus realizou um MILAGRE ao acalmar a
tempestade, os Seus discípulos não estavam operando em fé. Eles clamaram a
Ele em medo e pânico, mas não era um clamor de fé: “Mestre, não te importa
que pereçamos?” Ele respondeu a eles e os salvou, mostrando que se
importava com eles em sua urgente necessidade, mas esse não era o Seu
melhor. Ele não estava se agradando deles. Ele repreendeu a sua falta de fé:
“Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” Ele queria que
eles confiassem em Sua palavra no versículo 35: “Passemos para a outra
margem” e habitassem sob Sua bênção, e tomassem autoridade ao falar para
o problema (como Ele fez). Então não seria necessário que Ele fizesse o
milagre.
Existiram dois milagres que Deus fez para Israel sem fé presente. Antes de
Deus dar MANÁ e CODORNIZES, Ele disse: “Tenho ouvido as
MURMURAÇÕES dos filhos de Israel; dize-lhes: Ao crepúsculo da tarde,
comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão” (veja Êxodo 16). A
murmuração era a expressão externa da descrença em seu coração. Mesmo
que estivessem reclamando, Deus seguiu em frente e supriu a sua
necessidade. Todas as vezes que um milagre acontecia eles se alegravam,
mas em poucos dias eles estavam de volta à descrença novamente (Êxodo
16:3-4). É bom ter fé, mas ela não é necessária para um milagre, pois Deus é
soberano. Com frequência, queremos que Ele se mova em milagres. Ele se
move uma vez e queremos ver acontecendo todos os dias. Contudo, quando
isso aconteceu todos os dias ao longo de toda uma geração, a Bíblia descreve
aquela geração no deserto como incrédula. Eles viram esse milagre todos os
dias além de outros milagres, e Ele não os deixou entrar na terra por causa da
falta de fé nele. Então, não pense que se Deus fizesse um milagre para você
todos os dias que de alguma forma você confiaria nele automaticamente.
Israel refutou essa hipótese. Deus deseja que você conheça a Sua Palavra e
comece a agir em fé e a se mover em direção à bênção para a sua vida.
O propósito dos milagres é trazê-lo para uma vida de bênção, para que Ele
não tenha que ficar fazendo milagres para você todos os dias. Deus fez
milagres para Israel no deserto, mas Ele queria que eles chegassem à terra de
bênção o mais rápido possível, onde havia sementes que fariam múltiplas
bênçãos virem sobre suas vidas. Quando tem a bênção, você pode ser o
milagre para outros. As bênçãos são dadas a você com tanta abundância, para
que você possa ser uma bênção. Deus deseja vê-lo abençoado, para que você
possa ser uma bênção. Deus abençoou Abraão, sabendo que ele seria uma
bênção (Gênesis 12:2). Em tempos de crises, quando precisamos de um
milagre, a nossa mente está continuamente focada em nossa necessidade e no
milagre. Ele deseja que nos movamos em um estilo de vida de bênção, onde
não temos que pensar sobre nós mesmos, de modo que nossa atenção seja
constantemente fixada nele. Nossas necessidades são supridas para podermos
ser uma bênção.

A BÊNÇÃO é espiritual, portanto leva TEMPO para desenvolver,


crescer e produzir (mas continua produzindo, enquanto o milagre é
isolado)
Em uma crise podemos precisar de um milagre AGORA uma vez que não
temos tempo para desenvolver na bênção. Um milagre é uma manifestação
instantânea, enquanto a bênção opera de acordo com certas leis (como a da
semeadura e colheita) que exigem tempo. Um milagre é uma suspensão
temporária e prioritária da lei, e tem uma curta duração. Josué parou o sol e a
lua por apenas um dia, os cinco mil foram alimentados apenas uma vez,
quando eles pediram mais, Jesus não cedeu, mas mostrou que isso era um
SINAL que apontava para Ele, e não um fim em si mesmo. No entanto, a
bênção é cada vez mais crescente e eterna. Deus deseja que nos movamos de
milagres (de depender deles) para a bênção. Se você deseja bênçãos nos
meses e anos que estão por vir, caminhe agora na BÊNÇÃO de Deus!

A Permanência de uma Bênção


A bênção é dada a nós pela graça de Deus e é, portanto, permanente e
duradoura, independente do nosso desempenho. Essas são BOAS NOTÍCIAS
para nós. A bênção é o dom (graça) de Deus. Todo bom e perfeito dom vem
de Deus (Tiago 1:17) e “... os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”
(Romanos 11:29). Isso significa que Deus não os chama de volta ou os
retrocede se formos menos do que perfeito. O seu pecado e a descrença na
bênção podem fazer com que ela fique dormente e inativa, mas ela não vai
embora, e você pode reativá-la a qualquer momento pela sua fé.
Lembre-se de que a bênção é o favor falado de Deus sobre você que causa
coisas tangíveis. As coisas físicas que Abraão teve foram resultado da
bênção, elas não eram a bênção em si. Se você entender isso, pode se
apropriar da bênção independentemente do quanto possua, independente dos
altos e baixos das suas finanças. Sua fé não faltará em tempos difíceis, porque
você sabe que a bênção de Deus é permanente, não são coisas temporais, é o
Seu favor que foi falado a você. Isso nunca irá mudar. Coisas ruins podem
acontecer, mas a bênção irá prevalecer. Olhe para José. Tudo o que ele viveu
foi sob a bênção de Deus, e como resultado ele sempre se ergueu até o topo.
Contudo, ele teve três principais incidentes (não causados por ele mesmo) em
que perdeu tudo. Mesmo assim, em cada caso ele manteve seu coração e a
sua fé íntegros, e a bênção de Deus sobre ele prevaleceu, até que com apenas
30 anos de idade ele se tornou primeiro-ministro da superpotência da época.
Se você está sob a bênção do Senhor, você pode perder tudo ou dar tudo e
ainda ser abençoado, e a bênção fará você conseguir tudo de volta ou mais! É
interessante que em Gênesis 14 Abraão entrega toda a riqueza de Sodoma
porque ele não queria que dissessem que o rei de Sodoma o fez rico. Ele
queria ser uma testemunha para o mundo e provar (demonstrar) que foi a
bênção de Deus que o enriqueceu.

A HISTÓRIA DE BALAÃO (NÚMEROS 22–24)


A história ilustra a permanência da bênção de Deus. Israel estava prestes a
entrar na terra e na plena manifestação da Sua bênção, mas Balaque, o
inimigo, queria pará-los. Em Número 22, o profeta Balaão foi contratado por
Balaque para amaldiçoar os filhos de Israel. Mas, o que Balaque não sabia é
que você não pode amaldiçoar o que Deus abençoou. É impossível desfazer a
bênção do Senhor. Ela é irreversível.
Ele enviou mensageiros a Balaão, o filho de Beor, dizendo: “Amaldiçoa-
me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e
lançar fora da terra, porque sei que a quem tu abençoares será abençoado, e a
quem tu amaldiçoares será amaldiçoado” (vv. 5-6). Eles vieram com dinheiro
para amaldiçoar Israel e Balaão perguntou a Deus (vv. 7-11). Deus disse a
Balaão: “Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo
abençoado” (v. 12). Quando Balaão disse a Balaque, ele voltou com um
suborno ainda maior: “... porque grandemente te honrarei e farei tudo o que
me disseres; vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo” (vv. 13-17). Então
Balaão disse: “Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de
ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor, meu Deus, para fazer
coisa pequena ou grande” (v. 18).
Deus já havia falado claramente, mas como resultado Balaão estava
pressionando Deus a mudar de opinião, então ele também disse a eles:
“Agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba
o que mais o Senhor me dirá” (v. 19). “Veio, pois, o Senhor a Balaão, de
noite, e disse-lhe: Se aqueles homens vierem chamar-te, levanta-te, vai com
eles; todavia, farás somente o que eu te disser (sobre bênção)” (v. 20).
Quando estamos na carne e insistimos por algo, chegamos à vontade
permissiva de Deus (como aconteceu com Israel quando insistiu por um rei
em 1 Samuel 8). Ele respeita o nosso livre-arbítrio e até certo ponto o
acompanha. Ele diz: “Tudo bem, vá em frente, mas eu posso ver o que está à
frente, e esse não é o Meu melhor para você”. Então Balaão foi com eles (v.
21), mas a sua motivação estava toda errada, porque em seu coração ele era
ganancioso, e queria encontrar uma maneira de amaldiçoar o povo de Deus
para ganho pessoal. Como resultado, porque Deus vê o seu coração,
“Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do SENHOR pôs-se-lhe
no caminho por adversário. Ora, Balaão ia caminhando, montado na sua
jumenta, e dois de seus servos, com ele” (v. 22).

Viu, pois, a jumenta o Anjo do SENHOR parado no caminho, com a sua


espada desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do
caminho, indo pelo campo [a jumenta tinha mais discernimento
espiritual do que o profeta!]; então, Balaão espancou a jumenta para
fazê-la tornar ao caminho [ele está claramente agindo na carne].
Mas o Anjo do SENHOR [Jesus] pôs-se numa vereda entre as vinhas,
havendo muro de um e outro lado. Vendo, pois, a jumenta o Anjo do
SENHOR, coseu-se contra o muro e comprimiu contra este o pé de
Balaão; por isso, tornou a espancá-la. Então, o Anjo do SENHOR
passou mais adiante e pôs-se num lugar estreito, onde não havia
caminho para se desviar nem para a direita, nem para a esquerda.
Vendo a jumenta o Anjo do SENHOR, deixou-se cair debaixo de
Balaão; acendeu-se a ira de Balaão, e espancou a jumenta com a
vara.
— vv. 23-27, acréscimos meus
“Então, o Senhor fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu,
que me espancaste já três vezes?” (v. 28). Um profeta VÊ no Espírito e
FALA a Palavra de Deus. Vemos a jumenta fazendo ambos. Até uma
jumenta pode agir como algo que vê e fala. O Senhor pode até usar uma
jumenta para falar. Deus está dizendo a Balaão que ele não deve pensar que é
especial por ser um profeta, Deus poderia usar uma jumenta em vez dele. O
que o torna especial é a bênção, e agindo pela carne ele perderá tudo.
“Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera eu uma
espada na mão e, agora, te mataria” (v. 29). Ele está tão na carne que nem
percebe que está tendo uma conversa com a sua jumenta! Poderia ter gerado
temor de Deus nele e sossegado, mas em vez disso, ele simplesmente deseja
matá-la.

Replicou a jumenta a Balaão: “Porventura, não sou a tua jumenta,


em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu
costume fazer assim contigo?” Ele respondeu: “Não”. Então, o
SENHOR abriu os olhos a Balaão, ele viu o Anjo do SENHOR, que estava
no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que
inclinou a cabeça e prostrou-se com o rosto em terra. Então, o Anjo
do SENHOR lhe disse: “Por que já três vezes espancaste a jumenta? Eis
que eu saí como teu adversário, porque o teu caminho é perverso
diante de mim; a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante
de mim; na verdade, eu, agora, te haveria matado e a ela deixaria
com vida”. Então, Balaão disse ao Anjo do SENHOR: “Pequei, porque
não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se
parece mal aos teus olhos, voltarei”.
— vv. 30-34

Deus tinha que chamar a sua atenção para se certificar de que ele não
amaldiçoaria Israel, já que Ele não queria que Israel tivesse que lidar com
aquela força negativa. Mas obviamente, Balaão ainda queria realmente ir,
então Ele permitiu que continuasse, e Ele planejou transformar isso em bem
fazendo-o falar uma bênção em vez de uma maldição. “Tornou o Anjo do
SENHOR a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente aquilo que eu te
disser, isso falarás. Assim, Balaão se foi com os príncipes de Balaque” (v.
35).
Deuteronômio 23:4-5 mostra que Balaão pediu para Deus amaldiçoá-los,
mas Deus se recusou a mudar de ideia: “Porquanto não foram ao vosso
encontro com pão e água, no caminho, quando saíeis do Egito; e porque
alugaram contra ti Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia, para te
amaldiçoar. Porém o SENHOR, teu Deus, não quis ouvir a Balaão; antes, trocou
em bênção a maldição, porquanto o SENHOR, teu Deus, te amava” (Josué 24:9-
10; Neemias 13:2; Miqueias 6:5).
Em Números 23, Balaque tenta fazer com que ele amaldiçoe Israel, mas
Deus diz a ele o que falar. Então Balaão abençoou Israel e disse: “Como
posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a
quem o SENHOR não denunciou?” (v. 8). Ele sabia que a bênção de Deus sobre
eles era incondicional, irreversível e permanente. Balaque disse: “Que me
fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que somente
os abençoaste” (v. 11). Quando Deus direciona a Sua bênção, você não pode
revertê-la. Você pode fazê-la parar de funcionar em sua própria vida, mas ela
ainda está lá, adormecida. Deus não a toma de volta. Uma vez que a bênção é
dada, ela não pode ser revertida. Uma vez que você para e se arrepende, ela
estará pronta para trabalhar de novo. Então Balaão disse:

Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele PROMETIDO [bênção], não o
fará? Ou, tendo FALADO (bênção), não o cumprirá? Eis que para
abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar.
— Números 23:19-20; grifos meus

Nenhuma maldição pode parar a bênção. A bênção de Deus sempre


vencerá a maldição. Nenhum inimigo pode parar a bênção de Deus sobre
você. Satanás não pode pará-la. Uma vez que a bênção é recebida, nenhuma
força externa pode pará-la: “Eis que para abençoar recebi ordem; ele
abençoou, não o posso revogar” (v. 20).
Tampouco a bênção de Deus é condicional à nossa santidade. Nem é
retirada por Deus por causa do nosso fracasso, desempenho ou até mesmo
pecado. Vemos isso no versículo 21. Balaão disse: “Não viu iniquidade em
Jacó, nem contemplou desventura em Israel”. Certamente não foi porque não
existia nenhuma perversidade ou iniquidade em Israel. Aqui diz que Deus
está se movendo em direção a eles em graça. Sua bênção é incondicional. Ele
não olha para os pecados deles em relação à bênção. Ele não a retira se
pecarmos. A bênção está fundamentada na aliança de Abraão, e é para todos
que estão na Aliança. Ela não é condicional ao nosso desempenho. Isso é uma
boa notícia para nós! Efésios 1:3 diz que já somos abençoados por Deus em
toda bênção espiritual em Cristo! Contudo, o pecado e a descrença em nossa
vida farão a bênção permanecer dormente, e Balaão sabia disso, como
veremos.
Em Números 23:27 Balaque novamente tenta convencer Balaão de
amaldiçoar Israel, e em Números 24 ele abençoa Israel novamente (durante a
maior parte do capítulo). Ele declarou: “Benditos os que te abençoarem, e
malditos os que te amaldiçoarem” (v. 9). Não apenas somos abençoados, mas
essa bênção nos protege contra qualquer maldição lançada contra nós, e a
maldição retorna para a cabeça daquele que a enviou. É por isso que Balaão
não ousou declarar uma maldição sobre Israel. Contudo, essa verdade
aconteceu na vida de Balaão, pois como iremos observar, ele amaldiçoou
Israel pelo conselho que deu a Balaque, e então foi morto pelo exército de
Israel bem antes da morte de Moisés e da travessia do Rio Jordão para
possuir a terra sob o comando de Josué (Números 31:8; Josué 13:22).
Balaque ficou furioso e disse a Balaão: “Chamei-te para amaldiçoares os
meus inimigos; porém, agora, já três vezes, somente os abençoaste”
(Números 24:10). Então ele mandou Balaão embora, mas infelizmente essa
não é a última coisa que ouvimos de Balaão, porque ele ainda estava
ganancioso por despojos e voltou a Balaque com um plano de roubar Israel
dos frutos de sua bênção, pegando as mulheres de Moabe para oferecer a eles
e seduzir os homens de Israel, levando-os, portanto, a adorar os seus deuses.
Balaão sabia que isso iria parar a operação da bênção de Deus em Israel.
Números 25:1-2 descreve os resultados desse conselho ruim: “Começou
o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Essas convidaram o
povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos
deuses delas”.
Números 31:16 explica: “Eis que estas, por conselho de Balaão,
fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o SENHOR, no caso de Peor,
pelo que houve a praga entre a congregação do SENHOR” (grifos meus).
O pecado de Balaão é mencionado três vezes no Novo Testamento:
“Abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de
Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça (recebeu, porém,
castigo da sua transgressão, a saber, um animal de carga mudo, falando com
voz humana, refreou a insensatez do profeta)” (2 Pedro 2:15-16, acréscimos
meus).
“Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de
ganância, se precipitaram no erro de Balaão” (Judas 1:11).
“Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que
sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas
diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e
praticarem a prostituição” (Apocalipse 2:14).
A única coisa que pode interromper a operação da bênção de Deus em
nossas vidas somos nós, a nossa descrença. A BÊNÇÃO é PALAVRAS que
contêm Seu Poder para prosperar, mas essas palavras devem ser recebidas em
fé: “Mas a PALAVRA que ouviram não lhes APROVEITOU, visto não ter
sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram” (Hebreus 4:2; grifos
meus). As pessoas devem falar muitas palavras para você, mas elas só têm
poder sobre você se você acreditar nelas. Da mesma forma, você deve CRER
na BÊNÇÃO para ela ser ativa e funcionar (de outra forma ela fica
adormecida). Se você está caminhando no plano de Deus nada pode mudar ou
parar a bênção de vir sobre a sua vida. Todas as vezes que Balaão abria a sua
boca para amaldiçoá-los, uma bênção chegava. As bênçãos simplesmente
saíam de sua boca. A bênção continuará chegando. A principal coisa a ser
verificada é se o seu coração é correto diante de Deus. Estou confiando nele?
Como está a minha vida de adoração? Existe alguma falta de perdão entre
mim e Deus, ou entre mim e outra pessoa? Se eu estou limpo diante dele,
então a bênção continuará fluindo e crescendo independente do que
acontecer. Você prefere o ovo de ouro (milagre) ou o ganso que coloca os
ovos de ouro (a bênção)? É melhor ter a bênção porque ela continua
produzindo.

O QUE É a BÊNÇÃO e COMO ela FUNCIONA?


O que é a bênção de Deus e como nós a recebemos e a liberamos?
Vejamos como Deus nos fez operar.

Gênesis 1:21-22:
1. “Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres
viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas
espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que
isso era bom” (grifos meus).
2. “E Deus os ABENÇOOU, DIZENDO: Sede fecundos, multiplicai-vos
e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves”.

Gênesis 1:27-28:
1. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou”.
2. E Deus os ABENÇOOU e lhes DISSE: Sede fecundos, multiplicai-vos,
enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (grifos meus).

Existem dois ingredientes-chave aqui: 1. A SEMENTE e 2. A BÊNÇÃO.


(1) Primeiro, Deus criou cada tipo de vida com a sua SEMENTE dentro de si
mesmo, e depois (2) Ele a ABENÇOOU.

1. Deus fez tudo multiplicar: “segundo as suas espécies” (v. 21), e “cuja
SEMENTE ESTEJA NELE, sobre a terra. E assim se fez” (v. 11).
Tudo foi feito com essa SEMENTE dentro de si mesmo, para que
pudesse ter o potencial de crescer e multiplicar. Após a fase (1) tudo
no natural estava posicionado para eles terem sucesso, prosperarem e
multiplicarem, mas eles ainda precisavam da bênção espiritual
(capacitação) de Deus para prosperar. Deus liberou essa BÊNÇÃO
pelas Suas PALAVRAS FALADAS.
2. A BÊNÇÃO (palavras faladas de bênçãos liberando o favor de Deus).
“Ele os ABENÇOOU DIZENDO”. Bênçãos são palavras de vida
(assim como maldições são palavras de morte). Deus os criou com
uma semente em seu interior, mas foi a bênção falada que fez com que
ELES e a SEMENTE frutificassem, então eles prosperaram e
multiplicaram.

Quando Deus os abençoou, (1) Ele abençoou a ELES e a (2) sua


SEMENTE.

1. Ao abençoá-los, Ele capacitou o peixe a nadar, os pássaros a voar e os


homens a ter domínio (reinar em vida). Da mesma forma, a bênção de
Deus nos capacita a prosperar e sermos bem-sucedidos no que Deus
nos chamou para fazer. Essa bênção é toda graça.
2. Ao abençoar a sua SEMENTE, Ele os capacitou a multiplicar, crescer
e encher a terra, mas apenas quando eles executaram a ação
correspondente de plantar sua semente! Igualmente, nossa semente é
abençoada e capacitada a multiplicar à medida que a plantamos.
Assim, recebemos a bênção da graça pela fé, mas a fazemos crescer ao
plantar nossa semente.

Esse detalhe de toda a vida ter semente dentro de si mesma para que
continue reproduzindo revela a diferença entre um milagre e uma bênção.
Quando Deus fez a primeira árvore, isso foi um milagre. Não havia sementes
de onde pudesse vir. Ele simplesmente chamou à existência e um milagre
aconteceu. Mas Deus colocou semente dentro dela porque de outra forma,
quando ela morresse, Ele teria que fazer outro milagre e fazer outra árvore e
assim por diante. Quando Ele milagrosamente fez a primeira árvore e colocou
sementes dentro dela, isso se tornou uma bênção com a habilidade de
continuar abençoando e reproduzindo.
Ao criá-las com semente e abençoá-las Deus descansaria da Sua criação,
porque não seria necessária outra criação (milagre), uma vez que agora ela
era capaz de crescer, multiplicar e encher a terra. Por meio da semente e da
bênção eles tinham a habilidade de continuar produzindo e crescendo, e é
dessa maneira que Deus deseja que você seja. O Plano de Deus não era fazer
um milagre todas as vezes criando um novo cachorro, gato ou ser humano,
mas que cada espécie continuasse, multiplicasse e crescesse por intermédio
da Sua bênção revelada na semente que plantassem. Deus descansaria, pois
não teria que criar outra árvore. Todas as coisas foram feitas e abençoadas
para se perpetuarem. A bênção de Deus, juntamente com a semente dentro
dela, deu a ela a habilidade de reproduzir. Quando Deus abençoou a eles e a
sua semente, eles de repente tiveram a habilidade de multiplicar plantando
sementes, algo que eles gostavam de fazer! Mas não era possível produzir
conforme sua espécie até que Deus a abençoasse. Precisamos da bênção de
Deus naquilo que dizemos e fazemos para que exista a habilidade de
continuar produzindo dia após dia. Ele deseja ser Deus sobre sua vida para
que tudo o que você faça continue produzindo, para que você tenha o
suficiente para ser uma bênção para o Reino de Deus e para a vida de outras
pessoas.
É assim que a BÊNÇÃO da PROSPERIDADE funciona. Deus nos cria e
nos dá SEMENTE (a chave para nosso crescimento e frutificação), e depois
nos ABENÇOA e também à nossa SEMENTE, para que à medida que a
plantarmos cresçamos e multipliquemos. A bênção CAPACITA tanto a NÓS
quanto a NOSSA SEMENTE a PROSPERAR. A bênção é pura graça, então
só podemos recebê-la pela fé, independentemente de quaisquer obras (assim
como as primeiras formas de vida não fizeram nada até serem abençoadas). A
bênção irá nos capacitar a PROSPERAR, mas se não plantarmos a nossa
semente abençoada não seremos FRUTÍFEROS nem MULTIPLICAREMOS
(multiplicar a nossa bênção na vida de outras pessoas, produzindo resultados
contínuos e eternos). Nós impedimos o crescimento do nosso ganho futuro na
prosperidade. Um animal pode ser abençoado e pessoalmente prosperar até
certo ponto, mas se ele não “plantar sua semente”, não será frutífero nem
multiplicará, e como resultado a bênção em sua vida será grandemente
impedida de produzir crescimento que tinha o potencial de alcançar. Portanto,
apesar de a bênção ser recebida apenas pela fé, ela só cresce, só se torna
frutífera na vida de outras pessoas e só é multiplicada se a “semente
abençoada” for plantada.
Existem milagres maravilhosos na Palavra, e milagres são mais
espetaculares do que bênçãos, mas Deus deseja que tenhamos um estilo de
vida de bênçãos. Ele já declarou bênçãos sobre nós, mas devemos semear a
boa semente de bênção para agir e multiplicar. Se não semearmos as nossas
finanças Deus não terá uma semente para multiplicar. Deus deseja multiplicar
a obra das nossas mãos, mas se não trabalharmos Ele não tem nada para
abençoar. Devemos obedecer à Palavra de Deus em fé, para que a bênção de
Deus em nós cresça, se multiplique e gere bom fruto. O plano de Deus para
nós é: 1) sermos ABENÇOADOS e 2) sermos uma BÊNÇÃO (Gênesis 12:2).
Nós: 1) recebemos a bênção e 2) nos permitimos ser um canal de bênção para
que ela flua por meio de nós. Isso por sua vez permite que mais bênçãos
fluam para nós, fazendo-nos crescer na bênção assim como gerar frutos
(trazendo a colheita) por intermédio da nossa semeadura. Precisamos entrar
na plenitude da vida de bênção que Deus deseja que tenhamos ao: 1)
CRERMOS nas PALAVRAS de Deus de GRAÇA para nós e
RECEBERMOS a Sua BÊNÇÃO (poder para prosperar), e então 2)
LIBERAR e AUMENTAR essa bênção em nossa vida por meio da lei da
semeadura e da colheita, semeando as nossas palavras, ações e finanças. A
bênção (espiritual) trabalha com a semente (natural) plantada para multiplicá-
la, para que nos tornemos frutíferos.

AS LEIS DA BÊNÇÃO E SUA OPERAÇÃO EM NÓS


LEI 1: A BÊNÇÃO (não os milagres) é a maneira primária que Deus usa
para nos prosperar. Essa é a maior maneira, pois Ele NOS capacita a
prosperar.
Provérbios 10:22: “A BÊNÇÃO do SENHOR ENRIQUECE, e, com ela,
ele não traz desgosto” (grifos meus). A bênção também carrega alegria.
Deuteronômio 8:18: “Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque
é ele o que te dá FORÇA para adquirires RIQUEZAS; para confirmar a
sua aliança” (grifos meus). A bênção é capacitação.
Gálatas 3:13-14: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo
aquele que for pendurado em madeiro), para que a BÊNÇÃO de Abraão
chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela
FÉ, o ESPÍRITO PROMETIDO” (grifos meus). A bênção é nossa agora
em Cristo através do Espírito.
Efésios 1:3: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que
nos tem ABENÇOADO com toda sorte de BÊNÇÃO ESPIRITUAL nas
regiões celestiais em Cristo” (grifos meus). Nós já somos abençoados
com todas as bênçãos espirituais.
Salmos 1:1,3: “BEM-AVENTURADO o homem... e tudo quanto ele faz
será BEM-SUCEDIDO” (grifos meus). É a BÊNÇÃO nesse homem que
o faz PROSPERAR.
A bênção é o favor declarado de Deus sobre nós. É uma capacitação
espiritual que promove resultados naturais. Misturada com a fé, ela produzirá
abundância e frutificação em seu espírito, alma, corpo, vida e trabalho. Se
você mudar a sua mentalidade de milagre para uma mentalidade de bênção,
começará a prosperar como nunca antes. A boa notícia é que você já é
abençoado, mas a maioria não conhece o poder dessa bênção. Eles
prefeririam ter um milagre. Você deve chegar a um ponto em que irá orar:
“Senhor, me ajuda a nunca mais precisar de um milagre Seu novamente. Eu
quero viver na bênção”. Quando se trata de necessidades pessoais, os
milagres são para aqueles que não têm a revelação da bênção do Senhor. Não
permita que esse seja você. No ministério, é comum desejarmos ver milagres
na vida das pessoas. Para Israel, o deserto era um lugar de milagres, mas não
era o melhor de Deus, apesar de necessário por um tempo, até chegarem ao
lugar de bênção. Felizmente você não vai precisar de quarenta anos!

LEI 2: BÊNÇÃOS são PALAVRAS de GRAÇA. Deus DIZ: “Eu o


ABENÇOAREI”. Deus liberou a Sua BÊNÇÃO pelas Suas PALAVRAS
em GRAÇA.
A BÊNÇÃO é transmitida pela PALAVRA falada, que é a maneira como
Deus nos abençoa. Deus ABENÇOOU todas as formas de vida no início
DIZENDO: “O SENHOR DETERMINARÁ que a BÊNÇÃO esteja nos teus
celeiros e em tudo o que colocares a mão” (Deuteronômio 28:8). Os
patriarcas abençoaram seus filhos ao FALAREM (Gênesis 27:15-33, 48:8–
49:33). Isso significa que a BÊNÇÃO é ESPIRITUAL. “BENDITO o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de
BÊNÇÃO ESPIRITUAL nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1:3).
Gálatas 3:14 chama a BÊNÇÃO de PROMESSA (PALAVRA) do
ESPÍRITO. Ela é comunicada no espírito através do Espírito. Apesar de ser
espiritual ela produz coisas naturais. Deus FALOU bênçãos sobre Abraão
(Romanos 4:17) e quando ele a recebeu pela fé, isso resultou no nascimento
de Isaque. A bênção espiritual produz bênçãos naturais. Pais transmitiram a
bênção de Deus (favor) para os seus filhos, fazendo as bênçãos os alcançarem
à medida que caminhassem na Palavra. Eles deram algumas coisas naturais,
mas na maioria eles transmitiram a habilidade de conquistar as coisas através
da Presença de Deus neles. Essa bênção trouxe muitas outras bênçãos para a
vida deles e assim Deus abençoou os judeus financeiramente por meio dessa
bênção. Deus deseja que esse mesmo tipo de bênção esteja sobre nós de
modo ainda maior, pois Deus deu a todos nós todos os tipos de suas bênçãos
(Efésios 1:3). A unção é como um ímã, atraindo coisas boas em sua vida. O
desejo de Deus é que passemos a bênção adiante. A coisa mais importante
não é sair da igreja com uma bênção em seu corpo, mas com a unção
trabalhando em sua vida. Isso atrai mais cura e favor divino e faz com que
mais bênçãos venham sobre você. Deus é ESPÍRITO e Sua PALAVRA
falada produz tudo no natural, então todas as coisas naturais na vida
começaram com algo espiritual. Tudo o que você tem vem do Senhor: “Toda
boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto” (Tiago 1:17). Então, bênçãos
espirituais respingam sobre a sua vida natural produzindo prosperidade.
A bênção continuou por meio de Isaque e cada vez mais, pois “através de
Isaque seja toda a terra abençoada”. A bênção de Abraão é eterna, passando
por Cristo, a perfeita semente de Abraão, que sozinho foi capaz de recebê-la
em sua plenitude. A bênção completa foi recebida por Cristo em nosso favor
em Sua ressurreição, quando Deus falou para Ele, e quando fomos colocados
em Cristo ela também se tornou nossa e veio sobre nós (Gálatas 3:14,16,29).
A bênção está sobre nós. Nós já somos abençoados com a bênção! Quando
entramos na aliança, a Sua palavra de bênção incondicional veio sobre nós.
LEI 3: A BÊNÇÃO DEVE ser RECEBIDA pela FÉ.
Uma vez que Deus respeita o nosso livre-arbítrio, Ele não impõe a Sua
bênção sobre nós, mas a declara sobre nós para recebermos. Deus opera
falando a Sua promessa (palavra) sendo necessário que a ouçamos e
recebamos em nosso coração pela fé: “Para que a BÊNÇÃO de Abraão
chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que RECEBÊSSEMOS, pela
fé, o Espírito PROMETIDO (BÊNÇÃO)” (Gálatas 3:14; grifos meus). Deus
liberou a Sua BÊNÇÃO por intermédio das Suas PALAVRAS em GRAÇA,
então ela precisa ser recebida pela FÉ (Marcos 11:24). A bênção trabalha por
meio do DAR e RECEBER, mas primeiro precisamos RECEBÊ-LA (pela
FÉ) antes de podermos dá-la (pelo AMOR). Ela é dada pela graça, então deve
ser recebida pela fé, independente de obras.
Apesar de a BÊNÇÃO ter sido falada sobre nós e estar sobre nós e ser
nossa em Cristo, ela deve operar em nós e por meio de nós, que é por
intermédio da nossa FÉ. Fé é essencial para a operação da bênção.
Precisamos cooperar com Deus para que a bênção flua em nós e por
intermédio de nós. Primeiro, precisamos CRER e RECEBER a BÊNÇÃO.
Agora, a FÉ vem pelo ouvir a PALAVRA de Deus (Romanos 10:17).
Devemos, portanto, ouvir e conhecer e meditar na Palavra de Deus,
especialmente nas palavras de bênção que Deus já declarou sobre nós em
Cristo. Considerando que recebemos todas as bênçãos (Efésios 1:3) e toda a
promessa (bênção) é o “Sim” e o “Amém” em Cristo (2 Coríntios 1:20),
então essa bênção deve incluir todas as bênçãos de Deuteronômio 28, bem
como aquelas que a Bíblia diz estarem “em Cristo”. Na medida em que
renova a sua mente com a Palavra, você se torna capaz de caminhar no
Espírito e se mover sob a bênção. Assim, a razão pela qual o HOMEM
ABENÇOADO de Salmos 1 experimenta tanta BÊNÇÃO, de forma que tudo
o que faz PROSPERA, é que Ele MEDITA continuamente na Palavra de
Deus. Da mesma forma, Josué 1:8 nos dá a chave principal para possuir a
nossa Terra Prometida de bênção: “Não cesses de falar deste LIVRO da Lei;
antes, MEDITA nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo
tudo quanto nele está escrito; então, farás PROSPERAR o teu caminho e
serás BEM-SUCEDIDO” (grifos meus). É apenas pela FÉ na PALAVRA que
POSSUÍMOS nossa Terra Prometida de bênção. Tome posse! Coloque os
seus pés na promessa! Creia que você é abençoado!
LEI 4: A BÊNÇÃO é VOZ ativada.
Precisamos cooperar com Deus para que a Sua bênção flua. Primeiro,
devemos recebê-la pela FÉ (não podemos ganhá-la ou merecê-la pelas nossas
obras, pois ela é toda pela graça). Depois devemos liberá-la pelas nossas
PALAVRAS. Para que ela flua por meio de nós e aumente, devemos
CONCORDAR com ela e DECLARÁ-LA (CONFESSAR a promessa).
“Confissão” significa “dizer o mesmo”. Deus falou palavras de bênçãos sobre
nós, e precisamos alinhar as nossas vidas e estar de acordo com essas
palavras, e isso começa com a nossa LÍNGUA. Precisamos proclamar,
declarar e confessar a bênção de Deus sobre as nossas vidas: “Eu sou
abençoado. Deus me capacitou a prosperar. Ele prospera tudo em que eu
colocar as minhas mãos”. Deus nos abençoa (por intermédio das Suas
Palavras) para podermos ser bênçãos (com as nossas palavras) (Gênesis
12:2).
A BÊNÇÃO consiste de PALAVRAS, portanto ela é a VOZ ativada. Ela
precisa das suas palavras de fé para ativar e liberar o poder que está sobre
você. Deus declarou a bênção sobre você, agora você deve colocar as Suas
palavras em seus lábios para liberar a bênção. Você já é abençoado, apenas a
receba em seu coração e a libere com os seus lábios.
Veja o que diz Mateus 17:20: “Pois em verdade vos digo que, se
TIVERDES FÉ como UM GRÃO DE MOSTARDA, DIREIS a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (grifos
meus). E Lucas 17:6: “Se tiverdes FÉ como um GRÃO DE MOSTARDA,
DIREIS a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos
obedecerá” (grifos meus).
Para que você tenha (possua) FÉ como um grão de MOSTARDA, a
SEMENTE (PALAVRA) de bênção precisa já ter sido recebida (plantada) em
seu coração. Então, com essa FÉ em seu coração você deve FALAR a
palavra, e suas circunstâncias naturais serão mudadas, coisas que estão
bloqueando o seu progresso serão removidas. Depois de possuir um pedaço
da nossa Terra Prometida pela fé (crendo que recebemos uma promessa)
precisamos permanecer firmes contra qualquer oposição, declarando a
bênção. Devemos falar contra os gigantes (circunstâncias e poderes
demoníacos), declarando: “Isto não é seu, você não criou”. Nós não lutamos
contra pessoas, mas contra principados e potestades (Efésios 6:12).
Abençoamos pessoas, não as amaldiçoamos, mesmo aqueles que nos
perseguem (Romanos 12:14).
Em Gênesis 17:1, Deus disse a Abraão para caminhar diante dele (em
comunhão com Ele) para que a bênção de Isaque seja manifestada. Romanos
4:17 descreve essa caminhada de fé em duas fases: “Como está escrito: Por
pai de muitas nações te constituí (essa é a promessa, a bênção em que Abraão
precisava crer), perante (diante) aquele no qual creu, o Deus que (1)
VIVIFICA os mortos e (2) CHAMA (fala) à existência as coisas que não
existem” (grifos meus).
Então, para caminhar com Deus e cooperar com a bênção de Deus, Abraão
precisava seguir a Deus nestas duas fases:

Fase 1: Deus dá VIDA ao morto. Foi isso o que Ele fez com Abraão,
Ele declarou a bênção (a promessa que doa vida) a ele. Foi pela graça
independente de quaisquer obras, porque Abraão estava “morto”
(incapaz de fazer qualquer coisa para merecê-la). De fato, Deus dá vida
ao morto (para aqueles que sabem que não podem se salvar) e nunca ao
orgulhoso. Para caminhar com Deus assim, a resposta de Abraão era
simplesmente CRER QUE ELE RECEBEU. Da mesma forma,
precisamos entender que não podemos produzir a bênção em nossa
própria força, mas simplesmente receber a bênção de Deus (vida) como
um presente.
Fase 2: Deus CHAMA as coisas que não são como se já fossem. Deus
o chamou de “Abraão” — pai de nações — antes que isso fosse
fisicamente manifestado. Caminhando com Deus, ele precisava
concordar com Deus e começar a se CHAMAR de Abraão mesmo antes
de ter Isaque. Ele CONFESSOU a bênção. Romanos 4:20 diz que Abrão
RECEBEU forças pela FÉ, “pela fé, se fortaleceu, dando GLÓRIA a
Deus” com as Suas palavras. À medida que CREMOS na BÊNÇÃO e a
DECLARAMOS sobre as nossas vidas, ela flui livremente.
Outra maneira de observarmos isso é que nossas PALAVRAS são
SEMENTES. Vimos que a bênção traz crescimento, frutificação e
multiplicação ao trabalhar sobre e por meio da SEMENTE PLANTADA, o
que inclui as nossas PALAVRAS! Suas palavras são sementes indo para o
futuro. Declare: “Eu sou filho de Deus. Eu sou abençoado com a bênção de
Deus. Ele abençoa tudo em que eu colocar as minhas mãos. Ele abençoa a
minha semente e a minha colheita crescerá todos os anos”.
Provérbios 18:21: “A morte (maldição) e a VIDA (bênção) estão no
PODER da LÍNGUA; o que bem a utiliza COME do seu FRUTO
(COLHEITA)” (grifos e acréscimos meus). Suas palavras geram
FRUTOS; existe uma COLHEITA das SEMENTES que a sua boca
planta.
Deus já declarou bênção sobre a sua vida. Ele está esperando que você
diga a mesma coisa e concorde com Ele. Mesmo que eu declare isso, o poder
não vem de mim; o poder vem de Deus. Ele está esperando que nós abramos
a nossa boca para que Ele use as nossas palavras para ativar e liberar a Sua
bênção. Se você está passando por problemas financeiros, pare de chamar
essas coisas como se elas fossem (porque você irá adquirir mais da mesma
coisa: “você terá o que você diz” — Marcos 11:23). Chame aquelas coisas
que não são como se fossem. Pare de olhar e declarar os fatos. Olhe para os
fatos e declare a verdade da Palavra de Deus, e comece a ver Deus abençoar e
multiplicar muitas vezes mais. Pare de dizer: “Meu pagamento não é o
suficiente. Meu dízimo parece nunca produzir. Eu nunca vou avançar na
vida”. Comece a olhar para essas coisas e declarar a bênção do Senhor sobre
elas, e veja-as acontecer. Com as palavras da sua boca você pode começar a
abençoar o seu pagamento, o seu dízimo, o seu trabalho, o seu corpo e as suas
circunstâncias, e então vê-las começando a produzir. Comprometa-se a
manter-se falando a Palavra de Deus sobre os seus dízimos e ofertas, pois
isso irá liberar grande bênção em sua vida. Dedique-as a Deus declarando
bênçãos a elas: “À medida que dou, eu declaro a bênção sobre a nossa
oferta. Eu declaro que a bênção de Deus sobre a nossa semente capacite-a a
prosperar e multiplicar e produzir uma colheita”. Isso fará com que ela
comece a produzir em sua vida, e você pode descansar nas promessas de
Deus, sabendo que o que você falou irá acontecer.
Suas maiores posses não são suas coisas ou bênçãos. Sua posse real é o
favor divino (bênção) que Deus falou sobre você. Nada pode parar isso. Mas
a fé sem ação correspondente é morta. Então, se você crê que é abençoado
por Deus, caminhe, fale e dê conforme essa realidade. Nós recebemos pela fé,
depois falamos e agimos em concordância.

LEI 5: A Bênção é multiplicada através da SEMEADURA e


COLHEITA.
A principal Lei da BÊNÇÃO (espiritual) é que ela cresce e se multiplica
por meio da SEMENTE (natural), conforme a lei da semeadura e colheita. A
BÊNÇÃO capacita a SEMENTE que PLANTAMOS a multiplicar e produzir
uma COLHEITA.
A Bíblia diz claramente que o nosso DINHEIRO é SEMENTE. Portanto,
um fator principal na Bênção da Prosperidade crescendo em sua vida é a
semente financeira que semeamos. 2 Coríntios 9:10-11 diz isso claramente.
Ele está falando sobre finanças: “Ora, aquele que dá SEMENTE ao que
SEMEIA e pão para alimento (suas próprias necessidades) também suprirá e
aumentará a vossa sementeira e MULTIPLICARÁ os FRUTOS da vossa
justiça (através da bênção sobre você), ENRIQUECENDO-VOS, em tudo,
para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam
tributadas graças a Deus” (grifos meus).
Suas finanças são SEMENTES, que normalmente estão mortas em si
mesmas, mas quando se tornam suas elas passam a estar sob a sua bênção e
assim é capacitada a gerar fruto e multiplicar segundo a sua própria espécie.
Mas você deve PLANTÁ-LAS para serem frutíferas. Pelo poder da Sua
BÊNÇÃO, Deus pode simplesmente “MULTIPLICAR a SEMENTE que
você plantou”. Parte das nossas finanças é para nós mesmos (PÃO para
ALIMENTO), mas a parte mais importante é a SEMENTE para SEMEAR,
porque ela é lançada para multiplicar no seu futuro. Isso vai contra o nosso
pensamento natural. Então, Deus enfatiza isso ao mencionar essa parte
primeiro. Ele dá semente ao SEMEADOR, não COMIDA! Ele multiplica a
SEMENTE PLANTADA. Ele nos enriquece para TODA LIBERALIDADE
(para dar novamente).
Esse princípio da SEMENTE abençoada é maravilhosamente ilustrado na
alimentação dos cinco mil.

Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós


mesmos, de comer. Mas eles responderam: Não temos aqui senão
cinco pães e dois peixes (nada comparado à NECESSIDADE, mas
era SEMENTE). Então, ele disse: Trazei-mos. E, tendo mandado que
a multidão se assentasse sobre a relva, TOMANDO os cinco pães e os
dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os ABENÇOOU. Depois, tendo
partido os pães, DEU-OS aos discípulos (Ele semeou a SEMENTE
ABENÇOADA), e estes, às multidões. Todos comeram e se fartaram;
e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. E
os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres
e crianças.
— Mateus 14:16-21; grifos e acréscimos meus

A BÊNÇÃO já estava sobre Jesus (Atos 10:38), mas era necessário algo
natural (uma SEMENTE) para produzir uma manifestação (colheita) no
natural. Para ter uma COLHEITA de alimento (pão e peixe), Jesus precisava
de uma SEMENTE do mesmo. Ele precisava PEGÁ-LA. Então, Ele
precisava ABENÇOÁ-LA (colocar a Sua BÊNÇÃO sobre ela) pelas Suas
palavras, que a capacita a multiplicar para alimentar a multidão (a colheita).
Jesus precisava de uma SEMENTE para MULTIPLICAR. A SEMENTE
pode parecer pequena, mas se ela for ABENÇOADA ela seguirá adiante e
multiplicará pelo Poder de Deus. Precisamos estar em comunhão com Deus
para que a bênção esteja em nossa plantação e colheita, e trabalhe
apropriadamente e traga a colheita. Devemos colocar (declarar) a nossa
bênção em nossa semente à medida que damos, declarando: “Eu capacito
essa semente a prosperar e trazer uma grande colheita alimentando a muitos
com pão espiritual e natural, assim como para mim mesmo”.
Sementes plantadas produzem uma colheita pelo poder da bênção! Deus
“dá semente ao que semeia e... suprirá e aumentará a vossa sementeira” (2
Coríntios 9:10). Como a bênção faz crescer e multiplicar? Ela trabalha sobre
e por meio da SEMENTE PLANTADA: PALAVRAS e FINANÇAS! É o
natural e o espiritual trabalhando juntos. O natural é BOM (Gênesis 1:25), o
espiritual é PERFEITO.
Tiago 1:17: “Toda BOA DÁDIVA (a semente) e todo DOM
PERFEITO (a bênção) são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. A bênção
espiritual trabalha com e por meio da semente natural à medida que a
plantamos, para multiplicá-la e produzir uma colheita por intermédio
dela.
A BÊNÇÃO normalmente é associada à SEMENTE. Os milagres não
estão relacionados à semente; é Deus agindo em Sua soberania, como foi com
o maná. Ele não foi feito de trigo assado no forno. Era comida de anjo
lançada sobre a terra. Eles perguntaram: “O que é isto?” (A palavra hebraica
para maná). Para viver e crescer em uma vida de bênção devemos plantar a
semente. Pessoas esperam que milagres caiam do céu, mas Deus diz: “Dá-me
algo com o que eu possa trabalhar, para que eu possa abençoar e multiplicar”.
Deus deseja nos levar algo que continua produzindo, semente produzindo
colheita, produzindo mais semente, produzindo mais colheita. Esse processo
continuará multiplicando em nossa vida até nos levar a um lugar de
abundância, e não precisaremos ficar preocupados com a comida em nossa
mesa ou com o dinheiro para pagar as nossas contas. Em vez disso, devemos
nos preocupar com a salvação das pessoas e com o envio de recursos para
evangelistas, mestres e missionários.
Veja o seu dinheiro como uma SEMENTE a ser plantada! Em vez de
simplesmente ver o seu dinheiro em suas mãos, comece a ver sementes,
porque ele é o seu e os frutos da sua oferta são determinados pela bênção,
então declare bênção (vida) em suas finanças, rendimentos e dom.
Frutos sem sementes são maravilhosos de comer, mas não têm
longevidade. Uma melancia sem sementes daria alimento para um dia ou
dois. É isso. Mas com uma melancia cheia de sementes, você pode plantar
essas sementes e ter melancias para sempre. A diferença entre um milagre e
uma bênção é que as bênçãos possuem sementes dentro dela para
continuarem produzindo. Uma melancia pode produzir milhões de outras
melancias. As sementes (se plantadas) produzem a bênção sobre a melancia,
algo com o que trabalhar para crescer e multiplicar. É por isso que Deus
deseja que você se mova nessa área de semeadura e colheita, para liberar e
aumentar a bênção em sua vida, porque a bênção trabalha por meio das
sementes. Potencialmente, temos a mesma bênção de Deus em nós, e quanto
mais caminhamos nela e cooperamos com ela, mais forte ela irá trabalhar e se
manifestar. A bênção é permanente, e à medida que permitimos que ela flua,
ela crescerá com um produto que se expande cada vez mais.
Deus tomou o que Ele criou no natural, o que Ele chamou de “bom”, e
aperfeiçoou falando bênção sobre isso. Fale a bênção sobre as suas finanças,
declare-as abençoadas em nome de Jesus. Quando você olhar para as suas
finanças não veja apenas uma melancia para você comer, veja-as cheias de
sementes. Veja centenas de milhares de melancias que podem surgir à medida
que planta essas sementes. Seja obediente a Deus, declare bênção sobre as
sementes e plante-as. Dê ao Senhor e espere que essas sementes que acabou
de plantar venham sobre a sua vida muitas vezes mais: “boa medida,
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão” (Lucas 6:38).
Sementes abençoadas têm a habilidade de se reproduzirem cada vez mais.
Quando Deus levou Israel à Terra de Bênção, o Seu Plano era para que eles
tivessem abundância por meio da PLANTAÇÃO DA SEMENTE e CEIFA
DA COLHEITA (financeira). Foi por isso que quando eles chegaram à terra,
a primeira coisa que aconteceu foi o fim do maná, e então eles começaram a
viver do fruto da terra. Em vez de trabalhar para eles, Deus queria trabalhar
com eles. Esse é o Seu melhor. Não haveria falta ou limite para a
prosperidade deles se caminhassem em Sua Palavra (bênção). É isso o que
Deus quer para nós!
Antes de comerem da colheita, eles precisavam oferecer as PRIMÍCIAS a
Deus. Esse é o PONTO INICIAL do nosso DAR. Em Deuteronômio 26,
enquanto entregavam as primícias eles a abençoavam, fazendo uma confissão
de fé de como Deus o havia salvado e abençoado com essa terra de leite e
mel, e que estavam entregando as primícias dessa bênção para honrar e
glorificar a Deus, a Fonte de Todas as Bênçãos, agradecendo a Ele pela
bênção e regozijando em toda coisa boa que Deus lhes dera.
As primícias (DÍZIMO) são a sua entrada para viver o plano financeiro de
Deus e a vida de bênção. O dízimo é a primeira aplicação do tempo da
semeadura e colheita. Sempre que o dízimo é mencionado, a prosperidade
vem: “Depois destes acontecimentos (depois do dízimo em Gênesis 14), veio
a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou
o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande (literalmente: seu
suprimento cada vez maior de dinheiro)” (Gênesis 15:1).
Se não entregamos o dízimo, Deus ainda nos abençoa e cuida de nós, mas
será mais como viver no deserto do que na Terra Prometida. Esse não é o Seu
melhor. Quando não entramos apropriadamente na Lei da Semeadura e
Colheita, de acordo com a Lei da Terra de Deus, onde as primícias precisam
ser entregues a Deus, estamos limitando a Deus no quanto Ele pode nos
prosperar. Sua plena bênção não pode ser liberada em nossas colheitas. Não
podemos mover para a esfera sempre crescente de bênção e abundância na
terra. Não iremos comer as coisas boas da terra se não formos dispostos e
obedientes (Isaías 1:19).
Se você não dizimava, você pode RETORNAR a Deus e à Sua perfeita
vontade para você começando agora mesmo: “TORNAI-VOS para mim, e eu
me TORNAREI (com bênção maior) para vós outros, diz o SENHOR dos
Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? ROUBARÁ o homem
a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em QUE te ROUBAMOS? Nos
DÍZIMOS e nas OFERTAS” (Malaquias 3:7-8; grifos e acréscimos meus).
Retorne ao Senhor pela obediência do dízimo. A atitude do seu coração
para com o Senhor é a chave que determina a sua pobreza ou a prosperidade.
Deus diz: “Volte o seu coração para mim, confie em mim e me prove
entregando o dízimo. Dê-me algo com o que eu possa trabalhar. Se você se
voltar para mim me entregando suas finanças, eu terei algo com o que
trabalhar para começar a abençoar a sua vida natural com grande colheita
(veja vv. 9-10)”. O dízimo que você entrega para Deus começou com Ele. Ele
lhe deu a SEMENTE para plantar. Se você não entregar a Ele a SEMENTE
(os dízimos e ofertas), então você está ROUBANDO dele a
OPORTUNIDADE (a SEMENTE de que Ele precisa) de ABENÇOAR a sua
colheita! Ele deseja derramar tanto a bênção da abundância espiritual quanto
a colheita natural, mas você não permite que Ele faça isso!
Malaquias 3:9-10: “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim
me roubais, vós, a nação toda. Trazei TODOS os dízimos à CASA DO
TESOURO, para que haja mantimento na MINHA CASA; e provai-me
(teste-me) nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos ABRIR as
JANELAS do CÉU e não derramar sobre vós BÊNÇÃO (a CHUVA
representa a BÊNÇÃO do alto, que é necessária para a semente ser
ativada para produzir uma colheita) sem medida (a COLHEITA ceifada
como resultado da BÊNÇÃO sobre a SEMENTE)” (grifos e acréscimos
meus).
O DÍZIMO é a nossa PRIMEIRA SEMENTE a semear. A nossa
disposição obediente em dizimar faz abrir as janelas do céu (da esfera do
espírito) que na Nova Aliança é a abertura do véu em seu coração. Isso
permite que a bênção (chuva) em nosso espírito seja derramada nas
SEMENTES que estamos semeando (os nossos dízimos e ofertas)
capacitando-as a produzir uma maravilhosa colheita, mas do que poderemos
conter. NÓS vemos a CHUVA como um retrato de BÊNÇÃO em
Deuteronômio 28:12: “O SENHOR te ABRIRÁ o seu bom TESOURO, o CÉU,
para dar CHUVA à tua terra no seu tempo e para ABENÇOAR toda obra das
tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado”
(grifos meus). O nosso dízimo veio da abundância do que Deus tem nos dado.
À medida que começar a dizimar, você entrará na plenitude da semeadura e
colheita como Deus ordenou. Se fizermos isso, Deus prometeu que a Sua
bênção será liberada sobre nós para nos sustentar todos os dias.
Quando você entrega o DÍZIMO, essa SEMENTE continuará produzindo
em sua vida. Declare sobre ela: “Dízimo, você irá multiplicar e ser frutífero e
trazer bênçãos para a minha vida vindas de todas as direções. A bênção
sobre a minha vida aumentará e multiplicará”.

Por vossa causa, repreenderei o devorador [ladrão, maldição], para


que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não
será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos
chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR
dos Exércitos.
— Malaquias 3:11-12; acréscimos meus

Deus nos abençoou e nós recebemos essa bênção pela fé, mas para ser
cumprida devemos colocar ações correspondentes à nossa fé. Qual é a ação
correspondente apropriada? Se somos abençoados para irmos adiante,
aumentarmos e multiplicarmos, qual é a ação correspondente ordenada? É
PLANTAR a nossa SEMENTE. Somos ABENÇOADOS para sermos uma
BÊNÇÃO, doar é a maneira como a BÊNÇÃO trabalha e cresce e aumenta.
Milagres são para o momento; bênção é para a eternidade. Se cremos que
somos abençoados então falamos como se fôssemos abençoados (plantando
palavras de bênção) e doamos como se fôssemos abençoados e Deus supre
todas as nossas necessidades (semeando as nossas finanças). FALE e AJA
como se estivesse debaixo da BÊNÇÃO e a bênção fluirá. A BÊNÇÃO sobre
nós aumentará por meio da plantação da nossa SEMENTE. Veremos isso no
capítulo 11 (Abraão e Isaque). É preciso TEMPO para a semente trabalhar e
gerar frutos, e para a bênção aumentar e multiplicar em sua manifestação e
produção. Todas as vezes que você libera a bênção ao plantar, ela está
crescendo. A sua colheita este ano é fruto da semeadura do ano passado. A
colheita do próximo ano será da plantação deste ano. Não permita que o
atraso do tempo o engane fazendo-o pensar que não está funcionando
(Gálatas 6:7). Assim, devemos ser como Jesus: “E crescia Jesus em
SABEDORIA (a Palavra), estatura e GRAÇA (bênção), diante de Deus e dos
homens” (Lucas 2:52; grifos e acréscimos meus).

LEI 6: Deus abençoa a obra das suas mãos.


A bênção espiritual de Deus precisa trabalhar em e por meio da semente
natural para produzir resultados manifestos. Então, você deve dar a Deus algo
no natural que Ele possa abençoar. Deus nos diz para dar, para que seja dado
a nós de maneira multiplicada (Lucas 6:38), e Ele nos diz para trabalhar, para
que Ele possa abençoar o trabalho das nossas mãos: “Para abençoar toda obra
das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás
emprestado” (Deuteronômio 28:12). “Vos ordenamos isto: se alguém não
quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3:10). “E não nos
cansemos de FAZER O BEM, porque a seu tempo CEIFAREMOS, se não
desfalecermos (fazer o bem é uma forma de semeadura)” (Gálatas 6:9; grifos
e acréscimos meus). Se não o obedecermos nisso, impedimos que a bênção
que Ele declarou sobre nós aconteça em nossas vidas. Observe como Josué
1:8 coloca: “Então (por meio da bênção), farás PROSPERAR O TEU
CAMINHO (por intermédio das suas ações sob o poder da bênção) e serás
BEM-SUCEDIDO” (grifos e acréscimos meus).
Não corra atrás das bênçãos, corra atrás de Deus. Seja um ouvinte e
praticante da Palavra, então as bênçãos o perseguirão (Mateus 6:33). “Se
atentamente ouvires a voz do SENHOR... tendo cuidado de guardar todos os
seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, TE EXALTARÁ
SOBRE TODAS as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus,
virão sobre ti e te alcançarão todas essas BÊNÇÃOS” (Deuteronômio 28:1-2;
grifo meu). Estamos correndo pela estrada, perseguindo a Deus e atrás de nós
bênçãos nos perseguem. Alguns pensam que isso apenas acontece nas cidades
e não nos campos, mas Deus diz que a bênção irá nos acompanhar aonde quer
que formos, seja na cidade, campo, interior, entrando ou saindo (vv. 3-6) ou
quando estamos sob ataque (v. 7), pois é dito que os nossos inimigos
(financeiros) serão derrotados (aqueles que vêm para nos roubar). “O SENHOR
fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se levantarem
contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete caminhos, fugirão
da tua presença”. Se eles vêm a nós organizados e unidos em um único
propósito, eles fugirão de diante de nós desorganizados, confundidos e
divididos. A bênção está sempre SOBRE VOCÊ e suas COISAS aonde quer
que você vá, pronta para entrar em ação. Ele está pronto para ABENÇOAR a
OBRA das SUAS MÃOS (v. 12). Deus deseja trabalhar em você e por
intermédio de você, à medida que você trabalha, em vez de simplesmente
trabalhar sozinho. Então, encontre algo para FAZER, use o seu dom, seja
voluntário, comece um negócio como Deus direciona. Se você não está
fazendo nada, Ele não tem nada para abençoar. Deus deseja prosperá-lo mais
do que você imagina (Efésios 3:20). Não para juntar tudo para você mesmo,
mas para ser capaz de doar para o Evangelho. É por isso que estamos aqui na
terra. Deus deseja você sobre a bênção para que você possa ajudar outros.
Capítulo 11

EL-SHADDAI E JEOVÁ JIRÉ

xistem dois aspectos na caminhada da BÊNÇÃO de Deus: receber e

E dar. A prosperidade divina flui da bênção de Deus PARA nós e POR


INTERMÉDIO de nós. Veja Gênesis 12:2: “Te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!”
O princípio-chave para receber é FÉ e para dar é AMOR. Para caminhar no
plano de Deus precisamos caminhar tanto na fé que recebe a bênção de Deus,
quanto no amor que nos faz dar o que já recebemos, e por meio dessa doação
Ele é frutífero em Sua prosperidade e Sua bênção aumenta.
Correspondente a isso, existem duas imagens do HOMEM ABENÇOADO
em Salmos. Em Salmos 1, a ênfase é em como Ele recebe a bênção pela fé na
Palavra de Deus, enquanto em Salmos 112 a ênfase está em Sua doação
generosa.

NÍVEL 1: RECEBENDO A BÊNÇÃO pela FÉ (Salmos 1)


Observamos duas chaves para entrar e ser um homem abençoado em
Salmos 1 e na passagem em paralelo em Jeremias 17.

1. Ele não confia na habilidade do homem ou da sua carne, mas em


Deus com relação à bênção. “BEM-AVENTURADO o homem que
não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Salmos 1:1).
MALDITO o homem que CONFIA no HOMEM, faz da (sua) CARNE
mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será
como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem;
antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e
inabitável.
— Jeremias 17:5-6; grifos e acréscimos meus

2. Ele confia apenas em Deus quanto à bênção. Ele só é capaz de fazer


isso ao meditar em Sua Palavra (que contém a bênção), pois a fé vem
da Palavra. “Antes, o seu prazer está na LEI do SENHOR, e na sua lei
MEDITA de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a
corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja
folhagem não murcha; e tudo quanto ele FAZ será BEM-SUCEDIDO”
(Salmos 1:2-3; grifos meus).

“BENDITO o homem que CONFIA no SENHOR e cuja esperança é o


SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as
suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha
fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”
(Jeremias 17:7-8; grifos meus).

NÍVEL 2: CRESCENDO em BÊNÇÃO ao DAR (Salmos 112)


Aleluia! BEM-AVENTURADO o homem que teme ao Senhor e se
compraz nos seus mandamentos. A sua descendência será poderosa
na terra; será abençoada a geração dos justos (ele transfere a sua
bênção para seus filhos). Na sua casa há PROSPERIDADE e
RIQUEZA, e a sua justiça permanece para sempre. Ao justo, nasce
luz nas trevas; ele é BENIGNO, MISERICORDIOSO (para com o
necessitado) e justo. DITOSO o homem que se COMPADECE e
EMPRESTA; ele defenderá a sua causa em juízo; não será jamais
abalado; será tido em memória eterna. Não se atemoriza de más
notícias; o seu coração é firme, confiante no Senhor. O seu coração,
bem firmado, não teme, até ver cumprido, nos seus adversários, o seu
desejo. DISTRIBUI, DÁ aos POBRES; a sua justiça permanece para
sempre (recompensa eterna), e o seu poder se exaltará em glória.
— Salmos 112:1-9; grifos e acréscimos meus

Esses homens são verdadeiramente prósperos em todas as áreas de suas


vidas, espiritual e materialmente. (1) Ao meditar na Palavra somos capazes
de receber a bênção pela fé e (2) ao ter um coração generosamente amoroso
iremos crescer na bênção por meio do nosso dar. Não é errado ser abençoado
financeiramente. Se existe algo em seu coração que o impede de ser
abençoado e próspero financeiramente, é por causa de algum falso
pensamento religioso que irá bloquear o suprimento de Deus sobre você. A
prosperidade é boa desde que você seja generoso com ela, especialmente com
relação a Deus. Ao longo da Bíblia, Deus abençoou o Seu povo. Ele fez
Abraão muito rico. Os judeus entenderam que a bênção enriquece, mas ela
não é para ser acumulada para si mesmo. É para que você seja canal de
bênção. Quanto mais você for capaz de receber de Deus melhor, porque
assim você poderá dar mais.
A FÉ RECEBE, O AMOR DÁ. Não é ou um ou outro, precisamos de
ambos. Dos dois, o amor é o maior (1 Coríntios 13:13). “Mais bem-
aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Mas devemos começar
RECEBENDO a bênção como dom da GRAÇA de Deus pela FÉ somente. A
fé nos conecta ao suprimento de Deus. A fé recebe de Deus. Você precisa
receber a bênção, antes de poder passá-la adiante.
A vida de bênção de Abraão é o melhor exemplo das duas verdades
caminhando juntas. Iremos focar nas duas maiores experiências da vida de
Abraão como uma revelação dessas duas verdades. Ele é um modelo para
nós, porque ele é o pai da nossa fé.

1.A Revelação do EL-SHADDAI (Gênesis 17)


Deus prometeu a Abraão uma semente pela qual a bênção da aliança
continuaria. O único problema era que ele não tinha um filho e já estava com
70 anos de idade, e assim era difícil enxergar como Deus cumpriria a
promessa. Além disso, Sara não podia ter filhos. Abrão, a essa altura, não cria
completamente em Deus. Ele ainda estava olhando e confiando em sua carne.
Ele pensou: Como eu posso ajudar a Deus cumprir a Sua promessa? A sua
carne ainda era muito ativa. Então, em Gênesis 16 ele se volta para a serva de
Sarai, Agar, em busca da resposta, pensando que poderia ter um filho por
intermédio dela. Essa é uma imagem clássica nossa tentando cumprir a
promessa de Deus na energia da carne. Deus deu uma promessa e queria que
ele olhasse para Deus e confiasse em Deus para sobrenaturalmente abençoá-
lo e fazer isso. Então, ele foi até Agar e deu início a treze anos fora da
vontade de Deus.
Gênesis 16:16: “Era Abrão de oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu
à luz Ismael”. Ismael era filho da carne. O próximo versículo, Gênesis
17:1, começa da seguinte maneira: “Quando atingiu Abrão a idade de
noventa e nove anos”. O que aconteceu nesses treze anos? Ele estava na
carne, confiando na carne, tentando cumprir a promessa com seus
próprios esforços, em suas próprias forças. Enquanto isso, o plano de
Deus foi colocado em espera. Para Deus, esses treze anos não contaram
para nada e não foram dignos de serem registrados na Bíblia. Treze anos
da sua vida foram jogados fora, porque ele estava tentando fazer cumprir
a promessa de Deus na carne.
Agora, Abrão aprende uma grande lição de fé. Ele foi salvo pela fé em
Gênesis 15:6, mas agora estamos falando sobre a vida da fé. Ele já acreditava,
em um amplo sentido, em Deus, mas precisava aprender como receber algo
sobrenatural (bênção) de Deus. Uma chave é que a fé não pode trabalhar
adequadamente até que você chegue ao final da sua própria carne, sua própria
justiça e obras. Até você chegar ao final da confiança em si mesmo e o que
você pode fazer em sua própria força, você não pode colocar a confiança em
Deus.
Salvação é o principal exemplo. Você não pode ser salvo até que primeiro
entenda que não pode salvar a si mesmo. Apenas então, você pode colocar a
sua confiança em Jesus Cristo para a vida eterna. Enquanto você estiver
confiando em sua própria bondade, no fato de que Deus o levará para o céu
porque você é uma pessoa legal, você não pode ser salvo. Para ser salvo, você
precisa ter a revelação de que é um pecador e toda a sua justiça é como trapo
de imundícia se comparada à glória de Deus, e então confiar totalmente em
Cristo e no que Ele fez na Cruz.
Da mesma forma, para receber a bênção da prosperidade (ou da cura) você
precisa chegar ao fim de si mesmo; ter a revelação de que você não pode
cumprir a promessa de Deus na carne; pela sua própria força. Isso é
quebrantamento: o quebrantar da sua confiança em si mesmo, da sua
independência, para que você dependa totalmente de Deus. Você precisa
chegar à “morte” do poder da carne. Você precisa dar fim a si mesmo, para
colocar a sua confiança apenas em Cristo. O primeiro princípio de fé é que
Deus é a Fonte da sua vida, do seu suprimento. Enquanto você estiver
olhando para si mesmo e seus próprios esforços para produzir os bens, sua fé
ficará paralisada e você não poderá receber de Deus. Enquanto você confia
em si mesmo e em seus esforços, você não está buscando a Deus como a sua
Fonte. A fé começa a entrar em ação quando você dá um fim em si mesmo,
então você se considerará morto e incapaz de cumprir a promessa por si
mesmo. Podemos chegar ao fim de nós mesmos de diferentes maneiras: pelas
circunstâncias (crise) que revelam a nossa fraqueza, ou pela revelação de
Deus por meio do Seu Espírito e Palavra, ou na maioria das vezes de uma
combinação dos dois (como foi com Abraão).
Em Gênesis 17, ele chegou a esse ponto. Abrão confiou na carne e falhou
em cumprir a vontade de Deus. Agora Deus aparece e se revela, de modo que
ele pode confiar apenas em Deus para cumprir a Sua Palavra. Isso o fortalece.
Ele finalmente chegou ao fim de si mesmo e está pronto para ouvir Deus falar
com ele. Deus entrou em cena de maneira forte e o corrigiu, tirando-o da
carne e levando-o para o Espírito (bênção), para o lugar onde ele confiasse
em Deus como a sua Fonte: “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e
nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso
(El Shaddai); anda na MINHA PRESENÇA e sê perfeito” (Gênesis 17:1;
grifos meus).
Ele tinha noventa e nove anos de idade. Isso tem um significado numérico.
O número da finalização e do julgamento é 9. É o último dígito. O número 99
representa a finalização definitiva. Isso significava que ele chegou ao fim de
si mesmo e assim era capaz de receber uma infusão de graça, para quando ele
chegasse aos 100 (5 x 20; 5 é o número da graça) ele tivesse um novo
começo com o nascimento de Isaque. Quando Jesus disse: “Certamente,
certamente” significa literalmente “Amém, amém”. Isso quer dizer que está
resolvido, estabelecido, finalizado. Dizer “Amém” ao final da oração
significa: É o final, então assim seja, está estabelecido. Sem discussão.
“Amém” tem um valor numérico de 99. Além disso, “Amém” aparece no
Novo Testamento 99 vezes.3
Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Em Hebreus, “Deus Todo-Poderoso” é “El
Shaddai”. Esse é um grande momento, a primeira vez que o nome El Shaddai
foi revelado. Portanto, essa passagem deve conter uma revelação-chave desse
nome. Deus revela a si mesmo para Abrão como El Shaddai, o Deus que é
mais do que o suficiente: “Eu sou mais do que suficiente. Pare de confiar em
todas essas outras coisas, em sua carne e no que você pode fazer”.
“Eu sou El Shaddai. Anda na MINHA presença.” “Olhe para Mim. Eu sou
o Deus que é mais do que suficiente para você.” Essa é uma repreensão a
Abraão, que obviamente a essa altura não estava caminhando com Deus. Ele
estava olhando para a carne, não para Deus. Ele está dizendo: “Pare com essa
tolice. Eu sou El Shaddai, a sua Fonte. Olhe para mim. Caminhe diante de
mim, seja perfeito. Não seja duplo. Pare de tentar se curvar a Mim e à carne.
Simplesmente seja sincero, perfeito, olhe para Mim; Eu sou El Shaddai. Eu o
colocarei além”. Veja Gênesis 17:2: “Farei uma aliança entre mim e ti e te
multiplicarei extraordinariamente”. Eu FAREI isso, Abrão.
Gênesis 17:3: “Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou”.
Abrão prostrou-se em adoração (ele agora está em posição de receber).
Quando entendemos que a nossa carne não tem utilidade (apenas Deus
pode fazer) então Ele está pronto para trabalhar por nós.
Gênesis 17:4-6: “Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai
de numerosas nações. ABRÃO já não será o teu nome, e sim ABRAÃO;
porque por pai de numerosas nações te constituí. Far-te-ei fecundo
extraordinariamente”. Ele muda o seu nome de Abrão para Abraão,
significando pai de muitas nações. Quando ele tem essa revelação, seu
nome (natureza) é mudado porque Deus transmite sua bênção (vida) na
essência da sua vida. A diferença entre Abrão e Abraão é “A” (no meio).
“A” é o sopro de Deus. Ele era Abrão, então Deus soprou no meio dele e
ele se tornou “Abraão”, um retrato que mostra o RECEBIMENTO da
BÊNÇÃO espiritual, que produzirá o resultado desejado. Deus deseja
que a Sua Palavra e Sopro (bênção) vão para dentro de você. Você os
recebe dando fim em seus próprios esforços e olhando para Ele e crendo
que recebeu, e isso fará de você uma nova pessoa.
Gênesis 17:15-16: “Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher,
já não lhe chamarás Sarai, porém Sara. ABENÇOÁ-LA-EI e dela te
darei um filho (Isaque); sim, eu a ABENÇOAREI, e ela se tornará
nações; reis de povos procederão dela” (grifos meus). Sara também
recebeu a bênção por meio do sopro de Deus como revelado na mudança
do seu nome. Isso aconteceu em Gênesis 18. “Isaque” (o filho da
bênção) significa “riso”. Eles inicialmente riram diante da
impossibilidade, depois eles riram de alegria: a bênção traz alegria.
Hebreus 11:11: “Pela FÉ, também, a própria Sara RECEBEU poder
(força, bênção) PARA SER MÃE, não obstante o avançado de sua
idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa” (grifos
meus). Observe que a BÊNÇÃO trabalhou (1) em seu velho CORPO
para renová-lo a fim de ser capaz de dar à luz, e (2) ela trabalhou nela e
na SEMENTE de Abraão capacitando-a a prosperar.
Abraão agora se moveu em fé como descrito em Romanos 4:16-21:

Essa é a razão por que provém da FÉ, para que seja segundo a GRAÇA,
a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não
somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da FÉ que
teve ABRAÃO [porque Abraão é PAI de todos nós, como está escrito:
Por pai de muitas nações te constituí], perante aquele [“diante dele”]
no qual creu, o Deus que 1) VIVIFICA os MORTOS e 2) chama à
existência as coisas que não existem. Abraão, esperando contra a
esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora
dito: Assim será a tua descendência [semente]. E, sem enfraquecer na
fé, embora (não) levasse em conta o seu próprio corpo amortecido,
sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por
incredulidade, da promessa de Deus; mas, 1) PELA FÉ, SE
FORTALECEU, 2) DANDO GLÓRIA a Deus, estando plenamente
convicto de que ele era PODEROSO para CUMPRIR o que prometera
(grifos e acréscimos meus).

Eu não sei como, mas o El Shaddai é capaz de fazer isso. Ele agora entrou
na fé; não confiando mais em si mesmo. O versículo 19 diz literalmente:
“Embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido”. Ele percebeu
que deu um fim em si mesmo. Por que Deus permitiu que Abraão chegasse
aos 99 anos de idade? Esse foi o tempo necessário para ele finalmente dar fim
em si mesmo e entender que “Eu não posso cumprir a promessa com minhas
próprias forças”. Então Deus veio e se revelou como El Shaddai. Quanto
mais rápido pudermos chegar ao fim de nós mesmos, mais rápido Deus pode
se revelar a nós como El Shaddai; o Deus que é mais do que suficiente, o
Deus que é forte quando somos fracos. Quando entendemos que somos fracos
em nós mesmos, é quando podemos confiar no El Shaddai para que a Sua
bênção nos fortaleça. Abraão precisava aprender o princípio da fé de que
Deus é a nossa fonte. Devemos abandonar a confiança em nós mesmos e
olhar completamente para o El Shaddai. É então que você realmente se apoia
em Deus e é quando o suprimento da bênção de Deus começa a vir e a fluir
em sua vida.
Esse é o Princípio da Fé para a nossa Prosperidade. Todas as promessas
de Deus a Abraão precisavam ser cumpridas por intermédio do seu filho.
Isaque representava toda a sua prosperidade. Se ele não tivesse o filho, tudo o
que ele ganhara seria perdido. Ele precisava ter esse filho, então receber
Isaque era muito semelhante a recebermos a bênção de Deus. Esse evento
revela o primeiro passo para RECEBER a BÊNÇÃO pela FÉ.

Confissão da Bênção
A bênção deve ser RECEBIDA pela fé e então ser CONFESSADA:
“Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito
da salvação” (Romanos 10:10). Após dizer que Abraão é nosso exemplo (pai)
da fé (Romanos 4:16), o texto descreve no versículo 17 exatamente como a fé
de Abraão trabalhou para receber e liberar a bênção do Senhor: “Como está
escrito (a promessa dada): ‘Por pai de muitas nações te constituí, perante
aquele (‘diante dele’) no qual CREU, o Deus que VIVIFICA os MORTOS e
CHAMA à existência as coisas que não existem” (grifos meus).
Esse é um comentário de Gênesis 17:1, onde Deus disse “anda em Minha
Presença”. Isso denota íntima comunhão, estando na Presença de Deus,
olhando para ver o que Ele está fazendo e se movendo com Ele. Eu acredito
que a melhor ilustração é a dança de salão! Deus está dizendo: “Dance
comigo, siga os Meus passos”. Jesus disse que Ele viveu dessa maneira,
fazendo o que viu Seu Pai celestial fazer, e dizendo o que Deus Pai estava
dizendo. Existiam duas fases para fazer a promessa (bênção) acontecer pela
fé de Abraão. (1) Ela precisava ser recebida (plantada) em seu coração, e (2)
precisava ser liberada pelos seus lábios. Em cada caso, Deus estava fazendo
algo e Abraão, andando na presença de Deus, respondia.
A primeira fase era a seguinte: “O Deus que VIVIFICA (abençoa) os
MORTOS” (grifos meus). Abraão chegou a esse ponto de “morte”, sabendo
que era totalmente fraco por si mesmo: “Embora levasse em conta o seu
próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de
Sara”. Deus dá a Sua bênção apenas para o “morto”, ou seja, para aqueles
que não estão confiando em si mesmos (orgulho). A Vida de Deus só é dada
como um DOM de GRAÇA, para que possa apenas ser recebida pela FÉ,
longe de quaisquer obras (v. 16). Qualquer pessoa que tenta receber com base
nas obras, se exclui da graça. Deus começou revelando a si mesmo a Abraão
(agora “morto”, como a bênção exige) como El Shaddai, o Deus da Graça,
que vem a nós em nossa total fraqueza (inabilidade) e nos enche com a Sua
força, poder, vida e bênção. Ele é mais do que suficiente para qualquer
necessidade. Esse é o ponto inicial. Precisamos encontrar o El Shaddai
primeiro. Essa revelação deve vir primeiro e estar enraizada em nós, a fim de
que entendamos que, apesar de Deus mover em nossa vida no futuro, tudo se
baseia na graça, então nunca iremos nos vangloriar de que Deus nos
abençoou por causa de alguma coisa que fizemos.
Para Abraão, andar perante Deus — a única resposta apropriada para que
Deus dê vida ao morto — era admitir que ele estava “morto”, para então
RECEBER essa VIDA pela FÉ. Essa vida (bênção) o mudou de Abrão para
Abraão, capacitando-o a ser o “pai de muitas nações”. Deus declarou a
BÊNÇÃO sobre ele e isso o capacitou e a sua semente a prosperar e
multiplicar, e encher a terra. A bênção é recebida pela fé apenas. Em algumas
traduções diz que ele foi fortalecido pela fé (Romanos 4:20), mas uma
tradução melhor seria: “ele RECEBEU força (poder) pela FÉ”.
A segunda fase de dançar com Deus em ver Sua promessa cumprida era
que: “O Deus que... CHAMA à existência as coisas que não existem” (grifo
meu). Deus declarou a bênção (promessa). Ele o CHAMOU de “ABRAÃO”
(pai de muitas nações) antes de estar no natural. Ele chamou as coisas que
não são como se fossem.
Como Abraão, andando na presença de Deus, responderia a isso em fé?
Deus o estava chamando de “pai de muitas nações”, então ele precisava
concordar e CHAMAR a si mesmo de “Abraão, pai de muitas nações”. Ele
precisava CONCORDAR com Deus, DIZER a mesma coisa que Deus e
CONFESSAR a bênção, para dizer o que Deus disse sobre ele e não o que os
seus olhos podiam ver. Não era apenas importante para ele RECEBER a
bênção, mas também LIBERÁ-LA com as suas PALAVRAS. Não era
suficiente que a bênção viesse sobre ele e habitasse nele, ela precisava fluir
por meio dele (de volta para Deus — Isaías 55:11). Então, em Romanos 4:20-
21 diz que ele (1 “pela FÉ, se FORTALECEU (RECEBEU a bênção), (2
DANDO GLÓRIA a Deus, estando plenamente convicto (persuadido) de que
ele era PODEROSO PARA CUMPRIR o que prometera” (grifos meus). Com
os seus lábios, ele deu GLÓRIA (GRATIDÃO) a Deus por fazer a promessa
acontecer, crendo (sendo completamente persuadido) que a HABILIDADE e
a BÊNÇÃO estavam agora trabalhando nele e por meio dele para
EXECUTÁ-LA.
Da mesma forma, precisamos (1) receber a promessa (bênção) pela fé e
depois, (2) antes de vermos qualquer coisa, confessá-la como verdade,
agradecendo a Deus em fé que o Seu poder (bênção) está em ação fazendo-a
acontecer. Após ter recebido a bênção pela fé (Marcos 11:24), então a
liberamos com as nossas palavras, ordenando que sejam removidas quaisquer
montanhas no caminho (Marcos 11:23). Então, quando Deus nos chama de
abençoados e capacitados a prosperar, antes de enxergarmos quaisquer
evidências, precisamos concordar dizendo: “Eu sou abençoado, eu sou
capacitado a prosperar. A bênção do Senhor está me fazendo rico e alegre”.
Essa foi a revelação do EL SHADDAI. Assim como Abraão, primeiro você
precisa encontrar o El Shaddai. Certamente esse é o principal! Crer em Deus
por um filho aos 100 anos de idade e uma esposa com 90 anos de idade que
havia sido estéril toda a sua vida. Ele entendeu que não poderia fazer nada
com as próprias forças, encontrou o El Shaddai e recebeu a bênção pela fé, e
como resultado, eles deram à luz Isaque. Eles receberam a SEMENTE pela
qual a BÊNÇÃO poderia ser transmitida. Mas há mais! Para a BÊNÇÃO ser
multiplicada e alcançar todos os povos da terra, a SEMENTE precisava ser
PLANTADA em obediência.
Para que a vontade de Deus seja completamente conquistada pela fé de
Abraão, uma revelação mais além de Deus a Abraão era necessária: JEOVÁ
JIRÉ.

2.A Revelação de JEOVÁ JIRÉ (Gênesis 22)


A primeira revelação diz respeito a RECEBER a bênção (semente) pela
FÉ, mas há algo ainda maior, que é DAR (SEMEAR), pelo AMOR. O que
Deus tem dado (bênção e semente) soberanamente a você, agora precisa ser
DADO de volta a Deus. Para crescer e multiplicar, ele precisa ser plantado.
Até então, você está no nível inicial da bênção. Apenas quando você dá que
você se move, e a bênção que é dada é multiplicada. Sim, 1) Deus deseja que
você seja ABENÇOADO, mas isso não é o suficiente. Ele não deseja que
você permaneça lá, senão a bênção ficará dormente, inativa e infrutífera. 2)
Deus deseja que você tome a bênção que Ele tem dado a você e a utilize para
SER UMA BÊNÇÃO ao doá-la (Gênesis 12:2). Dessa forma, por meio de
você “... serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3).
Veja que Deus sempre nos dá em forma de semente. Isaque era
simplesmente a SEMENTE de Abraão. Ele simplesmente recebeu a
SEMENTE. Ele recebeu a bênção de Deus na forma de semente. Todo o
potencial estava NA SEMENTE, mas essa plenitude de potencialidade só
pode ser liberada quando a SEMENTE é PLANTADA. Primeiro, ele
precisava receber ISAQUE para que a semente e a bênção fossem
multiplicadas. BÊNÇÃO e SEMENTE trabalham juntas. A BÊNÇÃO
trabalha (ativa) a SEMENTE, para que ela possa multiplicar (se reproduzir) e,
portanto, a BÊNÇÃO cresce e se multiplica e enche a terra. Abraão precisava
entregar aquela SEMENTE, e isso é difícil de fazer a menos que você tenha a
revelação do que irá acontecer. Ele precisava plantar essa semente para que a
bênção fosse multiplicada. Você pode receber bênção de Deus pela fé, mas
para que a bênção seja multiplicada em sua vida você precisa plantar essa
semente. Você precisa dar da bênção, você precisa se mover em amor e ser
uma bênção para que a bênção triunfe.
Então, Abraão precisou aprender uma lição maior do que a lição da fé: a
lição do amor. Isso significa, primeiro de tudo, o amor a Deus, e é registrado
na história de Gênesis 22: “Toma teu FILHO (SEMENTE), teu único filho,
ISAQUE, a quem AMAS, e vai-te à terra de Moriá; OFERECE-O ali (a
Deus) em HOLOCAUSTO, sobre um dos montes, que eu te mostrarei” (v. 2;
grifos meus).
Esse foi o maior teste da sua vida. O último foi o maior: ele conseguiria
deixar de confiar em si mesmo e confiar em Deus quanto a Isaque? No fim
das contas, ele passou nesse teste, mas agora essa prova é maior: Ele
entregaria a Deus a semente abençoada que Deus sobrenaturalmente deu a
ele? Perceba que tudo o que Deus deu a ele é mantido em forma de semente
em Isaque. Isaque é seu único filho; toda a promessa da Aliança (bênção) está
amarrada nele. Sem Isaque, sem cumprimento da promessa, sem bênção. Está
tudo em Isaque, porque Deus disse “Em Isaque tudo será cumprido” (v. 19).
Então, quando Deus pediu para Abraão oferecer Isaque como sacrifício, você
consegue imaginar a grandeza do que estava acontecendo? Ele ia oferecê-lo,
para plantá-lo, para entregá-lo a Deus, para fazer o que Deus dera a ele e
entregar e perder. O ponto-chave aqui é AMOR, na verdade, essa é a primeira
vez que essa palavra aparece na Bíblia. O AMOR é uma Aliança de
LEALDADE.
A questão é: amamos mais a Deus ou as coisas que Ele nos dá? Qual é a
nossa primeira lealdade? Deus ou nós mesmos e a nossa bênção? Amamos
mais a bênção do que o Abençoador (a Fonte da bênção)? Amamos o nosso
Isaque mais do que a Deus, que nos deu Isaque? Estamos dispostos a perder o
OBJETO natural (SEMENTE) entregando-o a Deus (entregando segundo a
Sua direção), mesmo que seja uma coisa boa que Deus nos deu? Se realmente
confiamos em Deus (como o fez Abraão), sabemos que realmente ele não
pode ser perdido, porque se a BÊNÇÃO de Deus está sobre ele, mesmo que a
casca exterior morra, há dentro dele uma vida eterna que dura para sempre.
Apesar de cair na terra e parecer morrer, essa vida é liberada para produzir
uma colheita multiplicada de bênção. Pela fé sabemos que se obedecermos a
Deus e entregarmos a Ele o “nosso Isaque” (semente de bênção), Ele o trará
de volta multiplicado. Se plantarmos a nossa semente para a morte, ela
voltará como uma colheita ressurreta de bênção multiplicada. Se nós
voluntária e obedientemente (em amor) liberarmos o que Ele tem nos dado,
Ele irá liberar a bênção de volta para nós, multiplicada, e por meio de nós
trará uma colheita de bênção para a terra para o benefício de muitos.
Isaque era simplesmente uma semente, e uma semente precisa ser plantada
antes de ser multiplicada. Se Abraão não tivesse entregado Isaque, a bênção
estaria sobre ele, mas não seria multiplicada para todo o mundo como é hoje.
Foi porque ele ofereceu Isaque que a sua Semente foi multiplicada e a bênção
espalhada por toda a terra. O teste é: Deus é a nossa fonte? Confiamos nele o
suficiente para voluntariamente obedecer e entregar o que Ele tem nos dado?
Agora que você ganhou aquilo pelo que esteve orando (seja um emprego,
uma esposa, marido, filhos, etc.) você sabe qual é a tendência da carne?
Confiar no que recebeu e se satisfazer com isso: “Eu consegui o que queria.
Eu não preciso de Deus. Eu não preciso mais ir à igreja”. Saiba que a bênção
que deu a você o que você desejava se tornará ociosa, e você ficará aberto à
maldição que está sobre a terra, e acabará perdendo tudo. A bênção de Deus
deu a você o que você desejava, e apenas com a bênção você pode mantê-lo e
vê-lo crescer. Ao rejeitar a Fonte da bênção, você bloqueia a bênção, e eu
garanto que a maldição virá sobre as suas posses! Se Abraão segurasse
Isaque, amando e confiando na provisão de Deus em vez de confiar no
próprio Deus, ele teria perdido muito e interrompido a transmissão da bênção
de Deus por meio dele. Você está preparado para plantar o que Deus tem
dado a você, ou você ama o que recebeu mais do que a Deus, ou está com
medo de entregar e perder, com medo de que a bênção de Deus não seja
capaz de supri-lo novamente? Se você não está preparado para dar o que
Deus pede que você entregue a Ele, você não está confiando nele, mas nas
coisas que Ele deu a você. Mas quando você dá, estabelece Deus como a sua
Fonte, que o posiciona para receber muito mais dele. Se você olhar para as
suas coisas, os seus suprimentos de Deus irão secar-se completamente. Mas
quando você planta a partir do que Deus tem lhe dado, você está mantendo
Deus como a Sua fonte. Se você não pode semear, isso mostra que você tirou
a sua fé de Deus. O suprimento da bênção ficará dormente e você irá
estagnar, e até começar a perder o que tem. Mas se você plantar, irá avançar a
uma esfera maior de bênção.
Quando você planta, é um sacrifício. Você está perdendo algo para
começar outro. Jesus falou sobre isso em João 12:24: “Em verdade, em
verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo (sendo plantado) na terra, não
MORRER, fica ele só; mas, se MORRER, produz muito fruto” (grifos meus).
Ele estava falando sobre a Sua própria morte. Ele se descreve como uma
SEMENTE, que precisou ser ofertada à morte, antes de poder ser
multiplicada e produzir uma colheita de bênção. (Somos todos sementes e
devemos nos plantar, seja na carne para colher corrupção ou no Espírito para
colher vida.) Abraão precisou estar preparado para deixar Isaque morrer.
Quando você planta uma semente, ela morre para você. Você precisa deixá-la
ir. Você precisa abandoná-la. Você perde o controle sobre ela. Ela vai para o
solo. Ela morre como semente. O que acontece se você colocar uma semente
no chão e imediatamente cavar e tirá-la do solo novamente? Ela não pode
crescer. Quando entrega você precisa liberá-la completamente e se liberar
com ela (entregá-la em amor). Se der um presente para alguém, você não
pode começar a se preocupar com o que a pessoa irá fazer com o presente.
Você precisa abrir mão completamente. Ela precisa morrer, pois só então
você verdadeiramente a entregou.
A bênção não pode crescer se não for plantada. Tudo o que Deus nos dá é
em forma de semente. Nós a plantamos e então ela irá multiplicar. “Se ela
morre, produz muitos grãos”. Então, quando você recebe algo de Deus, não é
o fim do processo. É apenas a Fase 1. O que vem depois? Você entrega o que
Deus tem dado a você. Você planta e então a semente multiplica. Deus lhe dá
um dom. Maravilhoso. Agora, plante-o, entregue-o, use-o em amor e Deus irá
multiplicá-lo. É Deus quem dá o crescimento à semente plantada (1 Coríntios
3:7).
Quando Abrão ofereceu Isaque, ele não estava em desespero. Ele o
entregou em fé. Ele sabia que Deus precisava cumprir a Sua promessa por
meio de Isaque, então creu que Deus teria que ressuscitá-lo. Gênesis 22:5 e
Hebreus 11:17-19 confirmam isso: “Pela FÉ, Abraão, quando posto à prova,
ofereceu Isaque... porque considerou que Deus era poderoso até para
ressuscitá-lo dentre os mortos” (grifo meu). Abraão plantou a sua semente,
Isaque, esperando plenamente uma colheita em poder de ressurreição. Ele
estava disposto a deixar aquela semente morrer e creu que Deus traria uma
grande colheita dela. Apesar de Deus não permitir que ele matasse Isaque, ele
o ofereceu verdadeiramente até a morte. Ele plantou a sua semente em Deus,
permitindo que Deus multiplicasse a sua bênção por meio de Isaque.
O que possivelmente poderia ter motivado Abraão a fazer isso? Ele amava
tanto o seu filho, mais do que qualquer coisa, exceto uma: Deus! Abraão
estava na aliança com Deus. Se Deus, o seu parceiro de aliança, precisava
dele para fazer algo, então ele devia ser leal a Deus, mesmo ao extremo.
Abraão já havia mostrado sua fé em Deus, mas agora essa era a prova final
do seu amor a Deus; porque Deus disse a ele para fazer assim e para obedecer
a Deus, ele precisava superar seu amor natural pelo seu filho. Essa é a prova
do amor. Iremos dar o que recebemos de Deus ou iremos segurá-lo? Abraão
estava preparado para dar a sua melhor semente e observaremos agora as
consequências disso em Gênesis 22:
vv. 11-12: “Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão!
Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre
o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes (amas) a Deus,
porquanto não me negaste o filho, o teu único filho”. Deus o impediu de
prosseguir com isso; mas em seu coração ele havia matado (plantado)
seu filho.
A primeira vez que o Anjo do Senhor (Jesus) apareceu, Ele declarou que
Abraão passou no teste e plantou a sua semente. Então, Ele apareceu pela
segunda vez para anunciar e descrever a imensa colheita que viria dessa
semente, isso inclui tanto a semente natural de Abraão, quanto A SEMENTE
(o Messias) em quem estaria toda a semente espiritual de Abraão (todos os
cristãos em Cristo). Elas serão como as estrelas do céu e a areia das praias da
terra (a mesma ordem de magnitude).
vv. 15-18: “Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a
Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste
isso e NÃO ME NEGASTE o teu ÚNICO FILHO (sua SEMENTE), que
deveras te ABENÇOAREI e certamente MULTIPLICAREI a tua
descendência (SEMENTE) como as estrelas dos céus e como a areia na
praia do mar; a tua descendência (SEMENTE) possuirá a cidade dos
seus inimigos, NELA serão BENDITAS todas as nações da terra,
porquanto OBEDECESTE à minha voz” (grifos meus).
Quantas sementes ele tinha até esse ponto? Apenas uma. Agora ele
precisava plantar a única coisa que ele tinha de valor; e quando ele fez isso,
Deus disse: “Porquanto fizeste isso deveras te abençoarei e certamente
multiplicarei a tua DESCENDÊNCIA” (grifo meu). Foi apenas porque ele
plantou Isaque: “Porque você plantou essa semente, eu irei multiplicá-la”.
Isso não teria acontecido de outra maneira. Você precisa plantar a semente
antes de ela multiplicar-se e produzir. Abraão plantou a sua semente, e por
causa disso Deus disse: “Eu multiplicarei sua semente e suas bênçãos”.
Essa é a imagem clássica da SEMEADURA e COLHEITA. Abraão
plantou seu único e amado filho a Deus, então o que ele colheu? Você
COLHE o que PLANTA.
Abraão plantou a sua semente (Isaque) e então colheu a sua maior
Semente, Jesus Cristo. Ele plantou seu único e amado filho para Deus e em
resposta Deus enviou (entregou) Seu único e amado Filho para morrer por
nós. Então, ao plantar sua melhor semente para Deus, ele colheu de Deus a
semeadura da Sua melhor Semente, o Seu Filho, e nele todas as bênçãos de
Deus, e toda a semente natural e espiritual de Abraão! Porque Abraão estava
preparado para entregar o seu filho, isso abriu o caminho para Deus fazer o
mesmo por ele. Quando Abraão plantou o seu único filho, Deus respondeu
declarando o Seu compromisso de enviar (entregar) o Seu único Filho, por
intermédio de quem todas essas bênçãos multiplicadas viriam. Ele disse:
“Não mate Isaque, porque ele é apenas um retrato do que Eu irei fazer neste
mesmo lugar. Eu enviarei Meu Filho como último sacrifício para morrer
aqui no Monte Moriá. Eu enviarei (plantarei) Meu Filho na terra, e então
Ele será plantado para a morte e na verdade morrer e nele haverá uma
colheita de salvação e bênção por todo o mundo”. Então Abraão repetiu uma
grande colheita da sua semente. Em resposta à plantação do seu amado filho
(em amor a Deus), Deus entregou o Seu único e amado Filho (em amor por
nós): “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito (para morrer por nós), para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (João 3:16). Ao semear o seu filho à morte, ele colheu o
Filho de Deus vindo em carne e morrendo por nós, e a plenitude das bênçãos
que viriam por meio da morte de Cristo, assim como a colheita de toda a sua
semente espiritual em Cristo que receberia a bênção da vida eterna, assim
como a colheita de toda a sua semente natural em Isaque (o casamento de
Isaque foi em Gênesis 24, o próximo grande evento depois de Gênesis 22. Ao
entregar Isaque a Deus, a bênção foi liberada sobre Isaque para multiplicar,
produzir a colheita da semente natural de Abraão, que incluía Cristo).
Assim, Abraão semeou a sua semente, Isaque, e colheu a sua Grande
Semente, Jesus. Então, Deus semeou a Sua Grande Semente, o Seu único
Filho, à morte, e dela veio uma gloriosa colheita de humanos redimidos: “Se
o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, SE MORRER,
produz muito fruto” (João 12:24). Deus semeou a Sua melhor semente, um
homem perfeito, justo, santo e glorioso, para colher uma colheita de bilhões
de homens e mulheres perfeitos, justos, santos e gloriosos (Gálatas 6:7). Essa
colheita aconteceu na ressurreição, onde Ele ressuscitou como o cabeça de
uma Nova Raça da humanidade, a Nova Criação. Ele é as primícias da morte,
o primogênito entre muitos irmãos (Romanos 8:29). Não foi apenas Jesus
quem ressuscitou, mas todos nós que estamos nele fomos ressuscitados com
Ele e devemos ser como Ele. Jesus era a Semente Abençoada de Deus e Ele
poderia ter permanecido na terra e vivido sobre bênção, cura e ensinando as
pessoas, e Ele poderia ainda estar vivo hoje. Que bênção seria, mas ainda
assim Ele permaneceria sozinho. Deus tinha algo melhor em mente. Ao
semear Jesus na terra por meio da morte, Ele colheria uma grande colheita em
Sua ressurreição a partir dessa perfeita Semente multiplicada. Jesus morreria
como uma Pessoa perfeita (Semente), mas ressurgiria multiplicado como uma
multidão de pessoas aperfeiçoadas exatamente como Ele. Antes, havia apenas
um ungido, mas agora a bênção (vida) nele seria multiplicada em bilhões de
ungidos!

Isaque é um Retrato (Tipo) de Cristo:


1. Ambos são SEMENTES ABENÇOADAS, recebidas pela fé na terra
por uma concepção sobrenatural. Assim como Isaque foi
sobrenaturalmente concebido no ventre de Sara, quando ela recebeu
poder para conceber, assim Jesus foi sobrenaturalmente concebido no
ventre de Maria quando ela recebeu o Espírito Santo. Essas são
imagens de RECEBER a BÊNÇÃO (SEMENTE) pela FÉ.
2. Ambos, Isaque e Jesus, foram oferecidos e liberados (semeados) à
morte, resultando em uma grande colheita multiplicada, a colheita
sendo ressuscitada em poder (João 12:24). É nesse momento, em meio
à ação em Gênesis 22, e em conexão com o que está acontecendo aqui,
que Deus se revela com um novo Nome: Jeová Jiré: “Tendo Abraão
erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre
os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em
lugar de seu filho” (v. 13).

No versículo 8, Abraão disse profeticamente: “Deus proverá para si, meu


filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos”. Agora que
Abraão havia plantado Isaque, Deus estava revelando a colheita que ele
colheria ao enviar o Seu Filho do próprio Deus como o Sacrifício final, como
o Cordeiro de Deus. Primeiramente, Deus revelou a Sua provisão inicial de
um cordeiro sacrificado no lugar de Isaque. (Quando damos a Deus em
obediência, Ele abrirá os nossos olhos para ver a Sua provisão para nós.)
Quando Abraão ergueu os seus olhos ele viu um carneiro cuja cabeça estava
presa em galhos. Essa era uma imagem de Cristo cuja cabeça possuía uma
coroa de espinhos antes de ser sacrificado. Quando o cordeiro morreu no
lugar de Isaque, assim Cristo morreu em nosso lugar, como um sacrifício
substitutivo, para não termos que morrer. Então, quando Abraão avistou o
cordeiro sacrificial no Monte Moriá, ele viu um retrato de Cristo, mas ele viu
algo mais também. Quando a Bíblia fala sobre erguer os seus olhos, ela está
falando espiritualmente assim como naturalmente. Ela fala de olhar para além
da esfera natural e ver na esfera espiritual. De fato, nesse momento, ele
também teve uma visão de Cristo morrendo como o Cordeiro de Deus
naquele mesmo lugar (Monte Moriá).
Em João 8:56, Jesus disse sobre esse momento: “Abraão, vosso pai,
alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se”. Abraão TEVE uma
VISÃO de Jesus morrendo como o Sacrifício final, quando Deus revelou a
ele a colheita que ele iria colher por ter semeado Isaque em Gênesis 22.
Como resultado, ele se alegrou com a chegada da sua Grande Semente, o
Messias, que morreria no Monte Moriá pela salvação de toda a humanidade.
Isso é confirmado nas palavras proféticas de Abraão no versículo a seguir: “E
pôs Abraão por nome àquele lugar — o Senhor Proverá (JEOVÁ JIRÉ). Daí
dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se (o sacrifício) proverá
(verá)” (v. 14, acréscimos meus). Ou melhor: “No Monte, o SENHOR será
provido (VISTO)”.
A palavra traduzida por “proverá” é literalmente “visto”. Essas duas ideias
estão bem ligadas, como visto na palavra “pro-visão” (VER ANTES o que
será necessário e assim prover). Abraão está prevendo que naquele mesmo
lugar, Deus proverá o Sacrifício final, do qual a oferta de Isaque foi apenas
um retrato profético. Portanto, Ele chama o lugar de “Jeová Jiré, o Senhor
proverá” e “Monte Moriá, o Monte da Provisão ou Manifestação” e sua
localização foi então registrada até “os dias de hoje”. Mais tarde, o Templo
foi construído em um pináculo perto do seu Pico, e Jesus foi crucificado
nesse Pico, bem ao norte do Pináculo do Templo, no lugar chamado Gólgota.
A profecia de Abraão literalmente diz: “Neste monte (Moriá), o Senhor será
visto” (tradução minha). Ele será manifestado na carne como a Provisão de
Deus para nós. Por que Abraão diz que Ele seria visto? Porque acima do altar
no Monte Moriá onde estava o cordeiro sacrificial, Abraão VIU em uma
VISÃO o Senhor Jesus morrendo como o Cordeiro de Deus no altar da Cruz.
Em resposta ao Seu ato de obediência em ofertar Isaque naquele lugar,
Deus se revelou a ele como: “Jeová Jiré”, o Senhor que será VISTO, o
Senhor que será manifestado na carne como um Homem (a Semente de
Abraão, o que é maior que Isaque), e será ofertado sobre o Monte Moriá
como Provisão de Deus para a humanidade! O lugar recebeu aquele nome,
porque foi naquele lugar que o Messias seria finalmente manifestado em
morte e ressurreição como a colheita da oferta de Isaque no mesmo lugar. Era
um novo nome, que carregava uma nova revelação de Deus que Abraão
acabara de receber. Ele recebeu previamente a revelação de Deus como El
Shaddai, o Deus de Graça, cuja bênção sobrenatural veio para Abraão em sua
fraqueza, capacitando-o com a força para ter um filho. Ele foi capaz de
receber Isaque, conhecendo Deus como El Shaddai, mas agora ele entrou em
uma revelação maior de Deus como Yehovah Yireh (ou: Jeová Jiré, como
dizemos em português). Enquanto El Shaddai é o Deus que fornece semente
para o semeador, Jeová Jiré é o Deus que multiplica a semente que
plantamos: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento
(El Shaddai) também suprirá e AUMENTARÁ a vossa sementeira e
MULTIPLICARÁ os frutos (colheita) da vossa justiça, (Jeová Jiré)” (2
Coríntios 9:10; grifos meus). Deus se revelou a Abraão como Jeová Jiré
APÓS ele ter plantado a sua melhor semente, Isaque. Jeová Jiré é o Deus da
Semeadura e Colheita, o Deus do Crescimento, que MULTIPLICA a semente
que plantamos para Ele, trazendo uma grande COLHEITA de BÊNÇÃO.
Deus disse a Abraão: “Agora que você plantou sua semente, deixe-me
mostrar a colheita em massa que você irá colher”. Ele teve uma visão de
Jesus que era a colheita da semente que ele plantara. Deus se revelou como
Jeová Jiré, a Provisão Multiplicada de Deus, que veio da semente que foi
plantada; o Deus que provê (manifesta) abundância por meio da semente
plantada. Recebemos a semente pela fé no El Shaddai, e então quando a
plantamos de volta para Jeová Jiré, Ele multiplica aquela semente plantada
em uma grande colheita. Jeová Jiré é o Deus que multiplica a semente que
damos a Ele.
Então, é vivendo na revelação do El Shaddai que começamos a nossa
jornada para a prosperidade (recebendo a Sua graça-bênção somente pela fé),
é vivendo na revelação de Jeová Jiré que crescemos continuamente na bênção
da prosperidade, movendo em abundância, à medida que plantamos a nossa
semente e colhemos uma colheita multiplicada.
Ambas as revelações de Deus exigem a nossa cooperação para operar na
bênção. Precisamos RECEBER a BÊNÇÃO do El Shaddai pela FÉ, e então
LIBERAR e CRESCER na bênção semeando as nossas sementes abençoadas
para Jeová Jiré que as pegará e as multiplicará e as manifestará como
colheita.

1. BÊNÇÃO RECEBIDA pela FÉ: El Shaddai


2. BÊNÇÃO MULTIPLICADA por meio da SEMENTE PLANTADA:
Jeová Jiré

Jeová Jiré é o Deus do crescimento, o Deus que multiplica a semente que


plantamos. A prosperidade deve começar com El Shaddai (recebendo do
Senhor), mas para avançar mais alto você precisa plantar essa semente,
confiando em Deus, e então você entrará na esfera de Jeová Jiré, o Deus que
multiplica essa semente. Foi isso que aconteceu com Abraão. Ele plantou a
semente e, de repente, Deus se revelou como Jeová Jiré, e ele entrou em uma
colheita de bênção MUITO maior, além da sua imaginação.
Esse é o maior exemplo de semeadura e colheita. Abraão plantou o próprio
filho e colheu Cristo e bênçãos multiplicadas para a eternidade. Se ele não
plantasse a bênção que Deus deu a ele, seria deixado com Isaque, que teria
morrido e nada teria acontecido; mas porque ele plantou Isaque a bênção foi
multiplicada. Ou você mantém o que você tem para si mesmo, ou entrega e
recebe uma multiplicação. Então, El Shaddai é o Deus que nos supre em
primeiro lugar, e podemos nos voltar para o El Shaddai todos os dias, apenas
confiar em Deus para cuidar de nós e poder viver dessa maneira. Isso se
chama sobrevivência. Mas se estivermos preparados para dar o que Deus tem
nos dado, nos moveremos em prosperidade abundante por meio do Jeová Jiré.
DAR e RECEBER. El Shaddai diz respeito a RECEBER. Jeová Jiré diz
respeito a DAR (esse é maior).
A Fase 1) é GRAÇA (a BÊNÇÃO) recebida pela FÉ apenas. A Fase (2) é
GRAÇA (bênção) liberada por meio de AÇÕES CORRESPONDENTES.
Recebemos graça (bênção) de Deus pela fé. Quando falamos sobre
semeadura, ela é como uma ação correspondente da fé. Ela é semeada em
graça, pegando aquilo que recebemos pela graça e que é abençoado, e
plantando-o para Deus, nos permitindo atrair mais dos recursos do céu pela
fé. Mas se isso é feito de maneira mecânica para forçar a mão de Deus: “Eu
estou semeando meu carro para Deus, então Ele precisa me dar um carro
melhor”, então não é alicerçado na graça, e assim é uma obra morta. Se você
semeia algo morto, você terá uma colheita morta.
Todas as bênçãos são recebidas de DEUS PELA FÉ (não por OBRAS).
Mas Tiago 2:20,26 diz: “... a fé sem obras (ações correspondentes) é morta
(inativa, infrutífera)”. A fé existe, mas é inoperante. Então Tiago dá o
exemplo de Abraão oferecendo Isaque como o exemplo clássico disso: “Não
foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre
o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a FÉ OPERAVA juntamente com
as suas OBRAS; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou” (vv. 21-
22; grifos meus). Se ele não entregasse Isaque, ele ainda seria cristão, mas
sem a sua obediência (obras) sua fé seria improdutiva, ineficaz e infrutífera.
A BÊNÇÃO ficaria dormente. Então ações de fé (como plantar a semente)
são necessárias para liberar a sua fé e fazer a bênção fluir para produzir
resultados (uma colheita): “Será bem-aventurado no que realizar” (Tiago
1:25).
Ações correspondentes são ações de fé e obediência para a Palavra e o
Espírito. Acreditamos em Deus quanto à Sua bênção em nossas finanças, mas
para liberar e aumentar essa bênção precisamos agir com a nossa fé e dar,
porque a fé sem obras é morta. Dar é a ação correspondente que mostra a sua
fé e libera a sua fé. Abraão mostrou a sua fé na provisão de Deus ao entregar
Isaque. Ele liberou a sua fé em suas ações, o que liberou a bênção de Deus.
Então, como você explora os recursos do céu? É pela fé; mas a menos que
essa fé seja liberada em ações, no dar, ela é inativa e improdutiva. Mas as
ações por si mesmo são apenas carne. Você não pode manipular Deus.
Aja e doe de acordo com a sua fé em Deus. Não vá além da sua fé porque
alguém o está pressionando ou manipulando. De qualquer modo, exercite a
sua fé para que ela possa crescer. Se você receber 30 mil reais por ano e doar
30 reais você está liberando muita fé dessa maneira? Se Deus lhe disser para
dar sacrificialmente, então com essa palavra, Ele dá a você a fé para confiar
nele e suprir as suas necessidades. Dê para que a sua fé seja exercitada e
liberada. A sua fé deve ser ativada com o seu dar, porque a única razão pela
qual você é capaz de dar a esse nível é a confiança em Deus. Quando você
libera a sua fé no dar, você a está liberando para que ela seja capaz de atrair
mais dos recursos do céu. À medida que você coloca a sua fé em ação, você
está construindo e liberando esse músculo que você usa para receber (vestir)
os recursos do céu. Então, dar pela fé (especialmente no dízimo) é a ação que
faz a sua fé realmente operar.
Jesus, o único perfeito e justo, é o HOMEM BEM-AVENTURADO de
Salmos 1 e Salmos 112. Como semente perfeita de Abraão, Jesus viveu em
plena bênção da aliança de Abraão, que incluía a prosperidade
(Deuteronômio 28). Ele prosperou pela bênção de Deus nele, e depois na
Cruz Ele se tornou pobre (abandonou essa bênção) para que pudéssemos ser
enriquecidos pela bênção de Deus (2 Coríntios 9:8). “Cristo” significa “o
Ungido”, aquele ungido com o poder e a bênção de Deus. Agora que estamos
“em Cristo”, estamos “no Ungido” e somos a “Sua Unção”. Somos (estamos
debaixo da) Sua Unção (bênção) que nos capacita a prosperar. Somos
ungidos, abençoados. Agora precisamos crer nisso e agir de acordo, liberando
assim a nossa fé e a bênção de Deus.
Capítulo 12

PROSPERIDADE PRÁTICA EM PROVÉRBIOS

iante de todo o ensinamento espiritual a respeito de finanças, é fácil

D esquecer que caminhar na vontade financeira de Deus tem muito a


ver com a SABEDORIA em como vivemos, trabalhamos e
gerenciamos o nosso dinheiro. Precisamos operar tanto na SABEDORIA
espiritual quanto na prática em nossas finanças. O livro de PROVÉRBIOS foi
escrito para transmitir SABEDORIA em todas as áreas da nossa vida,
especialmente as nossas finanças, porque muitos dos provérbios são
direcionados para a nossa vida financeira. O livro de Provérbios considera
que a SABEDORIA é o maior prêmio que podemos ganhar:

Adquire a SABEDORIA, adquire o entendimento e não te esqueças


das palavras da minha boca, nem delas te apartes. Não desampares a
SABEDORIA, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. O
princípio da SABEDORIA é: Adquire a SABEDORIA; sim, com tudo
o que possuis, adquire o entendimento. Estima-a, e ela te
EXALTARÁ; se a abraçares, ela te honrará.
— Provérbios 4:5-8; grifos meus

Portanto, será benéfico para você estudar a sabedoria financeira em


Provérbios. O conhecido evangelista norte-americano Billy Graham disse que
lia um capítulo de Provérbios por dia, e essa foi uma chave principal para lhe
dar sabedoria em sua vida e ministério. Ao regrar as suas finanças conforme a
sabedoria de Deus, ele manteve um testemunho imaculado durante muitos
anos de ministério frutífero, sem nenhum escândalo e com uma administração
competente, apesar das investigações que aconteceram devido ao seu grande
sucesso. Então, neste capítulo iremos estudar o que o livro de Provérbios tem
a dizer acerca do nosso comportamento financeiro. Estou apresentando os
resultados de um ESTUDO INDUTIVO de Provérbios, no qual compilei em
diferentes categorias todos os provérbios relevantes, para que o número de
passagens bíblicas reflita a ênfase que Deus coloca em cada assunto.
Existem três palavras-chave em Provérbios (todas são recebidas pela
Palavra): 1) CONHECIMENTO (os fatos do que interessa), 2)
ENTENDIMENTO (como os fatos são relacionados, as leis e princípios), e 3)
SABEDORIA (a aplicação habilidosa de conhecimento e entendimento em
nossa vida, que cresce à medida que a colocamos em prática). A sabedoria
vem da PALAVRA de Deus. Ela conduz à vida. À medida que alinhamos a
nossa vida à sabedoria de Deus (para que esteja de acordo com a Sua Palavra)
Sua bênção pode fluir livremente e será capaz de experimentar e curtir mais
da vida abundante de Deus. O oposto da sabedoria é a tolice, que apenas leva
à morte.
Apesar do conhecimento e entendimento que ganhamos com o estudo da
Palavra, iremos obter SABEDORIA apenas quando a colocarmos em prática,
e só então iremos receber as RECOMPENSAS da SABEDORIA.

Uma RECOMPENSA da SABEDORIA é a Prosperidade


“Feliz o homem que acha SABEDORIA, e o homem que adquire
conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e
melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e
tudo o que podes desejar não é comparável a ela. O alongar-se da vida está na
sua mão direita (qualidade e quantidade de vida), na sua esquerda,
RIQUEZAS e honra” (Provérbios 3:13-16; grifos e acréscimos meus). Se
você receber sabedoria, com ela vêm riquezas e honra. Ela tem efeitos
colaterais em você. A sabedoria é comparada a uma linda mulher com
riquezas em suas mãos. A sabedoria prosperará você. Quanto mais sabedoria
você tem, mais bênção de Deus pode ser manifestada em sua vida.
Provérbios 3 continua explicando por que caminhar em sabedoria é uma
chave para a sua bênção. Provérbios 3:19: “O SENHOR com SABEDORIA
fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus” (grifo meu). Deus criou
o mundo de acordo com a sabedoria, para operar de certa maneira, conforme
certas leis. Qualquer máquina ou dispositivo é feita para trabalhar de
determinado modo. Se você tentar usá-la de outra maneira, terá resultados
reduzidos; mas se você utilizá-la de acordo com a sabedoria do Criador,
lendo e seguindo o manual, ela se sairá bem e você terá a plena bênção que
vem dela. Da mesma forma, Deus criou este universo de acordo com a
sabedoria, e se eu ler o Seu Livro e viver de acordo com essa sabedoria em
minha vida, serei plenamente abençoado. Ele construiu coisas para operar
segundo as Leis (assim como o princípio da semeadura e colheita) e,
portanto, se eu tiver a sabedoria para agir dessa forma em minha vida, verei a
plena bênção disso.
Provérbios 14:24 diz: “Aos SÁBIOS a RIQUEZA é COROA, mas a
estultícia dos insensatos não passa de estultícia”. Em Provérbios 8:17-21 a
SABEDORIA diz: “Eu amo os que me amam (quanto mais você busca
sabedoria, mais sabedoria flui em seu coração); os que me procuram me
acham. RIQUEZAS e honra estão COMIGO, bens DURÁVEIS e justiça.
Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado; e o meu
rendimento, melhor do que a prata escolhida. Ando pelo caminho da justiça,
no meio das veredas do juízo, para DOTAR de BENS os que me amam e lhes
ENCHER os TESOUROS” (grifos meus). Precisamos buscar a sabedoria em
vez de buscar o dinheiro. As riquezas que permanecem são um subproduto da
busca pela sabedoria. Só ficar em busca do dinheiro não é sabedoria, e produz
no máximo riquezas passageiras.
Provérbios 24:3-4: “Com a SABEDORIA edifica-se a casa, e com a
INTELIGÊNCIA ela se firma; pelo conhecimento se ENCHERÃO as
câmaras de toda sorte de BENS, preciosos e deleitáveis” (grifos meus).
Sabedoria é a chave principal para
a prosperidade.

A SABEDORIA começa com o TEMOR do SENHOR


Provérbios 1:7 (tradução do autor): “O TEMOR do SENHOR é o
princípio do saber, mas os loucos desprezam a SABEDORIA e o
ensino” (grifos meus).
Provérbios 9:10: “O TEMOR do SENHOR é o princípio da
SABEDORIA”.
O temor do Senhor é um espírito de reverência, respeito e honra a Deus em
Sua majestade. É uma atitude de submissão a Ele como autoridade final. Isso
se mostra por uma prontidão em rapidamente obedecer sem argumentar ou
raciocinar, uma vez que a Sua vontade esteja clara.
Provérbios 22:4: “O galardão da humildade (submissão à Sua Palavra)
e o TEMOR do SENHOR são RIQUEZAS, e honra, e vida” (grifos e
acréscimos meus). O Temor de Deus significa COLOCAR Deus em
PRIMEIRO LUGAR (Mateus 6:33).
2 Crônicas 26:5: “Nos dias em que (rei Uzias) buscou ao SENHOR, Deus
o fez prosperar”. Mais tarde, ele buscou as suas próprias coisas e a sua
vida se dividiu. Quando colocamos o dinheiro em primeiro lugar,
estamos no caminho errado. Sabedoria financeira começa com o
entendimento de que o nosso dinheiro na verdade não é nosso. Ele
pertence totalmente a Deus. Somos apenas mordomos do dinheiro de
Deus. A prova é que se ele fosse nosso, teríamos o direito de levá-lo
conosco ao morrer. Ele só é confiado ao nosso cuidado por um curto
tempo. Portanto, Deus tem o direito de nos dizer o que fazer com o
dinheiro, porque somos gerentes do seu dinheiro, e um dia iremos
prestar contas de cada centavo. Então, o princípio da sabedoria em
nossas finanças é ter a atitude correta de entender que tudo pertence a
Deus, e assim devemos colocar Deus em primeiro lugar em nossas
finanças. Se somos bons mordomos, lidando com o dinheiro
corretamente, Deus pode confiar mais a nós, permitindo que flua mais
por meio de nós. Nossa mordomia determina a bênção financeira
operando em nossa vida, assim como as nossas recompensas eternas.
Se TEMEMOS a Deus, nós o honramos como Senhor das nossas finanças
ao obedecê-lo na entrega das nossas primícias (essa deve ser a prioridade em
nossas finanças). Esse é o primeiro passo para colocar Deus em primeiro
lugar.
Provérbios 3:9-10: “HONRA ao SENHOR com os teus BENS (honre o
Seu senhorio sobre as suas finanças) e com as PRIMÍCIAS de toda a tua
RENDA (rendimentos); e se ENCHERÃO FARTAMENTE os teus
celeiros (conta bancária), e TRANSBORDARÃO de vinho os teus
lagares” (grifos e acréscimos meus).
Em seu planejamento financeiro, as primícias (a primeira parte do seu
dinheiro) pertencem a Deus. Toda a finança pertence a Deus, mas ao entregar
a Ele as primícias, você está reconhecendo que Ele é o Senhor e proprietário
das suas finanças. Você está colocando tudo nas mãos dele. Mas se você
pensar: É o meu dinheiro. Eu darei um pouco a Deus ao final, se sobrar
alguma coisa, você está dando a Ele os últimos frutos e não os primeiros.
Você não teve a atitude correta. Você está desonrando a Deus. Toda a bênção
financeira de Deus vem pela graça, para ser recebida pela fé, mas a nossa
confissão (obras) libera essa bênção, porque a fé sem obras é morta. O que
nós fazemos com o nosso dinheiro (por exemplo, no dar) é uma confissão de
fé, permitindo que a bênção de Deus flua. A maneira como confessamos que
isso pertence a Deus é entregando a Ele as primícias.

A SABEDORIA é MANSA (humilde e ensinável)


Mateus 5:5: “Bem-aventurados os MANSOS, porque herdarão a
TERRA”. Uma pessoa mansa é ensinável e recebe treinamento e
correção, aprendendo com aqueles que têm mais experiência e são
melhores em algo. O manso aprende com os seus erros; ele descobre
quem é bom em alguma coisa, e aprende com o que faz. Sem a
mansidão você nunca irá muito longe e perderá muitas bênçãos. O
manso sempre quer aprender a como fazer melhor, admitindo que não é
perfeito e que precisa aprender. Ele está disposto a dizer: “Eu não sei
tudo, pode me ensinar”. Ele herdará a terra, que são as bênçãos
terrenas. Se você deseja ter sucesso em alguma área, você precisa ser
ensinável, e isso exige humildade em vez de fingir que sabe tudo.
Algumas pessoas são teimosas; você diz a elas: “Não, não façam isso”.
Elas ficam chateadas com você e dizem: “Eu sempre fiz dessa maneira e
não mudarei agora”. Você sabe que elas não terão muito sucesso, porque
se limitam pelo orgulho.
Provérbios 26:11: “Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o
insensato que reitera a sua estultícia”.
Provérbios 13:8: “POBREZA e afronta sobrevêm ao que rejeita a
instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado (ele prosperará)”
(grifo e acréscimo meus).
Provérbios 27:17: “Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem,
ao seu amigo”. Se você nunca se permite ser treinado e corrigido, você
será como um machado inútil, que não é eficiente. Haverá pouco
retorno, se comparado ao seu esforço.
Agora, se algo se destina a ser um ataque pessoal, não vem de Deus. Mas
se é apenas uma crítica às nossas ações, então devemos dar ouvidos e
aprender com isso. Pode não ser prazeroso, mas aprendemos dessa forma, e
devemos estar sempre nos avaliando: Como posso fazer melhor? Em Cristo
não há mais condenação (Romanos 8:1), mas devemos almejar ser excelentes
naquilo que fazemos, para dar glória a Deus.
Lembre-se da tartaruga e da lebre. Você precisa se ver como uma tartaruga,
e aprender qualquer coisa é uma grande dificuldade. Outra pessoa (a lebre)
parece simplesmente aprender bem rápido. Mas a tartaruga vence ao final,
porque se você continuar progredindo, permanecendo ensinável, aberto às
novas ideias, sempre se tornando melhor, então superará aquele que pensa
que sabe tudo e para de aprender e aplicar em si mesmo. Permanecer
ensinável é a chave para herdar as bênçãos terrenas. Seja qual for o seu
trabalho, seja sempre ensinável e aberto à melhoria. Essa é a principal chave
para a promoção. Não fique preso em uma rotina, não se contente com o
“bom o suficiente”. “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como
para o Senhor” (Colossenses 3:23). Esse espírito de excelência é a principal
chave para sermos abençoados.
Quando Deus criou o mundo, Ele não fez um trabalho pela metade.
Repetidas vezes é dito: “Viu Deus que era bom”. “Bom” significa rico,
excelente, abundante, generoso.
Efésios 2:10: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
BOAS (excelente) OBRAS, as quais Deus de antemão preparou para
que andássemos nelas”. Em nossa obra, somos chamados para fazermos
boas obras, não um mínimo trabalho “simplesmente satisfatório”. Você
não será um sucesso dessa maneira. Almeje a excelência, para sempre
estar melhorando no que você está fazendo. Essa é a principal chave
para a prosperidade. Com frequência, as pessoas aprendem um pouco e
se contentam com isso porque é bom o suficiente para sobreviver, mas
você nunca irá prosperar de verdade dessa maneira.
Provérbios 22:29: “Vês a um homem perito na sua OBRA? Perante reis
será posto; não entre a plebe” (grifo meu).
Provérbios 18:16: “O presente que o homem faz alarga-lhe o caminho e
leva-o perante os grandes”. Independente de quão talentoso você seja, a
menos que desenvolva pela prática você não terá sucesso.
A excelência em nossa obra traz glória a Deus.
Mateus 5:16: “Assim brilhe também a vossa LUZ (testemunho) diante
dos homens, para que vejam as vossas BOAS (excelentes) OBRAS e
GLORIFIQUEM a vosso Pai que está nos céus” (grifos e acréscimo
meus). Quando as pessoas veem a qualidade das suas obras, isso as faz
glorificar a Deus. Agora, se você faz boas obras, elas darão a glória a
você, a menos que você também testemunhe a respeito de Jesus. É por
isso que você deve deixar a sua luz brilhar (a sua luz é o seu
testemunho). Existem duas coisas necessárias: a sua luz (testemunho) e
as suas boas obras. Alguns estão sempre falando acerca de Jesus, mas
são inúteis em seu trabalho e assim não dão a glória a Deus. Outros
podem ser ótimos em seu trabalho, mas nunca mencionam Jesus e
novamente Deus não receberá nenhuma glória. Para Deus receber a
glória, as pessoas precisam saber que você é cristão e ver que você está
fazendo a sua obra de todo o coração e com excelência. Uma vez que
cremos que Deus é gracioso, generoso e excelente em tudo o que Ele
faz, nós, Seus filhos, devemos confessar a nossa fé mostrando
excelência em nossas obras, e uma chave principal para isso é sempre
permanecer ensinável.

A SABEDORIA ensina DILIGÊNCIA, trabalho pesado e


perseverança (terminar o que você começou) e censura a
PREGUIÇA
Provérbios 20:4: “O PREGUIÇOSO não lavra por causa do inverno
(ele não semeia a semente), pelo que, na sega, procura e nada encontra”
(grifo e acréscimos meus). Provérbios 10:4-5: “O que trabalha com
mão REMISSA EMPOBRECE, mas a MÃO dos DILIGENTES vem a
ENRIQUECER-SE. O que ajunta no verão é filho SÁBIO, mas o que
DORME na sega é filho que envergonha” (grifos meus). Existe
determinada estação em que as coisas precisam ser feitas (assim como
trabalhar e plantar a semente e mais tarde ajuntar a colheita). Em vez de
fazer isso quando deve ser feito, o preguiçoso procrastina e continua
adiando para amanhã o que precisa ser feito hoje. Isso leva à sua
pobreza e vergonha.
Provérbios 12:27: “O PREGUIÇOSO não assará a sua caça, mas o bem
precioso do homem é ser ele DILIGENTE” (grifos meus). O homem
preguiçoso não termina o que começa. Ele faz a parte do trabalho que é
mais divertida, mas não faz a parte que é mais difícil e não tão
agradável. Como resultado, tudo é perdido. A maioria dos trabalhos tem
partes difíceis para eles, mas o diligente fará essas partes também assim
como as partes mais agradáveis.
Provérbios 19:24: “O PREGUIÇOSO mete a mão no prato e não quer
ter o trabalho de a levar à boca” (grifo meu). A primeira parte do
versículo é algo fácil de cumprir, porque tem a gravidade a seu favor,
mas a segunda parte significa ir contra um pouco de resistência
(gravidade), então o preguiçoso abandona!
Provérbios 22:13: “Diz o PREGUIÇOSO: Um leão está lá fora; serei
morto no meio das ruas” (grifo meu). Ele é cheio de razão e desculpas
para não fazer algo, até mesmo apelar para perigos imaginários (saúde e
segurança). Se você não quer fazer algo, você encontrará uma razão para
não fazê-lo, mas essa fraqueza de caráter leva à pobreza.
Provérbios 14:23: “Em todo TRABALHO há PROVEITO; meras
palavras, porém, levam à PENÚRIA” (grifos meus). O homem
preguiçoso está sempre falando sobre o que ele fará, mas nunca tem
tempo para fazer nada. Ele é um especialista aos seus próprios olhos, e
passa todo o seu tempo criticando aquele que na verdade está tentando
fazer algo. Ele está no caminho da pobreza.
Provérbios 15:19: “O caminho do PREGUIÇOSO é como que cercado
de espinhos, mas a vereda dos retos é plana” (grifo meu). Após um
tempo, o efeito do caos desorganizado rodeando a ele e a todos os seus
trabalhos não finalizados o acompanha, tornando o seu caminho difícil.
Ele não limpou o caminho à sua frente, por isso seu progresso é lento e
espinhoso.
Provérbios 14:4: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela
força do boi há ABUNDÂNCIA de colheitas” (grifo meu). Às vezes,
trabalhadores incansáveis (simbolizados pelo boi) também deixam uma
bagunça, mas ao menos eles produzem mais lucro e benefício.
Provérbios 10:26: “Como vinagre para os dentes e fumaça para os
olhos, assim é o PREGUIÇOSO para aqueles que o mandam” (grifo
meu). Ele nunca finaliza totalmente um trabalho. Quase nunca é feito da
maneira correta.
Eclesiastes 10:15: “O trabalho do tolo o fatiga, pois nem sabe ir à
cidade”. Até mesmo a tarefa mais simples os destrói. Eles desfalecem
em suas mentes.
Provérbios 12:24: “A mão DILIGENTE dominará, mas a REMISSA
será sujeita a trabalhos forçados” (grifos meus). A única maneira de o
preguiçoso fazer alguma coisa é se alguém o forçar. O diligente acabará
como cabeça e o homem preguiçoso como cauda.
Provérbios 18:9: “Quem é NEGLIGENTE na sua obra já é irmão do
desperdiçador” (grifo meu). Se algo é feito de maneira ruim, é pior do
que se nunca tivesse sido feito, já que precisará ser derrubado e ser feito
novamente. A PREGUIÇA é um animal que se move extremamente
devagar pelas árvores. O movimento mais simples parece durar uma
eternidade. Para a preguiça, qualquer tarefa é difícil e feita vagarosa e
relutantemente. Ela prefere dormir.
Provérbios 19:15: “A PREGUIÇA faz cair em profundo SONO, e o
ocioso vem a padecer FOME” (grifos meus).
Provérbios 20:13: “Não ames o SONO, para que não EMPOBREÇAS;
abre os olhos e te FARTARÁS do teu próprio PÃO” (grifos meus).
Todos precisamos dormir, mas o homem preguiçoso pega no sono no
trabalho, perdendo a concentração facilmente, indo para um estado de sonho,
ansiando pelo momento quando estará na cama novamente!
Provérbios 26:13-16: “Diz o PREGUIÇOSO: Um leão está no
caminho; um leão está nas ruas. Como a porta se revolve nos seus
gonzos, assim, o PREGUIÇOSO, no seu leito (a única ação que você
verá dele é quando ele alterna em seu sono. Ele se vira para um lado,
mas não continua nele, mas vira para o outro lado de novo. Como
resultado, ele nunca faz nenhum PROGRESSO real). O PREGUIÇOSO
mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca. Mais
sábio é o PREGUIÇOSO aos seus próprios olhos do que sete homens
que sabem responder bem” (grifos e acréscimos meus).
Provérbios 24:30-34: “Passei pelo campo do PREGUIÇOSO e junto à
vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de
espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em
ruínas (ele é muito preguiçoso para manter as coisas adequadamente,
então seu campo [negócio] constantemente perde produtividade).
Tendo-o visto, considerei; vi e recebi a instrução. Um pouco para
DORMIR, um pouco para TOSQUENEJAR, um pouco para encruzar os
braços em repouso, assim sobrevirá a tua POBREZA como um ladrão, e
a tua NECESSIDADE, como um homem armado” (grifos e acréscimos
meus).
O homem preguiçoso deixa o trabalho sem terminar, pensando que pode
sempre ser feito outra hora, então ele descansa. Durante certo tempo, nada
terrível acontece e dificilmente percebe a firme deterioração ao seu redor, e
assim ele continua em sua preguiça. Mas é fácil prever o que acontecerá. Em
certo ponto, a pobreza arremeterá contra ele como um ladrão e ele perderá
tudo. Ele se abriu ao desastre.
Provérbios 6:6-11: “Vai ter com a FORMIGA, ó PREGUIÇOSO,
considera os seus caminhos e sê SÁBIO. Não tendo ela chefe, nem
oficial, nem comandante (elas são autodisciplinadas, automotivadas,
proativas, quase nunca precisam de alguém para dizer a elas o que
fazer), no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.
(Há um tempo necessário para muitos trabalhos. O diligente arregaça as
suas mangas e faz o que tem que fazer no tempo certo, quando precisa
ser feito e não adia para outra hora.) Ó PREGUIÇOSO, até quando
ficarás deitado? Quando te levantarás do teu SONO? Um pouco para
DORMIR, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os
braços em repouso. (Isso se refere a uma atitude mental passiva em
funcionamento assim como o sono físico. Precisamos estar mentalmente
acordados, alertas, ativos e preparados para trabalharmos pesado.)
Assim sobrevirá a tua POBREZA como um ladrão, e a tua
NECESSIDADE, como um homem armado” (grifos e acréscimos
meus). A preguiça certamente irá alcançá-lo.
Provérbios 21:25-26: “O PREGUIÇOSO morre desejando, porque as
suas mãos RECUSAM TRABALHAR. O cobiçoso cobiça todo o dia,
mas o justo dá e nada retém” (grifos meus).
Provérbios 13:4: “O PREGUIÇOSO deseja (sonhos e cobiças) e NADA
tem, mas a alma dos DILIGENTES se FARTA”. Os desejos e sonhos de
um homem preguiçoso levam apenas à depressão porque ele se recusa a
trabalhar o necessário para realizá-los. O diligente tem abundância e
então ele dá.
Provérbios 17:24: “A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do
insensato vagam pelas extremidades da terra”. O homem sábio tem
sonhos, mas ele foca no que precisa ser feito agora para ter progresso em
direção ao seu sonho. O tolo ama sonhar, o seu foco está sempre a
distância e nunca faz o que está em suas mãos fazer.
Provérbios 12:11: “O que LAVRA a sua terra será farto de pão, mas o
que corre atrás de COISAS VÃS é falto de senso” (grifos meus). Em vez
de diligentemente trabalhar para alcançar progresso em sua
prosperidade, o Sr. Preguiçoso se diverte com coisas sem valor que não
geram fruto. Ele passa um bom tempo em prazeres e entretenimentos e
ele espera encontrar um caminho para conseguir dinheiro rápido e fácil,
porque ele não gosta de trabalhar.
Uma chave simples para a prosperidade é o trabalho árduo. Não existe
atalho. Sim, cremos em Deus quanto à Sua bênção, mas a fé sem obras é
morta. Sim, a bênção de Deus é livremente dada e “a bênção do Senhor
enriquece” (Provérbios 10:22), mas a sua bênção trabalha (opera, flui)
quando nós trabalhamos. “Pois o Senhor, teu Deus, te ABENÇOOU em toda
a OBRA das tuas MÃOS” (Deuteronômio 2:7; 12:7; 14:29; 15:10; 16:15;
grifos meus). “O Senhor, teu Deus, te ABENÇOE em todos os teus
EMPREENDIMENTOS” (Deuteronômio 23:20; 24:19; grifos meus). “O
Senhor determinará que a BÊNÇÃO esteja nos teus celeiros e em TUDO o
que colocares a MÃO... para ABENÇOAR toda OBRA das tuas MÃOS”
(Deuteronômio 28:8,12; grifos meus). “A OBRA de suas MÃOS
ABENÇOASTE” (Jó 1:10; grifos meus). “ABENÇOA o seu poder, ó
SENHOR, e aceita a OBRA das suas MÃOS” (Deuteronômio 33:11; grifos
meus). “BEM-AVENTURADO o homem... e tudo quanto ele FAZ será
BEM-SUCEDIDO” (Salmos 1:1,3; grifos meus). “... para que tenhas cuidado
de FAZER segundo tudo quanto nele está escrito (na Palavra); então, FARÁS
PROSPERAR o teu caminho e serás bem-sucedido” (Josué 1:8; grifo meu).
“Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e
nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas OPEROSO
PRATICANTE, esse será BEM-AVENTURADO no que REALIZAR” (ou
“ABENÇOADO no que FIZER”) (Tiago 1:25; grifos meus). “Ora, se sabeis
estas coisas, BEM-AVENTURADOS sois se as PRATICARDES” (João
13:17; grifos meus). A sua obra é o principal meio (veículo) que Deus usa
para que a Sua bênção flua em sua vida.
Provérbios 10:22: “A BÊNÇÃO do SENHOR enriquece, e, com ela, ele
não traz desgosto” (grifo meu).
Provérbios 8:12: “Eu, a SABEDORIA, habito com a prudência e
disponho de (descubro) CONHECIMENTOS e de CONSELHOS”
(grifos meus). A bênção e a sabedoria de Deus podem dar a você uma
ideia ou invenção criativa com o potencial de trazer muito dinheiro (por
exemplo, o homem que pensou em cones para o trânsito e se tornou
milionário muito rapidamente). Mesmo se Deus sobrenaturalmente der a
você uma excelente ideia para crescer financeiramente, você ainda
precisará acrescentar um trabalho árduo a ela para torná-la valorosa e
para que se torne realidade. Por melhor que seja a ideia ou por mais
talentoso que você seja em algo, se não acrescentar o trabalho árduo não
decolará. A diligência é um ingrediente essencial para a prosperidade.
Com frequência, as pessoas têm boas ideias para outras pessoas fazerem.
Uma coisa é ter uma ótima ideia e visão, mas você precisa acrescentar
trabalho árduo a ela, não acontecerá por acaso.
Alguns cristãos têm a atitude errada de que não temos que fazer as coisas
muito bem ou profissionalmente, porque Deus abençoará e fará a diferença.
Não podemos nos contentar com o segundo melhor na qualidade do nosso
trabalho. Devemos ser excelentes em ambos os níveis: o natural e o
espiritual. Fazemos o melhor que podemos e depois confiamos em Deus para
fazer o que não podemos. Os dois juntos. O natural e o sobrenatural
trabalhando juntos como uma poderosa força de Deus. Orar pedindo a bênção
(unção) de Deus sobre o negócio não é substituto do trabalho árduo
requerido. Se um cristão faz um trabalho mediano e ora por ele, e um não
cristão não ora, mas faz o trabalho de maneira excelente, quem vai ser
solicitado a fazer o trabalho novamente? Um pregador deve orar pelo seu
sermão, mas isso não o isenta do estudo e do trabalho pesado requerido para
prepará-lo adequadamente, de outra forma será uma bagunça ungida e as
pessoas não serão capazes de extrair muito dele. Um grupo de louvor precisa
orar por unção, mas eles também precisam trabalhar no lado natural: vozes,
harmonia, música, som corretos para a unção ser canalizada através do
natural. Se o natural está fraco o poder não tem muito por onde fluir.
Se você tem uma boa ideia, comprometa-a (semeie-a) ao Senhor e se for de
Deus ela simplesmente melhorará e crescerá (Gálatas 6:17). Ele acrescentará
detalhes e fará com que cresça dentro de você. Então, quando você souber
que é vontade de Deus, você precisará adicionar um trabalho árduo a ela. À
medida que continua entregando-a a Deus, ela continua crescendo. Mas se
você entregá-la a Deus e ela se tornar fraca e desaparecer, então
provavelmente não é de Deus ou não é para esse tempo. George Mulla,
famoso pelos orfanatos que iniciou e manteve pela fé, entregou a visão ao
Senhor todos os dias durante um mês, dizendo: “Senhor, se é a Sua vontade
para mim cuidar de todos esses órfãos, que seja feita a Sua vontade”. Ao final
dos trinta dias ele sabia que era de Deus e, então, seguiu em frente em fé e
muito trabalho para fazer acontecer.
O trabalho é parte da nossa ação correspondente (confissão) de fé. Se
crermos que Deus está abençoando a nossa vida e trabalhando em nós e por
meio de nós, precisamos desenvolver o que Deus está trabalhando dentro de
nós, crendo que à medida que nos dedicamos a Ele, Ele trabalha em nós tanto
o Seu querer quanto o efetuar (habilidade) para fazer a Sua vontade
(Filipenses 2:12-13). Jesus disse em João 5:17,19: “Meu Pai TRABALHA
até agora, e eu TRABALHO também... o Filho nada pode fazer de si mesmo,
senão somente aquilo que VIR FAZER o Pai; porque tudo o que este FIZER,
o Filho também semelhantemente o FAZ” (grifos meus). Deus está
trabalhando e nós trabalhamos com Deus. Isso é parte da nossa caminhada
em concordância com Ele, o que permite que a Sua bênção flua.
Gênesis 2:15: “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no
jardim do Éden para o CULTIVAR e o GUARDAR” (grifos meus).
Assim que Deus fez o homem, Ele lhe entregou um trabalho. Deus nos
criou para trabalhar. Isso foi antes da Queda, e a intenção de Deus desde
o início é que devemos trabalhar e ser produtivos e também servirmos a
Ele por toda a eternidade.
Provérbios 27:18: “O que TRATA da figueira COMERÁ do seu fruto;
e o que cuida do seu senhor será HONRADO” (grifos meus).
Efésios 4:28: “Aquele que furtava não furte mais; antes, TRABALHE,
fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que
ACUDIR ao necessitado” (grifos meus).
Deus nos quer ativos na mente e no corpo. O problema com não ser
utilmente empregado em alguma coisa é que nos tornamos passivos, o que
abre a porta para o pecado, Satanás, desencorajamento e depressão. Como diz
o ditado: “A natureza
abomina o vazio” e “A mente fazia é oficina do diabo”. Alguns dos
tessalonicenses pararam de trabalhar e como resultado a vida deles tornou-se
desordenada, e eles passaram a ser intrometidos e fofoqueiros, porque não
tinham nada de produtivo para fazer com o seu tempo. Paulo não mediu as
palavras em 2 Tessalonicenses 3:6-13:

Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos
aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a
tradição que de nós recebestes; pois vós mesmos estais cientes do modo
por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos
desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão à custa de
outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia,
trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; não porque
não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos
exemplo em nós mesmos, para nos imitardes. Porque, quando ainda
convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer TRABALHAR,
também não COMA. Pois, de fato, estamos informados de que, entre
vós, há pessoas que andam desordenadamente, NÃO TRABALHANDO;
antes, se INTROMETEM na vida alheia. A elas, porém, determinamos e
exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, TRABALHANDO
tranquilamente, COMAM o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos
canseis de FAZER O BEM (grifos meus).

Preciso deixar claro que nem todo o trabalho é remunerado. A mãe em


casa cuidando do seu marido, filhos e casa está trabalhando, ela está sendo
produtiva, ajudando outros. Uma das principais características da mulher
virtuosa e abençoada de Provérbios 31:10-31 é que ela trabalha duro. Se
estamos desempregados no momento provavelmente não é por culpa nossa,
mas o seu objetivo deve ser encontrar trabalho e enquanto isso fazer algum
trabalho voluntário para a sua igreja ou uma obra de caridade ou família.
Encontre algo útil para fazer, estude, ou faça treinamento. Para o seu próprio
bem, não se sente, simplesmente, passivamente esperando que algo aconteça.
Provérbios 11:29: “O que perturba a sua casa herda o vento, e o
insensato é servo do sábio de coração”.
1 Timóteo 5:8: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o
descrente”. O mundo não deve nada a você. Deus promete abençoar as
obras das suas mãos. Se você não é capaz de trabalhar por causa de
alguma deficiência ou se está aposentado, se ainda puder, seja ativo em
ajudar as pessoas de algum modo ou se doar em oração.
A SABEDORIA nos ensina a ter DOMÍNIO sobre as
nossas finanças, o que inclui planejamento financeiro e
alguma forma de orçamento
Gênesis 1:26-28: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele DOMÍNIO sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra... Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem... E Deus os abençoou e lhes disse:
Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e SUJEITAI-A;
DOMINAI sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo
animal que rasteja pela terra” (grifos meus). Adão foi ordenado a
dominar sobre as riquezas que foram confiadas a ele. Deus iniciou
colocando-o no Jardim.
Gênesis 2:15: “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no
jardim do Éden para o CULTIVAR e o GUARDAR” (grifos meus). Ele
precisava dominar sobre ele, cultivando-o e guardando-o. Da mesma
forma, devemos controlar as finanças (governar) que Deus nos confiou.

PASSO 1: CONHEÇA o ESTADO das suas finanças. Você precisa


saber o que é seu. Adão foi guiado a nomear todos os animais. Ele fez o
inventário (ver Gênesis 2:19-20). O livro de Provérbios também nos instruiu
nesse sentido.

PROCURA CONHECER o ESTADO das tuas ovelhas e cuida dos


teus rebanhos, porque as riquezas não duram para sempre, nem a
coroa, de geração em geração (não ache que simplesmente a sua
riqueza cuidará de si mesma, que você sempre a terá
automaticamente, porque se você não gerenciá-la corretamente, ela
fugira de você). (Mas se diligentemente) quando, removido o feno,
aparecerem os renovos e se recolherem as ervas dos montes, então,
os cordeiros te darão as vestes, os bodes, o preço do campo, e as
cabras, leite em abundância para teu alimento, para alimento da tua
casa e para sustento das tuas servas.
— Provérbios 27:23-27, grifos meus

PASSO 2: PLANEJE as suas FINANÇAS, de acordo com as suas


PRIORIDADES. Alguns cristãos acreditam que planejamento financeiro e
orçamento não são algo espiritual. Mas não precisamos ser guiados pelo
Espírito diariamente? Existe um equilíbrio entre o natural e o sobrenatural,
que diz respeito a AMBOS, não um ou outro. Planejamento financeiro faz
parte de ser sábio e diligente. Isso é exercitar domínio sobre as nossas
finanças, como Deus nos disse. O planejamento não substitui, mas inclui ser
guiado pelo Espírito.
Provérbios 21:5: “Os PLANOS do DILIGENTE tendem à
ABUNDÂNCIA, mas a pressa excessiva, à POBREZA” (grifos meus).
Sem planejamento você provavelmente agirá no impulso e acabará
gastando tudo assim que você receber.
O seu PLANEJAMENTO deve refletir as suas PRIORIDADES. De outra
forma, você gastará o seu dinheiro e falhará em colocá-lo no que realmente é
importante. Você é o gerente das finanças de Deus, então você precisa
planejar de acordo. Você deve ter uma estratégia geral. Suas PRIORIDADES
devem ser de acordo com a ORDEM a seguir:

1. Separe as PRIMÍCIAS para Deus (o dízimo) e outras OFERTAS.


2. Depois, separe uma pequena porção para ECONOMIAS de curto e
longo prazo. Ou se você estiver DEVENDO, antes de juntar, sua
prioridade deve ser primeiro LIMPAR aquele débito.
3. DESPESAS (gastos necessários, contas, etc.), e depois em luxos.

Colocar em prática as prioridades (1) e (2), e impor uma disciplina em suas


despesas pessoais. Uma vez que você tenha separado as primícias para Deus
e certa quantia para despesas ou para pagar os seus débitos (você precisa
quitar os seus débitos com disciplina fazendo pagamentos regulares), você
precisa viver (se manter) com o que sobrou.
A ECONOMIA é parte da SABEDORIA. Alguns pensam que é errado
economizar, mas é absolutamente correto; não se sinta culpado por causa
disso. Alguns se sentem culpados se possuem algo de valor. Eles pensam: Eu
não devia ter uma poupança. Provérbios deixa claro que é sábio juntar e
então se acontecer uma emergência ou tempos difíceis quando as finanças
não estão indo bem, você ainda terá um suprimento. É por isso que a Bíblia
fala sobre celeiros e DEPÓSITOS. “O homem de bem deixa herança aos
filhos de seus filhos” (Provérbios 13:22). Gosto do que John Wesley disse:
“FAÇA o máximo de dinheiro que puder, JUNTE o máximo que puder e DÊ
o quanto puder”.
Provérbios 21:20: “TESOURO desejável e AZEITE há na casa do
SÁBIO, mas o homem INSENSATO os DESPERDIÇA” (grifos meus).
Existe um estoque de azeite, tesouro e boas coisas na casa do sábio. Eles
são bens que podem ser usados no futuro quando necessário. É TOLICE
usar tudo o que você tem em suas mãos. Precisamos viver dentro dos
nossos meios. Se você não planejar, isso não acontecerá, porque você
simplesmente gasta tudo o que tem fundamentado em seus desejos de ter
as coisas agora. Depois, quando algo acontecer e você tiver uma despesa
extra, você não terá dinheiro para isso. Essa é uma maneira de você
facilmente cair na armadilha das dívidas e altos juros de cartão de
crédito. Veja que nossa economia vem depois da prioridade, que é o dar.
Deus não deseja que você separe tudo de modo que nunca doe nada. É
errado acumular tudo.
Provérbios nos diz para aprendermos duas coisas com a sabedoria da
formiga. Primeiro (como já vimos) não seja preguiçoso. Segundo, seja
diligente para JUNTAR.
Há quatro coisas mui pequenas na terra que, porém, são mais
SÁBIAS que os sábios: as formigas, povo sem força; todavia, no
VERÃO PREPARAM a sua COMIDA.
— Provérbios 30:24-25; grifos meus

Vai ter com a FORMIGA, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e


sê SÁBIO. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no
estio, PREPARA o seu PÃO, na SEGA, AJUNTA o seu
MANTIMENTO. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando
te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, um pouco para
tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim
sobrevirá a tua POBREZA como um ladrão, e a tua NECESSIDADE,
como um homem armado.
— Provérbios 6:6-11; grifo meu

A formiga tem entendimento suficiente para saber que existem estações na


vida, e no verão (colheita) é quando entra a maior parte do seu alimento. Ela
come tudo de uma vez? Não, ela junta e guarda o suficiente para durar até o
inverno para usar à medida que surgem as suas necessidades. Da mesma
forma, quando recebe o seu dinheiro, você não deve utilizá-lo de uma só vez,
mas separar parte dele para outra estação em que possa precisar. Isso é falta
de fé de que Deus não irá prover para o inverno? Não, isso é sabedoria, e se
você não for diligente em guardá-lo, significa que você é preguiçoso porque
não se esforçou em planejar. Até mesmo a formiga tem a sabedoria dada por
Deus para planejar as suas entradas. Ela planeja como utilizá-las ao longo do
ano, incluindo poupar uma parte para suprir tempos difíceis que virão.
Economias de curto prazo precisam cobrir tanto despesas previstas (contas
com vencimentos) e despesas não previstas, como quando o seu carro quebra.
É o diabo? Não necessariamente. Essas coisas acontecem. Todo equipamento
tem uma vida útil. Você sempre terá esses tipos de despesas não previstas, e é
sábio planejar as suas finanças para que você separe certa quantia de dinheiro
para situações como essa. Se você não poupar, então todos esses problemas-
surpresa serão crises que perturbarão a sua vida. Não pense que viver no
fundo do poço em crise, precisando de um milagre todos os dias,
simplesmente sobrevivendo, é o melhor de Deus, e que o planejamento e a
economia para o futuro são errados!
Economia de médio prazo. Outra razão para economizar é para algo que
você realmente deseja (como férias) e que você pode conseguir em poucos
meses (ou um ano ou dois) de economia. É melhor economizar e pagar por
algo, do que entrar em débitos com juros altos e terminar pagando duas vezes
o seu valor só porque você deseja ter AGORA!
Economias de longo prazo também são válidas para possíveis situações
futuras de rendimentos reduzidos (como aposentadoria), ou para poder passar
alguma coisa para os seus filhos e netos. Se você está em um período em que
está ganhando dinheiro, você precisa juntar uma parte. A propósito, é correto
fazer isso. Você deve prover para a sua família. Isso não é falta de fé, é
simplesmente sabedoria.
Prudência é uma palavra-chave em Provérbios. Ela significa revisão e
discrição. A prudência considera os vários cursos de ações e suas
consequências, e escolhe o melhor.
Provérbios 22:3: “O PRUDENTE VÊ o mal e ESCONDE-SE; mas os
simples passam adiante e sofrem a pena” (grifos meus). Ser um cristão
não significa que você jogou fora o seu senso comum. Às vezes, Deus
pode advertir você (diante de uma recessão que virá) para cortar alguns
gastos por um tempo e pagar os seus débitos mais rápido, preparar suas
velas para que você esteja em melhor condição para navegar na
tempestade vindoura.
Como o planejamento se encaixa com ser guiado pelo Espírito? Para
começar, você deve almejar ser guiado pelo Espírito EM seu planejamento.
Quaisquer PLANOS que fizermos devemos SUBMETER ao Senhor, e Ele
pode direcionar e nos guiar para mais longe. Planejamento não é
necessariamente PRESUNÇÃO, desde que os nossos PLANOS sejam
PROVISÓRIOS e FLEXÍVEIS, dependentes da vontade de Deus, uma vez
que Ele nos guia passo a passo.
Provérbios 16:3: “CONFIA ao SENHOR as tuas OBRAS, e os teus
DESÍGNIOS serão estabelecidos” (grifos meus).
Provérbios 3:5-6: “CONFIA no SENHOR de todo o teu coração e não te
estribes no teu próprio entendimento. RECONHECE-O em todos os teus
CAMINHOS (planejados), e ele ENDIREITARÁ as tuas VEREDAS”
(grifos meus).
Salmos 37:4-5: “Agrada-te do SENHOR (coloque-o em primeiro lugar), e
ele satisfará os DESEJOS do teu coração (Ele colocará os dele em seu
coração). ENTREGA o teu caminho ao SENHOR, CONFIA nele, e o mais
ele fará” (grifos meus).
Obviamente, é errado fazer os nossos planos independente de Deus,
achando que Ele irá automaticamente abençoar tudo o que decidirmos fazer
(um pecado de orgulho e presunção).
Provérbios 27:1: “Não te GLORIES do dia de amanhã, porque não
sabes o que trará à luz” (grifo meu).
Tiago 4:13-16: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos
para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos
lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois,
apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez
disso, devíeis dizer: Se o SENHOR QUISER, não só viveremos, como
também FAREMOS isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos JACTAIS das
vossas arrogantes pretensões. Toda JACTÂNCIA semelhante a essa é
maligna” (grifos meus).
Veja que Tiago não diz para não planejarmos. Na verdade, ele diz para
planejar o amanhã, mas submeter esses planos à vontade de Deus, e entender
que eles são provisórios porque Deus tem outros planos para nós. Deus tem o
direito de prevalecer sobre qualquer plano.
Provérbios 16:9: “O coração do homem TRAÇA o seu caminho, mas o
SENHOR lhe DIRIGE os passos (mudando, ajustando e substituindo seus
planos quando necessário)” (grifos e acréscimos meus). Portanto,
planejar o futuro não é necessariamente uma presunção pecadora ou
falta de fé. Planejamos e prosseguimos, e Deus pode nos conduzir à
medida que caminhamos. É mais fácil conduzir um carro em
movimento.
Iniciar um novo negócio requer um planejamento cuidadoso: “Pois
qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para
CALCULAR a DESPESA e verificar se tem os meios (dinheiro, vontade,
energia) para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e
não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este
homem começou a construir e não pôde acabar?” (Lucas 14:28-30; grifos e
acréscimos meus).
Habacuque 2:2: “O SENHOR me respondeu e disse: ESCREVE a
VISÃO, GRAVA-A sobre tábuas, para que a possa ler até quem PASSA
CORRENDO” (grifos meus).
Vemos aqui que 1) precisamos TER ou RECEBER a visão (a grande
ideia). Mas isso não é suficiente porque 2) devemos também COMUNICÁ-
LA claramente, para que outros possam entender e caminhar com ela (se
envolver com ela para ajudar a acontecer). Em particular, devemos
ESCREVER a visão. Escrever para torná-la simples nos força a pensar em
todos os detalhes de como ela funcionará e calcular o custo. Depois, 3)
quando a visão estiver clara de modo que qualquer pessoa possa perceber
como funciona, então precisamos EXECUTÁ-LA. Precisamos implementar a
ideia, mas não casualmente, pois está escrito “caminhe” com ela. Se vamos
fazer isso, devemos dar o nosso melhor e CORRER com ela e inspirar outros
a correrem com ela também.
Na fase do planejamento, é essencial ter bons conselhos daqueles que
possuem mais experiências que você, especialmente na área em que você está
se envolvendo. Eles podem dizer-lhe quais são as dificuldades e custos,
muitas coisas sobre as quais nunca pensou. Então, depois de ter reunido o
máximo de informação possível e buscado o Senhor, você estará em uma
posição muito melhor para decidir a respeito da melhor ação. Esse conselho
não pode parar os seus planos, mas provavelmente os modificará porque você
terá mais sabedoria acerca de como começar bem, o que focar inicialmente e
o que desenvolver em uma fase posterior, onde empregar o seu tempo e
dinheiro, etc. Isso lhe poupará muito dinheiro e fará a diferença entre sucesso
e fracasso, porque o primeiro ano sempre é crucial.
Provérbios 15:22: “Onde não há CONSELHO fracassam os
PROJETOS, mas com os muitos CONSELHEIROS há BOM ÊXITO”
(grifo meu).
Provérbios 20:18: “Os PLANOS mediante os CONSELHOS têm BOM
ÊXITO; faze a guerra com PRUDÊNCIA” (grifos meus).
Não queremos apenas um plano animador (visão), queremos que ele seja
ESTABELECIDO: “Com medidas de PRUDÊNCIA farás a guerra; na
multidão de CONSELHEIROS está a VITÓRIA” (Provérbios 24:6; grifos
meus). O conselho sábio adverte do perigo.
É fácil ter uma visão, mas é preciso determinação para vê-la realizada.
É fácil começar uma corrida, mas é preciso persistência para terminá-la e
cruzar a linha: “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena”
(Provérbios 24:10).
Provérbios 4:26-27: “Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus
caminhos sejam retos. Não declines nem para a direita nem para a
esquerda; retira o teu pé do mal”.
Provérbios 20:21: “A posse antecipada de uma herança no fim não será
abençoada”. Não olhe para esquemas que enriquecem fácil. Geralmente,
eles são armadilhas para partilhar do seu dinheiro. O dinheiro que se
ganha rapidamente geralmente se perde fácil. Deus deseja dar a você um
plano e então diligentemente trabalhar esse plano, e à medida que você o
executa, a Sua bênção trabalhará por intermédio de você para enriquecê-
lo consistentemente com riquezas permanentes (Provérbios 10:22). Não
é uma corrida de cem metros, mas uma maratona. Faça um progresso
diligente todos os dias em sua meta. Domine o seu tempo. Tenha um
diário e faça diariamente uma lista de coisas para fazer, então marque-as
quando estiverem feitas. Coloque no topo da lista do próximo dia os
itens que não foram concluídos no fim do dia. Viva com propósito, corra
com uma visão!

PRINCÍPIOS PARA O SUCESSO NOS NEGÓCIOS


Deus deseja, até mais do que você, que o seu negócio seja bem-sucedido.
Ele deseja que ajude a espalhar o Evangelho nos anos que vierem. Alguns
princípios bíblicos importantes incluem:

1. Dedicar o negócio ao Senhor. O negócio não é seu, mas do Senhor.


Ele possui tudo de qualquer forma! Ele apenas pede a você para ser
um mordomo sábio das Suas posses.
2. Ore diariamente acerca do seu negócio e confesse a bênção de
Deus sobre ele. Deus irá liderá-lo, guiá-lo, protegê-lo e prosperá-lo.
Um grama de oração vale um quilo de arrependimento!
3. Pare de olhar para riquezas rápidas. Riquezas que vêm da noite
para o dia voam (Provérbios 23:5). Deus deseja dar a você riquezas
duráveis (Provérbios 8:18). Deus deseja prosperar o seu negócio à
medida que a sua alma prospera na Palavra (3 João 2). Isso é um
processo, não acontece instantaneamente: “A terra por si mesma
frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na
espiga” (Marcos 4:28). A semente plantada retorna “algumas 30,
outras 60 e outras a 100 por um” (Marcos 4:20). A bênção flui de
acordo com a maneira como você se entrega à Palavra.
4. Não entre em uma PARCERIA com um não cristão (2 Coríntios
6:14). Esse versículo normalmente é usado para casamento, mas
também se aplica a negócios. Se você tiver um parceiro, não se junte a
um não cristão, mas a um cristão com a mesma visão e as mesmas
convicções.
5. Seja um contribuinte com o seu negócio. “A alma generosa
prosperará, e quem dá a beber será dessedentado” (Provérbios 11:25).
O negócio liberal também pode ser próspero. Primeiro, dê ao Reino de
Deus e os celeiros do seu negócio serão preenchidos (Provérbios 3:9-
10). Doar para a obra do Senhor será uma grande alegria e prazer para
você. Mais do que isso, você será recompensado por toda eternidade
por causa do ministério que as suas finanças tornaram possível.

A SABEDORIA VALORIZA as coisas espirituais


(inclusive valores morais) mais do que dinheiro
Provérbios 15:16-17: “MELHOR é o pouco, havendo o temor do
SENHOR, do que grande tesouro onde há inquietação. MELHOR é um
prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio”
(grifos meus).
Provérbios 28:6: “MELHOR é o pobre que anda na sua integridade do
que o perverso, nos seus caminhos, ainda que seja rico” (grifo meu).
Provérbios 16:16,19: “Quanto MELHOR é adquirir a sabedoria do que
o ouro! E mais excelente, adquirir a prudência do que a prata! MELHOR
é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com
os soberbos” (grifos meus).
Provérbios 17:1: “MELHOR é um bocado seco e tranquilidade do que a
casa farta de carnes e contendas” (grifo meu).
Provérbios 22:1: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o
ser estimado é melhor do que a prata e o ouro”.
Provérbios 13:7: “Uns se dizem ricos sem terem nada; outros se dizem
pobres, sendo mui ricos”.
Provérbios 16:8,11: “MELHOR é o pouco, havendo justiça, do que
grandes rendimentos com injustiça... Peso e balança justos pertencem ao
SENHOR; obra sua são todos os pesos da bolsa” (grifo meu).
A sabedoria rejeita a ambição e o desejo de fazer dinheiro rápido (fácil)
por meio da desonestidade, que fará com que outros sofram (Provérbios 1:19,
11:1, 20:14, 17, 23, 22:28).
Provérbios 15:27: “O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua
casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá”.
Provérbios 23:4-5: “Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a
tua inteligência. Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada (que
nunca é saciado)? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a
águia que voa pelos céus”.
Provérbios 11:28: “Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos
reverdecerão como a folhagem”.
Provérbios 20:10: “Dois pesos e duas medidas, uns e outras são
abomináveis ao SENHOR”. Em nosso trabalho, precisamos pagar por um
dia de trabalho honesto, e não roubar do nosso funcionário.
A sabedoria sabe que a injustiça irá anular a bênção de Deus, que em longo
prazo levará inevitavelmente a problemas e perda de tudo, enquanto se
habitar sob o princípio “a bênção do SENHOR enriquece” (Provérbios 10:22).
Provérbios 4:18-19: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora,
que vai BRILHANDO MAIS E MAIS até ser dia perfeito. O caminho
dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam”
(grifos meus).
Provérbios 3:33: “A MALDIÇÃO do SENHOR habita na casa do
perverso, porém a morada dos justos ele abençoa” (grifo meu).
Provérbios 15:6: “Na casa do justo há grande tesouro, mas na renda dos
perversos há perturbação”.
Provérbios 13:22: “O homem de bem deixa herança aos filhos de seus
filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo”.
Provérbios 28:8: “O que aumenta os seus bens com juros e ganância
ajunta-os para o que se compadece do pobre”.
Provérbios 28:10: “O que desvia os retos para o mau caminho, ele
mesmo cairá na cova que fez, mas os íntegros herdarão o bem”.
Provérbios 22:22-23: “Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem
oprimas em juízo ao aflito porque o SENHOR defenderá a causa deles e
tirará a vida aos que os despojam”.
Provérbios 22:16: “O que oprime ao pobre para enriquecer a si ou o que
dá ao rico certamente empobrecerá”.
Provérbios 11:4,27,29: “As riquezas de nada aproveitam no dia da ira,
mas a justiça livra da morte... Quem procura o bem alcança favor, mas
ao que corre atrás do mal, este lhe sobrevirá... O que perturba a sua casa
herda o vento”.
Provérbios 28:20-22: “O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o
que se apressa a enriquecer não passará sem castigo. Parcialidade não é
bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará. Aquele
que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de
vir sobre ele a penúria”.
Provérbios 10:2-3: “Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas
a justiça livra da morte. O SENHOR não deixa ter fome o justo, mas
rechaça a avidez dos perversos”.
Provérbios 6:30-31: “Não é certo que se despreza o LADRÃO, quando
furta para saciar-se, tendo fome? Pois este, quando encontrado, pagará
sete vezes tanto; entregará todos os bens de sua casa” (grifo meu).
Provérbios 13:11: “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem,
mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento”.
Provérbios 26:27: “Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará
sobre quem a revolve”.
Provérbios 23:10-11: “Não removas os marcos antigos, nem entres nos
campos dos órfãos, porque o seu Vingador é forte e lhes pleiteará a
causa contra ti”.
Provérbios 21:6-7: “Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é
vaidade e laço mortal. A violência dos perversos os arrebata, porque
recusam praticar a justiça”.
A imoralidade certamente devastará o seu futuro financeiro: Provérbios
5:8-10: “Afasta o teu caminho da mulher adúltera (adultério) e não te
aproximes da porta da sua casa; para que não dês a outrem a tua honra, nem
os teus anos, a cruéis; para que dos teus bens não se fartem os estranhos, e o
fruto do teu trabalho não entre em casa alheia”.

A SABEDORIA é GENEROSA
A prosperidade bíblica envolve tanto dar (em amor) e receber (pela fé).
Nós damos generosamente do que Deus tem nos dado para o Evangelho e
para o pobre. Nós damos em amor e em esperança (expectativa confiante) de
que a semente que plantamos produzirá uma colheita, liberando crescimento
para nós para podermos dar mais. Dar abre o caminho para Deus derramar
mais de volta. Dar é uma confissão da nossa fé que Deus provê para nós,
porque se acreditamos que Deus é um doador generoso que provê todas as
nossas necessidades, então a nossa doação é uma ação correspondente. Se
acreditamos que somos os filhos do Deus amoroso, então devemos almejar
ser como Ele. Uma vez que Deus é um Doador, somos doadores e assim
glorificamos a Ele. À medida que confessamos a nossa fé por meio do dar, a
bênção financeira de Deus em nós é liberada ainda mais.
Provérbios 11:24-25: “A quem dá LIBERALMENTE, ainda se lhe
ACRESCENTA mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á
em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será
dessedentado” (grifos meus).
Provérbios 22:9: “O GENEROSO será ABENÇOADO, porque DÁ do
seu pão ao pobre” (grifos meus).
Provérbios 28:27: “O que DÁ ao pobre não terá falta, mas o que dele
esconde os olhos será cumulado de maldições” (grifo meu).
Provérbios 14:21,31: “O que despreza ao seu vizinho peca, mas o que
se compadece dos pobres é FELIZ... O que oprime ao pobre insulta
aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do
necessitado” (grifo meu). Não são apenas bênçãos financeiras que
voltam para nós, mas bênçãos espirituais (como a alegria) vêm por
intermédio do nosso dar. Receber é bênção, mas bênção maior é dar do
que receber, porque a bênção que é liberada sobre você por meio do dar
não inclui apenas uma colheita financeira maior em seu futuro, mas
também todos os tipos de bênção espiritual.
Provérbios 21:13: “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também
clamará e não será ouvido”.
Provérbios 19:17: “Quem se compadece do pobre (e do não salvo) ao
SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício”.

A SABEDORIA trabalha para evitar e sair da DÍVIDA


Provérbios 22:7: “O rico domina sobre o pobre, e o que toma
EMPRESTADO é SERVO do que EMPRESTA” (grifos meus). Quando
você entra em dívidas entra em escravidão, perde a liberdade financeira
e emocional. Se você não tomar a atitude apropriada isso irá piorar.
A BÊNÇÃO de Deus está trabalhando para livrar você do débito e mantê-
lo fora das dívidas. Deuteronômio 28:12-13: “O SENHOR te ABRIRÁ o seu
bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar
toda obra das tuas mãos; EMPRESTARÁS a muitas gentes, porém tu NÃO
TOMARÁS EMPRESTADO. O SENHOR te porá por CABEÇA e NÃO por
CAUDA; e só estarás em CIMA e não debaixo, se obedeceres aos
mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e
cumprir” (grifos meus). Aquele que empresta é o cabeça, e tem autoridade
sobre quem pede emprestado (a cauda).
Um problema é que vivemos em uma sociedade de dívida de cartão de
crédito, onde o débito é considerado normal e até encorajador. Se não formos
cuidadosos treinaremos as nossas crianças a se endividar, transmitindo o
nosso estilo de vida de escravidão (débito). Veja como o texto de Provérbios
22:6-7 concorda:

ENSINA a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando


for velho, não se desviará dele. O rico domina sobre o pobre, e o que
toma emprestado é servo do que empresta.

Precisamos ensinar as nossas crianças que aquele que pede emprestado é


servo de quem empresta. Portanto, tente e evite fazer dívidas, e se você está
devendo tente e saia da dívida rapidamente.

1.EVITANDO A DÍVIDA
Uma das causas principais da dívida é a DESPESA TOLA, que é gastar
além do que podemos por meio da ganância (queremos agora, não podemos
esperar). Normalmente, é melhor esperar até que você tenha o dinheiro para
pagar por isso do que pedir emprestado.
Provérbios 23:21: “Porque o BEBERRÃO (que sempre quer mais
álcool) e o COMILÃO (que sempre quer mais comida) caem em
POBREZA; e a sonolência vestirá de TRAPOS o homem” (grifos
meus). A sua ganância os guia a gastarem mais do que possuem, então
eles entram em dívida e pobreza. Isso também se aplica àqueles que
sempre desejam mais COISAS e não podem esperar, então eles as
adquirem agora e pagam depois, e isso não é sábio porque eles caem na
escravidão do débito e cobiça. Se a sua atitude for: “Eu precisei comprar
isso” então essa coisa é um ídolo para você e você é cobiçoso e não está
contente com o que possui. Provérbios 21:26: “O COBIÇOSO COBIÇA
todo o dia, mas o justo DÁ e nada retém” (grifos meus). Enquanto o
homem justo que é livre de débito é livre para DAR e assim crescer em
bênção por intermédio da sua doação, o homem cobiçoso é sempre
escravo do débito e então nunca é livre para dar. Ele é focado apenas em
tentar pagar as suas dívidas ou evitar os seus devedores. Um está
subindo em uma espiral, o outro está descendo em uma espiral.
Precisamos aprender a nos CONTENTAR com o que temos (Filipenses
4:11-13), assim como a crer em Deus quanto ao crescimento. Jesus disse:
“Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer
avareza; porque a (verdadeira) vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Você realmente pode
viver sem aquela coisa (você conseguiu até agora!), então seja paciente e viva
dentro das suas condições. Se esperar até poder pagar por ela, você vai
descobrir que realmente não precisa dela e seria mais dinheiro jogado no ralo.
Se adquirir depois de ter esperado, você apreciará mais o que comprou e
usará de maneira melhor. Haverá muito menos desperdício em seus gastos.
Provérbios 21:20: “Tesouro DESEJÁVEL e azeite há na casa do sábio, mas o
homem insensato os DESPERDIÇA” (grifos meus). Além disso, você terá
quebrado o poder dessa cobiça, então não será mais um ídolo para você.
Certifique-se de primeiro construir os seus rendimentos até o nível onde
você possa pagar pelas coisas boas que deseja colocar em sua casa, de outra
forma você simplesmente entrará em dívidas:
Provérbios 24:27: “Cuida dos teus NEGÓCIOS lá fora, apronta a
lavoura no campo e, DEPOIS, edifica a tua CASA” (grifos meus).
Provérbios 12:11, 28:19: “O que LAVRA a sua terra será FARTO de
pão, mas o que corre atrás de coisas vãs (coloca os seus desejos em
primeiro lugar) é FALTO de senso” (grifos e acréscimos meus).
Provérbios 21:17: “Quem AMA OS PRAZERES EMPOBRECERÁ,
quem ama (cobiça) o vinho e o azeite JAMAIS ENRIQUECERÁ”
(grifos meus). Se a sua prioridade são os seus prazeres, você entrará em
dívidas tentando satisfazer a sua ambição, e como resultado você será
POBRE.
A DÍVIDA é uma escravidão que inevitavelmente o prende em um ciclo de
pobreza que piora quanto mais tempo você ficar nele. Isso acontece porque
você é escravizado a pagar JUROS COMPOSTOS em seu financiamento. O
que você deve cresce o tempo todo e você acaba pagando mais do que o custo
original. Os seus pagamentos significam que você tem menos dinheiro do que
antes e se você não mudar o seu estilo de vida acabará pedindo emprestado
ainda mais e, portanto, pagando muito mais juros, e assim por diante, e
continuará assim até você está na pior. O tempo todo o ESTRESSE
emocional do débito cresce, especialmente quando você não consegue quitar
o pagamento e quem emprestou o está perturbando. Essa é a causa número
um de brigas e divórcios, pois um começa a pôr a culpa no outro, além da
culpa e da vergonha de não ser capaz de prover para a família. A escravidão
de um débito é evidente quando se imagina a alegria e liberdade sentida
quando ele é totalmente pago.
Agora, nem sempre é pecado ter dívidas. Alguns ensinam isso com base
em Romanos 13:8: “A ninguém fiqueis DEVENDO coisa alguma, exceto o
amor com que vos ameis uns aos outros (certamente isso implica que
devemos pagar as nossas dívidas!)”. Mas se fosse pecado pegar emprestado
então também seria um pecado emprestar, e parte da bênção em
Deuteronômio 28:12 é que não deveríamos pegar emprestado, mas em vez
disso, ser capaz de emprestar. Às vezes, é necessário pegar emprestado, mas
devemos ser bastante cuidadosos antes de pegarmos emprestado, calculando
o custo, certificando-nos de que não estamos sendo tolos, tendo certeza de
que não existe outra maneira de fazer isso, e tendo certeza de que podemos
pagar o débito no tempo certo. Não é sempre errado pegar emprestado, mas
certamente é errado pegar emprestado além do que podemos pagar. Mesmo
que você consiga pagar você deve ser cauteloso, porque isso é uma
escravidão. Se você pode economizar para ter alguma coisa, normalmente é
melhor fazer isso. Mas não é sempre que você pode fazer isso em tempo
razoável, como por exemplo comprar uma casa, o que geralmente é uma boa
ideia se você puder (em vez de pagar aluguel). Não há problema em fazer um
financiamento desde que você saiba que pode pagá-lo e o seu objetivo seja
quitá-lo o mais rapidamente possível. Quando compramos a nossa pousada,
não havia outra maneira de fazer isso sem ser pedindo dinheiro emprestado,
mas fizemos os cálculos de modo que ela pagaria a si mesma e isso foi um
bom negócio. Mas queremos pagar o débito o mais rapidamente que
pudermos! A vantagem de um débito como um financiamento sobre outros
débitos é que podemos usar o dinheiro que pegamos emprestado para
comprar bens, que em princípio pode ser vendido para pagar o débito.
Da mesma forma, não há problema em usar cartão de crédito (eles são
úteis, especialmente se você estiver viajando) desde que você tenha
autocontrole de usá-los corretamente! Suas taxas de juros são altas, então
você precisa ter certeza de pagá-lo no mês seguinte. Não os use a menos que
você saiba que pode pagá-lo no mês seguinte, ou se é uma emergência
certifique-se de pagá-la o mais rápido possível. Se você está construindo uma
dívida de longo prazo de cartão de crédito você está sendo tolo, pagando
juros loucos.
Transfira a dívida para um financiamento com juros mais baixo ou para um
cartão de crédito com transação 0% em curto prazo, e tenha como prioridade
o pagamento assim que possível (cortando despesas desnecessárias até que
você pague). Se você não pode controlar o uso do seu cartão de crédito,
quebre-o!
A Bíblia nos adverte fortemente contra entrar em dívidas
desnecessariamente. O livro de Provérbios sempre se refere ao perigo de ser
fiador (ser a garantia) da dívida de um amigo. Esse é um tipo de débito,
porque na verdade você agora deve aquele dinheiro até que outra pessoa o
pague.
Provérbios 11:15: “Quem fica por FIADOR de outrem SOFRERÁ
males, mas o que FOGE de o ser estará seguro” (grifos meus).
Provérbios 17:18: “O homem falto de entendimento COMPROMETE-
SE, ficando por FIADOR do seu próximo” (grifos meus).
Provérbios 22:26-27: “NÃO estejas entre os que se comprometem e
ficam por FIADORES de DÍVIDAS, pois, se não tens com que pagar,
por que arriscas perder a cama de debaixo de ti?” (Grifos meus).
Se tivermos algum senso ou visão, devemos odiar a ideia de entrar em
dívidas e fazer tudo o que pudermos para evitá-la.

2.SAINDO DA DÍVIDA
Se estivermos endividados, é uma questão de honra pagar os nossos
débitos. Para uma pessoa honrada, essa dívida tem um peso alto sobre ela até
que a quite (Romanos 13:8). Então, se você está com dívidas a sua prioridade
número um deve ser sair delas. Um estado permanente de endividação não é
a vontade de Deus. Você deve se comprometer seriamente a tomar uma
atitude para sair da dívida. Segure um pouco outras dívidas e coloque um
esforço extra para pagar a dívida. Não seja simplesmente levado pelas ondas;
você precisa atacá-la. Ela é uma armadilha. Veja-a como um inimigo que o
escraviza. Ela coloca um peso sobre você e você não deve viver sob isso.
Tenha atitude e siga o conselho urgente de Provérbios 6:1-5: “Filho meu,
se ficaste por FIADOR (ENDIVIDADO) do teu companheiro e se te
empenhaste ao estranho, estás ENREDADO com o que dizem os teus lábios,
estás PRESO (escravizado) com as palavras da tua boca. Agora, pois, faze
isto, filho meu, e LIVRA-TE (da dívida), pois caíste nas mãos do teu
companheiro: vai, prostra-te e importuna o teu companheiro; não dês sono
aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras; LIVRA-TE (uma questão de
urgência), como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do
passarinheiro” (grifos e acréscimos meus).

Cancelamento Sobrenatural da Dívida


Se você fizer o que pode para quitar a sua dívida, Deus ajudará a libertá-lo,
para que você possa contar com Ele para fazer o que você puder fazer!
A Bíblia tem muitos exemplos de cancelamento sobrenatural da dívida por
Deus. O Jubileu foi um excelente cancelamento de débito. Ele era as Boas-
novas para o pobre (Levíticos 25). Deus também deu a uma mulher temente a
Ele um cancelamento sobrenatural da dívida ao multiplicar o seu azeite:

Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a


Eliseu, dizendo: “Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele
temia ao SENHOR. É chegado o CREDOR para levar os meus dois
filhos para lhe serem escravos” (era uma dívida que ela não podia
pagar). Eliseu lhe perguntou: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o
que tens em casa”. Ela respondeu: “Tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite”. Então, disse ele: “Vai, pede
emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não
poucas. Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e
deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver
cheia”. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus
filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. Cheias as
vasilhas, disse ela a um dos filhos: “Chega-me, aqui, mais uma
vasilha”. Mas ele respondeu: “Não há mais vasilha nenhuma”. E o
azeite parou. Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse:
“Vai, vende o azeite e PAGA a tua DÍVIDA; e, tu e teus filhos, vivei
do resto”.
— Reis 4:1-7; acréscimos e grifos meus

Deus fez isso por meio da bênção sobrenatural, multiplicando o que ela
possuía (o azeite). Devemos dar a Deus o que temos para que Ele possa
trabalhar com isso.
Essa era uma dívida impossível de ser paga e, portanto, ela precisava da
ajuda de Deus para quitá-la, mas ela estava determinada a quitá-la. Ela
cooperou com Deus à medida que Ele trabalhou para pagá-la para ela.
Deus deseja tirá-lo da dívida e Ele irá ajudá-lo sobrenaturalmente
abençoando alguma coisa que você tem; algo que você esteja fazendo à
medida que o ouve e lhe obedece.
Em Reis 6:4-5 vemos a história do MACHADO EMPRESTADO:
“Chegados ao Jordão, cortaram madeira. Sucedeu que, enquanto um deles
derribava um tronco, o machado caiu na água; ele GRITOU e disse: AI! Meu
senhor! Porque era EMPRESTADO” (grifos meus).
Veja que a principal razão do APURO era o fato de o machado ser
EMPRESTADO. A perda desse machado criaria um DÉBITO que seria
difícil de pagar. Isso criou um fardo de responsabilidade e ansiedade. Quando
o machado afundou o seu coração afundou junto. Ele estava em apuros, pois
parecia impossível recuperar o machado (devolver o que era emprestado). Da
mesma forma, quando a nossa dívida cresce e sai de controle, de forma que
se torna impossível de quitar o débito, em nosso apuro devemos clamar a
Deus para levantar o que pegamos emprestado.
Deus é compassivo e responde o nosso clamor por ajuda. Reis 6:6-7:
“Perguntou o homem de Deus (Eliseu): Onde caiu? Mostrou-lhe ele o lugar.
Então, Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o ferro, e disse:
Levanta-o. Estendeu ele a mão e o tomou”.
Em Mateus 17:24-27, Jesus e os discípulos experimentaram o
cancelamento sobrenatural da dívida, permitindo-lhes pagar os impostos que
deviam, quando Jesus disse a Pedro para ir pescar e pegar uma moeda da
boca do peixe.
Jesus também nos ensinou a pedir a Deus: “PERDOA as nossas
DÍVIDAS” (Mateus 6:12). Obviamente, Ele estava usando DÍVIDAS como
uma imagem para os nossos PECADOS, mas isso também se aplica
literalmente. Devemos muito a Deus pelos nossos pecados, mas na Cruz
Jesus cancelou a nossa dívida de pecado, dizendo: “Está consumado”. Da
mesma forma, Ele pagou o preço para nos libertar da maldição do débito e da
pobreza (Gálatas 3:13; 2 Coríntios 8:9), para podermos pedir a Ele para nos
ajudar a sair da dívida.
Se você tem dívidas, faça do seu compromisso número um quitá-las o mais
rápido que puder, e à medida que decidir fazer isso, peça também a Deus para
ajudá-lo sobrenaturalmente.
Para ser livre e permanecer livre você precisa quebrar o poder e o espírito
de débito sobre a sua vida, dizendo: “Na Cruz, Jesus levou a maldição da
pobreza e da dívida por mim, para que eu pudesse receber a BÊNÇÃO.
Portanto, eu sou ABENÇOADO! O Senhor ABENÇOA todas as obras das
minhas mãos. Neste momento, em nome de Jesus, eu quebro o poder
(espírito) da dívida sobre a minha vida. Eu me declaro livre da escravidão da
dívida por meio da bênção de Deus. Meus débitos estão sendo pagos. Eu vivo
em abundância não em necessidade. Eu sou CABEÇA e não cauda; estou
POR CIMA e não por baixo”.
Apêndice 1

UM RESUMO DAS VERDADES DO NOVO TESTAMENTO A


RESPEITO DAS FINANÇAS
(adaptado do livro O Toque de Midas, de Kenneth Hagin)

1.Cristãos não podem dar nada a Deus que não tenha se originado
dele mesmo.
“Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?”
(Romanos 11:35). Então não podemos exigir que Deus nos dê o que
queremos. Deus em Sua graça já proveu tudo para nós. 1 Crônicas 29:11-
14,16 registra a oração de Davi após ele e o povo terem dado generosamente
da prosperidade que tinham (ouro, prata, pedras preciosas e todos os tipos de
outros materiais) para construir o Templo: “Teu, SENHOR, é o poder, a
grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque TEU é TUDO quanto há
nos céus e na TERRA; TEU, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe
sobre TODOS. RIQUEZAS e glória VÊM DE TI, tu dominas sobre tudo, na
tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.
Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome.
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar
VOLUNTARIAMENTE estas coisas? Porque TUDO vem de ti, e das tuas
mãos to damos. SENHOR, nosso Deus, toda ESTA ABUNDÂNCIA que
preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da TUA MÃO e
é TODA tua” (grifos meus).
Em 1 Coríntios 10:26,28 lemos: “Porque do Senhor é a terra e a sua
plenitude”. Portanto, Deus é o Criador e o Dono de todas as coisas. Dar
alguma coisa para Deus não nos dá o direito de arrogantemente exigir que Ele
faça alguma coisa em troca. Em vez disso, a entrega deve ser feita em
adoração, como uma resposta a Sua graça, reconhecendo que tudo o que
damos a Deus é originariamente criado por Ele e dado a nós. Portanto, a
atitude apropriada para dar é de adoração e gratidão.

2.Alguns cristãos operam em uma GRAÇA de DAR especial.


“Tendo, porém, diferentes DONS segundo a (ministério) GRAÇA que nos
foi dada: se profecia... se ministério... ou o que ensina esmere-se no FAZÊ-
LO; ou o que exorta... o que CONTRIBUI, com LIBERALIDADE; o que
preside... quem exerce misericórdia” (Romanos 12:6-8; grifos meus). Alguns
cristãos recebem uma graça especial e abundam na área do dar. Isso não
exclui outros cristãos da sua responsabilidade básica de dar.

3.Cristãos têm uma tarefa de ministrar financeiramente àqueles que os


têm espiritualmente abençoado.
“Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos. Porque
aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres
dentre os santos que vivem em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, e mesmo
lhes são devedores; porque, se os gentios têm sido participantes dos valores
espirituais dos judeus, devem também servi-los com bens materiais”
(Romanos 15:25-27). “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça
participante de todas as coisas boas aquele que o instrui” (Gálatas 6:6). “O
homem sob a instrução cristã deve ser disposto a contribuir com o sustento do
seu mestre” (Bíblia Phillips, tradução livre).

4.Ministros têm o direito de serem apoiados financeiramente pelo seu


trabalho no ministério.
Paulo enfatiza que ministros têm o direito de serem sustentados
financeiramente, mesmo que algumas vezes ele escolha abrir mão do seu
direito para não ser acusado de abusar da ajuda.

Não temos nós o direito de comer e beber?... Ou somente eu e


Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai
à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do
seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite
do rebanho? Porventura, falo isto como homem ou não o diz também
a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi,
quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é,
seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está
escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o
trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós
vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós
bens materiais? Se outros participam desse direito sobre vós, não o
temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito;
antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao
evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços
sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do
altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que
pregam o evangelho que vivam do evangelho; eu, porém, não me
tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que
assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, antes que
alguém me anule esta glória.
— 1 Coríntios 9:4-15

1 Timóteo 5:17-18: “Devem ser considerados merecedores de dobrados


honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que
se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não
amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do
seu salário”.
“Líderes que fazem as suas tarefas bem devem ser considerados como
merecedores de duas vezes o salário que recebem, especialmente aqueles que
trabalham na pregação e no ensino” (Williams; tradução do autor).

5.Os cristãos são chamados para serem diligentes em seus negócios.


“Em sua diligência, seja livre da preguiça” (Romanos 12:11; Montgomery;
tradução livre). Os cristãos não podem esperar que prosperem se não forem
diligentes e responsáveis em cumprir as suas tarefas na vida.

6.Cristãos são chamados para serem responsáveis com suas obrigações


financeiras.
“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. A ninguém
fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos
outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Romanos 13:7-8).
“Não deixe dívidas a serem quitadas, espere o débito permanente do amor”
(Bíblia de Weymouth, tradução livre).

7.O amor deve motivar a contribuição do cristão.


“E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres... se não tiver
amor, nada disso me aproveitará (eu não sou de modo algum beneficiado ou
recompensado)” (1 Coríntios 13:33; acréscimo meu).

8.Cristãos devem praticar o ato de contribuir de maneira consistente e


sistemática.
“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas
da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em
casa, conforme a sua prosperidade (em proporção à sua habilidade
financeira), e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1
Coríntios 16:1-2; acréscimo meu).

9.Deus deseja que todos nós façamos a nossa parte e “cumpramos a


nossa tarefa” no dar.
“Suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que
a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade,
como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não
teve falta” (2 Coríntios 8:14-15). Esse é o princípio da igualdade. Deus deseja
que todos na igreja façam a sua parte de acordo com as suas habilidades. Não
deve ser um suporte limitado fiel de carga financeira enquanto outros (que
são capazes de dar) são oportunistas. Diferentes níveis de entradas significam
que pessoas darão diferentes quantidades, mas todos devem ter um
comprometimento igual.

10.Ministros devem ser éticos e acima de censuras ao lidar com as


finanças da igreja.
“... evitando, assim, que alguém nos acuse em face desta generosa dádiva
administrada por nós; pois o que nos preocupa é procedermos honestamente,
não só perante o Senhor, como também diante dos homens” (2 Coríntios
8:20-21). “Queremos nos guardar de toda a crítica na maneira como lidamos
com essa generosa doação” (versão NEB, tradução livre). “... pois estamos
tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor,
mas também aos olhos dos homens” (NVI).

11.Dar é uma “graça” que pode ser exercitada em meio a circunstâncias


desafiadoras. Dar é o reflexo de uma vida dada por Deus que está
enraizada na pessoa e exemplo do Senhor Jesus Cristo.
“Também, irmãos, vos fazemos conhecer a GRAÇA de Deus concedida às
igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação,
manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles
superabundou em grande riqueza da sua GENEROSIDADE. Porque eles,
testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram
voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da
ASSISTÊNCIA aos santos. E não somente fizeram como nós esperávamos,
mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela
vontade de Deus; o que nos levou a recomendar a Tito que, como começou,
assim também complete esta GRAÇA entre vós. Como, porém, em tudo,
manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra como no saber, e em
todo cuidado, e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta
GRAÇA (de contribuir). Não vos falo na forma de mandamento, mas para
provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis
a GRAÇA de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo RICO, se fez POBRE
por amor de vós, para que, pela sua POBREZA, vos tornásseis RICOS” (2
Coríntios 8:1-9; grifos meus).

12.Existe um Princípio de semeadura e colheita.


“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua
segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade;
porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em
toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência,
superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9:6-8). “Deus tem poder para
derramar todos os tipos de bênçãos sobre você, para que, tendo, sob
quaisquer circunstâncias e em todas as ocasiões, tudo o que você possa
precisar, você seja capaz de derramar todos os tipos de benefícios sobre
outros” (versão 20th Century, tradução livre).
Gálatas 6:7-9: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo
que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a
sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o
Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o
bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos”.
Filipenses 4:14-19: “Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha
tribulação. E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do
evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou
comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque
até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o
bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo,
mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito.
Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me
passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como
sacrifício aceitável e aprazível a Deus. E o meu Deus, segundo a sua
riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas
necessidades”.
13.Paulo olhava o coração das pessoas, não o dinheiro.
“Eis que, pela terceira vez, estou pronto a ir ter convosco e não vos serei
pesado; pois não vou atrás dos vossos bens, mas procuro a vós outros. Não
devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos. Eu de
boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma. Se
mais vos amo, serei menos amado? Pois seja assim, eu não vos fui pesado;
porém, sendo astuto, vos prendi com dolo. Porventura, vos explorei por
intermédio de algum daqueles que vos enviei? Roguei a Tito e enviei com ele
outro irmão; porventura, Tito vos explorou? Acaso, não temos andado no
mesmo espírito? Não seguimos nas mesmas pisadas?” (2 Coríntios 12:14-18).

14.Paulo se esforçava para dar aos pobres.


“Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que
também me esforcei por fazer” (Gálatas 2:10).

15.Paulo e João encorajaram a caridade dos cristãos entre os irmãos.


“Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé” (Gálatas 6:10). “Ora, aquele que possuir
recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o
seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não
amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 João 3:17-
18).

16.Paulo exemplificou e ensinou uma forte ética de trabalho.


“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as
próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”
(Efésios 4:28). “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor
segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como
a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos
de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade,
como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer
alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer
livre” (Efésios 6:5-8).
Colossenses 3:22-24: “Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor
segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão
somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao
Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o
Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a
recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”.
1 Tessalonicenses 4:11-12: “... e a diligenciardes por viver
tranquilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos,
como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com
os de fora e de nada venhais a precisar”.
1 Tessalonicenses 2:9: “Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e
fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de
nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus”.
2 Tessalonicenses 3:8-12: “Nem jamais comemos pão à custa de
outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos,
a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; não porque não
tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo
em nós mesmos, para nos imitardes. Porque, quando ainda convosco,
vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma.
Pois, de fato, estamos informados de que, entre vós, há pessoas que
andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na
vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus
Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio pão”.

17.Paulo defende o CONTENTAMENTO e denuncia a GANÂNCIA.


A mentira da ganância é: “Se simplesmente eu tivesse mais dinheiro eu
ficaria feliz”. Mas o contentamento diz: “Por causa de Cristo eu sou feliz
independente das circunstâncias”.
Filipenses 4:11-13: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque
aprendi a viver CONTENTE em toda e qualquer situação. Tanto sei
estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as
circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome;
assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me
fortalece” (grifo meu).
Hebreus 13:5: “Seja a vossa vida SEM AVAREZA. CONTENTAI-
VOS com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma
te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (grifos meus).
1 Timóteo 3:1-3,8: “Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra
almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
temperante, sóbrio, MODESTO... inimigo de contendas, NÃO
AVARENTO... Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que
sejam... NÃO COBIÇOSOS de sórdida ganância” (grifos meus).
Tito 1:7: “Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como
despenseiro de Deus, NÃO... COBIÇOSO de torpe ganância” (grifos
meus).

18.Paulo enfatizou a responsabilidade das pessoas para prover para a sua


família.
“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria
casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1 Timóteo 5:8).

19.Os cristãos não têm que amar e confiar no dinheiro.


“Homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a
piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o
contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma
podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos
contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em
muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens
na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores” (1 Timóteo 6:5-10).
1 Timóteo 6:17-19: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam
orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza,
mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso
aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos
em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros,
sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira
vida”.

20.Cristãos na igreja primitiva consideravam suas possessões materiais de


muito menos valor do que sua fé.
“Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados,
sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculo,
tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos coparticipantes
com aqueles que desse modo foram tratados. Porque não somente vos
compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o
espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio
superior e durável” (Hebreus 10:32-34). “Com alegria se submeteu à violenta
medida da sua propriedade, porque sabia que tinha em si e no céu um que era
eterno” (Bíblia de Williams; tradução livre).

21.Os cristãos são advertidos contra o favoritismo e a parcialidade


alicerçada nas riquezas.
“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da
glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum
homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também
algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajos de
luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao
pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés,
não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados
de perversos pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus
os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino
que ele prometeu aos que o amam? Entretanto, vós outros menosprezastes o
pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam
para tribunais? Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi
invocado? Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás
o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de
pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores”
(Tiago 2:1-9).

22.A exploração do pobre pelo rico é condenada.


“Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas
desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas, e as
vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram
gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós
mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes
nos últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos
campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos
ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Tendes vivido
regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o
vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem
que ele vos faça resistência” (Tiago 5:1-6).

23.Um “ministro comercializar” a fé dos santos é condenável.


“E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será
infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão
comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo
tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pedro 2:2-3).
Outras traduções: “Muitos seguirão seus ensinamentos perniciosos e assim
trarão descrédito no caminho da verdade” (Bíblia Phillips, tradução livre).
“Mesmo assim, muita gente vai imitar a vida imoral deles, e por causa desses
falsos mestres muitas pessoas vão falar mal do Caminho da verdade”
(NTLH). “Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por
causa deles, será difamado o caminho da verdade” (NVI). “Em sua ambição,
eles o explorarão com mensagens produzidas por eles mesmos” (Bíblia de
Williams, tradução livre).
2 Pedro 2:12-17: “Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente
feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são
ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos, recebendo
injustiça por salário da injustiça que praticam. Considerando como
prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades,
eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam
junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no
pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na
AVAREZA, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se
extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que
AMOU O PRÊMIO DA INJUSTIÇA (recebeu, porém, castigo da sua
transgressão, a saber, um mudo animal de carga, falando com voz
humana, refreou a insensatez do profeta). Esses tais são como fonte sem
água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a
negridão das trevas” (grifos meus).

24.Deus deseja que Seus filhos prosperem em todas as áreas da vida.


“Amado, acima de tudo, faço votos por tua PROSPERIDADE E SAÚDE,
assim como é próspera a tua alma” (3 João 1:2). Outras traduções: “Meu
querido amigo, tenho pedido a Deus que você vá bem em tudo e que esteja
com boa saúde, assim como está bem espiritualmente” (NTLH). “Amado, oro
para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a
sua alma” (NVI).
Apêndice 2

A TRANSFERÊNCIA DE RIQUEZAS DO FIM DOS TEMPOS

stamos vivendo no fim dos tempos. Observe Mateus 24:3: “No

E monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se


aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: (1)
Dize-nos quando sucederão estas coisas...?” Marcos 13:4 e Lucas 21:7
acrescentam: “... e que SINAL haverá quando todas elas estiverem para
cumprir-se” (2) “e que sinal haverá da tua vinda (3) e da consumação (fim)
do século (a tribulação)”? (Grifo e acréscimos meus).
Jesus responde a essas perguntas, acreditando que os judeus estavam
cientes desses três eventos (Seu discurso fala sobre sinais que devem
acontecer ANTES desses eventos):

1. Lucas 21:20-24 Sinal: Jerusalém rodeada por exércitos (66 d.C.) —


fuja.
2. Mateus 24:7-31 Os eventos da Grande Tribulação que conduzem à
Segunda Vinda.

Mateus 24:29-31: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol


escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do
firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no
céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e
verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e
muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de
trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de
uma a outra extremidade dos céus (o ajuntamento final de Israel)”.

3. Mateus 24:32-44; Lucas 21:27-36


O período antes da Grande Tribulação (primavera) será marcado pela
figueira e todas as árvores que começarem a crescer e ter folhas e frutos antes
do calor do verão. Aquela que estiver completamente crescida na Tribulação
se mostrará no tempo certo.
vv. 32-33: “Aprendei, pois, a parábola da figueira (‘e TODAS as
ÁRVORES’ — Lucas 21:29): quando já os seus ramos se renovam e as
folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós:
quando VIRDES todas estas COISAS, sabei que está próximo (a
Tribulação, quando o Reino começa a entrar em cena — Salmos 110:1:
‘Assenta-te à minha direita, ATÉ que eu ponha os teus inimigos debaixo
dos teus pés’) às portas. Em verdade vos digo que não passará esta
geração sem que TUDO ISTO ACONTEÇA” (grifos meus).
O ano de 1948 marca o fato de que estamos na fase final da história da
igreja e temos a missão de cumprir a grande comissão (Marcos 16 — Pregar,
Mateus 28 — Discipular/Ensinar).
Na verdade, o principal propósito de Deus para toda a Era da Igreja (e
especialmente o seu término) é a pregação do Evangelho a todas as nações, e
quando isso for feito virá o fim: “E será pregado este evangelho do reino por
todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mateus
24:14; Marcos 13:10). Isso claramente revela o principal propósito de Deus
para este tempo.
Deus deseja uma colheita de almas das nações, e é por isso que Ele está
atrasando a Sua volta: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor.
Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até
receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e
fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5:7-
8).
Esse versículo nos dá esperança de que haverá um grande derramar do
Espírito no final dos tempos (chuva) para trazer uma grande colheita final.
Portanto, para nós, que vivemos no fim dos tempos, é especialmente
importante que estejamos na posição, trabalhando com Deus, fazendo o que
for necessário para trazer essa colheita.
Agora, o que isso tem a ver com prosperidade? Para pregar o Evangelho a
toda Criação e discipular as nações (Marcos 18:18; Mateus 28:19) usando
todos os métodos diferentes disponíveis, é preciso muito dinheiro. O
principal propósito da nossa prosperidade é para Deus nos abençoar a fim de
sermos uma bênção, para que todas as pessoas possam ser abençoadas (o que
começa com elas sendo salvas). Deuteronômio 8:18: “Antes (à medida que
Deus o abençoar), te lembrarás (manter sempre em sua mente) do SENHOR, teu
Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas (o capacita a
prosperar); para confirmar a sua aliança (por meio de você), que, sob
juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”.
A Aliança é: 1) Eu o ABENÇOAREI (através do Evangelho da salvação e
capacitação para prosperar) e 2) você SERÁ uma BÊNÇÃO (compartilhando
o Evangelho/Palavra e usando a sua prosperidade para abençoar outros,
incluindo o financiamento do Evangelho e o ensinamento da Palavra para as
nações — Gênesis 12:2). Devemos lembrar que o principal propósito da
nossa prosperidade é usá-la para cumprir o propósito de Deus na terra: “O
qual deseja 1) que todos os homens sejam salvos e 2) cheguem ao pleno
conhecimento da verdade (a Palavra)” (1 Timóteo 2:4). O plano de Deus é
para colocarmos a Deus em primeiro lugar e permitir que Ele nos abençoe
financeiramente (receber Sua bênção) o máximo que conseguirmos (Mateus
6:33), para podermos canalizar isso para a colheita do fim dos tempos (o
nosso papel em ensinar às nações — TV, livros, etc.). Se a nossa motivação
for correta, Deus pode confiar em nós com mais, e se ela permanecer correta,
Ele pode continuar aumentando-a, porque isso acontece em fases assim como
Israel possuiu a terra em fases. Quanto mais nos mostrarmos um canal fiel da
Sua bênção, mais Ele pode nos abençoar (transferir para nós a riqueza do
mundo). A bênção de Deus (ativa e trabalhando) sobre o justo (nós) permite
que Deus transfira a riqueza do ímpio para o justo.
Deus colocou uma grande riqueza neste mundo, o suficiente para todos.
Ele especialmente deseja abençoar o Seu povo abundantemente: “O ladrão
vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham VIDA
(BÊNÇÃO) e a tenham em ABUNDÂNCIA” (João 10:10). Essa riqueza é
para ser usada pelos filhos de Deus para os propósitos de Deus (a pregação
do Evangelho). O problema é que existe um ladrão (Satanás) que roubou
muito da riqueza, de forma que existe muito nas mãos dos pecadores no reino
das trevas, que a está usando para propósitos errados. Uma maneira pela qual
Satanás conseguiu isso foi persuadindo as pessoas da Igreja de que Deus
deseja que sejam pobres, pois não é espiritual, mas ganancioso ser rico. Outra
maneira é fazer com que as pessoas sejam temerosas e cobiçosas para que
não contribuam com o Reino. Dessa forma, o suprimento financeiro para o
Evangelho, especialmente em missões e transmissões foi bloqueado.
O plano de Deus, especialmente nestes últimos dias quando a colheita será
reunida, é TRANSFERIR a RIQUEZA do ímpio para o justo, para que o
propósito de Deus seja cumprido.
Provérbios 13:22: “... mas a riqueza do pecador é depositada PARA o
justo” (grifo meu).
Provérbios 28:8: “O que aumenta os seus bens com juros e ganância
ajunta-os PARA o que se compadece do pobre” (grifo meu).
Tiago 5:1-6: “Atendei, agora, ricos (maus), chorai lamentando, por
causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas
estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e
a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por
testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas
carnes. TESOUROS ACUMULASTES NOS ÚLTIMOS DIAS. Eis que
o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós
foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros
penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Tendes vivido
regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes
engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e
matado o justo, sem que ele vos faça resistência” (grifos meus). O ímpio
ceifou o tesouro para eles mesmos nos últimos dias, mas o Plano de
Deus é transferir esse tesouro para o Seu povo para que eles cumpram os
Seus propósitos para os Últimos Dias.
Quando um ladrão rouba alguma coisa ele deve ser preso e deve pagar sete
vezes mais: “Não é certo que se despreza o ladrão, quando furta para saciar-
se, tendo fome? Pois este, quando encontrado, pagará sete vezes tanto;
entregará todos os bens de sua casa” (Provérbios 6:30-31).
Precisamos nos aliar ao plano de Deus para o final dos tempos, e usar a
nossa autoridade sobre Satanás e exigir que ele tire as mãos das nossas
finanças. Precisamos prender o ladrão e exigir que ele devolva o que roubou.
Que estejamos prontos para sermos parte da transferência do mundo para o
Reino de Deus, que acontecerá no final dos tempos, pela causa do
Evangelho!
Para construir a nossa fé quanto a isso, vamos olhar para as inúmeras
ocasiões no passado em que Deus sobrenaturalmente moveu para transferir a
riqueza dos pecadores para as mãos dos justos que irão utilizá-las sabiamente.
Isso mostra que existe uma maneira maior de Deus trabalhar, especialmente
quando há uma grande necessidade de Sua ajuda para ter aquele dinheiro. Se
Deus fez isso naquela época, Ele não fará isso para a grande colheita do fim
dos tempos antes de Sua volta?

1.Abraão recebeu grande riqueza dos terríveis egípcios (Gênesis 12:10-


20).
Abraão estava em necessidade financeira quando chegou ao Egito (v. 10).
Ele tratou Sara desagradavelmente (vv. 11-15), mas Deus transformou isso
em bem: “Este, por causa dela, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas,
bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos” (v. 16). Deus
repreendeu Faraó por causa de Sara (vv. 17-19).
“E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no,
a ele, a sua mulher e a tudo que possuía” (v. 20). Abraão levou toda a riqueza
com ele! A riqueza dos perversos foi transferida para Abraão.
Então, em Gênesis 13:2, quando ele sai do Egito, diz: “Era Abrão muito
rico; possuía gado, prata e ouro”. Pouco tempo antes, ele entrou no Egito sem
muita coisa, mas saiu do Egito em abundância! Abraão e Ló adquiriram
tantas posses durante o tempo que ficaram no Egito que não poderiam morar
perto, porque precisavam de grandes quantidades de terra para conter e
sustentar seus grandes rebanhos (Gênesis 13:6). Apesar de não estar andando
na perfeita vontade de Deus, a bênção de Deus sobre ele fez a riqueza do
perverso ser transferida para ele, para que pudesse realizar a vontade de Deus.

2.Toda a riqueza de SODOMA e GOMORRA foi transferida para


Abraão em Gênesis 14.
Deus foi quem fez isso (v. 20). Ele obedientemente usou como semente de
dinheiro para a Sua futura bênção, dizimando-a para Melquisedeque (vv. 18-
20) e doando o restante como oferta (v. 23). Deus garantiu a ele uma grande
colheita desse presente (Gênesis 15:1).

3.Isaque e os Filisteus (Gênesis 26).


Em um período de escassez, Isaque estava com poucos suprimentos, e foi à
terra dos filisteus (Deus disse a ele para não deixar a terra e ir para o Egito
como fez seu pai).
v. 1: “Sobrevindo fome à terra...”. Ele disse a Isaque para continuar
habitando na terra (mesmo que estivesse controlada por filisteus
perversos).
v. 3: “Habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua
descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a
Abraão, teu pai”. Ele estava na vontade de Deus.
vv. 12-14: “SEMEOU Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu
cento por um, porque o SENHOR o ABENÇOAVA. Enriqueceu-se o
homem, PROSPEROU, ficou RIQUÍSSIMO; possuía OVELHAS e
BOIS e GRANDE NÚMERO de servos, de maneira que os filisteus lhe
tinham inveja (por causa de toda a sua riqueza)” (grifos meus). A
propósito, um dos objetivos da prosperidade é deixar os pecadores com
inveja quando veem o quanto você é abençoado, de modo que alguns
também irão querer fazer parte da bênção (Salmos 112:10; Romanos
11:11).
Deus pode abençoá-lo em meio à fome (recessão). Na verdade, esse pode
ser um bom momento para ganhar dinheiro, já que certas coisas estão em
grande necessidade (comida e animais), e se Deus o abençoou então você
poderá vender por um valor muito alto. Além do mais, com o seu dinheiro
você pode comprar coisas mais baratas. Como resultado, em meio à fome,
Isaque conquistou a riqueza dos filisteus. Foi por isso que eles o enviaram.
Ele era o filho do Deus vivo que prospera os Seus filhos dando a eles as
riquezas dos perversos.

4.JACÓ e LABÃO (Gênesis 30 e 31).


Labão era um chefe desonesto, que roubou de Jacó. Deus abençoou Jacó,
mas por dez vezes Labão mudou o plano de pagamento de Jacó e a bênção de
Deus prevaleceu (Gênesis 31:5-7)! Em certa época, Jacó trabalhou sete anos
para casar com a linda filha de Labão, Raquel, simplesmente para que o sogro
secretamente trocasse as esposas no dia do casamento, e trapaceasse para que
Jacó se casasse com Lia. Depois, ele teve que trabalhar outros sete anos por
Raquel. Após muitos anos de trabalho fiel para Labão, Deus instruiu Jacó
para voltar à terra dos seus pais. Labão não queria que ele partisse sabendo
que a bênção do Senhor sobre Jacó estava refletindo nele também, assim
como foi com José (Gênesis 30:27-30). Antes da partida de Jacó, Deus
moveu sobrenaturalmente para transferir (furtar) a riqueza do perverso e
entregá-la para o justo. Deus deu a ele o plano e sobrenaturalmente o fez
funcionar (Gênesis 30:31-43, 31:8-13). O resultado foi: “Assim, Deus tomou
o gado de vosso pai e mo deu a mim” (Gênesis 31:9). Labão não pôde fazer
nada para impedir a transferência da sua riqueza para Jacó, uma vez que Deus
começou o processo. Quando Labão disse que pagaria a Jacó apenas com
gados malhados que nascessem do rebanho, Deus fez todos os gados gerarem
filhotes malhados. Quando Labão disse que pagaria apenas em gado listrado,
então Deus fez todos os bezerros listrados. O Deus de Jacó é exatamente o
mesmo Deus a quem você serve hoje.
Quando Jacó foi até Labão pela primeira vez, tudo o que ele tinha consigo
era o seu cajado. Ele menciona isso em Gênesis 32:10: “Apenas o meu cajado
atravessei este Jordão; já agora sou dois bandos”. Em catorze anos Deus
prosperou tanto Jacó que agora ele tinha duas companhias inteiras com ele:
esposas, filhos, animais, ouro e prata. Se Deus abençoou Jacó apesar das
circunstâncias adversas, Ele pode abençoar você também. Você pode ter
chegado ao limite em seu emprego; pode não haver mais promoções, ou
aumentos. Talvez o seu chefe, assim como Labão, também seja um vigarista.
Talvez você tenha tido seu pagamento reduzido para manter o seu emprego.
Quem sabe você não esteja em uma situação tão ruim quanto a que Jacó
estava. Seu chefe queria mantê-lo pobre, mas Deus o enriqueceu! Veja,
Labão pode ter sido o chefe de Jacó, mas ele não era a sua fonte. Da mesma
forma, o seu trabalho é meramente um canal para Deus usar. Ele não é a fonte
da sua prosperidade e não a determina. Olhe para além desse trabalho e das
circunstâncias; use a sua fé para utilizar as bênçãos de Abraão: elas são suas!

5.MOISÉS e o ÊXODO do EGITO.


O povo de Deus pegou a riqueza do Egito! Israel estava preso como
escravo por 215 anos e era muito pobre. Então Deus disse: “Deixe o meu
povo ir”. Sem nenhuma base econômica, como eles se tornariam uma nação
forte que seria luz para as nações, a cabeça e não a cauda? O Egito, por
intermédio de Faraó, tinha grande posse sobre Israel, mas Deus moveu
sobrenaturalmente por meio de Moisés para libertá-los e liberar a riqueza do
perverso para as mãos do justo. Muitas pragas vieram sobre o Egito em
sucessivas ondas da parte de Deus.
Então, em Êxodo 11:1-3: “Disse o SENHOR a Moisés: Ainda mais uma
praga trarei sobre Faraó e sobre o Egito. Então, vos deixará ir daqui; quando
vos deixar, é certo que vos expulsará totalmente. Fala, agora, aos ouvidos do
povo que todo homem peça ao seu vizinho, e toda mulher, à sua vizinha
objetos de prata e de ouro. E o SENHOR fez que o seu povo encontrasse favor
da parte dos egípcios; também o homem Moisés era mui famoso na terra do
Egito, aos olhos dos oficiais de Faraó e aos olhos do povo”.
Êxodo 12:35-36: “Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de
Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas. E
o SENHOR fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de
maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios”.
A principal razão pela qual eles perseguiram Israel, mesmo através das
águas do Mar Vermelho foi por causa da GRANDE RIQUEZA que acabava
de ser transferida. Êxodo 15:9: “O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei,
repartirei os despojos; a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha
espada, e a minha mão os destruirá”.
Salmos 105:37-38 fala a respeito de Israel deixando o cativeiro do Egito.
Quando eles saíram, os egípcios os encheram de riquezas: “Então, fez sair o
seu povo, com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia um só inválido.
Alegrou-se o Egito quando eles saíram, porquanto lhe tinham infundido
terror”. Por que eles deram suas riquezas? Foi uma obra sobrenatural de
Deus, o temor de Deus veio sobre eles.
Deus dera a eles a riqueza do perverso Egito (foi apenas o que era devido a
eles como compensação e salários retroativos por 215 anos), e ainda assim,
não tinha absolutamente nada no deserto com que gastar aquela riqueza! Eles
não precisavam comprar comida. A roupa deles nunca rasgava. Não havia
lugar para gastar dinheiro. Qual era o propósito de Deus dar a riqueza do
perverso para o povo de Deus? A única coisa para qual poderiam usar o ouro
e a prata era para a construção do Tabernáculo no Deserto! Não era para
gastar consigo mesmo, mas para que pudessem construir um lugar de
habitação: a Casa de Deus. Ela era cheia de materiais preciosos. Seu valor era
astronômico.
Da mesma forma hoje, Deus está nos dando a riqueza do perverso para
podermos construir para Ele um templo, uma habitação santa feita com
pedras vivas, a Igreja de Cristo. Mais tarde, com a riqueza que o rei Davi
pegou do perverso dos seus dias, eles construíram o Templo de Deus em
Jerusalém.

6.A TERRA PROMETIDA transferida das mãos dos cananeus.


Deus entregou toda essa terra para Abraão e sua semente, o justo (Gênesis
13:14-17; Gênesis 15:18-20), mas ela era habitada por homens perversos e
cruéis. Deus disse que Abraão ainda não poderia possuí-la porque a maldade
deles ainda não estava completa (Gênesis 15:16). Enquanto isso, eles iriam
para o Egito e seriam escravos lá (v. 13): “Mas também eu julgarei a gente
(Egito) a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com GRANDES
RIQUEZAS” (v. 14; grifo meu). Por intermédio de Josué, Deus tomou aquela
terra do perverso e a entregou para o justo. A riqueza do perverso é enviada
para o justo.

7.DAVI e ZICLAGUE (1 Samuel 30).


A unção de Deus sobre Davi o fez ganhar grande riqueza para o povo de
Deus. Deus deu a ele grandes vitórias que transferiram riqueza do perverso
para o justo. Um incidente em particular se destaca.
1 Samuel 30:1-6a: “Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus
homens, ao terceiro dia, a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com
ímpeto contra o Sul e Ziclague e a esta, ferido e queimado; tinham
levado cativas as mulheres que lá se achavam, porém a ninguém
mataram, nem pequenos nem grandes; tão somente os levaram consigo e
foram seu caminho. Davi e os seus homens vieram à cidade, e ei-la
queimada, e suas mulheres, seus filhos e suas filhas eram levados
cativos. Então, Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e
choraram, até não terem mais forças para chorar. Também as duas
mulheres de Davi foram levadas cativas: Ainoã, a jezreelita, e Abigail, a
viúva de Nabal, o carmelita. Davi muito se angustiou, pois o povo falava
de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa
de seus filhos e de suas filhas”. Parecia que Davi e seus homens tinham
perdido tudo. Um ladrão (inimigo de Deus) tomou tudo. O que Davi iria
fazer?
1 Samuel 30:6b,8: “... porém Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus...
Então, consultou Davi ao SENHOR, dizendo: PERSEGUIREI eu o bando?
Alcançá-lo-ei? Respondeu-lhe o SENHOR: 1) PERSEGUE-O, porque, de
fato, o 2) ALCANÇARÁS e tudo 3) LIBERTARÁS” (grifos meus).
Quando o inimigo rouba o que devia ser nosso, não temos que ser passivos,
mas sim nos levantar, persegui-lo, alcançá-lo e recuperar tudo. Precisamos
nos levantar em nossa autoridade e acreditar que Deus está trabalhando
conosco para transferir a riqueza do mundo de volta para as mãos do povo de
Deus. Devemos perseguir e alcançar Satanás em nome de Jesus, e recuperar o
que foi roubado.
O problema que Davi tinha era que ele não sabia para onde os amalequitas
tinham ido. Mas à medida que perseguia em fé conforme Deus dizia a ele,
Deus sobrenaturalmente o conduziu a um egípcio que fora abandonado pelo
inimigo e que sabia onde eles estavam (vv. 9-16). Davi atacou o inimigo e
recuperou tudo o que havia perdido (vv. 17-22) e mais, porque eles também
capturaram as riquezas do inimigo. Essa foi uma transferência tão grande de
riqueza que Davi distribuiu (doou) por todo o Israel (v. 26-31), dizendo:
“Chegando Davi a Ziclague, enviou do despojo aos anciãos de Judá, seus
amigos, dizendo: ‘Eis para vós outros um presente do despojo dos inimigos
do SENHOR’”.

8.SALOMÃO foi ungido para prosperar.


Deus disse a ele que porque ele pediu sabedoria, “também até o que me
não pediste eu te dou, tanto RIQUEZAS como glória; que não haja teu igual
entre os reis, por todos os teus dias” (grifo meu).
Deus o prosperou como a nenhum homem, e essa prosperidade foi usada
para construir a Casa de Deus e isso serviu de testemunho para Deus (por
exemplo, a rainha de Sabá). Muito dessa riqueza veio por meio da sabedoria
que ele recebeu de Deus para lidar com e comercializar com outras nações.
Portanto, muita riqueza veio de outras nações (perversas) que adoravam a
falsos deuses. Por meio da unção havia uma transferência de riqueza principal
para Salomão. Infelizmente ele se tornou ambicioso e corrompido pela
riqueza, e não a utilizou como deveria, o que trouxe maldição sobre Israel;
mas isso não muda o princípio sobre o qual estamos falando aqui.
Quando ainda era jovem, ele escreveu o livro de Provérbios (para
transferência de riqueza extraída da sua própria experiência, veja Provérbios
13:22; 28:8). Depois de ter decaído na meia-idade, ele se arrependeu em seus
últimos anos e escreveu Eclesiastes, e ele aprenderia com sua experiência,
especialmente que não devemos cobiçar as riquezas ou confiar nelas, porque
tudo é vaidade.
Eclesiastes 2:26: “Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao
homem que lhe agrada; mas ao PECADOR dá trabalho, para que ele
AJUNTE e AMONTOE, a fim de DAR àquele que AGRADA a Deus.
Também isto é vaidade e correr atrás do vento” (grifos meus).
Eclesiastes 5:18-19: “Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e
gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou
debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque
esta é a sua porção. Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e
bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar
do seu trabalho, isto é dom de Deus”. Ele também afirma que Deus dá
riqueza ao Seu povo para que desfrute.
Outro homem rico (Jó) disse em Jó 27:13,16-17: “Eis qual será da parte de
Deus a porção do perverso e a herança que os opressores receberão do Todo-
Poderoso... Se o perverso amontoar prata como pó e acumular vestes como
barro, ele os acumulará, mas o justo é que os vestirá, e o inocente repartirá a
prata”. A prosperidade do perverso tem curta duração, Deus deseja transferi-
la (Salmos 73:3,17). Eclesiastes 6:1-2a: “Há um mal que vi debaixo do sol e
que pesa sobre os homens: o homem a quem Deus conferiu riquezas, bens e
honra, e nada lhe falta de tudo quanto a sua alma deseja, mas Deus não lhe
concede que disso coma; antes, o estranho o come”.

9.A IGREJA no Século IV.


Alguma coisa aconteceu nos tempos do Novo Testamento que é
semelhante ao tempo de Salomão (em ambos os aspectos bons e maus). Deus
tomou uma grande quantidade de riqueza do perverso e a entregou para a
Igreja, que espalhou o Evangelho por todo o mundo começando no reino de
Constantino o Grande, governador de ambos os Impérios Romanos do leste e
do oeste de 312 a 337 d.C. Em 313 d.C., Constantino emitiu o Édito de
Milão, que legalizou o cristianismo no Império Romano. Dentro de 100 anos,
uma grande parte do mundo passou a conhecer e fazer parte do Cristianismo.
A riqueza do Império Romano começou a fluir para as mãos dos cristãos. Os
recursos do Império Romano estavam agora à disposição da Igreja. Agora é
verdade que, como aconteceu com Salomão, muita coisa ruim chegou até a
Igreja com essa riqueza, devido à corrupção, sobre a qual eu não posso tratar
aqui. O homem estragou muito do que Deus estava fazendo para levar o
Evangelho às nações, mas ainda assim havia uma transferência de riqueza.
CONCLUSÃO

Repetidas vezes, Deus transferiu a riqueza do perverso para aqueles que


são justos, usando essa riqueza de maneira justa para estabelecer a Sua
Aliança na terra. Estamos na última geração antes da volta do Senhor e
precisamos cumprir a Grande Comissão. Precisamos de finanças para fazer
isso, e para cumprir esse propósito Deus certamente irá trabalhar conosco de
modo sobrenatural, a fim transferir a riqueza do perverso para a Igreja: 1)
salvando o perverso e assim trazendo a sua riqueza com ele, 2) transferindo-a
de suas mãos se não se arrependerem. Certifique-se de estar comprometido
com a causa de Cristo, posicionando-se para ser parte dessa transferência de
riqueza e usá-la para difundir o Evangelho.
O dinheiro é como uma grande quantidade de água (a prosperidade é uma
corrente), mas nos lugares errados (reservatórios perversos que não fazem
bem). Portanto, essa água será transferida para o justo por meio da bênção
(Gênesis 12:2; Mateus 6:33; Deuteronômio 8:18; Provérbios 10:22).
ORAÇÃO DE AUTORIDADE

Satanás, você tomou a riqueza do mundo, que Deus separou para o


justo, e colocou nas mãos dos injustos. Mas agora, em Nome de Jesus,
eu ordeno que esse dinheiro seja liberado para as mãos do justo para a
pregação do Evangelho e para a ceifa da colheita dos finais dos tempos.
Tire as suas mãos do meu dinheiro! Eu recebo o que é meu agora, em
Nome de Jesus!

Você também pode gostar