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1a Edição
Sumário
Capa
Ficha Técnica
Introdução
Capítulo 1: A Vontade de Deus É nos Prosperar
Capítulo 2: O Propósito de Deus em nossa Prosperidade
Capítulo 3: O Princípio da Mordomia
Capítulo 4: O Princípio das Primícias
Capítulo 5: Dizimar ou não Dizimar?
Capítulo 6: Prosperidade na Expiação
Capítulo 7: Possuindo a Terra
Capítulo 8: Exercendo Autoridade
Capítulo 9: Plantando e Colhendo
Capítulo 10: Bênçãos e Milagres
Capítulo 11: El Shaddai e Jeová Jiré
Capítulo 12: Prosperidade Prática em Provérbios
Apêndice 1
Apêndice 2
Conclusão
Oração de Autoridade
INTRODUÇÃO
BÊNÇÃO ou MALDIÇÃO?
Primeiro precisamos ter claro em nossa mente que a PROSPERIDADE faz
parte da BÊNÇÃO e a POBREZA faz parte da MALDIÇÃO. Isso deveria ser
óbvio. No princípio, antes da Queda e de quando a maldição entrou no
mundo, Deus fez todas as coisas BOAS, não tinha falta de nada. Adão e Eva
possuíam tudo de que precisavam, não havia falta. Essa prosperidade era a
vontade perfeita de Deus para eles. Apenas quando pecaram foi que se
desligaram da bênção de Deus, dando lugar à maldição.
Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus,
não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus
estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas MALDIÇÕES
sobre ti e te alcançarão.
— Deuteronômio 28:15; grifo meu
O que vem a seguir não é muito agradável de ler, mas observe que Deus é
muito claro quanto à POBREZA ser parte da MALDIÇÃO, portanto, não
devemos glorificá-la.
Logo depois, Deus deixou claro que a Sua vontade para o Seu povo não
era a maldição da pobreza, mas a bênção da abundância (prosperidade): “Te
propus a VIDA e a MORTE, a BÊNÇÃO e a MALDIÇÃO; escolhe, pois, a
VIDA” (Deuteronômio 30:19; grifo meu).
O Senhor Jesus confirmou que Ele está do lado da BÊNÇÃO abundante
em João 10:10: “O ladrão (MALDIÇÃO) vem somente para ROUBAR,
matar e destruir; eu vim para que tenham VIDA (BÊNÇÃO) e a tenham em
ABUNDÂNCIA” (grifo meu).
Ele deseja que nós superabundemos em bênção e prosperidade, e Ele
provou isso com a Sua morte na Cruz, onde levou a maldição da pobreza,
doença e morte sobre si. Ele fez isso por nós, para que pudéssemos ser
redimidos e libertos da maldição e então viver sob a bênção da vida, saúde e
prosperidade.
A Bíblia diz em Gálatas 3:13-14 que “Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO
da lei (vimos em Deuteronômio 28 que a pobreza estava incluída nela),
fazendo-se ele próprio MALDIÇÃO EM NOSSO LUGAR (porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a
BÊNÇÃO de Abraão (que obviamente incluía prosperidade porque Deus o
tornou rico) chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (grifo e acréscimos meus).
Deus deseja que os justos sejam financeiramente abençoados porque: (1)
Ele os ama, e (2) porque eles desfrutarão disso com justiça. Mas se não
crermos que a vontade de Deus é nos abençoar financeiramente, então
estamos no extremo da descrença, o que irá limitar a quantidade de bênçãos
que somos capazes de receber de Deus e, então, a nossa habilidade de
abençoar outros.
OS PIRATAS DA CILÍCIA
A Bíblia fala sobre FORTALEZAS em nossas mentes, conhecidas por
falsas crenças a respeito de Deus e sobre nós mesmos, das quais fluem
pensamentos que irão roubar as bênçãos que Ele está enviando para nós: “As
armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para
destruir FORTALEZAS, anulando nós sofismas (imaginações, falsas crenças)
e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda
desobediência” (2 Coríntios 10:4-6; grifo e acréscimos meus).
O pano de fundo desses versículos é uma guerra dramática na história
antiga da Cilícia (onde Paulo cresceu). Por mais de 100 anos o Império
Romano enfrentou um problema frequente com piratas. O suprimento de
alimento em Roma dependia dos navios de alimento que navegavam pelas
falésias rochosas cilicianas. Os piratas possuíam fortificações de pedras altas
chamadas de FORTALEZAS (120 delas), que formavam sua base de
operação. Eles saíam rapidamente dessas fortalezas, invadiam de surpresa os
navios, roubavam a comida e voltavam para as suas fortalezas seguras no alto
dos penhascos. Todos os esforços de Roma de derrotá-los no mar falharam.
Mesmo se os romanos matassem alguns piratas no mar, mas deixassem suas
bases intactas, a raiz do problema não seria tocada. Por volta de 67 a.C.,
havia um exército de dez mil piratas que deixava Roma à sua mercê ao cortar
o seu suprimento de alimento. Essa questão era tão séria que o senado
comissionou o seu melhor general, Pompeu, para lidar com ela. Eles
ofereceram a ele todo o dinheiro de que precisasse e um prazo de três anos
para resolver o problema. Ele tinha um plano brilhante. Ele designou e
construiu armas poderosas especiais para atacar a base em vez de atacar os
piratas individualmente. Essas armas eram navios com grande força de
combate que ele enviou em onze direções diferentes a fim de atacar as
fortalezas. Eles atiraram com a catapulta os anzóis em direção aos penhascos
para DEMOLIR as FORTALEZAS. A frota romana não perseguiu os navios
piratas, em vez disso, toda fortaleza construída em arrogante desacato contra
Roma foi lançada no mar. Enquanto isso, os soldados de Roma estavam
posicionados para capturarem qualquer soldado fugitivo. Eles os levaram
cativos à obediência de Roma. A maioria se rendeu e obedeceu. Aqueles que
não fizeram assim foram punidos (mortos) pela sua desobediência.
Os piratas ficaram estupefatos e não tiveram resposta para essas armas
poderosas que foram especificamente designadas para demolir as fortalezas.
Em apenas três meses Pompeu derrotou completamente os piratas. O que
parecia um cativeiro indissolúvel foi permanentemente quebrado. Não havia
mais problema com piratas. Eles foram grandiosamente derrotados. Agora, as
provisões poderiam novamente fluir livremente para Roma. A
ESTRATÉGIA bem-sucedida foi, primeiro, demolir as fortalezas, e só
DEPOIS lidar individualmente com os piratas.
Paulo utiliza essa guerra para ilustrar a nossa batalha espiritual. O campo
de batalha é a mente dos homens. Nossas armas poderosas para derrotar as
“fortalezas espirituais” são a Palavra de Deus (Romanos 1:16; Jeremias 1:10,
23:29; Apocalipse 12:11; Hebreus 4:12). Assim como os piratas saíam das
suas fortalezas para roubar o alimento que ia para Roma, os pensamentos
negativos saem de quaisquer fortalezas de descrença que temos em nossa
mente. Quais são essas fortalezas? A Palavra de Deus destina-se a destruir “...
argumentos (logismos) e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento
de Deus” (2 Coríntios 10:5, NVI). Eles não são apenas pensamentos de
passagem, mas falsas crenças e argumentos que são contrários à Palavra de
Deus. Abrigar esses pensamentos faz com que a bênção de Deus seja roubada
de você. Quando uma pessoa acredita em uma mentira a respeito de Deus ou
sobre si mesma, uma fortaleza do mal é construída em sua mente e se torna
uma base de operação para muitos pensamentos negativos (piratas) que
roubam as bênçãos que Deus envia para você. Pensamentos (piratas) têm o
seu fundamento em estruturas de crença (fortalezas).
Deus em Sua graça está sempre enviando navios de bênçãos para nós no
Rio do Seu Espírito, mas normalmente antes de podermos recebê-las e
desfrutá-las, pensamentos-piratas saem correndo das nossas crenças erradas
e as roubam.
Sim, Deus deseja nos abençoar, mas isso é para um propósito maior, para
que possamos ser uma bênção. Se apenas focarmos no ponto 1 (receber), o
nosso foco se transformará em egoísmo (até mesmo cobiça). Devemos nos
apegar a ambas as verdades, e crescer nas duas áreas, permitindo que Deus
nos abençoe, para que sejamos uma bênção maior. A prosperidade divina é
ser abençoado tanto no RECEBER quanto no DAR. Ambos são importantes.
Mas qual é a bênção maior: prosperidade de nível 1 (receber) ou prosperidade
de nível 2 (dar)?
A Bíblia diz em Atos 20:35 (grifos meus): “E recordar as palavras do
próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é DAR que RECEBER”. Veja
que RECEBER (prosperidade) é uma bênção, mas o dar é uma bênção ainda
maior. Portanto, a nossa prosperidade (bênção) é medida em termos de
ambos: o que temos recebido e o que damos. Se você é rico, mas doa pouco,
você não é muito próspero aos olhos de Deus.
A medida da nossa prosperidade não é, na verdade, o quanto recebemos,
apesar de fazer parte da bênção, porque a menos que você receba, você não
tem nada para dar. Mas a verdadeira medida da quantidade de prosperidade
em que você caminha é o quanto é capaz de dar. A medida do FLUIR é a
saída, em vez de a entrada.
E a respeito de Jesus? Ele não era pobre? Deixe-me fazer uma pergunta:
você já chegou a um ponto em que precisou de um tesoureiro pessoal para
lidar com as suas finanças e doar ao pobre? Quando foi a última vez que você
teve que servir o jantar para vinte mil pessoas? Ou fornecer 150 galões de
vinho para uma festa de casamento que durou sete dias! Imagine o valor
disso! Através do espírito de prosperidade sobre Ele, Ele deu a Pedro e a
André uma rede cheia de peixes quando viu que não conseguiram pescar
nada.
A verdadeira medida da prosperidade é o que DAMOS, o que exige que
caminhemos em ambos, RECEBER e DAR, para verdadeiramente prosperar.
Enquanto o que RECEBEMOS tem a ver com a nossa FÉ, o que DAMOS
tem a ver com o nosso AMOR. Tanto a FÉ quanto o AMOR são importantes,
mas o maior é o AMOR (1 Coríntios 13:13). Gálatas 5:6 (NTLH): “O que
importa é a FÉ que age por meio do AMOR” (grifos do autor). A nossa FÉ
trabalha melhor quando é motivada pelo AMOR. A nossa fé para a
prosperidade funcionará melhor quando quisermos prosperar para doar e
sermos uma bênção para o Reino, para o Evangelho e para os necessitados.
Então, quando damos, certamente é por causa do AMOR por aqueles que
irão se beneficiar, mas também é certo doar em FÉ e ESPERANÇA
(expectativa confiante), crendo que a sua doação (semeadura) irá produzir
uma colheita, porque quanto mais você recebe, mais você pode ser uma
bênção doando novamente. Foi por isso que Jesus nos prometeu em Lucas
6:38: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante,
generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido
vos medirão também”.
É errado dar para receber? Qual é a sua motivação em dar? Amar,
abençoar! Esse é o seu principal motivo. Contudo, quando damos em amor
para abençoar outros, não é errado crer que Deus agora irá nos abençoar
ainda mais, que à medida que semeamos, também colheremos uma colheita
nesta vida (assim como na eternidade), o que nos permitirá dar novamente e
mais. Então, ambos, a fé e o amor, são corretos. Não é um ou outro. Damos
em amor para sermos uma bênção, mas quando damos, estamos crendo que
Deus também irá suprir as nossas necessidades. Quando estamos sendo uma
bênção, também precisamos crer que Deus irá nos abençoar. Receber e dar
trabalham juntos. A prosperidade é a bênção de Deus sobre nós para receber,
para que então também sejamos capazes de dar. Ele deseja que
CRESÇAMOS tanto na FÉ quanto no AMOR, no RECEBER e no DAR. A
vontade de Deus para nós é que sejamos um CANAL de bênção, para que Ele
nos confie mais finanças, porque Ele sabe que iremos administrá-las bem e
nos certificar de que ela flua (vá) para as coisas corretas.
Então, existe a área do receber e a área do dar. A área do receber é a área
da fé (de ser abençoado). A área do dar é a área do amor (de ser uma bênção).
Eu quero fortalecê-lo em ambas as áreas no que diz respeito a trabalharem
juntas.
Tão logo uma pessoa passa a fortalecer a fé de outras pessoas na área do
receber, aparecem outras que acreditam que essa atitude encoraja a ambição.
Bem, existe esse perigo, mas se mantivermos essas duas áreas em equilíbrio,
com o nosso amor (dar) tão forte quanto a nossa fé (receber), então estaremos
no caminho certo.
Precisamos: 1) crer que Deus irá nos abençoar; e 2) manter a nossa
motivação correta de que queremos ser uma bênção. Eu creio que um dos
segredos para sermos financeiramente abençoados é colocar em nosso
coração que seremos uma bênção. Em outras palavras, você deseja que Deus
o abençoe para que você possa ajudar outros espiritualmente e naturalmente
com o Evangelho.
O PRINCÍPIO DA MORDOMIA
Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e
a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai
para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e
onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração.
— Mateus 6:19-21
A PARÁBOLA DAS MINAS EM LUCAS 19
Primeiramente, extraímos esse conceito do ensinamento de Jesus,
especialmente de Suas parábolas. Em Lucas 19 está a história de Zaqueu, o
coletor de impostos, um homem muito impopular em Jericó. Os romanos não
cobravam os impostos. Eles queriam que os judeus coletassem as taxas,
assim, os judeus competiam uns com os outros em uma guerra de preços.
Eles prometiam aos romanos coletar certa quantidade por ano. Zaqueu dava
um lance mais alto do que os outros, então ele podia coletar o quanto quisesse
extorquir das pessoas. Desde que pagasse aos romanos a parte deles, eles
estavam satisfeitos. Coletores de impostos eram tão impopulares porque eles
não apenas estavam ao lado de Roma, mas também coletavam taxas
exorbitantes não apenas para os romanos, mas para si mesmos, recebendo um
grande lucro à custa das pessoas. Então, ninguém se socializava com eles.
Portanto, quando Jesus o aceitou e disse: “Zaqueu, desce depressa, pois me
convém ficar hoje em tua casa”, as pessoas ficaram chocadas, e ele muito
comovido. Ele creu em Jesus dizendo: “Senhor, resolvo dar aos pobres a
metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém,
restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: ‘Hoje, houve salvação
nesta casa’” (Lucas 19:8).
Então esse coletor de impostos foi salvo e prometeu: “Eu agora usarei o
meu dinheiro corretamente. Não irei abusar do meu poder e até irei restaurar
o que peguei de forma errada e darei muito dinheiro aos pobres. Eu irei
colocar as minhas finanças em ordem e fazer o que Deus quer com as minhas
finanças”. Em resposta, Jesus contou uma parábola para encorajá-lo. Veja
que ela está dizendo sobre a maneira como usamos o nosso dinheiro e Ele
está falando para Zaqueu, por meio dessa parábola, para permanecer firme
em seu compromisso de ser fiel em suas finanças, pois isso irá afetar a sua
recompensa eterna. O que você faz com o seu dinheiro agora afeta a sua
eternidade e os tesouros que você terá no céu, então: “Permaneça fiel”.
“Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o
fim de tomar posse de um reino e voltar” (Lucas 19:12). Essa é uma imagem
de Jesus, que foi ao céu para receber um reino. Então, depois de um tempo
Ele voltará.
“Chamou (pouco antes dele sair) dez servos seus, confiou-lhes dez minas e
disse-lhes: Negociai até que eu volte” (Lucas 19:13). Veja de quem é esse
dinheiro. Enquanto Jesus está longe, no céu, Ele entregou recursos para os
Seus servos na terra, que inclui dinheiro (o contexto é dinheiro).
Veja o que diz Lucas 19:14: “Mas os seus concidadãos o odiavam e
enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine
sobre nós”. Em outras palavras, o mundo diz: “Não aceitamos Jesus como
nosso Senhor”. E Lucas 19:15 (acréscimo meu): “Quando ele voltou (Jesus
em breve voltará), depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar
os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria
conseguido”. Veja que ainda é o seu dinheiro. Ele simplesmente o confiou
aos seus servos para usá-lo para ele da melhor maneira possível, mas agora
ele os chama para prestar conta: “O que você fez com o meu dinheiro?” Ele
disse para eles ficarem ocupados (fazerem negócios) para ele até ele voltar.
Da mesma forma, no Arrebatamento Jesus irá nos chamar para Ele e
estaremos diante dele e prestaremos conta.
“Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a TUA mina rendeu dez” (Lucas
19:16; grifo meu). Ele disse: “Eu estive ocupado por você. Usei o seu
dinheiro de forma útil e agora ele se tornou dez minas”. Veja de quem eram
as minas. “Tua mina”. Esse servo fiel sabia que a mina era do mestre.
Algumas vezes, o dízimo pode ser ensinado como “Deus fica com os
primeiros 10%”, então os outros 90% são nossos para fazermos o que
quisermos. “Não!”. Os 100% são de Deus, e não iremos apenas prestar contas
do dízimo, mas de toda a quantia.
“Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste FIEL no
pouco, terás autoridade sobre dez cidades” (Lucas 19:17; grifo meu). Esse é
um bom retorno para o seu investimento! Pensamos que dez minas é muito
dinheiro; mas Jesus chama de “muito pouco”. Aos olhos de Deus, o dinheiro
que temos agora (não importa o quanto somos ricos) é uma mesada se
comparado às riquezas do céu. Mas o que você faz com ele importa, porque é
a maneira como você se prova fiel que irá qualificá-lo para usar as riquezas
do céu.
Veja que Deus é um recompensador muito generoso. Porque aquele
homem foi fiel com aquela pequena quantidade de dinheiro, ele deu dez
cidades para ele governar. Quando você é fiel com o dinheiro de Deus agora,
Ele irá recompensá-lo em grande estilo na eternidade.
A qualidade chave que Deus busca no gerenciamento do Seu dinheiro é a
fidelidade. Veja as seguintes passagens bíblicas:
“Portanto, que todos nos considerem como servos de Cristo e
encarregados... de Deus. O que se requer destes encarregados (gerentes) é
que sejam fiéis” (1 Coríntios 4:1-2, NVI).
“Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco. A este disse:
Terás autoridade sobre cinco cidades” (Lucas 19:18-19). Isso mostra que
existem diferentes níveis de recompensa eterna.
“Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei
embrulhada num lenço (eu não fiz nada com ela). Pois tive medo de ti, que és
homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste” (Lucas
19:20-21, acréscimo meu). Ele acreditou em uma mentira sobre o seu mestre,
que ele era rigoroso, miserável, injusto, mesquinho e avarento. Ele não tentou
fazer nada com o dinheiro porque não acreditava na bondade do seu senhor,
mas pensava que ele simplesmente tiraria dele qualquer dinheiro que
ganhasse.
Veja que o servo mau viu o dinheiro como sendo dele mesmo (ele o
acusou de roubo). Além disso, ele não acreditava na bondade e generosidade
do seu senhor, de que o iria recompensar. Porque ele acreditou na mentira, e
não na verdade de que o seu senhor era um recompensador, ele nem ao
menos se incomodou em fazer alguma coisa pelo mestre. Mas ele estava
errado, porque o Senhor é generoso e nos recompensa generosamente.
Veja mais algumas passagens bíblicas:
• Lucas 12:
v. 16: “E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um
homem rico produziu com abundância”. Essa era a bênção financeira de
Deus sobre ele.
v. 17: “E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho
onde recolher os meus frutos?” O que ele deveria ter feito? Ele deveria
começar a doar e Deus o abençoaria ainda mais, mas ele não estava
pensando em Deus ou em outras pessoas; apenas em si mesmo.
v. 18: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei
maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens”. Tudo
com o que ele estava preocupado era em construir celeiros maiores,
pensando: “Irei armazenar tudo isso para mim mesmo. Isso me
sustentará para sempre”. Ele vê o dinheiro como sendo seu para sempre.
v. 19: “Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para
muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te”. Ele é completamente
egocêntrico; ele enxerga esse dinheiro como seu; não tem nada a ver
com Deus. Veja o que Deus disse a ele (verso 20).
v. 20: “Louco”. Você é louco se não enxerga o grande cenário de que
seu dinheiro é emprestado pelo Senhor. Uma pessoa que serve ao
dinheiro em vez de servir a Deus é considerada louca; não importa quão
rica ela seja. Não fique com inveja dessas pessoas realmente ricas que
não dão nem ideia para Deus. Parece que elas têm tudo, mas Deus as
considera loucas se não o estão colocando em primeiro lugar. Deus não
se importa que sejamos ricos; mas Ele deseja que sejamos ricos para
com Deus.
v. 20: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o
que tens preparado, para quem será?” Quem ficará com todas essas
coisas? Não será você! Você não pode levá-las consigo. Você é louco,
não investiu em seu futuro eterno, então não terá nada. É loucura viver
apenas para o presente e não pensar, planejar e investir no futuro.
A lição do que ele não entendeu está em Lucas 12:21: “Assim é o que
entesoura PARA SI MESMO e não é rico para com Deus” (grifos meus).
Ele entendeu como se o dinheiro fosse seu; enviado para ele mesmo. Se ele
entendesse que o dinheiro na verdade era de Deus e vinha da bênção de Deus,
então ele teria vivido uma vida confortável, mas também teria sido rico com
relação a Deus. Tenha certeza de estar dando para Deus e Sua obra. Tenha
certeza de não estar apenas juntando tesouro na terra, mas de estar
construindo tesouros no céu; sendo rico para com Deus, e não apenas para si
mesmo. Deus o chamou de tolo porque agiu como se o dinheiro fosse dele e
acabará na eternidade sem nada.
“Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me
recebam em suas casas. Tendo chamado cada um dos devedores do seu
senhor (ele conhece todos aqueles que devem ao seu mestre), disse ao
primeiro: Quanto deves ao meu patrão? Respondeu ele: Cem cados de
azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve
cinquenta”.
Então, ele cancela o seu débito. Certamente isso é um escândalo; ele está
distribuindo o dinheiro do seu mestre! Perdoar o débito das pessoas é uma
das maneiras de dar.
Eu agradeço a Deus pelo cancelamento sobrenatural de um débito que
tivemos uma vez. Quando concluímos o nosso tempo na Escola Bíblica,
estávamos totalmente sem dinheiro. Empolgado, eu encomendei
especialmente em uma loja cristã cerca de duzentas fitas com ensinamentos,
mas eu fiz os cálculos errados, e como resultado, eu não tinha dinheiro para
pagar. Foi o nosso último dia antes de voltarmos para casa. Naquela manhã,
Hilary estava limpando o forno sem saber da confusão em que eu me metera.
De repente, ela disse: “Oh Senhor, por favor, nos dê um cancelamento
sobrenatural de débito!” Então, ela pensou: “Por que eu disse isso? Não
temos débito.” Eu fui até a loja para explicar a situação, mas quando eu
entrei, antes de poder dizer qualquer coisa, o vendedor falou: “Você não
precisa pagar por elas”. Claro, ele não sabia que estávamos sem dinheiro. Ele
continuou: “Deus falou comigo enquanto tomava banho essa manhã e disse:
‘Cancele o débito’”. E continuou: “Primeiro, eu pensei que Deus quisesse que
eu as oferecesse por um preço reduzido”. E eu estava pensando: “Não posso
pagar nem a metade!” Mas então ele disse que o Senhor também não o
deixaria fazer isso. Ele afirmou: “O Senhor está me dizendo que preciso
deixar você levar essas fitas sem custo algum. Eu irei semeá-las em seu
ministério”. Então eu falei: “Obrigado. Louvado seja Deus pelo cancelamento
da dívida”.
“Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros
de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta” (Lucas 16:7). Ele
está cancelando débitos e entregando o dinheiro do mestre; mas ele é o
mordomo, e recebeu autoridade para fazer isso. Por que ele deu o dinheiro do
seu mestre? Porque depois de ser expulso, ele irá até a casa dessas pessoas e
elas dirão: “Oh, amigo, você nos deu todo esse dinheiro. Entre. Tenha uma
refeição agradável conosco. Você precisa de um emprego? Iremos procurar
um para você”. De repente, ele terá todas essas pessoas ao redor da cidade
que darão a ele calorosas boas-vindas em suas casas. Cara esperto!
Esperamos que Jesus diga: “Que mordomia horrível. Como ousa dar o
dinheiro do seu mestre? Ele foi injusto, mas agora só está piorando as
coisas”. Aqui a história tem uma reviravolta, porque Jesus o elogiou! “E
ELOGIOU o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente
(sabiamente)...” (Lucas 16:8; grifo meu).
O mestre é uma figura de Deus. E se você de repente percebesse que o
tempo para você se preparar para o seu futuro eterno está acabando e
decidisse doar o dinheiro de Deus? Ele ficará aborrecido com você? Não! Ele
irá elogiá-lo por se tornar um canal do dinheiro do mestre, ajudando pessoas
que passam por necessidade. Sim, ele foi injusto desperdiçando o dinheiro do
seu mestre; um mau senhorio. Mas agora ele está reunindo os seus atos e, na
verdade, agradando o mestre.
“... porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do
que os filhos da luz” (Lucas 16:8). Ele está dizendo: “Você pode aprender
alguma coisa com essa mordomia”. Então, ele aplica esse ensinamento a nós:
“E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que,
quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam (como amigos) nos
tabernáculos eternos” (Lucas 16:9, acréscimo meu).
“Quando aquelas vos faltarem” significa quando você morrer. Em alguns
manuscritos diz: “Quando as riquezas faltarem”. Em outras palavras, “quando
o seu dinheiro acabar”, o que novamente quer dizer que quando você morrer,
as coisas materiais não serão mais suas. Ele diz que você pode se preparar
agora para quando as riquezas faltarem. Você pode usar o seu dinheiro para
fazer amigos eternos que “vos recebam nos tabernáculos eternos”.
Somos como esse mordomo. Talvez tenhamos gastado o dinheiro do
Mestre; nós o gastamos todo com nós mesmos. Mas percebemos que iremos
morrer em breve e precisamos nos preparar para a nossa vida após a morte,
para começarmos a dar em vez de desperdiçar tudo conosco mesmos,
sabendo que iremos receber uma recompensa mais tarde.
O que fazemos com o nosso dinheiro afeta o nosso futuro eterno. Temos
um Mestre muito interessante; Ele na verdade nos elogia quando damos o
Seu dinheiro.
Em particular, Jesus diz que podemos fazer amigos eternos com o nosso
dinheiro: “E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos;
para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos
tabernáculos eternos” (Lucas 16:9).
Essas são as pessoas salvas, ajudadas e mudadas por intermédio do
dinheiro que damos. Deus administra contas de tudo o que você dá para o
Evangelho para salvar as almas das pessoas, ou doa para boas causas
diferentes para suprir as necessidades das pessoas, ou ajudá-las em crise ou
situações difíceis. Quando você oferta, você não sabe para onde o dinheiro
está indo e qual vida será tocada. Mas Deus irá usá-la para salvar uma alma
ou mudar uma vida pela Palavra de Deus, e então, por meio dessas vidas
mudadas, são capazes de alcançar outros, e acontece um grande efeito
cascata, porque quando você abençoa (salva) uma vida, ela então abençoa
(salva) outras vidas e a repercussão continua e afeta muitos. Não temos ideia
do fruto que Deus gera a partir da nossa doação!
Então, se você tem sido fiel no ato de dar, quando você chegar no céu, terá
uma grande recepção de pessoas lhe dando as boas-vindas, porque Deus
mantém registros de tudo o que você deu e toda a vida que você tocou de
cada um que foi afetado ao longo do caminho. E eles saberão disso. Dessa
forma, quando você aparecer no céu, todos os tipos de pessoas virão
cumprimentá-lo e lhe dar as boas-vindas ao seu lar, e dizer: “Obrigado!
Porque você deu aquela oferta, porque você doou para suprir aquela
necessidade, eu estou aqui agora”. Você fará amigos eternos entregando o
dinheiro do Mestre. Você ficará maravilhado com as pessoas de todo o
mundo que o cumprimentarão e que você nunca viu antes, porque a sua oferta
teve um efeito cascata.
Mas, no entanto, se você simplesmente gastar tudo consigo mesmo, você
chegará no céu e poucos o cumprimentarão, porque você não tocou em
nenhuma vida por meio do ato de dar. Uma grande parte da sua recompensa
no céu são todas as pessoas que você alcançou. Se você doou para o
evangelismo, então essas almas ganhas estarão lá para lhe dar as boas-vindas.
Você receberá uma grande recompensa eterna. Então, em Lucas 16:10-11,
Jesus deixa claro que Ele está falando sobre fidelidade com relação ao
dinheiro: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no
pouco também é injusto no muito”.
Esse é o princípio geral. Em qualquer área da vida, você precisa se provar
fiel nas coisas pequenas e então você receberá mais para ser fiel sobre aquilo.
Os pais entendem isso com seus filhos. Entregamos a eles uma pequena
porção de responsabilidade e então, se eles se provarem fiéis, podemos
confiar neles com um pouco mais de liberdade e responsabilidade.
Portanto, se você se mostrar fiel a Deus com o que você tem, então Ele
pode confiar com mais nesta vida. Não diga: “Quando eu tiver um milhão de
reais, então eu começarei a dar”. Isso não vai acontecer; você precisa se
mostrar fiel no que você tem agora. Mesmo se os seus rendimentos não são
brilhantes no momento, seja fiel com eles, e certifique-se de estar colocando
Deus em primeiro lugar em suas finanças, então, Ele pode abençoá-lo e
aumentar os seus rendimentos. É assim que funciona.
Então, em Lucas 16:11, Jesus aplica esse princípio geral ao dinheiro: “Se,
pois (de acordo com este princípio), não vos tornastes fiéis na aplicação das
riquezas de origem injusta (dinheiro, que é neutro, com nenhuma justiça
inerente ou valor eterno), quem vos confiará a verdadeira riqueza?”
(acréscimos meus).
Ele está dizendo que o DINHEIRO é a menor coisa. Pensamos que ele é o
principal, mas para Deus ele é o que menos importa. Ele é importante, mas
nada comparado às verdadeiras riquezas eternas, porque é temporário. Ele
não possui valor eterno; enquanto as verdadeiras riquezas são realmente
riquezas porque durarão para sempre.
A sua verdadeira riqueza não é o que você possui exatamente agora; essas
não são riquezas verdadeiras. As suas verdadeiras riquezas são as suas
riquezas eternas construídas no céu neste momento, à medida que é fiel em
gerenciar o dinheiro do “monopólio” desta vida.
Observe que o seu dinheiro e a maneira como o gerencia são importantes
para Deus. Isso não é algo isolado, porque a forma que você lida com ele
determina, em grande parte, as suas recompensas eternas, aquilo que Deus
confiará a você no céu. A menos que você seja fiel no mínimo do seu
dinheiro, Deus não poderá confiar a você muita riqueza eterna. Desculpe, mas
Ele não irá. Mas se você é fiel no pouco, Ele será muito generoso em dar a
você aquelas riquezas eternas, que serão verdadeiramente suas, porque você
as terá para todo o sempre, como Ele diz a seguir: “Se não vos tornastes fiéis
na aplicação do alheio (o que temos nesta vida pertence ao Senhor), quem
vos dará o que é vosso?” (Lucas 16:12; acréscimo meu).
Suas riquezas eternas serão suas porque você as terá para sempre. Então,
Ele conclui em Lucas 16:13: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque
ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e
desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Ele está nos desafiando a tomar uma decisão de qualidade para servir a
Deus em vez de ao dinheiro, ou para servir a Deus com o nosso dinheiro. Ele
diz que se não reconhecermos a Deus como a Fonte e o Proprietário do nosso
dinheiro, e não servirmos a Deus com esse dinheiro, acabaremos servindo ao
dinheiro, sendo controlados pelo dinheiro por meio da ganância. Essa é a
questão fundamental das nossas finanças. O seu foco está em Deus como o
Senhor do nosso dinheiro, desejando agradá-lo com os seus recursos? Ou
apenas focamos no dinheiro e o cobiçamos (amamos), porque o vemos como
se fosse nosso? Nós vemos a Deus como o dono do nosso dinheiro e vivemos
sob essa perspectiva, servindo a Deus com ele, ou a minha vida é controlada
pelo dinheiro?
Sim, o dinheiro é importante para nós, mas Deus é muito mais importante,
e como o dinheiro pertence a Ele, Ele deve ter a última palavra quanto ao que
fizermos com ele. Temos visto que Jesus ensinou muita coisa com relação ao
dinheiro, especialmente quanto ao princípio da mordomia. Ele obviamente o
considerava importante.
Somos como o homem louco que coloca o dinheiro à frente de Deus e que
terminará sem nada, ou somos como o homem sábio, que percebe que o seu
dinheiro pertence a Deus e serve ao Senhor com ele? O homem a quem,
como resultado, serão confiadas riquezas eternas? O louco não planeja seu
futuro eterno, mas trata o dinheiro como se fosse todo seu. Logo, ele
descobrirá que não é quando perder tudo ao morrer. O homem sábio entende
que o dinheiro não é seu, mas ele precisa se mostrar fiel com o dinheiro de
Deus, construindo para si mesmo o verdadeiro tesouro no céu.
O primeiro princípio das nossas finanças é saber que o dinheiro é de Deus
e que somos apenas mordomos dele. Ele é muito generoso e deseja que nós
usemos uma parte dele para suprir as nossas necessidades. Mas Ele também
deseja que lembremos que tudo pertence a Ele e um dia, em breve, Ele irá
desejar ter uma conversa conosco a respeito do que você tem feito com o Seu
dinheiro.
Em resumo, o princípio da mordomia é a revelação fundamental para o
gerenciamento financeiro divino. Toda a nossa riqueza foi confiada a nós,
para usarmos para o Senhor Deus, que é o verdadeiro Proprietário de toda a
riqueza material deste mundo. Somos apenas mordomos ou gerentes do Seu
dinheiro e, portanto, precisaremos estar diante dele um dia, em breve, e
prestar contas da nossa mordomia. Naquele momento, seremos
recompensados de acordo, com recompensas eternas.
A principal coisa requerida em uma mordomia é a fidelidade. Um bom
mordomo descobre o que o Mestre deseja que ele faça com o Seu dinheiro e
se esforça para usá-lo o mais eficientemente possível para cumprir os
propósitos do Seu Mestre. Um mordomo mau esquece que o dinheiro
pertence ao seu Mestre e o gasta de maneira egoísta, como se fosse seu.
Deus criou todas as coisas boas, para que eles aproveitassem toda essa
riqueza. Ele deu a eles todas as árvores de onde pudessem comer, mas
também definiu primícias que não poderiam tocar: a árvore do conhecimento
do bem e do mal. Ela não era uma árvore má; ela foi criada por Deus. Mas
era apenas de Deus. Eles foram chamados a reconhecerem a autoridade de
Deus sobre eles e suas riquezas ao não comerem da árvore (as primícias).
Deus os advertiu da maldição que viria sobre eles e suas riquezas se eles
desonrassem as primícias, mas mesmo assim eles desobedeceram, como
vemos em Gênesis 3:6: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer,
agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do
fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”.
Enquanto deram as primícias a Deus, eles o reconheceram como Senhor
supremo de todas as suas coisas, mas ao desobedecerem e violarem as
primícias, eles colocaram a si mesmos e as coisas na frente de Deus.
Enquanto eles honraram as primícias, eles mantiveram toda a sua riqueza sob
a autoridade e mão abençoadora de Deus. Mas ao tocarem nelas, eles agiram
como uma autoridade independente, como se a árvore fosse deles para
fazerem o que quisessem. Assim, eles removeram a sua riqueza (a terra) de
sob a autoridade, proteção e mão abençoadora de Deus, e ao contrário, ela
ficou debaixo da maldição da pobreza e morte.
Deus encheu a terra com prosperidade, mas agora por causa da quebra da
Lei das Primícias, a maldição da pobreza entrou e Adão agora teria que se
esforçar e suar para sobreviver. Portanto, desonrar a Deus quebrando as
primícias nos leva para fora da autoridade de Deus e da esfera da Sua bênção,
deixando-nos vulneráveis à maldição.
Todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o que
se move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão
entregues. Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como
vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. Carne, porém, com sua
vida, isto é, com seu SANGUE, não comereis.
— Gênesis 9:2-4; grifo meu
4.ABRAÃO deu as PRIMÍCIAS dos seus despojos para Deus por meio
do seu Representante na terra — Melquisedeque
Gênesis 14:19-20 diz: “Abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão
pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus
Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu
Abrão o DÍZIMO” (grifo meu). Ele lembrou Abraão que toda a riqueza que
Ele tinha ganhado vinha de Deus e pertencia a Ele. Portanto, era apropriado
que Abraão honrasse a Deus dando a Ele as PRIMÍCIAS (que nesse caso era
o DÍZIMO). Ele estava andando conforme as instruções de Deus nessa
questão, porque está registrado na Bíblia como um ato significativo de fé
(uma vez que o comentário sobre isso no livro de Hebreus confirma).
Entregar o DÍZIMO DAS PRIMÍCIAS honrou a Deus como a fonte do Seu
sucesso, riqueza e vitória.
Gênesis 14:22 confirma que foi uma transação solene entre Abraão e Deus
na qual ele o reconheceu como Senhor e Dono de toda a sua riqueza: “Mas
Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o que
possui os céus e a terra”.
No capítulo seguinte, percebemos que essa oferta das Primícias abriu a
porta para Deus liberar bênçãos até maiores sobre Abraão que continuaria em
seu futuro:
Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos
vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e
romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o
pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro
e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás
o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.
— Deuteronômio 8:7-10
Tocar nas Primícias significava que eles não estavam mais sob a bênção de
Deus e então não podiam possuir a terra: “Pelo que os filhos de Israel não
puderam resistir aos seus inimigos; viraram as costas diante deles, porquanto
Israel se fizera condenado; já não serei convosco, se não eliminardes do
vosso meio a coisa roubada” (Josué 7:12).
Era urgente que eles corrigissem esse pecado de pegar parte das primícias
para si mesmos, de outro modo não poderiam possuir a terra da prosperidade
que Deus queria lhes dar. No dia seguinte, Deus sobrenaturalmente revelou
que foi Acã, que então confessou em Josué 7:20-21:
A ênfase é que o adorador reconhece que foi o Senhor quem deu a ele todo
esse produto (riqueza). Veja a continuação da descrição:
1.ANTES da LEI
Esse dízimo era muito formal e uma coisa séria, pois Abrão fez um
juramento, isso era característica de uma aliança. Em seu dízimo e oferta,
Abrão estava cumprindo uma promessa de aliança e juramento diante de
Deus. Ele estava reconhecendo formalmente diante de Deus que tudo veio
dele. Na verdade, ele foi além do dízimo; mas primeiro ele entregou o dízimo
ao sumo sacerdote e depois entregou o restante para os necessitados (como
uma oferta extra) e não guardou nada para si, exceto os custos: “Depois
destes acontecimentos, veio a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e
disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu GALARDÃO SERÁ
SOBREMODO GRANDE” (Gênesis 15:1; grifo meu).
Vamos dizer que ele tenha recebido 100 milhões de reais, e Abraão entrega
o dízimo a Melquisedeque, e o restante ele distribui. Imagine se você daria
uma fortuna, porque simplesmente obedeceu a Deus e acordou na manhã
seguinte com pensamentos vindos em sua mente: “Por que eu fiz aquilo? Por
que eu não guardei um milhão para mim?”
O medo obviamente veio à mente de Abrão, e Deus diz para ele: “Não
temas, Abrão, Eu sou o seu Escudo da maldição da pobreza e sou seu
abençoador e recompensador sobremodo grande. Abrão, o que você fez aqui
estabeleceu algo em seu coração e Eu serei agora capaz de recompensá-lo de
maneira sobremodo grande”.
Logo, ao dizimar, ao honrar a Deus entregando a Ele as primícias, Abraão
entrou completamente no plano financeiro e vontade de Deus para a sua vida,
permitindo que Deus liberasse uma bênção grande e excedente nele por todo
o seu futuro. Da mesma forma, em Malaquias 3:7-12, o Senhor promete um
grande liberar de bênção financeira para aquele que entrega o dízimo. Se
você entrega o dízimo com fé, como um filho de Abraão, Deus irá
recompensar a sua obediência da mesma maneira.
Lembro-me de quando eu era estudante, pouco antes de ter meu primeiro
emprego (uma época em que eu não tinha muito dinheiro). Recebi uma
revelação sobre o dízimo e estabeleci o compromisso de começar a dizimar.
De alguma forma eu sabia que estava estabelecendo a base essencial para a
minha futura prosperidade. Essa foi a primeira coisa a fazer para começar a
me mostrar fiel a Deus. Eu simplesmente sabia que fazendo isso estava
liberando a minha fé para Deus me abençoar financeiramente, porque estava
colocando as minhas finanças nas mãos de Deus, e Ele me abençoou!
Portanto, vemos que o dízimo era praticado por Abraão, o pai da nossa fé,
antes da Lei, e Romanos 4:11 diz que Abraão é o “pai de todos os que creem,
embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça”.
Romanos 4:12 também nos revela: “Andam nas pisadas da fé que teve
Abraão, nosso pai”.
Sim, não estamos debaixo da Aliança mosaica, mas estamos na eterna
Aliança de Abraão, pois a Nova Aliança é apenas um desenvolvimento da
Aliança de Abraão, e uma vez que Cristo é um filho de Abraão, em Cristo
somos filhos de Abraão e herdeiros da Aliança: “E, se sois de Cristo, também
sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:29).
Então, Abraão é o nosso pai espiritual. Sigamos o exemplo da fé de Abraão.
Apesar de ser entregue inicialmente a Israel sob a Lei, a aplicação pode ser
feita de maneira mais abrangente a como o ato de dizimar funciona hoje, já
que contém verdades transcendentes sobre o ato de dizimar (uma vez que o
dízimo transcende a Lei).
Se você não dizimar, certamente se você não operar nas primícias, você
estará perdendo um grande nível de bênção sobre o qual poderia agir. Você
está sob um nível mais baixo de prosperidade. Sim, se você trabalhar duro,
você terá um nível de prosperidade, e no Novo Testamento você já está
posicionalmente sob a bênção de Deus, porque Jesus tomou a maldição por
você e Ele dá a você todas as coisas (bênção).
Você está sob a bênção se entregar o dízimo ou não. Mas eu diria que o
nível de bênção que irá, na verdade, experimentar é determinado pela sua
obediência no dar (dízimos e ofertas). Nesse sentido, eles abrirão as janelas
do céu para você. Deste modo, se você reconhece a Deus com as primícias,
isso abrirá as janelas do céu para você de modo que de outra forma não
seriam abertas.
Deus nos salvou do Egito (a terra do “não há suficiente”). Ele agora está
nos tirando do Deserto (a terra do “só o suficiente” — uma terra de provisões
milagrosas) para a Terra Prometida (a terra da bênção, do “mais do que
suficiente”). A provisão de Deus (Terra Prometida) é nossa, mas nos
limitamos se não honramos a Deus com as Primícias, porque financeiramente
não estamos na vontade perfeita de Deus. A chave para entrar na terra da
plenitude e da abundância é entregar o dízimo (assim como foi Jericó para
Israel).
No Novo Testamento, o ato de dizimar não é compulsório, mas com
alegria, sem ser forçado, livremente do seu próprio coração em um espírito de
liberalidade: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2
Coríntios 9:7). Finalmente, em nossa entrega cristã somos livres para dar
conforme o que decidimos em nosso coração.
Mas precisamos saber que somos apenas mordomos do dinheiro de Deus e
que um dia prestaremos conta a Ele por nossa mordomia. Um princípio
profundo é que devemos honrar a Deus com as primícias do nosso lucro de
maneira especial, porque as primícias pertencem a Ele. Esse é o primeiro
passo para colocar o Senhor em primeiro lugar em nossas finanças. O dízimo
é a única diretriz dada no Novo Testamento para as primícias. Satisfazemos o
requerimento bíblico quanto às primícias quando dizimamos, mas não
estamos debaixo da Lei (compulsão), portanto não estamos debaixo de
maldição se não dizimarmos. Mas uma bênção maior de Deus está sobre nós
quando dizimamos. Ao colocarmos as nossas finanças em Suas mãos, isso
libera uma bênção maior para o nosso futuro.
Sim, o dízimo estava na Lei de Moisés, mas ele não se originou com a Lei,
mas com o nosso pai espiritual, Abraão, e foi endossada por Jesus para a
Nova Aliança (ver Mateus 23:23). O dízimo na Aliança Mosaica era
compulsório, enquanto o dízimo na Nova Aliança é voluntário (como foi com
os patriarcas). Nós (assim como Abraão em Gênesis 14) devemos almejar ir
além do dízimo com as ofertas, porque a Graça nos capacita a irmos além das
exigências da Lei. Se agirmos conforme a Lei da Entrega do Novo
Testamento, isso irá anular a Entrega do Antigo Testamento.
Deus designou o dízimo (10%) para ser grande o suficiente para nos
expandir, mas não tão grande a ponto de nos quebrar. Ele é grande o
suficiente para fazer-nos usar a nossa fé, porque é uma quantidade
considerável de dinheiro. Você pode dizer: “Vou entregar como primícias 1%
do meu rendimento”, mas não existe fé nessa atitude! Você não está de fato
expandindo o seu coração, porque você está dando apenas um pouco, ou seja,
você está simplesmente se abrindo para um pequeno filete de bênção. Mas
quando você entrega 10%, demonstra um ato de fé significativo, pois você
está crendo que Deus irá suprir e fazer a diferença (os 10% restantes) e que
Ele também irá além disso. Então, Deus estabelece o dízimo a um ponto em
que ele expande a nossa fé, mas não nos fere. O dízimo é um teste da nossa
obediência. Além disso, o dízimo foi feito para ser grande o suficiente para
quebrar a nossa cobiça (o nosso amor pelo dinheiro e a nossa confiança nele),
liberando-nos para confiar em Deus. Não podemos servir a Deus e ao
dinheiro. Um deles deve vir primeiro. Ao dizimar, colocamos Deus em
primeiro lugar.
PERGUNTAS PRÁTICAS SOBRE O DÍZIMO
1.“Se eu tenho uma dívida, o que é mais importante: pagar o devedor ou
entregar o dízimo a Deus?”
É vital pagarmos os nossos débitos e priorizá-los (se quisermos ser pessoas
de honra), mas Deus deve vir primeiro, antes de qualquer pessoa. As
primícias significam exatamente isso. De outra forma, qualquer pessoa com
um financiamento o usaria como desculpa para não dizimar! A ordem de
prioridade com o nosso dinheiro deve ser: 1) Deus — o dízimo, 2) as nossas
necessidades essenciais, 3) os nossos débitos e 4) as nossas necessidades não
essenciais.
2.“Eu sou autônomo. Devo dizimar sobre o lucro bruto (capital de giro) ou
sobre o lucro líquido?”
Sobre o líquido, porque entregamos o dízimo sobre o rendimento ou lucro,
pois qualquer dinheiro gasto para fazer dinheiro pode ser deduzido (como
despesas de viagem).
PROSPERIDADE NA EXPIAÇÃO
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem
ABENÇOADO com TODA sorte de BÊNÇÃO espiritual nas regiões
celestiais em Cristo.
— Efésios 1:3; grifo meu
Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele TODAS
AS COISAS?
— Romanos 8:32; grifo meu
Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra
de Moriá [“o lugar da Provisão de Deus”, “Monte Moriá significa
‘Monte da Manifestação’”]; oferece-o ali em holocausto, sobre um
dos montes, que eu te mostrarei.
— Gênesis 22:2, acréscimos meus
Por trás dessa história de um pai e seu filho está uma grande história do Pai
e o Filho. A linguagem usada é destinada a apontar para além desse incidente,
para algo maior do que Deus poderia fazer no futuro: um cenário do que
Deus faria ao ofertar o Seu Filho. Uma vez que Ele faria essa obra em um
monte específico, assim também Abraão, como uma sombra para refletir a
essência.
Gênesis 22:5: “Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu
e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado (‘nos prostrado’, ‘submetermos a
nossa vontade’), voltaremos para junto de vós” (acréscimos meus). Veja a fé
de Abraão na ressurreição de Isaque, mesmo das cinzas! Ele cria em um Deus
de manifestação física (Hebreus 11:17-19). Mesmo se eu perder tudo, Deus
pode ressuscitar e multiplicar.
Em Gênesis 22:6, “tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre
Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim,
caminhavam ambos juntos”. Assim como Isaque carregou a madeira para o
seu altar nas suas costas, Jesus carregou a Cruz até o topo do monte Moriá. E
em Gênesis 22:7 Isaque perguntou a Abraão: “Mas onde está o CORDEIRO
para o holocausto?” (Grifo meu). Como resposta, Abraão disse em Gênesis
22:8: “Deus PROVERÁ PARA SI, meu filho, o CORDEIRO para o
holocausto”.
O original hebraico é mais enfático: “Deus proverá o Cordeiro do Seu
próprio Ser”.
E a história continua:
Veja que Deus não se contradisse — Ele apenas disse que Isaque seria
oferecido em dedicação a Ele, e isso foi exatamente o que aconteceu. “Mas
do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR (Jesus): Abraão! Abraão! Ele respondeu:
Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe
faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o
teu único filho” (Gênesis 22:11-12).
Deus então deu a Abraão um sinal da Sua futura provisão: “Tendo Abraão
erguido os olhos, viu atrás de si um CARNEIRO preso pelos chifres entre os
arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de
seu filho” (Gênesis 22:13; grifo meu).
Por meio desse carneiro, Deus mostrou que poderia aceitar um
SUBSTITUTO pela morte de um homem (Isaque). O carneiro que Deus
proveu no lugar de Isaque foi um tipo de Cristo, que Deus proveria naquele
mesmo lugar como Cordeiro (carneiro) de Deus.
Gênesis 22:14 diz: “E pôs Abraão por nome àquele lugar — O SENHOR
Proverá (JEOVÁ JIRÉ). Daí dizer-se até ao dia de hoje: ‘No monte do
SENHOR se proverá’”. Ou melhor: “No Monte, o Senhor proverá (como o
sacrifício final)”.
Esse é o momento que Deus revelou o Seu Nome: Jeová Jiré! Também,
Ele associou esse nome a um lugar específico e a uma imagem de Abraão,
sacrificando o Seu filho amado. Por meio dessa profecia, Deus declarou que
demonstraria que Ele é Jeová Jiré, o Senhor nosso Provedor, provendo o Seu
Filho como uma oferta para o homem naquele mesmo lugar. Então, aquele
monte ficou conhecido como monte Moriá, o monte da manifestação — onde
o Senhor será manifestado na carne e oferecido por nós como uma oferta a
Deus, e então ressuscitado da morte (como Isaque).
Como observaremos, essa imagem não apenas prevê que Deus proveria
(manifestaria e ofereceria) Seu Filho Amado como sacrifício, mas que, por
meio do Seu sacrifício, todas as bênçãos que o homem precisasse seriam
providas. A imagem de Jeová Jiré em Gênesis 22 confirma que o Senhor é o
nosso Provedor por meio do sacrifício (expiação) do único Filho de Deus por
nós. Portanto, a provisão de Deus para todas as nossas necessidades (tanto
físicas quanto espirituais) está fundamentada na expiação. Assim, a
prosperidade material é provida na expiação de Cristo.
Quando o Anjo do Senhor (Jesus) falou pela primeira vez, Ele parou a
morte de Isaque, revelando uma visão de morte substitutiva de si mesmo
(Cristo) em seu lugar. Agora falando pela segunda vez, Ele declarou as
bênçãos que serão liberadas como resultado. Porque Abraão não negou o seu
filho, mas o ofereceu a Deus, então nem Deus também reteria o Seu Filho, e
como resultado incontáveis bênçãos seriam liberadas.
Como Abraão proveu a sua SEMENTE (Isaque) para ser ofertada, assim
Deus proveria o Seu Filho, que se tornaria um homem e seria a SEMENTE
maior de Abraão, e oferecido como um sacrifício voluntário, para que EM
sua SEMENTE (Cristo) todas as nações fossem abençoadas por meio do Seu
sacrifício. Por intermédio desse evento, Deus se revelou como o Deus da
Provisão, que incluía especialmente manifestação física (material). Por meio
de Abraão, Ele apresentou um quadro de si mesmo como Pai que amou o Seu
Filho, que não o impediu, mas o entregou por nós para morrer em nosso lugar
e depois ressuscitar novamente na bênção de ser canal de bênção para muitos.
Deus se declarou a Abraão como o Jeová Jiré, como aquele que proveria a
si mesmo na carne como a oferta final para nos dar todas as bênçãos da vida.
Portanto, em Sua Provisão de Cristo, na encarnação e paixão, Ele provê todas
as bênçãos da Aliança. Assim, Deus se revelou como Jeová Jiré, o Senhor
nosso Provedor, que provê todas as bênçãos para nós por meio da expiação
de Cristo.
Se Deus estava disposto a entregar (manifestar o Seu próprio Filho) por
nós, quanto mais Ele também não proveria as nossas necessidades materiais e
manifestaria as respostas para as nossas orações: “Aquele que não POUPOU
(negou) o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não
nos DARÁ graciosamente com ele (e através dele) TODAS AS COISAS?”
(Romanos 8:32; grifo meu).
Esse foi todo o salário retroativo que eles deveriam receber como escravos.
Agora, se a prosperidade foi provida na época do Antigo Testamento, quando
ainda era apenas uma tipologia (Sombra), quanto mais deve ser na plenitude
da Nova Aliança (substância)?
Israel obteve salvação por meio do Cordeiro sacrificial, um êxodo do Egito
e uma terra de plenitude. Da mesma forma, temos Cristo como o nosso
Cordeiro Pascal, sacrificado por nós, que nos libertou das amarras do pecado
e nos deu um êxodo do reino das trevas para a Terra Prometida da
prosperidade.
Certamente deve existir prosperidade na Aliança Nova e melhor, por meio
do sacrifício de expiação maior (Redenção) de Cristo.
Quem pode negar que as bênçãos profetizadas da Aliança de Isaías 54, que
fluem do sacrifício de Cristo em Isaías 53, que se resumem na palavra
hebraica shalom, incluem PROSPERIDADE? Portanto, PROSPERIDADE é
parte da nossa Nova Aliança em Cristo comprada pelo sangue da expiação de
Cristo, nosso Cordeiro Pascal.
Conclui-se, então, que a prosperidade está na expiação e, como um filho de
Deus, você pode crer e receber a bênção financeira dele para as suas próprias
necessidades, para a sua família e para estender o Reino por meio do ato de
dar.
Isso nos diz claramente que na Cruz Jesus nos redimiu da maldição e nos
liberou a Sua bênção. Se podemos provar que a maldição inclui pobreza e a
bênção inclui prosperidade, então isso prova que na Cruz Jesus nos redimiu
da maldição da pobreza e nos libertou para a bênção da prosperidade.
Primeiro, podemos ver em Gênesis 1 e 2 que Deus proveu todas as coisas
boas para Adão e Eva no Jardim do Éden. A bênção de Deus estava sobre ele
e a BÊNÇÃO inclui plena provisão material para todas as suas necessidades
(prosperidade).
Em Gênesis 3, quando eles pecaram, a MALDIÇÃO do pecado veio e
afetou a esfera material, trazendo pobreza: “MALDITA é a terra por tua
causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela
produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo” (Gênesis
3:17-19; grifo meu).
Está claro que a maldição inclui pobreza, que é o motivo por que quando a
maldição for removida da terra na volta de Cristo, não haverá mais pobreza
ou falta. Da mesma forma, no céu não há pobreza porque não existe maldição
lá, apenas bênção e prosperidade. Precisamos orar: “Seja feita a Tua vontade
assim na terra como no céu”.
Portanto, quando Gálatas 3 diz que somos redimidos da maldição
(consequências do pecado) através da Cruz e liberados para a bênção, isso
deve incluir o fato de que somos redimidos da pobreza e liberados para a
prosperidade por meio da expiação.
Como uma confirmação extra disso, Gálatas 3 especificamente diz que
somos redimidos da MALDIÇÃO da Lei para que a BÊNÇÃO de Abraão
venha sobre nós. Agora sabemos que a bênção de Abraão inclui prosperidade,
mas e a maldição da Lei?
Deuteronômio 28 descreve a maldição da Lei em grande detalhe, e a
pobreza e o débito são uma grande parte da maldição (vv. 16-19, 29-31, 33,
39-40, 42-44, 48, 51). Portanto, a MALDIÇÃO afeta a esfera material em
forma de POBREZA. Assim, a POBREZA É uma MALDIÇÃO, NÃO uma
BÊNÇÃO!
Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus,
não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus
estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas MALDIÇÕES
sobre ti e te alcançarão: Maldito serás tu na cidade e maldito serás
no campo. Maldito o teu cesto e a tua amassadeira. Maldito o fruto
do teu ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas e das
tuas ovelhas... e não prosperarás nos teus caminhos; porém somente
serás oprimido e roubado todos os teus dias; e ninguém haverá que te
salve... Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem
dormirá com ela; edificarás casa, porém não morarás nela; plantarás
vinha, porém não a desfrutarás... O fruto da tua terra e todo o teu
trabalho, comê-los-á um povo que nunca conheceste; e tu serás
oprimido e quebrantado todos os dias.
— Deuteronômio 28:15-19,29,30,33; grifo meu
Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que
os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.
Então, no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta
vibrante; no Dia da Expiação, fareis passar a trombeta por toda a
vossa terra.
— Levítico 25:8-9
Santificareis o ano quinquagésimo e proclamareis LIBERDADE na
terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e
TORNAREIS, cada um à sua POSSESSÃO, e cada um à sua família.
O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis, nem segareis
o que nele nascer de si mesmo, nem nele colhereis as uvas das vinhas
não podadas. Porque é jubileu, santo será para vós outros; o produto
do campo comereis. Neste Ano do Jubileu, tornareis cada um à sua
POSSESSÃO.
— Levítico 25:10,13; grifo meu
POSSUINDO A TERRA
Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos
vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e
romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o
pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro
e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás
o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.
— Deuteronômio 8:7-10
Era época de cheia, então as águas que vinham de cima, de Adã, pareciam
uma barreira impossível para o progresso deles em direção à terra. Da mesma
forma, a nossa velha vida e a herança da carne que vêm de Adão parecem
formar uma barreira que nos impede de entrar e habitar em nossa Terra
Prometida. A chave foi a Arca da Aliança, onde Deus habitava em meio a
Israel. Quando os sacerdotes a carregavam em fé para dentro do rio, as águas
foram paradas, e eles puderam chegar à terra. Da mesma forma, como
cristãos, possuímos o Espírito Santo em nosso meio (assim como Israel tinha
a Arca), que é maior do que qualquer coisa que flua de Adão. Ele nos conduz
passo a passo até a nossa Terra Prometida (vida abundante). À medida que o
seguimos e caminhamos no Espírito, a carne não tem poder sobre nós:
“Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gálatas
5:16). Quando caminhamos no Espírito, o poder de Deus é facilmente capaz
de impedir e anular o poder da carne sobre nós (que flui de Adão), para que
possamos entrar em nossa Terra Prometida (a nossa herança plena). Portanto,
Israel entrou na terra seguindo e confiando no poder do Espírito de Deus.
Josué 4 fala do MEMORIAL de doze pedras em Gilgal, que eles
construíram em memória do milagre da travessia do rio Jordão. Esse era um
lugar para onde sempre retornariam, para lembrar-se da verdade-chave de que
é apenas caminhando no Espírito, confiando e sendo cheio pelo Espírito que
venceremos as águas da velha vida (carne). Essa revelação é essencial para o
progresso contínuo em direção à nossa terra. Portanto, é essencial para nós
LEMBRARMOS isso, para sempre dependermos do Espírito.
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado
pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve
fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de
Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém,
respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que procede da boca de Deus.
— Mateus 4:1-4
PROVA 1: GILGAL
Representa a eliminação da carne e da dependência do coração com
relação à carne, e adoção da identidade da aliança — confiança em Deus
(Filipenses 3:2-3). Para a questão central de cada tentação, veja as respostas
de Jesus: CONFIE em Deus (não na carne ou nas riquezas) (1 Timóteo 6:17-
19). O apelo foi ao desejo da carne.
vv. 5-6: “Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o
pináculo do templo [principal lugar para tocar a trombeta, onde estava a
maioria das pessoas; Ele iria tocar a Sua messianidade]. E lhe disse: Se és
Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará
a teu respeito que te guardem; e: eles te susterão nas suas mãos, para não
tropeçares nalguma pedra” (grifos meus).
A PROVA 2 é escolher entre OBEDECER a Deus ou a si mesmo
(Satanás). Ao submeter a razão/sabedoria humana a Deus, Jesus estava
proclamando a Sua messianidade. Então, pode ter parecido melhor fazer a
própria vontade em vez do plano de Deus, mas isso envolvia ação
independente de Deus. O apelo é ao orgulho da vida: “Eu farei do meu jeito”,
equivalente à conquista de Jericó (obediência aos mandamentos do Senhor
em Josué 5, que era tolice para o pensamento humano): “Respondeu-lhe
Jesus: Também está escrito: Não tentarás o SENHOR, teu Deus” (v. 7) —
provar a Deus, presunção (quando não há ordem), fazer o que você quer
(desobedecer) e esperar que Deus o abençoe e ajude.
vv. 8-11: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto (tentação sobre
Jericó — representa o mundo — quando vista de cima tinha visão de
todo o sistema do mundo — da mesma forma Josué olhou para Jericó,
em Josué 5, e foi provado sendo ordenado a entregar tudo para Deus e
não pegar nada para si mesmos, teste da aliança, usar isso para si mesmo
não para Deus), mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.
E lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus
lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis
que vieram anjos e o serviram” (acréscimos meus).
A PROVA 3 trata-se de PROPÓSITO da PROSPERIDADE — a
quem ADORAMOS ou SERVIMOS (com as nossas riquezas). O apelo é
para a luxúria dos olhos. A questão é o amor ao dinheiro, motivação pela
ambição (1 Timóteo 6:10), servir aos seus propósitos ou aos propósitos de
Deus. Eles precisavam estar dispostos a desistir da sua vontade (que
representa tudo), da sua prosperidade (terra prometida), assim como Jesus
desistiu da chance de possuir para si mesmo toda a riqueza do mundo. Da
mesma forma, Josué deu Jericó a Deus. Essa oferta estabelece uma aliança de
Deus como Senhor e proprietário, rendendo tudo a Ele, estabelecendo em
nosso coração a razão de colocar Deus em primeiro lugar, adorando e
servindo a Ele com a riqueza. Além disso, é um ato de confiança, mostrando
que não se atém nas riquezas.
É preciso haver um comprometimento de coração: “Eu não vou usar como
sendo meu. Eu sirvo e adoro apenas a Deus, e não ao dinheiro. Eu entrego
tudo a Ele, eu reconheço o Seu senhorio sobre tudo isso”.
Diante dessa escolha, em Mateus 6:24 Jesus nos chama a tomar uma
decisão de amar e servir a Deus em vez de amar e servir ao dinheiro:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e
amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas”. Ou você servirá ao dinheiro ou servirá a Deus com o seu
dinheiro. Ele diz que você precisa tomar uma decisão; você não pode
simplesmente titubear e querer servir a ambos. Você não pode estar focado
em duas coisas ao mesmo tempo. Se o dinheiro é um ídolo para você, então
você não pode servir a Deus. Assim, se você deseja servir a Deus você
precisa tomar uma decisão de rejeitar o amor ao dinheiro (ser controlado pela
ambição), de outra forma, acabará sendo controlado pela carne. Se você não
tomar essa decisão de qualidade, não será capaz de progredir e entrar na sua
Terra Prometida da prosperidade divina. Você precisa parar em Gilgal e
permitir que Deus trate com o seu coração, cortando toda a motivação da
carne.
Outra razão (além da ambição) que pode nos levar a direcionar o nosso
foco e ficar presos às coisas terrenas (em vez de a Deus) é o medo e a
preocupação contínuos de não passarmos pelas necessidades da vida (de
coisas). Jesus respondeu a essa questão apontando a futilidade e a descrença
da preocupação. Ele nos afirmou que o nosso Pai celestial nos ama e conhece
todas as nossas necessidades. Portanto, devemos nos recusar a nos preocupar
(focar em nossas necessidades). Em vez disso, precisamos olhar para o
Senhor, confiar que Ele cuidará de nós e das nossas necessidades (vv. 25-
32,34). Para aqueles que tomam essa decisão de colocar Deus em primeiro
lugar e de amá-lo e servi-lo em vez de amar e servir às coisas, Ele fez esta
maravilhosa promessa: “BUSCAI, pois, em PRIMEIRO lugar, o seu reino e a
sua justiça, e todas estas coisas (terrenas) vos serão (também) acrescentadas”
(Mateus 6:33; grifos meus). Se você servir a Deus, boas coisas o seguirão!
Gilgal nos ensina que não devemos ter uma visão dupla. Não podemos
olhar para Deus e para o dinheiro ao mesmo tempo. Os nossos olhos
precisam estar unicamente focados no Senhor. Você não pode servir a Deus e
ao dinheiro ao mesmo tempo. Você se apegará a um e odiará o outro. Deus é
o nosso verdadeiro mestre. Servimos a Ele sendo mordomos do dinheiro com
o qual nos abençoou. De um lado está Deus, e de outro lado está o dinheiro.
Devemos permanecer entre os dois, para que sejamos servos de Deus usando
o dinheiro como nosso servo. Como um mordomo sábio das finanças de Deus
nesta terra, precisamos nos certificar de que ele seja usado na direção correta.
Mas no momento que começarmos a deixar o dinheiro ser o nosso mestre,
tudo virará de cabeça para baixo.
Gilgal nos ensina que ao movermos em direção à prosperidade (a terra da
abundância), devemos primeiro julgar a carne, que deseja usar todas as
bênçãos para si mesma. Portanto, a nossa principal prioridade a fim de nos
movermos para uma bênção maior é usar o nosso dinheiro em prol do
Evangelho e assim estabelecer a aliança de Deus na terra (Deuteronômio
8:18).
Estamos falando sobre a necessidade da nossa submissão a Deus para
entrarmos em nossa Terra Prometida. Isaías 1:19 descreve essa submissão em
dois aspectos: a disposição (submissão do coração) e a obediência (submissão
revelada em ações): “Se QUISERDES (no coração) e me ouvirdes
(submissão mostrada em suas ações), comereis o melhor desta terra
(prometida)” (grifo meu). Estudamos a maneira como Deus lidou com Israel
e preparou seus CORAÇÕES para entrar na terra. Agora avançamos para a
próxima fase, que trata da OBEDIÊNCIA deles. Ela é revelada na história da
conquista e destruição de Jericó, a fortaleza inimiga que guardava a entrada
da Terra Prometida. Ela era a porta que eles precisavam atravessar para
possuírem a terra. A fé e obediência de Israel a Deus com relação a Jericó
foram essenciais para que eles progredissem para a terra a fim de possuí-la.
Durante todos esses sete dias, eles não poderiam dizer nada! Talvez eles
tivessem apenas falado consigo mesmos, demonstrando desespero e
sentimento de derrota, discutindo como seria impossível tomar Jericó,
ficando assim desencorajados. Se você está em dúvida, não diga nada! É
melhor não dizer nada do que falar coisas negativas. Então, em vez disso,
eles precisavam ouvir e focar o soprar contínuo das Trombetas do Jubileu de
Deus anunciando que o Reino de Deus estava em questão, declarando a
vitória de Deus e Seu iminente julgamento sobre Jericó, soando a sua ruína.
Além disso, durante esse tempo, os olhos de Israel estavam na Arca da
Aliança, lembrando-os da poderosa presença de Deus em seu meio, o mesmo
Deus que reverteu as águas do Jordão poucos dias antes (Números 10:35).
Quando eles ouviram as trombetas proclamando a vitória de Deus, a FÉ deve
ter crescido em seus corações, e a sensação de animação e expectativa do que
Deus estava fazendo deve ter crescido cada vez mais forte. Enquanto isso, o
medo nos corações dos habitantes de Jericó também deve ter aumentado
continuamente.
Eles repetiram essa marcha de fé por seis dias (vv. 12-14). Isso nos mostra
a importância de voltar a Gilgal a cada dia: ao lugar de submissão e à
lembrança de um acampamento de doze pedras. Também devemos nos
lembrar da importância de adorar antes da batalha espiritual.
Deus direcionou Josué para que as pessoas marchassem em volta da cidade
de Jericó todos os dias, por seis dias, em completo silêncio. Enquanto eles
marchavam em volta da cidade fazendo a proclamação da trombeta, sua fé e
expectativa aumentaram continuamente. Cada dia eles confrontavam o seu
medo quando encaravam os muros da cidade e então retornavam ao
acampamento onde meditavam na promessa de Deus de que a terra seria
deles. Todos os dias, por seis dias, eles se encontravam com o medo usando a
Palavra de Deus. A cada dia Deus se tornava maior, e o medo menor. No
sétimo dia, o medo se fora. Ao comando de Deus, eles marcharam ao redor
de Jericó sete vezes e então gritaram em fé:
Nesse ponto, sua fé em Deus e em Seu poder cresceram tanto que todos
estavam prontos para liberar a fé em um grande e uníssono grito de louvor
vitorioso, sabendo que à medida que fariam isso, o Seu poder seria liberado
contra a fortaleza e ela cairia ao chão, assim como Deus disse que
aconteceria! Então, quando Josué disse “GRITAI, porque o Senhor vos
entregou a cidade”, eles liberaram juntos a sua fé em um alto grito de louvor
e vitória, e os muros caíram completamente. Esse foi um grito de fé, pois eles
criam conforme a promessa, que quando eles gritassem os muros cairiam, e
eles caíram. Hebreus 11:30 concorda: “Pela FÉ, ruíram as muralhas de Jericó,
depois de rodeadas por sete dias” (grifo meu).
Josué 6:20 diz: “GRITOU, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as
trombetas. Tendo ouvido o povo o SONIDO da trombeta e levantado grande
GRITO, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de
si, e a tomaram” (grifos meus). Eles viram Deus executar um milagre quando
os muros ruíram ao chão na frente deles! A terra de abundância agora estava
diante deles!
Quando formos possuir a nossa Terra Prometida, precisamos localizar e
identificar a nossa Jericó (a fortaleza que bloqueia o nosso progresso até a
nossa Terra Prometida). Ela é uma fortaleza de medo e descrença alicerçada
em argumentos humanos ou experiências passadas que se exaltam contra as
promessas de Deus para a nossa prosperidade. Identificar e derrotar a nossa
Jericó é a chave para possuir toda a terra. Precisamos ir contra ela usando a
mesma estratégia e as armas poderosas que Deus deu a Israel para vencer
Jericó.
Israel fez isso pela FÉ (Hebreus 11:30) falando (gritando) a PALAVRA de
FÉ (Josué 6:20). Fé não é negação. Deus disse para Israel rodeá-la treze vezes
em sete dias. Eles tiveram uma boa percepção de todos os lados. A fé não
finge que o problema não está lá. Precisamos olhar para ele diretamente nos
olhos, e apesar de sabermos que não podemos superá-lo em nossa própria
força, devemos olhar para Deus tendo fé que o Seu poder irá destruí-lo. Deus
queria que Israel soubesse que seria impossível para eles, para que eles
tivessem que olhar e confiar completamente nele quanto à vitória. Ao saber
da impossibilidade natural, eles entenderiam que foi Deus quem sozinho deu
a eles a vitória e recebeu a glória. A fé vê o problema e a nossa falta de
habilidade, mas foca em Deus e Sua grande habilidade. Através dos olhos da
fé nós VEMOS DEUS, vemos também que com Ele é fácil. Se Ele nos disse
para fazer, então podemos fazer, porque Ele está conosco e está em nós.
Então, agimos em fé sabendo que à medida que fazemos isso Ele irá nos fazer
vencer!
À medida que confrontavam Jericó, eles marcharam ao redor dela por uma
semana, soando a trombeta que declarava o poder e a presença de Deus. Nós
precisamos fazer o mesmo: SOAR a TROMBETA contra o problema.
Reconhecemos a fortaleza, mas devemos meditar na Palavra de Deus e em
Seu poder, vendo a fortaleza caindo; e precisamos declarar a Palavra de Deus
contra ela, afirmando a promessa de Deus de vitória, anunciando à fortaleza
que ela está chegando ao fim. Então, quando a fé crescer, liberaremos toda a
nossa fé contra a fortaleza (Marcos 11:23) com um grito de fé, louvor e
vitória, liberando o poder de Deus para destruir a fortaleza de Satanás (2
Coríntios 10:4-6). Essa história revela o tipo de fé obediente ativa necessária
para destruir nossas “jericós”. Quando cremos e obedecemos a Deus, Ele
trabalha por meio de nós e por nós para fazer o que não podemos.
Os Perigos do SUCESSO
Deuteronômio 8:7-10 a descreve como uma boa terra, onde não terão falta
de nada, uma terra de abundância (mais do que o suficiente). Deus deseja que
sejamos plenamente abençoados, e também que tenhamos o suficiente para
dar ao Evangelho e ao pobre. Então, Ele os advertiu sobre os perigos da
prosperidade (sucesso):
Veja que Deus não se importou com o fato de terem prosperidade, mas Ele
os advertiu do perigo real de que ela lhes subisse à cabeça, de modo que se
ESQUECESSEM de Deus como a sua Fonte e do verdadeiro propósito da
prosperidade. A grande prova que você irá enfrentar não é o fracasso, mas o
sucesso. Quando você tiver entrado na sua terra e usufruído a abundância,
com tudo indo bem para você, tenha cuidado para não se encher de
ORGULHO e dizer: “A minha força e o meu poder me trouxeram essa
prosperidade. Eu sou um homem que venci por meu próprio esforço. Eu não
preciso seguir a Deus. Eu tenho tudo o que quero”.
A maior prova é: se de repente você ganhasse um milhão de reais, nós o
veríamos na igreja ou, você estaria longe gastando todo o dinheiro consigo
mesmo? Você está servindo a Deus apenas para ser abençoado, e quando
conseguir o que deseja, você o esquecerá? Alguns vão a Deus com grande
necessidade, e Ele abençoa, cura, prospera e dá a eles uma bênção, e quando
a pessoa tem tudo o que deseja, ela começa a se esquecer de Deus, a
retroceder e parar de ir à igreja. Eles são reprovados no Teste da Prosperidade
porque amam as bênçãos mais do que o Abençoador. Em seu ORGULHO,
eles se ESQUECERAM de que isso foi apenas a graciosa BÊNÇÃO do
Senhor que deu a eles todas as bênçãos, e ao se afastarem de Deus eles estão
se afastando da bênção e da vida, e estão se abrindo para a maldição (fracasso
e destruição).
Deuteronômio 8:18 diz: “Antes, te LEMBRARÁS do SENHOR, teu Deus,
porque é ele o que te DÁ FORÇA para adquirires RIQUEZAS; para
CONFIRMAR a sua ALIANÇA, que, sob juramento, prometeu a teus pais,
como hoje se vê” (grifos meus).
Precisamos sempre nos lembrar de Deus e colocá-lo em primeiro lugar,
porque Ele é aquele que graciosamente nos CAPACITA a PROSPERAR.
Sem Deus, não teríamos nada (Tiago 1:17). À medida que a nossa
prosperidade e o sucesso crescem, precisamos sempre dar a Deus gratidão e
glória por isso. Expulse o orgulho regozijando-se na graça de Deus!
Também precisamos nos LEMBRAR (manter em primeiro plano em
nossas mentes) o Propósito da Prosperidade — Ele nos capacita para
prosperar a fim de estabelecer a Sua Aliança. Qual é a Aliança? “Te
ABENÇOAREI... Sê tu uma BÊNÇÃO! Em ti serão BENDITAS todas as
famílias da terra” (Gênesis 12:2-3; grifos meus). A parte de Deus era
ABENÇOÁ-LOS, mas a parte deles era usar essa BÊNÇÃO de Deus para
SER uma BÊNÇÃO na terra. Precisamos ser canais de BÊNÇÃO (vida
espiritual) e BÊNÇÃOS (coisas materiais que são manifestações da bênção)
para o mundo. Devemos dar daquilo que Deus tem nos dado e não usar tudo
para nós mesmos. Se Deus sabe que seremos canais em vez de reservatórios,
então Ele confiará em nós com mais do que prosperidade. A maior BÊNÇÃO
é a SALVAÇÃO, então precisamos usar a nossa prosperidade para promover
a obra de Deus na terra, especialmente por meio da pregação do Evangelho
(na maioria das vezes em conjunto com ajudar o pobre). Deus não nos
prospera para acumularmos e sermos orgulhosos, confiando em nossas
riquezas e habilidades, mas para estabelecer a Sua Aliança na terra, para que
mais e mais pessoas possam 1) ser salvas e entrar na Aliança, e 2) ser
ensinadas sobre a Aliança, para que possam viver e operar nela.
À medida que crescemos, devemos lembrar que o Seu propósito não é
apenas nos abençoar (sim, Deus nos ama e deseja nos ver abençoados), mas
também usar a bênção para cumprir os Seus desígnios na terra. Quando
somos ABENÇOADOS com prosperidade e a usamos para sermos uma
BÊNÇÃO na terra, a Aliança de Deus é verdadeiramente estabelecida em
nossas vidas, e Sua bênção (prosperidade) estará operando como Ele desejou,
fazendo-a aumentar. Essa é a verdadeira prosperidade, que também faz com
que ganhemos VERDADEIRAS RIQUEZAS (as nossas recompensas
eternas).
Deuteronômio 8:19: “Se te ESQUECERES do SENHOR, teu Deus, e andares
após outros deuses (ídolos, coisas), e os servires, e os adorares, protesto, hoje,
contra vós outros que perecereis” (grifo meu). O seu orgulho irá tirá-lo da
BÊNÇÃO de Deus e quando você perceber, tudo o que você tem será tirado
de você (pelo inimigo), mas Deus permitirá que isso aconteça porque você se
esqueceu (não quis) dele. Ele respeita o seu livre-arbítrio, e irá recuar. De
fato, essa advertência aconteceu no caso de Israel: eles se esqueceram de
Deus e se voltaram para ídolos, e como resultado foram removidos da terra
para Babilônia. O texto de Timóteo repete a mesma advertência para o
próspero (RICO):
EXERCENDO AUTORIDADE
Sujeitar-se a Deus
Envolve estar DISPOSTO e ser OBEDIENTE em nossas finanças,
submetendo-nos a Deus tanto com a atitude do nosso coração quanto com as
nossas ações (dar). “Se QUISERDES e me OUVIRDES, comereis o melhor
desta terra” (usufruir a provisão e prosperidade de Deus) (Isaías 1:19,
acréscimos e grifos meus).
Quando Kenneth Hagin iniciou o seu ministério itinerante, ele realmente
lutou para sobreviver, e disse para o Senhor: “Por quê? Eu obedeci ao
Senhor”. O Senhor disse: “A razão por que você não está comendo as delícias
da terra é porque você não se qualifica. Você é obediente, mas você não está
disposto”. Ele se tornou disposto rapidamente! E as coisas se resolveram!
Estar disposto significa ter as motivações corretas. Deus vê o nosso
coração e Ele sabe quais atitudes nos controlam (1 Samuel 16:7). A nossa
motivação para ser abençoado é ser uma bênção maior para outros e para o
Reino de Deus.
A vontade de Deus é nos prosperar e o Seu Propósito em nos prosperar é
estender o Seu Reino por nosso intermédio. Então, se a motivação do seu
coração é servi-lo com as coisas que Ele nos dá, estamos na posição para a
Sua bênção maior.
3 João 1:2 diz: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua
PROSPERIDADE e saúde, assim como é próspera a tua alma” (grifo meu). A
nossa prosperidade é de acordo com a prosperidade da nossa alma, ela é
produzida quando habitamos na VERDADE da Palavra como revelam os
seguintes versículos:
3 João 1:3-4: “Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo
seu testemunho da TUA VERDADE, como tu ANDAS na VERDADE.
Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos
ANDAM na VERDADE (a Palavra)” (grifo e acréscimos meus).
Salmos 1 descreve esse homem que PROSPERA de acordo com a vontade
de Deus por ter uma ALMA que é PRÓSPERA na PALAVRA de Deus.
Salmos 1:1-3: “BEM-AVENTURADO o homem que não anda no
conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se
assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na LEI do
SENHOR, e na sua lei MEDITA de dia e de noite. Ele é como árvore
plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto,
e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele FAZ será BEM-
SUCEDIDO” (grifos meus).
Podemos observar que é vontade de Deus que PROSPEREMOS, mas
primeiro a nossa alma deve prosperar na Palavra de Deus. Só então seremos
como uma árvore forte capaz de prover sombra e gerar fruto em benefício de
outros.
Mateus 6:33: “BUSCAI, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas COISAS vos serão acrescentadas” (grifos meus).
Essa BUSCA fala da nossa motivação. Não devemos BUSCAR primeiro
as coisas, mas sim a Deus e ao Seu Reino. Se BUSCARMOS o Seu Reino
primeiro, então somos qualificados para sermos abençoados com todas essas
coisas também. Os reis Uzias e Ezequias são um exemplo clássico desse
princípio:
2 Crônicas 26:5: “Propôs-se (Uzias) BUSCAR a Deus nos dias de
Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que BUSCOU
ao SENHOR, Deus o fez PROSPERAR” (grifos meus).
2 Crônicas 31:20-21: “Assim fez Ezequias em todo o Judá; fez o que
era bom, reto e verdadeiro perante o SENHOR, seu Deus. Em toda a obra
que começou no serviço da Casa de Deus, na lei e nos mandamentos,
para BUSCAR a seu Deus, de TODO O CORAÇÃO o fez e
PROSPEROU” (grifos meus).
Salmos 84:11-12: “Porque o SENHOR Deus é sol (fonte de prosperidade)
e escudo (da pobreza); o SENHOR dá graça e glória; NENHUM BEM
SONEGA aos que andam retamente (àqueles que são dispostos e
obedientes). Ó SENHOR dos Exércitos, FELIZ o homem que em ti confia”
(grifos e acréscimos meus).
Se você colocar a Deus e as coisas espirituais em primeiro lugar,
estimando levemente as coisas da terra, então Deus pode prosperá-lo sem que
essa prosperidade o corrompa, porque você continuará caminhando
corretamente, entregando a Deus as primícias e apoiando a Sua obra na terra.
Salmos 115:16: “Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele
aos filhos dos homens”. Todas essas coisas pertencem a Deus porque
Ele as criou, mas Ele nos deu para possuirmos e usarmos. Deus criou o
mundo e sua plenitude para o homem, sua propriedade, não para o
diabo e seus anjos! As riquezas não foram colocadas aqui para os anjos
do diabo. Elas foram feitas para os homens de Deus, mas Adão cometeu
uma alta traição contra Deus e deu tudo para Satanás:
Ora, a qual dos ANJOS jamais disse: Assenta-te à minha direita, até
que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés? Não são
todos eles ESPÍRITOS MINISTRADORES, enviados para serviço A
FAVOR (trabalhar para; servir) dos que hão de herdar a salvação?
— Hebreus 1:13-14; grifos e acréscimos meus
PLANTANDO E COLHENDO
eus criou e fez este universo operar conforme as LEIS que refletem
MALDIÇÕES
Eclesiastes 10:20: “Nem no teu pensamento AMALDIÇOES o rei, nem
tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as AVES (um
demônio, compare Marcos 4:4 e Marcos 4:14 onde as potestades do ar
simbolizam o diabo) dos céus poderiam levar a tua VOZ, e o que tem
ASAS daria notícia das tuas palavras” (grifos e acréscimos meus).
Provérbios 26:2: “Como o PÁSSARO que foge, como a ANDORINHA
no seu voo, assim, a MALDIÇÃO sem causa não se cumpre (pousa)”
(grifos meus).
Assim como o Espírito pode trabalhar com palavras de bênçãos, também
os demônios se prendem a palavras negativas (maldição). Se ela estiver
errada, não terá base para pousar e retornará para quem a enviou. Essas
palavras más voltam para atacá-lo e assombrá-lo. Precisamos ter fé que
nenhuma arma forjada contra nós irá prosperar e que toda língua que se
levantar contra nós iremos refutar e condenar (Isaías 54:17). O Senhor nos
mostra com frequência quando as pessoas estão com raiva e falam palavras
negativas contra nós (liberando um espírito de bruxaria — você pode sentir
uma perturbação na atmosfera, uma opressão, um tormento mental. O Senhor
revela a fonte, então podemos ir contra ela e ter autoridade sobre ela,
proibindo-a de operar contra nós em Jesus [veja Efésios 6:12]).
Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem
depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus,
que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que
pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e
prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido
fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira
vida.
1 Timóteo 6:17-19; grifos meus
O nível da sua prosperidade não é o quanto você tem, mas o quanto flui
por intermédio de você. Existe um influxo e o fluxo — receber e dar
(Filipenses 4:15). Ambos são importantes. É como duas mãos. Com uma das
mãos você recebe e com a outra você dá. Se você não recebe você não pode
dar. Quanto mais você recebe mais pode dar. Se você não está disposto a dar,
você mantém para si e não prospera aos olhos de Deus. Dar é semear.
Receber é colher. A vontade de Deus é um fluxo sempre crescente de receber
e dar. Quanto mais você dá, mais você recebe e então você dá de novo e
assim por diante. Deus deseja que cresçamos em dar e receber. É bênção
receber, mas dar é uma bênção ainda maior, não apenas porque ajudamos
outros, mas porque isso libera bênçãos maiores sobre nós (Atos 20:35).
Somos abençoados para abençoar (Gênesis 12:2) receber a bênção e ser uma
bênção, dando livremente o que recebemos. Você recebeu o Evangelho e foi
abençoado, então agora dê (semeie) e seja uma bênção. “DE GRAÇA
recebeis, DE GRAÇA DAI”. Ser uma bênção é motivado pelo amor. Confiar
nos recursos de Deus nos permite mover em amor e dar livremente
(voluntariamente). Quando nos entregamos com o dom, iremos crescer na
bênção e em ser uma bênção.
Veja o que diz 2 Coríntios 9:7: “Cada um contribua segundo tiver proposto
no coração, não com tristeza (por causa da sua própria cobiça) ou por
necessidade (porque você está sendo pressionado a dar); porque Deus ama a
quem dá (literalmente: hilariante) com alegria”. Seja alguém que não apenas
dá dinheiro, mas que se entrega. Nunca permita que o manipulem, forcem ou
controlem quanto ao dar, porque existem técnicas para isso. Existem
arrecadadores de dinheiro profissionais apenas esperando o dinheiro para eles
mesmos. Eles usam truques supersticiosos assim como lenços ungidos, Oferta
do Sábado, Ofertas das Festas, promessas de uma colheita milagrosa dentro
de um mês, fazendo com que você entregue um dinheiro que não tem,
promessas de um retorno de mil vezes mais ou uma unção em dobro especial.
Evite essas coisas. Isso não tem nada a ver com o cristianismo do Novo
Testamento. Não responda a ofertas feitas por pressão. Eles fazem essas
coisas porque existem pessoas facilmente manipuladas. Sempre que me sinto
controlado, minha carteira automaticamente se fecha! Não dê porque o seu
braço está sendo torcido, porque isso não vai produzir muito para a colheita.
Dê conforme o seu propósito (decida) em seu próprio coração, de acordo com
que o amor de Deus em seu coração o faça dar. Aprenda a ser guiado por
Deus em seu dar. Ele lhe mostrará o que dar e quanto dar, se você perguntar a
Ele.
Quando você dá de coração, Deus promete a você em 2 Coríntios 9:8:
“Deus pode fazer-vos abundar em toda graça (bênção), a fim de que, tendo
sempre, em tudo, ampla suficiência, (também) superabundeis (para dar) em
toda boa obra”. Se nos entregarmos ao Senhor (em oração, em adoração ou
no dar, a nossa colheita será abundante). Toda vez que nos entregamos para
Deus, estamos nos semeando no Espírito, e disso iremos ceifar Sua vida.
O tempo da semente e da colheita é estabelecido na terra como um
princípio governante da natureza. Ele governa tudo. Tudo o que você semeia,
você colherá. Se você não está feliz com o que está colhendo, é por causa de
alguma semeadura má. Não é simplesmente a nossa semeadura na superfície,
mas o que estivermos plantando pelo espírito. Se dermos com uma atitude
má, estaremos semeando na carne e iremos colher algo ruim na vida.
Portanto, não é simplesmente a coisa externa que você semeia, é também o
solo no qual você está se plantando (carne ou Espírito) que governa a colheita
que você irá colher.
Gálatas 6:9-10: “E não nos cansemos de fazer o bem (em nosso dar),
porque A SEU TEMPO CEIFAREMOS, se não desfalecermos. Por isso,
enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé” (grifos meus). Veja que se
continuarmos fazendo a coisa certa (e não abortamos a colheita), semear
e confiar em Deus, iremos ceifar a colheita a seu tempo. Não
imediatamente; mas no devido tempo iremos colher a colheita — se não
desfalecermos, se não desistirmos da nossa semente. Continue cuidando
dela, crendo e agradecendo a Deus por ela. Isso trará uma colheita.
Você deve estar pensando: Eu não posso esperar as minhas sementes
serem colhidas. O segredo é semear com consistência, como um estilo de
vida, então, quando você menos esperar, diferentes sementes frutificarão o
tempo todo. O pão que você tem regularmente jogado nas águas voltará em
cada onda. Na esfera espiritual você pode estar plantando o tempo todo, para
que sementes possam ser colhidas o tempo todo.
BÊNÇÃOS E MILAGRES
A intenção original de Deus para a Sua Criação era que ela vivesse sob
Sua BÊNÇÃO e não por MILAGRES
Milagres tornaram-se necessários como resultado da Queda, quando o
pecado abriu a porta para a maldição. Se o pecado não tivesse corrompido a
criação de Deus, não haveria a necessidade de milagres. Todos seriam
saudáveis e prósperos, e os conflitos (que causam relacionamentos quebrados
e guerras) não existiriam. Veja o que diz Gênesis 1:22: “E Deus os
ABENÇOOU, DIZENDO: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas
dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves”. E Gênesis 1:27-28: “Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os ABENÇOOU e lhes DISSE: Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.
A ordem original e perfeita da criação antes da maldição entrar era a
BÊNÇÃO. Deus abençoou a Sua criação, as criaturas vivas e o homem em
particular, e essa bênção fez com que alcançassem o seu pleno potencial e
fossem frutíferos e se multiplicassem. Então, a bênção sobre eles lhes deu a
habilidade de multiplicar, crescer e dominar (prosperar). O homem foi
originalmente feito para viver na bênção, pois Deus é abençoado, e ser a
imagem de Deus significa ser abençoado. A intenção de Deus não era
milagres; foram apenas o pecado e a maldição que fizeram os milagres
necessários. Se não houvesse queda, doença ou pobreza, não haveria a
necessidade de milagres. O plano original de Deus é nos sustentar por
intermédio da Sua bênção. O homem poderia viver com saúde e até para
sempre.
Observe também os versículos anteriores, como Deus os ABENÇOOU.
Foi “DIZENDO” Suas PALAVRAS que colocou neles a Sua vida espiritual,
favor e habilidade de crescer, multiplicar e prosperar em tudo o que
colocassem suas mãos. “Ali, ORDENA o SENHOR a sua BÊNÇÃO e a VIDA
para sempre” (Salmos 133:3; grifos meus). “Então, eu vos DAREI a minha
BÊNÇÃO” (Levítico 25:21; grifos meus). “O SENHOR DETERMINARÁ que
a BÊNÇÃO esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te
ABENÇOARÁ” (Deuteronômio 28:8; grifos meus). As bênçãos são faladas.
Infelizmente, há corrupção na terra e sempre haverá lugar para milagres.
Contudo, Jesus nos redimiu da maldição e colocou a Sua bênção sobre os
Seus seguidores. Veja Gálatas 3:13-14: “Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO
da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a BÊNÇÃO de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos,
pela FÉ, o Espírito prometido” (grifo meu). A BÊNÇÃO falada é recebida
pela FÉ.
Se crermos que recebemos a bênção e agirmos de acordo, poderemos
evitar muitos dos problemas que nos tornam candidatos a milagres. Quando
Israel entrou na Terra Prometida de bênção e viveu sob a bênção de Deus
operando nas leis da bênção (como plantar e colher), não precisou de um
milagre (maná).
O maná cessou porque os milagres são sempre temporários. Eles devem ter
se surpreendido naquela manhã quando não houve maná. Eles não sabiam
mais de nada. Eles cresceram recebendo o maná por quarenta anos. Agora
eles precisavam viver da terra por meios “naturais”, mas na verdade era pela
bênção de Deus. O tempo para o milagre havia acabado, eles precisavam
aprender a viver pela bênção ou passariam fome. Eles ficariam com fome se
esperassem pelo milagre do maná, em vez de viverem das bênçãos
abundantes da Terra Prometida com a qual Deus os abençoou. Da mesma
forma, muitos cristãos estão esperando por uma provisão milagrosa quando
Deus já proveu algo melhor para eles por intermédio da Sua bênção.
Milagres são uma das intervenções divinas motivadas puramente pela
misericórdia de Deus, mas as obras da bênção funcionam como sementes,
para que por meio delas haja crescimento e multiplicação. A bênção continua
produzindo. Deus prefere trabalhar com as suas sementes de fé a trabalhar
com o seu clamor de medo. Suas sementes de fé são demonstradas por
intermédio da sua doação. Quando plantamos uma semente, a bênção
aumenta e volta multiplicada em sua vida. Deus é misericordioso e virá com
um milagre para salvá-lo, mas o Seu desejo é que entremos em Seu plano de
plantar a semente. Israel teve quarenta anos de milagres no deserto, mas
quando entraram na terra os milagres cessaram porque Deus queria trabalhar
com a semente da terra. Foi assim que eles começaram a entrar na vida de
bênção de Deus, então eles teriam abundância de todas as coisas. No deserto,
milagres vêm todos os dias, mas apenas o suficiente para aquele dia. Mas o
nosso desejo deve ser entrar naquele lugar onde as sementes simplesmente
continuam produzindo.
É isso o que acontece quando cremos que recebemos a bênção e plantamos
as nossas finanças no reino de Deus. Ele promete que continuará cuidando de
nós, ajudando-nos e assim as colheitas de bênçãos continuarão nos seguindo.
O Salmo 23 nos promete que se seguirmos o Senhor, nosso Pastor, nada
nos faltará (v. 1), porque se seguirmos a Deus as Suas bênçãos nos seguirão:
“Bondade e misericórdia (a bênção) certamente me seguirão todos os dias da
minha vida; e habitarei na Casa (presença, bênção) do SENHOR para todo o
sempre” (v. 6; acréscimos meus). Veja que a bênção continua todos os dias
em nossa vida e até em toda a eternidade. A bênção nos segue e as bênçãos
nos alcançam: “Virão sobre ti e te alcançarão todas estas BÊNÇÃOS”
(Deuteronômio 28:2; grifo meu).
Um milagre é temporário, mas a bênção é eterna. Você pode dar peixe a
um homem pobre (um milagre-presente que acabará assim que for comido)
ou abençoá-lo ensinando-o a pescar (a bênção continua e se multiplica à
medida que ele ensina o que aprendeu a outros). Se ele tiver apenas um peixe,
será suficiente para hoje e precisará de outro amanhã; mas a bênção de poder
pescar um peixe irá produzir peixes todos os dias. Um milagre é apenas para
o momento, apenas o suficiente para sustentá-lo, é temporário; mas as
bênçãos são eternas. Elas vão além! Quando Deus concede a bênção em sua
vida, ela pode ser entregue aos seus filhos. Pais abençoam os seus filhos e a
bênção continua. As sementes que eles plantaram continuam frutificando de
geração após geração. Abraão, Isaque e Jacó abençoaram seus filhos. Sua
bênção dura para sempre e podemos passar adiante.
Até onde sabemos, Jesus e Pedro andaram sobre as águas apenas uma vez.
Foi um acontecimento especial que não durou, ainda assim a bênção
acompanhou Jesus todos os dias. Ele transformou água em vinho uma vez,
multiplicou pães e peixes duas vezes, o Mar Vermelho se abriu uma vez, o
Jordão se abriu uma vez. Milagres ocorrem uma vez só. No entanto, Deus
deseja que caminhemos em Suas bênçãos todos os dias, porque Ele deseja
consistentemente trabalhar em nossa era por meio da semeadura e colheita.
Enquanto a terra existir, sempre haverá semeadura e colheita (ver Gênesis
8:22).
Como os milagres são “anormais”, eles nunca são permanentes. Deus criou
leis que governam a operação da Sua criação. Ele, às vezes, as substitui
temporariamente, mas sempre retorna a situação para a operação normal
daquelas leis. Então, se abusarmos do nosso corpo, podemos receber o
milagre da cura. Mas se a raiz do problema não for tratada, a enfermidade
retornará, e precisaremos de outro milagre. Se continuamente violarmos as
leis, estaremos sempre precisando de um milagre. Mas quando seguimos as
instruções da Palavra de Deus, ela irá nos ensinar a como comer, nos
exercitar e desfrutar de saúde emocional que funciona como um remédio (ver
Provérbios 17:22). Deus prefere mantê-lo saudável por intermédio da Sua
bênção a curá-lo por meio de um milagre.
Deus tinha que chamar a sua atenção para se certificar de que ele não
amaldiçoaria Israel, já que Ele não queria que Israel tivesse que lidar com
aquela força negativa. Mas obviamente, Balaão ainda queria realmente ir,
então Ele permitiu que continuasse, e Ele planejou transformar isso em bem
fazendo-o falar uma bênção em vez de uma maldição. “Tornou o Anjo do
SENHOR a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente aquilo que eu te
disser, isso falarás. Assim, Balaão se foi com os príncipes de Balaque” (v.
35).
Deuteronômio 23:4-5 mostra que Balaão pediu para Deus amaldiçoá-los,
mas Deus se recusou a mudar de ideia: “Porquanto não foram ao vosso
encontro com pão e água, no caminho, quando saíeis do Egito; e porque
alugaram contra ti Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia, para te
amaldiçoar. Porém o SENHOR, teu Deus, não quis ouvir a Balaão; antes, trocou
em bênção a maldição, porquanto o SENHOR, teu Deus, te amava” (Josué 24:9-
10; Neemias 13:2; Miqueias 6:5).
Em Números 23, Balaque tenta fazer com que ele amaldiçoe Israel, mas
Deus diz a ele o que falar. Então Balaão abençoou Israel e disse: “Como
posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a
quem o SENHOR não denunciou?” (v. 8). Ele sabia que a bênção de Deus sobre
eles era incondicional, irreversível e permanente. Balaque disse: “Que me
fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que somente
os abençoaste” (v. 11). Quando Deus direciona a Sua bênção, você não pode
revertê-la. Você pode fazê-la parar de funcionar em sua própria vida, mas ela
ainda está lá, adormecida. Deus não a toma de volta. Uma vez que a bênção é
dada, ela não pode ser revertida. Uma vez que você para e se arrepende, ela
estará pronta para trabalhar de novo. Então Balaão disse:
Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele PROMETIDO [bênção], não o
fará? Ou, tendo FALADO (bênção), não o cumprirá? Eis que para
abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar.
— Números 23:19-20; grifos meus
Gênesis 1:21-22:
1. “Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres
viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas
espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que
isso era bom” (grifos meus).
2. “E Deus os ABENÇOOU, DIZENDO: Sede fecundos, multiplicai-vos
e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves”.
Gênesis 1:27-28:
1. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou”.
2. E Deus os ABENÇOOU e lhes DISSE: Sede fecundos, multiplicai-vos,
enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (grifos meus).
1. Deus fez tudo multiplicar: “segundo as suas espécies” (v. 21), e “cuja
SEMENTE ESTEJA NELE, sobre a terra. E assim se fez” (v. 11).
Tudo foi feito com essa SEMENTE dentro de si mesmo, para que
pudesse ter o potencial de crescer e multiplicar. Após a fase (1) tudo
no natural estava posicionado para eles terem sucesso, prosperarem e
multiplicarem, mas eles ainda precisavam da bênção espiritual
(capacitação) de Deus para prosperar. Deus liberou essa BÊNÇÃO
pelas Suas PALAVRAS FALADAS.
2. A BÊNÇÃO (palavras faladas de bênçãos liberando o favor de Deus).
“Ele os ABENÇOOU DIZENDO”. Bênçãos são palavras de vida
(assim como maldições são palavras de morte). Deus os criou com
uma semente em seu interior, mas foi a bênção falada que fez com que
ELES e a SEMENTE frutificassem, então eles prosperaram e
multiplicaram.
Esse detalhe de toda a vida ter semente dentro de si mesma para que
continue reproduzindo revela a diferença entre um milagre e uma bênção.
Quando Deus fez a primeira árvore, isso foi um milagre. Não havia sementes
de onde pudesse vir. Ele simplesmente chamou à existência e um milagre
aconteceu. Mas Deus colocou semente dentro dela porque de outra forma,
quando ela morresse, Ele teria que fazer outro milagre e fazer outra árvore e
assim por diante. Quando Ele milagrosamente fez a primeira árvore e colocou
sementes dentro dela, isso se tornou uma bênção com a habilidade de
continuar abençoando e reproduzindo.
Ao criá-las com semente e abençoá-las Deus descansaria da Sua criação,
porque não seria necessária outra criação (milagre), uma vez que agora ela
era capaz de crescer, multiplicar e encher a terra. Por meio da semente e da
bênção eles tinham a habilidade de continuar produzindo e crescendo, e é
dessa maneira que Deus deseja que você seja. O Plano de Deus não era fazer
um milagre todas as vezes criando um novo cachorro, gato ou ser humano,
mas que cada espécie continuasse, multiplicasse e crescesse por intermédio
da Sua bênção revelada na semente que plantassem. Deus descansaria, pois
não teria que criar outra árvore. Todas as coisas foram feitas e abençoadas
para se perpetuarem. A bênção de Deus, juntamente com a semente dentro
dela, deu a ela a habilidade de reproduzir. Quando Deus abençoou a eles e a
sua semente, eles de repente tiveram a habilidade de multiplicar plantando
sementes, algo que eles gostavam de fazer! Mas não era possível produzir
conforme sua espécie até que Deus a abençoasse. Precisamos da bênção de
Deus naquilo que dizemos e fazemos para que exista a habilidade de
continuar produzindo dia após dia. Ele deseja ser Deus sobre sua vida para
que tudo o que você faça continue produzindo, para que você tenha o
suficiente para ser uma bênção para o Reino de Deus e para a vida de outras
pessoas.
É assim que a BÊNÇÃO da PROSPERIDADE funciona. Deus nos cria e
nos dá SEMENTE (a chave para nosso crescimento e frutificação), e depois
nos ABENÇOA e também à nossa SEMENTE, para que à medida que a
plantarmos cresçamos e multipliquemos. A bênção CAPACITA tanto a NÓS
quanto a NOSSA SEMENTE a PROSPERAR. A bênção é pura graça, então
só podemos recebê-la pela fé, independentemente de quaisquer obras (assim
como as primeiras formas de vida não fizeram nada até serem abençoadas). A
bênção irá nos capacitar a PROSPERAR, mas se não plantarmos a nossa
semente abençoada não seremos FRUTÍFEROS nem MULTIPLICAREMOS
(multiplicar a nossa bênção na vida de outras pessoas, produzindo resultados
contínuos e eternos). Nós impedimos o crescimento do nosso ganho futuro na
prosperidade. Um animal pode ser abençoado e pessoalmente prosperar até
certo ponto, mas se ele não “plantar sua semente”, não será frutífero nem
multiplicará, e como resultado a bênção em sua vida será grandemente
impedida de produzir crescimento que tinha o potencial de alcançar. Portanto,
apesar de a bênção ser recebida apenas pela fé, ela só cresce, só se torna
frutífera na vida de outras pessoas e só é multiplicada se a “semente
abençoada” for plantada.
Existem milagres maravilhosos na Palavra, e milagres são mais
espetaculares do que bênçãos, mas Deus deseja que tenhamos um estilo de
vida de bênçãos. Ele já declarou bênçãos sobre nós, mas devemos semear a
boa semente de bênção para agir e multiplicar. Se não semearmos as nossas
finanças Deus não terá uma semente para multiplicar. Deus deseja multiplicar
a obra das nossas mãos, mas se não trabalharmos Ele não tem nada para
abençoar. Devemos obedecer à Palavra de Deus em fé, para que a bênção de
Deus em nós cresça, se multiplique e gere bom fruto. O plano de Deus para
nós é: 1) sermos ABENÇOADOS e 2) sermos uma BÊNÇÃO (Gênesis 12:2).
Nós: 1) recebemos a bênção e 2) nos permitimos ser um canal de bênção para
que ela flua por meio de nós. Isso por sua vez permite que mais bênçãos
fluam para nós, fazendo-nos crescer na bênção assim como gerar frutos
(trazendo a colheita) por intermédio da nossa semeadura. Precisamos entrar
na plenitude da vida de bênção que Deus deseja que tenhamos ao: 1)
CRERMOS nas PALAVRAS de Deus de GRAÇA para nós e
RECEBERMOS a Sua BÊNÇÃO (poder para prosperar), e então 2)
LIBERAR e AUMENTAR essa bênção em nossa vida por meio da lei da
semeadura e da colheita, semeando as nossas palavras, ações e finanças. A
bênção (espiritual) trabalha com a semente (natural) plantada para multiplicá-
la, para que nos tornemos frutíferos.
Fase 1: Deus dá VIDA ao morto. Foi isso o que Ele fez com Abraão,
Ele declarou a bênção (a promessa que doa vida) a ele. Foi pela graça
independente de quaisquer obras, porque Abraão estava “morto”
(incapaz de fazer qualquer coisa para merecê-la). De fato, Deus dá vida
ao morto (para aqueles que sabem que não podem se salvar) e nunca ao
orgulhoso. Para caminhar com Deus assim, a resposta de Abraão era
simplesmente CRER QUE ELE RECEBEU. Da mesma forma,
precisamos entender que não podemos produzir a bênção em nossa
própria força, mas simplesmente receber a bênção de Deus (vida) como
um presente.
Fase 2: Deus CHAMA as coisas que não são como se já fossem. Deus
o chamou de “Abraão” — pai de nações — antes que isso fosse
fisicamente manifestado. Caminhando com Deus, ele precisava
concordar com Deus e começar a se CHAMAR de Abraão mesmo antes
de ter Isaque. Ele CONFESSOU a bênção. Romanos 4:20 diz que Abrão
RECEBEU forças pela FÉ, “pela fé, se fortaleceu, dando GLÓRIA a
Deus” com as Suas palavras. À medida que CREMOS na BÊNÇÃO e a
DECLARAMOS sobre as nossas vidas, ela flui livremente.
Outra maneira de observarmos isso é que nossas PALAVRAS são
SEMENTES. Vimos que a bênção traz crescimento, frutificação e
multiplicação ao trabalhar sobre e por meio da SEMENTE PLANTADA, o
que inclui as nossas PALAVRAS! Suas palavras são sementes indo para o
futuro. Declare: “Eu sou filho de Deus. Eu sou abençoado com a bênção de
Deus. Ele abençoa tudo em que eu colocar as minhas mãos. Ele abençoa a
minha semente e a minha colheita crescerá todos os anos”.
Provérbios 18:21: “A morte (maldição) e a VIDA (bênção) estão no
PODER da LÍNGUA; o que bem a utiliza COME do seu FRUTO
(COLHEITA)” (grifos e acréscimos meus). Suas palavras geram
FRUTOS; existe uma COLHEITA das SEMENTES que a sua boca
planta.
Deus já declarou bênção sobre a sua vida. Ele está esperando que você
diga a mesma coisa e concorde com Ele. Mesmo que eu declare isso, o poder
não vem de mim; o poder vem de Deus. Ele está esperando que nós abramos
a nossa boca para que Ele use as nossas palavras para ativar e liberar a Sua
bênção. Se você está passando por problemas financeiros, pare de chamar
essas coisas como se elas fossem (porque você irá adquirir mais da mesma
coisa: “você terá o que você diz” — Marcos 11:23). Chame aquelas coisas
que não são como se fossem. Pare de olhar e declarar os fatos. Olhe para os
fatos e declare a verdade da Palavra de Deus, e comece a ver Deus abençoar e
multiplicar muitas vezes mais. Pare de dizer: “Meu pagamento não é o
suficiente. Meu dízimo parece nunca produzir. Eu nunca vou avançar na
vida”. Comece a olhar para essas coisas e declarar a bênção do Senhor sobre
elas, e veja-as acontecer. Com as palavras da sua boca você pode começar a
abençoar o seu pagamento, o seu dízimo, o seu trabalho, o seu corpo e as suas
circunstâncias, e então vê-las começando a produzir. Comprometa-se a
manter-se falando a Palavra de Deus sobre os seus dízimos e ofertas, pois
isso irá liberar grande bênção em sua vida. Dedique-as a Deus declarando
bênçãos a elas: “À medida que dou, eu declaro a bênção sobre a nossa
oferta. Eu declaro que a bênção de Deus sobre a nossa semente capacite-a a
prosperar e multiplicar e produzir uma colheita”. Isso fará com que ela
comece a produzir em sua vida, e você pode descansar nas promessas de
Deus, sabendo que o que você falou irá acontecer.
Suas maiores posses não são suas coisas ou bênçãos. Sua posse real é o
favor divino (bênção) que Deus falou sobre você. Nada pode parar isso. Mas
a fé sem ação correspondente é morta. Então, se você crê que é abençoado
por Deus, caminhe, fale e dê conforme essa realidade. Nós recebemos pela fé,
depois falamos e agimos em concordância.
A BÊNÇÃO já estava sobre Jesus (Atos 10:38), mas era necessário algo
natural (uma SEMENTE) para produzir uma manifestação (colheita) no
natural. Para ter uma COLHEITA de alimento (pão e peixe), Jesus precisava
de uma SEMENTE do mesmo. Ele precisava PEGÁ-LA. Então, Ele
precisava ABENÇOÁ-LA (colocar a Sua BÊNÇÃO sobre ela) pelas Suas
palavras, que a capacita a multiplicar para alimentar a multidão (a colheita).
Jesus precisava de uma SEMENTE para MULTIPLICAR. A SEMENTE
pode parecer pequena, mas se ela for ABENÇOADA ela seguirá adiante e
multiplicará pelo Poder de Deus. Precisamos estar em comunhão com Deus
para que a bênção esteja em nossa plantação e colheita, e trabalhe
apropriadamente e traga a colheita. Devemos colocar (declarar) a nossa
bênção em nossa semente à medida que damos, declarando: “Eu capacito
essa semente a prosperar e trazer uma grande colheita alimentando a muitos
com pão espiritual e natural, assim como para mim mesmo”.
Sementes plantadas produzem uma colheita pelo poder da bênção! Deus
“dá semente ao que semeia e... suprirá e aumentará a vossa sementeira” (2
Coríntios 9:10). Como a bênção faz crescer e multiplicar? Ela trabalha sobre
e por meio da SEMENTE PLANTADA: PALAVRAS e FINANÇAS! É o
natural e o espiritual trabalhando juntos. O natural é BOM (Gênesis 1:25), o
espiritual é PERFEITO.
Tiago 1:17: “Toda BOA DÁDIVA (a semente) e todo DOM
PERFEITO (a bênção) são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. A bênção
espiritual trabalha com e por meio da semente natural à medida que a
plantamos, para multiplicá-la e produzir uma colheita por intermédio
dela.
A BÊNÇÃO normalmente é associada à SEMENTE. Os milagres não
estão relacionados à semente; é Deus agindo em Sua soberania, como foi com
o maná. Ele não foi feito de trigo assado no forno. Era comida de anjo
lançada sobre a terra. Eles perguntaram: “O que é isto?” (A palavra hebraica
para maná). Para viver e crescer em uma vida de bênção devemos plantar a
semente. Pessoas esperam que milagres caiam do céu, mas Deus diz: “Dá-me
algo com o que eu possa trabalhar, para que eu possa abençoar e multiplicar”.
Deus deseja nos levar algo que continua produzindo, semente produzindo
colheita, produzindo mais semente, produzindo mais colheita. Esse processo
continuará multiplicando em nossa vida até nos levar a um lugar de
abundância, e não precisaremos ficar preocupados com a comida em nossa
mesa ou com o dinheiro para pagar as nossas contas. Em vez disso, devemos
nos preocupar com a salvação das pessoas e com o envio de recursos para
evangelistas, mestres e missionários.
Veja o seu dinheiro como uma SEMENTE a ser plantada! Em vez de
simplesmente ver o seu dinheiro em suas mãos, comece a ver sementes,
porque ele é o seu e os frutos da sua oferta são determinados pela bênção,
então declare bênção (vida) em suas finanças, rendimentos e dom.
Frutos sem sementes são maravilhosos de comer, mas não têm
longevidade. Uma melancia sem sementes daria alimento para um dia ou
dois. É isso. Mas com uma melancia cheia de sementes, você pode plantar
essas sementes e ter melancias para sempre. A diferença entre um milagre e
uma bênção é que as bênçãos possuem sementes dentro dela para
continuarem produzindo. Uma melancia pode produzir milhões de outras
melancias. As sementes (se plantadas) produzem a bênção sobre a melancia,
algo com o que trabalhar para crescer e multiplicar. É por isso que Deus
deseja que você se mova nessa área de semeadura e colheita, para liberar e
aumentar a bênção em sua vida, porque a bênção trabalha por meio das
sementes. Potencialmente, temos a mesma bênção de Deus em nós, e quanto
mais caminhamos nela e cooperamos com ela, mais forte ela irá trabalhar e se
manifestar. A bênção é permanente, e à medida que permitimos que ela flua,
ela crescerá com um produto que se expande cada vez mais.
Deus tomou o que Ele criou no natural, o que Ele chamou de “bom”, e
aperfeiçoou falando bênção sobre isso. Fale a bênção sobre as suas finanças,
declare-as abençoadas em nome de Jesus. Quando você olhar para as suas
finanças não veja apenas uma melancia para você comer, veja-as cheias de
sementes. Veja centenas de milhares de melancias que podem surgir à medida
que planta essas sementes. Seja obediente a Deus, declare bênção sobre as
sementes e plante-as. Dê ao Senhor e espere que essas sementes que acabou
de plantar venham sobre a sua vida muitas vezes mais: “boa medida,
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão” (Lucas 6:38).
Sementes abençoadas têm a habilidade de se reproduzirem cada vez mais.
Quando Deus levou Israel à Terra de Bênção, o Seu Plano era para que eles
tivessem abundância por meio da PLANTAÇÃO DA SEMENTE e CEIFA
DA COLHEITA (financeira). Foi por isso que quando eles chegaram à terra,
a primeira coisa que aconteceu foi o fim do maná, e então eles começaram a
viver do fruto da terra. Em vez de trabalhar para eles, Deus queria trabalhar
com eles. Esse é o Seu melhor. Não haveria falta ou limite para a
prosperidade deles se caminhassem em Sua Palavra (bênção). É isso o que
Deus quer para nós!
Antes de comerem da colheita, eles precisavam oferecer as PRIMÍCIAS a
Deus. Esse é o PONTO INICIAL do nosso DAR. Em Deuteronômio 26,
enquanto entregavam as primícias eles a abençoavam, fazendo uma confissão
de fé de como Deus o havia salvado e abençoado com essa terra de leite e
mel, e que estavam entregando as primícias dessa bênção para honrar e
glorificar a Deus, a Fonte de Todas as Bênçãos, agradecendo a Ele pela
bênção e regozijando em toda coisa boa que Deus lhes dera.
As primícias (DÍZIMO) são a sua entrada para viver o plano financeiro de
Deus e a vida de bênção. O dízimo é a primeira aplicação do tempo da
semeadura e colheita. Sempre que o dízimo é mencionado, a prosperidade
vem: “Depois destes acontecimentos (depois do dízimo em Gênesis 14), veio
a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou
o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande (literalmente: seu
suprimento cada vez maior de dinheiro)” (Gênesis 15:1).
Se não entregamos o dízimo, Deus ainda nos abençoa e cuida de nós, mas
será mais como viver no deserto do que na Terra Prometida. Esse não é o Seu
melhor. Quando não entramos apropriadamente na Lei da Semeadura e
Colheita, de acordo com a Lei da Terra de Deus, onde as primícias precisam
ser entregues a Deus, estamos limitando a Deus no quanto Ele pode nos
prosperar. Sua plena bênção não pode ser liberada em nossas colheitas. Não
podemos mover para a esfera sempre crescente de bênção e abundância na
terra. Não iremos comer as coisas boas da terra se não formos dispostos e
obedientes (Isaías 1:19).
Se você não dizimava, você pode RETORNAR a Deus e à Sua perfeita
vontade para você começando agora mesmo: “TORNAI-VOS para mim, e eu
me TORNAREI (com bênção maior) para vós outros, diz o SENHOR dos
Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? ROUBARÁ o homem
a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em QUE te ROUBAMOS? Nos
DÍZIMOS e nas OFERTAS” (Malaquias 3:7-8; grifos e acréscimos meus).
Retorne ao Senhor pela obediência do dízimo. A atitude do seu coração
para com o Senhor é a chave que determina a sua pobreza ou a prosperidade.
Deus diz: “Volte o seu coração para mim, confie em mim e me prove
entregando o dízimo. Dê-me algo com o que eu possa trabalhar. Se você se
voltar para mim me entregando suas finanças, eu terei algo com o que
trabalhar para começar a abençoar a sua vida natural com grande colheita
(veja vv. 9-10)”. O dízimo que você entrega para Deus começou com Ele. Ele
lhe deu a SEMENTE para plantar. Se você não entregar a Ele a SEMENTE
(os dízimos e ofertas), então você está ROUBANDO dele a
OPORTUNIDADE (a SEMENTE de que Ele precisa) de ABENÇOAR a sua
colheita! Ele deseja derramar tanto a bênção da abundância espiritual quanto
a colheita natural, mas você não permite que Ele faça isso!
Malaquias 3:9-10: “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim
me roubais, vós, a nação toda. Trazei TODOS os dízimos à CASA DO
TESOURO, para que haja mantimento na MINHA CASA; e provai-me
(teste-me) nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos ABRIR as
JANELAS do CÉU e não derramar sobre vós BÊNÇÃO (a CHUVA
representa a BÊNÇÃO do alto, que é necessária para a semente ser
ativada para produzir uma colheita) sem medida (a COLHEITA ceifada
como resultado da BÊNÇÃO sobre a SEMENTE)” (grifos e acréscimos
meus).
O DÍZIMO é a nossa PRIMEIRA SEMENTE a semear. A nossa
disposição obediente em dizimar faz abrir as janelas do céu (da esfera do
espírito) que na Nova Aliança é a abertura do véu em seu coração. Isso
permite que a bênção (chuva) em nosso espírito seja derramada nas
SEMENTES que estamos semeando (os nossos dízimos e ofertas)
capacitando-as a produzir uma maravilhosa colheita, mas do que poderemos
conter. NÓS vemos a CHUVA como um retrato de BÊNÇÃO em
Deuteronômio 28:12: “O SENHOR te ABRIRÁ o seu bom TESOURO, o CÉU,
para dar CHUVA à tua terra no seu tempo e para ABENÇOAR toda obra das
tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado”
(grifos meus). O nosso dízimo veio da abundância do que Deus tem nos dado.
À medida que começar a dizimar, você entrará na plenitude da semeadura e
colheita como Deus ordenou. Se fizermos isso, Deus prometeu que a Sua
bênção será liberada sobre nós para nos sustentar todos os dias.
Quando você entrega o DÍZIMO, essa SEMENTE continuará produzindo
em sua vida. Declare sobre ela: “Dízimo, você irá multiplicar e ser frutífero e
trazer bênçãos para a minha vida vindas de todas as direções. A bênção
sobre a minha vida aumentará e multiplicará”.
Deus nos abençoou e nós recebemos essa bênção pela fé, mas para ser
cumprida devemos colocar ações correspondentes à nossa fé. Qual é a ação
correspondente apropriada? Se somos abençoados para irmos adiante,
aumentarmos e multiplicarmos, qual é a ação correspondente ordenada? É
PLANTAR a nossa SEMENTE. Somos ABENÇOADOS para sermos uma
BÊNÇÃO, doar é a maneira como a BÊNÇÃO trabalha e cresce e aumenta.
Milagres são para o momento; bênção é para a eternidade. Se cremos que
somos abençoados então falamos como se fôssemos abençoados (plantando
palavras de bênção) e doamos como se fôssemos abençoados e Deus supre
todas as nossas necessidades (semeando as nossas finanças). FALE e AJA
como se estivesse debaixo da BÊNÇÃO e a bênção fluirá. A BÊNÇÃO sobre
nós aumentará por meio da plantação da nossa SEMENTE. Veremos isso no
capítulo 11 (Abraão e Isaque). É preciso TEMPO para a semente trabalhar e
gerar frutos, e para a bênção aumentar e multiplicar em sua manifestação e
produção. Todas as vezes que você libera a bênção ao plantar, ela está
crescendo. A sua colheita este ano é fruto da semeadura do ano passado. A
colheita do próximo ano será da plantação deste ano. Não permita que o
atraso do tempo o engane fazendo-o pensar que não está funcionando
(Gálatas 6:7). Assim, devemos ser como Jesus: “E crescia Jesus em
SABEDORIA (a Palavra), estatura e GRAÇA (bênção), diante de Deus e dos
homens” (Lucas 2:52; grifos e acréscimos meus).
Essa é a razão por que provém da FÉ, para que seja segundo a GRAÇA,
a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não
somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da FÉ que
teve ABRAÃO [porque Abraão é PAI de todos nós, como está escrito:
Por pai de muitas nações te constituí], perante aquele [“diante dele”]
no qual creu, o Deus que 1) VIVIFICA os MORTOS e 2) chama à
existência as coisas que não existem. Abraão, esperando contra a
esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora
dito: Assim será a tua descendência [semente]. E, sem enfraquecer na
fé, embora (não) levasse em conta o seu próprio corpo amortecido,
sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por
incredulidade, da promessa de Deus; mas, 1) PELA FÉ, SE
FORTALECEU, 2) DANDO GLÓRIA a Deus, estando plenamente
convicto de que ele era PODEROSO para CUMPRIR o que prometera
(grifos e acréscimos meus).
Eu não sei como, mas o El Shaddai é capaz de fazer isso. Ele agora entrou
na fé; não confiando mais em si mesmo. O versículo 19 diz literalmente:
“Embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido”. Ele percebeu
que deu um fim em si mesmo. Por que Deus permitiu que Abraão chegasse
aos 99 anos de idade? Esse foi o tempo necessário para ele finalmente dar fim
em si mesmo e entender que “Eu não posso cumprir a promessa com minhas
próprias forças”. Então Deus veio e se revelou como El Shaddai. Quanto
mais rápido pudermos chegar ao fim de nós mesmos, mais rápido Deus pode
se revelar a nós como El Shaddai; o Deus que é mais do que suficiente, o
Deus que é forte quando somos fracos. Quando entendemos que somos fracos
em nós mesmos, é quando podemos confiar no El Shaddai para que a Sua
bênção nos fortaleça. Abraão precisava aprender o princípio da fé de que
Deus é a nossa fonte. Devemos abandonar a confiança em nós mesmos e
olhar completamente para o El Shaddai. É então que você realmente se apoia
em Deus e é quando o suprimento da bênção de Deus começa a vir e a fluir
em sua vida.
Esse é o Princípio da Fé para a nossa Prosperidade. Todas as promessas
de Deus a Abraão precisavam ser cumpridas por intermédio do seu filho.
Isaque representava toda a sua prosperidade. Se ele não tivesse o filho, tudo o
que ele ganhara seria perdido. Ele precisava ter esse filho, então receber
Isaque era muito semelhante a recebermos a bênção de Deus. Esse evento
revela o primeiro passo para RECEBER a BÊNÇÃO pela FÉ.
Confissão da Bênção
A bênção deve ser RECEBIDA pela fé e então ser CONFESSADA:
“Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito
da salvação” (Romanos 10:10). Após dizer que Abraão é nosso exemplo (pai)
da fé (Romanos 4:16), o texto descreve no versículo 17 exatamente como a fé
de Abraão trabalhou para receber e liberar a bênção do Senhor: “Como está
escrito (a promessa dada): ‘Por pai de muitas nações te constituí, perante
aquele (‘diante dele’) no qual CREU, o Deus que VIVIFICA os MORTOS e
CHAMA à existência as coisas que não existem” (grifos meus).
Esse é um comentário de Gênesis 17:1, onde Deus disse “anda em Minha
Presença”. Isso denota íntima comunhão, estando na Presença de Deus,
olhando para ver o que Ele está fazendo e se movendo com Ele. Eu acredito
que a melhor ilustração é a dança de salão! Deus está dizendo: “Dance
comigo, siga os Meus passos”. Jesus disse que Ele viveu dessa maneira,
fazendo o que viu Seu Pai celestial fazer, e dizendo o que Deus Pai estava
dizendo. Existiam duas fases para fazer a promessa (bênção) acontecer pela
fé de Abraão. (1) Ela precisava ser recebida (plantada) em seu coração, e (2)
precisava ser liberada pelos seus lábios. Em cada caso, Deus estava fazendo
algo e Abraão, andando na presença de Deus, respondia.
A primeira fase era a seguinte: “O Deus que VIVIFICA (abençoa) os
MORTOS” (grifos meus). Abraão chegou a esse ponto de “morte”, sabendo
que era totalmente fraco por si mesmo: “Embora levasse em conta o seu
próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de
Sara”. Deus dá a Sua bênção apenas para o “morto”, ou seja, para aqueles
que não estão confiando em si mesmos (orgulho). A Vida de Deus só é dada
como um DOM de GRAÇA, para que possa apenas ser recebida pela FÉ,
longe de quaisquer obras (v. 16). Qualquer pessoa que tenta receber com base
nas obras, se exclui da graça. Deus começou revelando a si mesmo a Abraão
(agora “morto”, como a bênção exige) como El Shaddai, o Deus da Graça,
que vem a nós em nossa total fraqueza (inabilidade) e nos enche com a Sua
força, poder, vida e bênção. Ele é mais do que suficiente para qualquer
necessidade. Esse é o ponto inicial. Precisamos encontrar o El Shaddai
primeiro. Essa revelação deve vir primeiro e estar enraizada em nós, a fim de
que entendamos que, apesar de Deus mover em nossa vida no futuro, tudo se
baseia na graça, então nunca iremos nos vangloriar de que Deus nos
abençoou por causa de alguma coisa que fizemos.
Para Abraão, andar perante Deus — a única resposta apropriada para que
Deus dê vida ao morto — era admitir que ele estava “morto”, para então
RECEBER essa VIDA pela FÉ. Essa vida (bênção) o mudou de Abrão para
Abraão, capacitando-o a ser o “pai de muitas nações”. Deus declarou a
BÊNÇÃO sobre ele e isso o capacitou e a sua semente a prosperar e
multiplicar, e encher a terra. A bênção é recebida pela fé apenas. Em algumas
traduções diz que ele foi fortalecido pela fé (Romanos 4:20), mas uma
tradução melhor seria: “ele RECEBEU força (poder) pela FÉ”.
A segunda fase de dançar com Deus em ver Sua promessa cumprida era
que: “O Deus que... CHAMA à existência as coisas que não existem” (grifo
meu). Deus declarou a bênção (promessa). Ele o CHAMOU de “ABRAÃO”
(pai de muitas nações) antes de estar no natural. Ele chamou as coisas que
não são como se fossem.
Como Abraão, andando na presença de Deus, responderia a isso em fé?
Deus o estava chamando de “pai de muitas nações”, então ele precisava
concordar e CHAMAR a si mesmo de “Abraão, pai de muitas nações”. Ele
precisava CONCORDAR com Deus, DIZER a mesma coisa que Deus e
CONFESSAR a bênção, para dizer o que Deus disse sobre ele e não o que os
seus olhos podiam ver. Não era apenas importante para ele RECEBER a
bênção, mas também LIBERÁ-LA com as suas PALAVRAS. Não era
suficiente que a bênção viesse sobre ele e habitasse nele, ela precisava fluir
por meio dele (de volta para Deus — Isaías 55:11). Então, em Romanos 4:20-
21 diz que ele (1 “pela FÉ, se FORTALECEU (RECEBEU a bênção), (2
DANDO GLÓRIA a Deus, estando plenamente convicto (persuadido) de que
ele era PODEROSO PARA CUMPRIR o que prometera” (grifos meus). Com
os seus lábios, ele deu GLÓRIA (GRATIDÃO) a Deus por fazer a promessa
acontecer, crendo (sendo completamente persuadido) que a HABILIDADE e
a BÊNÇÃO estavam agora trabalhando nele e por meio dele para
EXECUTÁ-LA.
Da mesma forma, precisamos (1) receber a promessa (bênção) pela fé e
depois, (2) antes de vermos qualquer coisa, confessá-la como verdade,
agradecendo a Deus em fé que o Seu poder (bênção) está em ação fazendo-a
acontecer. Após ter recebido a bênção pela fé (Marcos 11:24), então a
liberamos com as nossas palavras, ordenando que sejam removidas quaisquer
montanhas no caminho (Marcos 11:23). Então, quando Deus nos chama de
abençoados e capacitados a prosperar, antes de enxergarmos quaisquer
evidências, precisamos concordar dizendo: “Eu sou abençoado, eu sou
capacitado a prosperar. A bênção do Senhor está me fazendo rico e alegre”.
Essa foi a revelação do EL SHADDAI. Assim como Abraão, primeiro você
precisa encontrar o El Shaddai. Certamente esse é o principal! Crer em Deus
por um filho aos 100 anos de idade e uma esposa com 90 anos de idade que
havia sido estéril toda a sua vida. Ele entendeu que não poderia fazer nada
com as próprias forças, encontrou o El Shaddai e recebeu a bênção pela fé, e
como resultado, eles deram à luz Isaque. Eles receberam a SEMENTE pela
qual a BÊNÇÃO poderia ser transmitida. Mas há mais! Para a BÊNÇÃO ser
multiplicada e alcançar todos os povos da terra, a SEMENTE precisava ser
PLANTADA em obediência.
Para que a vontade de Deus seja completamente conquistada pela fé de
Abraão, uma revelação mais além de Deus a Abraão era necessária: JEOVÁ
JIRÉ.
Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos
aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a
tradição que de nós recebestes; pois vós mesmos estais cientes do modo
por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos
desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão à custa de
outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia,
trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; não porque
não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos
exemplo em nós mesmos, para nos imitardes. Porque, quando ainda
convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer TRABALHAR,
também não COMA. Pois, de fato, estamos informados de que, entre
vós, há pessoas que andam desordenadamente, NÃO TRABALHANDO;
antes, se INTROMETEM na vida alheia. A elas, porém, determinamos e
exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, TRABALHANDO
tranquilamente, COMAM o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos
canseis de FAZER O BEM (grifos meus).
A SABEDORIA é GENEROSA
A prosperidade bíblica envolve tanto dar (em amor) e receber (pela fé).
Nós damos generosamente do que Deus tem nos dado para o Evangelho e
para o pobre. Nós damos em amor e em esperança (expectativa confiante) de
que a semente que plantamos produzirá uma colheita, liberando crescimento
para nós para podermos dar mais. Dar abre o caminho para Deus derramar
mais de volta. Dar é uma confissão da nossa fé que Deus provê para nós,
porque se acreditamos que Deus é um doador generoso que provê todas as
nossas necessidades, então a nossa doação é uma ação correspondente. Se
acreditamos que somos os filhos do Deus amoroso, então devemos almejar
ser como Ele. Uma vez que Deus é um Doador, somos doadores e assim
glorificamos a Ele. À medida que confessamos a nossa fé por meio do dar, a
bênção financeira de Deus em nós é liberada ainda mais.
Provérbios 11:24-25: “A quem dá LIBERALMENTE, ainda se lhe
ACRESCENTA mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á
em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será
dessedentado” (grifos meus).
Provérbios 22:9: “O GENEROSO será ABENÇOADO, porque DÁ do
seu pão ao pobre” (grifos meus).
Provérbios 28:27: “O que DÁ ao pobre não terá falta, mas o que dele
esconde os olhos será cumulado de maldições” (grifo meu).
Provérbios 14:21,31: “O que despreza ao seu vizinho peca, mas o que
se compadece dos pobres é FELIZ... O que oprime ao pobre insulta
aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do
necessitado” (grifo meu). Não são apenas bênçãos financeiras que
voltam para nós, mas bênçãos espirituais (como a alegria) vêm por
intermédio do nosso dar. Receber é bênção, mas bênção maior é dar do
que receber, porque a bênção que é liberada sobre você por meio do dar
não inclui apenas uma colheita financeira maior em seu futuro, mas
também todos os tipos de bênção espiritual.
Provérbios 21:13: “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também
clamará e não será ouvido”.
Provérbios 19:17: “Quem se compadece do pobre (e do não salvo) ao
SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício”.
1.EVITANDO A DÍVIDA
Uma das causas principais da dívida é a DESPESA TOLA, que é gastar
além do que podemos por meio da ganância (queremos agora, não podemos
esperar). Normalmente, é melhor esperar até que você tenha o dinheiro para
pagar por isso do que pedir emprestado.
Provérbios 23:21: “Porque o BEBERRÃO (que sempre quer mais
álcool) e o COMILÃO (que sempre quer mais comida) caem em
POBREZA; e a sonolência vestirá de TRAPOS o homem” (grifos
meus). A sua ganância os guia a gastarem mais do que possuem, então
eles entram em dívida e pobreza. Isso também se aplica àqueles que
sempre desejam mais COISAS e não podem esperar, então eles as
adquirem agora e pagam depois, e isso não é sábio porque eles caem na
escravidão do débito e cobiça. Se a sua atitude for: “Eu precisei comprar
isso” então essa coisa é um ídolo para você e você é cobiçoso e não está
contente com o que possui. Provérbios 21:26: “O COBIÇOSO COBIÇA
todo o dia, mas o justo DÁ e nada retém” (grifos meus). Enquanto o
homem justo que é livre de débito é livre para DAR e assim crescer em
bênção por intermédio da sua doação, o homem cobiçoso é sempre
escravo do débito e então nunca é livre para dar. Ele é focado apenas em
tentar pagar as suas dívidas ou evitar os seus devedores. Um está
subindo em uma espiral, o outro está descendo em uma espiral.
Precisamos aprender a nos CONTENTAR com o que temos (Filipenses
4:11-13), assim como a crer em Deus quanto ao crescimento. Jesus disse:
“Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer
avareza; porque a (verdadeira) vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Você realmente pode
viver sem aquela coisa (você conseguiu até agora!), então seja paciente e viva
dentro das suas condições. Se esperar até poder pagar por ela, você vai
descobrir que realmente não precisa dela e seria mais dinheiro jogado no ralo.
Se adquirir depois de ter esperado, você apreciará mais o que comprou e
usará de maneira melhor. Haverá muito menos desperdício em seus gastos.
Provérbios 21:20: “Tesouro DESEJÁVEL e azeite há na casa do sábio, mas o
homem insensato os DESPERDIÇA” (grifos meus). Além disso, você terá
quebrado o poder dessa cobiça, então não será mais um ídolo para você.
Certifique-se de primeiro construir os seus rendimentos até o nível onde
você possa pagar pelas coisas boas que deseja colocar em sua casa, de outra
forma você simplesmente entrará em dívidas:
Provérbios 24:27: “Cuida dos teus NEGÓCIOS lá fora, apronta a
lavoura no campo e, DEPOIS, edifica a tua CASA” (grifos meus).
Provérbios 12:11, 28:19: “O que LAVRA a sua terra será FARTO de
pão, mas o que corre atrás de coisas vãs (coloca os seus desejos em
primeiro lugar) é FALTO de senso” (grifos e acréscimos meus).
Provérbios 21:17: “Quem AMA OS PRAZERES EMPOBRECERÁ,
quem ama (cobiça) o vinho e o azeite JAMAIS ENRIQUECERÁ”
(grifos meus). Se a sua prioridade são os seus prazeres, você entrará em
dívidas tentando satisfazer a sua ambição, e como resultado você será
POBRE.
A DÍVIDA é uma escravidão que inevitavelmente o prende em um ciclo de
pobreza que piora quanto mais tempo você ficar nele. Isso acontece porque
você é escravizado a pagar JUROS COMPOSTOS em seu financiamento. O
que você deve cresce o tempo todo e você acaba pagando mais do que o custo
original. Os seus pagamentos significam que você tem menos dinheiro do que
antes e se você não mudar o seu estilo de vida acabará pedindo emprestado
ainda mais e, portanto, pagando muito mais juros, e assim por diante, e
continuará assim até você está na pior. O tempo todo o ESTRESSE
emocional do débito cresce, especialmente quando você não consegue quitar
o pagamento e quem emprestou o está perturbando. Essa é a causa número
um de brigas e divórcios, pois um começa a pôr a culpa no outro, além da
culpa e da vergonha de não ser capaz de prover para a família. A escravidão
de um débito é evidente quando se imagina a alegria e liberdade sentida
quando ele é totalmente pago.
Agora, nem sempre é pecado ter dívidas. Alguns ensinam isso com base
em Romanos 13:8: “A ninguém fiqueis DEVENDO coisa alguma, exceto o
amor com que vos ameis uns aos outros (certamente isso implica que
devemos pagar as nossas dívidas!)”. Mas se fosse pecado pegar emprestado
então também seria um pecado emprestar, e parte da bênção em
Deuteronômio 28:12 é que não deveríamos pegar emprestado, mas em vez
disso, ser capaz de emprestar. Às vezes, é necessário pegar emprestado, mas
devemos ser bastante cuidadosos antes de pegarmos emprestado, calculando
o custo, certificando-nos de que não estamos sendo tolos, tendo certeza de
que não existe outra maneira de fazer isso, e tendo certeza de que podemos
pagar o débito no tempo certo. Não é sempre errado pegar emprestado, mas
certamente é errado pegar emprestado além do que podemos pagar. Mesmo
que você consiga pagar você deve ser cauteloso, porque isso é uma
escravidão. Se você pode economizar para ter alguma coisa, normalmente é
melhor fazer isso. Mas não é sempre que você pode fazer isso em tempo
razoável, como por exemplo comprar uma casa, o que geralmente é uma boa
ideia se você puder (em vez de pagar aluguel). Não há problema em fazer um
financiamento desde que você saiba que pode pagá-lo e o seu objetivo seja
quitá-lo o mais rapidamente possível. Quando compramos a nossa pousada,
não havia outra maneira de fazer isso sem ser pedindo dinheiro emprestado,
mas fizemos os cálculos de modo que ela pagaria a si mesma e isso foi um
bom negócio. Mas queremos pagar o débito o mais rapidamente que
pudermos! A vantagem de um débito como um financiamento sobre outros
débitos é que podemos usar o dinheiro que pegamos emprestado para
comprar bens, que em princípio pode ser vendido para pagar o débito.
Da mesma forma, não há problema em usar cartão de crédito (eles são
úteis, especialmente se você estiver viajando) desde que você tenha
autocontrole de usá-los corretamente! Suas taxas de juros são altas, então
você precisa ter certeza de pagá-lo no mês seguinte. Não os use a menos que
você saiba que pode pagá-lo no mês seguinte, ou se é uma emergência
certifique-se de pagá-la o mais rápido possível. Se você está construindo uma
dívida de longo prazo de cartão de crédito você está sendo tolo, pagando
juros loucos.
Transfira a dívida para um financiamento com juros mais baixo ou para um
cartão de crédito com transação 0% em curto prazo, e tenha como prioridade
o pagamento assim que possível (cortando despesas desnecessárias até que
você pague). Se você não pode controlar o uso do seu cartão de crédito,
quebre-o!
A Bíblia nos adverte fortemente contra entrar em dívidas
desnecessariamente. O livro de Provérbios sempre se refere ao perigo de ser
fiador (ser a garantia) da dívida de um amigo. Esse é um tipo de débito,
porque na verdade você agora deve aquele dinheiro até que outra pessoa o
pague.
Provérbios 11:15: “Quem fica por FIADOR de outrem SOFRERÁ
males, mas o que FOGE de o ser estará seguro” (grifos meus).
Provérbios 17:18: “O homem falto de entendimento COMPROMETE-
SE, ficando por FIADOR do seu próximo” (grifos meus).
Provérbios 22:26-27: “NÃO estejas entre os que se comprometem e
ficam por FIADORES de DÍVIDAS, pois, se não tens com que pagar,
por que arriscas perder a cama de debaixo de ti?” (Grifos meus).
Se tivermos algum senso ou visão, devemos odiar a ideia de entrar em
dívidas e fazer tudo o que pudermos para evitá-la.
2.SAINDO DA DÍVIDA
Se estivermos endividados, é uma questão de honra pagar os nossos
débitos. Para uma pessoa honrada, essa dívida tem um peso alto sobre ela até
que a quite (Romanos 13:8). Então, se você está com dívidas a sua prioridade
número um deve ser sair delas. Um estado permanente de endividação não é
a vontade de Deus. Você deve se comprometer seriamente a tomar uma
atitude para sair da dívida. Segure um pouco outras dívidas e coloque um
esforço extra para pagar a dívida. Não seja simplesmente levado pelas ondas;
você precisa atacá-la. Ela é uma armadilha. Veja-a como um inimigo que o
escraviza. Ela coloca um peso sobre você e você não deve viver sob isso.
Tenha atitude e siga o conselho urgente de Provérbios 6:1-5: “Filho meu,
se ficaste por FIADOR (ENDIVIDADO) do teu companheiro e se te
empenhaste ao estranho, estás ENREDADO com o que dizem os teus lábios,
estás PRESO (escravizado) com as palavras da tua boca. Agora, pois, faze
isto, filho meu, e LIVRA-TE (da dívida), pois caíste nas mãos do teu
companheiro: vai, prostra-te e importuna o teu companheiro; não dês sono
aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras; LIVRA-TE (uma questão de
urgência), como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do
passarinheiro” (grifos e acréscimos meus).
Deus fez isso por meio da bênção sobrenatural, multiplicando o que ela
possuía (o azeite). Devemos dar a Deus o que temos para que Ele possa
trabalhar com isso.
Essa era uma dívida impossível de ser paga e, portanto, ela precisava da
ajuda de Deus para quitá-la, mas ela estava determinada a quitá-la. Ela
cooperou com Deus à medida que Ele trabalhou para pagá-la para ela.
Deus deseja tirá-lo da dívida e Ele irá ajudá-lo sobrenaturalmente
abençoando alguma coisa que você tem; algo que você esteja fazendo à
medida que o ouve e lhe obedece.
Em Reis 6:4-5 vemos a história do MACHADO EMPRESTADO:
“Chegados ao Jordão, cortaram madeira. Sucedeu que, enquanto um deles
derribava um tronco, o machado caiu na água; ele GRITOU e disse: AI! Meu
senhor! Porque era EMPRESTADO” (grifos meus).
Veja que a principal razão do APURO era o fato de o machado ser
EMPRESTADO. A perda desse machado criaria um DÉBITO que seria
difícil de pagar. Isso criou um fardo de responsabilidade e ansiedade. Quando
o machado afundou o seu coração afundou junto. Ele estava em apuros, pois
parecia impossível recuperar o machado (devolver o que era emprestado). Da
mesma forma, quando a nossa dívida cresce e sai de controle, de forma que
se torna impossível de quitar o débito, em nosso apuro devemos clamar a
Deus para levantar o que pegamos emprestado.
Deus é compassivo e responde o nosso clamor por ajuda. Reis 6:6-7:
“Perguntou o homem de Deus (Eliseu): Onde caiu? Mostrou-lhe ele o lugar.
Então, Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o ferro, e disse:
Levanta-o. Estendeu ele a mão e o tomou”.
Em Mateus 17:24-27, Jesus e os discípulos experimentaram o
cancelamento sobrenatural da dívida, permitindo-lhes pagar os impostos que
deviam, quando Jesus disse a Pedro para ir pescar e pegar uma moeda da
boca do peixe.
Jesus também nos ensinou a pedir a Deus: “PERDOA as nossas
DÍVIDAS” (Mateus 6:12). Obviamente, Ele estava usando DÍVIDAS como
uma imagem para os nossos PECADOS, mas isso também se aplica
literalmente. Devemos muito a Deus pelos nossos pecados, mas na Cruz
Jesus cancelou a nossa dívida de pecado, dizendo: “Está consumado”. Da
mesma forma, Ele pagou o preço para nos libertar da maldição do débito e da
pobreza (Gálatas 3:13; 2 Coríntios 8:9), para podermos pedir a Ele para nos
ajudar a sair da dívida.
Se você tem dívidas, faça do seu compromisso número um quitá-las o mais
rápido que puder, e à medida que decidir fazer isso, peça também a Deus para
ajudá-lo sobrenaturalmente.
Para ser livre e permanecer livre você precisa quebrar o poder e o espírito
de débito sobre a sua vida, dizendo: “Na Cruz, Jesus levou a maldição da
pobreza e da dívida por mim, para que eu pudesse receber a BÊNÇÃO.
Portanto, eu sou ABENÇOADO! O Senhor ABENÇOA todas as obras das
minhas mãos. Neste momento, em nome de Jesus, eu quebro o poder
(espírito) da dívida sobre a minha vida. Eu me declaro livre da escravidão da
dívida por meio da bênção de Deus. Meus débitos estão sendo pagos. Eu vivo
em abundância não em necessidade. Eu sou CABEÇA e não cauda; estou
POR CIMA e não por baixo”.
Apêndice 1
1.Cristãos não podem dar nada a Deus que não tenha se originado
dele mesmo.
“Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?”
(Romanos 11:35). Então não podemos exigir que Deus nos dê o que
queremos. Deus em Sua graça já proveu tudo para nós. 1 Crônicas 29:11-
14,16 registra a oração de Davi após ele e o povo terem dado generosamente
da prosperidade que tinham (ouro, prata, pedras preciosas e todos os tipos de
outros materiais) para construir o Templo: “Teu, SENHOR, é o poder, a
grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque TEU é TUDO quanto há
nos céus e na TERRA; TEU, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe
sobre TODOS. RIQUEZAS e glória VÊM DE TI, tu dominas sobre tudo, na
tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.
Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome.
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar
VOLUNTARIAMENTE estas coisas? Porque TUDO vem de ti, e das tuas
mãos to damos. SENHOR, nosso Deus, toda ESTA ABUNDÂNCIA que
preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da TUA MÃO e
é TODA tua” (grifos meus).
Em 1 Coríntios 10:26,28 lemos: “Porque do Senhor é a terra e a sua
plenitude”. Portanto, Deus é o Criador e o Dono de todas as coisas. Dar
alguma coisa para Deus não nos dá o direito de arrogantemente exigir que Ele
faça alguma coisa em troca. Em vez disso, a entrega deve ser feita em
adoração, como uma resposta a Sua graça, reconhecendo que tudo o que
damos a Deus é originariamente criado por Ele e dado a nós. Portanto, a
atitude apropriada para dar é de adoração e gratidão.