Filme Matrix – Cássia Venâncio

Através dos filmes podemos adquirir não apenas entretenimento, mas também
conhecimento acerca do mundo a nossa volta. No primeiro filme da trilogia
Matrix, somos inseridos a uma realidade totalmente ligada a tecnologia que nos
faz questionar nosso progresso social quando está aliado ao ramo tecnológico.
Nele, um homem acaba descobrindo que está em meio a um sistema artificial
que acessa a mente das pessoas e as faz duvidar de sua realidade e não saber
distinguir o mundo virtual do verdadeiro. E nesse contexto, as máquinas utilizam
os humanos como fonte de energia, invertendo os papeis.
No início, o personagem ingere um comprimido vermelho e acorda em uma
cápsula, descobrindo que a raça humana está dominada pelas inteligências
artificiais, vivendo presa em um programa de computador. Neo, como o
protagonista é chamado, descobre que a resistência acredita que ele é o eleito
que virá libertar a humanidade da escravidão da Matrix. E ao decorrer da história,
o vemos seguir esse caminho mesmo duvidando de tal papel.
Ao refletirmos sobre essa ficção, podemos perceber que mesmo se tratando de
um enredo cinematográfico, há uma relação com nosso cotidiano, visto que,
estamos cada vez mais inseridos no meio virtual, nos deixando levar por toda
essa tecnologia e desviando o foco do que poderia expandir nossos
conhecimentos para uma visão alienada do mundo, transformando nossas vidas
no virtual, ao invés de usá-lo para nos desenvolver.
Outro ponto destacado, é o totalitarismo presente na história, pois as pessoas
não possuem liberdade sobre o que pensam ou suas ações, ou seja, não
possuem controle de suas vidas, pois estão sempre presas na Matrix criada
pelas maquinas.

Por fim, a narrativa ensina que deve se persistir e alcançar a verdade, pois
através dela é possível chegar ao livre arbítrio e ao controle de si mesmo.
Dessa forma, até nas situações mais extremas pode haver mudança e
superação se pararmos de nos render a alienação e focarmos no verdadeiro
progresso.