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AULA DE BRUCELOSE – BACTERIOSES 12.06.

2018

Quando se fala de enfermidades sistêmicas, não vamos falar de brucelose canina, ovina, bovina. Vamos estudar sobre
brucelose. O conceito vai ser dito e vocês vão ter que ter jogo de cintura para ver quais seriam as alterações e se existe
alguma particularidade nas espécies, as aulas tentam ser mais generalista.

A brucelose é uma enfermidade extremamente relevante porque é uma doença de notificação. Existe um programa
nacional, que tem que ler obrigatoriamente para a prova para estudar os testes, é o programa nacional de controle e
erradicação da brucelose e tuberculose (PNCEBT), o MAPA lançou esse programa em 2001. É importante lembrar
que a preocupação ministerial com a brucelose surgiu em virtude de uma demanda internacional quando ocorreram os
primeiros surtos nos casos de vaca louca, principalmente nos países exportadores de carne bovina (Canadá, EUA,
Inglaterra) como esses países iriam comercializar gado tendo casos, então o mercado internacional simplesmente
deixou de comprar deles. Só que o mercado internacional tem o poder de exigir como mercado consumidor
(comprador), ele iria importar desde que tenham os programas instituídos, então em 2001 quando o programa foi
lançado e os registro de casos de vaca louca começaram a partir de 1996, então nesse momento o Brasil vislumbrou
uma potencialidade em relação ao mercado exportador para isso ele tinha que cumprir alguns dos pré requisitos que
eram mínimos para se candidatar realmente a ser um mercado exportador de carne bovina, eles precisavam revisar o
programa nacional de controle de raiva dos herbívoros e encefalopatias espongiformes transmissíveis, o
programa nacional de controle e erradicação da brucelose e tuberculose veio dessa época e foi essa a preocupação
atender requisitos mínimos para alcançar vôos internacionais. Foi importante o programa ser criado mas ao mesmo
tempo triste que hoje em dia a maior parte do consumo da carne disponibilizada no mercado interno seja oriunda de
propriedades não certificadas, ainda tem médicos veterinários assinando laudos para venda, é triste de ver que ainda há
uma negligencia absurda em ralação a infectologia humana no que diz respeito a ocorrência de casos de brucelose. É
um mundo de negligencia. A partir do momento que se chega na clinica e todo mundo espera o abortamento para
pensar que é brucelose, igual a leptospirose só se pensa em leptospirose se teve contato com rato ou se estiver
completamente ictérico, não pode ser assim, precisa agregar o conhecimento, implantar ele na nossa rotina com uma
sistemática de proporcionar uma melhor realização da clinica, para quem quer triar animais para reprodução, temos
que entender que aqui quem vê cara não vê coração, se você estiver esperando para suspeitar da ocorrência de casos de
brucelose só se tiver quadros de abortamento ai fica difícil. Outra coisa importante é a exposição das pessoas que
trabalham nas propriedades é um ciclo.
Temos que entender que tudo que já se ouviu falar para brucelose, ‘’ é uma doença da esfera da reprodução’’ sim, tem
alterações reprodutivas, mas tem muita outras alterações que podem acontecer e sobre tudo em seres humanos e
eqüídeos. Existem alterações articulares e que são creditadas a uma possibilidade de ocorrência, quem já passou pela
matéria de imagem já viu Espondilite uma ou varias, tem que pensar o que pode ter sido conduzido a isso. O olhar
diferenciado de evitar que o agravo aconteça que assim como o animal pode ter espondilite ele pode ter artrite,
poliartrite pode ter varias ites, é muito importante investigar.

 Importância econômica
 Então as restrições comerciais, obvio que pode determinar a ocorrência de surtos de abortamento, distúrbios
reprodutivos. Vale lembrar que quando raciocinamos em relação a uma prevenção, pode ocorrer surto quando
temos vários animais infectados dentro de um foco, mas quando é que geralmente evolui para um quadro de surto?
Quando tem a introdução de um agente, aqui no caso da brucelose essas duas condições caminham lado a lado,
porque se usa uma vacina que é viva atenuada então pode ter problema a depender da idade que vacinou em
relação a manipulação desse agente e pode ter também a introdução sem contato prévio. Ocorre um surto quando
basicamente aqueles indivíduos nunca foram expostos são expostos pela primeira vez (porque toda resposta
primaria é fraca e lenta) e basicamente tem uma concentração de inoculo capaz de causar algum dano e essa
concentração vai variar muito de acordo com as cepas que a gente for estudar. Por exemplo, de estivermos falando
de Brucella melitensis de 10 a 100 unidades de bactérias são suficientes para conduzir o paciente a óbito. É
muito importante ampliar o conhecimento, pode ocorrer um surto numa primeira exposição? Pode. Para quem
investe em produção abortamento, ou seja, perder o produto é tudo que o produtor não quer e também as questões
reprodutivas. Quando chegamos em uma propriedade para fazer uma anamnese de rebanho o que se pergunta?
Histórico do animal em relação a produção, se o animal já abortou, tem natimortos? Tem aumento do intervalo
entre partos? Precisa considerar outras causas que não sejam infecciosas. O raciocínio da anamnese da parte de
sanidade tem que ir para brucella, TB, leptospirose, IBR, compilo, tritrichomonas. Esses animais tem queda de
performance todo individuo com alteração sistêmica vai ter uma queda da performance.

o Vai ocorrer uma queda na produção leiteira (menos 10-25%), queda na produção de carne (menos 10-
15%), intervalo entre partos aumentado, aumento na taxa de reposição de animais (30%), morte de
filhotes (menos 15%) lembrando que pode ocorrer abortamentos, parição de crias debilitadas, ou seja, já
infectadas e que morrem nas primeiras horas/primeiros dias de vida, como pode ter indivíduos que não
nascem infectados e pode ter indivíduos que nascem infectados e conseguem sobreviver.

o A importância em saúde pública (Zoonose) é muito grande e absolutamente negligenciada, dito isso é bom
entender que se os indivíduos ... (n concluiu). Se uma pessoa infectada tiver orquite tem que agradecer porque esta
na vigência de um quadro agudo, não tem orquite em uma infecção crônica e a possibilidade de cura é muito
grande. A maior parte dos casos em brucella nos seres humanos ele são osteoarticulares, a literatura é muito pobre
com relação a isso, mas pode ter grandes articulações e pequenas articulações acometidas. Fala-se muito de
grandes articulações como quadril, ombro, joelho, coluna. Mas, pequenas articulações também são muito comuns.
Nas pequenas articulações é comum artrite.

o O tratamento protocolado pela Organização mundial da saúde para brucelose toma como base a rifampicina e a
doxiciclina por 8 semanas. Se alguém se infectar com brucelose, tem que procurar um bom infectologista para
ter um diagnostico preciso, porque esse protocolo já esta um pouco ultrapassado. Brucella também aumenta o
tempo de geração dentro das células alvo. 8 semanas costuma ser muito pouco, tem trabalhos com 9 meses, 6
meses, o fato é que a terapêutica é prolongada e é a mesma coisa para TB vai tomar rifampicina, depois do
primeiro dia de medicação a pessoa fica com a urina e as fezes alaranjadas ate o final do tratamento. É importante
lembrar que se for mulher vai ter candidiase durante o tratamento inteiro, tendo que tomar antifúngico
semanalmente. Normalmente os pacientes tem um quadro de depressão associados, é difícil de se levar, ainda
mais quando a infecção evolui para formas crônicas. Numa forma crônica as manifestações são ostoarticulares,
mas existem relatos de neurobrucelose, de abscesso esplênicos, abscessos hepáticos causados pro brucella. É
um quadro muito serio muito grave e altamente negligenciado e esta bastante relacionado com questões de
alimentos.

Ela começou a falar sobre a negligencia dos médicos, que no pré natal deveria ser feito sorologia para brucelose, mas
nenhum medico faz porque não há estatística suficiente que prove. Mas deve ser feito porque o leite contaminado é
uma fonte de infecção importante, os produtos de origem animal que não passam por nenhum tipo de tratamento
térmico ...essas pessoas que não são diagnosticadas passam.

 Temos diversas espécies Brucella abortus, melitensis e suis que são brucelas lisas. E a ovis e canis são rugosas,
ou seja com morfologias coloniais diferentes isso é importante porque a rota diagnostica vai ser diferente, todo
mundo que produz colônias lisas, a rotina diagnóstica é por aglutinação (soroaglutinação rápida em placa,
usando antígeno acidificado não tamponado; soroaglutinação lenta em paralelo com mercaptoetanol; e também
por fixação de complemento). Para as rugosas, elas não aglutinam então a característica desses antígenos para
teste é de formar precipitados, aqui temos linha de precipitação para diagnostico indireto mas é importante
entender que outras brucellas estão sendo identificadas é tem que ficar atento e sempre que tiver a suspeita de um
paciente que for possível a realização de uma cultura em um laboratório de referencia para entender o que circula.
 Todo mundo fala que a brucela melitensis é exótica no Brasil (não acontece no Brasil). Será q ela realmente não
ocorre, ou ela não é diagnosticada? Se tem como base um teste que identifica brucelas lisas e se eu sei que a
brucella abortus, melitensis e suis elas são semelhantes antigenicamente, basta que eu eleja uma. A brucella
canis é semelhante antigenicamente a brucella ovis, portanto basta que eleger um atigeno para testar, então não
significa que não aconteça muitas vezes não é diagnosticado.
 Tem outras brucelas como a brucella neotomae, ceti, pinnipedialis, microtti. É muito importante que a gente tem
brucelas que já foram isoladas de animais marinhos e que tem potencial zoonotico.
 Vamos chamar atenção pra isso a brucella abortus, melitensis e suis são as mais graves, mas a canis também tem
potencial zoonotico. Temos que nos preocupar com os cães que vão para reprodução para fazer o controle. Tem
que se esclarecer sobre as questões preventivas. Não adianta fazer o exame de um animal em um universo de
animais.
 Recentemente foram isoladas cepas de babuínos. Quer dizer vêm pouco em relação a contaminação dos
ambientes, contaminação de águas com esses efluentes todos originados das produções e a negligencia sanitária é
algo absurdo, sugiro que vocês pensem bem a respeito de como incluir isso na rotina de vocês.
 Por exemplo as lesões de matadouro são muito parecidas com micobacterioses de uma forma geral por isso que a
destinação de carcaça é a mesma.

 Temos por exemplo a B. melitensis quando ela infecta ela trás manifestações variadas, a maioria dos pacientes
apresentam sintomas gerais como: febre, mal estar, sudorese, linfadenopatia e hepatoesplenomegalia mas a
gente pode ter formas mais graves com sinais osteoarticulares não so em seres humanos como em animais
também, espondilite, artrite, osteomielite, glomerolunefrite, abscessos renais. As complicações graves elas
podem acontecer como a neurobrucelose, abscessos hepáticos e endocardites. Ninguém investiga, se o animal
tem uma alteração cardíaca ninguém pensa que tem q investigar, tem que olhar a boca, tem que fazer uma
varredura sistêmica. Nem sempre vai ter uma alteração de patologia clinica digna de nota. Lembrar que
enfermidades crônicas com essas característica normalmente é muito silenciosa.

 Bom alguns ruminantes domésticos e suínos depois de uma bacteremia o organismo ele tem um tropismo pela
placenta, depois pelo feto levando a necrose de carúncula e cotilédone e infecção fetal. Então pode ter uma
fêmea que foi infectada e ainda não teve infecção fetal e ela consegue levar a gestação ate o final e ter um produto
não infectado? PODE. E esse produto ser exposto e essa exposição resultar em infecção na hora do abortamento?
Sim, pode. Uma coisa é o produto não esta infectado e outra coisa é todo o resto vai estar contaminado então ele
vai passar e todos aqueles fluidos corpóreos (resto de placenta) tudo isso vai pro ambiente e pode estar
contaminado. Então ele pode não ter nascido infectado, mas ele ser exposto e isso resultar em infecção na hora
que o animal nasce, tudo isso podem acontecer. Pode também ter um produto que foi exposto e não foi infectado
também. Mas temos que tomar como regra que não vamos esperar, se tem o diagnostico de uma fêmea gestante a
primeira que vai morrer (eutanasiada) é ela, e é normalmente a fêmea gestante que os donos acabam escondendo
primeiro.
 Defesa sanitária é algo muito serio a forma de agir deveria ser adotada por todos os profissionais da área medica
porque trás agregado uma responsabilidade, não pode simplesmente negligenciar que o outro não tenha a
informação e que ele te contratou para controlar a situação e você não esclarecer pra ele que existe um risco
grande.

 A predileção pela placenta, pelo trato reprodutivo é atribuída em partea presença de alguns compostos que podem
favorecer o metabolismo. O erititol NÃO é um hormônio, os produtos da degradação do eritritol dos hormônios
esteróides e de outros progestagenos eles são importantes para o metabolismo das brucellas. O eritritol é um poli
álcool que serve como fonte de energia para as brucellas acontece que esse poli álcool ele esta presente
naturalmente nos tecidos osteoarticulares mamários e órgãos reprodutores femininos e masculinos
atingindo grandes concentrações no útero gravídico principalmente nos liquidos fetais, nos placentomas e nos
tecidos polialantoidiano.
 Vamos entender o que isso significa, se ele esta presente nos tecidos osteoarticulares naturalmente ele serve como
fator quimiotático nutricional para as brucellas, podendo ter manifestações osteoarticulares (artrite, bursite)
isso pode acontecer em machos e fêmeas de qualquer espécie.
 Nos casos de mastite, pode ter uma causa descendente que afeta normalmente mais de um quarto mamário.
 Em órgãos reprodutores masculinos e femininos, a partir da puberdade o metabolismo começa a se
intensificar, por isso que se tiver que vacinar fêmeas com vacina viva atenuada ate 8 meses de idade, não se
vacina os machos porque eles não abortam e o abortamento é a principal forma de eliminação de brucellas
para o ambiente.
 Outra coisa importante ela alcança grandes concentrações no útero gravídico, se tem o diagnostico de reatividade
numa sorologia para uma amostra de uma fêmea gestante, ela é a primeira a ser eutanasiada porque a liberação de
brucellas para o ambiente vai ser grande ao mesmo tempo. Se uma vaca aborta no piquete maternidade, todas as
outras vacas saudáveis devem ser retiradas. Após isso abre um buraco, joga Cal para delimitar a infecção, colocar
o bezerro dentro do buraco, incinerar, jogar Cal e tampar existem diversas medidas que são básicas de contenção.
 É muito importante raciocinar em cima das alterações, se eu quero coletar algum material pra fazer diagnostico
direto pode fazer uma punção estomacal do feto porque na ânsia da morte ele pode ter engolido e aspirado não
necessariamente ele estava infectado, pode coletar fragmentos de placentomas (pode fazer imprinting,
imunofluorescencia). Agora se a vaca não abortou, ou se a égua esta com o muco sujo, não esta com o muco
cristalino, quando relaxa a cervix é uma fonte de bactérias para contaminar o ambiente, a cada relaxamento de
cervix com eliminação de secreção que estava la dentro, tem um descarga imensa de bactérias que vai para o
ambiente. Tem que investigar! Tem que pedir varredura de sêmen para brucellose, não so para AIE e mormo.

 É importante lembrar que as brucellas não metabolizam diretamente o eritritol, então não é so ter o eritritol em
tal lugar que vamos conseguir utilizar com brucella. Ele usa o produto da degradação do eritritol, ele usa a
ERITROSE que é um AÇÚCAR SIMPLES RESULTANTE DO DESDOBRAMENTO DA ERITRULOSE
e para quebrar o eritritol em eritrose ele precisa de uma enzima D-eritrulose-1-fosfato de-hidrogenase (D-Ery).
É muito importante saber uma coisa, ela xxx* com todo mundo menos com a B19, então a B19 que a sigla vacinal
ela NÃO produz essa enzima que consegue converter eritritol em eritrose. Então teoricamente não vai conseguir
colonizar, mas vai porque ela consegue utilizar outros metabolitos tipo prostaglandinas, pode utilizar outras
substancias, o eritritol não é o único produto metabolito que ela corre atrás. Quando as pessoas falam: as
brucellas so vão pra la porque tem eritritol, não é bem assim!
*não consegui entender a palavra q ela disse
 A oferta do eritritol cresce na razão direta da evolução da gestação, então é inversamente proprocional,
quanto mais avançada a gestação MENOR o período de incubação porque ela consegue nutrientes para se
multiplicar mais rapidamente.
 O abortamento na brucelose não necessariamente vai ser no terço final da gestação, tem que saber em que fase
ela foi infectada, ela pode ter sido infectada durante o curso da gestação, tem fêmeas que levam a gestação ate
o final e não abortam porque acaba tendo uma infecção crônica, como ela é intracelular ela estimula
potentemente a resposta mediada por células, ai tem uma imunidade de base celular bastante relacionada
ao trato reprodutor, logo ela pode ate abortar uma primeira vez, mas é muito difícil de abortar nas próximas
vezes. Pode ter fêmeas que não abortam, pode. Por isso a relevância de na anamnese se perguntar dobre
abortamento, para todas as espécies. É mais importante perguntar se tem cria fraca, debilitada, se tem alguma
alteração nos filhotes.
 Essa informação sugere que outras substancias alem da eritrulose possa estimular a multiplicação das
brucellas potencializando a presença e provocando o abortamento.
 Produtos da degradação de hormônios esteróides sobre tudo o estradiol eles podem servir para cumprir
essa função. Então não necessariamente vai ser só o eritritol.

 AGENTE ETIOLÓGICO
 Espécies:
o Brucella abortus  bovinos e bubalinos
o B. melitensis  caprinos e ovinos
o B. suis  suínos
o B. ovis  ovinos
o B. canis  cães
o B. neotomae  roedores
 É um Cocobacilo Gram negativo, imóvel, morfologia colonial lisa ou rugosa, parasita intracelular
facultativo
 A brucella ovis ela NÃO é implicada como agente zoonotico ate então. Mas quando tiver um rebanho de ovinos,
tem que se pesquisar a brucella ovis, tem que ter o mesmo cuidado, utilizar luvas para coleta de material, observar
se tem outras espécies contactantes porque eles também podem ser infectados por outras espécies de brucellas.

 Um dos principais problemas que se tem em relação à exposição de indivíduos é através da manipulação da
vacina.
Pode fazer o curso em qualquer unidade da federação que é valido por todo território nacional. Quando você começa a
fazer o diagnostico você se expõe muito e mais do que isso, muitas propriedades pedem para vacinar os animais, tem
que se paramentar adequadamente para manipular uma vacina VIVA ATENUADA e com risco zoonotico
gravíssimo. Utilizar material de proteção individual, um macacão limpo, óculos de proteção sem ser vazado do
lado descartável, utilizar avental descartável, luva, mascara descartável tudo isso depois vai entrar no saco
branco leitoso para incinerar.

 Aqui no estado eles permitem que não veterinários vacinem os animais, isso é um absurdo. Se a gente já tem
problema com veterinário atuando que teoricamente ‘’sabem’’ o que estão fazendo.

 Temos a brucella abortus, melitensis e suis como brucellas lisas e a Brucella canis e ovis como rugosas. Essa
diferença se da em virtude de um prolongamento da cadeia O de polissacarídeos. A resultancia é que as
brucellas lisas tem rotina diagnosticas diferentes das rugosas.

 Resistência
 Então quando falamos de toda parte preventiva no ambiente, na própria legislação, no manual do programa tem
uma tabelinha. Vale chamar atenção se tem exsudato uterino no ambiente pode ter manutenção de brucellas
viáveis por ate 7 meses. Tem que levar em consideração pra onde água que lava o curral vai, quando for ordenhar
descartar os primeiros jatos.
 Dejetos a altas temperaturas 2-4 horas
 Luz solar direta 4-5 horas
 Solo seco 4 dias
 Solo úmido 66 dias
 (a baixas temperaturas) 5-6 meses
 Urina de bovinos 04 dias
 Fezes 4 meses
 Esgoto 8-240 / 700 dias
 Água potável até 4 meses
 Água poluída 1 a 5 meses
 Feto à sombra 6 meses
 Exsudato uterino 7 meses

 Alimentos
 Em relação aos alimentos quanto maior a concentração de gordura maior a crioproteção, então pode permanecer
contaminado por muito tempo mesmo sobre refrigeração ou ate mesmo congelamento. Para congelar sêmen,
utiliza um crioprotetor (glicerol) nesse caso é gordura, leite gordo porque que as brucelas estão quase sempre na
gordura? Na nata? Porque na nata, na micela de gordura se unem os anticorpos e também os antígenos quando eles
estão em suspensão, os antígenos vão em busca da crioproteção.
 Leite 17 dias
 Iogurte até 3 meses
 Manteiga até 4 meses
 Queijos até 6 meses
 Leite congelado > 2 anos

 Sensibilidade
Tem sensibilidade a desinfetantes variados.
o Cal (hidróxido de cálcio) 15%
o Soda cáustica 2% - 3%
o Hipoclorito de sódio 2,5% - funciona para laboratórios, da pra fazer descontaminação da roupa
o Hipoclorito de cálcio 2,5%
o Formol 5%
o Fenol 1%
 Calor: autoclavação, pasteurização e fervura sendo importantes como limitadores de crescimento.

 Vias de transmissão
 A via sexual é importante, mas vamos nos lembrar que quando a gente tem um sêmen sendo depositado na
cavidade vaginal, ou em qualquer outro lugar que tenha microbiota a chance de infecção é menor porque tem
competição direta pelos sítios. Mas quando o sêmen é depositado em um local em microbiota, como por exemplo
o útero tem uma probabilidade muito maior de infecção. Independente de ser deposito natural ou inseminação
artificial.
 Digestiva
 Quando se fala na via aerógena, como o individuo vai ser exposto numa via aerogena? Em seres humanos é
importante em fosso de ordenha, que é onde o individuo desce para ficar na altura e com isso fica uma circulação
de aerossóis muito grande devido a movimentação do leite.
 A via uterina é importante podendo ocorrer essa transmissão vertical. Mas quando se faz transferência de
embriões geralmente a coleta desse embrião acontece perto do 8 a 12 dia a dependendo da espécie. Com 8 dias
ainda não tem a infecção do embrião e com as sucessivas lavagens que tem soluções antibióticas geralmente eles
conseguem remover.
 Canal galactóforo
 Percutânea

 Via de eliminação
 A via respiratória através da eliminação de aerossóis e perdigotos.
 Via Geniturinaria através da urina, líquidos e anexos placentários. É interessante coletar a urina de qualquer
espécie e fazer o PCR. A urina é exelente para isolar, fazer caracterização de DNA.
 Na via digestiva através das fezes
 Via hemática – pacientes brucelicos eles NÃO podem doar sangue.
 Via mamária através do leite
 A secreção purulenta (cernelha) porque os eqüídeos manifestam muito o abscesso de cernelha por causa de
bursite supra espinhosa, humando também pode ter uma bursite supra espinhosa.

Acredito que essa parte agora é a patogenia, não sei por que ela não disse kkkkk e não tem no slide dizendo se é ou
não

Então normalmente tem a ingestão (trato alimentar) ou contato direto (pele, conjuntiva, úbere) ou inseminação
artificial (trato urogenital) ou inalação (trato respiratório), enfim a exposição do individuo normalmente na
primeira semana tem uma colonização bem breve na porta de entrada com drenagem e acometimento de
linfonodo regional e a partir dai uma bacteremia, geralmente esse quadro ele é relativamente brando, em seres
humanos na fase aguda cursa como quadros gripais são sinais absolutamente inespecíficos. Ao ponto em que se
implanta no trato reprodutivo e esse período de incubação pode variar de semanas a meses. O que influencia é a
concetração do inoculo, a qualidade da cepa, a virulência da cepa e a capacidade de resposta do individuo e aqui ainda
se soma um fator nesse período de incubação que é a gestação, porque quando tem fêmea gestante tem uma
intensificação do metabolismo e tem muito mais disponibilização de nutrientes para multiplicação logo o
período de incubação tende a ser curto, é muito importante que se observe isso.
O período mínimo de intervalo entre teste é de 30 dias. Vamos supor que o teste prioriza a detecção de igG então se
tiver um evento agudo tipo um abortamento. Por exemplo uma cadela abortou, essa cadela pode ter abortado por
alterações hemodinâmicas importantes ou por infecção fetal, pode ter uma infecção com abortamento de forma aguda?
Pode! Então não necessariamente o teste que prioriza a detecção de igG vai conseguir diagnosticar.
.... voltando: então podemos ter em útero, placenta e feto uma endometrite e placentite aguda e evoluir para uma
metrite crônica, abortamento, retenção de placenta, esterilidade ou fertilidade reduzida.
Pode ter na vesícula seminal uma vesiculite levando a formação de abscessos.
No testículo e epidídimo poder ter uma orquite, epididimite e como conseqüência enduração, esterilidade, ou
fertilidade reduzida. Todo macho vai ter uma orquite e epididimite? Não necessariamente.
No úbere pode ter formação de granulomas na glândula mamária; leite contaminado

Então, no placentoma tem a carúncula e o cotilédone placentário e puder priorizar ao invés de enviar o placentoma
todo é melhor coletar o cotilédone que é o melhor material para a gente tentar o isolamento.

Comentando as fotos do slide: pode chegar a uma necrose de placentoma, não necessariamente vai ter, pode ser uma
placentite e chegar a necrose.

 Sinais e sintomas clinicos


 Bovinos
 Aborto no terço final da gestação (7 a 8m) – isso não deve ser levado como uma máxima porque pode
ocorrer abortamento em qualquer fase gestacional, então quando se tem sinalização do aumento de intervalo
entre partos tem que pensar em brucella, quando tem abortamento em outras fases da gestação tem que pensar
em brucella. O abortamendo acontece de 24 a 72h após a morte fetal.
 Orquite
 Epididimite
 Infertilidade transitória ou permanente em ambos os sexos.

Fotos: retenção de placenta que é relativamente comum, abortamento, mumificação fetal e maceração fetal também
podem acontecer. A secreção vaginal tem uma propagação do agente muito grande nos ambientes. A mastite
brucelica mas essas lesões são bem próximas as lesões por mycobacterium de uma forma geral. Orquite que pode ser
uni ou bilateral. A orquite brucelica é mais avançada, lembrar que no matadouro as lesões não se destinguem de lesões
por mycobacterium logo a destinação é a mesma, descarta-se o órgão, se tem lesão em mais de um órgão ai é
condenação total da carcaça.
Pode ter indivíduos positivos mas que não tem lesões visíveis, jamais fazer necropsia a campo desses animais
positivos ou reagentes em prova sorológica para brucella porque as lesões são de caráter crônico, não necessariamente
por não ter a lesão que o animal não esta infectado.
Outro achado é a espondilite uma proliferação óssea na vértebra lombar acaba pinçando o nervo e é clássico ter a
observação de uma imagem compatível com espondilite em outros animais em outras espécies, lembrar que não so
tem sinais osteoarticulares em eqüídeos e seres humanos. Eles são mais relatados em eqüídeos e seres humanos porque
relata-se uma menor concentração de eritirtol e outros autores falam que eqüídeos e seres humanos não produzem
eritritol, mas o fato é que uma egua pode abortar por brucella mesmo não produzindo eritritol porque existem outras
substancias como as prostaglandinas que funcionam como arcabouço nutricional para as brucellas.

 Diagnostico
 Métodos diretos: isolamento e identificação; imunohistoquímica, PCR
 Métodos indiretos ou Sorológicos: fácil execução e interpretação; Rapidez na obtenção dos resultados;
Baixo custo; Maioria das provas padronizadas internacionalmente.

Materiais
 linfonodos (parotídeo, pré-escapular, bronquial, ilíaco interno, supra-mamário), baço
 LEITE; SANGUE; SÊMEN; URINA; SECREÇÃO CERVICO-VAGINAL; PLACENTA(cotilédone)
 Soro-5-10 mL não hemolisado, congelado, identificado
 Sêmen- 1 mL
 Aborto (conteúdo estomacal)

 Diagnostico
 Coco-bacilos Gram negativos, sem cápsula, imóveis e não esporulados
 Desvantagens:
 crescimento lento (3 semanas)
 Contaminação da amostra

 PCR
Vantagens: muito sensível e específico, pode diferenciar entre espécies e subespécies, rápido em relação ao
isolamento padrão.
Desvantagens: Necessidade de recursos para sua implantação, Mão de obra especializada

 Teste de triagem diagnóstica


o Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT)
o Teste confirmatório de diagnóstico
o Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME)
o (2-Mercaptoetanol + Soroaglutinação Lenta)

 Teste de referência e para trânsito internacional


o Teste de Fixação de Complemento
o Teste para vigilância epidemiológica
o Teste do Anel em Leite (“Ring Test”)

 Vacinação
 Amostra B19
o Amostra viva atenuada
o Animais: Fêmeas entre 3 e 8 meses
o Indução de anticorpos aglutinantes
o Machos não podem ser vacinados
o Marcação no lado esquerdo da face*

 Amostra RB51
o Amostra viva atenuada
o vacina não indutora da formação de anticorpos aglutinantes
o Fêmeas com idade superior a 8 (oito) meses e que não foram vacinadas com a amostra B19 entre 3 e 8 meses
de idade; ou
o Adultas, não reagentes aos testes diagnósticos, em estabelecimentos de criação com focos de brucelose
o É proibida a utilização: bovinos machos de qualquer idade, fêmeas até oito meses de idade e fêmeas
gestantes

 Controle e profilaxia
 Animais submetidos aos testes
o Fêmeas vacinadas com B19 (3 a 8 meses) a partir de 24 meses de idade
o Fêmeas não vacinadas  a partir de 8 meses de idade
o Machos  a partir dos 8 meses de idade.

Material: soro sanguíneo, plasma sanguíneo


 Animais negativos serão liberados
 Positivo  2-Mercaptoetanol (prova confirmatória)
o realizado pelo Laboratório Credenciado pelo MAPA
 Animais positivos serão marcados a ferro candente  “P” círculo de 8 cm do lado direito da cara;
 Entrar em quarentena  eutanasiados em um prazo máximo de 30 dias.
 Eutanásia  Médico Veterinário credenciado  representante do órgão local responsável pela defesa sanitária.

 Controle
PROPRIEDADE:
 Medidas específicas
o Vacinação
o Monitoramento sorológico
o Eutanasia progressiva dos reatores
o Quarentena
o Manejo do rebanho (biossegurança)
 Medidas inespecíficas
o Trânsito dos animais
o Controle de outras espécies
o Higiênico-sanitárias

 Medidas higiênico sanitárias
 Educação sanitária
 Desinfecção das instalações e destruição de restos placentários, fetos abortados e secreções
 Piquetes maternidade
 Quarentena de animais introduzidos no rebanho
 Exame de saúde das pessoas envolvidas

 POTENCIAIS FI PARA REBANHOS LIVRES


 Portadores sorologicamente negativos
 Outras espécies
 Animais infectados com outras espécies de Brucella
 Animais de áreas vizinhas
 Animais introduzidos de outras áreas
 Uso de produtos de origem animal contaminado

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