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2 Justificativa
Quando a internet se transformou em parte da vida dos civis, os celulares e
sobretudo os Smartphones se tornaram não só acessíveis, mas essenciais na vida das
pessoas, inumeras questões intrínsecas da internet, como a transnacionalidade da rede e a
difusão de informações passaram a ser levantadas.
Com o fluxo de informações atingindo parâmetros jamais vistos na história, a
segurança do que é privado ao indivíduo fica cada vez mais ameaçada, computadores
podem ser invadidos, dados podem ser tratados de maneira errônea e etc. Exatamente
por isso, direito fundamental à privacidade fica em evidência por conta dessas conexões
com o mundo digital.
Porém dentro desse pacote “internet e smartphone” vem incluso os aplicativos –
Pois sem eles, como é possível navegar na internet? E não só navegar, mas realizar
diversas atividades, como pedir comida, viagem, jogar sozinho ou com mais pessoas.
São inúmeras possibilidades, e todos os aplicativos (principalmento os gratuítos)
conseguem monetizar com os dados do usuário, seja coleta e análise ou propagandas
direcionadas, por exemplo.
Cada vez que o usuário instala um aplicativo, há uma lista de permissões que ele
deve aceitar para poder usufruir do mesmo. Infelizmente, as permissões são complexas e
nem sempre é fácil entender o que significam ou porque o aplicativo as exigem,
principalmente para o usuário comum. As permissões geralmente são relacionadas à
funcionalidade do aplicativo, como um app de edição de fotos precisam da permissão de
acesso à galeria do celular. Existem também as permissões de coleta e uso de dados,
geralmente acompanhadas de um texto, que o usuário obviamente não lê e aceita.
O que acontece quando a coleta, uso e propagação de dados pessoais é
teoricamente legal, mas indesejável? No documentário da Netflix “The Great Hack”,
analisa a empresa de dados Cambridge Analytica e como os dados coletados,
principalmente através de redes sociais, estavam sendo usados nas eleições para
persuadir os eleitores na hora de votar. Outro exemplo, mais presente no cotidiano do
brasileiro: o usuário instala um aplicativo de aluguel apartamentos, e em seguida passa a
ser bombardeado com ligações de corretoras de imóveis, não só em seu telefone celular
mas também no residencial, ou seja, outro número associado ao nome e CPF.
3 Hipóteses
Com as questões pertinentes ao funcionamento da internet e à disseminação de
informação, combinadas com o direito fundamental à privacidade, tornam-se evidentes
os obstáculos que o Estado enfrenta na tentativa de manter a sua tutela jurisdicional no
âmbito digital, seja pela dificuldade no rastreamento dos indivíduos que violam o direito
à privacidade, seja pelo caráter transnacional da internet, seja pela elevada velocidade de
difusão da informação com a sua característica quase irreversível: quando a informação é
incorporada à internet dificilmente será excluída.
Marcel Leonardi (2011, p. 39) comenta sobre o assunto no artigo “Tutela e Privacidade”:
“ A Internet não exige apenas novas soluções jurídicas para os novos problemas; ela também afeta a maneira como os
problemas e as soluções jurídicas devem ser analisados. Ao romper com os paradigmas jurídicos tradicionais e
desafiar os mecanismos convencionais de tutela, a Rede representa um dos principais objetos de estudo dos
4 Metodologia da Pesquisa
O que podemos analisar nessa situação é que os provedores de aplicativos se
adaptaram á LGPD de uma maneira simplória que impede o usuário de usufruir a
aplicação sem que ele concorde com o que está sendo proposto. Para investigar sobre essa
problemática, que não exatamente é benéfica ao usuário, proponho o estudo de
permissões abusivas em aplicações, como o exemplo mais famoso de aplicativos de
lanterna que pedem acesso à lista de contatos.
5 Referencia Bibliográfica
2021.
LEMOS, Ronaldo. Direito, Tecnologia e Cultura. São Paulo: FGV, 2005. Disponível
em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2190/Ronaldo
%20Lemos%20%20Direito%20Tecnologia%20e%20Cultura.pdf?
MANN, Dillon. Marco Civil: Statement of Support from Sir Tim Berners-Lee.
Disponível em:
<https://webfoundation.org/2014/03/marco-civil-statement-of-support-from-sir-tim-
<https://www.theguardian.com/technology/2017/oct/30/facebookrussia-fake-accounts-