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Máquinas de Fluxo 2019 / 2

Prof. Paulo Vettore


Máquinas de Fluxo e Tubulações

Datas das Avaliações:

AV1 : 01 de Outubro

AV2 : 10 de Dezembro

AV3 : 17 de Dezembro

Avaliações adicionais acontecerão no decorrer do curso

Nenhum tipo de consulta é permitido


Nas Avaliações de Máquinas de Fluxo e Tubulações ...
Proibido qualquer tipo de calculadora alfanumérica
Nas Avaliações de Máquinas de Fluxo, é terminantemente
proibido o uso de celulares
Conteúdo das Avaliações:

(no caso de Máquinas de Fluxo será acumulativo)


Frequência...
A frequência às atividades do Curso é obrigatória na
forma da lei, permitida somente aos alunos matriculados.
Frequência 75 % de Frequência para aprovação.

Chamadas: durante as aulas


Alguns livros disponíveis em nossa
Biblioteca....
Seminários:
- Os seminários ocorrerão nos dias letivos

- Serão avaliados durante a apresentação

- Ao final de cada apresentação será realizada


avaliação sobre o conteúdo do seminário. Prestem
atenção !

- Serão realizadas perguntas aleatórias sobre o


tema aos alunos. Fiquem atentos !

- A Nota referente aos Seminários e as avaliações


sobre o tema apresentado, poderá representar até
0,1 ponto na média final
Seminários:

No dia das apresentações deverão ser entregues as


cópias impressas dos trabalhos, antes das
apresentações.

Ao final das apresentações poderá ocorrer uma


avaliação sobre o conteúdo apresentado no
seminário
Temas dos Seminários:
data Grupo Seminário
13/ago 1 Válvulas, tipos aplicações, funcionamento. Materiais e finalidades
20/ago Bombas centrífugas: seus tipos de rotores . Suas aplicações, vantagens e
2
desvantagens;
27/ago Transporte Pneumático. Aplicações, tipos de equipamentos e acessórios
3
necessários
03/set Associação de Bombas (Série e Paralelo). Vantagens desvantagens . Cuidados
4
deste tipo de instalação
17/set
5 Sistemas de vedação de eixos (gaxetas e Selos mecânicos)

Bombas de Cavidades Progressivas. Aplicações, comparações com as


24/Set 6
centrífugas
Turbinas Hidráulicas. Tipos, características. Tipos usados nas 5 principais
08/out 7
hidroeletricas do pais. Tipos usados em 5 PCH´s (preferencialmente de SC)

22/out ensaios não destrutivos em soldas de tubulações : Raio X, Líquido penetrante,


8
Partículas magneticas. Aplicações, vantagens , desvantagens.
29/out
9 Compressores de ar / gases: Tipos, características e aplicações
5/nov Teoria monodimensional e semelhança de bombas centrífugas (exemplos de
10
aplicações)
12/nov
11 Ventiladores: tipos, aplicações , características

19/Nov 12 Bombas de fusos: tipos, funcionamento , aplicações


Obs.

O Calendário dos seminários poderá sofrer


alterações , avisadas antecipadamente, além da
inclusão de novos temas para os alunos que não
estiveram presentes no primeiro dia de aula , quando
forma formados os grupos.
Seminários:

No dia das apresentações deverão ser entregues as


cópias impressas dos trabalhos, antes das
apresentações.

Ao final das apresentações poderá ocorrer uma


avaliação sobre o conteúdo apresentado no
seminário
Máquinas de Fluxo e Tubulações

Qual a função de uma Máquina de


Fluxo (Bomba) ?
Máquinas de Fluxo e Tubulações

Bombeamento ou recalque é a operação


destinada a fornecer energia hidráulica
ao líquido, a partir de uma fonte externa
de energia, com a finalidade específica
de promover o seu deslocamento.
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A energia hidráulica compreende três parcelas:

• 1 – Energia potencial ou de posição;


• 2 – Energia cinética ou de velocidade;
• 3 – Energia de pressão.
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Geralmente nos sistemas de abastecimento de


água o recalque tem o objetivo final de conduzir o
líquido para um ponto mais elevado ou, em outras
palavras,objetiva-se aumentar a sua energia de
posição.
Em determinados casos, o bombeamento visa
principalmente aumentar a energia de pressão. Por
exemplo, em adutoras com perfil topográfico
aproximadamente horizontal utilizam-se bombas a
fim de fornecer energia de pressão capaz de vencer
as forças de resistência ao escoamento.
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BOMBAS

São máquinas operatrizes hidráulicas que conferem energia ao líquido, com a


finalidade de transportá-lo de um ponto para outro. Essas bombas recebem
energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte desta energia ao fluído sob
a forma de energia de pressão, cinética ou ambas.
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.... Algumas definições....


.... Fazendo um FlashBack...

Sólido
Fluido Peso Específico
Massa Específica Densidade
Volume Específico Viscosidade
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Fluído :
Denomina-se fluído à toda substância que esteja no estado líquido ou
gasoso, independente do seu estado anterior. Um fluido é uma substancia
que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de
cisalhamento por menor que seja a tensão.

Sólido:
Substância que quando submetido a ação de uma tensão de
cisalhamento experimenta uma deformação reversível até que o seu
limite de elasticidade seja atingido. Após isso a deformação se torna
irreversível
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Peso específico :
Peso específico de uma substância é a relação entre seu peso e seu volume,
sendo expresso por: tf / m3; Kgf/l; gf/cm3, lbf/ft3, etc.

Massa específica :
Massa específica de uma substância é a relação entre sua
massa e seu volume, sendo expresso por: t / m3; Kg/l; g/cm3, lb/ft3, etc.

Densidade :
de uma substância é a relação entre seu peso específico (ou massa específica)
de uma substância tomada como referência nas mesmas unidades de medida.
Normalmente utiliza-se a água como referência. A densidade, sendo uma
relação de grandeza de mesmas unidades de medida, é admensional, isto é, a
densidade independe do sistema de unidade. Assim, a densidade de uma
substância é a mesma tanto no sistema métrico quanto no sistema inglês, por
exemplo.
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Volume específico :
de uma substância é a relação entre seu volume e seu peso (ou massa), sendo,
portanto o inverso de seu peso específico (ou massa específica). O volume
específico é expresso por: m3/ft; m3/t; l/KgF; l/Kg; ft3/lbF; FT3/lb, etc.

Viscosidade :
é a resistência oposta ao seu próprio escoamento. A unidade mais
freqüentemente empregada na definição da viscosidade dinâmica é o
centipoise que corresponde ao escoamento de um grama de material por
centímetro, por segundo, entre duas placas paralelas.
1 cp = 1 g/cm x s
Também é comum, no estudo de bombas, utilizar-se a viscosidade
cinemática
denominada de centistoke, que é a relação entre viscosidade dinâmica e a
massa
específica da substância considerada.
1 cs = [viscosidade dinâmica] / [massa específica] = 1 cm2 /s
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Com a evolução dos processos industriais, e a crescente demanda por água,


acompanhada pela sua escassez (distâncias cada vez maiores e
obrigatoriedade de reaproveitamento da água de processo), há necessidade
de projetar instalações que possam proporcionar fornecimento de água com
maior rapidez e eficiência.

Sendo assim, a presença de bombas hidráulicas num projeto de


abastecimento de água para plantas industriais, é de suma importância, e o
conhecimento das partes fundamentais ao seu bom funcionamento merece a
devida atenção e cuidado.

Ao projetar uma linha de tubulações, esta deve ser dimensionada de acordo


com as exigências do serviço a ser executado, uma vez que cada caso em
particular exige um dimensionamento adequado.
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Classificação de Máquinas Hidráulicas


(ênfase em Bombas)

- Máquinas Motrizes
- Máquinas Mistas
- Máquinas Geratrizes
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Máquinas Motrizes
São máquinas que transformam energia
hidráulica em trabalho mecânico.

Expl: Rodas dágua, turbinas


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Rodas Dágua.
São as máquinas motrizes mais antigas , já
sendo utilizadas desde 100 a.C. e as turbinas
hidráulicas desde 1827, ano que Benoit
Fourneyron, Eng. Francês , projetou, construiu e
instalou a primeira turbuna de uso industrial no
mundo, com potencia útil de 6 CV´s e um
rendimento de 80 %
No Brasil a primeira turbina instalada foi a de
Juiz de Fora em 1889 com duas unidades
gerando 250kW. Foi também a primeira da
America do Sul
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Aproveitando o desnível entre dois níveis


de água, as turbinas transformam a
energia hidráulica em mecânica , que
através de um eixo do rotor da turbina ,
aciona o rotor de um gerador.
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Principais tipos de turbinas:

Pelton:
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Francis
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Kaplan
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Classificação de Máquinas Hidráulicas


(ênfase em Bombas)

- Máquinas Motrizes (turbinas)


- Máquinas Mistas
- Máquinas Geratrizes (bombas)
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Máquinas Mistas

São máquinas que transformam energia


hidráulica em energia hidráulica, ou seja,
fornecem energia hidráulica ao serem
acionadas pelo mesmo tipo de energia
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Carneiro Hidráulico ou Ariete Hidráulico


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Ariete
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Animação Carneiro hidráulico

Animação ram pump


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• Em hidráulica golpe de aríete é uma sobrepressão que ocorre em um
líquido em escoamento, quando, por qualquer razão, a descarga é
submetida a uma repentina variação, por exemplo causada um fechamento
rápido por uma repentina falta de energia. A sobrepressão se transmite
através do próprio líquido, atingindo às paredes do encanamento e aos
equipamentos a ele ligado. O nome decorre do intermitente e característico
barulho proveniente de seu desenvolvimento.

Descrição do funcionamento
• O carneiro hidráulico consta de um pequeno reservatório, que é uma
câmara na qual existe uma abertura na parte inferior que pode ser vedada
por uma válvula, convenientemente equilibrada por pequenos pesos,
compondo o chamado castelo, e uma câmara de ar/água, que contém um
volume de ar destinado a amortecer a onda de choque, absorver a energia
da água e restituí-la.
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• Em trabalho a água enche o reservatório e começa a sair pelos


orifícios próximos a parte superior, com descarga e velocidade
crescentes. A válvula permanece aberta pela ação de seu peso, até
que "o vazamento" atinge seu valor máximo e a válvula é arrastada
bruscamente para cima, interrompendo o escoamento e gerando o
"golpe", ou seja, uma sobrepressão ao longo do corpo do carneiro,
provocando a abertura da válvula da câmara de ar. Assim.
pressionada pela vazão descendente de montante, a água escapa
para a câmara de ar e, conseqüentemente, sai pelo tubo de
recalque, com uma descarga "q". O alívio do golpe faz com que as
pressões no interior das câmaras se tornem iguais. A válvula da
câmara de ar se fecha e a água volta a escoar pelos orifícios do
corpo do carneiro, pois as válvulas voltam a posição de repouso
pela ação do seu próprio peso. E assim sucessivamente o ciclo é
repetido tendo como único consumo dispendido a vazão perdida
através do furos da câmara menor que origina o golpe.
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• Capacidade
- A descarga "q" fornecida pelo carneiro depende da vazão de montante "Q" e
também do desnível geométrico Hs.
A altura H ( = Hr - Hs ) a que se pretende elevar a água influi igualmente sobre
o valor do rendimento "e ".
Em todos o casos, a tubulação adutora da captação ao carneiro deverá ter
pelo menos 5 m de comprimento. A capacidade do carneiro, isto é, a descarga
efetiva q, é calculada pela expressão

q=e.Q.B/H
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• sendo e o rendimento hidráulico do carneiro, e que


depende da relação entre Hs e a altura total de
recalque Hr . Esse rendimento pode chegar a 80%
segundo tabelas de certos fabricantes, podendo-se para
efeito de estudos acadêmicas utilizar-se a seguinte
tabela:
• Relação Hs / Hr Rendimento “e”
1/2 0,80
1/3 0,75
1/4 0,70
1/5 0,65
1/6 0,60
1/7 0,55
1/8 0,50
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• Exemplo
Para obter uma vazão de água 10 litros por minuto e elevação de
10 m, com uma queda de 2 m, de acordo com a tabela acima, para
uma relação de 1:5 tem-se e = 0,65, entre queda e elevação, a
descarga de sucção teria de ser da ordem de Q = 10 / (0,65 x 1/5) =
77 l/minuto.
• Observações finais
• A despeito da simplicidade operacional e do tipo de energia
requerido, havará sempre o desperdício de água durante seu
funcionamento. Além de requerer certas condições topográficas
locais favoráveis à sua instalação, esse volume de água dispendido
pode ser bastante significativo e inviabilizar o emprego desse tipo
de equipamento onde a água não for abundante e a altura de
recalque for consideravelmente maior em relação a "altura de
sucção".
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Exemplos de Bombas de Deslocamento Positivo - Alternativas

Esquema de
Esquema de
Bomba de Pistão
Bomba Diafragma
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As bombas hidráulicas de pistões axiais são


bombas de altíssimo rendimento, podendo operar
com pressões muito altas (até 420 BAR ).

Aplicadas tanto em máquinas industriais tais como


prensas, e máquinas rodoviárias tais como tratores,
escavadeiras rolos compactadores, betoneiras e
etc.

Equipamentos robustos, que usa o próprio fluido


bombeado como lubrificante.

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