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AR Y QUINTELL

(Professor Catedrático do Colégio Militar)

Figuras do texto

Prof. Dr.

Capa
Paulo Ferreira

do arquiteto
:
MATEMÁTICA
i
para o
Hugo Ribeiro
PRIMEIRO ANO COLEGIAL

i . Com: ••

I _ 746 exercícios incluindo várias questões propostas


de Enge-
nos Concursos de Habilitação das Escolas
Química das Universi-
nharia, Arquitetura, Filosofia e
dades do Brasil, Católica, da Guanabara, de São Paulo,

de Minas Gerais, do Paraná e do Estado


do Rio.
XI _Urna tábua de logaritmos a 4 decimais, fora

do texto:
I

! 19. a edição

Exemplar 12538

COMPANHIA EDITORA NACIONAL


SÃ O PAULO
DO AUTOR índice geral
Curso Ginasial:
1) Matemática, Primeira Série Ginasial.
Matemática, Segunda Série Ginasial.
2)
Unidade I: Progressões
Terceira Série Ginasial.
3) Matemática,
4) Matemática,
Quarta Série Ginasial. II) Progressões geométricas
I) Progressões aritméticas 95
““
15 11. Definições
Curso Colegial: Definições
1. 12. Notação
5) Segundo Ano. Notações Diversos tipos de progres-
2. 13.
Terceiro Ano. de pro-
6)
3. Diversos tipos
[(exgotados). gressão 14. Têrmo geral
Curso Comercial Básico: geral 28
4. Termo geral
10. 15. Fórmula do têrmo
Prática, Primeiro Ano.
7) Aritmética geral a Problemas
Segundo Ano. 5. Fórmula do têrmo 16.
8) Matemática, 17. Propriedades das progres-
Álgebra Elementar, Terceiro
Ano. 6. Problemas
9) sões „
7. Propriedades das progres- áó
18. Produto dos têrmos
Coleção Madureza (Art. 91) sões 44
22 19. Soma dos têrmos
10) Guia de Matemática. 8. Soma dos têrmos Problemas 4/
" 20.
9. Problemas óo
21. Interpolação
Curso Primário e Admissão: Interpolação
Newton 0’Reilly):
(Em colaboração com o prof.

Aritmética, Admissão e
exponenciais
11) Exercícios de
Quinta Série Primária. Unidade II: Logaritmos. Equações
Operações com logaritmos 60
gerais 11.
Concursos de Habilitaçao. Conceito. Propriedades 63
Alves):
I) j

12. Tábuas de logaritmos... „


(Em colaboração com o prof. Vitalino 47
Superiores.
1. Definições 13. Achar o logaritmo de um
12) Questões de
Concurso nas Escolas logaritmos. 49
2. Sistemas de número.
.

logaritmos. 50 65
Curso Normal: 3. Variação dos 14. Achar o antilogarítmo . . .

Francisco Junqueira). operatórias 51 66


(Em colaboração com o prof. 4. Propriedades 15. Cálculo de expressões. . .

53 67
Matemática (Conquista). 5. Característica e mantissa 16. Mudança de base
13) Exercícios de
53
Cologarítmo
6.
III) Equações exponenciais
7 Regra para o cálculo do 72
'k
logaritmo de um monô- 17. Definição
x
54 da equação a —b. 72
18. Resolução
«ei r
Logaritmos decimais 19. Exponencial de segunda
II) 7
EDIÇÕES DA ordem
5o
Equação aopx -yhee +c=0
Propriedades 74
COMPANHIA EDITORA NACIONAL
8. 20.
Logaritmo preparado.... 58 3_s = b 7b
- São Paulo SP 9 .
21. Equação a I+1 - a
Rua dos Gusmões, 639 2,
59
10. Regra para achar o colo-
22. índices incógnitos
75
garítmo

f
?
8
9

Unidade III: Retas


planos ; superfíciese
e poliedros em geral;
corpos redondos usuais;
9.
definições e propriedades; áreas e volumes.
Capítulo IV: PIRÂMIDES; TRONCOS
Capítulo I : RETA E PLANO. DIEDROS I) Pirâmide II) Troncos
I) Reta e plano IV) Diedros. Planos
1. Definições 151 Trdfico de pirâmide 161
1. Plano 79 perpendiculares 10. Ârea lateral do tronco de
2. Postulados do plano. ... 79
2. Elementos da pirâmide. 151
14. Definições 99 pirâmide 162
3. Determinação do plano. 80 3. Classificação 152
15. Soma de diedros 100 11. Ârea total do tronco de
4. Posições relativas de duas Pirâmide regular.
16. Propriedades dos diedros 101
4. Rela- pirâmide 162
retas 81 17. Aplicações 102 ções métricas 152 12. Volume do tronco de pirâ-
5. Posições relativas de uma
18. Planos perpendiculares..104 Propriedades mide 162
reta e um plano 82
5. 153
19. Teoremas 104 13. Troncos de prisma 165
6. Posições relativas de dois 6. Ãreas 155 14. Ârea lateral do tronco de
20. Projeções 107
10. planos 82 Volume
.
21. Ângulo de reta e plano 108
7. 156 prisma 165
22. Distância de duas retas 108 8. Aplicações 160 15. Ârea total 166
II) Paralelismo de retas 16. Volume do tronco de prisma 166
e planos
7. Retas paralelas
V) Ângulos sólidos. Triedros
83
8. Reta e planos paralelos. 85 23. Definições 109 Capítulo V: SUPERFÍCIES
9. Planos paralelos 87 24. Triedros 110
Ângulo de duas retas... 91 1. Linha 175 5. Superfícies retilíneas.... 177
25. Triedros simétricos e su- 2. Superfície 175 6. Superfícies de revolução 178
III) Reta e plano 9.
plementares 111 3. Família de superfícies... 176
perpendiculares 26. Propriedades dos ângulos 4. Classificação das super- 7. Exemplos de superfícies de

11. Definições sólidos 112 fícies 176 revolução 179


92
12. Teoremas 92 27. Aplicação 115
13. Aplicações 98 28. Congruência de triedros 116
Capítulo VI CILINDRO
Capítulo II POLIEDROS
1. Definições 181 7. Cilindros semelhantes... 183
I) Generalidades II) Poliedros regulares
2. Propriedades do cilindro 182 8. Relações entre as áreas e
1. Definições 123 4. Teorema fundamental 127 3. Área lateral. Ârea total. os volumes dos cilindros
2. Classificação 123 5. Elementos dos poliedros Volume 182 semelhantes ... .. 184
3. Propriedades — Teorema
regulares 129
6. Área dos poliedros regulares 130
4. Secção meridiana
Cilindro equilátero
183 9. Tronco de cilindro 184
; 5. 183 10. Desenvolvimento da su-
de Euler 124 7. Poliedros conjugados 131 6. Semi-eilindro 183 perfície lateral 186
Capítulo III : PRISMAS
1. Superfície prismática
133 Propriedades dos parale-
2. Propriedade 133 lepípedos 135
Capítulo VII CONE
3. Secção reta 134 1. Definições 189 6. Relações entre áreas e
4. Prisma 134 10. Propriedade do paralele-
2. Propriedades do cone .... 190 volumes de cones seme-
5. Elementos dos prismas.. 134 pípedo retângulo 136 3. Ârea lateral. Ârea total. lhantes 192
6. Classificação dos prismas 134
11. Ârea dos prismas 137
Volume 191 7. Troncos de cone 193
7. Paralelepípedos 134 4. Cone equilátero 191 8. Desenvolvimento da su-
8. Congruência dos prismas 135 12. Volume dos prismas.... 138 5. Cones semelhantes. ... 192 perfície lateral 194
11

10
9.
1)
Capítulo VIII ESFERA ÍNDICE DOS EXERCÍCIOS
211
Área da zona esférica. .
39
Generalidades
da calota......... 212 Progressões aritméticas e
geomeiu^ .

10. Área 1. 69
1.
2.
Definições
Propriedades .

203
. . .
• •
^ 11. Área da superfície
12. Fuso esférico
esférica 212
2*3
Equações exponenciais
...
... 54,
.... 76
3. Polos. Distância polar. 3. 119
Triedius.
Diedios. •

Posições da peta em rela-


. .

esfera e de 4. Reta e plano. .... 131


4.
205 III) Volume da de Euler. Poliedros regulares....
ção à esfera suas partes 5. Poliedros. Teorema 146
5. Superfície cônica e cone
20o 214 .... 163
circunscritos... 13. Teorema fundamental...
.•

Superfície cilíndrica e gerado 186


6.
lindro circunscritos — ci-
20o
14. Aplicação: Volume
por um setor poligonal *.10
....
.... 195
15. Volume do setor esférico 217
II) Área da superfície esférica 218 223
e de suas partes 16. Volume da esfera.......
cunha esférica 210 262
17. Volume da
7. Teorema fundamental.. 207 18. Anel esférico
21 11. Secções comeas
Aplicação: Superfície Ge- 220
8. 19. Segmento esférico
rada por uma poligonal
regular 210

Unidade V: Secções cônicas


Comprimento dos eixos.
16.
Elipse
I) Hipérbole eqüilátera.. 240
229 entre os
1. Definições 17. Relação métrica
Traçado da elipse 2 óu eixos e a distância focal
24o
2.
Eixos de simetria. Cefitro Excentricidade. Variação 246
3. 18.
231 da hipérbole 24 i
de simetria 19. Propriedade
Comprimento dos eixos. 243
4 20 Tangentes à hipérbole..
233 de tangentes à
Vértices 21. Traçado
Relações entre os eixos e hipérbole 250
5
233
a distância focal 22. Assintotas

"jR
_•••• 23 25-,
6. Excentricidade 23. Hipérboles conjugadas...
relação a
7 O ponto em
elipse
235 III) Parábola
da elipse. 230
8. Círculos .
••••
24. Definições
Propriedades da elipse.. 23/
9. Traçado da parábola.... 200
25.
tangentes à
10. Traçado de 26. A parábola como lugar
elipse geométrico 2o4
255
Hipérbole 27. Eixo de simetria. Vértice
Tangentes à parábola... 25b
II)
28.
241
11. Definições 29. Traçado de tangentes à
existência da 25/
12. Condição de parábola
242
curva
hipérbole 242
13. Traçado da IV) Secções cônicas
. . .

em relação à hi-
14 O .
ponto
pérbole •••••’ 244 258
30. Definições.
15.Eixos de simetria. Centro |

31. Teorema de Dandehn... 2ob


24o
de simetria. Vértices. i
MATEMÁTICA

I
/"VrVi '
r^J

i~^ f*+* • * "^ '

ÜN IDADE 1

Progressões

aritméticas
D progressões
1. Definições. _

cujos elementos

estão 'em
1 O Sucessão é todo conjunto numérico,
correspondência
J»'“
« “
e ^tementoi
rais.
n2ra™ tlprocamente a
do
TaSTtoL naS corresponde «nr ünieo elemento

conjunto.
Exemplos.
1 °) As potências de 3;

3, 9, 27, 81, • •

aos ^úmeros natu-


formam uma sucessão, por corresponderem

81.
corresponde o único elemento
2.°) Os números
13, si«
1, 2, 3, 5, 8,

terceiro, é obtido somando


em que cada elemento, a partir do_
os dois precedentes é
uma sucessão.
ê a sucessão em
que a dije-
2 «) Progressão aritmética
o precedente ê constante.
rença entre cada têrmo e
A sucessão dos números ímpares,
3, 5, 7, 9
».i
1,
16 Matemática — Primeiro ano colegial Progressões aritméticas 17

uma progressão aritmética porque a diferença entre dois Á razão é representada pela letra r.
termos consecutivos é, sempre, igual a 2. De um modo geral, tem-se, pela definição
1.
3.») A
diferença constante entre cada termo e seu precedente 3. an an — i
* t ou an — i -f- r
denomina-se razão da progressão aritmética.
2. Exemplos
Exemplos
l.°) a7 -a G = r; - 2.°) c 15 =' 0 i 4 + r.
°) Na progressão aritmética:

3, 8, 13, 18, . .
Diversos tipos de progressão. Quanto à grandeza
1.
a razão é 5. relativa dos têrmos as progressões podem ser:
°) Na progressão aritmética: a) Crescentes , quando cada têrmo ê maior que o prece-
dente. Exemplo:
31, 27, 23, ...
a razão é: 27 - 31 == - 4. : 12 . 18 . 24 . 30 . ...

Obsekvações : Neste caso, a razão é positiva, (r > 0).

) Em virtude da definição, conclui-sc que, na progressão aritmé-


b) Decrescentes, quando cada têrmo ê menor que o pre-
tica,cada têrmo é a soma do precedente com a razão. Assim, no primeiro
exemplo, de razão 5, tem-se cedente, como, por exemplo, a progressão

8 = 3-f5, 13 = 8 4- 5, 18 = 13 4- 5, etc. : 43 . 38 . 33 . 28 . . .

e na segunda, de razão - 4 ; Neste caso, a razão é negativa, (r < 0).


27 = 31 4- ( - 4), 23 = 27 4- (
- 4), etc. Quanto ao número de têrmos, as progressões podem
2-5) ser:
Para achar a razão basta subtrair de um têrmo qualquer o seu
precedente.
a) Ilimitadas, quando todo têrmo tem consequente. Para
indicar que a progressão é ilimitada emprega-se
2. Notações. De um modo geral, representam-se os reticências depois do último têrmo transcrito:
têrmos de uma sucessão qualquer por intermédio de uma
letra provida de índice, indicando êste a ordem do têrmo : 2 . 4 . 6 . . ...
na sucessão, como
Ui, u 2, u 3 ; . 4
b) Limitadas, quando se considera último têrmo sem um
consequente. Indica-se, colocando um ponto depois
A progressão aritmética representa-se do mesmo modo, do último têrmo. Assim, a progressão.
separando-se, porém, dois têrmos consecutivos por um ponto
e precedendo o primeiro de dois pontos. :4 .7 . 10. 13 . 16 . 19 .

Exemplos é uma progressão limitada de 6 têrmos.


: «1 . É*2 • «3 . 04 . . 4
De um modo geral o último têrmo de uma progressão
: 2 . 4 . 6 . 8 . .,4 limitada é representado pelo símbolo a„ sendo n o número de
têrmos. Assim, a progressão limitada, gerai, de n têrmos, será:
0 símbolo «„ representa, então, o têrmo de ordem n,
isto é, o enésimo têrmo. fli • «2 aa : . . . a„ :
19
Progressões aritméticas
18 Matemática - Primeiro ano colegial

Redurindo .itêrnu*
Exemplos
1°) A progressão :
y • ^ .
3
12
y y .
4 > ê uma
bros que são os de
fórmula:
índice de 2 a n
vem,

cuja (I)
progressão crescente, limitada, de 4 termos,
an = ai + (n- 1) r -
_
razão é j

ou
Conclui-se: -
-3 é uma progressão
2.°) A progressão 5 1 : . .
_
. .

decrescente, ilimitada, cuja razão é


de têrmos precedentes.
1 -5 = - 4.

geral é a expressão que traduz


4 Termo geral. Têrmo EXemV
têrmo da progressão 4 7 -
contém a lei de formaçao 'los
“"
: . •

um têrmo qualquer, isto é, l o) Calcular o décimo sétimo vem.


têrmos. Representa-se por a °"d « a “ ™l°
r
“etc.C8 Temos: m = 4, r = 3 e »
= 17. Aplicando a fórmula (I)

correspondem o 1. 2. ó. term 0S =4 4“ 16 X 3 — 52
1 2, 3, ••• de n , , , (iii

18. 80. ...

5 Fórmula do têrmo geral.


para
Nas progressões aritmé-
determinação do termo
2..) Escrever o têrmo geral da
a. - 0 + (a - X
progrcão :6
12 - 6 + 12» - 12
.

- » -
ticas pode-se obter uma
fórmula Temo,:
O têrmo geral é 12n - 6.
geral. .

Consideremos a progressão qualquer



:

geral. A fórmula
an 6. Problemas decorrentes do têrmo
Oi «2 03 : . • • • • • •
y

(I) encerra quatro elementos:


onde an representa o têrmo geral. an ,
oi, r e n
Por definição, temos as igualdades :

dêsses elementos, poderemos


Se forem então, dados três
a2 =Oi + r
a% = 02 + r

, n— 1 igualdades vados do têrmo geral.


direto da lérmula.
CIlculo n> o.. Ê o problema de emprêgo
Exemplo:
an = an - i + r .
d
_ Q
95
,

1
todos os índices de :t^,ro6 brrTef- 20 A idimuía (D « =

Nos primeiros membros figuram - - = 13


e nos segundos figuram - 114
\
2a n isto é, só não jigura o primeirojigura a» = 101 + 19 ( 6) 101

só não o índice n. Assim,


os índices delan-1, isto é, 2.°) Cálculo de oi.
somando-as membro a membio,
existem n - 1 igualdades e,
a parcela r figurará n
- 1 vezes e teremos:
ST
« prime™
têrmo vale 17,5.
*-
de uma progresso
aritmética de ratão 3

os +os ... + an ^ a t
+ a2 ... 1
{n-\).r
+ + + + onde o décimo primeiro
Matem ática Primeiro ano colegial
Progressões aritméticas

,
J
,
e
4L°
s ' ~
3 n — \1 e an = 17 5 >Substituindo os valores ni , .
r
fórmula (I), obtemos a equação do primeiro grau em a
i Donde, igualando os valores de r:
17,5 — di + 10 X 3 an — ah — —
donde - i a» + i a*
resulta : ai = 17, 5 - 30 = - 12,5 '
Transpondo os termos negativos, resulta :
3.°) Cálculo de r.
2 ah = ah _ i + ah + i
Exemplo
donde, finalmente :
Achar a razão de uma progressão aritmética, cujo
— áf e o décimo sétimo é 11.
primeiro têrmo é

Temos = -37, n = 17 e a n = «i - i 4- ah + i
remos a equaçao
:
11. Substituindo em (I) obte- ab =
:
U - - 37 + 16 . r
donde :
r = 37 + 11
= 3
16
relação que traduz a propriedade.
4.°) Cálculo de n .

Exemplo
Em tôda progressão aritmética limitada a soma
2. a ) de dois termos equidistantes dos extremos é igual
rogress ®° cu í° P rimeir ° têrmo é 3 e a razão,
qual o têrmo à soma dos extremos.
2,
que vaJe^õ ^

Temos : <n = 3, r == 2 e = 75. A fórmula (I) dá a equação em n : Demonstração.


75 = 3 + (n - 1) x 2.
donde: Seja a progressão limitada de razão r:
75-3
=—
n~ 1 ~= 36 e n = 37. :a . b . c . ... T... T' ... j k I
2 ' 1
. .

í
v

7. Propriedades das progressões aritméticas. V V


onde, T T
são dois têrmos eqüidistántes dos extremos.
e
Isto é, admitamos que T tenha
p antecedentes e T' , p conse-
Em qualquer progressão aritmética, cada têrmo qüentes. De acordo com a fórmula do têrmo geral, teremos:
e média aritmética entre o antecedente e o
conseqiiente. T = a + pr (1)

Considerando a progressão parcial a partir do têrmo T',


Demonstração. teremos analogamente:
1 = T' pr +
(2)
Consideremos os três termos consecutivos, a
h _ 1; a„ e
a?, + í, da progressão geral Subtraindo, membro a membro, as igualdades (1) e (2),

: ai . a2 . a3 . . . ah _ ah a h +
vem: T -l = a-T'
x . .
x . . . .

donde, transpondo os têrmos negativos:


leremos, por definição de progressão aritmética
:

an ~ —
Q- h — i r T + T = a + l
e ah + i
- «7. = r.

o que demonstra a propriedade.


Progressões aritméticas
O —

Matemática - Primeiro ano colegial todos os paren-


22
De acordo com a segunda propriedade,
teses são iguais a a, + Como são n parenteses, conclui-se .

número ímpar de têrmos,


Se a progressão tiver
Observação.
5
à média aritmética dos extremos. 2S = (ai + a») . n ,
têrmo do Sefo será igual progressão
meio da
Suponhamosseja » o têrmo do (ui a«)- 71 —
T.m.T' ... 3 h . 1. _
^ =
za.b.c. ... •
donde :
2
propriedade, teremos:
Em virtude da primeira fórmula procurada.
que é a
T T'
m=
+
g Exemplos
em consequência da de uma progressão
Achar a soma dos cinco têrmos
extremos
E como T e T r
são eqüidistantes dos 1..)
segunda propriedade: e 210.
hipótese, teremos pela em que os extremos são 4
(4 + 210) 5
= 535
S =
T + T'=a + l, logo:

números pares.
2 Achar a soma dos n primeiros
°)

têrmos da progressão Os números pares formam


uma progressão aritmética de
8. dos têrmos. A soma dos
Soma
têrmos razão 2 onde se tem.
aritmética limitada de n
o» - 2 an - i • a» ai = (n-l)X2 = 2 + 2n-2 = 2n
2eaB = 2 +
: ai . a2 • «3 • • •

teremos, então:
Aplicando a fórmula (II),
é dada pela fórmula :

+ 2 n) n +
(2 .
ou S = (n l)n
(II)

primeiros números pares,


por
Assim, a soma dos sete
exemplo, será: 8 7 = 56 X
Demonstração. e (II) formam o sistema
dada é 9. Problemas. As fórmulas (I)
A soma dos têrmos da progressão
+ de equações:
S = a! + a2 + o» - 2 os
-
+ • • - + + 1 a" (1)
an = ai +
,
(n-
,
L)r~

das parcelas „
° (01 + an) . n
ou invertendo a ordem S 2
S = a„ + aB -i + an -2+
+«3 + «2 + «i l

01, «», r, n e S.
membro, e grupemos os onde figuram cinco elementos :

Adicionemos (1) e (2) membro a


poderemos,
têrmos de cada coluna.
Virá: forem dados três dêsses elementos,
Assim se
do».
sistema, calcular os outros
+ + «» - 2) + • • • + por tSédio do mesmo
2S = («i + o») + ^ («3

+ + °2) + ( a« +

fi

ias
24 Matemática — Primeiro uno colegial Progressões geométricas

Considerando os cinco elementos dois a dois, resultarão Determinação da razão. A progressão formada terá
dez problemas distintos. to +2 têrmos; logo, a fórmula do têrmo geral dará:
Exemplo
b - a
Calcular o primeiro termo e o número de termos de
uma b = a + (m + 1) . r .

. (UI)
progressão aritmética limitada de razão
3, onde o último
rn + 1
termo é 19 e a soma dos termos, 69.
Exemplo :

Resolução. 5 meios aritméticos entre 8 e 27.


Inserir
Os elementos dados são : an = 19, r = 3 e S = 69. Aplicando a fórmula da razão, vem:

Substituindo estes valores no sistema, vem: 27-3 24


r 4
+

19 — cq ri* (n — 1) . 3 ai = 22 - 3 n
5 1 6

-j-
A inserção dará:
fei 19) TO
gg
2
oi . n + 19n = 138.
3 . 7 . 11 . 15 . 19 . 23 . 27
Substituindo o valor de cq na segunda equação: 1.

(22 -3 n)n + 19 n = 138 II) PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS


Daí, a equação do segundo grau: Definição.
II. 2.
3n - 41 n
2
+ 138 = 0.
Donde
Ti
n> — 7 _o Progressão geométrica é a sucessão em que o
quociente da divisão de cada têrmo pelo pre-
n = ——+
41 v 1681-1656
= —=—
+
41 5

J
i
3
cedente é uma constante, denominada razão.
6 6

'
In" = 6

Como n é necessariamente inteiro e positivo, teremos: Exemplos


n >= 6 e eq = 22 — 18 = 4.
°) A sucessão 2, 6, 18, 54 ... é uma progressão geo-
métrica, cuja razão é 3, porque :

10. Interpolação aritmética. —2 = 3- — = 3- _ q


d .

6 18
Interpolar ou inserir m
meios aritméticos entre dois núme-
7
ros dados a e 6 é formar uma progressão aritmética de m+ 2 °) A sucessão 21, 7, —,..., é uma progressão geomé-
têrmos, cujos extremos sejam a e b.
O problema desde que se conheça a razão
fica resolvido
trica, cuja razão é :

pois, se tivermos o valor de r, o primeiro meio será a r, + 1_ ]_ ‘


o segundo a +
2r, e assim por diante.
21 “ 3
27
Progressões geométricas

26 M a e má t ti cg - Primeiro ano colegial


Neste caso, tem-se:

Observações. •

> 1
se obtém dividindo um
,
q
1*1} Da definição conclui-se que a razão I

Assim, dada a progressão


têrmo qualquer pelo precedente. j

geométrica têrm a è menor que o pre-


Decrescentes, quando caia
1

Vã -1 1 ^3 + 1 b)
2’
’ cedente. Exemplo.
2

4
: : 3 : 1 : 1/3 : -
razão pela letra q, teremos
se representarmos a :

1 <3-1 A2 Xv - Neste caso, tem-se: ______


Q
= ~2 :
2
“ V? - 1 Vã- 1 2

geral, os têrmos de uma


progressão q <1
2*1} «e representarmos, de modo
2 ‘

etc. e a razão pela letra 9, teremos .

geomSrba por «„ «„
as progressões geomé-
= q, = 3. etc. 2 o) Quanto ao número ie têrmos
ai «J tricas podem ser:

portanto
e,
a2 = •

do precedente pela razão.


q, a» = °* • etC-
« n,
isto é, cada têrmo é igual ao produto vendo
3 9 27 * a
uma sucessão é progressão : : i
: : :

12 Notação. Indica-se que


têrmo de quatro pontos e
geométrica precedendo o primeiro
dois têrmos consecutivos
por dois pontos.
separando 1-
antenormente exemp 1
progressão geométrica de 5
termo
Para indicar que as sucessões
,

2, jormam uma
geométricas, escreve-se.
cadas são progressões que se escreve:
; ; 2 : 6:18: 54 : = s *
; : 2 : 4 : 8 : 16 : 32.
geométricas onde
Não consideraremos as progressões
Observações.
a) 9
= 1.

V3 -1 . 1. .
43 + 1 .
em que todos os têrmos seriam
iguais;
: : caso
2 2 4 b) < °.
9

alternados eu todo. o. têrmo, nulos.


progressão. c«, em que o. sinais seriam
13. Diversos tipos de
traduz
relativa dos têrmos as progres- T „„ rai Têrmo geral é a expressão que
l.o) Quanto à grandeza , . .

sões geométricas podem ser:

maior que o prece-


Crescentes, quando cada têrmo
ê
a)
números naturais, corresponde
um termo.
dente. Exemplo.

: : 4 : 12 : 36 : . .

i
28 Matemática — Primeiro ano colegial
Progressões geométricas 29
í

Exemplo: Na progressão geométrica formada pelas


potências
cie 2: Exemplo :

: : 1 : 2 : 4 : 8 : . . .
Calcular o quinto termo de : : 3 : 6 : . .
o termo geral é :

an = 2" - i Temos:
«i = 3, q
— = 2 e n = 5.
pois, no primeiro termo o expoente é ô
zero, no segundo é 1
no terceiro é 2, e assim por diante. Aplicando a fórmula (I), vem:
= X 5 " = = =
15. Fórmula do termo (is 3 2 1
3 X 24 3 X 16 48.
geral. Consideremos a pro-
gressão geométrica
16. Problemas de aplicação do termo geral. Na fór-
: : ai : a2 : «3 : ... : an : mula (I) figuram os quatro elementos an a h n e q. Se forem ,

dados três dêsses elementos, obteremos uma equação, cuja


°nde a n representa o termo geral, incógnita será o quarto elemento, e que permitirá calculá-lo.
Teremos, por definição :
Existem, pois, quatro problemas simples decorrentes da
fórmula (I). É óbvio que outros problemas poderão ser for-
d2 = CLi .
q mulados de aplicação combinada da mesma fórmula.
$3 = C&2 .
q
(n-1 igualdades)
~
I
l.°) CÁr.cüi.o Di5 a„. Ê o problema de aplicação direta da fórmula (I)
dfi — 1 •
Q
Exemplo
Multiplicando as n- 1 igualdades, membro a membro Calcular o quarto termo de uma progressão geométrica, cujo
obteremos :

primeiro têrmo ê 9b e a razão, - —a 2 b.


8
a2 . a 3 ... an = a x a 2 ... an _ x . q
n - i
Temos:
2 2
ai=9 b, q = —— a b e n — 4.
Dividindo os dois membros pelo produto comum O

a 2 a s ... aa _ Aplicando a fórmula (I); resulta:

vem, finalmente, a fórmula :

an = a1 .

Conclui-se:

2.°) Cálculo de a ,.
Urn termo qualquer é igual ao produto do
primeiro termo pela potência da razão, cujo Exemplo
expoente é o número de precedentes. Calcular o primeiro têrmo de uma progressão geométrica, onde o
quinto têrmo vale 405 e a razão 8.
Tem çob: n = 5, a„ = 405 e - 3.
31
Progressões geométricas

30 Matemática - Primeiro ano colegial

temos a equação de uma «ta» dados, fornece o «ema:


fórmula (I),
aplicada aos dois
Substituindo os valores na a (1).
Incógnita: 405 = «i X 34 í as = cií . q*

\ as = ai 98
405 .
»> “ sT ‘ 5 '

donde: dados:
Substituindo os valores

3.“) CÁl.CULO DE q.

Exemplo .

progressão geométrica em que o quarto


Calcular a razão de uma
o primeiro têrmo, 8.
têrmo é 192 e
ai =3, an = 192 e n = 4.
Temos:

Substituindo na fórmula (I):


membro a membro:

192 = 3 X 93 .
'
• 9

3 = 192
—“ .
64
Dividindo,

q = -\l
64 = 4.

Substituindo o valor de q
na primeira equação:

4.") CÁLCULO de n.
— = ai X* —
-g 32

'
• fll =20.
Exemplo:
primeiro termo é 5 e a razao, 3,
progressão geométrica, cujo
-

Numa serí:
té, mo e . rasto, a progressão
qual o têrmo que vale Ifi51
Conhecido, o primeiro
5 ...
^=5, an = 405 e 9
= 3. : : 20 : 10 : :

Temos:

A fórmula (I) dá a equação: Se9Und


3” _1 = sendo a soma H7 e
405 = 5 X .


'
.

—i =
3” 81 ... (1)
L do“rÍ números em progressão
primeiro com o
geométrica,
terceiro, 11 .

34 a soma
donde resulta:

conseqüentemente:
e,
n-1 = 4 n = 5.
„ . rasão,
teremo, o sistema:
e
“todo a o primeiro número e
=
equação (1) que + xq + xq 2 147
nuarto Droblema conduz a uma
x
„ rirl7n o j
se denomina eqmção exponenmal. x + xq =
2 119
contéSTSnita em expoente e \
cuja resolução será
estudada par tlcul armente.
em evidência:
donde, colocando x
f
x (1 + q + 32 = ) * 47

5») Pkoblemas combinados. W


\ x (1+ q
2
) = 119 • • •

Primeiro exemplo:
progressão geométrica, cujo sexto têrmo —5 e, dividindo : 1 + q + g 2 _ HZ _ 81
Escrever a 119 17
1 + q
2

!
32 Matemática — Primeiro ano colegial
Progressões geométricas

Daí, a equação do segundo grau:


Demonstração. Suponhamos a progressão limitada
4 q 2 - 17 + 4 = 0,
::a:b ... T ... :T' :
k :l. : : : . . :

cujas raízes são: qi = 4 e q% = ~ onde T e T sejam dois termos eqüidistantes dos extremos,
levando em (1): xi = 7 e x, = 112 isto é, admitamos que T tenha p precedentes e T' p conse- ,

qüentes.
Os números procurados são: Em virtude da fórmula do têrmo geral, teremos, sendo
q '

: : 7 : 28 112. ou 112 28 a razão: _ = „v


: : : : : 7.
T aq ( 1)

Se considerarmos a progressão parcial a partir de T'


17. Propriedades das progressões geométricas.
teremos, analogamente :

l = T' .
q
v
(2)
tô ‘ ía P ro gressSo geométrica qualquer têrmo
1 a\ Dividindo as igualdades (1) e (2), membro a membro, vem
r. J é a média geométrica entre o antecedente e o :

conseqiiente. T _ a
"
1-. T'

Suponhamos Obsbhvação. Se o número de termos


a progressão:
será média geométrica entre os termos extremos
fôr ímpar, o têrmo médio m
em virtude da primeira
: oi 02 <*3 a* -1 ah an + propriedade, isto é:
: : : : . . . : : x : . .
m = 2
al
onde os tres termos ah _ x, aA e ah + são consecutivos. Teremos
x
^18. Produto dos termos. Seja calcular o produto dos
a tese
n termos da progressão limitada
®A
2 = ah - 1 • G/I + X
: : «x : a2 a 3 : : . . : an _ 2 : an _ i : an .

Demonstração.
Teremos, sendo P o produto procurado :

Por definição, temos :


P = ai . a2 . a3 . . . an _ 2 . an _ x . an (1)
ah ah + x
e ou, em virtude da propriedade comutativa :

P — an . an — x . an - 2 . . .. 03 . 0,2 . ai 2)
donde resulta (

Multiplicando as duas igualdades, membro a membro,


e
ah ah + grupando os têrmos correspondentes, virá
i
6 a» ~ a* - !•«* + i
:

ab -i ah P“ = (oiO„) (a 2 a„ _ (a 3 a„ _
x) 2) ( a s an _ a 2 an _ a x an )
. . . .
. 2) . ( x) . (

Os parênteses são todos iguais ao produto dos extremos,


tôda progressão geométrica limitada o pro-
em virtude da segunda propriedade. Logo, temos
:
O a\
) duto de dois termos eqiiidistantes dos extremos
e igual ao produto dos extremos.
P2 = («iaj s .

. p= V («x a n )
n
(II)
J
35
Progressões geométricas

34 Matemática - Primeiro ano colegial


geral « a pelo valor da fórmula
Observação. Se substituirmos o têrmo
I, a fórmula III torna-se:
Exemplo
primeiros têrmos da progressão n
ai q - a i ai(q" - 1)
Calcular o produto dos seis (III) A
q-1
::
. L :
L.
2
4
em que não figura o último têrmo.

O sexto têrmo é : a6 = —X2 5 = 8. Segundo Progressão ilimitada .Se ^Puzermos


caso.
mdefimdamente, obtere
que o número n de têrmos aumenta
Assim a fórmula (II) dará : m08 P
S X^a"'soma
O número ilimitado de têrmos,
têrmos conside^ndo
devemos formular duas hipóteses.
crescente (q > 1).
dos

Primeira hipótese: a progressão é


hipótese, se considerarmos a
expressão da soma
Nesta
19. Soma dos têrmos.
limitada. Seja calcular a Q-1
Primeiro caso: Progressão
limitada n
soma dos n têrmos da progressão observaremos que, por ser q maior que 1,
o valor de q cresce

: : ai : «2 : 03 : . . . «n - i
'•
a«-
indefinidamente com n e, portanto, o
mesmo acontece com S,
simbólica
o que se traduz pela igualdade
A soma dos têrmos será
S = 00

S = «i + a2 + 03 + • • • + a« - 1 + a™ ^ decrescente (q < 1)-


Segunda hipótese: a progressão ê
pela razão q, teremos:
Multiplicando os dois membros Consideremos a fórmula da soma
= ai
Sq a2q a3q q +an - iQ + . . + + an q
„ aiq ~ «i
n a x - aiQ
O ou S

Q-1 í 1-Q
ou, em virtude da definição
+ + pode transformar em
Sq = a2 + 03 + + • • •
an an q (2) que se
dl tflg*
da igualdade S " _
Subtraindo, membro a membro, a igualdade (1)
1 -q 1 - q
vira
reduzindo os têrmos semelhantes,
:

(2) e
razão q é menor que quanto maior fôr o valor
S{q ~ = “ °i Como a 1,
Sq -S = a n q- Oi ou 1)
conseqüentemente, o de
'

de n menor será o de q” e, 1 _ q
donde, finalmente, a fórmula
:

suficientemente grandes, a
Assim, se tomarmos valores de n
- de uma quantidade tão
soma de n têrmos diferirá de
pequena quanto quisermos.
Matemática — Primeiro ano colegial Progressões geométricas

Diremos que a soma dos termos da progressão geométrica 20. Problemas. De um modo geral, os problemas
sobre
ilimitada é um valor limite dado pelo quociente da divisão do progressões geométricas resolvem-se por intermédio de
sis-
primeiro têrmo pela diferença entre a unidade e a razão e temas de equações decorrentes das fórmulas: '

escreveremos: n ~
1.
aiq 1
d) ;
P = V |
(CElO” |
(II)

ãi (9
n
-l)
(III) s- ai
(IV)
o
9-1 ;
1-9
Exemplos
2.
Primeiro exemplo;
°) Achar a soma dos cinco primeiros termos da pro-

gressão : : 1. 8. 9 ... Calcular a soma dos termos e a razão de uma progressão


o
Aplicando a fórmula III A, vem: geométrica de 7 termos, cujos extremos são 1 e 729. o
=— = _ o
5 - -
sO -
1 (3
—3 -,
1)
= —3— 243 1 242
121- Resolução. Temos o sistema das fórmulas I e III:
o
°) Achar a soma dos termos da progressão ilimitada: = ©:
729 1 .g 6

: : VT : 1 : : i í
1 (q
7 ~ 1)
0
Temos:
V3 _ 3 3 (V 3 + 9~ 1
1 093. G

«i _ 1)

V3-1 ©;
1 -
V 3 Segundo exemplo : ©I
3.°) Achar a geratriz da dízima 0,8636. Calcular os têrmos extremos de uma progressão
geomé-
©
Podemos escrever:
.

trica de cinco têrmos, cuja soma é 155


e a razão 2. ©
0,3636.

. .
= —100
d —
10 000
1
-
Temos o sistema das fórmulas I e III

í a» ai . 24 {an = I601
O segundo membro é a soma dos termos de uma progres- ou
são geométrica ilimitada cuja razão é (2
5 — 1)
1 155
2-1 155 = 31oi 1

36 36 1 j

'
10 000
:
100
~ 100* Resulta : ai = 5 e an = 80.

Logo temos:
Terceiro exemplo:

36 Numa progressão geométrica ilimitada a soma dos têrmos


99 ao infinito ê 8 e a soma dos quatro primeiros
têrmos é
Escrever a progressão. ' 8
Progressões geométricas
39
35 Matemática - Primeiro ano colegial

III e IV fornecem o sistema: Exemplo


Resolução. As fórmulas
entre 6 e 192.
Inserir quatro meios geométricos
qi (g
4 - 1)
15 = A razão será:
2 3-1
ou

Assim, temos:
: : 6 : 12 : 24 : 48 : 96 : 192

segunda, vem: RESUMO DAS PROGRESSÕES


Dividindo a primeira equação pela
. 15
1 _ 9
°U GEOMÉTRICAS
16 ELEMENTOS ARITME IICAK
*•

9
4
= 6 9==± 2'
an = ar+(n-l)r an = ai q
n ~1
Y6 Têrmo geral

+ <hòn a ‘Q?" ~ t)
Daí, a solução: ò =
(«i
s =
Soma (limitada) 2 q-1

“ ' aj “ 8 ~
T
3
Y * •

4 2 1 Soma (ilimitada).
E a progressão será : : : : : . .

Interpolar ou inserir m
21Interpolação geométrica. Produto
números dados a eb ê colocar
meios geométricos entre dois forme u
^

tais que o conjunto


entre fstes dois, m outros, Razão (inserção)
extremos sejam a e
I
progressão geométrica, cujos
da razao jist
O problema reduz-se à determinação pnmeno
de termos m + 2, o
I

como conhecemos o número


,

têrmo a e o último b. Assim


temos : EXERCÍCIOS
23.
aq m +
Resp.
!
b = 1
1. Achar o décimo quarto têrmo da progressão
29 25. : . . .

12 17... Resp.: 4 •
Achar o oitávo têrmo da progressão: 7
. .
,1 2.

3 Achar o Bétimo têrmo de x x 2y. ... Resp. : x


:
12t/.
. + +
Resp. a, = 5n - 2.
Achar o têrmo geral de 3 8 13. ...
:
: . .
4.
donde resulta 3 e a razao,
j
g. Numa progressão aritmética o sétimo têrmo é 7
'

Calcular o primeiro têrmo. Resp. -5 43


i

1
1
40 Matemática — Primeiro ano colegial Exercícios: Progressões aritméticas e geométricas 41
30.

Calcular o número de têrmos de uma progressão aritmética limitada,


a fórmula dã soma dos n primeiros
Instituir números naturais.
de razão - 3, cujos têrmos extremos valem 4 ~ e - — • Resp.: 7. n (n + 1)
O o Resp.
Calcular a razão de uma progressão aritmética de 7 têrmos, cujos 2
extremos valem respectivamente 4 e 8. Resp. 2/3. 31. Instituir a fórmula da soma dos n primeiros números ímpares. Resp. : n 2 .

O terceiro têrmo de uma progressão aritmética é 10 e o oitavo, 40. 32. Inserir 8 meios aritméticos entre 24 e 105.~'J?esp. ; r — 9.
Achar a razão. Resp. 6.
33. Quantos têrmos da progressão — : 5. — 3. ... se deve tomar para
O quarto têrmo de uma progressão aritmética é 30 e o segundo, 18.
que a soma seja 7 ? Resp. : 7.
Achar a soma dos 10 primeiros têrmos. Resp. 390.
34. Quantos múltiplos de 11 existem entre 100 e 1 000? Res. 81.
Numa progressão aritmética o quinto têrmo é 27 e o décimo, 52. Qual
a razão ? Resp. : 5. 35. Numa progressão aritmética de 8 têrmos, o primeiro têrmo é 3 e a
Numa progressão aritmética o primeiro têrmo é 8 e a diferença entre razão, 5. Calcular a soma dos têrmos e o último têrmo.
o vigésimo e o décimo segundo é 16. Achar o terceiro têrmo. Resp. 164 e 38.
Resp. 12. 36. Numa progressão aritmética de 10 têrmos, o último têrmo é 22 e
Achar a soma dos 30 primeiros números ímpares. Resp. a razão, 2. Achar o primeiro têrmo e a soma. Resp. 4 e 130.
900.
A soma dos têrmos de uma progressão aritmética limitada é 105 e 37. A diferença entre o sétimo e o segundo têrmos de uma progressão
a soma do primeiro e último têrmos é 30. Achar o número de aritmética é 20 e a soma do terceiro com o quinto é 28. Escrever
têrmos. Resp. 7. a progressão. Resp. : : 2 . 6 . 10. .. .

A soma dos têrmos de uma progressão aritmética de 7 têrmos é 77. 38. Numa progressão
aritmética tem-se : <u = 95, n — 19 e an — 5
O último têrmo é 10 vêzes o primeiro. Escrever a progressão. Achar r e S. Resp : -5 e 950.
.

Resp. 2.5.8. 39. Numa progressão aritmética tem-se : an = 18, r = 2 e S - 88. Achar
Achar a soma dos 15 primeiros têrmos da progressão: 4 . 7 . 10... a.\ e n. Resp. - 2 e 11 ou 4 e
: 8.
Resp.: 375r 40. A soma dos 6 primeiros têrmos de uma progressão aritmética é nula
2
3.5 —
.

Achar a soma dos 10 primeiros têrmos da progressão: ...


Resp. 150. 3 e a diferença entre o quinto e o terceiro é 4 VÜT. Escrever a pro-

Achar a soma dos 20 primeiros têrmos da progressão x x - y gressão. Resp. : - 5 V 3 - 3 aTÍ", .


. .
: . . .

Resp. : 20x - 190,y. 41. A soma de três números em progressão aritmética é 18 e o produto, 162.
Calcular os três números. Resp. 3,6 e 9.
Achar a soma de 7 números em progressão aritmética, cujo primeiro
têrmo é 3 e a razão, 5. Resp. 126. 42. A soma de números em progressão aritmética é 15 e a soma de
três
seus quadrados é 93.Achar os três números. Resp. : 2, 5 e 8.
7, n = 8 e a, = 28, achar r e S. Resp. 3 e 140.
— 5, n = 7 e r =2, 43. Achar 3 números em progressão aritmética sendo sua soma 21 e a
achar a H e S. Resp. 7 e 7.
soma de seus quadrados, 165. Resp. 4,7 e 10.
Sendo an 19, n = 6 e r =3, achar <i\ e S. Resp. 4 e 69.
44. Achar quatro números em progressão aritmética de modo que a soma
63, ai = 3 e r =2, achar a„ e n. Resp. 15 e 7.
seja 28, e o produto do segundo pelo terceiro exceda o produto do
87, n = 6 e r =3, achar a i e a n Resp. 7 e 22. primeiro pelo quarto de 8 unidades. Resp.: 8 e 10.
4, 6,
44, n = 9 eS = 216, achar ai e r. Resp. 4 e 5. 45. Achar quatro números em progressão aritmética de modo que o
Sendo a i = 4, an = 19 e r = 3, achar n e <S. Resp. 6 e 69. produto dos têrmos extremos seja 45 e o dos dois do meio seja 77.
Sendo a i = — 5, a„ — 7 e S = 7, achar n e r. Resp. ; 7 e 2. Resp.: 3, 7, 11 e 15 ou - 3, — 7, — 11 e -15.
Sendo a„ = — 17, r = - 4eS = - 35, achar aj e n. Resp. 7 e 7. 46. A soma de cinco números inteiros em progressão aritmética é 25 e
Sendo cu = 21, n = o produto, 945. Achar êsses números. Resp.
5 e S — 35, achar r e a n Resp. — 7 e — 7.
.
1, 3, 5, 7, 9.

Deduzir a fórmula para o cálculo de 47. Achar três números em progressão aritmética, conhecendo sua soma
n, sendo dados cu, r e S.
15 e seu produto 105. Resp. 3, 5 e 7.
r - 2cu -j- V -8 rS + (r - 2a i) 2
Resp. ^ 48. Â soma dos três primeiros têrmos de uma progressão aritmética é
2
39 e o primeiro têrmo é 6. Achar o último dêles. Resp.: 15.
e geométncas_
— Primeiro ano colegial Exercícios: Progressões aritméticas
42 Matemática

que dá a soma dos quadrados


dos^ primeiros
Instituir a fórmula
- 4 S3& números ímpares (E. Militar, 1939) Resp. -3

* NS,„7S3?r“-«li “=o
de termos. Resp. 10 e 5.
4
i eo=í°o Achar o quinto têrmo de
Numa progressão geométrica de razão 3,
324 ? Resp. .5.°
: : 3 9
cujn-primeiro
: : - - - Resp.j 243.
termo é 4,

qual o têrmo que vale


m na equação «•-(*»-«) *'+"\r°- de m0d ° q°° sétimo
.

Determinar progressão geométrica, cujo


Qual o primeiro têrmo de uma
61. 9
y. Resp.
formem uma progressão aritmética.
as raízes
têrmo é 384 e a razão, 2? Resp.:
b.
na primeira hora, 17 km na segunda
e g4
eo
52 TTm ciclista percorre 20 km gastará 9b 6a 2 b 2 Resp. : b'
aritmética. Quanto tempo Achar o sétimo têrmo de : : : : . . .

assim por diante, em progressão


para percorrer 77 km ? Resp. 7 horas.


progressão geométrica de razão
têrmo de uma
3 é 45.
uma O terceiro
5 1215.
sabendo que a soma de n têrmos de têrmos. Resp. e
os valores de a, e Calcular o primeiro e o sexto
'

r,
53. Achar
cujos
qualquer que seja n. geométrica de cinco têrmos,
progressão aritmética é, sempre, | .
Qual a razão de uma progressão

Resp. «1 = 6; r = 5. extremos são 3 e 48 ? Resp. 2.

geral das progressões


. Achar a expressão de têrmo

Besp. 9ò 2 - 100ac 0. Resp. «* —


gressão aritmética. : 2

é 119
têrmos de uma progressão aritmética n
KK AA somn dos sete primeiros Resp. an = x -~ 1
primeiros têrmos, 495. Escrever , progressão. 1 x xt : ... :

e a™ omjTdos quirum
; : :

Resp. 5 9 13. -
• . • •

Resp. : an =
+D u+i)”
56 ‘ a n +1 '

2

ãrhmética, nl
— - 6. Calcular o primeiro têrmo e a
soma de uma progressão geométrica
razão. Resp. x 1 e r
:
4 e a razao, 1/2.
têrmos, onde o último têrmo
é
de cLo
1 1 forem têrmos consecutivos de Resp. 64 e 124.
57. Provar que, se b + c a +e _
= 3eS = 147, calcular a n e q. Resp.: 112 e 4.
2
progressão aritmética, a , b'
1
e c2 também o serao. ( . rqu Dados a 1 = 7,n
uma geomé-
primeiro, iírmos da progressão
tetura da U. M. G., 1953). Calcular . .oura do. quatro uu.
trica, cujo têrmo geral é a n = 3 2 Kesp. . .

primeiro, têrmo, da
Calcular a soma do. vinte
|
68.
cujo têrmo geral tem para
expressão an = 3n + 5. Kesp..
Achar a soma ao infinito 50 10 2 Resp. 62,5.
+ + + . . .

e os kdo^cstão em soma, a geratriz da dízima 0,32626


.

perímetro de um triângulo
etângulo é de 48 m Achar, aplicando a fórmula da
.

lí 59 O lados. Resp.: 12 m, 16 e m. m M
progressão aritmética. Achar os 323
soma Resp.
ímpar de tènnos, a
Numa progressão aritmética com número
* qqq
RO
6 têrmos de ordem par é 54 2,3737 ...
°- dos soma, a geratriz da dízima
63 Achar, aplicando a fórmula da
ordem ímpar é e a
« dos têrmos de
Achar n. Resp. 13. 235

[
« N
r; 10.
- ?3r sn Resp.: gg-

Inserir três meios geométricos


entre 14 e 224. Resp. 28, 56 e 112.

número de têrmos. Resp.


uma progressão geométrica de cinco
Achar os têrmos extremos de
A
1
62 ‘

íoma
q
é 26°et“oma X X^qXIrXXéS. ^Militar, 1932).
têrmos sendo a soma dos têrmos 147 j e a razão, 3. Resp. 11/9 e 99.

Resp. 2, 5, 8 e 11.
SI

íir
44 Matemática — Primeiro ano colegial Exercícios: Progressões aritméticas e geométricas
45

79. Calcular o último têrmo e a soma dos têrmos de uma progressão geo- 97. A soma dos têrmos de uma progressão geométrica ilimitada
é 8 e a
métrica de 7 têrmos, onde o primeiro têrmo é 5 e a razão, 2.
Resp.: 320 e 635. 98. O
soma dos dois primeiros é 6. Escrever a progressão.
lado de um quadrado tem 4 m. Unem-se os
: 4 2 1 : : :
O
pontos médios dos
lados e obtém-se um novo quadrado. Unem-se f)
80. Achar o valor de x de modo que z-3, i
gressão geométrica. Resp. : x — 5.
+ 1 e 3i +3 formem pro- dos lados do segundo quadrado e obtém-se um
os pontos médios
quadrado
terceiro d
-
E, assim, mdefimdamente. Achar a soma das áreas de todos os
81. A soma dos têrmos de uma progressão geométrica ilimitada é 9 e a 32 m 2 . í—
diferença dos dois primeiros, 4. Achar o primeiro têrmo e a razão. 99.
quadrados. Resp.
Que número devemos somar
a 1, 11 e 41 para que os resultados
- •

O
Resp. 6 e 1/3. liquem em. progressão geométrica ? Resp. : 4. f>
82. Numa progressão geométrica a soma dos cinco primeiros têrmos é 93 100. Pede-se o primeiro têrmo e a razão de
uma progressão geométrica
é a razão, 2. Calcular os dois têrmos extremos. Resp. 3 e 48. de 4 termos, sendo a soma dos dois extremos 195
mel0s 60
e a soma dos dois
(Escola de Aeronáutica). Resp. 3 e 4 ou 192
O
83. Numa progressão geométrica tem-se: a s = 9 V3 e q — V3. Calcular
-

101. Escrever a progressão geométrica ilimitada,


e 1/4.
cujo primeiro têrmo é 1
o
ai e S t Resp. V1T e 12 + 13 V 1T. na qual cada têrmo é o dôbro da soma de todos
84.
.

Sendo o x = 5, q = 3 e n = 4. Calcular e S t Resp. 135 e 200. .


Resp . : : : 1 : 1/3 :
que o seguem’
1/9
6
: . . .
o
85. Sendo cq =4, a n = 324 e n = 5 calcular q e St. Resp : 3 e 484.
; . 102. Resolver a equação : x +~ +~ + ... =48 jiesp .
24
o
86. Sendo oi = 7, n = 3 e S 3 = 147, calcular a» e q. Resp.: 112 e 4.
o
_ .

87. Sendo a n — 54, n = 3 e <S» = 78. Calcular eti e ç. Resp.: 6 e 3. 103. Resolver a equação z(l+± + _L +
88. Calcular a soma dos sete primeiros têrmos da progressão 1 V2 ... : : : :
:

.
^
= 12Q Regp . g() o
Resp.: 7 V_2 + 15.
104. Calcular a soma dos 26 múltiplos da razão de uma
mé .rica, cujo primeiro têrmo é 17 e a soma dos progressão geo-
três primeiros
o
89. Achar três números em progressão geométrica, sendo 26 a sua soma termos 221. Considerar os múltiplos da razão a partir
dela própria. i)
e 216 seu produto. Resp. 2, 6, 18. Umv Católica Rio de Janeiro, 1950). Resp. 1 053.
- —
90. Quatro números estão em progressão geométrica. O produto dos
inc
IUÍ>. ti j
Uada uma progressão aritmética, cujo primeiro têrmo é
4b e sabendo que o número de têrmos é igual à
4 e o último o
dois primeiros é 12 e o dos doisjúltimos, 192. Achar os números.
Resp. V 6 2 V 8 4 VfT, 8 Vlf. M
10b. Numa
soma dos termos (E. N. de Química). Resp.: 175.
razão, calcular a
o
,
progressão aritmética de número par de têrmos,
o
,

a soma dos
91. Achar números em progressão geométrica, sendo sua soma 52 e
três têrmos de ordem ímpar é 70 e a dos de ordem
par é 85. A soma
seu produto 1 728. Resp. 4, 12, 36.

yl '
= 3
dos extremos é 31. Escrever a progressão.
Resp : : 2 5 8
.
29. . .
(E. N. Arquitetura)
. . .
o
o
,

107. Os lados de um_ triângulo retângulo


9 2. Achar o limite de ’ x» y Vx Vy ... Resp. V x 2y . formam uma progressão arit-
mótica de razao 4. Calcular o valor dos lados
93. Achar o valor da soma -g- + -g- + — + ^ . . ., onde os numerado- Ci? Ciências Ecom. da U. Minas Gerais, 1951).
.
Resp.
dêsse triângulo
12, 16'e 20.
o
res formam progressão aritmética e os denominadores progressão Questões de Concurso o
geométrica. Resp. ~ 108. O têrmo médio da p. g., cujos têrmos extremos
são ai e a 2n +,r tem o
por valor (E. N. E., 58).
94. Achar quatro números em progressão geométrica, sendo a soma dos
extremos 140 e a dos meios 60. Resp.
109. Calcule o limite da soma dos têrmos da
progressão: o
5, 15, 45, 135.
rm
: 1
.
V 2 1 : V 2^- 1 : .: + :
. (E. N. E., 58). Ü
95. Três números inteiros estão em progressão geométrica. Se somarmos 11U.
.
Calcule cinco números em p. a. tais que
sua soma seja 20 e a soma
4 ao segundo a progressão torna-se aritmética. Se, em seguida,
somarmos 32 ao terceiro, ela volta a ser geométrica. Achar os três 111.
de seus quadrados 82,5. (E. N. E., 58).
Escreva^a bg^que se_ obtém inserindo 3 meios geométricos
o
números. Resp. 2, 6 e 18.
112. Calcule quatro números em
entre
u
Achar quatro números em progressão geométrica, sendo a diferença
96.
entre os extremos 130 e a diferença entre os meios 30. Resp. 5, 15.
p. g. sabendo que a soma dos três pri-
meiros é 2+3 V2 e a dos três últimos
6+2 V2. (EiP. U. C.
o
45, e 135. ixio, 5o).

v.-

V
t L

V
46 Matemática - Primeiro ano colegial

113 Calcule a soma dos n primeiros termos de


uma progressão aritmética, UNIDADE II
sabendo que nessa progressão o quociente
cujo primeiro têrmo é a,
termos seguintes
da soma dos n primeiros termos pela soma dos n Logaritmos. Equações exponenciais
é independente de n. (E.F.E. 1959). Resp.: S n — n 2 .a
termos da progressão
114. Estabeleça a condição para que a soma dos
a 2a - ab
:
T : '

tenha um limite finito e calcule êsse limite. (E.F.E. — 1959)

Resp.: b > 1 e
6(6 - 1)
I) CONCEITO. VARIAÇÃO. PROPRIEDADES
Em uma progressão geométrica, o l.° termo é
115.
25a 2 , 2 (a 2 + l) 2 1. Definições. Consideremos a igualdade que traduz o
e o 4.° é
4(a 2 + 1) cálculo do valor da quarta potência de 3:
sendo a > 0.
34 = 81.
para que a
I Estabeleça as condições a que deve satisfazer a
progressão seja decrescente. O número 3 é a base; o número 4, o expoente; o número
XI _ Calcule o limite da soma dos termos dessa
progressão para 81, a potência.
o valor mínimo da razão. (E.N.E. 1959) A operação denomina-se 'potenciação e tem dúas opera-
Resp.: 0,5 < a < 2 e 125/8 ções inversas distintas por não ser comutativa. Realmente,
tal que l.°) a soma dos 3 4 é diferente de 4 3
Escreva a progressão aritmética limitada
.
116
primeiro 3.») a razao Assim, enquanto a adição e a multiplicação têm uma
'

último têrmo seja 7/3 do


"termos seja 5, 2.°) o
seja igual ao inverso do número
de termos. (E.F.E. lJbU)
,

— única inversa por serem comutativas (a-j-6 = b a e +


Resp.: 3/5. 4/5. 1. 6/5. 7/5. a X b = b X
a) que são a subtração e a divisão, a potencia-

soma dos têrmos da progressão geométrica ilimi- ção tem duas inversas.
Calcule o limite da
117
'

tada na qual a, = <2 e a 2 - 2 - V 2 (E.P.U.C. 1960) - Primeira -inversa: Dada a potência e o expoente , achar
P2 + 1
a base. Se representarmos a base por x, indicaremos:
Resp.:
4
x4 = 81 ou x = V 81 = 3.

A operação denomina-se, como sabemos, radiciação. A-


potência (81), passa a chamar-se radicando, o expoente (4)
passa a chamar-se índice e a base incógnita (x = 3) chama-se
raís.

Segunda inversa: Dada a potência e a base, achar o ex-


poente. Se representarmos o expoente incógnito por x, in-
dicaremos: Ox _ OI
Logaritmos - Equações exp onenciais
Matemática - Primeiro ano colegial

denomina-se logaritmação ou 2.°) Podemos escrever:


Esta operação inversa = 3 = 64
íog4 64 3 porque 4
ttC 'la ou
passa a chamar-se antilogaHtnu = 4
> 2
L log 2 4 = 2 porque 2
expoente
número; a base continua (3) a denommar-se base e o
logaritmo. Observações. ---
incógnito chama-se
(x = 4)
notação dos logaritmos
A nova operação indica-se com o simbo
.
Ouando a base é 10 omite-se o índice na
1 ) o logaritmo de 100 na
= Assim, a notação log 100, significa
log3 81 4,
base 10 (subentendida) e é,
portanto, 2.

na base 3 é 4- As duas equações a* = N e log a N = * são como sabemos


mie se lê •
o logaritmo de 81 2.*)
q
resume a nomenclatura dos dados e eqüivalentes. A primeira diz-se expressa em forma exponencial
O quadro seguinte ^uaMades
traduzidas por tres segunda em forma logarítmica.
do resultado das três operações é sinommo ae
e a

pniii vai entes onde se observa que logaritmo = N, que


operação esta destacado em Sistemas de logaritmos. Na igualdade a*
expoente. O resultado de cada 2.
positivo, diferente
define os logaritmos, a base a é um
número
negrita. -
positivo,Nqualquer que seja x,
de 1. Assim, o número será
positivos tem logaritmos.
POTENCIAÇÃO
RADICIAÇÃO LOGARITMAÇÃO conciuindo-se que só os números
4
Ioga 81 = 4 seus logaritmos
OPERAÇÃO 34 = 81 V 81 = 3 Ao conjunto dos números positivos e de base a.
de logaritmos
numa base a dá-se o nome de sistema
sistemas de logaritmos.
Existe, então, uma infinidade de
3 - Raiz 3 - base exemplo, será constituído pelas
3 - base
4 - Logaritmo, O sistema de base 2, por
4 - expoente 4 - índice logaritmos:
Elementos
81 - radicando 81 - número ou anti- potências de 2 e seus expoentes ou
^ 81 - Potência logaritmo

1024 2 048 I

Conclui-se a definição:
10 11

um reiaçao a urna
número N em
Logaritmo de
de um, e o expoente
base a, positiva e diferente
elevar a base, para obter o numero N.
a que se deve vantagem da intro-
Para dar, desde logo, uma idéia da
a multiplicação:
dução dos logaritmos, consideremos
As igualdades: = 25 + 6 = 21 *
a° = AT e log a N= a, 32 x 64 = 25 X 26

Exemplos o número 2 048


são pois eqüivalentes. 11 (logaritmo), corresponde
:

= 4 Ao expoente
3 4 = 81
log 3 81
r
— e conclui-se =
log 4 2 1/2 32 X 64 2 048,
i_
4a = 9
^
1.®) Das igualdades: conclui-se:
ipg 2 4 - -5. isto obtivemos o produto, efetuando a soma 5
é.
6 11, +
- = o número correspon-
dos expoentes (logaritmos) e procurando
5
2 0
50 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais '1

dente a 11 na tabela do sistema. A multiplicação fica subs- Como maior que conclui-se:
-
a é 1

tituída pela operação mais simples de adição. Adiante veremos A >


1. 1. a > b ou log K loga B.
tôdas as simplificações.
2. Consequências.
Apenas dois sistemas são usados:
a
Os números maiores que 1 têm logaritmos positivos.
°) o sistema de base 10, denominado sistema de loga- )

ritmos decimais, vulgares ou de Briggs. Realmente, de


°) o sistema cuja base é um
número irracional que se 2.
N> 1
3. representa pela letra e, cujo valor aproximado é
1.
Concluo- se
2,71828, com cinco decimais exatas, denominado N > 0
sistema de logaritmos naturais, hiperbólicos ou nepe-
log a N> loga 1 ou lo 8a

rianos (designação tirada do nome de John Napier,


inventor dos logaritmos). a
Os números menores que 1 têm logaritmos negativos.
2. )

Variação dos logaritmos. Se tivermos N' < 1

°) O logaritmo de um ê zero. Realmente,


6 qualquer
concluiremos log a N' < log a 1 ou io §a N < 0
3. 4.
que seja a base teremos:

a° = 1 .
'
.
l°§a A variação pode ser resumida nos seguintes quadros:

base: a > 1 base: oe < 1

°) O logaritmo da base é um. Qualquer que seja a,


temos: 1 v.° + co
QSl/'*/' ... N.° O^a /” 1 /. .+
.
co

log a a = 1 Log - CO /O fl s + ... CO Log + oo\l\0\ ...-00

Os logaritmos variam no mesmo sentido dos


°)
Propriedades operatórias dos logaritmos. Supo-
números, quando a base ê maior que um (*). nhamos x e y os logaritmos de a e b na base a, isto é:
c
1

l0g * a =X
= a *X
c
Suponhamos loga A = a nJ (2){
A > B (bj-logjjb = y donde: ^
\b — av
r
1

log K B = b e (1)
'

De acôrdo com as regras de operações com potências, temos :

.
Por definição teremos:

oc
a = A a. b = a x+v f log a (a.b) - x+ y
c = x -
:

a b
= B a : b = ax ~ v log a (o : 6) y
c logo, em virtude da hipótese (1) : a
a
> a (3) -
am — a mx donde : (4) -j i 0 ga am — mx
No estudo da variação, consideraremos apenas o caso da base maior que um, íog a
Quando
(*)
t base é meeor que 1, os logaritmos variam no sentido contrário doe números. V a = a™ va
52 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 53

Finalmente, considerando os significados de x e y, dados Pela segunda propriedade, temos


nas igualdades (1), temos :

log = log 3 - log 2 = 0,4771 - 0,3010.


'log a (a X 6) = log a a + log a &
log a (a : b) = log a a - log a b log = 0,1761.

(5) 5
lo Sa ( a “)
= m • lo g« a
3.°) log 108.
1. log~a
Decompondo 108 em obtemos
2, f
log a Va =
m
fatôres,
=
log 108 log (2 2 X 3 !)

As igualdades (5) traduzem as quatro propriedades ope- Aplicando a primeira e a terceira propriedades, vem
ratórias: log 108 = log 2 2 + log 33
= 2 log 2 + 3 log 3
= 2 X 0, 3 010 +3 X 0, 4 771
a
) O logaritmo de ura produto c igual à soma
=
dos logaritmos dos fatores, 0,6 020 + 1,4313
1. a
O logaritmo de um quociente é igual ao = 2,0333.
)
logaritmo do dividendo menos o logaritmo
2. do divisor.
5. Característica e mantissá. sistema qualquer Num
S.*) O logaritmo de uma potência é igual ao só as potências da base têm logaritmos inteiros. Assim, no
produto do expoente pelo logaritmo da sistema de base 2, teremos:
base.
log 2 32 = log 2 2 5 = 5
4.*) O logaritmo de uma raiz é igual ao logaritmo
=
do radicando, dividido pelo índice da raiz. log 2 64 6.

Os números compreendidos entre 32 e 64 terão os logaritmos


compreendidos entre 5 e 6. Para o número 43, por exemplo,
Observações.
teremos: = +
'

a As igualdades períodos anteriores traduzem o mesmo


(3) e (5) e os
log 2 43 5 fração.
)
fato em três linguagens. A primeira é a exponencial, a segunda,
logarítmica e a terceira é a linguagem vulgar.
Os logaritmos dos números constam, então, de duas partes:
a No caso do produto, seria do mesmo modo demonstrada a pro-
— uma parte inteira que se denomina característica;
)
priedade para mais de dois jatôres. — uma parte decimal fracionária, denominada mantissa.
Exemplo
Sendo dados : log 2 = 0,3010 e log 3 = 0,4771, calcular 6. Cologarítmo. Ao logaritmo do inverso de um número,
l.°) log 6. dá-se o nome de cologarítmo do número. Assim:
Pela primeira propriedade, temos
colog a a = log a = loga 1 - loga a.
log 6 = (2X3)= log 2 + log 3.
log
donde log 6 = 0,3010 + 0,4771
log 6 = 0,7781
Como o logaritmo de 1 é sempre zero, resulta:

colog a a = -log a «.
2») log ~
O cologarítmo é, portanto, simétrico do logaritmo.
Logaritmos — Equações exponenciais
54 Matemática — Primeiro ano colegial

(quando a
Escrever as seguintes igualdades sob forma exponencial
aplicam-se para substituir as subtrações
Os cologarítmos base não é indicada subentende-se 10 ) :

de logaritmos por adições, como, por exemplo, no cálculo: 13) log 3 = 0,477 16) log 0,01
= -2
10) logdô = 2

log —2 «= log 3 - log 2 = log 3 + colog 2. 11 ) log 2 2 = 1 14) log 2 -g- = -3


__
17) log 6 25 = 2

12) log 1 000 = 3 15) logs 81 = 4


Exemplo
£)
2 3
c 18) Achar os logaritmos dos seguintes números na base 3
Exprimir o logaritmo da expressão sendo dados os
a) 27 b) ~ c) 1
logaritmos de a, b e c.
Temos, em virtude das quatro propriedades: 19) Achar os logaritmos dos seguintes números na base 2
2 3
b c o - log ,-nr
8 ;
16; 1; 1/4; 1/32; ^
= ,
log 5
, 2
+ ,

log c 3 i
'íTã
20)
21)
Qual a base do sistema em que:
= = 4 log 125 = 3
- ~ log )
22)
log 16 4 c) log 81 e)
= 2 log b + 3 log c a;
) log 4 = 1 d) log 144 = 2

Conhecidos : log 2 = 0,3 010 e log 3 = 0,4771 ;


calcular
:

ou, considerando o cologaritmo: V24 3


I

log —4
29)
,
log -3
+ 3 log c+ —
h 2 r3 1 log 8 25) 3
log = 2 log 6
^
colog a. V 81
Va
log V3 26) log 0,12

7. Regra para o cálculo do logaritmo


de um monó- 30) log^il
4
mio. Observando-se o último exemplo do número anterior,
23) log V 128 27) log 14,4
conclui-se:
5 31) log
V 48 28) log (16,2 X 64) ^2
24) log ;

O logaritmo de um monómio obtém-se, adicio- Exprimir os logarímos das fórmulas


nando os logaritmos dos fatores do numerador
:

com os cologarítmos dos fatores do denominador, 32) S = ter


2
35)
multiplicados pelos expoentes respectivos e divi-
didos pelos índices, se houver. 33, B - üAI 3
36) x = a2 V&
34) V- V7
O
EXERCÍCIOS
antilogarítmo, escrevendo
II) LOGARÍTMOS DECIMAIS
Dizer qual a base, qual o logaritmo e qual o
as igualdades em forma logarítmica :
8. Propriedades.
=8 10° =A 7) 5* = 625
A característica do logaritmo decimai de um
2s 4)
- =
10» = 1 000 000 5) 10 3
0,001 _ número maior que um, 6 uma unidade menor
3 2 = J_
2) a")
\
=1 9 que o número de algarismo de sua parte inteira.
3) IO!.»» = 20 6) 10»
56 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 57

preendido entre 10
~ “ e 10 ~ (“ ~ e, portanto, poderemos
Demonstração. *)

escrever
Um
número com 2 algarismos na parte inteira fica com- :
10
~ » < N < 10 - (”
- ')

preendido entre 10 e 100, ou; 10 1 e 10 2 número com 3 . Um


algarismos fica compreendido entre 100 e 1 000, ou, 10 e
2 Tomando os logaritmos na base 10, virá:
~
10 3 e, assim por diante.
,
-n < log N < — (n - 1),
De modo geral, um número com n algarismos na parte N
inteira ficarácompreendido entre 10” “ 1 e 10”. isto é: log N = -n + fração (mantissa).
Podemos, pois, escrever :
A característica é, pois, -n
10" - 1
< N < 10".
Exemplo
Considerando os logaritmos na base 10, virá :
*
As caracetrísticas de
n— 1 < log N < n, log 0,4; log 0,0581; log 0,0027; log 0,8705
isto é : log N = (n - 1) + fração. são - 1,
- 2, -3 e - 1.

A característica é, pois, n— 1

Exemplo Quando se multiplica ou divide um número


As características de
s
3. ) por uma potência de 10, a mantissa de seu
logaritmo decimal não se altera.
log 584; log 8,501; log 27, 432; log 5 873.

são 2, 0, 1 e 3 Demonstração.

A característica do logaritmo decimal de um Representemos por c a característica e por m a mantissa


. número positivo menor que 1 é negativa e tem do logaritmo de um número a, isto é:
tantas unidades quantos zeros precederem seu
primeiro algarismo significativo. Ioga = c, m. (1)

De acordo com a segunda e terceira propriedades, teremos:


Demonstração
log (a X 10p ) = log a +
p log 10
Um número decimal, cujo primeiro algarismo signifi-
log (a 10p = log a - p log 10
de centésimos, isto é, que tem 2 zeros precedendo )
:

cativo é
o primeiro algarismo significativo como, por exemplo, 0,032, ou, de acordo com a hipótese (1)
é maior que 0,01 e menor que 0, 1, e, portanto, fica compreen-
- 2 e 10 ~ *. log (o X 10 p )
— c, rn + p
dido entre 10
Um
número decimal com três zeros precedendo o pri- log (a : 10 p ) = c, rn - p
meiro algarismo significativo, como 0,0081 será maior que Como p é inteiro deve ser adicionado ou subtraído da
~ 3
0,001 e menor que 0,01 e ficará compreendido entre 10 parte inteira c e teremos:
e 10
- 2
.

De modo geral, um número decimal N, com n zeros log (a X 10p) = (c + p), rn


precedendo o primeiro algarismo significativo ficará com- log (a : 10p ) = (c - p), rn
- Logaritmos — Equações exponenciais
58 Matemática Pr imeiro ano colegial

m, enquanto negativo - 3,1010, no qual a característica e a mantissa são


Assim, a mantissa mantém-se com o valor
diminuída do expoente ambas negativas.
que a característica fica aumentada ou Surgem, daí, os dois problemas de transformação do loga-
da potência. ritmo preparado em negativo e reclprocamente.
Exemplo
) Transformação do logaritmo preparado em ne-
Sendo log 327 = 2,5145
gativo. Exemplo.
conclui-se: log 3,27 = 2,5145 - 2 = 0,5145
Seja log 0,002 = 3,3010,
log 327 000 = 2,5145 + 3 = 5,5145.
Temos em virtude da convenção:
que se quer transformar.
Consequência 3,3010 = -3 + 0,3010
A mantissa do logaritmo de um número decimal, no sis-
Efetuando a adição vem:
tema de base 10, é independente da posição da
vírgula.
log 0,002 = - 2,6990

9. Logarítimo preparado e logaritmo negativo. Em Assim, a transformação obtém-se efetuando a adição


desnecessário for-
virtude das duas primeiras propriedades, é indicada.
características dos logaritmos
mar uma tábua ou tabelar as em pre-
podem obtidas à simples vista ) Transformação do logaritmo negativo
decimais, pois as mesmas ser

dos números.
parado. Exemplo.
,.
mantissas dos
Dêsse modo, as tábuas contem somente as Seja o logaritmo negativo - 3,9867.
logaritmos dos números inteiros. Podemos escrever:
Com o objetivo de assegurar esta vantagem (tabelar - 3,9867 = - 3 - 0,9867.
conservar a
sòmente as mantissas dos inteiros) é conveniente
mantissa sempre positiva. Assim, sendo, por
exemplo, Somando e subtraindo uma unidade, tém-se:
log 2 = 0,3010 - 3,9867 - ( - 3 - 1) + (1 - 0,9867) = - 4 + 0,0133,
donde finalmente:
teremos, em virtude da terceira propriedade: _ ^ g867 _ 5 0 133.
log 0,002 = 0,3010 - 3,
Regra para achar o cologarítmo. Consideremos o
10.

e se efetuarmos a soma algébrica, obteremos um logaritmo logaritmo:


=
soma, log a 3j517 o.
Convenciona-se, então, deixar indicada a
ii
negativo.
escrevendo-se o sinal menos acima da característica, para Por definição (n.° 6), teremos:

indicar que apenas ela é negativa, isto é, escreve-se. colog a — — 3,5170 = — 3 — 0,5170
log 0,002 = 3,3010. Subtraindo e somando uma unidade, o que não lhe altera
o valor, vem:
Ao logaritmo escrito com esta convenção denomina-se
logaritmo preparado. cologa = - 3-1 + 1- 0,5170 = — (3 + 1) + (1 — 0,5170) (1)
__

Convém fixar que o logaritmo preparado 3,3010 é eqüi- donde, finalmente: 7 OOA
do logaritmo

,
colog a = 4,4830.
-

valente a - 3 + 0,3010 e deve ser distinguido


Logaritmos — Equações exponenciais 61
60 Matemática - Primeiro ano colegial

conclui-se a regra: b) Multiplicação.


Observando a expressão (1),
Primeiro caso. A multiplicação de um logaritmo posi-
tivo por um número inteiro procede-se de a.côrdo com a regra
1) A característica do cologarítmo obtém-se so-
mando + 1 à característica do logaritmo e conhecida da multiplicação de decimais.
trocando o smal do resultado# =
Para obter a mantissa do cologarítmo sub-
Exemplo: 3,4771 X 4 13,9084.
2)
trai-se de nove cada algarismo da mantissa
Segundo caso.
dada, exceto o último algarismo significativo
à direita que se subtrai de 10,
A multiplicação de um
logaritmo preparado por

Observação. A regra é a mesma para obter o logaritmo, dado o um número inteiro multiplicando,
efetua-se,
separadamente, a mantissa e a característica
cologarítmo. pelo inteiro, e adicionando os resultados.
Exemplos.
L-) Se log x = 3,8171, conclul-ee : colog x = 4,1829.
= ?,3010, conclui-se colog y = 3,6990. Exemplo
2 .o) Se log y
:

Seja efetuar a multiplicação 2,4011 X 13.

11. Operações com logaritmos (*).


X 13 = 5,2143
Temos: 0,4011

o) Ad i ç ã o. e -2 X 13 = - 26
Adicionando os resultados, vem:
Para efetuar a adição de vários logaritmos, =
adicionam-se as mantissas, e as reservas positi- 2,4011 X 13 21,2143.
vas, se as houver, adicionam-se à
soma algébrica
das características Observações.
1») Quando o multiplicador tem apenas um algarismo, não é neces-
sário efetuar asduas multiplicações destacadas, podendo-se
manter as reservas de memória, como no exemplo
Exemplo
4,8627 X 2 = 7,7254
Seja a adição: 3,5847 + 2,8010 + 4,9897.
A unidade de reserva da mantissa, mantém-se de memória e diz-se :

Disposição do cálculo:
3,5847 -4X2 = - 8, mais 1,-7
2,8010 2.a) A multiplicação de dois logaritmos não ocorre no cálculo. _

4,9897
§,3754 c) Divisão
As duas unidades positivas de reserva da soma das man- A divisão de um logaritmo positivo por um inteiro proce-
tissas foram adicionadas à soma algébrica das características, de-se como na divisão de decimais.
o.btendo-se: — 3 + 2- 4 — 3. Excluída esta hipótese podemos, então, considerar três
-J-2
adiçao
casos de divisão de logaritmos preparados.
pois 6 substituída pela
A subtração de logaritmos nSo se efetua,

do cologarítmo.

1
\

62 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 63

Primeiro caso. A característica do logaritmo prepa- Terceiro caso. Divisão de um logaritmo por outro.
rado é divisível pelo inteiro
Se um dos logaritmos ou ambos forem preparados,
transformam-se prèviamente em logaritmos
negativos e efetua-se a divisão da fovcjna vulgar.

Exemplo Exemplo
Seja dividir 6,4836 por 3.
Seja dividir 3,4850 por 1,3010.
Dividindo-se a característica por 3, obtém-se - 2.
Temos:
Dividindo a mantissa por 3, obtém-se 0,1612.
3,4850 : 1,3010 = (-2,5150) (-0,6990) =
: 3,5 (aprox.)
Assim, temos:
.
3 = ^,1612.
12. Tábuas de logaritmos. Disposição. As tábuas
Segundo CASO. A característica não é divisível pelo ou tabelas de logaritmos contêm apenas as mantissas dos
inteiro. '
•. logaritmos dos números inteiros, com 4, 5, 7 e mais algarismos
de ordem decimal.
Âdiciona-se à característica o menor número de Anexa ao volume encontra-se, em cartolina, uma tábua
unidades negativas necessárias para obter um de logaritmos de 4 decimais, contendo os números inferiores
número divisível pelo inteiro. Adiciona-se número a 1 000.
igual de unidades positivas à mantissa a fim de As mantissas dos logaritmos dos números de um algarismo,
não alterar o logaritmo.
Em seguida, dividem-se, separadamente, os como 1, 2, 3, etc. são encontrados em 10, 20, 30, etc., de
resultados obtidos pelo inteiro. acordo com a terceira propriedade dos logaritmos decimais.
Julgamos suficiente uma tábua de quatro decimais para
as aplicações do Curso Secundário.
Exemplo
!
Seja dividir por 5 o logaritmo 2,4825. 13. Achar na tábua o logaritmo de um número dado.
Soma-se - 3 à característica e obtém-se:
Primeiro caso: O número está na tábua ,
I
isto é, é
( -2- 3) : 5 = = -5 : 5 = - 1 menor que 1 000.
I

A característica do quociente é — 1. Neste caso lemos os dois primeiros algarismos do número


na coluna N e o terceiro na linha N; a mantissa será lida no
s
.
Somando 3 à mantissa obtém-se:
I cruzamento da linha com a coluna.
3,4825 : 5 = 0,6965.
1
Primeiro exemplo
;!!
Tem-se, então o quociente: Achar o logaritmo de 258.
2,4925 : 5 = 1,6965. Lemos 25 na coluna N, no quarto grupo de números e
«
Observação. Na prática, a adição das unidades à característica e o algarismo 8 na linha N. No cruzamento encontramos a
K mantissa 4 116.
à mantissa faz-se mentalmente.
t

!?

jS
64 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 65

Como a característica é 2 (n.° 8), concluímos: A mantissa será:


6 794 + 6 = 6 800,
log 258 = 2,4116.
= 3,6800
e conclui-se: log 4787
Segundo exemplo. Cl
Dispositivo prático. O resultado da_regra de três encon-
Achar o logaritmo de 84.
tra-se calculado para os décimos de 1 a 9* sob o título partes
Procuramos 84 na coluna N e o algarismo 0 na linha N, pois
proporcionais. Assim, na coluna correspondente a 7 décimos
a mantissa de 84 é a mesma de 840 (terceira propriedade). lemos, na linha 47, o acréscimo 6, podendo ser usado o dis-
No cruzamento lemos a mantissa 9 243 e concluímos:
positivo: .

= mantissa de 478.. 6/94


log 84 1,9243.
dif. para . . . 0,7 6
Terceiro exemplo
log 4 787 = 3,6800
Achar o logaritmo de 0,0437.
Segundo exemplo Oj
A caraterística é - 2 (n.° 8). A mantissa é a mesma de
Achar log 98,538.
437 (terceira propriedade) Logo, vem: ri
Para achar a mantissa, desprezamos a vírgula (terceira
log 0,0437 = 2,6405.
propriedade) e utilizamos as partes proporcionais para os
ri
décimos e os centésimos do número 985,38, com o seguinte ri
Segundo CASO. O número não está na tábua, isto é,
dispositivo:
í

€ í
é maior que 1 000. mantissa de. . 985. .... 9934
Neste caso, a mantissa é calculada considerando-se que dif. para 0,3. .. . 1
M
quando a diferença entre dois números é pequena em relação dif. para. .... 0,08. . . 0/4
Cl
aos mesmos, a diferença entre os logaritmos é aproximada- log 98,538 = 1,9935 j

mente proporcional à diferença entre os números. CJf


Observação. Desprezam-se os 4 décimos de mantissa. Se tivésse-
Primeiro exemplo r . 1 ' „I ,1 ^ rvv.. moo a nlfroriomn eDnoomo n
rl
ri
Achar o logaritmo de 4 787. ri
Como a mantissa é a mesma qualquer que seja a posição 14. Achar o número, dado o logaritmo.
da vírgula, consideramos o número 478,7, compreendido entre Primeiro caso: O logaritmo dado está na tábua.
478 e 479 que estão na tábua e teremos: Exemplo
mantissa de 478 6 794 Sendo log x = 1,8710, achar x.
mantissa de 479 6 803 Procuramos a mantissa 8 710 e, a encontramos no quarto
diferença = 1; diferença = 9 grupo de números da segunda página.
Na coluna Ne
na linha de 8 710 encontramos 74 e na
Assim, como a diferença entre 478 e 478,7 é 0,7, formamos cabeça da coluna em que está 8 710 encontramos o algarismo 3.
a regra de três: Escrevemos, então, o número 743 e colocamos a vírgula de
se o n.° aumenta 1 a mantissa aumenta 9 acordo com a característica, isto é, o número tem dois
logo, se o n.° aumentar 0,7 a mantissa aumentará x, donde: algarismos na parte inteira. Concluímos:

— = x =» 74,3 ou antilog 1,8710 = 74,3.


x 9 X 0,7 6,3 sa 6.
66 Mateinática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais

Segundo caso: O logaritmo dado ndo está na táhua. Exemplos


a
l. ) Calcular a raiz quinta de 0,7893.
Exemplo
Representemos por x o valor da raiz procurada, isto é:
Dado log a = 2,8404, achar a.
5
Procuramos a mantissa 8 404. Não é encontrada, mas x = V 0,7893 ~-_
lemos as mantissas 8 401 e 8 407, entre as quais ela fica com-
preendida, na décima quinta linha da segunda página. Teremos (quarta propriedade operatória):
De acordo com o primeiro caso, escrevemos:
à mantissa 8 401 corresponde o n.° 692
. 0,7893
><**—*-*
log
— —T- _ 1,8973

à mantissa 8 407 corresponde o n.° 693 = =


donde: log x 1,9794 e * 0,9536.
diferença = 6 diferença = 1.

Adiferença entre a mantissa menor (8 401) e a dada 2. a ) Calcular o valor da expressão:


. —X V
547,8 0,396

(8 404) é 3; assim, temos a regra de três: n.° 7, sendo, na


da expressão faz-se pela regra
O cálculo
ao acréscimo 6 da mantissa corresponde 1 no número, prática, as parcelas dispostas em coluna. Os cálculos auxilia-
res, para obter os valores das parcelas, acham-se destacados à
ao acréscimo 3 da mantissa corresponderá x no número,
direita.
donde: x = 3 : 6 = 0,5.
Dispositivo prático
Assim, o número correspondente 'à mantissa dada é:
CÁLCULO AUXILIAR
Cálculo definitivo
692 -f 0,5 = 692,5. log 547,8 = 2,7386 1) mantissa de 547 7 380

V2 \og 0,396 = 1,7988 dif. para 0,8. .


6
Considerando a característica 2, temos, finalmente:
colog 251 = 36003 log 547,8 = 2,7386
a = 0,06925. log.E = 0,1377 =
2) log 0,396 1,5977
Dispositivo prático para 1 367...... 137 1,5977:2 = 1,7988
I para 8 401. . . 692 3:6 = 0,5. para dif. 10 0,3
3) log 251 = 2,3997
•'

I para dif 3 . . 0 ,5 E = 1,373 colog 251 = 3,6003

,, a = 0,06925
16. Mudança de base. Mudança de base é o problema
II
Observação. Podemos utilizar as partes proporcionais, procurando que consiste em determinar os logaritmos dos números na
a diferença 3 na linha da mantissa 8 401 e lendo na cabeça da coluna os mesmos
= base b, sendo conhecidos e tabelados os logaritmos dos
I 5 décimos correspondentes; evita-se assim a divisão (3:6 0,5).
números no sistema de base a.
Seja N um número qualquer, cujo logaritmo na base b
!>
j

Cálculo de expressões por logaritmos.


15. Uma ^

W expressão diz-se logarítmica isto é, calculável por logaritmos, queremos achar. Representemos por x, o logaritmo procurado.
nr nrnm ao •

quando as operações nela existentes são multiplicações, divi-


j

sões, potenciações e radiciações.


b
x
= N
68 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais

Tomando os logaritmos dos dois membros no sistema EXERCÍCIOS


conhecido (base a), vem: Achar os logarímos dos seguintes números.
0,01487
x . log 0 b = log a N 1) 485
2 689
4) 5 829
5 34 897
7)
8) 0,2389
e, finalmente: 4 231 6) 236 987 , 9) 0,097148
3)

Achar os antílogarítmos de
2,4842
* “ log ° N - 10)
11)
2,5717
1,7623
I

I
12)
13)
§,9901
3,2274
I

I
14)
15) 0,8o03

Achar os cologarímos de
258 19) 34,76 22) 0,008574
Conclui-se: 16)
7 865 20) 2,9836 23) 756,8
1. 17)
18) 32 698 21) 0,2748 24) 0,01348
2. Para passar os logaritmos do sistema de base n
para o de base b, multiplicamos os primeiros Achar os números cujos cologarítmos são
1 1,3186
25) 2.5528 1 27) 1,8321 1 29)
pela constante •
26) 0,0158 28) 3,1895 |
30) 0,0048
I

Transformar em logaritmos negativos


31) §,5229 32) 1,6989 |
33) 2,4771
|

Observações.
Transformar em logaritmos preparados
“) A constante — — denomina-se módulo
loga b
relativo do sistema
34) - 2,5801 | 35) - 2,4771
:

|
36) - 0,3010
de base b em relação ao de- base a. Efetuar as operações
®) O módulo de um
sistema em relação ao sistema neperiano (sím-
37) 3,4142 + 1,3642 + 2,1518 42) §,1820 -4
-1- 5
bolo l ) denomina-se módulo absoluto.
38) 3 X 2,4771 +2X 1,8780 43) 3,41 80
§,4180 -4 1,3010
Assim, o módulo absoluto do sistema decimal será: -4
39) 3,5162 2 § 9798
441 2,9798
44) -4 T 5028
1,5028
1 1
M _ _ = 45) 0,3084 -4 1,1011
1 10 2,3026 40)
^ X 2,8788
donde M = 0,4342. 41) 1,6991 -s~| 46) 4-
ó
X 2,5058 +2X 1,7348
Conclui-se : para passar os logaritmos do sistema neperiano para o
decimal, basta multiplicar os primeiros por 0,4342. Calcular, por logaritmos :

Exemplo. 47) 52,84 X 352,7


Calcular Iog 4 9 343. 48) 318,9 : 27,531
'

427 X 37 000
O módulo relativo do sistema de base 49 em relação ao decimal será: 49) (13,583)*
1 50) - 3,845 X 1 230 X 0,387
— I X (0,51) !
55)
log 49 1,6902 2,81
Logo temos 51) 3,27 X^jj- 56) (0,45)
J
. %
log 343 2,5353
log 48 343 = ~ 3
1,6902 1,6902
45 V 0,383
x X (0,45) X 2
4,61
52) 57) 3
4 3
Iog 40 343 = -|- < 5,832 68) £, (5,2) * X 4,81
53) < 82,37 :
70 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 71

Determinar o módulo do sistema neperiano em relação ao decimal,


59) Calcular o décimo quinto têrmo de uma progressão geométrica, cujo
primeiro têrmo é 5 e a razão 4. Resp. 134 400 000 (ap.) os logaritmos neperianos dos seguintes números:
76) 29 77) 381 78) 8,42
60) Calcular a razão de uma progressão geométrica, cujo primeiro têrmo
de base Resp. 2,26.
79) Achar o logaritmo de 12 no sistema
3.
é 2 e o nono, 781250. Resp. 5.

61) Calcular o número de têrmos de uma p. g. onde o primeiro é 2, o últi- 80) Determinar o módulo, relativo ao decimal, do sistema de^base 12
e 1,854
mo 486 e a razão 3. Resp. 6. e determinar nêsse sistema o logaritmo de 1Ü6». Resp. 0,92/
62) Calcular a área de um hexágono regular, cujo lado tem 0,35 m f
Resolver os sistemas :

3
(fórmula: — . V3 ). Resp.: 0,1114 m 2
. 81 { logx logy = 2
+
l 3x — 5y =55 Resp. 25 e 4.
63) Calcular o volume de uma esfera, cujo diâmetro mede 2,36 cm logx - log y = \ogy
g2 |
(fórmula: — xd’). Resp.: 5,465 cm3 .
l 3x + 2y = 33 Resp. 9 e 3.
83) Achar o número x, tal que o dôbro de seu logaritmo decimal^ ultrapasse
64) Calcular por log. : 3 de 2 unidades o logaritmo decimal de x- 9. (E. Eng. Juiz de Fora,
* = —0,47985 Xj V 8,394*

(E. Naval)
1951). Resp. 10 e 90.
^
84) Dada a expressão 1 ,25 V 62,5
Resp. 0,1023.
10> X ^ 0,0007
:

N- (o,5iyr-
65) Sendo : 53
üt>
calcular o logaritmo decimal de N, sabendo-se que log 0,5 = 1,698 97.
/125\ 74’
(E. N. de Eng., 1948). Resp.: 7,68524.
\128/ —
85) Se as raízes a e b da equação x 2 - px + Rn 0 são reais e positivas
calcular, sem emprêgo de tábuas, o log de N.
demonstrar que: log fl 'Í
+ log B a + + l°g b = n V- (E. E. da
s
Dá-se: log 2 = 0,30103 Resp. 1,9925. (E. N. E., 1945)
U. Minas Gerais, 1947).
Sendo log 20 = 1,30103, calcular log (0,08) 1/8 (E. T. E., 1945).
Dados a = = = 0,30103 e log 7 =
2,8 ;b = 0,025 ;c
66) 4,86 log 2 0,84510
86) ;
Resp. 1,86288.
calcular colog x, sendo : S
67) Sendo log 0,35 = 1,5441 e log 0,7* = 3,7608, achar, sem tábua, o a- V b
5
de V 0,25 (E. T. -E., 1946). Resp.
. 1,8796. (E. N. de Eng., 1950)
* 0+2 Resp. 1,52397
Determinar a expressão M, cujo desenvolvimento logarítmico é = 0,47712 e log 2 = 0,30103,
68) 87) Dados, no sistema de base 10 : log 3
calcular na base e
) log M= 2 log a + 3 log b ; c) log M — ~ log a - 3 logê r/ 25 \
s
l
«

) log M = -r-
1
log a - 2 log b ; d) log M = log o +
2
colog -5- b.
(E. N. Química)
Io g
L\9/Ji Resp.: 0,6130
â O
Na fórmula
^
= 12,87 são dados : % = 3,14 h = 72,46
Resolver as equações 88)
L
;

log (3x 2 + 2) + colog (x* - 6x + 1) = log 2. Resp. x = 0 e


- 17x : 5.
L = 0,715.
69) Arqui-
N. Arqul-"
2 log x = 1 + log (2,4 -x) (E. T. E., 1947). Resp. 2
Calcular R com auxílio dos logaritmos a 4 decimais. (E.
70) Resp. 0,1006.
tetura)
71) log V 5x + 1 + log V 7x + 4 = 1 + log 2 (E. T. E., 1947) Resp. : 3.
com o auxílio de logaritmos, o valor de V dado pela fórmula
Calcular,
89)
log V 7x + 3 + log V 4x + 5 = + log 3 (E. Aer., 1943). Resp.
-i- 1.
abaixoem que a = 0,5781 b = 81,48 c = 23,94 tc =
: ; ; ;
72)
Zj Achar também o logaritmo neperiano de V. (E. Nac. Arq.)
Determinar os logaritmos dos números seguintes no sistema de base 7 :
V = t/ ab 3 : c! V 3) Resp.: 1,769 e 0,5740.
90) Resolver : log x log y = 3 ; + 5x 2 - Zy % = 6 125 (Escola Nacional
35 74> 2 401 40 e 25 (Cecil Thiré-Ex. Álgebra)
73)
1 75) de Agronomia, 1950). Resp.

B
i


j

72 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 73

Primeiro exemplo:

III) EQUAÇÕES EXPONENCIAIS Resolver Z x = 6


(Curso Científico) Temos: x log 3 = log 6

17. Definição. log 0,7782


X ~ o
“ = Ç63.
log 3 0,4771
Equação exponencial é a equação em que a incógnita '

Segundo exemplo
,

figura em expoente.
Resolver IO 2 * _ 1 == 5.
2
Exemplos = 9 .
tf = 64 ;
3* + 2 ~
3 3 = 4. Temos: {2x - 1) . log 10 = log . 5
]‘

Quando a incógnita figura em segundo expoente, a expo- Como log 10 é 1:


nencial diz-se de segunda ordem e assim por diante. = 0,6990
2x - 1

Exemplo -0,69W+1_ 08495


x
* •
A equação 3 = 81 é uma exponencial de 2.® ordem.
Terceiro exemplo
Resolver 9 3:2
- 2x +.1 _
18. Resolução da equação de primeira ordem a x — b,
Primeiro caso. a e b são potências da mesma base. Temos: (
x 2 - 2x + 1) . log 9 = log 675.

Neste caso a solução é imediata. =


ide: x2 -2x+l = log 9
2,96.
Primeiro exemplo
3* = 81.
Daí, a equação do segundo grau:
Como 81 é a quarta potência de 3, vem: x 2 - 2x - 1,96 = 0,
3X = 3 4
.

. x = 4 .
cujas raízes dão os valores aproximados de x:
1

Segundo exemplo = = -- 0,7.


9* ~ 1 = x' 2,7 e x"
81.
Quarto exemplo:
Substituindo 9 e 81 que são potências de 3:
Resolver 2 4* . 3 21 = 432.
3 2 x
(
- õ = 34 ,
Tomando os logaritmos;
logo, conclui-se: 2 (x - = 4 e x = 3. =
1)
4x . log 2 + 2x . log 3 log 432.
Segundo caso: a e b são quaisquer .
donde: (4 log 2 + 2 log 3) x = log 432.
A equação resolve-se por logaritmos o que dá: e, portanto
x log o = log b
*
log 432 2,6355
“ + ” 4 X
log b
4 log 2 2 log 3 0 , 3 010 + 2 X 0,4771
x =3
log o Feitas as operações, obteremos: x & 1, B.
Logaritmos — Equaçõ es expon enciais^
Matemática - Primeir o ano colegial
21.
74
Equação onde, nos expoentes incógnitos, figuram
19.
ordem. Seja a
Equação exponencial de segunda adições e subtrações. Consideremos a equação:
exponencial S
2* = 81. 3* + i _ 33 - * = 80.

Façamos : 2
X
= y W A adição de expoentes resulta da
multiplicação de potên-
resultará a de primeira ordem podemos escrever
:

Substituindo na equação dada, cias da mesma base logo, .


;

3® = 81 y = 4 .


3* + 1 = 3 .3*

em obteremos nova equação Analogamente a subtração de expoentes resulta


da divisão
Levando o valor de y (1)

de primeira ordem 33
_ 27_
20. :
^ ^ .
x = 2.
e teremos :
33 ~ 1 =
terceira ordem,
análogo resolveremos as de
De modo
Observação ordens inferiores. Assim, a equação dada pode esciever se .
às
quarta etc., por reduções sucessivas

+h x +c-0.
a.a2x
Equação exponencial do tipo 3.3-f-80.
. <x ...
Assnn, se
Observemos que um expoente é duplo do outro. =
Façamos : 31 y (1)
fizermos:
^= = y», •
a 2, resulta a equação do segundo
(1) e eliminados os denominadores,
.
y .

segundo grau em y .
grau 22. 3 y 2 - 80 y - 27 =
obteremos a equação do
:
0,

ay 2 + by + c = 0. W cuias raízes são : 1


y'
y
r
= 27 e y"
y' = - -3-
que, substituído em (1),
A equação (2) dará o valor de y
exponencial do pnme.ro t.po. positivos de
1 fora et uma equação Como à equação (1) só convêm valores y,

teremos a única solução :

Exemplo =
2* -8 7 Z -F 7 = 0.
3* = 27 .

. x 3.
a Resolver : 7

71 = (1)

• 7
21 = V
2
Equações onde figuram índices incógnitos.
Pode-
li
Façamos : y •

mos transformar potências de expoentes fracio-


os radicais em
dada, vem diretamente, as proprie-
Substituindo na equação
:

nários ou aplicar, quando possível,


li 2 - Sy 7 = + 0.
dades dos logaritmos.
y
Exemplo : x~\
equação do segundo grau dá
:
x
A Resolver V4 V 2 =4.
= e y" = 1-
.

4 ± V 16 —
. y' 7
y = 7 ' •
vem:
Aplicando a propriedade da raiz,

em (1) teremos as duas soluções:


t Substituindo
7* = 7 _
7* = 1 ܣSA + V,
!
'V* 1
log 2.
•i x — 0.
.
*
. a: = o
i
li;

»

76 Matemática — Primeiro ano colegial Logaritmos — Equações exponenciais 77

Simplificando log 2, resulta a equação: 28. Resolver o sistema:

—x + —
x—
—=2 l

1
, { li = (E- Militar, 1941) Resp.
, —
: x = Oey ~ Ooux = ±
3 3
25. 5
cujas raízes são: x' — 2 e x" = e v ± ,

* 3
0,5. 9 ,
29- Resolver : 100 X 10* = V 1 000 5' (E. Militar, 1937) (E. F. E. - 960)
t
Resp. : : 3 e- 5.

EXERCÍCIOS ; 30. Resolver : 22* +*- 57 = 65 (2* - 1) (E. Militar, 1940) Resp. 3 e - 3.
Resolver as equações :
31. Resolver a equação :
4* + 2
.
2* +
24 2 2 ** =
(E. Arq. Un. de .

18 1S ’ 1952 Cfr 4<>rnal de Matemática, Belo Horizonte)



2* = 16. Resp.: 4 12. 7
X
= 147 Resp.; 2,8 Resp - -*3 4

3 2 *~ 3 — Resp.; 3 13. 3* ~ = 4* + -8 3(9*+x_


. , 27. 1 1
Resp.: 6 32. Resolver: 7) = 16(9*- (E. E. Juiz -
. a
x
= h Resp.: 2
5
.

-V- 15.
31-»
5* 2 ~ 7I+
-
10
1
=
fíesp.;
625 Ãesp.; 1
3
e 6
Dispensa-se o cálculo logarítmico.
3-
1)

Resp.: x =
de Fora
°g 5
3
1952.)
+
co? ogH
J °g'9
.

3
21 -2
T„
=-f Resp.; ,—
.

4
.
16. x.loga = ,
log. Va Resp,: — 1
-
» OO
.33. T7 ,
Resolver 2* — = \ 2 VY Oaormrnn pJ « o ~segundo
i
+ d : -
escrevendo 1 |
membro com a
123* =1 7 *— 1
fípt-n • - n«
17 22 '“ 5 2* +4 = 0fíesp 0 e 2
'

23* 32* - 5 igU Resv \ 2


t - • -

7 7..-340V-' ,47
-K.af+2.3—
4l9. 5*~
-7S«».0.1,. forma 2 m (F. N. Arquitetura, 1947) Resp.: - ~
Resp. ; 2 *
+ 5*- + 5*- + 5*- * * «

O ,x V •
o*
2 +4 =
I A n T>
° ReSp n
° '
= 780 Resp. 5
4— - 2—
34. Resolvera equação 3 2 *- x - 3* - 3*-
ü. S. Paulo, 1953) Resp ; 0 e 1.
+1= 0 E
( . E. S. Carlos -
e 0,4 20. 16* - *
10 = « .

34 -
ReSP -'
3* + * = 82 ResP '. 0 e 4 } 35. Resolver 3* : = . _l 3*— 3 _ 3'»

= 3* ~ — (E. E. Paraná, 1947).


22(2-*) + 22* 17 Resp _
0 i. 21. 4*-
f21.
4* -
18
= R
Resp.:
eS ^
p.; 2 Resp. 2,5. 1 3* 2

- e 2 ‘
16 4

Va 1-2 * = Va 1- lx Resp —~ .
i

+ 22.
22 - — +3»-*
3*
+ = 3—
3j 31 ~ x
2
1

Resp.:
2?eS p.: 0
Questões de Concurso

36. O logaritmo de 1
em
na base a é
1958:

porque
e 1,6 (E. N. E.).
37 l0S deCÍmal de b sabendo
Resolver os sistemas ’
(e'n^ 9ue 0 log de 100 na base b é 8.
E°)
f 2* 3» = 108 38. Calcule a parte inteira do logaritmo de
t
.

= 128
200 na base 3. (E. Flu. E.). ”
4* . 2» Resp. 2 e 3. 39 0 nÚmer° Da base a é> por definição N
3* - =9

(E 'p^C — Rio™
/ »
'40. Calcule o logaritmo de 256 na
L log í - log y = log 2 Resp. : 4 e 2.
base 2V2. (E. P. U. C. Rio)
Sendo log„A = x, tem-se log„
Calcular o numero de termos de uma progressão geométricas, cujo
41. = (E.P.U.C. Rio 59) — —
primeiro têrmo é 5, o último é 10 240 e a razão, 2. Resp. 12.
42.
43.
Sendo log x = 3 Ioga - log(6+c), x = ... (E.N.E. 1960) —
Calcule a parte inteira do log. de 0,04 na base
* x-l 1/2. (E.P.U.C. 1959)
V 4. V 2" = 4. Resp. 2 e 0,5.
o) (a*) 2 «= (a*)* Resp.: 0 e 2.
44. Calcule log V7 9 na base VI! (E.F.E. — 1960)
45. Resolva a equação Ioga: - log(a;-f-l) =
- *)* =» a* 1 (E.F.E. 1959)
ò) (a“ Resp.: 0 e 6 - 1 (E. N. Química, 1945). Resp.: - 10/9
78 Matemática — Primeiro ano - colegial
r^j r-w

46. O valor de x da equação 2* = 0,03, sendo log 2 = 0,301 e log 3 =


= 0,477, com aproximação de décimos é (E.F.E. 1957) . . .
.
— UNIDADE III

Resp.: —5,1.

47. Resolva a equação 3 ^ ^ = 1/27 (E.F.E. — 1959) Resp.: 5 e 1.


Retas e planos; superfícies e poliedros em
48. A equação 3
xi ~ x ^3 = 1 tem para soluções geral; corpos redondos usuais; definições
(E.P.U.C. — Rio, 1957) Resp.: .0 e VI e propriedades; áreas e volumes
49. Dada a função y = 3X ,
calcule os valores de x para os quais se tenha

y < — (E.F.E. — 1958). Resp.: -1/2 < x < 0.

À50. Resolva a equação 3.9


1
+ 7.3
X - 10 = 0 (E.F.E. — 1957)
Resp.: x — 0.
Capitulo I
51. Sabendo-se que colog = 1,43217, calcule log x. (E.N.E. — 1959).
Resp.: 2,92588
"
RETA E PLANO. DIEDROS. TRIEDROS
52. Sendo log a = 2,71523, calcule log V~ã (E.N.E. — 1959) 1.
54.
Resp.: 1,74305.
2. I) RETA E PLANO
53. Resolva ò sistema xv — \
y
2 3.
1. Plano. A noção dè plano é primitiva.
O em tôdas as direções. Quando é
plano é ilimitado
4.
necessário objetivar um plano, faz-se a perspectiva cavaleira
(E.P.U.C. — Rio — 1959) Resp.: 1/2 e 2 de uma porção retangular do mesmo, como o plano da fi-
— Rio gura 1. -
+ SÍlx—1 — 82.27
I

1 (E.P.U.C. 1960).
Resolva a equação 92a; .

Resp.: 1/4. 2. Postulados do plano.


°) Tôda reta que tem dois pontos num plano fica intei-
ramente contida no plano.
°) Por três pontos não situados em linha reta passa um
plano e somente um.
°) Todo plano pode ser levado a coincidir com outro,
de modo que uma reta qualquer do primeiro coin-
cida com qualquer reta do outro.
°) Um plano divide o espaço em duas regiões que pode-
mos denominar semi-espaços. Uma reta que passa
duma dessas regiões à outra, encontra necessà-
riamente o plano.

s
Reta e plano. Diedros. Triedos 81
80 Matemática — Primeiro ano colegial

A reta ponto qualquer da reta CD determinam


AB e um
3. Determinação do plano. Um plano fica determi-
um plano (segunda determinação); êste plano conterá a reta
nado de quatro maneiras distintas.
CD, por definição de retas paralelas (*).
s
l. )Três pontos não em linha reta determinam um plano,
Observação. importante adquirir a capacidade de ver, na pers-
Ê
(Postulado 2).
pectiva de uma figura de geometria no espaço, os "diferentes pianos deter-
Os três pontos A, B e C (fig. 1) determinam o plano P. minados de um dos quatro modos, enbora não estejam concretizados por
intermédio de porções retangulares.
Observemos, por exemplo, a figura 20. Nela existem seis planos :

a) o plano P, concretamente representado por um retângulo ;


b) o plano das concorrentes BC e AAi, onde estão situados os
4.
segmentos AC e AtC ;
Fig. 1 c) o plano das concorrentes BD e d.Ai
d) o plano das concorrentes BE e AAi, que aparece hachurado
o plano dos três pontos A, C e D, no semi-espaço superior ao
2.
B
) Uma reta e um ponto exterior determinam um plano. e)
plano P;
Há uma infinidade de 'planos que contêm a reta deter- f) o plano dos três pontos At, C e D, no semi-espaço inferior.

minada pelos pontos e A(fig. 2).BDe todos êsses planos


o único que contém o ponto C, ex- Posições relativas cie duas retas. Consideremos um
terior à reta AB, é o plano P, porque plano P e uma reta AB dêsse plano (fig. 5).

A, B e C são três pontos não em li- Se traçarmos uma reta CD que


nha reta. tenha1. apenas o ponto C no plano P,
2.
3. )
a Duas retas concorrentes deter- podemos concluir que nenhum plano
minam um plano. Suponhamos as poderá conter ao mesmo tempo as
retas AB e CD (fig. 3). Consideremos duas retas AB e CD.
a reta AB e um ponto qualquer C Realmente, se tal plano existisse,
da segunda reta, que não seja a inter- conteria a reta AB e o ponto exterior
secção I das duas. A reta AB e o C e, conseqüentemente, confundir-se-ia
ponto exterior C determinarão um com o plano P, pois uma reta e um ponto exterior deter-
plano que conterá a reta CD, por estarem nele situados os minam um plano; mas, neste caso, o plano P conteria a reta
dois pontos Ce
I da mesma reta. CD, o que é contra a hipótese.
4. a Duas retas paralelas determinam um plano. Sejam as Do exposto conclui-se que duas retas no espaço podem
)
ter duas posições relativas:
paralelas AB e CD (fig. 4).
a
) não estão situadas no mesmo plano: retas reversas;
a
) estãono mesmo plano: certas complanares; neste caso
podem ser concorrentes ou paralelas, como vimos
em geometria plana.

(*) Maiemálica, êeroeira séria ginasial;


Fig. 3 Fig. 4
82 Matemática — Prim eiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 83
5.

Posições relativas de uma reta e plano. Quando um por ter os dois pontos C e D no mesmo plano, e cõrta o plano
uma reta tem dois pontos num plano, fica contida nêle P num ponto F, por passar de um a outro semi-espaço (4.°
(Postulado 1). Assim, dizer que uma reta tem dois pontos postulado do plano).
num 1.plano equivale a dizer que tem todos os seus pontos no O ponto F está, pois, situado ao mesmo tempo nos dois
mesmo plano. 1. e o mesmo acontecerá à reta AF que. tem os dois pon-
planos
2.
Resulta daí que uma reta. pode ocupar três posições em tos A2. e F em ambos os planos.
relação a um plano: Resulta dêsse teorema que dois planos distintos podem
3.») tem dois pontos no plano ( AB
neste,
fig. 5); caso ocupar as duas seguintes posições relativas:
pertence ao plano e diz-se aposta ao plano; a uma reta comum; neste caso são secantes e a
) têm
6. a
) tem um ponto no plano neste caso a reta fura o plano
; reta comum denomina-se intersecção dos dois planos;
neste ponto que se denomina traço ou pé da reta a
) não têm ponto algum comum; neste caso dizem-se
sôbre o plano e pode lhe ser perpendicular ou
paralelos.
oblíqua (DC, dig. 5).

neste caso diz-se


RESUMO
a
) não tem ponto algum no plano ;
oblíquas
paralela ao plano ( AB paralela a P, fig. 6). '

complanares
concorrentes
perpendiculares
® —» DE DUAS
h
7. RETAS . .
i

paralelas
Posições relativas de dois planos. 3 não complanares
—»DE BETA E
Quando dois planos têm um ponto
63
I
Teorema. PLANO
apostos
comum, têm também uma reta comum que gj
IO
. .
concorrentes
contém o mesmo ponto. o paralelos
02
— DE DOIS
secantes
Hip.: O plano P e o das concorrentes AB e AC têm o ponto PLANOS .

paralelos
comum A. (fig. 7).

Tese: Os mesmos planos têm uma reta comum.


II) PARALELISMO DE RETAS E PLANOS
Demonstração.
Retas paralelas.
No semi-espaço inferior ao plano P consideremos o ponto
D da reta AB. A reta CD pertence ao plano das concorrentes, Primeiro teorema. Por um ponto situado fora de
uma reta pode-se traçar uma paralela a esta
reta e sòmente uma.

Demostração.
Sejam a reta Seo ponto exterior A
(fig. 8).
Qualquer paralela a S determina
com ela um plano; logo, se a paralela
Fig. 6 Fig. 7 traçada passar no ponto A, o plano das Fig. S
84 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 85

duas paralelas eonfuxxdir-se-á com o plano P, determinado b) S' e S" estão no mesmo plano. Realmente, consideremos
por S e A. Em virtude do postulado de Euclides, a paralela o plano P, determinado pela reta S' e o ponto A
a S que contém o ponto A, é única. da reta S".
S" ê aposta a P ou é cortada por P no ponto A. Neste
Segundo teobema. Quando duas retas são para- último caso, P S
-jjqnseq üentemen te,
cortaria a paralela e',

lelas, todo plano que corta a primeira, corta cortaria também S', por ser esta reta paralela a S, o que é
também a segunda absurdo, pois, por construção, S' é aposta a P. Assim, S' e
S" estão no mesmo plano P.
Demonstração.
Sejam S e S f duas paralelas e P, um plano concorrente 8. Reta e plano paralelos.
com S no ponto A (fig. 9).
O plano das paralelas S e S' e o plano P são secantes, Primeiro teorema. A reta exterior a um plano
por terem um ponto comum A, e sua intersecção será uma e paralela a uma reta deste, é paralela ao plano.
reta AB.
ic As retas S' e AB estão no mesmo plano e não são para-
lelas, pois já existe a reta S paralela a S', passando pelo ponto TT .
. / ABWCD rp .
„ D
ii
ese
( CD e P

são apostos

Demonstração.
Asparalelas AB
e CD determi-
nam um plano, cuja intersecção com
o plano Pê
a reta CD
(fig. 11). As- 1

sim, os pontos comuns aos dois pla- I

Fig. 11
nos estão todos situados sôbre CD
Fig. 10
e, como AB
não encontra CD em virtude da hipótese, tam-
A; logo, terão um ponto de intersecção C que pertence também bém não pode encontrar o plano P. i

ao plano P. Assim, o plano P corta S' no ponto C. i


Se uma reta fôr paralela a
i

Segundo teorema.
Tebceiro teobema. Duas retas paralelas a uma um plano, todo plano que a contiver e cortar o
primeiro, o fará segundonma paralela àquela reta.
terceira são paralelas entre si.

t
Hip.: AP IIP. Tese: ABWCD.
Hip.: fl, Tese: S'\\S' í
{ Demonstração.
Demonstração, (fig. 10). Seja CD a intersecção de P com um plano conduzido «í

a) S' eS" não têm ponto comum, pois, em caso contrário, por AB (fig. 11). 'i

dêsse ponto ficariam traçadas duas paralelas à reta A reta AB nãopode encontrar CD, pois do contrário
S, o que é absurdo. encontraria também o plano P, o que é contra a hipótese.
J
Vi
Reta e plano. Diedros. Triedos 87
86 Matemática - Primeiro ano colegial

9. Planos paralelos.
Consequência. Quando uma reta é paralela
a um plano, a paralela à reta, traçada
por um Primeiro teorema. A condição necessária e sufi-
ponto do plano, é aposta a este plano. ciente de paralelismo de dois planos é que
um
dêles contenha duas retas concorrentes, paralelas
ao outro.
Demonstração.
Seja AB paralela ao plano P e C um ponto do plano
Demonstração : H MA : e MB IIP Tese: Q P
. II .

Tracemos por C uma paralela a AB seja CD. o) A condição ê sujiciente. Com efeito, se o plano Q
(fig. 13)

As paralelas AB e CD determinam um plano, cuja inter- cortasse P, a intersecção cortaria uma das retas MA
a AB, em virtude e MB, em virtude do postulado de
Euclides, o que
secção com o plano P é uma reta paralela
do teorema; logo, esta intersecção
confunde-se com CD, contraria a hipótese das duas retas serem paralelas
uma paralela a uma
porque de um ponto C só se pode traçar a P. a
reta dada.
CD está, pois, no plano P.

Observação Os teoremas permitem concluir: a condição


dois
seja paralela a um plano é que
o
sujiciente e necessária para que uma reta
seja a uma reta do plano.
infinidade de retas
Assim, de um ponto dado pode-se traçar uma
uma de planos paralelos a uma
paralelas a um plano dado e infinidade
reta dada. Fig. 13 Fig. 14

b) A condição é necessária. Realmente, se P e Q são


Terceiro teorema. Tôda reta paralela a dois planos paralelos (fig. 13), qualquer reta contida num
planos que se cortam é paralela à sua intersecção. dêles é paralela ao outro, pois, se P tivesse ponto um
comum com ou MA teriaMB
também com o plano
a hipótese. Assim, os dois
ABWP Q, o que seria contra
HlP- :
/ Tese-
S ABWMN planos não podem ser paralelos sem que um seja
\AJ51IQ condição necessária.
paralelo às retas do outro, e a é

Demonstração.
Tracemos do ponto M da intersecção Segundo teorema. As intersecções de dois planos
dos dois planos, uma reta paralela a AB paralelos com um terceiro plano sao paralelas.

(fig. 12).

Emvirtude do teorema anterior, esta Demonstração.


paralela ficará situada no plano P e tam- P
Sejam AB e CD as intersecções dos planos paralelos e
B bém no plano Q logo, confundir-se-á com M
a intersecção MN
dos dois planos. Q com o plano (fig. 14).
Fig. 12
88 Matemática — Primeiro ano colegial 2. Reta e plano. Diedros. Triedos 89

3.
As retas AB e CD
estão no mesmo plano e não podem M ’) Se dois planos são paralelos, todo plano que cortar o
se encontrar, pois neste caso os planos P
e Q teriam um ponto primeiro cortará o segundo.
comum, o que é contra a hipótese. *) 0 lugar geométrico das retas que passam por um ponto
e são paralelas a um
plano dado, é o plano que passa no mesmo
Terceiro teorema. Por um ponto exterior a um ponto e é paralelo ao dado. —
plano dado passa um plano paralelo ao primeiro
e um só.
Quarto teorema. Dois segmentos paralelos com-
preendidos entre planos paralelos, ou entre uma
reta e um plano paralelos, são iguais.
Demonstração.
Seja A um ponto exterior ao plano TT- ABWCD
1P " /
.

P (fig. 15). \ PIIQ ou ACWQ. Tese: AB = CD


a) Existe um plano paralelo a P, Demonstração.
que contêm À. As
paralelas AB
o. CD determinam / Ar- "!1 *

Tracemos, por A, duas retas, AB'e um plano M, cujas intersecções e AC


AC, paralelas ao plano P. AB e AC BD com os planos P
e Q são paralelas.
\ \\'Wl
determinam um plano Q, paralelo a P (primeiro teorema). Assim, o quadrilátero ê umACDB
paralelogramo e os lados
6) 0 plano Q é único..
iguais, isto é:
opostos são / -

Fio. 18
16
Suponhamos a de um segundo plano R, para-
existência
AB = CD
lelo a P, passando em A. Tracemos, no plano P, a reta A'C'
paralela a AC. A reta A' C e o ponto exterior A determinam Observação. No caso da segunda hipótese, isto é, da reta AC para-
lela ao plano Q, raciocinaremos supondo prèviamente traçado o plano P,
um plano, cujas intersecções com P e qualquer plano que lhe paralelo a Q, contendo AC.
seja paralelo serão paralelas (segundo teorema).Assim, pelo
ponto A
passariam duas retas paralelas a A'C, que seriam, Quinto teorema. Um
feixe de planos paralelos
respectivamente, a intersecção do plano AA'C com o plano intercepta sôisre duas retas quaisquer segmentos
proporcionais.
Q, isto é, AC, e a intersecção do mesmo plano AA'C com o
plano R, o que é absurdo.
Logo, o plano Q ê único. Hip.: PIIQHfllIS Tese:
a '
= —=—
b' d
Consequências. Demonstração
Pelo ponto A tracemos uma reta AB paralela a D' (fig. 17),
Dois planos paralelos a um terceiro são paralelos entre si.
a
l. )
?
na qual os planos interceptarão três segmentos m, n e p. De
Em caso contrário, por um dos pontos comuns passariam dois
acordo com o teorema anterior temos:
planos paralelos ao terceiro, o que é absurdo.

Conclui-se que todos os planos paralelos a um plano dado


são paralelos dois a dois e formam um jeixe de planos paralelos.
d)
Diedros. Triedos 91
Reta e plano.
90 Ma temática - Primeiro ano colegial
AA B B ê um
acordo com a hipótese e a construção
De
As retas concorrentes De AB i

^paralelogramo; logo, temos:


determinam um plano, cujas intersec-
BB' = AA' e BB'\\AA'.
ções EF, GH e IB com os planos pa-
ralelosi\Q,R e S são paralelas. Assim,
Anàlogamente, AA'CC é um paralelogramo e portanto
plano das concorrentes podemos
no CC = AA' e CCWÃA'
concluir
BB' = CC
:
e BB'\\CC.
donde
a b_
Ç_
um paralelogramo e pode-
m n p Conseqüentemente, BB'C'C é
mos conluir: BC = B'C.
em virtude do teorema de geometria
plana (*). Assim, os dois triângulos BAC e B'A'C são congruentes
Substituindo m, n e p por seus em virtude do terceiro caso, e
temos:
iguais (1), resulta: Â = Â'.

a b _ c

a'
~ V = c'
'

Sexto teorema. Dois ângulos que


têm os lados
mesmo
respectivamente paralelos e dirigidos no
sentido, são iguais.

Demonstração. .

a propriedade e
l.°) Se os ângulos forem complanares I
Fig. 18
conhecida (*) oposto a seu paralelo,
(fig. 18), ficam
Observação. Se um dos lados tiver sentido
ângulos serão suple-
2 °) Se os ângulos não forem complanares como no caso dos ângulos oteTda figura 18, os dois

situados em planos paralelos


porque o plano de mentares.
concorrentes paralelas
cada um contém duas retas 10. Aplicação. Ângulo de duas retas não compla-
ângulos dados, que
ao outro. Sejam A e A' os nares. _
satisfaem às condições: Angulo de duas retas não compla-
ti

AB\\A'B' ân-
‘lí
nares AB e CD é, por definição, o
AC\\A'C
r
duas paralelas às retas
gulo formado por
y os lados dos ângulos, os
segmentos: T '
dadas, traçadas por um ponto arbitrário
'ií
Tomemos, sobre M (fig. 19).

AB = A'B' e AC = A'C Em virtude do último teorema,


'ii,
AA', BB' e CC qualquer que seja o ponto que se M
e tracemos os segmentos considere, o ângulo obtido é constante. Fig. 19

Matemática, terceira série ginasial, do mesmo autor.


(*)

rif
92 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Trieâos 93

Quando é reto o ângulo de duas retas não eomplanares, Demonstração.


as mesmas dizem-se ortogonais ou perpendiculares. Prolonguemos 45, na parte inferior
Conclui-se da definição de ângulo: do plano de modo que se tenha (fig. 20):
1) todas as paralelas de um jeixe jormam ângulos iguais 54i= 45.
com uma reta dada.
Liguemos os pontos 4
e 4i ao ponto
2) se uma reta é perpendicular a outra, será também per-
C. As retas concorrentes AAi e BC
pendicular a tôdas as paralelas a essa outra. determinam um plano no qual temos
AC - AiC,

III) RETA E PLANO PERPENDICULARES como oblíquas, cujos pés se afastam


igualmente do da perpendicular.
11. Definições. Anàlogamente, unindo 4 e 4j ao ponto D teremos, con-
Uma reta diz-se perpendicular a um plano quando é per- siderando o plano das concorrentes 44i e BD
pendicular a tôdas as retas do plano. AD = AiZ).
Reciprocamente, diz-se que o plano ê perpendicular à reta.
Areta diz-se obliqua ao plano quando o corta sem satis-
Traçando a reta CD, no plano P, ficam formados os dois
fazer a condição anterior, embora seja perpendicular a uma
triângulosACD e 4iC5, que são congruentes em virtude do
terceiro caso.
reta do plano.
Na figura 20, a reta AE
ê perpendicular a CD, mas não Da congruência dos triângulos resulta:
é ao plano P, por não ser às demais retas dêsse plano.
Por essa definição e pela de ângulo de duas retas, con- s = 0
elui-se que a reta perpendicular a um plano é, também,
Se traçarmos no plano P e pelo ponto S uma reta qual-
perpendicular às retas e planos paralelos ao dado e, recipro-
quer, BE por exemplo, e unirmos o ponto E aos dois pontos 4 e
camente, o plano perpendicular a uma reta é perpendicular
às suas paralelas.
/
4i, os triângulos ACE
e A\CE serão congruentes em virtude
do segundo caso, porque:
Distância de dois planos paralelos é o segmento que êles
determinam numa perpendicular comum. CE ê comum, a = g, e AC = A\C.

12. Teoremas Da congruência dos triângulos resulta:


AE = Ai5
Prime mo. Toda reta perpendicular a duas retas
não paralelas de um plano é perpendicular ao e, conseqüentemente, o triângulo A5Ai é isósceles. Nêsse
plano. triângulo, BE ê mediana por construção, logo, será também
altura, isto é, AAi é perpendicular a BE.

IAB1.BC O raciocínio pode ser repetido para qualquer outra reta


Hip.: Tese: .45 J.F.
\ AB ±BD do plano P e, portanto, 45 é perpendicular ao piano.
94 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 95

Observação. Se as retas traçadas no plano P não passarem no Segundo caso: O ponto é exterior à reta. Seja a
ponto B, para determinar o ângulo com AB traçar-lhes-emos paralelas reta MN e o ponto exterior O' (fig. 21).
por Be o raciocínio anterior será repetido.
Pelo ponto O' tracemos uma paralela a seja M'N . MN; . ^

O plano R, perpendicular a M'N' no ponto O' será também


Segunoo. Por um ponto dado pode-se traçar um à sua paralela MN
(pág. 114). Êste plano é único, pois se
existisse outro plano perpendicular a. MN, também
plano perpendicular a uma reta dada e sòmente um.
o seria a
M'N', o que é impossível, como vimos no primeiro caso.

Demonstração. Terceiro. Por um


ponto dado pode-se traçar
uma reta perpendicular a um plano, e sòmente uma*
Primeiro caso: O ponto está situado sobre a reta.
Seja o ponto 0 da reta MN(fig. 21). Tracemos pelo ponto 0
as duas retas OA e OB, ambas perpendiculares a noMN Demonstração .

ponto 0, a primeira situada no plano P e o ponto A (fig. 22).


Seja o plano
P e a segunda em Q. As duas retas tra-
Consideremos a reta qualquer CD r

çadas determinam um plano R, perpen- ||WJ||||||||||||||Hi

do plano P e tracemôs pelo ponto A o


||

MN
'

dicular a (Primeiro teorema).


plano Q, perpendicular & CD. Seja BE \ .
-
W
O plano Ré o único plano perpendi-
a intersecção dos dois planos. Trace-
cular a MN no ponto
0. Realmente, se
mos, finalmente, no plano Q, a reta AB, — /ç /
existisse um
segundo, R', a reta MN .

perpendicular a BE.
-

seria perpendicular a todas as retas con-


AB 'perpendicular ao plano P, por
é
^
tidas nesse segundo e, conseqüente-
ser perpendicular a duas retas dêsse
mente, seria perpendicular à sua inter-
plano; à primeira BE, por construção, e à segunda CD, em
secção OA' com o plano P. Assim, do Q que
virtude de ser essa reta perpendicular ao plano
ponto 0 ficariam traçadas duas perpendiculares a no MN contém AB.
mesmo plano P, o que é absurdo. Realmente, se existisse uma
AB
A perpendicular é única.

segunda reta AB', perpendicular ao plano P, seria também


Consequência.
perpendicular à reta BE dêsse plano e assim ficariam tra-
i

I
Dessa demonstração resulta que toda reta perpendicular çadas no plano Q duas perpendiculares a BE, traçadas
do
a MN no ponto 0 está situada no plano R, pois se estivésse mesmo ponto A, o que é impossível.
em R' a intersecção de R com R' seria também perpendicular Observação. Se considerarmos o ponto dado, A, situado no plano
-

a MN (por estar em R), e ficariam no plano R' duas per- P no lugar de B a mesma demonstração prevalece, bastando
,
trocar a
pendiculares a MN. Conclui-se, então: posição dos pontos A e B na figura. O teorema fica assim
demonstrado
para qualquer situação do ponto em relação ao plano dado.
jf

O lugar geométrico das perpendiculares traçadas


Duas relas perpendiculares ao mesmo
do mesmo ponto de uma reta dada é o plano Quarto.
perpendicular à mesma reta, no ponto dado. plano são paralelas.
1

•lí

ff
96 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 97

1.
Hip Tese: SWS' Se, de um ponto exterior a um plano,
"{l'íp Sexto.
2.
traçarmos a perpendicular e várias oblíquas:
3.
Demonstração. °) a perpendicular é menor que qualquer oblí-
Se S' não fôsse paralela a S (fig. 23) poderíamos por um qua;
ponto M
de S' traçar uma paralela a S. Esta nova reta, °) duas oblíquas que se afastam' tgualmente
do pé da perpendicular são iguais;
°) de duas oblíquas que se afastam desigual-
mente do pé da perpendicular, a que mais
se afasta é a maior.

f
AB A.P f AB < AC
Hip.: \
BC = BD Tese: \
AC = AD
[BE > BC [AE AC
Demonstração (fig. 25).
Fig. 23 Fig. 24
l.°) A perpendicular AB e uma oblíqua qualquer AC
paralela a S, seria perpendicular ao plano do P (pág. 114), e 2. por exemplo, determinam um plano, cuja intersec-
ponto M ficariam traçadas duas perpendiculares a P, o que ção com o plano Pé
a reta BC.
é impossível (terceiro teorema). No plano das duas concorrentes, A
Assim, S e S' são paralelas. temos3. /\
AB A.BC e AC _Z BC, / \\
podemos p/
Quinto. Teorema das três perpendiculares. Se, logo, concluir: / / ,1 \\
um
plano, traçarmos B
do pé da perpendicular a
a perpendicular a uma reta do plano, a reta AB < AC / c b'\_ /
que passa pelo pé da segunda perpendicular e
por um
ponto qualquer da primeira, é per- em
. •
virtude do teorema de geome-
í IG. Zu
i

pendicular à reta do plano. tna plana.


BC igual a BD, os dois triângulos retângulos
°) Sendo
AR P ABC ABD
são congruentes, por terem o catêto
e comum AB
AE±CD
\

{ beÍcd Tese: e os catetos BC e BD


iguais por hipótese. Da congruência
Demonstração. conclui-se:
AC = AD
As retas AB e BE determinam um plano que contém a
°) Temos por hipótese:
reta AE. (fig. 24).
A reta CD a êsse plano, em virtude de
ê perpendicular BE > BC.
o ser a duas retas do plano; à primeira, BE, por hipótese, e
Tomemos, sôbre BE, o segmento BD igual a BC e, de
à segunda AB, por ser esta reta perpendicular ao plano P.
acôrdo com a segunda parte, podemos concluir:
Se CD ê perpendicular ao plano das concorrentes AB e
BE, será, também, à reta dêsse plano. AE AC - AD.
Reta e plano. Diedros. Triedos 99
Matemática — Primeiro ano colegial

O
lugar geométrico dos pon-
4. a )
Ora, no plano das concorrentes AB e AE, o segmento
geometria tos do espaço, equidistantes de três
AE é maior que AD, de acordo com o teorema de
pontos não em linha reta , ê uma
plana; logo, conclui-se:
reta perpendicular ao plano dos três
AE > AC.
pontos, que passa pelo centro do —
13. Aplicações. círculo que os mesmos determinam

1.*) Plano mediador de um segmento. Chama-se (fig. 27).

plano mediador de um segmento AB (fig. 26) o^plano perpen- Sejam B, C e D, três pontos não
em que determinarão um
dicular a AB, que passa no ponto médio O dêsse
segmento. linha reta,

n
plano P e, neste plano, uma circunferência de centro 0, logo
0 plano mediador é o lugar geométrico temos:

dos pontos do espaço equidistantes dos ex-
tremos do segmento dado.
OB = OC = OD.
Realmente, consideramos o plano P Se pelo ponto 0, traçarmos uma reta S, perpendicular ao
que contém o segmento AB. Neste plano, plano P, considerando um ponto qualquer A dessa reta,
os pontos eqüidistantes de A e B ficam podemos concluir:
situados na reta MN, perpendicular ao AB = AC = AD =
meio de AB. O mesmo acontece nos demais

I FlG 26'
i

planos que contêm AB. Assim, os pontos


do espaço eqüidistantes de A e B ficam
situados sobre perpendiculares a AB no
como oblíquas que se afastam igualmente do pé da perpen-
dicular,e, portanto, o ponto qualquer A é eqüidistante dos

três pontos dados.

ponto médio O e, portanto, no plano Q, perpendicular a AB A reta S denomina-se eixo do circulo determinado pelos
conseqüêneia). pontos B, C, D.
no ponto médio O (segundo teorema,

Distância de um ponto a um plano. Distância


i

2.*) .

é o comprimento do segmento
da perpendicular traçada do IV) DIEDROS. PLANOS PERPENDICULARES
'

ponto e o pl an o-
ponto ao plano, e compreendido entre o -

AB.
A distânncia do ponto A ao plano P (fig. 25) é o segmento 14. Definições.

3») Os traços das oblíquas iguais, traçadas de um Diedro é a figura formada por dois semi-planos limitados
sôbre uma
ponto exterior a um plano, ficam situados por uma mesma reta.
perpendicular P e Q (fig. 28) denominam-se faces.
circunferência, cujo centro ê o pé da Os dois semi-planos j

traçada do ponto ao plano (fig. 27).


Realmente, se as A reta comum AB
denomina-se aresta. 1

oblíquassão iguais, afastam-se igualmente do pé


da perpen- O diedro representa-se pelas letras da aresta. ;

dicular, e, portanto tem-se: Na figura 28 temos o diedro AB. Em certos casos, é


necessário representá-lo pelas letras da aresta e uma de cada
OB = OC = OD => . . .
face. Na figura 29 há três diedros com a mesma aresta AB;
para distinguí-los, devemos enunciá-los:
e os pontos B, C, D pertencem a uma circunferência
MABP, PABQ, MABQ.
de centro 0.
100 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 101

Ângulo plano ou retilíneo dum diedro é o angulo 16. Propriedades dos diedros.
formado por duas perpendiculares à aresta, traçadas do mesmo
ponto e situadas uma em cada face. Na figura 28, o ângulo Pbimeira. Dois diedros congruentes têm retilíneos
iguais*
a é retilíneo do diedro A B.
É arbitrário o ponto tomado na aresta, pois os ângulos
serão todos iguais por terem os lados respectivamente para- Hip.: AB = CD Tese: a = $.
lelos e dirigidos no mesmo sentido.
Demonstração.
Observemos que o plano do retilíneo é perpendicular a aresta
do diedro, por conter duas perpendiculares à mesma aresta. CD sobre
Deslocando o diedro AB
(fig. 31), as arestas e

as faces coincidirão em
virtude da hipótese e o ponto I da reta
CD pode tomar a posição de F. A
reta III coincidirá, então,
com EF, pois no mesmo plano só se pode
^
traçar uma perpendicular a uma reta. Da Ap^njTTJj^
mesma forma, IJ coincidirá com FG e,
portanto:
a =

Recíproca. Dois diedros que têm retilíneos


WlMflf
jTI
j
J
:

iguais são congruentes.

Hip: a = (S. Tese: AB — CD fig. 3 i

Demonstfação.
Reta de maior declive de plano P em relação a Q
um Desloquemos o segundo diedro sôbre o primeiro de modo
(fig. 28) é a reta de P perpendicular à interseção. É, pois, que o ângulo <z coincida com seu igual Assim, os planos
o lado do retilíneo. ÈFG e HIJ desses dois ângulos coincidirão (fig. 31).
Diedros adjacentes são os que têm a mesma aresta AB As retas AB e CD serão ambas perpendiculares ao plano
(fig. uma
29) e face comum (P), compreendida entre faces do no ponto F que coincide com I logo, também
retilíneo
não comuns (M e Q). coincidirão. Assim, podemos concluir que o plano P, deter-
Dois diedros dizem-se opostos pela aresta quando as minado por AB e EF, coincidirá com o plano R, determinado
faces de cada um estão no prolongamento das faces do outro. por CD e IH.
Na figura 30, os diedros e RABS são opostos.
PABQ Da mesma forma demonstraremos a coincidência dos
Dois diedros são congruentes quando podem coincidir planos Q e S.
por um deslocamento. Os diedros têm pois a aresta e as faces em coincidência
Bissetor de um diedro é o semi-plano cuja reta de ori- e são congruentes.
gem é a aresta, e divide o diedro em dois diedros iguais.
SEGUNDA. Dois diedros quaisquer são propor-
15. Soma de diedros. Levando dois diedros quaisquer cionais a seus retilíneos.
J

à situação de adjacentes, as faces não comuns formam um


novo diedro que se denomina soma dos diedros dados. Na
MABP a ê retilíneo de AB AB â
l
figura 29 o diedro MABQ
ê a soma dos diedros e Hip.:
c é retilíneo de CD Tese:
I
PABQ.
Reta e plano. Diedros. Triedos 103
102 Matemática — Primeiro ano colegial

Demonstração.
Em virtude da segunda, propriedade, temos:

os retilíneos a e c (fig. 32) admitam AB ~ a


Suponhamos que
como medida comum o ângulo a, o que é sempre possível, Cl)
_
~ã U
....

com erro tão pequeno quanto quisermos por ser a arbitrário. . _ . ,


... AB sera a
Como CD é por hipótese unidade de diedro,
Teremos:
{ 1- medida de AB e da mesma forma —a será a de o.

Assim, da igualdade (1) resulta:


As retas que dividem os ângulos a e c, consideradas com A 7?
as arestas dos respectivos diedros, determinam planos que

Extensão das propriedades dos ângulos planos


a

A i^ c
2.

sempre,
)
aos diedros. Em virtude da primeira aplicação, podemos
em relação à medida, substituir um diedro pelo seu
retilíneo. Daí, a conclusão:
a cada 'propriedade dos ângulos planos corresponde uma
propriedade dos diedros, cuja demonstração será obtida
substituindo o diedro pelo retilíneo.

Fig. 32 Fig. 33 Exemplo


Dois diedros opostos pela aresta são congruentes.
dividirão os diedros, respectivamente, em me
p diedros iguais, Demonstração.
em virtude da propriedade anterior, Assim, se representarmos Tracemos, pelo ponto M (fig. 34), um plano perpendicular
por um dos
£ diedros parciais, teremos: à aresta AB.
AB = mp AB m Sejam CD e EF as intersecções desse plano com as faces
, 0,
do diedro.
Assim, a e (J são retilíneos dos diedros opostos.
Comparando as igualdades (1) e (2) concluiremos final- Como, no plano M, a e (J são opostos pelo vértice, temos:
mente: AB = â a = (S

A
CD c e,portanto, os diedros correspondentes
são congruentes, por terem retilíneos
17. Aplicações.
iguais.
1») diedros. Se convencionarmos adotar
Medida dos Da mesma forma, das definições
para unidade de diedro o que tiver retilíneo igual à
unidade
relativas aos ângulos planos concluem-
serão repre-
de ângulo, a medida do diedro e de seu retilíneo se definições para os diedros. Assim:
sentadas pelo mesmo número.
um diedro é reto, quando o retilíneo
Seja AB um diedro de retilíneo a e CD o diedro
unidade,
é reto; Fig. 34
isto é, cujo retilíneo at ê igual a unidade de ângulo (fig. 33).

i
Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 105
104

dois diedros são complementares, quando seus reti- Como êste diedro' é reto por hipótese, conclui-se que o reti-
líneos são complementares; líneo tambémo é é, portanto, AB
é perpendicular a EF.

dois diedros são suplementares, quando seus retilíneos Assim, a reta AB


é perpendicular a duas retas do plano

são suplementares.
M à primeira, CD, por hipótese, e à segunda, EF, como
demonstramos; logo, AB é perpendicular jio plano M.
18. Planos perpendiculares. Dois planos dizem-se per-
pendiculares quando se cortam formando diedros retos, ou,
Terceiro. (Recíproco do primeiro). Quando dois
o que é o mesmo, diedros adjacentes iguais. planos são perpendiculares, se traçarmos por um
ponto da intersecção uma perpendicular ao
19. Teoremas sôbre pianos perpendiculares. segundo, esta perpendicular ficará contida no
primeiro.

Primeiro. O plano que contém uma reta per-


pendicular a um
segundo, é perpendicular a
/ P LM Tese: AB é aposta a P.
êste segundo. Hip "
\ABLM
Demonstração.
1.

/ AB LM
Tese: P LM Se não ficasse contida no plano P (fig. 35), poderiamos
AB
ip “
*yp con t4 m AB 2. neste plano e pelo ponto B, uma reta perpendicular à
traçar
intersecção CD e que seria também perpendicular ao plano M,
Demonstração.
em virtude do teorema anterior. Desse modo, pelo ponto B
Tracemos, no plano M, uma reta EF 3.
ficariam traçadas duas perpendiculares ao plano M, o que é
perpendicular a CD no ponto B (fig. 35).
absurdo.
Como AB é, por hipótese, perpendicular 4.
ao plano M, será também perpendicular Consequências.
à reta EF desse plano. Assim, o ângulo Dos três teoremas anteriores concluem-se as conseqüências:
ABF é reto e como é, por cosntrução, re-
um
do diedro PCDM, .conclui-se:
a
) A condição necessária e sujiciente para que plano


tilíneo
seja perpendicular a outro é que contenha uma reta
P LM perpendicular a êsse outro.
a
) Como por uma reta passa uma infinidade de planos,
Segundo. Se dois planos são perpendiculares, a podemos concluir que por uma reta perpendicular
reta traçada em um dêles e perpendicular à a um plano passa uma infinidade de planos per-
sua intersecção, será perpendicular ao outro. pendiculares ao primeiro.
a
) Por um ponto dado passa uma infinidade de planos
perpendiculares a um plano dado, porque do ponto
Hip.:
AB LCD Tese: AB±M podemos sempre baixar uma perpendicular ao plano.
{
Demonstração. a
) Por uma reta não perpendicular a um plano pode-se
Tracemos,- no plano M, a reta EF perpendicular a CD no traçar um plano perpendicular ao primeiro e sò-
ponto B (fig. 35). 0 ângulo ABF é retilíneo doidiedro PCDM ; mente um.

V
Reta e plano. Diedros. Triedos 107
106 Matemática - Primeiro ano colegial

AB e o plano P (fig. 36). Do ponto M de Demonstração.

AB
Sejam
tracemos
determinam
a reta

um
MR, perpendicular a P.
plano Q, perpendicular a
plano conduzuto por A e
P ^^
por conter ili .
As duas retas concorrentes MC e MD
um plano que é perpendicular às faces P e Q, por conter
retas perpendiculares às mesmas faces. Logo, o
(fig.

plano dessas
38) determinam

O plano Q é único porque o perpendicular MR, traçac concorrentes será também perpendicular ~à aresta do die-
nernendicular a P deve conter a dro, em virtude do quarto teorema. Assim, podemos con-
r duas concorrentes determinam um plano.
de seu ponto M, e cluir que o ângulo CED é retilíneo do diedro.

secantes são per-


Quarto. Quando dois planos
plano das concorrentes, os ângulos C e D
um terceiro, sua mtersecçao é do qua-
pendiculares a No
a esse terceiro.
tambjém perpendicular drilátero MCED são retos por hipótese; logo, temos:

M + CED = 180°

JP-LM Tese: AB AM mesma


ou, substituindo o retilíneo pelo diedro
que tem a
Hip.: \QAM
Demonstração.
i

1
medida: + AB = 180°

três planos, tracemos uma


reta
Pelo ponto B, comum aos Projeções. Chama-se projeção ortogonal ou,- sim-
perpendicular ao plano M
(fig. 37).
,
20.
plesmente projeção de um ponto sobre um plano o pé da
essa P e "P en C "lar
perpendicular traçada do ponto ao plano. A projeção do
teorema,
Em virtude do terceiro ^.
nos planos P e Q, lo o, /^olm
fienr situada simultâneamente rema. ponto A no plano P (fig. 39) é a.
o
Sâ com sua interseção AB, o que
demonstra teo
Projeção de uma linha sôbre um plano é o lugar geomé-
dada.
trico das projeções dos diferentes pontos da linha
per-
Quinto Oângulo formado por duas retas um
faces de um diedro e traçadas j projeção de uma
A reta sôbre plano é uma. reta.
nendiculares às
de um ponto interior é
suplemento do diedro. Realmente, seja a reta BC P, de projeção (fig. 39).
e o plano

Tracemos, do ponto B, a perpendicular ao plano P ;


b será a projeção de B. As retas BC e Bb
determinam um
+ AB — 180°
TT .
f MC AQ Tese: AI
plano Q, perpendicular ao plano P. A intersecção bc dos dois
Hip,:
\ MD AP
108 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 109
1.

planos é a projeção de BC, porque, se traçarmos de um ponto Demonstração, (fig. 41)


qualquer de BC uma perpendicular ao plano P, ela ficará °) A perpendicular existe e ê única.
contida em Q e terá seu pé sôbre bc. Sejam AB e CD duas retas não com-
planares. Por um ponto arbitrário M
21. Ângulo cie reta e plano. de CD tracemos uma paralela a AB.
Teorema. O ângulo agudo que uma reta oblíqua
As retas MN e CD determinam um
a um plano forma com sua projeção sôbre o plano
plano P
paralelo a A B, cuja intersecção
é o menor de todos os ângulos que a mesma reta com o plano das paralelas é MN
(fig. 41).
forma com as contidas no plano. B a perpendicular BR ao plano P e,
Tracemos do ponto
finalmente, pelo ponto R a paralela CR a AB. Â reta CR
Demonstração. ficará contida no plano P e interceptará CD no ponto C.
2.
Seja o plano P e uma reta oblíqua AB (fig. 40). A reta CA, traçada por C e paralela a BR fica contida no
Projetemos a reta sôbre o plano. Seja a o ângulo formado plano das paralelas AB e CR e, portanto, intercepta AB.
com a projeção e (3 o ângulo que -a mesma reta forma com A reta CA é perpendicular a AB e a CD porque, como
paralela a BR é perpendicular ao plano P e, conseqüente-
outra qualquer, AC por exemplo, sifuada no plano (fig. 40).
AC mente, as retas CD e CR, dêsse plano. Mas, sendo perpen-
Tomemos, sôbre a reta AC do plano, um
segmento
igual à projeção Ab e tracemos BC.
dicular a CR, será também à sua paralela AB.
Como, pelo ponto C só se pode traçar uma paralela e
Ficam, assim, formados os tri- BR, conclui-se que a perpendicular é única.
ângulos ABCe ABb que têm o lado
°) A perpendicular é o menor segmento. Seja o segmento
AB comum, AC igual a Ab por
construção e, finalmente, o lado Bb
EF que une dois pontos quaisquer E e F de cada uma das
do segundo é menor que o lado BC
retas dadas. Tracemos EH, paralela a BR. é, portanto EH
perpendicular ao plano P e igual a AC. Entre a porpendicular
do primeiro, porque a perpendicular
Fig. 40
é menor que qualquer oblíqua.
EH e a oblíqua EF ao plano P conclui-se a relação
23.
Assim, conclui-se que os triângulos são desiguais e ao
EH < EF
maior lado opõe-se maior ângulo, isto é
e, portanto AC < EF.
Dessa propriedade conclui-se a definição:
BÂb < BÂC ou a < P
Distancia entre duas retas é o segmento da per-
Desta propriedade resulta a definição: pendicular comum compreendido entre as retas dadas.
Ângulo de uma reta com um plano é o ângulo
agudo que a reta forma com sua projeção sobre o plano. V) ÂNGULOS SOLIDOS. ESTUDO ESPECIAL
22. Distância de duas retas. DOS TRIEDROS
Definições.
Teorema. É semprepossível traçar uma per- |
Ângulo sólido ou poliédrico é a figura formada por
peiidicsijaur comum a duas retas não complasiaresj
e que as intercepte. Esta perpendicular é o menor
três ou mais ângulos planos não complanares, em número finito,
segmento compreendido entre ite duas retas que têm o vértice comum e, dois a dois, um lado comum (fig. 43).
Reta e plano. Diedros. Triedos 111
110 Matemática - Primeiro ano colegial

Dentre os triedros há a considerar os tipos particulares


No ângulo poliédrico há a considerar os elementos: a) retângulo, quando tem um diedro reto;
ângulos planos (ponto Y) birretângulo, quando tem dois diedros retos;
Vertice, origem comum dos lados dos b)
trirretângulo, quando tem três diedros retos.
Faces, ângulos planos que o formam;
-
c)

ângulos planos, 25. Triedros simétricos e suplementares. Dois trie-


Arestas, que são os lados dos
Diedros, formados por duas faces que
têm aresta comum. dros dizem-se simétricos ou opostos quando as arestas de cada
(ângulo um são os prolongamentos das arestas do outro. Na figura 42,
Designa-se ângulo sólido pela letra do vértice
um os ângulos VABC e V A'B'C são simétricos.
designa-se o angulo
V fig. 43). Quando possa haver confusão, o Os triedros simétricos têm os elementos respectivamente
cada aresta; na figura 4
péla letra do vértice e uma de
,

iguais, pois as faces são ângulos opostos pelo vértice e os


por VAB C.
ângulo sólido inferior designa-se j diedros são opostos pela aresta; porém, em geral, não são
congruentes, porque os elementos não têm a mesma disposição.

Fig. 44
l!

Fl°- 43 Realmente, se supuzermos a rotação do triedro superior


42
Fio.
em torno do vértice V de modo que o ângulo A'VC coincida
Ü
situado do com seu igual AVC, a aresta VB' ficará atrás do plano do papel
Umângulo diz-se convexo, quando fica todo
li
A secção plana enquanto VB ficará na frente. Se, ao contrário, fizermos o
mesmo lado do plano de cada uma das faces solido convexo triedro superior girar em torno do eixo xy, o diedro VB'

que intercepta tôdas as arestas de
um angulo
coincidirá com seu igual VB, porém os outros dois não coin-
IS é um polígono convexo.
cidem, pois VCficará do lado de VA, e VA' do lado de VC.
numero de faces.
Os ângulos poliédricos classificam-se pelo A coincidência dar-se-á, apenas, no caso de serem iguais os
M
dois diedros VA e VC.
M 24. Triedros. Dois triedros dizem-se suplementares quando as faces
M ângulo sólido de tres faces (fig. 42). de cada um são suplementos dos diedros do outro. Assim,

1
Triedro é o
Os diedros dum triedro designam-se
pelas letras da aresta
J

os triedros V e V
(fig. 44), serão suplementares se tivermos:

ou por uma única letra. Diz-se


diedro UA ou diedro A. a +M= 180° m+A = 180°
*
( As faces designam-se pelas letras mmusculas correspon-
oposta ao
b +P = 180° e p +B = 180°
»: dentes às letras dos diedros
opostos. A face a é a c N =
-I-
180° n +C = 180°

,k
diedro A (fig. 44).

II


112 NLatemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 113

26. Propriedades dos ângulos sólidos. lados desiguais; logo, são desiguais, e ao maior lado corres-
ponde maior ângulo, isto é:
l.“) Em todo triedro uma face qualquer é menor
que a soma das duas outras e maior que CVD < b
a diferença. somando os dois membros dessa desigualdade com os da
igualdade (1), resulta:
Seja o triedro V
de faces a, b e c (fig. 45). a < b + c
I) Supondo a a maior face o teorema será evidente para
II) De acordo com a primeira parte temos:
as duas outras; basta, portanto, provar a tese
a < b c ‘
a — b < c ou c > a-b
a < b + c
. .

Demonstração. Observação. A propriedade estende-se a qualquer ângulo poliédrico.

Sôbre a face a tomemos um ângulo


BVD igual à face c isto é:

BVD = c (1)

A partir do vértice V tomemos, Seja o ângulo sólido V (fig. 46). Representando por S,
ainda, os segmentos: a soma das faces, a b + + + c d, teremos a tese :

Fig. 45
VD = VA (2) Sf < 360°;
Demonstração.
Finalmente, pelos pontos A e D tracemos um plano Tracemos um
plano qualquer que cor-
qualquer que interceptará o triedro segundo um triângulo ABC. te todas as arestas do ângulo poliédrico.
De acordo com as construções (1) e (2) podemos concluir: A intersecção será um polígono que terá
A BVD = AABV (segundo caso). tantos lados quantas forem as faces.
Em cada vértice do polígono fica
Dessa igualdade resulta: formado um triedro. Assim, podemos con-
AB = BD (3) cluir, de acordo com a propriedade ante-
rior
Considerando o triângulo ABC temos: ABC < VBA + VBC
BC < AB + AC BCD < VCB + VCD Fig. 40
ou, subtraindo AB dos dois membros:
Somando, membro a membro, a soma dos primeiros
BC-AB<AC membros será a soma dos ângulos internos do polígono da
ou, ainda, em virtude da igualdade (3): secção, isto é, 180° ( — 2), e a soma dos segundos membros
será a soma dos ângulos internos de todos os triângulos exce-
CD < AC
tuados os ângulos do vértice V e valerá portanto 180° n - S
Assim, os dois triângulos AVC e CVD têm
dois lados
Assim temos :
f .

iguais, (VC comum, VA — VD por construção) e os terceiros


180° (n - 2) < 180° n-S,
OU 180° n - 360° < 180° n - S,
- Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 115
114 Matemática

transpondo os
Simplificando os termos semelhantes e Anàlogamente, obtém-se:
negativos obtém-se a tese a + A' = 180° e c +C = 180°
Sr < 360°
e os triedros são suplementares.

3„ s ) A todo triedro corresponde um suplementar 27. Aplicação. De cada propriedade ~das faces de um
que se obtém, traçando de um ponto diedros do mesmo,
as triedro pode-se concluir uma propriedade dos
interior ou do vértice perpendiculares em relação aos diedros
faces. bastando para isso substituir as faces
do triedro suplementar.
f. VA' ±CVB+ A' = 180° Ca' + A =180°
f a
= 180° Exemplos
UV
Híd J • Tese: \ b + B' = 180° e<b'+B
VB' LCVA 1») Consideremos a propriedade das faces:
"\rC'±AVB U+C'=180° [c'+ = 180° (7
o < b + c (1)

Demonstração. Seja VA'B'C o triedro suplementar. Podemos concluir:

De
acordo a hipótese as
com a = 180° - A'
retas V'B' e VC
são perpendicula- b = 180° - B'
res às faces do diedro VA (fig. 47); c = 180o - C
logo, o ângulo das perpendiculares,
do Substituindo estes valores na desigualdade (1):
isto é, a face a', é suplemento
diedro. Conclui-se: a' +A= 180°. 180° 180° - B'
-A'< 180° - + C
Analogamente, teremos: Simplificando e transpondo os têrmos negativos, resulta:

b' d- B = 180° e c' + C = 180°. B' +C < A' + 180°

Daí, a propriedade:
Fica, assim, demonstrada uma
parte da tese.
plano que é per- um Emtodo triedro a soina de dois diedros é menor
As retas V'B' e V'C determinam
pendicular às faces do diedro A, em
virtude da hipótese; logo, que o terceiro aumentado de dois retos.
isto é, a aresta VA,
será perpendicular à sua intersecção, 2.°) Considerando a propriedade
-LB'V C VA
concluindo-se: 0o <a + b + c< 360°
determinado pelas
Considerando, anàlogamente, o plano e substituindo as faces em relação aos diedros
do suplemento, -

retas VA' e VB', temos: resulta: „„„


VC A.A'V'B' 0 o < 180° - A' 180° - B' + 180° - + C < 360°

Assim, do ponto V ficam traçadas


duas retas, VA e VC, ou 0o <6 r — ( A + B' + C) < 4
logo, « angulo dessas
perpendiculares às faces do diedro VB';
do diedro con- ou, ainda, destacando as desigualdades:
perpendiculares, isto é, a face b é suplemento
siderado, concluindo-se:
6r - (A' + B' + C) < 4r
b + B’ » 180'
e 0o < 6r - (A 1
+ B' + C)
116 Matemática — Primeiro ano colegial
Reta e plano. Diedros. Triedos 117

Donde finalmente:
Segundo Caso. Dois triedros são congruentes
2r < A' + B' + C quando tem um diedro igual compreendido entre
e A' + B' + C < 6r faces iguais e igualmente dispostas.

Temos, assim, a propriedade: Sejam os triedros V e V (fig. 49) Temos:


r b = B'
Em todo triedro a soma dos diedros ê maior que Hip.: \c=c' Tf
Tese: V= V
dois ê menor que seis retos. [ a = a'
Demonstração.
28. Congruência de triedros. .V ,
Desloquemos o segundo trie-
f\ $ dro sobre o primeiro de modo que
^ o diedro B' coincida com seu igual
Primeiro caso. Dois
triedros são congruentes C
\ J \
a do primeiro diedro se-
quando tem uma face igual adjacente a diedros \ /c
C A
ã
-^ s
guirão pois a direção das faces do
respectivamente iguais e igualmente dispostos.

A
/ \
\

c '
/
/
\
\

\
segundo. Como os ângulos a e a'
sao ^uais, resulta a coincidência
Sejam os triedros V e V, (fig. 48).
e
A' 0
* do lado VC com VC
e, da igual-

í* = í*
, dade de c e c', resulta anàloga-
mente a coincidência de VA'
Hip.: VA = VA' Tese: V= 49
com VA.
VB = V'B' Assim, os dois triedros têm as três arestas em coinci-
dência e são congruentes.
Demonstração.
Terceiro teorema. Dois triedros sao congruentes
V V’ Desloquemos o segundo trie- quando têm as três faces respectivamente iguais
/K A dro sôbre o primeiro de modo
'
e igualmente dispostas.
que a ^ ace c c °i nc ida com sua
/
c
l \ /
C
\\ igual c. A aresta VA coincidirá Sejam os triedros V e V (fig. 50). Temos:
/ com VA' VB com VB'
e a = a
1
\ /
l
\ Como os diedros VA e VA' Hip.: b =
/ l \ / \ \ b' Tese:
/<$ 1 são iguais, conclui-se que o plano
cP L 1 q’ c = c'

Ub!) 1, segue a direção de AVC. A'VC Demonstração.


8 B Da mesma forma o plano B'VC
Fio. 48 segue a direção de BVC em vir- A partir dos vértices V e
tude da igualdade dos diedros VB V tomemos, sôbre as arestas,
e VB'. Coincidindo os planos coincidirão suas intersecções. os segmentos iguais VA, VB,
Assim, a aresta VC coincidirá com FC e os triedros
VC, VA', VB' e VC.
Os pontos A, B e C deter-
*= i..\
\c A’
serão congruentes.
minam um plano cuja secção
com o triedro é o triângulo Fig. 50
Reta e plano. Diedros. Triedos 119
U8 Matemática — Primeiro ano colegial

ABC analogamente, no segundo triedro a secção plana será QuaktO CASO. Dois triedros são congruentes
quando têm os três diedros respectivamente
o triângulo A'B'C. iguais e igualmente dispostos.
Os triângulos formados nas faces dos dois triedros são
por
respectivamente congruentes, em virtude do segundo caso, Demonstração
terem dois lados iguais por construção, formando um ângulo
igual por hipótese (*) Atodo triedro corresponde um suplementar. Se os dois
triedros dados têm diedros iguais, podemos concluir que seus
Da congruência dos triângulos formados nas faces pode-
suplementares terão faces respectivamente iguais, como suple-
mos concluir:
mentos de diedros iguais. Resulta, portanto, que os triedros
AB = A'B' suplementares são congruentes em virtude do terceiro caso.
AC - A'C (1) Da congruência dos triedros suplementares podemos con-
cluir serem respectivamente iguais os seus diedros e conse-
BC = B’C
qüentemente, serão também respectivamente iguais as faces
e, portanto: dos triedros dados. Assim, os triedros dados são congruentes
A ABC = A A'B'C. em virtude do terceiro caso.

Finalmente, dos vértices V e V, tracemos as perpen- EXERCÍCIOS


diculares VO e VO' aos planos das secções. Podemos,
então,
pontos O e 0' são os centros dos círculos
concluir que os 1. Quantos planos distintos são definidos por quatro pontos A, B, C,
circunscritos aos triângulos ABC e A'B'C', em virtude
da D, não complanares ? Resp. 4.

Como os triângulos são congruentes, os raios OA Três retas AB, BC e BD são concorrentes em B e não complanares.
construção. 2.
Quantos planos distintos elas definem? Resp.: 3.
e 0'A' desses círculos serão iguais.
A' têm hipo- 3. Duas retas AB e CD são paralelas. Uma reta EF é concorrente com
Assim, os triângulos retângulos VOA e V'0' as duas paralelas. Quantos planos as três retas definem ? Resp.: 1.

tenusas iguais por construção e um catêto igual; são con- 4. Unem-se os pontos médios de dois lados consecutivos de um quadri-
sequentemente congruentes e temos: látero reverso ABCD. Provar que o segmento obtido é paralelo
ao plano determinado pelos dois outros lados.
VO - VO' 5. Três planos paralelos determinam sôbre uma reta S segmentos de
7 dm e 5 dm. Calcular os segmentos que os mesmos planos inter-
ceptam sôbre uma segunda reta S sabendo que o segmento da
r

Se deslocarmos, então, o triângulo A'B'C de modo


que mesma compreendido entre os planos extremos mede 15 dm".
coincida com seu igual ABC, o ponto
0' coincidirá com 0 e, Resp. 6,25 dm e 8,75 dm.
Os planos paralelos P, Q, R e S determinam sôbre uma reta os seg-
como de um ponto só se pode traçar uma
perpendicular a 6.

V mentos AB, BC e CD. Os pontos A e C são coniugados harmô-


um plano, 0'V seguirá a direção de OV. O ponto coincide,
nicos do segmento BD. Calcular os segmentos A'B', B'C e CD'
pois, com o ponto V, em virtude da
igualdade desses segmentos, de uma reta interceptada pelos mesmos planos, sendo BD = 8 m. :

e os triedros são congruentes.


AC = 8,4 m e A'D' = 13 m. Resp. 5,57 m 2,23 m e 5,2 m, ;

7. Dadas duas retas não complanares, conduzir por uma delas um plano
paralelo à outra.
(*) Matemática, 1.° ciclo — 3 a Série.
120 Matemática — Primeiro ano colegial Reta e plano. Diedros. Triedos 121

8. Por um ponto dado conduzir um plano paralelo a duas retas dadas. 19. Uma reta perpendicular a uma das faces de um diedro forma com o
plano bissetor do mesmo um ângulo de 36°. Calcular o retilíneo do
9. Dois planos respectivamente paralelos a dois planos secantes são
diedro. Resp. 108°.
também secantes e sua intersecção é paralela à dos dois outros.
Provar. 20. Uma reta, perpendicular ao bissetor de um diedro, forma com uma
das faces um ângulo de 48°36'. Calcular, o retilíneo do diedro.
10. Calcular a distância de um ponto do espaço ao plano de um triângulo
Resp. 82°48'.
retângulo, cuja hipotenusa é a, sabendo-se que as oblíquas traçadas
do ponto aos vértices do triângulo formam ângulos de 60° com o 21. O retilíneo de um diedro mede 120 gr. Calcular o ângulo que uma
mesmo plano. Resp. : a V3 . perpendicular ao bissetor forma com cada uma das faces.
~2 Resp. 40 gr.
11. Calcular a distância de um ponto do espaço ao plano de um triângulo Demonstrar que qualquer ponto situado no
22. bissetor de um diedro é
eqüilátero de 6 m
de lado, sabendo-se que o ponto eqüidista de eqüidistante das faces.
4,5 m dos vértices do triângulo. Resp. 2,8 m.
23. Dado um triedro trirretângulo pergunta-se a que distâncias do vértice,
12. Calcular a distância de um ponto A do espaço ao ponto B de um sôbre as arestas, deve passar uma secção para que os lados do
plano M, sendo dados : triângulo obtido tenham 8 m, 12 e 10 m m
respectivamente.
1) a distância do ponto A ao plano M ê de 36 m Resp.: 3,16 m, 7,35 m
e 9,49 m.

m 24. Achar o lugar dos pontos eqüidistantes das faces de um


2) o ponto B está situado a 12 do ponto de contacto da diedro.
tangente ao círculo, cujo centro é o pé da perpendicular baixada Achar o lugar dos pontos eqüidistantes das
do ponto A ao plano M
25. faces de um triedro.
e cujo raio é de 9 m. Resp. 39 m.
26. Em todo triedro ao maior diedro opõe-se a maior face e reclproca-
13. Em um plano M
está traçado um triângulo, cujos lados medem 6 cm, mente. Provar.
8 cm e 10 cm, respectivamente. O ponto A, exterior ao plano, a
eqüidistante dos três vértices do triângulo e a distância comum é 27. Determinar o lugar dos pontos eqüidistantes das arestas de um triedro.
igual ao diâmetro do círculo circunscrito ao triângulo. Calcular é Num
28. a e b medem respectivamente 88° e 73°. Entre
triedro, as faces
distância do ponto A ao plano M . Resp. 5 V3 cm. que valores está compreendida a face c f Resp. 15° < c < 161°.
14. Do ponto A, exterior ao plano M, descreve-se uma circunferência 29. Num triedro, as faces a e b medem respectivamente 108° e 112°. Entre
sobre o plano Traça-se uma tangente BC à circunferência e une-se que valores poderá variar a face c t Resp. 4° < c < 140°.
o ponto A ao ponto C. Calcular AC, com êrro menor que um
centímetro, sabendo-se que a distância do ponto A ao plano é de 30. Três faces de um ângulo sólido tetraédrico medem respectivamente
12 m, que o raio OB tem 7 m
e a tangente BC. 6 m. Resp. 15,13 m. 140°, 70° e 30.°. Entre que valores está compreendida a quarta
face ? Resp. 120° e 40-°.
15. Achar o lugar dos pontos do espaço eqüidistantes de dois pontos
dados. Resp. Plano mediador. 31. Podem os diedros de um triedro medir respectivamente 50°, 30° e 20° 7
Resp. Não.
16. Achar o lugar dos pontos de um plano eqüidistantes de dois pontos
dados fora do plano. Resp. Intersecção do plano dado com o 32. Dois diedros de um triedro medem respectivamente 140° e 120°. Entre
mediador do segmento que une os dois pontos. que valores pode variar o terceiro diedro? Resp.: 80° e 160°.

17. Três planos paralelos são dispostos de modo que as distâncias do 33. Os diedros A e B de um triedro medem respectivamente 40° e 70°.
intermediário para cada um dos outros são, respectivamente, de Entre que valores pode variar o diedro C ? Resp. 70° < C < 150°.
5 me 9 m. Calcular os segmentos que os mesmos planos determi-
34. Se um triedro fôr birretângulo, entre que valores pode variar o diedro
nam sobre uma reta que lhes é oblíqua, sabendo que o segmento não reto ? Resp. 0o e 180°.
da mesma compreendido entre os planos extremos é de 25 m.
Resp. 8.93 m
e 16,07 m. 35. Num triedro V-ABC, o menor diedro é A. Entre que valores pode

18. De um ponto interior são traçados duas semi-retas perpendiculares


variar a face a, se tivermos b = 86° ec 74°. Resp. =
12° < a < 74°.
às faces de um diedro. As perpendiculares formam um ângulo de 36. Num triedro V-ABC, a maior face é a. Entre que valores pode variar
56°27'. Qual a medida do diedro ? Resp. 123°33'. o diedro A, se tivermos B = 90° e C = 120°. Resp. 120° A <
150°. <
122 Matemática — Primeiro ano colegial

37. Qual o caso de congruência de triedros que não tem correspondente


nos triângulos ? Besp. quarto caso.

38. Se uma reta formar ângulos iguais com três outras que passam por CAPÍTULO II
seu pé num plano, será perpendicular ao plano. Demonstrar. (E.

39.
F. de Fil. da U. Minas Gerais, 1952).
Num triedro faces medem respectivamente 90° e 36°.
V-ABC, duas
POLIEDR OS.
Entre que valores poderá variar a terceira face ? Resp. 54° e 126°.
40. Corta-se um triedro trirretângulo por um plano de tal modo que a
secção obtida seja um triângulo equilátero de lado igual a 6 m.
Achar as distâncias do vértice aos pontos de intersecção do plano I) GENERALIDADES SÔBRE POLIEDROS
secante com as arestas e ao plano da secção. Resp. 4,24m e 2,44 m.
41. Do centro O de um triângulo eqüilátero de lado 6
cm levanta-se uma Definições. Poliedro é o corpo limitado por super-
1.
perpendicular OS ao plano do triângulo. Calcular o comprimento
fícies planas (fig. 51).
de OS de modo que o triedro de vértice S, obtido unindo o ponto S
aos vértices do triângulo, seja trirretângulo. Resp. : OS 2,44 cm. As porções de plano que limitam o poliedro chamam-se
42. Do centro O de um quadrado ABCD de lado igual a 6 cm levanta-se a Jaces.
perpendicular ao plano do quadrado. Sôbre essa perpendicular As intersecções de duas faces chamam-se arestas. Cada
toma-se o segmento OS de 4 cm. Calcular a distância do ponto O ao aresta é, pois, comum a duas faces. As arestas do poliedro são
plano SAB. Resp. 2,4 cm.
lados dos polígonos das faces.
Os vértices dos polígonos denominam-se vértices do polie-
Questões de Concurso
dro (A, fig. 51); um vértice é comum a várias faces. Na
fig. 51, I, o vértice A é comum a três faces, em II é comum a
43. Dois ângulos de lados respectivamente paralelos são (E. N. E.).

quatro. Assim, em cada vértice fica formado um angulo


44 A distância entre duas retas não complanares é dada
(E.N.E., 1958).
sólido.
45. Um plano fica determinado por: 1_._ 2___ 3__. 4 (E. N. E.).
Diagonal é o segmento que une dois vértices não situados
Ângulo de uma reta com um plano é, por definição, (E. N. E.).
46.
Para que uma reta seja paralela a um plano é necessário e suficiente na mesma face. Na fig. 56 o segmento BH
é uma diagonal
47
que (E. N. E., 1958). do poliedro.
48. Bissetor de um diedro é o lugar geométrico (E. Flu. E., 1958).

49. Se de um ponto traçarmos perpendiculares às faces de um diedro,


o ângulo plano formado e o retilíneo do diedro são (E. Flu. E.).

50. Um ângulo poliédrico é convexo quando (E. Flu. E., 1958).

pontos do espaço eqüidistantes de três pontos


51. O lugar geométrico dos
não eolineares é (E. P. U. C., 1958).
.

52. Ângulo poliédrico é (E. P. U. C., 1958). i ii ra iv

53. O retilíneo de um
diedro mede 120°. Um ponto P (lo bissetor dista
Fio. SI
6 cm da aresta. Calcule a distância de P às faces. (E. Flu. E. 59).

Resp.: 3 V"3 cm. 2. Classificação. Os poliedros classificam-se em con-


54 O lugar geométrico dos pontos do espaço equidistantes de dois pontos vexos e não convexos.
dados é (E.N.E. - 1960).
O poliedro diz-se convexo quando fica inteiramente situado
O -lugar geométrico dos pontos eqüidistantes das faces de um diedro
mesmo lado do plano de uma face qualquer. Na figura 51,
55
— do
é (E. Flu. E. 1960).
124 Matemática — Primeiro ano colegial
______
Poliedros 125

os poliedros I e II são convexos, enquanto que III e IV são em coincidência, podemos concluir que o número de vértices
não convexos. acrescentados é sempre uma unidade menor que o número
Os poliedros podem, ainda, ser regulares ou não regulares. de arestas. Daí, as igualdades:
Diz-se regular quando todas as faces são polígonos regulares v2 = a-2 — 1

iguais e os ângulos sólidos são também iguais. Os poliedros í?3 = 03 — 1


da figura 52 são regulares convexos. . . . ;
( 2)
Em geral, os poliedros não são designados pelo número
de faces, ao contrário do que acontece com os polígonos que
se denominam pelo número de lados. Todavia, em certos casos,
Finalmente, quando se considera a última face nenhum
assim se designam, dizendo-se tetcaedro (quatro faces), hexaedro
vértice enenhuma aresta serão acrescidos ao poliedro; logo,
(seis faces), etc.
para a última face temos:
Estudaremos, apenas, os poliedros convexos; por esta
razão, diremos simplesmente poliedros, subentendendo-se tra-
v, = a f ... (3)

tar-se de convexos. Adicionando as igualdades (1), (2) e (3) membro a mem-


bro, virá:
3. Propriedades. V = 1- (1 + 1 + ... +1)... (4)

cada igualdade considerada corresponde uma face, e a


A
i

Teobema de euleb. Em
todo poliedro convexo a unidade figura em tôdas as igualdades, exceto em duas; logo,
soma do número de vértices com o número de podemos concluir que o número de unidades é igual ao número
I a) faces é igual ao número de arestas aumentado de faces menos 2, isto é, F - 2. Substituindo em (4), teremos:
de duas unidades.
F= A - (E - 2) ou F = A-E+ 2

Demonstração.
donde, finalmente:
Representemos, respectivamente, por V, F e A o número
total de vértices, de faces e de arestas. Teremos, então, a tese:

| V+F= A+ 2.
EXERCÍCIO
Sejam vi o número de vértices e arestas de uma
e cq Um poliedro convexo tem três faces quadrangulares e quatro trian-
Calcular o número de vértices, de faces e de arestas.
primeira face qualquer. Como essa face é necessariamente gulares.

um polígono, podemos concluir: Resolução.


= (1)
De acôrdo com o enunciado temos F — 7 e, portanto, podemos
Vl Ol
concluir, em virtude do teorema de Euler :

1
Se representarmos por V2 e e «3 ... o numero ue
a2 ,
1)3
, ,
V+ 7 = A +2 ... (1)

vértices e arestas acrescentados ao poliedro quando são con- Nas três faces quadrangulares há, ao todo, 12 lados e nas quatro
sideradas a segunda, a terceira, etc. faces; como a cada aresta triangulares há, também, 12 lados conclui-se que o número total de lados
;

que coincide com uma anterior, correspondem dois vértices de tôdas as faces é 24. Como cada 2 lados se confundem em uma única
I

iti
I
fl{
127
126 Matemática — Primeiro ano colegial Poliedros

podemos concluir que o número total de lados é igual ao dôbro Substituindo em (1), resulta, finalmente:
aresta,,
do número de arestas, daí, a equação :

2A = 24 (2)
S = 360 ( - 2).

— — —
Resolvendo o sistema das equações
A =

A soma dos ângulos internos de todas


de um poliedro convexo vale tantas
12

vêzes
e

as faces
quatro
V=
(1)

7.
e (2), virá

j
1
II) POLIEDROS REGULARES
q
retos quantos são os vértices menos dois. Teorema fundamental.

\ 4.

Tese: S = 360° (7- 2). Existem apenas cinco poliedros regulares convexos

Demonstração.
Representemos por o número de lados da primeira face
fti
Demonstração.

e assim, sucessivamente,- 2 n 3 ...


n P ara as demais faces
, , % De acôrdo com o teorema de Euler, temos:
por S h S 2 as somas dos ângulos internos de
1 e’ ainda, #/ ,
• • •

Y+F = A + 2 ... (1)


cada uma dessas faces.
por-
Se o poliedro é regular, tôdas as faces são iguais e,
,

De acôrdo com a fórmula conhecida de geometria plana,


número n de Resulta que
tanto, tôdas. terão o mesmo
lados.
podemos concluir
Si= 180 (»i - 2) o número total de lados dãs faces é nF e, como dois lados se

S2 = 180 (« 2 - 2) confundem numa unica aresta, temos a equação.


» S3 = 180 (n 3 - 2)
nF = 2A .
' . A = —— (2)

li
Analogamente, se o número de lados que concorrem em
será pV e,
li Sf = 180 (nf - 2 ) cada vértice for p o número total dêsses lados
considerando que cada dois lados se confundem em uma
tu
Somando, membro a membro, vem aresta, conclui-se:
I S = 180 [(ni + ri 2 + «3 + • • • +n f)
~ (2 +2+2+ - • • +2)]
pV = 2A .
'
. pV = nF e V=
7lr
-y (3)
todas as faces é
as
Como a soma do número de lados de
»n igual ao dôbro de arestas e a
parcela 2 figura em todas as Substituindo os valores de V e A na equação (1), vem.
igualdades,
& temos:
UI
S = 180 (2.A - 2 F) JHL + F = -TA_ +2
4
íiít
0U; S = 360 {A - F) ... (!) p
donde (2 n Ar 2 p- np) F = 4p
De acôrdo com o teorema de Euler, temos:
4 P~ -
m y -j- f = A + 2, donde A - F = V - 2. p
1

2n + (2 - n) p
4
1
128 Matemática — Primeiro ano colegial Poliedros 129

Como p ^ 3, o numerador da última fração é positivo, e 5. Determinação dos elementos dos cinco poliedros
devemos ter também: regulares.
2n + (2 — n) p > o
l.°) Para n — 3 e p = temos, em virtude das equações
donde (2 - n) p > - 2n 3,

(4), (2) e (3):


ou, multiplicando os dois membros por — 1:
E = 4, A = 6 e V= 4.
(n - 2) p < 2n . *
. p < (5) 0 poliedro é o tetraedro regular (quatro faces).
Tl Z
2 71
e, por ser p \ o
^ 3: > 3
n—2
resultando: 2n > 3n - 6 e n < 6.
3.
Daí, as três hipóteses: n = 3, n = 4 e « = 5.

• Fio. 52
Primeira hipótese : n — 3. 4.

Em virtude da condição (5), resulta: 2.°) Para n = 3 e p = 4, resulta:


3 ^ p < 6 5.
F = 8, A = 12 e F = 6.

Existem, pois, três poliedros regulares de jaces triangulares O poliedro é o- octaedro regular (oito faces).
que correspondem aos valores:
°) Para n = 3 e p = 5, resulta:
p = 3, p = 4ep = 5.
E = 20, A = 30 e F = 12.
Segunda hipótese: n = 4.
O poliedro é o icosaedro regular (20 faces).
Temos, então (condição 5):
°) Para n = 4 e p = 3, resulta:
3 ^ p < 4
e o único valor de p é 3.
E = 6, A = 12 e F= 8.

Existe apenas um poliedro regular de jaces quadr angular es.


O poliedro é o cubo ou hexaedro regular (seis faces).

°) Para n = 5 e p = 3, conclui-se:
Terceira hipótese: n == 5.
E = 12, A = 30 e F = 20
Teremos:
O poliedro é o dodecaedro regular (doze faces).

Emresumo, temos o seguinte quadro dos elementos dos


Logo, o único valor de p é 3 e existe apenas um poliedro poliedros regulares convexos, onde ainda encontramos
regular de jaces pentagonais. a natu-
reza das faces (n) e a dos ângulos sólidos
(p):
Poliedros 131
130 Matemática — Primeiro ano colegial

como são oito faces, conclui-se:

n V A V F Nome
S = 8s = 2a 2 VãT
3 6 4 4 TETRAEDRO

3 4 12 6 8 OCTAEDRO
4.°) Dodecaedro. As faces do dodecaedro são pentago-
ICOSAEDRO uma
5 30 12 20
nais. A área de face será:
1.
4 3 12 8 6 HEXAEDRO cl
2
* = -j- V 25 + 10 VT
5 3 30 20 12 DODECAEDRO

Multiplicando por doze, teremos a área do poliedro:


6. Área dos poliedros regulares em função da aresta.
Tetraedro. As faces do tetraedro são triângulos
°)

eqüiláteros
2. que têm para lado a aresta do poliedro; logo, a
área de uma face será:
5.°) Icosaedro. O icosaedro tem vinte
faces triangulares.
a2 V 3
s = Multiplicando a área do triângulo por 20, obteremos a área
do poliedro, que será:
como o tetraedro tem quatro faces, conclui-se:
S = 20s = 5a 2 . VT
S — 4s = a V32

Hexaedro ou cubo. As faces são quadrados que Poliedros conjugados são poliedros
7.
°)
aresta do cubo. Assim, a área de uma face tais que, tendo o mesmo número de arestas
têm para lado a
o número de vértices de cada um é igual
será:
s = a2 ao de faces do outro.
Assim, o octaedro é conjugado do
como são seis faces, conclui-se:
cubo (fig. 53) e o icosaedro, do dodecaedro.
O conjugado do tetraedro é o próprio te- Fig. 53
S = 6a 2 traedro.

3.°) Octaedro. As faces do octaedro são triângulos; EXERCÍCIOS


logo, a área de uma face será:
a2 V¥ Um poliedro tem seis faces triangulares. Achar o número de arestas
§ = :
— 1.
e de vértices. Resp. : Á = 9, V= 5.
132 Matematica Primeiro ano colegial

2 ' C °" VeXO t


f arestas
m 8eis faces qaadrangulares e duas
hexagonais
Calcular o numero de e de vértices. Resp Capítulo III
ó. Um 18 e 12
poliedro convexo tem cinco faces
quadrangulares e duas penta-
4 ‘ U
TTm
Calc " lar ° número de arestas e de
rledr ° ,

t® m vértices. Resp
qUatl ° faCeS trian gulares e uma
15 e 10
quadrangular'
-
PRISMAS
C lenl
Calcular
fl
o numero de arestas e de vértices. § '

Resp ; 8 e 5 .
a

6.

°S
A soma
: 30.
regU ar tem 12 Vértices

dos ângulos das faces de um


Q ua! 0 número de arestas?
-

.
Superfície prismática. Chama-se superfície prismá-
1-
poliedro é 720° Calcular o tica a superfície
gerada por uma reta que se desloca paralela-
le faC6S 8abend ° qUe é 08 2/3 do 1.
número de arestas. Resp 4
7
7. Um T,;
Il" poliedro convexo apresenta
-
mente a uma direção fixa e apoiando-se sôbre uma linha

8.
S fTJa 7
a espécie.
de faces de cada 'T-
6
faces triangulares e
IÍedr ° tem 7 vértices,
Resp. : 4
A soma dos ângulos das faces de um triangulares
!t

T
quadrangukres'

e 3 quadrangulares
SroTúmero Na fÍgUra 54 a -l( eratriz
ABC D gerou uma superfície prismática.
AM <
poli-
apoiando-se sôbre a diretriz

10 a stas quantas serão as ™ poliedro é 1440° Se o poliedro As retas AM, BN etc. que passam pelos vértices do
suas faces? Resp. : (f
9
0 OuTl
Q r ’
polígono diretor, chamam-se arestas.
'

fíL° ftS E^-èZJSo d0‘ â " SUl ” A superfície prismática pode ser fechada ou aberta (fig. 54,
ia Q de “ ra po,ie<Iro “ e 2. a
respectivamente).
TÍ‘JZ? *“» 5 '“» • ,

U - Q a S ângUl0S das faces de um heXaedro que tem 9 arestas


fíÍ .
"™08(K 2. Propriedade das superfícies prismáticas fechadas.
12. Num tetraedro regular provar que as arestas SA 6 SABC
retangulares. (E. Militar, 1932).
e -OG sao
são BC
13. O plano dos pontos médios de três arestas
convergentes no mesmo
Duas secções planas paralelas que interceptam
tetraedr0 todas as arestas sao congruentes.
vértice. ProvL
é Paralel ° à facc °P osta ^le
14 ‘ Cíí r t0tal d0 tetraedro re S u,ar de 2 dm de aresta.
Sejam as secções planas paralelas
15.
Resp!: 6 93 dm2
Calcular, por logaritmos, a área total de
ABCD e MNQR (fig. 54).
um octaedro regular de 2 5 dm
m
de aresta. Resp. 21,65 dm 2
.

16 ‘ A
„w
aresta
0t
9
o m.
r
de

17. A soma dos ângulos internos de


p
tíesp. :
T
m2 qual o comprimento da Cub ° sendo de 54 ,

tôdas as faces de um poliedro regular



2 l 00 ” e a mta, 2dm. Calcular a área total.
18. A área total de um cubo tem
18 A Resp.: 24 dm 2
!

96 cm 2 calcular a área total do ,


poliedro conjugado cujos vértices são os
centros de suas faces
Resp.: 16 V 3 cm 2 .

19. Corta-se um tetraedro regular por


um plano P paralelo a duas arestas
opostas. Demonstrar que a secção feita por
êsse plano é um retân-
plo. Calcular a área dessa secção quando o plano
tante das duas arestas opostas consideradas e
P fôr eqüidis-
a aresta do tetraedro
on a
tlV6r °, m
(E T úcninca do Exército, 1947). Resp.: 25 2
' '
m (
Fio. 54
4U. A arpsta de um octaedro regular tem 3 cm.
Calcular a área total do Podemos concluir:
nexaedro conj'ugado cujos vértices são os centros
das faces do octae-
aro. Resp.: 12 cm 2 .
ABWMN ,
BCWNQ, CDWQR, ADWMR,
porque^ as intersecções de dois planos paralelos
com um ter-
ceiro são paralelas. Logo, os ângulos dos
dois polígonos das
Prismas 135
134 Matemática — Primeiro ano colegial

oblíquas aos planos das bases (fig. 56). É reto


quando as i

secções são iguais por terem os lados paralelos. Da


mesma j

arestas laterais são perpendiculares aos


planos das bases
forma os lados são respectivamente iguais como lados opostos
(fig. 57). As bases são, neste caso,
paralelogramos e as faces
de paralelogramos. tôdas as faces são
laterais, retângulos. É retângulo, quando
Os dois polígonos das secções têm pois os lados e os :

retângulos (fig. 59).


ângulos respectivamente iguais e são congruentes. paralelepípedo retângulo os
Chamam-se dimensões dum - li

3. Secção reta é a secção perpendicular as arestas. comprimentos das que concorrem no mesmo
três arestas
Duas secções retas são paralelas e, portanto, congruentes. vértice. Na figura 57 as dimensões do paralelepípedo retângulo
são e
Prisma. Chama-se prisma o poliedro limitado por uma
a, b, c.
qua-
o paralelepípedo retângulo, cujas faces sao
4.
Cubo é
superfícieprismática fechada e duas secções paralelas que poliedro regular. As tres
drados. É o único prisma que é
interceptem tôdas as arestas (fig. 55).
dimensões do cubo são iguais.
As duas secções paralelas que limitam o poliedro cha-
mam-se hases do prisma e são polígonos congruentes, em 8. Congruência de prismas.
virtude da propriedade conhecida. As demais faces chamam-se
laterais e são paralelogramos.
Altura dum prisma é a distância entre os planòS das
bases. Na figura 64, a altura do prisma é H.

5. Elementos dos prismas. Sendo n o número de Realmente, se fizermos coincidir as bases inferiores
con-
lados da base, teremos,, sendo A- número de arestas, V- de gruentes, as arestas laterais tomarão, duas a duas, a mesma
coincidirão.
vértices e F— de faces: direção e, como são iguais, suas extremidades
dos prismas.
F => + 2, A = 3n, V = 2n. Conseqüentemente, coincidirão as bases superiores

9. Propriedades dos paralelepípedos. Por definição,


6. Classificação dos prismas. paralelogramos e ficam
as faces de um paralelepípedo são
Os prismas podem ou logo, podemos
situadas, duas a duas, em
ser retos oblí- planos paralelos;
quos. O prisma é reto quando as arestas concluir:
laterais são perpendiculares aos planos a) as arestas são iguais quatro a quatro. JN a ligura OO,
das bases; é oblíquo, em caso contrário.
temos:
Os prismas classificam-se ainda em
triangulares, quadrangulares, etc., de AE = BF = GG = DH;
acordo com o polígono das bases. AB = CD = EF = GH-,
Prisma regular é o prisma reto, cuja BC = A D — EH = FG, i|'

base é um polígono regular. como lados opostos de paralelo-

Quando as bases do prisma, sao, gramos; 50


í 7. Paralelepípedos. Flo . N

também, paralelogramos, o prisma recebe o nome paralelepípedo.


quatro diagonais do paralelepípedo cortam-se
i

as
Os paralelepípedos podem ser oblíquos, retos e retângulos. 5)
BH e CE, por
quando as arestas laterais são ao meio (fig. 56). Realmente, as diagonais
'

O paralelepípedo é oblíquo
IS :

|
í
ffil

!1
136 Matemática — Primeiro ano colegial
Prismas 137

exemplo, são também diagonais do paralelogramo EHCB


analogamente, concluiremos para duas outras diagonais. As Consequência.
diagonais do paralelepípedo retângulo são ainda iguais. 0 quadrado da diagonal do cubo ê igual ao triplo do
quadrado da aresta. Realmente, o cubo é um paralelepípedo
c) a secção que intercepta quatro arestas paralelas retângulo, cujas dimensões a, b e c são iguais; logo, teremos:
é um paralelogramo. Suponhamos a secção MNRS (fig. 62).
Podemos concluir: d2 = a 2 + a2 -f- a2 .
'
. d 2 — 3a 2 ou
NRUMS e MNURS,
11. Áreas dos prismas.
pois, as intersecções de dois planos paralelos com um terceiro
são paralelas. Logo, MNRS é um paralelogramo. Área lateral é a soma das áreas das faces laterais e área
total é a de tôdas as faces.
10 . Propriedade do paralelepípedo retângulo. a) A área total de um paralelepípedo retângulo ê igual a
soma dos duplos produtos das dimensões tomadas duas
O quadrado da diagonal é igual à soma dos a duas.
quadrados das três dimensões. As faces inferior e superior são retângulos iguais, de
dimensões a e b logo, a área das duas faces será 2ab (fig. 57).
Anàlogamente, as faces anterior e posterior são retân-
Temos a tese: gulos de dimensões a e c e a área dessas duas faces será 2ac.
d = a2 2
+ b + c2
2
.
Finalmente, a área das duas últimas faces .será 2bc. Logo:
Consideremos a diagonal BC
e tracemos AC (fig. 57). S — 2(ab
t + ac + bc)
Como o paralelepípedo é retân-
gulo, temos: Observação: Para o cubo, temos:
AB EAC <> Si — 2 (a 2 +a +a =
2 2
) 6a 2 (Veja pág. 152).

e o triângulo BAC é retângulo. O teorema de Pitágoras per- b) A área lateral de um prisma ê igual ao produto do
mite concluir: perímetro da secção reta pela aresta lateral, (fig. 58)
d2 = AC 2 + c2 ; . s
(1) Seja o prisma P e a t , a aresta lateral.
Da mesma forma, considerando o triângulo ACE, também Tracemos a secção reta ABC. Os
retângulo: lados da secção reta são perpendiculares
AC 2 = a2 + b2 ,
às arestas laterais; logo, serão as alturas
i dos paralelogramos das faces laterais.
substituindo em (1), conclui-se: Calculando as áreas dêsses paralelogra-
mos, teremos:
d2 = a2 + b2 + c2 Si = AC X Cj
82 = AB x «j
33 a BC X Oj Fio. 58
138 Matemática — Primeiro ano colegial Prismas

Somando, membro a membro, e colocando a, em evidência, Dois sólidos que têm volumes iguais dizem-se eqüiva-
resulta : S — ai (AC +t .
AB + BC) lentes. Observamos que dois sólidos eqüivalentes não são
ou obrigatoriamente congruentes; mas, dois sólidos congruentes
_____________
são necessàriamente eqüivalentes.
St = 2p X «i Dois poliedros que têm uma face comum e são, inteira-
mente exteriores um em relação ao outro denominam-se
Consequência. adjacentes. Na figura 62 os dois poliedros FR e AR
são
adjacentes.
Se o prisma é reto, a secção reta é igual à base e a aresta
Soma de dois poliedros ê o poliedro que se obtém colo-
lateral igual à altura; logo, para o prisma reto, teremos a
cando-os na posição de adjacentes e suprimindo a face comum.
fórmula:
figura 62 o poliedro BF ê a soma dos poliedros FR e AR.
_____________
Na
Si — 2 ph
b) Teoremas fundamentais.

c) A área total de um 'prisma qualquer é igual à soma da


área lateral com a área das duas bases. Primeiro. Oa volumes de dois paralelepípedos
retângulos que têm duas dimensões iguais são
Como as bases são iguais, conclui-se a fórmula: proporcionais às terceiras dimensões.
I

I
S, = S t + 2 St
Suponhamos o paralelepí-
II

Consequência. pedo P
de dimensões a, b e c,
e P', de dimensões a, b e c', isto
No caso de ser o prisma regular, a base será um polígono
!

é, com as dimensões a e
b iguais
1 regular; sendo a o apótema da base, conclui-se: (fig. 59).

1
S = 2ph
t + 2 pa
Teremos a' tese: y r
I
ou
S* = 2p (h + a)
I

r Demonstração.
Fig. 59
12. Volume dos prismas.
&
a) Definições. Unidade de volume é o volume do cubos Dividamos as dimensões c e c' em partes iguais a um
it
cuja aresta é igual ¥
unidade de comprimento. segmento a o que é sempre possível com êrro tão pequeno
I quanto quisermos por ser arbitrário. Teremos, então:
Medir um volume é determinar a razão entre o volume ct

dado e a unidade de volume; isto é, verificar quantas vêzes


li

unidade ou qualquer de suas partes


c = mz
o volume dado contém a
1
alíquotas.

«1

m
140 Matemática — Primeiro ano colegial Prismas 141

Dividindo, membro a membro:

Tracemos, pelos pontos de divisão de c e c', planos para-


lelos às bases, comoindica a figura 59 e obteremos, respecti-
vamente, n e p paralelepípedos iguais, por terem bases iguais
e a mesma altura a. Representando um desses paralelepípedos
parciais por r, teremos, sendo V e os volumes dos parale- V
lepípedos:
y = m
V = pr.

Dividindo, membro a membro, vem:

—v = — p
( 2)
Fio. 80

Comparando as igualdades (1) e (2), resulta:

V_ _c_ Terceiro. Todo prisma oblíquo é equivalente a


= * um prisma reto, cuja base é a secção reta e cuja
V' c'
altura é a aresta lateral do prisma oblíquo.

Segundo. Os volumes de dois paralelepípedos


retângulos estão entre si como os produtos de Seja o prisma oblíquo MNQM'N'Q'
suas três dimensões. e ABC a secção reta (fig. 61).
Prolonguemos as arestas laterais e
tomemos sôbre os prolongamentos:
2
Seja P um paralelepípedo de dimensões a, b e c e P' 3=
M'A' = MA, N’B r = NB e Q'C = QC.
de dimensões a', b' e c'.
Obteremos, assim, um prisma reto
Teremos a tese:
a . b
ABCA'B'C, cuja base é a secção reta
'
ABC e a altura AA' é, por construção,
a' . b
igual à aresta lateral do prisma dado.
O prisma oblíquo é a soma do sólido
Demonstração.
R com o poliedro ABCMNQ e o prisma
Construamos dois paralelepípedos auxiliares; o primeiro soma do sólido R com
reto é a o polie-
Pi de dimensões a, b, c' e o segundo P 2 de dimensões a, b' , c'. droA'B'C'M'N'Q' Como os poliedros
(fig. 60). Teremos, de acordo com o teorema anterior: Fig. 61 ABCMNQ e A'B'C’M'N'Q' são congruen-

>
Prismas 143
142 Matemática — Primeiro ano colegial
1.

uma Consequências.
tes, em virtude da construção, pois podem coincidir por

translação representada pelo segmento AA' podemos con-


) Como o produto das duas primeiras dimensões é a
a

cluir a eqüivalência dos dois prismas. área da base e a terceira dimensão é a altura, o volume pode
ser, também, expresso pela fórmula:
c) Cálculo do volume.

I) Volume do paralelepípedo retângulo. 2. V = Bh


Por definição, unidade de volume é o volume do cubo,
cuja aresta é igual à unidade de comprimento.
Assim, se onde B representa a área da base eh, a altura, do parale-
considerarmos o paralelepípedo retângulo de dimensões a, b, lepípedo.
c (fig. 57), comparando-o com o
cubo unidade (Q), concluiremos,
virtude do segundo teorema:
a
) O cubo é um paralelepípedo retângulo de dimensões
em iguais; temos, então:
P =3
abc
3
Q l
V = a3
- x x
q i i r
\
II) Volume do paralelepípedo reto.
t*

!
A razão —
r
é a medida do volume de P
-

e as razões -y
1 Seja P (fig. 62) um paralelepípedo reto. Se tomarmos
Q
para base a face AB, o paralelepípedo reto será um prisma
!

Jl. — são as medidas dos comprimentos de suas dimensões. oblíquo e, portanto, será eqüivalente
!
I’ V ao prisma reto que tiver como base a
Assim, podemos concluir:
n
secção reta MNRS
e para altura a
it medida V— medida o X medida b X mectida c.
aresta lateral AF. Como êste prisma
u medida do volume do paralelepípedo retângulo
A é igual reto é um paralelepípedo retângulo, seu
volume será:
I!
ao produto das medidas de suas tres dimensões.
escreve-se: V= MN X MS X AF.
F MA
Abreviadamente Fio 62
11

M
V = ahc O
produto MS
X AF dá a área do paralelogramo da
I )
base; representando-a por Be
a altura correspondente, MN,
\ por h, teremos a fórmula:
li e diz-se:

R
{} volume do paralelepípedo retângulo é igual V = Bh
II ao produto das três dimensões. I

ll

il

Hl
144 Matemática — Primeiro ano colegial Prismas 145,

UI) Volume do 'paralelepípedo oblíquo. um paralelepípedo, cujo volume V será obtido multiplicando-se
a área da base pela altura, isto é:
0paralelepípedo oblíquo (fig. 63) será um prisma oblíquo
em relação à face AB
logo, será eqüivalente ao prisma reto V = S ABDC X h
que tenha para base a secção reta MNPQ
e para altura a
aresta lateral AC. Logo, teremos: Como os triângulos ABC e BCD sãõ “iguais, o prisma
triangular é eqüivalente à metade do paralelepípedo. 0
V — Smnpq X A C volume do prisma triangular será, então:

MNPQ é um paralelogramo; logo, sua área será dada


y _ SaBCD X h
pelo produto MQ X NR e, teremos:
2

Dividindo a área do paralelogramo por dois, como indica


a última igualdade, obteremos a área do triângulo ABC,
isto é, a área da base do prisma dado. Assim, resulta:

V = Bh

2.°) Consideremos o prisma qualquer da figura 65.


Fig. 83 Tracemos as diagonais das duas bases, por dois vértices
correspondentes, como A e A r As diagonais correspondentes
.

determinam planos que decompõem o pris-


O
produto MQ
X AC ê a área da base do paralelepípedo ma em prismas triangulares, cujas alturas
dado e NR ê sua altura; logo, podemos concluir a fórmula:
são iguais à altura h do prisma dado.
Se representarmos as áreas das bases
V = Bh dos prismas triangulares por si, s 2 S 3 ,
. .

e os volumes por vi, V 2 t>3 teremos:


,

vi = si h
Observação: Conclui-se ser esta a fórmula geral do volume dos
paralelepípedos.
V2 — S2I1

V3 = S3h

IV) Volume dos prismas.


Fig. 65
Consideremos o prisma triangular ABCA'B'C' (fig. 64).
l.°)

Tracemos pelos pontos B e C, paralelas aos lados opostos da Somando, membro a membro:
base correspondente e, analogamente, por B' e C'; finalmente,
unamos os pontos de intersecção D e D’. Resulta, dessa forma, v =* (sj + 82 + 83 4* » * -D h

I
— Primeiro ano colegial Prismas 147
146 Matemática

As dimensões de um paralelepípedo retângulo têm, respectivamente,


Como a soma si + S2 + S3 +
das áreas dos triân-

17.
4 dm, 5 dm e 8 dm. Calcular a área total e o volume. Resp. 184 dm*
gulos é igual à área B da base do prisma, temos a fórmula: e 160 dm 3
.

18. As dimensões de um paralelepípedo retângulo têm 3 dm, 4 dm e 12 dm.


Calcular a diagonal. Resp. 13 dm.
V = Bh __

19. A diagonal de um paralelepípedo retângulo tem 13 dm e a diagonal


da base 5 dm. Calcular as dimensões, sendo a soma de tôdas as
4 '
arestas igual a 76 dm. Resp. 3 dm, 4 dm e 12 dm.
5
EXERCÍCIOS 20. Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo, cuja diagonal tem
27 cm e cujas dimensões são proporcionais aos números 1, 4 e 8.
864 cm 3
Calcular a área total e o volume de um cubo, cuja aresta tem 3
cm. Resp. .

1.
Resp. 54 cm 2
e 27 cm 3
. I 21. Um paralelepípedo retângulo tem 376 dm 2
de área total e as dimensões
são proporcionais aos números 4 e Calcular o volume.
A diagonal de um cubo tem 27 cm. Calcular a aresta, com êrro menor 3, 5.
2.
Resp.: 480 dm 3
que 1 cm. Resp. 15,57 cm.
.

Preencha as lacunas dos exercícios abaixo, com os valores dos


elementos 22. Um paralelepípedo retângulo tem 208 dm 2 de área total e as dimensões
incógnitos do cubo, sendo : o = aresta, d
= diagonal do cubo, são proporcionais aos números 2, 3 e 4. Calcular o volume.


d' diagonal da face, St — área total, V = volume Resp. 192 dm 3 .


a d' d
,
S Cf
t
V
T7
23. As dimensões de paralelepípedo retângulo estão em progressão
um
3. 3 cm aritmética de razão 2 e a área total é de 88
2
. Calcular o volume. m
cm
Resp. 48 3 . m
4V2
24. Calcular as dimensões de um paralelepípedo retângulo, cuja área total
5 V3 m é de 112 msabendo que estão
2 em progressão geométrica de razão 2. -

g 96 m 2
- Resp. 2 m, 4 e 8 m.
,

m
^ .
512 m 3
25. A área total de um paralelepípedo retângulo é de 28
2
e o volume, m
um cubo tem 2 dm. Calcular o 8 m 3
Calcular as dimensões, que estão em progressão geométrica.
A diagonal do quadrado da face de
.

8.
1 m, 2 m, 4 m.
volume. Resp. 2,828 dm s .
Resp.

A área total de um cubo mede 216 dm


2 Calcular o volume. . 26. Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo em que a área total
9.
Resp. 216 dm 3
.
m
tem 52 2 , a diagonal da base 5 e a soma de tôdas as arestas 36 m. m
pelo Resp. 24 cm 3
Achar a medida da aresta de um cubo, cuja área total é expressa
.

10.
mesmo número que o volume. Resp. 6. 27. O volume de um paralelepípedo retângulo é dé 1 620 dm 3
. Calcular
as dimensões que são proporcionais a 3, 4 e 5. Resp. 9 dm, 12 dm
razão entre as medidas da diagonal da face do cubo
e a
11. Achar a
e 15 dm.
diagonal do cubo. Resp.V 6 /3.
total aumen- 28. Calcular a áreã total de um paralelepípedo retângulo cujo volume tem
12. Se aumentarmos a diagonal de um cubo de 2 cm, a área 216 3
m
e as dimensões estão em progressão geométrica de razão 2.
tará de 40 cm 2 Calcular a diagonal. Resp.
4 cm.
.

aumentarmos de 1 m,
Resp. 252 2 m . - _

13. Calcular a aresta de um cubo, sabendo que se a dimensões de um paralelepípedo retângulo é 14 m.


aumentará de 42 2
Resp.: 3 m. m 29. A soma das três
a área total do cubo .

A área total tem 122 2


m
e a diagonal da base 5 m. Calcular as trêa
um cubo, sabendo que se a aumentarmos
14. Calcular a aresta de dimensões. Resp. 3, 4 e 7 metros.
2 cm o volume do cubo aumentará de 26 cm
3
Resp. 1 cm. cie .

de uma face e 30. Calcular a área total de um prisma quadrangular regular, cujo lado
A aresta de um cubo tem 4 cm. O ponto O é o centro
168 dm 2 .
15.
a área do triângulo A(J1 da base tem 6 dm e a altura, 4 dm. Resp.
AB
uma aresta da face oposta. Calcular .

Calcular a área total e o volume de um prisma quadrangular regular,


,

Resp. 8,94 cm 2 31.


112 dm 2 e
.

retângulo, cujas dimensões cujo lado da base tem 4 dm e a altura, 5 dm. Resp.
Calcular a área total de um paralelepípedo
16.
cm 5 cm. Resp. 62 cm 80 dm 3
.

têm, respectivamente, 2 cm, 3 e .


148 Matemática — Primeiro ano colegial Prismas 149

32. Calcular o volume de um prisma hexagonal de 3 dmde. altura, cuja área b) a relação entre a altura do prisma e o lado da base para que o
216 V 3 dm 3 sólido restante seja um poliedro regular (E. T. Ex. 1948)
lateral é igual à área da base. Resp. .

um prisma triangular regular, cuja altura é


Resp. : h = L V2
33. Calcular o volume de ;

igual ao perímetro da base e o apótema desta tem 3 cm. 46. Calcular o volume de um prisma triangular, sendo os lados do triângulo
Resp. 1 458 em s .
da base respectivamente iguais a 3 m, 4 m e-5 altura do prisma mea
5,8 m. (Fac. de Ciência Econom. da ü. 'Minas Gerais, 1951).
34. Calcular o volume de um prisma quadrangular regular, cuja diagonal
da face lateral mede 5 cm e a diagonal da base, 4,23 cm. Resp. 34,8 m 3
.

Resp. 36 cm 3
. 47. Á área total de um paralelepípedo retângulo é de 94 m 2
,
a diagonal
35. Calcular o volume de um prisma hexagonal regular, cuja diagonal da do poliedro mede 5 V 2 m e a diagonal de uma face 5 m. Calcular
60 m 3
3
face lateral tem 10 cm e o apótema da base, 5,19 cm. Resp.: 747,36cm o volume. Resp. .

36. Calcular o volume de um prisma triangular regular, cuja altura é igual 48. A base de um prisma regular, com 60 m de altura, é um triângulo
ao semiperímetro da base e o apótema desta tem 1 dm. Resp.: 27dm
3
.
equilátero, cujo lado mede 12 m. Calcular o volume do prisma.

37. Num prisma triangular regular a área lateral é o quádruplo da área (E. A. da U. Minas Gerais, 1945). Resp.: 2 160 V 3 m3 .

da base, cujo raio do círculo circunscrito tem 2 dm. Calcular o 49. Um paralelepípedo tem por faces seis losangos iguais, cujo lado é igual
volume. Resp. 10,392 dm 3 . à diagonal menor. O lado dos losangos mede 6 dm. Calcular o
38. Num prisma reto a base é um losango de 6 cm de lado e cujos ângulos volume do paralelepípedo. Resp. 152,73 dm s .

agudos têm 60°. A altura do prisma é igual à maior diagonal da 50. Um prisma triangular regular tem altura igual aVYdm. Calcular o
base. Calcular o volume. Resp. 324 dm 3 .
volume, sabendo que é expresso pelo mesmo número que a área
39. Calcular o volume de um paralelepípedo oblíquo cujas Beis faces lateral. Resp. 36 dm 3 .

são losangos iguais de 3 dm de lado e cuja menor diagonal é igual


ao lado. Resp. 19,092 dm 3 .
Questões de Concurso em 1958:
40. Calcular o volume de um prisma triangular reto, cuja altura tem 51. Um poliedro é regular quando (E. N. E.).
4 cm e cuja base é um triângulo retângulo onde o catêto menor tem
6 cm e o perímetro, 24 cm. Resp. 96 cm3 .
52. Um poliedro de 11 vértices tem o mesmo número de faces triangulares
e quadrangulares e uma face pentagonal. Calcule o número de faces
41. Calcular a área total e o volume de um prisma triangular regular, dêsse poliedro. (E. N. E.). Resp.: 11.
cuja base tem 1,5 cm de apótema e cuja altura é o diâmetro da
circunferência circunscrita à base. (E. Aeronáutica, 1942). 53. Num prisma triangular oblíquo a secção reta é um triângulo eqüilá-
Resp. 116,61 cm 1 e 70,065 cm
3
. tero de 9 V 3 m 2 de área. A aresta lateral do prisma é igual a
42. Calcular a área total e o volume de um prisma hexagonal regular
um dos lados da secção. Calcule, em m 2 a área lateral do prisma. ,

cujo apótema da base é a e cuja altura é h. (E. Naval, 1944)


(E. N. E.). Resp.: 108 2 m .

Resp. 4a V Y (a +
h) e 2a VY. 2h 54. Diagonal de um poliedro é . (E. Flu. E.).

43. O volume de prisma triangular é igual ao semi-produto da área


um 55. Um prisma é regular quando (E. Flu. E.).
de uma face lateral pela distância dessa face à aresta oposta. Provar. 56. Calcule o número de vértices de um poliedro convexo de 4 faces
44. O volume de um prisma regular é igual ao produto da área lateral quadrangulares e 8 faces triangulares. (E. Flu. E.). Resp.: 10.
pela metade do apótema da base. Provar. 57. Sôbre cada uma das faces de um octaedro regular cuja aresta mede
45. É dado um prisma reto de base hexagonal regular, cujas arestas laterais 2 cm, e exteriormente a êsse poliedro, constrói-se um tetraedro
A A', BB’, CC, DD EE', FF’ 1 regular de mesma aresta. Calcule a área total do poliedro assim
são : ,

formado. (E. Flu. E.). Resp.: 24 V 3 cm 2 .


Corta-se êsse prisma pelos planos
F'AB’
58. Chama-se secção reta de um prisma (E. P. U. C.).
AB’C, CD‘E, EF’A, B'CD', D'EF', e

pirâmides triangulares. Pede-se:


59. Aumentando a aresta de um cubo de V3 mobtém-se um outro
que dêle destacam seis
cubo, cuja diagonal mede 15 m. Calcule a área total do cubo pri-
á) a forma geométrica do sólido restante mitivo. (E. P. U. C.). Resp.: 288 m 2 .

I!
Questões de Concurso de 1959, 1960 e 1961. Capítulo IV
que se a atm^tarmos de
60. Calcule a diagonal de um cubo, sabendo
3 cm a área total do cubo aumentará de 78 cm (E.E. Jn. Rio
.
PIRÂMIDES
de Janeiro 1961)— Resp.:. 5 cm.
prisma quadrangular obliquo 6 um losango
cujas
61. A seção reta de um
medem 18 cm e 24 cm. A aresta lateral e o qumtuplo
diagonais
da distância entre dois lados paralelos
da seçao reta. Calcule a í) PROPRIEDADES GERAIS
área lateral. (E.F.E. 1960).- Resp.: 4 320 cm 2 .

62. A altura de um prisma


hexagonal regular e h. As diagonais maio 1. Definições.
menores da base. Calcule um
do prisma são iguais ao triplo das diagonais Pirâmide ê o poliedro limitado por ângulo sólido
3h s V 3

1960) Resp.: e uma secção plana que intercepta todas as arestas e não
o volume do prisma. (E.F.E.
passa pelo vértice.
um losango de área 24m 2 e as .
pirâmide
63
fi
Q a secão reta de um prisma oblíquo é
para 3 Calcule a área lateral
O vértice do ângulo sólido denomina-se vertice da
suis diagonais estãl na razão de 4 chama-se base da piramiae.
-

sabendo que uma das arestas laterais mede 6 cm. (V, fig. 66). O polígono da secção,
dêsse prisma
(E.F.E. — 1960). Resp.: 120 cm 2 .

Elementos da pirâmide.
de seis faces, sabendo que 2.
64. Calcule o volume de um prisma regular
a diagonal do prisma mede 13m e a diagonal da base 12 .

a) Faces. virtude da definição, as jaces laterais de


Em
(E.N.E. —
1960). Resp.: 260m 2 .
uma pirâmide são triangulares e a base e um polí-
e 15m
65 A soma das três dimensões de um paralelepípedo retângulo gono qualquer.
- eTárea 200m 2 Calcule a diagonal dêsse paralelepípedo.
total .

(E.P.U.C. — 1960). Resp.: 5m.


de faces laterais é igual ao número de
lados
I
Os lados da seção reta de um prisma
triangular medem, respectiva- O número
66 n lados e repre-
Vf cm Calcule a medida do menor angulo da base. Assim, se o polígono da base tiver
«
mente, 5cm, 5 e lOcm.
diedro formado pelas faces laterais
desse prisma. (R.r .F. ^>Uj. — sentarmos o número total de faces por F,
teremos:
1 Resp.: 30°.
cubos, saWo-seque a aresta
F = n + 1.
a razão entre as áreas totais de dois
II
67. Dê
de um é a diagonal do outro. (E.N.E. —
4960). Resp.. 1/3-
b) Arestas. Se percorrermos o contorno do polígono da
base, a cada aresta da base corresponde
uma aresta
lateral; assim, se o polígono da base tiver n lados,
o número total de arestas (A) será:

A — 2n

c) Vértices. Além do da pirâmide há a considerar


vértice
tiver n
os vértices da base. Se o polígono da base
de vértices será:
lados, o número total (V)

V =np 1,

pois há um único vértice fora da base.


152 Matemática — Primeiro ano colegial Pirâmides 153

d) Altura. E a distância do vértice ao plano da base isósceles iguais. A altura VII de uma dessas faces denomina-se
(h fig. 66). apótema da pirâmide.
e) Ângulos sólidos. O ângulo sólido do vértice é, de um Na pirâmide regular, os triângulos retângulos VOH, VOA
modo geral, um ângulo poliédrico,
enquanto que os e VHA (fig. 66, I), permitem concluir as relações:
ângulos sólidos formados nos vértices da base são
necessariamente triedros. 2

5.
a2 = h2 -f af f2 =h + 2
R2 p= a2 +
l
*

onde a é1. o apótema da pirâmide R, o raio da base }, a


; ;
a aresta2.lateral; cq, o apótema da base; h, a altura da
pirâ-
mide e l,
3. o lado
da base.

Propriedades das pirâmides.

Conduzindo-se um plano paraleloà base de uma


pirâmide:
°) as arestas laterais e a altura ficam divididas
l.a) em partes proporcionais;
°) a secção plana é semelhante à base;
3. Classificação. °) a área do polígono da secção e a área da base
sao proporcionais aos quadrados das res-
As pirâmides classificam-se pelo número de lados do pectivas distâncias aos vértices.
polígono da base em triangulares, quadr angular es, pentagonais,
etc.
Pirâmide regular é a que tem por base um polígono VA VC VB VO
1)
regular e cujo pê da altura é o centro da base.
i
VA' vc VB' VO'
Na figura 66, a pirâmide (I) é hexagonal regular, a (II) é Tese: s 2) ABC ~ A'B'C'
quadrangular.
S VO' 2
Em particular a pirâmide triangular denomina-se tetraedro 3)
B
II

por ter quatro faces. O tetraedro, cujas quatro faces são triân- uO
gulos eqüiláteros iguais é o poliedro regular denominado
Demonstração.
tetraedro regular (fig. 52, I).
Consideremos um terceiro plano
4. Relações métricas nas pirâmides regulares. Na passando pelo vértice V e paralelo à
pirâmide regular (fig. 66, I) as arestas laterais são iguais, base (fig. 67).
como oblíquas que se afastam igualmente do pé da perpen- Obtemos três planos paralelos: o
dicular (ponto O). Assim, as faces laterais são triângulos plano M, o da secção e o da base.
Pirâmides 155
154 Matemática — Primeiro ano colegial
1.

razão entre A'B' e AB ê igual à razão entre


A VB' e
jeixe de planos paralelos divide duas transversais
Um
°)
VB, em virtude da lei de Tales:
em partes proporcionais; logo:
A'B' VB’
2.
VA VB VC _ VO AB ~ VB
'

YÃ7 ~ VB' “ VC VO'


ou, em virtude da primeira parte:
ficando demonstrada a primeira parte da tese. A'B' VO'
°) As intersecções de dois planos paralelos com um ter-
AB ~ VO
ceiro plano são paralelas, assim:
substituindo em (1) tem-se, finalmente:
A'B'\\AB
S VO' 2
A'G'\\AC =
~
B VO 2
B'C'\\BC
respectivamente
Logo, os ângulos internos da secção são Se duas pirâmides têm bases cqiiivalentes e a
iguais aos ângulos da base, por. .terem os lados paralelos. 2 .
a
)
mesma altura, as secções feitas à mesma distância
de Tales, os triân- do vértice são equivalentes.
Além disso, em virtude da lei linear
logo
gulos formados nas faces das pirâmides são semelhantes;
temos; Demonstração.
r
AB = VB BC VC AC _ VA Seja S a área da primeira secção e S' a da, segunda (fig. 68).
A7B r
r
T3 B'C ~ VC' A'C VA''
1
7 ’
Para a primeira pirâmide temos:
)i
iguais em S = d2
Os segundos membros dessas razões são todos ~
virtude da primeira parte; logo os primeiros também o serão, B h2

)i isto é: e para a segunda:

)i AB _ BC _ AC S' d2
si
MB' B'C A'C B h2
'

respectivamente
ti Assim, os dois polígonos têm os ângulos Comparando, conclui-se:
proporcionais e são, portanto,
iguais e os lados homólogos
.11
semelhantes.
JL-JL ‘

s = s' I

4a
3.°) De acôrdo com as propriedades
dos polígonos semelhan- B B ‘
I
Fig. 68

Kl tes, as áreas são proporcionais


aos quadrados de duas linhas
secção e B a
homólogas quaisquer. Assim, sendo S a área da 6. Area das pirâmides.
Vil
área da base podemos concluir:
rS| ^
2 a) Pirâmide qualquer. O cálculo da área lateral ou
_S_ ÃdB '
total de uma pirâmide qualquer só pode ser feito calculando-se
= d)
Hi!
B “ ÃB 2
as áreas de cada uma das faces, separadamente
m
-
156 Matemática — Primeiro ano colegial Pirâmides 157

b) Pirâmide regular. Demonstração.

l.°) Área lateral. As faces da pirâmide regular (fig. 66) Dividamos as alturas em
são triângulos isósceles iguais, que têm para base o lado l partes iguais e, pelos pontos
do polígono da base da pirâmide e cuja altura é o apótema obtidos, tracemos planos para-
a da pirâmide; logo, a área s de uma face lateral será: lelos às bases, como indica a
figura 69. As secções resultan-
l.a
= tes são respectivamente eqüi-
s
T valentes, de acordo com a se-
gunda propriedade.
O número de triângulos é igual ao número de lados da Assim, se, pelos pontos de
base. Assim, representando por n êste número, teremos: divisão de duas arestas, tra-
l X a (nZ) X a como mostra a figura
çarmos, paralelas às terceiras arestas, 69,
Si = n X no de cada pirâmide ficará formada uma série
interior de
2 2
prismas, onde dois prismas triangulares correspondentes de
como nl ê o perímetro *2p da base, resulta:
cada série são eqüivalentes, por terem bases eqüivalentes e a
mesma altura.
Podemos, portanto concluir que a soma dos volumes dos
prismas construídos na primeira pirâmide é igual à soma dos
volumes dos construídos na segunda.
2.°) Área total. Para se obter a área total devemos
Se aumentarmos o número de divisões da altura, o número
somar a área lateral com a da base.
de prismas de cada série tornar-se-á também maior e a soma
Como a base é, por hipótese, um polígono regular, a área dos volumes dos prismas se aproximará sempre mais do volume
será pX«i, donde : »S, = pX« + pX^i ou da pirâmide. Como as somas dos volumes dos prismas são
iguais, por terem parcelas iguais, conclui-se que os volumes
das pirâmides também o serão.
S — P («
t + ai)

Consequência.
7. Volume da pirâmide.
Deslocando-se o vértice de uma pirâmide triangular sobre
a) Teoremas fundamentais. um plano paralelo ao plano da base, o volume não se altera r
pois a base e a altura permanecem as mesmas.

Primeiro. Duas pirâmides triangulares de bases


equivalentes e da mesma altura são equivalentes.
Segundo. Todo prisma triangular pode ser decom-

= S2 posto em três pirâmides triangulares eqiiivalentes.


TT- . f Si
comum
Tese: V = V
( h
Pirâmides 159
158 Matemática — Primeiro an o colegial

A B C D E F 70).
Representando por V o volume do prisma e por V, o
Seja o prisma (fig.
da pirâmide, teremos:
Considerando o plano das concorrentes AE e A F, o prisma
y,

fica decomposto em duas pirâmides: a primeira ( ADEF ),


triangular e a segunda ( ABC FE quadrangular.
),

Traçando BF, o plano das concorrentes BF e BA divide


Substituindo o volume V do prisma~pelo valor conhecido
a última pirâmide nas duas triangulares, ABCF e
ABFE, que (BK), conclui-se: __________
os triângulos das bases e
são equivalentes, por serem iguais
a altura comum (distância do ponto A ao plano BC FE).
Da mesma forma, a primeira pirâmide (ADEF) é eqüi-

valente à segunda (ABCF) pois os triângulos DEF e


ABC
são iguais e a altura de ambas é a altura do prisma.
2.°) Consideremos uma pirâmide qualquer S A B C D E . .

Assim, as três pirâmides são equivalentes. ^ fl§


Tracemos, do vértice A, as diagonais do polígono da
’ base.
pirâmide determinam planos
Estas diagonais e o vértice da
que dividem a pirâmide dada em pirâmides
triangulares.

r—>0
Fio. 70 Vm - 71
B C C

Fig. 72 Ftcs. 73
b) Cálculo do volume da pirâmide.
Assim, se representarmos por vi, v2 , v3 ... os
volumes
O volume de uma pirâmide é igual a têrço um e por si, s2 s 3 as áreas das
,
• •
bases

das P iramides triângu-
pj do produto da área da base pela altura. lares, teremos, de acordo com
a primeira parte, por ser a

altura h comum a todas as piramides. _ -

III

Hl
Demonstração. va = ’
8

triangular SABC (fig. 71). 3


„ 1 ) Consideremos uma pirâmide
.
0

De acordo com o segundo teorema, o volume dessa pirâ- membro,


da mesma
Somando membro a conclui-se:
mide será um têrço do volume do prisma ABCMNS,
altura, pois o mesmo prisma pode
decomposto em tres ~O
II
ser
sendo uma delas a pirâ-
V = (Sl + S2 + • s •)•

pirâmides triangulares equivalentes,


mide dada SABC
160 Matemática — Primeiro ano colegial
Pirâmides 161
Como a soma das áreas dos triângulos é igual a
área da
base da pirâmide dada, conclui-se,
finalmente:
2-“) Volume do octaedro regular. O octaedro regular
é a soma de duas pirâmides quadrangulares
SABCD e S'ABCD t.

(fig. 74). A base, comum


às duas pirâmides, é um quadrado de
lado a e as alturas são, SO e S'0. Logo,
o volume será a soma: f

V ~
"gf

0,2 • 80 + —a 2
. SO' - -i- a2 . SS'.
8. Aplicações.

1“) Vohime do
SS' ê igual à diagonal AC do quadrado de lado a; logo
tetraedro regular em função da
aresta. Temos a fórmula: temos: SS' = a VI
^
e, portanto:
3
V= —a 2
. a -yj 2
A base é um triângulo eqüilátero, logo:
ou <\
R a2 X VI Ví
l!

,
Comoas arestas laterais são iguais, a altura
tera o pé no centro do círculo circunscrito
(fig. 73) AO 0
basm Assim, OB
ao triângulo
ê o raio dêsse círculo e o triângulo
retângulo
da
Fio. 74
Q
jS
AOB permite concluir:
h2 = a2 — r2 s
,
II) TRONCOS DE PIRÂMIDE E PRISMA Jl

ou, substituindo r por seu valor


Q
-4L (pois a = r \/!>
V3 9 Tr >nco de pirâmide. Tronco de
'

7 / pirâmide de bases ii

paralelas é a parte da pirâmide compreendida


e uma secção plana que lhe
entre a base
é paralela (fig. 75, I). A
V
base da
pirâmide e o polígono da secção denominam-se t
bases do tronco.
Substituindo os valores
Tr°nc° de P^âmide regular ê o tronco de t
(2) e (3) em (1) resulta, finalmente ’ .

originado de uma pirâmide regular. As


bases paralelas
a fórmula: faces laterais, são tra- i
pézios isósceles iguais cuja altura
denomina-se apótema do
tronco (AH, fig. 75, I).
a3 V 2
Chama-se tronco de pirâmide de segunda
espécie, o sólido
compreendido entre a base de uma pirâmide
e a secção plana
que intercepta os prolongamentos das arestas
laterais (75, II).
Pirâmides 163
162 Matemática — Primeiro ano colegial

parcial, figura 75, I. O volume do tronco de primeira espécie


lUí za-Jí. jl

um trapézio, será 75): será dado pela equação:


área si de uma face lateral, que é (fig.

+— —'v!
V= V' - V" ... (1)
/ o, ==
1
-
V a
A Representando por H a altura da pirâmide total e cZ a
/ \\ d d
\ /> onde l e Z' são, respectivamente, distância do vértice à secção
de
e, ainda, por R e b as áreas da
acordo com a fórmula do volume
o lado da base e da secção e a, o base e da secção, teremos,
apótema do tronco. Assim, a da pirâmide:

C--Í
área lateral será n vêzes a área
uma face lateral, isto é:
TJt
v —
BXH
de 3

a, - i2±£ x « V" =
b X d
Fig. 75

nl e rd' são os perímetros


Os produtos da base e da secção;
De acordo com a propriedade das pirâmides, temos:
representando-os por 2p e 2p', teremos:
B _ b
a,-%±^x«, H2 ~ d2

donde, finaímente, a fórmula: donde:

f
V/T V¥
Si = (p +p ) a
H “ d

Área total do troneo de pirâmide regular. Para Aplicando a propriedade das proporções relativa à dife-
11.
lateral as áreas rença dos antecedentes, temos:
obter a área total, basta adicionarmos à área
teremos:
das bases, que são polígonos regulares. Assim, V~B - VT <~B V¥
S = (v+V
t
f
) a + Pai + p'a 2 = pa + p’a + pqi + p’a 2 ,
H-d H ~ d
onde, ai e a 2 são, respectivamente, o apótema
da base e de
secção. Daí a fórmula: Substituindo a diferença H-d pela altura h do tronco-
dado, resulta:

S = p(a + gi) + p'(« + G2)


_ _
t

fã- VR -
V1F _ V _ Vr _ V
b b Ví)
(lonfle

12. Volume dos troncos de pirâmide. h H d


>
1 i

Volume do tronco de primeira espécie. Represen-


a) i

temos por V 0 volume da pirâmide total e V o da pirâmide


164 Matemática — Primeiro ano colegial Pirâmides

Substituindo os valores de H e d em (2), resulta: Substituindo os valores em (2):

£ hjb£
v _ ,

3 (V
h
B -Vò)
e r„ _
3 (V £ - V6)
_ r=3 __ e F„ = hrfW
(Vi? + Vò ) 3(V js + VT)
donde, de acordo com a igualdade (1):
e levando êstes últimos em (1):

= / VT VT \
3 \vt - vt vt - vt/ V=
VI? 3
+
à VT
OU 3 (VT + VTj
[

3 (VT + VT)
F= iva (V~õ - (V&> ") 3

3 VT-VT °U V =
Tr —h3 X VT + VT
- .

Efetuando a divisão da diferença das potências pela V B + V 5


diferença das bases:
donde, finalmente, efetuando a divisão, obtém-se a fórmula:

F= yX(B + b#VBÒ)
3- (B + b- V Bb )

b) Volume do tronco de segunda espécie. Conser-


vando as mesmas notações, teremos para o tronco de segunda
espécie (fig. 75, II): 13. Troncos de prisma. Tronco de prisma é o sólido
V = V' + V" (1) limitado por uma superfície prismática e duas secções não
Sendo; paralelas cuja interseção é exterior à superfície e que inter-
r= 3 3
'
« ceptem tôdas as geratrizes. A figura 76 apresenta um tronco
de prisma triangular.
Como no caso anterior, teremos a proporção: As faces laterais de um
tronco de prisma são, em geral,
vt VT trapézios, podendo ocorrer que uma das faces
um
H ~ d
’ seja paralelogramo.

B + V& V B V 6 » 14. Área lateral do tronco de prisma.


donde: As faces laterais de um tronco de prisma
H+ d H d ’

reto são trapézios retângulos.


1 = h: VT
H =
h No caso particular do tronco de prisma

VT V b ‘
vt+ VT regular, as alturas dêsses trapézios serão
iguais ao lado, l, da base (fig. 76). Assim, a
H d
* ’

a
,
»
hVT
VT -b VT
área lateral será obtida efetuando-se a soma
das áreas dessas faces, e teremos (fig. 76):
WP
Pirâmides 167
166 Matemática - Primeiro ano colegial

Seja 0 tronco ABC MNP (fig. 77, I), teremos a tese:

s, X +
l X + l x i,
VabCMNP = VnABC + VmABC + VpABC-
2 w ~J
Demonstração. ,

r.;}

As concorrentes NA, NC e MC
determinam dois planos
NMC tronco nas tres pirâmides
= Y (2ai + 2a2 + 2 3) NAC e que decompõem o
destacadas nas figuras 11, lü e IV
OU) jSj

NMAC, NMPC e NABC,


e cujos Volumes
representaremos por Vn V e Viv, m .

donde, finalmente:

Si = í(«i + 02 + « 3)

A área lateral de um
tronco de prisma regular
obtém-se, multiplicando a soma das
arestas
laterais pelo lado da base.

área
15. Área total. A área total obtém-se somando a
comoda
lateral com as áreas das duas bases. Nenhuma fórmula
área, pois, embora seja
S pode ser obtida para o cálculo dessa
regular prisma truncado, a secção não sera
o
um polígono

regular
)
í

I 16. Volume do tronco de prisma.


1 -

à)' Teorema fundamental .

r O tronco de prisma triangular é eqiiivalente


à

a soma de três pirâmides que têm por base comum


obtida com o
uma das bases do tronco e cujos vértices
são os A pirâmide II é equivalente à pirâmide V,
V da outra base. deslocamento do vértice ao longo de NB,
N como mostra a
paralela ao plano AI AC (pag. 17yj.
j

lí : figura, por ser essa aresta

V
t
w :i
168 Matemática — Primeiro ano colegial
Pirâmides 169
A
pirâmide III é eqüivalente à pirâmide VI, obtida
com
os deslocamentos dos vértices e N ao longo de e NB M MA I) — Pirâmide quadrangular
por razão análoga à anterior.
° at aj h I
Substituindo, na igualdade (1), Vn ,
e Vln respectivamente 2. 5 3
15
40
por V v e Vn, virá
,

: 3
6
4
18
— VXV T" Vv + V VI
II) — Pirâmide triangular
Na figura 76 vemos as três pirâmides reunidas. 13 12
6 2 5
b) Aplicações. 7. Calcular a área da secção feita numa pirâmide
quadrangular regular
por um plano paralelo à base. A distância da
a
0 volume secção à base é igual
l. ) de um tronco de prisma triangular reto a l/á da altura e o perímetro da base tem
ê 12 cm. Resp. 4 cm 1 .
igual ao produto da área da base pela média 8. Calcular a altura de uma pirâmide onde uma
arit- secção feita a 2 cm da
mética das arestas laterais. base tem área equivalente a 1/4 da área
da base. Resp. 4 cm.
9. A área da base de uma pirâmide hexagonal regular de 16 cm de
altura
Tese: V
al + «2 + «3 é 108 V 3 cm 2 Corta-se a pirâmide por um plano paralelo
.

à base
de modo que a área da secção é metade da área
da base. Achar o
lado da secção e a distância da secção
ao vértice. Resp : 6 cm e
Realmente, o tronco (fig. 76) é a sòma das 8 V2 cm.
. três pirâmides ’
cujos volumes são: 10. A área da base de uma pirâmide hexagonal
regular tem 1 800 dm 2
e a altura, á m. Determinar o lado de
uma secção paralela à base,
Boi Ba2 Ba 3 feita a 12 dm do vértice. Resp.
6 ~3~ 8 \/ 3 dm.
3 ’
3 11. O lado da base de uma pirâmide
hexagonal regular tem
altura 35 m. Corta-se essa pirâmide por e a 7m
a
um plano paralelo à base
2. Se o prisma é oblíquo a fórmula será: aos 2/7 da altura, a partir do vértice.
) Calcular o perímetro da
secção e os segmentos que determina
sôbre uma aresta lateral.
Resp. : i2 m, 10,1 m
V _ bX ^
e 25,3 m.
12. A altura de uma
pirâmide de base retangular mede 3 m. A
3 diagonal
da base tem 13 m
e o perímetro 34 m. Calcular o volume
da
onde d h d 2 e d 3 são as distâncias dos vértices ao plano
da base
pirâmide. Resp. 60 3 m .

isto é, as alturas 13. Calcular a área total de uma


das três pirâmides triangulares. pirâmide hexagonal regular, cuja altura
mede 3m e o lado
da base, 6 m. Resp.: 201,42 m 2 .(VlT =
1,73).
14. O apótema de uma pirâmide regular é igual ao semiperímetro T
EXERCÍCIOS e esta é um quadrado inscrito num
círculo de 8
da base
de raio. Calcular m
1. A aresta lateral de uma pirâmide regular
a área total. Resp. : 640 !
m .
y

mede 15 cm e a aresta da O triedro V, do tetraedro VA BC, é trirretângulo.


x
base, 18 cm. Calcular o apótema da
reencha as lacunas nos exercícios abaixo, sendo
pirâmide. Resp. 12 cm.
15.
é equilátero e tem 2 m
O triângulo ABC
de lado. Calcular o volume do tetraedro
N
Kesp.: 0,471 m 3
.
ri
a = apótema da pirâmide a, = apótema da base h = 16. O lado da base de uma pirâmide triangular
;
; altura regular mede 3 m. A área
ai ~ aresta lateral e ! = lado da base. iatera! é o quádruplo da
área da base. Calcular o volume J f
tíesp. : %óoQ m\

}
Pirâmides 171
170 Matemática - Pri meiro ano colegial

aresta é
Calcular a altura e o volume do tetraedro regular, cuja
mede 11,520 m3 e 31.
circunscrito a. um
17 O volume de uma pirâmide quadrangular regular ,
igual ao perímetro de um triângulo eqüilátero
a aresta da base, 2,4 m. Calcular a altura e o apótema da pirâmide.
círculo de 8 m
de raio. (E. N. Engenharia, 1936). Resp. 67,68 m
Resp. 6 m e 6,1 m. e 67 737,600 m 3
.

18 Calcular a área lateral e o volume de


uma pirâmide hexagonal regular 32. Uma pirâmide de base triangular, cujos lados medem, respectiya-
tem 5cm e a aresta da base, 4 cm. mente, 15, 12 e 9 cm, tem altura de 12 cm.~,Corta-se essa
pirâmme
cuja aresta Jateral
por um plano paralelo à base distante 8 cm do vértice. Calcular
12 V 21 cm e 24 V 3 cm
2 s
. ^
Resp. (E. Técnica do
o volume da pirâmide e o do tronco resultante.
19. Calcular a área total e o volume de uma pirâmide quadrangular Exército, 1948). Resp. 64 cm 3 e 152 cm 3 .

regular, cujo apótema tem 5 cm a aresta da base, 6 cm. Resp. 9b cm


Calcular a área lateral de um tronco de pirâmide quadrangular
e regular
33.
cm de bases paralelas, em que os perímetros das bases têm 32 cm e
3
e 48 .

o volume de uma pirâmide 56 cm e a altura do tronco, 4 cm. Resp. 220 cm2


Calcular, com êrro menor que 1 em
3 .

,
20.
cujo apótema tem 15 cm e a altura, 12 c .
Calcular a área lateral de um tronco de pirâmide triangular
regular,
triangular regular, 34.
1 684 cm
3
cujos lados das bases medem respectivamente 2 cm e 8 cm e cuja
Resp. .

aresta lateral tem 5 cm. Resp. 60 cm 2


de uma pirâmide quadrangular
.

Calcular a área total e o volume


Corta-se uma pirâmide triangular regular por um plano paralelo
21 à
regular, sendo conhecidas as
medidas do apótema da pirâmide e 35.
384 cm- e 384 c que intersecta o eixo a uma distancia do vértice^ igual a 1/3
da altura, respectivamente 10 cm e 8 cm. Resp.
.
base
da altur-a. O raio do círculo circunscrito à base da pirâmide tendo
ii
regular mede dm, calcular a área lateral do tronco obtido.
apótema da base de uma pirâmide
triangular
22. O 18 dm e ã' altura 12
A altura da pirâmide é 3igual ao semiperímetro da
base.
5 1 cm. Resp.: 623,52 dm 2 . ,

Calcular o volume. Resp. 9 cm .


36 Um tetraedro, cujos lados da base medem 6 m, 8 e 10 tem arestas m m
r...
laterais de 13 metros cada uma. Calcular _a altura
dêsse poliedro
Calcular, por logaritmos, o volume
do tetraedro regular cuja aresta
23.
! , tem 1,45 cm. Resp. .*
3
0,359 cm . .
-
em relação à base considerada. (E. Técnica do Exército, 1946).
Resp. 12 m.
Calcular, por logaritmos, o volume
do octaedro regular cuja aresta
24 A que distância do vértice se deve passar uma secção paralela à base
I

tem 4,5 m. Resp. 42,95 3


m .
37.
de uma pirâmide para dividi-la em duas partes eqüivalentes ?
H
Calcular o volume do tetraedro cuja
base é triângulo equilátero um 1 /
25 medem 3 cm. 5 cm e 5 cm.
3
laterais h v 4
do Exército, 1945). Resp.
de lado 4 cm e cujas arestas (E. Técnica .

'II 2
3
Resp. 6,928 cm. 45 do
38. Calcular o volume do poliedro regular obtido no exercício
11
pirâmide quadrangular regular é de 144
uma dm 3 e_a anterior em função do raio do círculo circunscrito à base
capítulo
.

26 O volume de
uma «og» M Mo
11
'
'
XTé
o dôbro dp lado d. ba». Cata
um plano paralelo
o
a
de
base. Resp. & dm. do prisma. (E. Técnica do Exército, 1948). Resp.: R ^6.
3

base um
.

feita a 4 dm do vértice por


pirâmide regular tem as arestas iguais. Sendo a
39. Uma
II

27. A diagonal de um octaedro


regular mede 4,242 m. Calcular o volume. quadrado de 4 cm de diagonal, pede-se a área total e o volume.s
(Univ. do Paraná, Fac. de Fil., fevereiro, 1951). Resp. 21,86 cm
V "2 = 1,414). Resp. 12,726 m .
3
II
(
Aaoma e 5,333 cm 3 .

Uma pirâmide regular tem por base um quadrado de lado *•


II 28
da base é igualla^5 cm.e 40. Demonstrar que em toda pirâmide triangular, os planos tirados pek» -
do apótema da pirâmide com o lado uma mesma reta.
Calcular o volume. vértice, ortogonais às arestas da base passam por
superfície total da pirâmide é de
16 cm 2 .
da Univ. de São Paulo,
II
(Fac. de Filosofia, São Paulo, 1951, E. Polit.
(E. Naval, 1946). Resp. 3,771 cm 3 .

1947).
II
Em uma pirâmide triangular SABCo
ângulo triecko é trirretân-
41. A base de uma pirâmide quadrangular regular tem 225 cm- de
área.
29.
ABC, da base é equilátero |
de 22 cm de lado.
Uma secção paralela a 4 cm do vértice, tem 25 cm
II gulo. O triângulo à base, feita
M., 1937). Resp.. 627,43
Calcular o volume da pirâmide. (E. de árc-a.
%} o volume - Calcular a altura da pirâmide total.
on num tetraedro SABC o triedro S fôr trirretângulo,
concorrem no vértice
I
das arestas que
li’ '"será um sexto do produto II - Calcular a área lateral da pirâmide total.

S. Provar.

V
172 Matemática — Primeiro ano colegial
Pirâmides 173

III - Calcular a área lateral do tronco de pirâmide formado pela 53. A que distância, a partir da base, se deve cortar uma
base e pela secção (E. Militar de Porto Alegre). Resp. 12 cm
pirâmide de
d m de altura, a fim de dividí-la em dois sólidos de volumes iguais ?
424,50 cm 2 e 376 cm 2 .

(Fil. U. D. F., 1946). Resp.: -3 ^Tm.)


43. Considera-se uma pirâmide regular de base quadrangular ; sua altura ?
(6 .

é igual à diagonal do quadrado da base, e seu volume vale 2 3


m .
f

Calcular o lado da base e a altura. (Fac. de Fil. da U. Minas Gerais. Questões de Concurso em 1958:
1.® concurso, 1951). Resp. 18 e 12 .
54. Um tronco de prisma triangular reto é
eqüivalente ao prisma
44. Dá-se a diagonal d — 0,25 m da base quadrada de uma pirâmide (ü/. jn . hj.).
regular de altura h = 0,42 m e pede-se calcular seu volume. (E. Uma
55. pirâmide triangular regular tem o apótema da
Eng. Juiz de Fora) Resp.: 0,004375 m 3 .
3 m. O apótema da pirâmide mede 5 m.
base medindo
Calcule o volume dessa
45. Achar a razão entre o volume do cubo de aresta a e o do tetraedro pirâmide. (E.Flu.E.).
regular cuja aresta seja a diagonal de uma das faces do cubo.
Resp _. 36 2 VTm .

56. Uma pirâmide é regular quando (E. P. U. C.).


(Escola de Arq. da U. Minas Gerais, 1953). Resp.: 3. 57. Corta-se uma pirâmide de 12 cm de altura
por um plano paralelo à
46. Em um tetraedro regular S ABC provar que as arestas opostas SA base e a 4 cm da base. Calcule a razão entre
a área da base e a
e BC são retangulares. (E. Militar, 1932) área da secção. (E. P. U. C. Rio). —
47. Corta-se umtetraedro regular por um
plano P, paralelo a duas arestas
opostas. Demonstrar que a secção é um retângulo. Calcular a área
da secção quando o plano P
fôr equidistante das duas arestas opos- questões ae Concurso em 195.9, 1960 e 1961
tas consideradas. Aplicar para um tetraedro de aresta igual a 10 m.
E. Técnica do Exército, 1948). Resp. : A secção eqüidistante é um 58. Uma pirâmide triangular regular tem o perímetro da
base igual a 6m
quadrado, S = 25 m 2
. Calcule a altura da pirâmide para que ela seja
um tetraedro re-
guiar.
48. Pela diagonal de uma da3 faces de um cubo de aresta 12 m, faz-se
passar um plano que forma com esta face um diedro de 30°. Calcular (E. Flu. E. —
1958). Resp.: 2 V 6/3 m.
os volumes dos sólidos em que fica decomposto o cubo. (E. E. da 59. Uma pirâmide quadrangular regular tem as arestas
laterais iguais às
U. Minas Gerais, 1944). Resp. 117,552 3
e 1610,448 s m m . arestas da base Calcule o ângulo de cada
aresta lateral com o plano
49. fi dado um cubo de 8 cm de volume. Calcular o volume do tetraedro
3
da base. (E.P.U.C. —
1959). Resp.: 45°.
regalar, cuja área total seja igual a área total do cubo. (E. P. da 60. O apótema de uma pirâmide regular é o dôbro do
apótema da base.
Calcule a medida do diedro formado pelas
faces laterais com a
.
Unlv. Católica, Rio de Janeiro, 1948). Resp.:
g
—O 27 base. (E.P.U.C. —
1960). Resp.: 60°.
61. Calcule o volume da pirâmide que tem
50. Em uma pirâmide, a aresta lateral SA mede 8 cm. A que distância por
um cubo de 5cm de aresta e por vértice umbase uma das facés de
do vértice S devemos tomar o ponto M, sôbre SA, a fim de que o ponto do segmento de
reta que liga os centros de duas faces
plano paralelo à base, tirado por M, destaque uma pirâmide parcial, opostas e perpendiculares a
cujo volume esteja para o volume da total como 4 está para 9?
essa base. (Eng. U. Rio de Janeiro —
1961). Resp.: 20,833cm 3 .
62. Urna pirâmide quadrangular regular tem de
volume 64m 3 e o lado
(E. Aeronáutica, 1952). Resp. 8/3 %/ 12 cm. da base igual a 8m. Calcule a distância do '
centro da base a uma
51. Uma pirâmide de base quadrada tem, de volume, 360 dm 3 Pede-se .
das faces laterais. (E.U. Rio —
1961). Resp.: 2,4m.
a altura, sabendo que é igual a 5/4 da diagonal da base. (E. Flumi- 63. Um tnedro trirretângulo é cortado por um plano
que intercepta as
nense de Engenharia, 1953). Resp. 15 dm. tres arestas formando um triângulo
de lados 8cm, lOcm el2 cm
respectivamente. Calcule o volume do sólido
Calcular a diagonal de um cubo, cuja área total seja igual à área formado.
52.
total de um tetraedro regular de 3 m
de aresta. (Fil. U. D. F., 1945).
(E.U. Rio —
1961). Resp.: 15 V"6cm 3 .

3
64. O perímetro da base ABCD de uma pirâmide
quadrangular regular
Resp. yv 12m.
/ de vértice M
e igual a 24m e a altura mede 4m. Calcule
a distância
do vértice B à face oposta ADM. (E.F.E.
1960). Resp.: 4,8m. —
Matemática - Pri meiro ano colegial
171

do tronco sabendo que a base


menor Capítulo Y
base menor. Calcule a altura
54 UTcm 2 de área. (E.F.E.
-
1959). Resp.: 6 V 6cm.

68. O
tem
perímetro da base e a altura de
uma pirâmide quadrangular re- SUPERFÍCIE
32 V 2 cm e 6cm. (Curso Científico)
gular medem, respectivamente,
Do centro da base traça-se a
perpendicular a das
^ 1. Linha. A linha pode ser definida como o lugar geo-
minado. (E.F.E. — 1959). Resp.: 244,060cm-
métrico das posições de um ponto móvel.
regular tem os pen.net rosas
67 Um tronco de pirâmide quadrangular Se tôdas as posições do ponto móvel estão no mesmo
laterais do tronco
e 44 V 2m. As arestas

MKÍSW* 9n
,. ,
,

<£• Calcule o voluu» do plano, obteremos uma linha plana (p, fig. 78).

P U.C.
(E 1959). Resp.: 1 072m . Em caso contrário diz-se reversa ou de dupla curvatura
(r, fig. 78).
68. Dada a se 5 »o reta
SvJ.
P
&y^e°da pirtoid1d. vértice C e de ba* ABDE, sendo
2. Superfície. À superfície pode ser definida como 0
conhecidos: a3 ^5 lugar geométrico das posições sucessivas de uma linha que

BC = «, AB — 2a e AC = 2a. (E.N.E. - 1957). Resp.: se desloca segundo uma lei determinada.


A linha móvel denomina-se geratriz (G G ; fig. 79) da ,

superfície.
Como devemos excluir o deslocamento
caso excepcional,
em que a geratriz, tôdas as posições, coincide com ela
em
própria, como acontece com a rotação da circunferência em
tôrno do centro, e a translação da reta sobre si mesma. A
linha, nestes casos, não gera superfícies.
Geralmente o deslocamento da geratriz é subordinado à
condição de apoiar-se sôbre uma ou mais linhas fixas, planas

Fig. 78 Fig. 79
176 Mãtemática — Primeiro ano colegial Superfícies 177

ou reversas, denominadas diretrizes, porque dirigem o movi- 5. Superfícies retilíneas. As principais famílias de
mento da linha geradora da superfície. Em certos casos, em superfícies retilíneas são:
lugar de linhas diretrizes consideram-se superfícies diretoras
(Q, fig. 82). )Superfície cilíndrica (fig. 79), é a superfície gerada
por uma reta GG' (geratriz) que se desloca apoiando-se cons-
tantemente numa linha fixa (diretriz) e mânfendo-se paralela
3. Família de superfícies. As superfícies que têm a a uma. direção A.
mesma qeratriz e a mesma lei de geração constituem uma família A superfície cilíndrica é desenvolvível.
de superfícies.
Se considerarmos, por exemplo, as superfícies geradas por ) Superfície cônica é a superfície gerada por
(fig. 80),

uma linha reta (geratriz, fig. 79) que se desloca conservando-se uma reta que, mantendo um ponto fixo, apoia-se sôbre uma
paralela a uma direção A (lei de geração), temos a família linha dada. O ponto fixo V denomina-se vértice (fig. 80),
e a linha dada ABC, diretriz.
de superfícies cilíndricas.
1.
As superfícies da mesma família distinguem-se uma das
2.
outras pela diretriz. Assim, pertencem à família das super-
fícies cilíndricas, o plano (diretriz retilínea), a superfície cilín-
drica circular (a diretriz é uma circunferência), superfície
cilíndrica parabólica (a diretriz é uma parábola), etc.

4. Classificação das superfícies. As superfícies divi-


dem-se em dois grupos, segundo a natureza da geratriz:

°) Retilíneas, quando a geratriz é uma linha reta;

°) curvilíneos, quando a geratriz é uma linha curva


e, de nenhum modo, podem admitir geratriz reti-
línea.

A superfície cônica compõe-se de duas fôlhas separadas


As superfícies retilíneas subdividem-se, ainda, em dois pelo vértice V.
grupos: desenvolvíveis e reservas. As diversas superfícies da família das cônicas distinguem-se
pela diretriz. Se a diretriz é uma reta, a cônica é um plano;
A superfície retilínea é desenvolvível quando se pode
se a diretriz é um círculo, obtém-se a superfície cônica circular,
estender em um plano sem dobra e sem se romper, isto ê,
etc.
aquelas em que cada duas geratrizes consecutivas estão situa- A superfície cônica é desenvolvível.
das no mesmo plano (figs. 79 e 80).
A superfície retilínea é reversa em caso contrário, isto é, c)Iliperbolóide de unia folha. É a superfície gerada
quando duas geratrizes consecutivas não estão no mesmo por uma reta que se desloca apoiando-se em três diretrizes
plano (figs. 81, 82 e 83). retilíneas não eoraplanares (fig. 81).
Superfície. 179
178 Mnlemática — Primeiro ono colegial

Êstes círculos denominam-se paralelos


da superfície de
d) Superfícies cotiôides. São superfícies geradas por
revolução.
uma reta que encontra sempre uma outra reta fixa e desliza
paralela a Círculo de gola é o paralelo de menor
raio.
sobre uma linha qualquer (fig. 82) mantendo-se
um plano fixo Q (plano diretor). ....
No caso particular em que as duas diretrizes são reti-
I Equador ê o paralelo de maior raio.
na
^
superfície de revo-
líneas e não complanares obtém-se o parabolóide
hiperbólico Meridiano é a secção determinada
o O meridiano é uma
lução por um plano que contém
eixo.
(fig. 83), que é da família dos conóides.
linha ou um par de linhas simétricas
em lelação ao eixo.

1.

2.

Fsa. 80

Fl°- 83
Fig. 82
7. Exemplos de superfícies de revolução.
6. Superfícies de revolução. °) Se a geratriz é reta paralela ao eixo, obtém-se
uma
ã superfície cilíndrica de revolução
(fig. 84, a).
Chama-se superfície de revolução a superfície gerada por
obtém-se
uma linha plana que faz urna rotação completa em tôrno de °) Se a geratriz é uma reta que corta o eixo,
bj.
8!Lip€vfÍ€Í& CÔTllCd d® T&VoluÇClO*
84t,
um eixo fixo de seu plano (fig. 84 a 89). 8»

Nesta rotação, qualquer ponto A da geratriz gera ABC


uma circunferência, cujo plano é perpendicular ao eixo XY
e cujo centro pertence ao eixo. Daí resulta
que toda secção
perpendicular ao eixo é um círculo.

Fig. 87 Tia. 88

3.°) Se a geratriz é uma semi-círcunferencia cujo diâmetro


é o eixo, obtém-se a superfície esférica,
que é
sempre de revolução (fig. 84, e.)
Fio. 84
pm ' 85
ISO 4. Matemática — Primeiro ano colegial
*

5. !

°) Se a geratriz é uma
circunferência, cujo centro não
pertence ao eixo, obtém-se o toro (fig. 85).
6.
°) Se a geratriz é uma elipse que gira em tôrno do eixo
Capítulo VI
maior, obtém-se o elipsóide de revolução alon-
gado (fig. 86). 7. 1.
CILINDRO
°) Se a geratriz é uma elipse
que gira em tôrno do eixo menor,
8.
obtêm-se o elipsóide de revolução 2.
achatado (fig. 87). 1. Definições.
°) Se a geratriz é uma hipér- s
Cilindro é o corpo limitado por uma superfície cilín-
)
bole que gira em tôrno do eixo trans- drica fechada e duas secções planas paralelas
que cortam
verso (fig. 88), obtém-se o hiperbo- todas as geratrizes.
lóide de revolução de duas fôlhas. As secções planas denominam-se bases. A distância
°) A parábola, girando em tôr- entre as bases é a altura O O' (fig. 90).
) No caso particular da superfície cilíndrica ser circular
a
no do eixo, gera o parabolóide de
o cilindro obtido denomina-se cilindro circular.
Fig. 89 revolução (fig. 89).
8. a ) Cilindro de revolução é o corpo engendrado pela
rotação de um retângulo A A' O O' em tôrno de um de seus
Observação. É importante observar que tôda superfície de revo-
lução 6 necessàriamente retilínea ou curvilínea, isto é, pertence a lados (fig. 91).
,

um dos dois grupos gerais de superfícies. Olado que serve de eixo de rotação será o eixo e altura
do o lado oposto será a geratriz e o lado contíguo o
cilindro,
raio da base (fig. 91).

Geratriz

da

Natureza
Cilindro 183

182 Matemática - Primeiro ano colegial .

4. Secção meridiana. Secção


O de revolução pode também
cilindro
ser definido como meridiana ê a secção plana que con-
o corpo limitado por uma superfície
cilíndrica de revolução e tém o eixo do cilindro de revolução.
Esta secção é um retângulo
eixo dessa superfície.
equi-
dois planos perpendiculares ao ge-
valente ao dôbro do retângulo
considerado o
4. a) O cilindro circular pode, ainda, ser ardor (fig. 93, AA’B'B).
número de íados da base
limite de um prisma inscrito, cujo Cilindro equilátero é o
5.
(fig. 92).
cresce indefinidamente secção
cilindro de revolução, cuja
meridiana é um quadrado.
aeôrdo com
Propriedades do cilindro circular. De
2 No cilindro equilátero tém-se:
é o limite de um prisma, logo
a quarta definição o cilindro
do prisma.
gosará de todas as propriedades = h = 2r Fia. 93
g |

Representemos poi
4rea lateral, total e volume.
3.
a total e o volume de um cilindro fórmuta do oilmdro,
Sl S,e7a área lateral, Assim, se substituirmos h por 2r uas
de um prisma equilate
C ê Dor S' S\c V
a área lateral, a total e‘© volume
teremos obteremos fórmulas particulares do
cilindro

P de base regular, inscrito no mesmo cilindro (fig. 92),


função apenas de r, que serão:

S' » 2 ph

S/ *=» 2p (h + <0

V’ Bh Semi-cilindro é o corpo obtido cor-


6. Semi-cilindro .

1
tando-se um cilindro segundo uma secção. meridiana (fig. Já).
ê a meta e o
Se o número de arestas na base
do prisma crescer indefi- Observemos que o volume do semi-cilindro
^
tl

circunferência 2 xr dí 1 cilindro correspondente.


it nidamente, o perímetro 2 p será a ,
volume do
o
limite o raio r e a area da ba-e no entanto, a metade da área total
J
o apótema a da base tem para A área total é,
A altura h ê constante. área da secção men i
cilindro originário, acrescida da
II 2
tem para limite xr .

modo:
n AA'B'B, isto é, de 2 rh. Temos, dêsse
II Assim, para o cilindro tem-se:
*
íl

I
de revolução
'

1
Cilindros semelhantes. Dois cilindros
7.
gerados por dois retângulos
dizem-se semelhantes quando são
oblíquo obtém-se, quando os
as alturas estão entre si como
'I

Gbsehvação. A área lateral do cilindro circular semelhantes, isto é,

multiplicando o perímetro da secção raios das bases.


de modo análogo a do prisma oblíquo,
! t reta pela geratriz.

w
i I
184 Matemática — Primeiro ano colegial
Cilindro 185
8. Relações entre as áreas e os volumes dos cilindros
semelhantes. Demonstração.
Seja o tronco A'B'CD (fig. 94), r o raio do círculo da base
As áreas laterais ou totais de dois cilindros e e o eixo 00'.
a
l. )
semelhantes estão entre si como os quadrados Prolonguemos o eixo 00' até 0 " de modo que 00" = ,
dos raios ou das alturas. 2X00'. . -~.

Prolonguemos, ainda, as geratrizes e tracemos pelo ponto


Sejam r e r' os raios das bases; h e ti, as alturas. 0 n um plano paralelo à base. Fica assim formado o cilindro
Teremos, por definição: ABA'B' que tem a mesma base do tronco e cuja altura é o
dôbro do eixo do tronco.
r_ h _ r h
~ ~
-f-
(D 0 volume V
dêsse cilindro será
r' ti r' + ti
'

V = xr 2 . 2e .
(1)
Por conseqüência, vem:
Por outro lado, o tronco de cilindro é eqüivalente à metade
S _ 2 %rh r h h2 do cilindro obtido. Realmente, traçando pelo ponto 0' uma
t
~ ~
s
=
Si 2 %r'ti ÜT ~ti* paralela a AB ficam formados dois triângulos
retângulos
CO'M e D0'N que têm os ângulos em 0' iguais como opostos
S t
_ 2%r ( h + r) _ r w h + r r2 h2 pelo vértice e 0'M igual a 0'N, como raios do mesmo
círculo.
S', 2 izr' (ti + r') r' ^ ti + r'
~ T72 "
h'
2 ' Assim, se fizermos rotação em tôrno do diâmetro perpen-
dicular a MN o ponto
, M
coincidirá com e da mesma forma N
Os volumes de dois cilindros semelhantes estão
C com D.
entre si como os cubos dos raios ou das alturas. Raciocínio análogo pode ser aplicado aos demais pontos
da secção CD e, portanto, o sólido CO'M coincide com
DO'N.
Conclui-se, assim, a eqüivalência entre o tronco e a
Temos. metade
y _ TC r
2
á _ r2 h r3 h3 do cilindro e, portanto, o volume V do tronco será
V %r' ti 2
r'
2 ^ ti r'
3 ~ ti 3

9. Tronco de cilindro.

)Definição. Tronco de cilindro é o corpo obtido sec-


cionando-se o cilindro segundo um plano não paralelo
à base
(fig. 94) que corte tôdas as geratrizes.

) Volume cio tronco.

O volume de um
tronco de cilindro de revolução
é igual ao produto da área do círculo da base
pelo eirn.

Tese: V = %r 2 e.

Fig. 94 Fic _ 95
187
Cilindro

186 Matemática - Primeiro ano colegial .

10

ou, de aeôrdo com (1): 4 cm 2 . Resp» * 12,064 cm*.

I Y = %r 2 e
seguintes
valores dos elementos dos
Preencha atTlcimas com os
lateral cilindros de revolução
Observação. análogo demonstraremos que a área
De modo V
produto da cireunferênc.a h Si si
revolução é igual ao f
do tronco de ciíindro de 7S%
12 60 is
da base pelo eixo, isto é: 768
13 ..... 192 % ..... 1?

88 (Cálculo por logaritmos)


S = 2%re ‘
48 tt • •• ••
16 5

10. Desenvolvimento da superfície iateral. desen- O "•


i'£íí isà\nszz
m
I

lateral de um cilindro de revolução é Resp. 40% m* e 80ic


3
...
volvimento da superfície : .
, , , , a
base é a circunferênoa reff.cada
'
um Sgulo, (fig. 95), cuia
h do cilindro.
18 -

(2%r) e cuja altura é a altura mV Calcular a base e a altura do retângulo.


II

ménte 360» m' e 600»


Resp.: 6m e 10 m. ,

1
EXERCÍCIOS
li

1
Observação. O número foi considerado com o valor aproximado 3,14.
» °Ss 5?
m
de altura e o círculo da base tem eixo. Provar
revolução tem 3 comprimentos dos lados que servem de
i

Um
.

cilindro de
lateral e total. Resp
1
é igual ao produto da
I Calcular as áreas . . , área
o raio de 0,1 m. volume de um cilindro de revolução
21. O Provar
lateral pela metade do raio da base.
I cilindro de revolução, cuja altura
tem
T raio da base de um
il
2
'
Calcular
ime área lateral, 18,84 m*. Resp.: 3 m.
m e o raro da
* íeTilSe^lSotofuí pSÒTa-aíelo aó

área total de cilindro de revolução tem 4,3332


um
3. A Resp. 2 m.
II
3 m. Calcular a altura.
.
hase 0
tem 16* m*. Calcular o raio e
um cilindro equilátero
il

II
4.

k
O
pq
volume de
a altura. Resp.:
i
P1 ]]ar o raio
tem 70 m*
e
2m
e o
e

volume,
4m.
a altura de um cilindro de
35 m*. Resp. :
revolução, cuja área
1 e 11,1 m. m
.
-
pesa 500 g.
3
(Cálculo por logaritmo).
WpSfêÁ ^d Resp. 0,4 m.
“IfSeS
em um prisma hexagona
l lateral
m um
6 A área de secção meridiana
de um cilindro eqüilátero tem
169,5b cm
30 .
24 Calcular o volume de
Sir
cilindro inscrito
dm
A ír» da baee do prtana i repre.eut.do, semiperímetro « ,
pelo
1 Calcular o volume. Resp. .
comprimento Igual ao
de um cilindro eqüilátero medo 16* cm». Calcular
o número 6 d 3 e a altura tem
7. A área lateral ISwdm 3
da base. Resp. _
m

«
.
'Ufj , .

oZJTL, toÜi ."*»«*- - 0


i
Jfti
8

, a
.

Tdf
ra r ££
que a altura
•— tem o dm. Resp.
^ d.
1570
ÍS
dm .
área lateral e o volume. Resp. 188,40 m e -8-, 600 m .
.

Calcular o volume, sabendo


i

it
188 Matemática Primeiro ano colegial

26. . Calcular as áreas lateral e total de um


cilindro de revolução cuia
diagonal do retângulo gerador mede 10
Resp. 6 8 m
e o raio da base’ m f
301,44 m* e 703,36 ml ’ I

27 a8 dimen8Õ es do retângulo gerador


'

, de um cilindro de revo- Capítulo VII

28 ' U
V'Set ângul °’ cu j° lado maior mede 2,5 m,
t6m 37 68 m2 ’ 6 ° V0lume -
37 68m3
- '

1.
CONE
gira em tôrno dêsse lado
n
O f*
lado menor gera um círculo, cuja circunferência
comprimento. Calcular a área lateral
tem 9 42 de m
e a total do cUindro
cinnaro.
gerado. Resp. 23,5 m e 37,68
2 2 m 2.
Resp. 23,55 s m
e 37,68 2
m .
1. Definições.
29. Calcular o volume do cilindro circunscrito
de volume. Resp. 256ic dm 3
a um cubo de 512 dm 3
.
a
) Cone ê o corpo limitado por uma fôlha de superfície
30. Calcular a área total de um de revolução em que cada uma
cilindro cónica fechada e uma secção plana que intercepta tôdas as
das bases tem 12,56 m 2 de área e a altura, 5 m. Resp. : 87,92 m 2 .
geratrizes (fig. 96).
aItura de um cilindro de revolução,
'

2
cuja área total’ mede A
3. secção plana denomina-se base.
C Pnmen ° da circunferência de uma das bases,
3l,4 m i°- 3m )
a
Tronco de cone de bases paralelas é o corpo
32. O raio da base de um cilindro é igual ao lado do triângulo eqüilátero limitado pela superfície cônica fechada e duas secções
planas
num círculo de raio R = VJ e sua altura é igual
inscrito paralelas que interceptam tôdas as geratrizes sem conter
do quadrado mscnto no mesmo círculo. ao lado o vér-
Calcular o volume. (Fac tice (dg. 97). O tronco de cone diz-se de primeira
Fil. U. D, F., 1946) Resp.:
espécie
9x V7f. quando as duas secções planas que o limitam ficam do mesmo
33. No círculo de raio r = 4 m, ‘traçam-se duas cordas lado do vértice (A, fig. 97). O tronco diz-se de segunda
paralelas, iguais
respectivamente aos lados do hexágono e do espécie
triângulo regulares quando o vértice fica compreendido entre as duas secções
referldo cí ™ u!o
Xírr Determinar o volume da pofção dó
cilindro de altura h - 6 m que tem
-

para base a porção de círculo


compreendida entre as mencionadas cordas,
planas (B, fig. 97).
supondo o centro do Cone circular ê o que tem para base um círculo.
a
)
ltre aS dUaS COrda8 (E N de En genharia,
1952) m»
‘ ' ‘
No cone circular o segmento determinado pelo vértice e
34. Calcular a superfície lateral de um cilindro pelo centro da base chama-se eixo. O cone circular
sabendo que o volume é é reto
d S Ça0 P r Um pIano que contém (fig. 96-A), quando o eixo
é perpendicular ao plano da base.
n
(Fac. Fil. de Sao Bento o T — o eixo é 5.
São Paulo, 1949). Resp.: 12%. E oblíquo (fig. 96-B), em caso contrário.
35. Calcular o volume V de um octaedro regular
inscrito em um cilindro
6 ral ° R Ks ° oIa técnica do Exército,
'
<-

Rs 1950.
~Õ~

Questões de Concurso em 1958:


36 A d a' d
-

T^
wtln ,? 30°.
r
retânguI °
C 0n
ge í ador de «na cilindro de revolução
Umd
°f
,ad0s que é ° eixo d0 cilindro, um

ângulo de , í
Calcule o volume do cilindro. (E. N. E.).
Resp.: 27ir V3 m2 .

Fig. 96 Fig. 97
Con 191
j 90 Matemática — Primeiro ano co l egial 3,
4.
Repre-
Area lateral, área total e volume <to cone.
Cone de revolução é o gerado pela rotação completa a área lateral, a
»)
sentando por S, S c V respectivamente,
t

de um triângulo retângulo em tôrno de um


dos catetos (fig^ 98).
volume de um cone e por S', S.ef os
elementos
total e o
O catêto que serve de eixo é a altura, o outro cateto é correspondentes da pirâmide regular inscrita com n arestas
o raio da base e a hipotenusa é a geratriz da
superfície lateral.
de Pitágoras: na base, podemos concluir:
Daí a relação, em virtude do teorema
5.
tf « h2 + r
2
ò" = pa
cone de revolução pode também eer definido como
í

Obsbkvação. O
o corpo limitado por uma fôlha de superfície cônica de revolução e uma S/ = V (a + <*i)

secção plana perpendicular ao eixo. I

2. rV

0 cone circular pode, ainda, ser considerado, como o



a I
) r
o
limite para o qual tende uma pirâmide inscrita quando
número de lados da base indefinidamente (fig. 99).
cresce
Dizendo-se inscrita a pirâmide cujo vértice coincide com
o para a geratriz,
Quando
4. n cresce, p tende para %r, a tende
da base
do cone e cuja base é um polígono inscrito no círculo h é constante.
2 a altura
«! tende para r, B tende para %r e jí

do cone.
Assim, para o cone, teremos as fórmulas:
Propriedades do cone. Em virtude da quinta defi-
extensivas ao
nição tôdas as propriedades da pirâmide são
cone circular. Assim, podemos concluir:
l.o) 0 plano paralelo à base de um cone divide as geratrizes
e a altura em partes proporcionais (fig. 100).
secção paralela à base é um círculo e a área da
secção
2.°) A ê o cone de revo-
está para a área da base como os quadrados de suas Cone equilátero. Cone equilátero

lução, cuja secção meridiana é um triângulo eqüilátero (fig. 101).


distâncias ao vértice.
No cone eqüilátero tém-se, por ser AVB um tiiangulo
eqüilátero:

V3 obteremos
Assim, se substituirmos g por 2 r e h por r ,

eqüilátero:
as fórmulas particulares do cone

Fic. 89 ttto.
Fzs. SS
192 Matemática — Primeiro ano colegial
Cone 193

5. Cones semelhantes. Dois Da igualdade (1), conclui-se:.


cones de revolução dizem-se seme-
lhantes (fig. 100) quando são gera-
JL = r +
dos por dois triângulos semelhan-
=
^ n +
g
ri 9i gi
tes, isto é, quando satisfazem as logo, vem:
relações:

_r h
_St_ __ r r r2 h2 g
2
J7
(D S/ n n n 2 2
9i n hi ^ Çl

Flo 101
Observação. De acordo com a
definição, a secção plana paralela à base
2 a Os volumes de dois cones semelhantes estão entre
um "i „ .
urn cone de revolução, determina
- si como os cubos dos raios ou das alturas.
arCla seme hante ao tota1 ’ P ois 03 triângulos geradores
são
se^nelhante^

Temos:
6. Relações entre as áreas e os volumes tios cones %r 2 h
semelhantes.
V _ 3 r 2h r2 h r3
2
__
2
~ X = ’’
V' rzn hi n hi rí 5
áreas laterais ou totais de dois cones seme- "ÃT
a 3
I
lhantes estão entre si como os quadrados dos
raios, ou das alturas ou das geratrizes.
Observação: O cone que se destaca por uma secção paralela
nomeia aà base
uase
de um cone, lhe é semelhante.

e r i os raios, g e g v as geratrizes e/ie h as


... L alturas, 7* Troncos de cone. O tronco
tig. 100). Teremos: de cone de primeira ou
segunda espécie é o limite. para o qual tende o
tronco de pirâ-
St %rg mide da mesma espécie cujo número de lados
_ __
r g da base aumenta
mdeímidamente. Podemos, então concluir:
Si %rigi n gi

Donde em virtude de l.°) Tronco de primeira espécie.


(1):

S =e lim (p + p') a

V= lim — {B + 6i + i Bhi)
Analogamente, temos:
Donde, passando aos limites, como vimos para o cone:
St
= xr (g + r)
= J_ x 9 + r
S/ xri ( gi -f- n) n gi -f r, Se = X (r
. -j-
n) . g
Cone 195

194 Matemática — Primeiro ano colegial


do ângulo central, conhe-
fórmula que dá o número de graus
permrte construir o
2 dd“ a geratriz e o raio. Esta fórmula
(%r 2 + iwU 4* r r~ 1
)
desenvolvimento da superfície lateral
do cone.

EXERCÍCIOS
(r 2 + ri
2
+ m)
revolução mede 10 cm e a geratriz
1 O diâmetro da base de um cone de
Calcular a altura. Resp. 12 cm
mede 13 cm.
/c reTOluçao cu^a
Calcular o raio da b»e e a
altura
Teremos, anàlogamente: 44
Tronco de segunda espécie
2.
.
cuja geratriz tem 25 cm. Kesp.
2 .) área lateral vale 600ic cm» e

eqüilátero, cuja circunferência


da base
3. CalculaT o volume do cone
3 - rri)
__ Jli- (f2 -f- n mede 25,12 cm. Resp. 64 *
< 3 /3 cm !
. .
.

3
com os elementos assinalados na coluna, nos
Preencha as lacunas
seguintes cones de revolução
S S, V
lateral. A SU P^* r h ,

Desenvolvimento da superfície
i. ,
o
5 6 8
con^eBenvolv^ nun, .

fície lateral do .... 13 65 • %


6

X rt—
,

raio, ..... 16 x V 10
e cujo 4 .

circtnferLúa da base do cone


.
7
pímeZtr.df í " 5M -: i

!' s .

4 IS* :

’ Zl de raio ser, de acdrdo


m CXd°. eSu^Tôuf™ - Sf- íí
j

com a fórmula de retificação:


%gn
180°

H. C.ZÍ otlX"„c dc revolução,
desta mede ^2cm. Rap.. 8x/3cm
ao triplo da írca da baee e o
raio
cuja área da secção mer
-

número de graus do setor. 12. Calcular o volume de um cone equilátero,


onde n é o
do
a outro lado o comprimento
p or OatZTtolumrdeZ^ouTXt»». ”
«“» “ll 9 *«“ 3 dm -

X\ mesmo arco é o da circunferência


base; isto é, 2 %r. Daí,
a equaçao:
da 13.
:

\ »•
°S“r3s-“
Resp.: 62,80 cm 2
(ic = 3,14). _
tüs.
~ -
!

15. Um triângulo retángidoque tem 6


gira em torno ao maior cateto.
vaicaiui u ^ í Tolumfdo eólido°gerado!
tôrno da diagonal. Calcular
a
donde resulta: 16. Uifquadmdo Te lado 6 cm gira em
sólido gerado. Resp. 36* 2 cm
a área lateral e o volume do

.17. Calcular o volume gerado pela revolução 4? mwhi


em tôrno de um dos lados, tendo cada um
dêetes 6 cm. íiesp.

f». ioa

<1
á
196 Matemática — Primeiro ano colegial
Cone 197
18. Calcular o volume gerado pela revolução de um triângulo de lados
30. Calcular a superfície lateral e o volume de um cone de
10 cm, 17 cm e 21 cm, girando em tôrno do maior lado. altura 26,75
sabendo que a circunferência da base está circunscrita a um
m
Resp. 448 x cm 3 . quadrado
19. Dois lados de um triângulo medem respectivamente 4 cm e 8 cm e
de lado 12,83 (obm Cálculo por logaritmos) (E. Nac. de Engenha-
:

o ângulo por eles formado, 120°. Calcular o volume do sólido gerado


ria, 1923). Resp. 805,036 2 e 2 305,521 m s
m .

pela revolução do triângulo em tôrno do menor lado. Resp. 64xcm 3


31. A diferença entre os raios dos círculos das bases de um
tronco de cone
.
reto é 2 cm e a altura 1 dm. Calcular-o volume
20. Um cilindro e um cone de revolução são eqüivalentes e assentam sôbre sabendo que a razão entre as áreas das bases é 4/9. (E.
dêsse tronco
a mesma base, cujo raio é de 24 cm. A altura do cilindro é de 6 cm. Aeronáutica’’
(1945) Resp. 795,720 cm .
3
Calcular a área lateral da parte do cone que é exterior ao cilindro.
Resp. 320z cm 2 .
32. Calcular o volume de um cone de revolução, conhecendo-se
a área
lateral S e a distância d do centro da base
21. Calcular a área lateral de um cone de revolução em que a circunfe- a uma geratriz (Fac
Fil. São Bento, São Paulo, 1951).
rência da base mede 37,68 cm e a altura é 2/3 do diâmetro da base.
Resp. 188,40 cm 2 .
Resp. :
Sd ~
22. Calcular a geratriz de um cone, cuja área lateral tem 31,4 dm 2
e a
33. Em um cone de altura h e raio r, inscrever um cilindro (com
base
área da base, 12,56 dm 2 Resp. 5 dm.
.
sobre a base do cone) ta! que a soma de sua altura
com o raio de
sua base seja m. Calcular a altura e o raio do
23. Calcular a área total de um cone gerado por um triângulo retângulo cilindro. (Fac Fil
São Bento, São Paulo, 1950) Resp.
cuja área é de 24 m* e a hipotenusa tem 10 m, quando gira em tôrno

28.
do catêto maior. Resp. 301,44 2 m .
r(h — m) h(m — r)
24. Calcular o perímetro do triângulo gerador de um cone de revolução h-r C h-r
m
que tem para área lateral 188,40 2 e para área total 301,44 2 m .
34. Calcular o volume de um tronco de cone, cujos
Resp. 24 m. raios das bases medem,
respectiyamente, 5 m m, e cuja geratriz mede 5
e 8 m (Fac. Fil
25. A base de um
cone de revolução está inscrita na base de um prisma Univ. D. F., 1947). Resp. 172z m'.
quadrangular regular e o vértice coincide com o centro da outra
base. A área lateral do prisma é 3/2 da área da base e a altura tem
35. Corta-se um cone de revolução de altura h por um plano paralelo
à
12 dm. Calcular o volume e a área lateral do cone. Resp. 1 024z dm’ base. A que distância do vértice deve estar o plano para
que a
j
razao da área da secção para a área_da base
e 320z dm 2
. seja ? (Fac. C. L. m
Calcular as bases de um trapézio isósceles circunscrito a um círculo da U. Paraná, 1951) Resp. : h V m
:
.

de raio 5, sabendo-se que o volume gerado pelo trapézio girando em 36. Um cone circular de altura a e raio r é cortado por
um plano paralelo
tôrno da base maior é de 1 000ir e que a soma das bases é 25. a Dase. Calcular a altura do cone parcial assim
determinado de
(Esc. Militar, 1941). Resp.: 20 e 5. modo que a sua superfície lateral seja igual à superfície
lateral do
Calcular o volume de um cone de revolução, cujo raio da base mede
—V-—
27. tronco. (E. Nac. Engenharia, 1941). ~2~
a
6 m
e cuja geratriz é igual à diagonal de um cubo tendo como aresta Resp.
o lado de um triângulo eqüilátero inscrito em um círculo de raio
Igual a 10/3 do m. (E. N. de Engenharia, 1946). Resp.
37. Provar que se V a> V b Ve são os volumes gerados por um triângulo
96z m*. ,

em A êlrando em tôrno sucessivamente dos lados


28. Um quadrado, de lado a, gira em tôrno de um eixo que passa por um .oO, OA e AB t

tem-se a relação
de seus vértices e é paralelo à diagonal do quadrado que não passa
por êsse vértice. Calcular o volume gerado. (Fac. Nac. de Filosofia, -L =_L + _L
1946). Resp.: za 3 V 2. tv vp ^ F„ 2

29. Calcular a área da secção meridiana de um cone circular reto, sabendo


(E de Engenharia da U. Minas Gerais, 1947

- bao Paulo,
— Fac, E. Industrial
que a altura do cone tem a mesma medida que a circunferência 1950).
da base e que o apótema do hexágono regular inscrito na base é 38. Calcular o volume de um cone de revolução, sabendo que
igual a 3 m. (E. Naval, 1946) (*) Resp. 24x m*.
:

o) a distância do centro do círculo da base


ao ponto P que divide
(*) Êafce exercício foi simplificado. a corda lB = 6mna
razão = —
igual ± é a 1 m;
198 Matemática — Primeiro ano colegial

relativa à hipotenusa tem para


6) a mediana do triângulo gerador
m, (E, de Engenharia de Juiz de Fora, 1951).
comprimento 2,5 Capítulo VIII
Resp. 12'S m 8
.

cujos catetos são o = 3 cm e 4 cm b-


39. Um triângulo retângulo,
tôrno do catêto b e da hipotenusa c, gerando
em
ESFERA
gira sucessivamente
respectivamente oa volumes b s V eV
Calcular a relaçao entre esses
.

dois volumes. (Esc. Técnica do Exército, 1951).


^
_
I) PROPRIEDADES GERAIS
Calcular o volume de um tetraedro regular
da mesma altura de um
cujo volume é numèncamente igual a sua área total.
cone eqüílátero,
1. Definições.
729 V 3
revolução gerada
Resp. Superfície esférica ê a superfície, de
pela rotação de uma semi-eircunferência
em torno do dia-
de altura, a que distância do T^ce
deve-se
41. Dado um cone de 4dm |

um plano paralelo à base a fim de dmdf-lo


em dm metro (fig. 103).
cortá-lo por
Esfera é o sólido limitado por uma
superfície esíérica,
partes equivalentes?

incluídos os pontos, dessa superfície. , , .


Resp.: 2 x/ i gerador , ,

0 centro, o raio e o diâmetro do semi-eirculo


cone tem 9cm. Quais os segmentos determinados diâmetro da esíera.
n A geratriz de um denominam-se, também, centro, raio e
sôbre ela por dois planos paralelos à base e
que dividem o cone
II
proporcionais aos números 2, 3 e 4
em três partes Consequências.
tôrno do diâmetro, um ponto qualquer
j
I!

Resp.: 3 </J, 3 (v^Tõ - </J), 3 (3 - </ 15). 1 ») Na rotação em


a uma dis-
-I
M da semi-circunferência (fig. 103) manter-se-á
Assim, a siiperjície esjérica
tância constante (raio) do centro.
II
Questões de Concurso: do espaço, cuja distância ao
êo lugar geométrico dos pontos
raio da base
I!
43 Num tronco de cone de revolução a geratriz é igual ao centro é constante.
Calcule o com-
maior e a duas vêzes e meia o raio da base menor. é niaior
do tronco 2. a ) Qualquer ponto, cuja distância ao centro
«1
primento dessa geratriz sabendo, ainda, que a área lateral esférica.
a
35ir 2 (E.mN. E., 1958). Resp.: 5m. que o raio, é exterior à superfície
é igual
ao centro é menor que o
.
li
de raio R tem Qualquer ponto, cuja distância
área da secção meridiana de um cone eqüilátero
í

44. A
«I
para expressão (E. Flu. E., 1958). raio, é interior à superfície esférica.
10 em e 4 cm.
II 45 Um tronco de cone tem os raios das bases medindo
geratriz mede 10 cm. Calcule o volume do tronco.
A 2. Propriedades. - -
Ml

Superfície cônica é (E. P. U. C. Rio, 1958).


46.
«|
por um plano paralelo Tôda secção plana de uma esfera á um circulo.
Secciona-se um cone de geratriz g e altura h
l.a
47. ,

ai
passando pelo ponto médio da altura. Calcule a razao
à base e
assim obtido.
entre o volume do cone dado e o do tronco
M
(E.N.E. —
1960). Resp.: 8/7.
Demonstração.
m 48 Um cone e um cilindro equiláteros têm mesma, aRura.
Calcule a
Consideremos uma esfera 0 de raio R (fig. 104) e um
volumes dos dois, sokdos. ÜJuN.li. luoyj.
razão entre as áreas e os
I Resp 2/3 e 4/9, plano secante M.
«
{\

j
Matemática - Primeir o ano colegial Esfera 201

Trata-se de provar que a secção AB


ê um círculo. 0 triângulo retângulo OCB fornece a relação (fig. 104).
Do centro 0 tracemos a perpendicular OC ao plano M
e consideremos um ponto P, da linha
de intersecção. 1. r2 = R2 - d2 (I)
De acordo com a hipótese os pontos A, B e P são da
hnha de interseção e, portanto, estão na superfície esférica,
concluindo-se: O raio r depende, por conseguinte, dè% por ser R cons-
2. concluindo-se
tante, as conseqüências:
OA — OB — OP = R, (1)
*) Na mesma es j era, a secção plana varia em sentido
qualquer que seja P. contrário ao de sua distância ao centro.
3.
Sendo iguais as oblíquas ao plano M, afastam-se igual- Realmente, em virtude de (I) quanto maior fôr o valor
mente do pé da perpendicular; logo: de d, menor será o de r e inversamente. cv
j

CA = CB = CP. ®) Na mesma esjera, duas secções equidistantes do centro ©i

Assim, o ponto C
são congruentes.
©
linha APB. Por
é eqüidistante de todos os pontos da Em
4.viitude da relação (I), se as distâncias forem iguais,
o
conseguinte, esta linha é uma circunferência, serão também iguais os raios das secções.
e a secção é um círculo.
Cf
») No caso particular d = O, isto é, em que o plano M
Observação. O centro do círculo da secção é o pá da perpendicular ©í
traçada do centro da esfera ao piano da secção (ponto C).
contém o centro, conclui-se:
r = R. o
Consequências.
A secção denomina-se, então, círculo máximo ou meri- í
Representemos por R — o raio da esfera, por — o raio
r diano. d
da secção e, finalmente, por d — a distância OC do centro ao Em oposição, as secções que não contêm o centro são
1

plano da secção. denominadas círculos menores,


®) Se d = R, conclui-se:
r = 0. i

A secção reduz-se a um pon-


to (fig. O plano M terá um
105).
único ponto C comum com a es-
fera e sera um plano tangente.

Conclui-se: O plano per-


pendicular a um raio em seu
ponto extremo, ê tangente. w
v
O
ponto comum Cê o pon-
to de contacto. Flo 117 w
m
v
*
Esfera 203
202 Matemática - Primeiro ano colegial

Aplicação.
1. Determinação da esfera. De acordo com
Por quatro pontos não situados
no mesmo plano a segunda
2. propriedade conclui-se que a esfera fica determinada:
passa uma esfera e apenas uma.
°) Por quatro pontos não situados. no mesmo plano.

D, n&o situados n
3.
Por um um ponto exterior Realmente, se
círculo e .

Sejam os quatro pontos A, B, C,


°)

A, R e C, determinam considerarmos pontos na circunferência do círculo, o


três
mesmo plano. Os três primeiros pontos, 0 será um quarto ponto não situado no plano
circunferência de centro ponto exterior
}
um plano M e, neste plano, uma
dos três primeiros.
(fig. 106).
D determinam um
Analogamente, os três pontos A, B e Por dois círculos secantes ou tangentes não compla-
°)
de centro O Assim, as circunferên-
I
segundo plano P e neste, a circunferência nare s." Pois, neste caso, é possível tomar sôbre
AB é uma corda comum às duas circunferências. cias quatro pontos não situados no mesmo plano.
1

centro de cada círculo à


As perpendiculares traçadas do
no ponto medio E dessa coroa,
corda comum AB, cortar-se-ão
determinarão um plano OEO Por dois pontos não diametrais da superfície
I
em virtude da teoria, do circulo e aos planos e P. M 3.® esférica passa sempre um círculo máximo.
perpendicular a AB é; conseqüentemente,
,

A, perpendicular ao
Se do ponto 0, traçarmos a reta
-

no plano OEO e tera os


plano M, a mesma ficará contida e B da superfície esférica (fig. 107)
Suponhamos os pontos A
*

:
'
pontos equidistantes de A, B e C.
P ao plano P não são colineares; logo, deter-
i

pontos- e o centro
Do mesmo modo a reta A', perpendicular Êstes dois
na esfera é um círculo máximo
OEO' e tera todos os pontos minarão um plano, cuja secção
no ponto O', ficará contida em o centro.
por conter
II
eqüidistantes de A, B e D.
Como A e A' estão Distância esférica entre os pontos A e B é o compri-,
situadas no mesmo plano mento do arco AB do círculo máximo. Êste arco é o menor
OEO' e são concorrentes em
entre os
percurso que se pode fazer sôbre a superfície esférica
virtude da construção, terão pontos A e B.
um ponto de intersecção I,
equidistante dos quatro pon-
3. Polos. Distância polar.
tos A, B, C e D.

O ponto I é, pois, o Definições Polos de um


a) .

uma esfera que círculo da esfera são as extre-


centro de
midades PeP' do diâmetro per-
passa nos quatro pontos. pendicular ao plano do mesmo

retas A e A' têm um


círculo (fig. 108).
Esta esfera é única porque as
Bi

o ponto I ê o umco ponto d«) Dessa definição resulta que


N| único 1ponto de interseção, isto é, paralelos têm
pontos. A distancia comum todos os círculos
espaço eqüidistante dos quatro 107
#i
os mesmos polos. 1,(0

o raio da esfera,
a;

1
á.
aí\
204 Matemática — Primeiro ano colegial
Esf era 205
Distancia polar de um círculo p 8erâ ° lado do P°^8ono regular de n lados, Inscrito
da esfera é a distância de cada polo cí°rm,lo
círculo máximo da, no
esfera, e, portanto, teremos:
/ / •.
1
P
\\ \ _ a um ponto qualquer da circun-
I / I Á ferência
fig. 108).
do círculo (PM e P’M P — ln —2 R . sen — 4)

A distancia a cada polo é cons-


Exemplo: ^
tante qualquer que seja o ponto da A distância poiar de um círculo máximo será:

s
circunferência,pois, as oblíquas ao = R VT,
P = Pi
plano da secção, e PM’, por PM polares igua,, ”
exemplo, serão iguais por se Afas- d ° «»>*•*•
Fig. 108 tarem igualmente do pé da perpen-
í
dicular.
4, Posições da reta em relação à esfera.
0 BSER VAÇÃ SaI V0 indica Çã° em contrário
AV/^
distância /
-

polar
** A .

a distância ao polo mais próximo {PM).


considera-se como
a) Teorema fundamental
b) Relações métricas. Os polos PeP' determinam
com Uma reta não pode
Se 0 CÍrCU, ° máximo PMP'-, logo, o ter mais de dois pontos
rülP í T°por estar inscrito num
é íetangulo
triângulo
semicírculo.
1.
comuns cora a superfície esférica.

Se representarmos por p
P M, por R o raio da esfera
e Vl as distâncias polares PM e
e por r o raio IM da secção, o 3.
Demonstração.
triângulo retângulo PMP' fornece as relações:
A reta e o centro da esfera determinam um plano
P
2
+ Pi
2 = 4R 2 (1 ) secção na esfera é um círculo cuia
— máximo. Ora, a reta não’ pode
PPi 2 Rr 2) ter mais de dois pontos
( comuns com a circunferência dêsse
0 p
2 = 2R X PI; círculo; logo, também não
terá com a superfície esférica:
ou, sendo d a distância OI da secção ao centro: Consequência.

A reta pode, então, ter três


posiçõesem relação à esfera.
p = V 2R (R - d) (3) Reta exterior
*)
nenhum ponto comum com a esfera.
-

que é a jórmula da distância polar. 2.


) T^ GENTE " um ponto comum com a superfície
t Reta secante - dois pontos comuns com
fo s? âtlP â™,lr Pre * COTda de »)

esierica.
a superfície

3.-2«21, Tl
h) n # ente9- A existência da tangente à esfera
de que J“
do resulta
toda reta perpendicular à extremidade
de um raio 0(7
Esfera 207

206 Matemática - Primeiro ano colegial

As retasAB e CX determi-
piano perpendicular a OC no
ponto C.
ífk 105) pertence ao consequen-
nam um plano que corta a esfera
esfera (n.° 2, quarta máximo ACB.
Ora êste plano é tangente à segundo o círculo
pode mais de um ponto comum com
da)! logo, a reta não ter
A distância de CX ao diâme-
a esfera. . ,
tro AB é o raio OC da esfera;
tangentes traçadas pelo
,

Resulta então, que tôdas as assim, se CX girar em tôrno de


ficam situadas no plano uma
mesmo ponto da superfície esférica AB, gerará superfície cilín-
tangente (fig. 105). drica de revolução, que se deno-
mina superfície cilíndrica cir-
circunscritos. Do ponto cunscrita. O círculo máximo
5 Superfície cônica e cone
exterior A,tracemos uma
tangente AB
à esfera (fig. 109). DCE ê o círculo de contacto.
um plano que corta Observemos que a superfície cilíndrica circunscrita é o
A reta AB e o ponto O determinam das tangentes à esfera, paralelas a uma
a esftrátgíndo o drcãlo
máximo MBN
o AB é taagente a lugar geométrico
direção dada.
êste círculo.
A rotação de AB em tôrno de
OA como eixo gerara uma Cilindro circunscrito é o cilindro limitado pela super-
cujo vértice e o ponto A por fície cilíndrica circunscrita e por
dois planos tangentes à
«mnerfície cônica de revolução
conrtante o ângulo A. O
ponto B descreverá o círculo esfera, em A e B, que são suas bases.

menor CD. O cilindro circunscrito é sempre eqilüátero.


que é o lugar geométrico das tangen-
tes
A
L Xs
superfície cônica,
do pouto' A denominmoe

circulo üe
circunscrita. O círculo menor CD ê o
II) ÂREA DA SUPERFÍCIE ESFÉRICA E DE
contacto. SUAS PARTES
retângulo ORA, a geratriz
Observemos que no triângulo cateto,,
o raio OB da esfera sao Teorema fundamental.
AB da superfície cônica e distância AO, do ponto ao centro, 7.
a
do círculo de
é hipotenusa e o raio
A área da superfície gerada por um segmento
contacto é a altura. um eixo de seu plano, sem
que gira em tôrno de
à esfera ê o atravessar, é igual ao produto de sua projeção
Cone circunscrito sôbre o eixo pela circunferência, cujo raio é a
cônica
parte da mediatriz do segmento gerador, com-
pela superfície
o cone limitado
circunscrita e cujo plano da base é preendida entre êste e o eixo.
tangente à esfera.

6. Superfície cilíndrica e ci- Seja XY


o eixo de rotação e AB, o segmento gerador.
da
I

lindro circunscritos. Consideremos Se representarmos por h a projeção e por m, o segmento


112
I um diâmetro AB e tracemos pelo mediatriz, teremos a tese (fig. 111, e 113).

ponto qualquer Cuma tangente


CX S AB ” 2r.mh.
!

Fl0 100
paralela a AB (fig. 110).
SI
Esfera 209

Se considerarmos os triângulos semelhantes ABC e MNP,


concluiremos
AB h
~m ~ MP ‘
' MP X AB = rnh -

Substituindo o valor do produto MP X AB na igualdade


(2), resulta, finalmente:

Terceiro caso: O segmento gerador ê oblíquo ao


eixo e não o encontra (fig. 113).
Neste caso, o segmento AB
gera a superfície lateral de
um tronco de cone de bases paralelas... Logo, ternos:'

Sab = % {BC AD) AB


.
(1).

B'

Fig. 113

Em virtude da hipótese, M ê ponto médio de AB e,


portanto, a perpendicular MP, ao eixo, é base média dó
trapézio ABCD, concluindo-se:

MP = AD + BC
2~~“ ‘
• AD + BC = 2 . MP
Substituindo éste valor em (1), vem:
S AS - 2* . MP X AB 3
( 2).
Esfera 211

210 Matemática — Primeiro ano colegial

Somando, membro a membro, resulta .

Considerando os triângulos retângulos


semelhantes ABE e

MNP = (-d por terem


M, lados perpendiculares) resulta. S AB co - (MN + NP + PQ) . 2 *a.

AB AE ou h

. MP X AB = mh.
MP
.

m Sabcd — MQ* 2%a

Substituindo o valor do produto MP X AB na igualdade

(2), conclui-se, finalmente:


9. Área da zona esférica.
Sab — 2^mh
a) Definições. Zona ê a parte
da superfície esférica compreendida
assim, demonstrado em todos os casos.
0 teorema fica,
entre duas secções planas paralelas
No caso particular em que o
segmento AB é per-
Observação
pe„dirs“; a «uparfícieVada é a »» * »» (fig. 115).

segundo o segmento encontra ou


nao o eixo._ Âs duas secções são as bases e
circular, "
a distância 0 0 entre os dois planos
^ '

Aplicação. Superfície gerada por uma poligonal é a altura da zona.


8.
regular. A zona é gerada pela rotação do arco AD em torno do

diâmetro.
por uma linha
A área da superfície gerada
poligonal regular que gira em
tomo de e.xo um b) Cálculo da área .

centro sem a atravessar e


passando pelo seu
projeção sobre o euo
igual ao produto de sua
é o apotema da altura
pela circunferência, cujo raio A àrea da soma é igual ao produto de sua
mesma pela circunferência de círculo másimo da
poligonal* esfera.

Seja o eixo XY
e a poligonal regular Suponhamos a poligonal ÁED, inscrita no arco gerador
da zona. Em virtude do teorema anterior,
podemos concluir,
ABC D, de centro 0. (fig. 114).
o teorema fundamen- sendo s a área gerada pela poligonal:
De acordo com
= " 2x0.
tal, temos: 3 00 '
(1) .

MN lados da
S AB = 2%a Se dobrarmos indefinidamente o número de
terá por limite
poligonal seu limite será o arco AD, a área s
S BC = NP . 2 ICO
a área S da zona, o apótema a tenderá
para o raio R da esfera
e a altura 0'0" — h permanece
constante. Assim, no limite,
!

Sc D “ * 2 'TCÍS
será;
a relação (1)

Fia. 114
Esfera 213

Realmente, a superfície esférica é uma zona, cuja altura


é o diâmetro. Substituindo h por 2 R na fórmula da área da
zona, resulta:
S = 2x22 X 2R
"
ou
S — 4%R 2
Observações:
l.“) A area da superfície esférica é igual à área lateral do cilindro
circunscrito.
2- a ) As áreas de duas esferas estão entre si como os quadrados dos
raios ou dos diâmetros.
Sendo S e Sj as áreas e R e Rh os raios, teremos

S = 4 xfí 2
Si = 4xiüi J

donde: A=Si
_*2E«L
4xfíi 2
=
fíi
2
di 2

12. Fuso esférico.

a) Definição. Fuso é a partè da superfície esférica


compreendida entre dois semi-círculos máximos que têm o
diâmetro comum (fig. 117).
Ofuso fica determinado por intermédio do diedro AB
ou, o que é o mesmo, pelo arco CD de círculo máximo,
com-
preendido entre seus dois arcos ACB e ADB. Assim, o arco
CD dá a medida do fuso.
b) Area do fuso. A área da esfera vale 4x22 2 e cor-
responde a um fuso de 360°; logo, o
fuso de I o terá por medida :

4x22 2 x22 2
_
360 ~ 90
Para o fuso de n graus, teremos,
então, a fórmula geral:

Fio. 105
215
Esfera
214 Matemática - Primeiro ano colegial

a soma m+n ê AC e em (b) a diferença


Como em (a)

m-n também AC, vem


VOLUME DA ESFERA E DE SUAS PARTES
:
é,
III)

13. Teorema fundamental. Vabc = ^%.BD 2 AC . (D


______

O volume gerado por um triângulo que gira em produto BD X AC ê igual ao


produto BC X ou AH
em seu plano por um 0 do
torno de um eixo traçado da area tri g
X h por serem ambos o dôbroBD X AC por seu igual,
,

de seus vértices sem o atravessar, é


igual ao BC
oposto ao vertice substituindo em (1) o produto
produto da área gerada pelo lado fogo
correspondente.
fixo por um terço da altura vem: .

Vabc ~ —% . BD BC. . h

Seja o triângulo ABC e o eixo XY traçado pelo vértice


BC concluindo-se,
A e h, a altura relativa ao lado BC oposto ao vértice
O produto kBD BC
. ê a área gerada por
Teremos a tese: h finalmente:
V ABC “ BC X "õ"-
h_
Vabc — & bc X 9
Demonstração. Três casos podem ocorrer.

Primeiro caso: O triângulo tem um lado sobre o


eixo. (fig. 118).
Segundo caso O lado :

oposto ao vértice fixo é oblíquo


ao eixo e nao o encontra
(fig. 119).

Neste caso teremos:


119
V AB o = Vabd-Vacd (1) FlG -

Fig. 118
com o primeiro caso .

E, portanto, de acôrdo
Nesteo volume gerado por ABC
caso,
sera a soma dos
X -

x = (Sbv - Sen)
cones gerados por ADB e BBC V AB c = S BD X
(fig. a) ou a diferença (fig. 6), - Sob
segundo o triângulo fôr acutângulo
ou obtusangulo. Teremos J 3

então nas duas hipóteses: donde, finalmente:


+ C ABC — BbO X
*BD*m %BD 2 n - tBD* .(>» »)
(a) V iBC - j + j j
OU vértice fixo ê para-
Terceiro caso: O lado oposto ao
1

0». -
r iB c = ~*BDZm--jvBDZn.-j*BD> . »)
(b) lelo ao eixo (fig. 120).
216 Matemática — Primeiro ano colegial
Esfera 217
0 volume gerado pelo triângulo ABD ê um cone eqüi-
valente a 1/3 do cilindro gerado pela retângulo
ADBH; logo Somando, membro a membro, resulta
o volume gerado pelo triângulo AIÍB será
eqüivalente aos 2/3
do mesmo cilindro. Analogamente, o volume gerado
gulo AHC será 2*3 do cilindro gerado pelo
pelo triân-
retângulo AHCE.
Voabcd - (S AB -f S BC -f S CD ) X ~ = S ABCD X —
Por conseguinte, o volume gerado pelo triângulo ABC 3
será 2/3
b h c.
volume do cilindro gerado
V •/ ; ;


: P el P retângulo total BCED, con-
15. Volume do setor esférico.
V
.

: ‘
,

cluindo-se:
h
a) Definição. Setor esférico volume gerado por
\ S' V abc = 2/3iz . h2 . BC (1) um _
é o

„ 0U
setor circular girando em tôrno de um diâmetro que não
2l_ h o atravessa
0 A v ABC = 4x2
á
xh . BC
(fig. 121).
O setor esférico é o limite do volume gerado por
Fio. 120
um setor
poligonal quando o número de lados cresce
indefinidamente.
Como o produto 2 %h . BC é a área da superfície cilíndrica
gerada por BC, temos:
b) Volume dosetor. Suponhamos a poligonal ABCD
inscrita. Sendo V
o volume gerado pelo setor poligonal tere-
Vabo — SB0 X — I
mos de acordo com o n.° anterior:

14. Aplicação: volume gerado por um


Voabcd = $abcd X ~O
setor poligonal.

0 uúmero de lados da poligonal cresce


O volume gerado por um setor poligonal regular , indefinidamente
girando em torno de um diâmetro que não o a area por ela gerada tende para a zona,
o apótema para o
atravessa é igual ao produto da área gerada raio ti, e o volume gerado, para o setor
esférico; logo, sendo V
pela linha poligonal por um têrço do o volume do setor e Z a área da zona virá.
apótema.

De acordo com o teorema funda- V-ZX-J-.


mental, temos (fig. 121):

Donde, finalmemente, por ser 2 %Rh a área da zona:


$A b X

Pose — Sbc X —
o

VoCD “ S CD X — c) Observação.O volume do setor é 2/3 do volume do


Fig. 121 O cilindro que tem o raio igual ao da esfera e a altura igual a
da zona correspondente.
Esfera 219
21 8 Matemát ica — Primeiro ano colegial

16. Volume da esfera. 17. Volume da cunha esférica.

Definição. Cunha esferica é a parte da esfera


a)
O volume da esfera é igual ao produto de sua
área por um
terço do raio. limitada por um fuso e os dois semi-eijculos máximos do
mesmo fuso (fig. 122).

A esfera é o volume gerado por um semi-círculo; logo,


b) Fórmula do volume. A cunha fica determinada
cuja altura é
ser considerado como um
setor esférico pelo número de graus do fuso correspondente. Assim, a esfera
pode
volume do setor,
o diâmetro 2 R. Substituindo h por 2 R no pode ser considerada como a cunha de 360°; logo, o volume da
temos, então, o da esfera: cunha de Io , será :

2
X 2R
V=
y kR

270
V= ~ uR 3 i
e, para a cunha de n graus, tere- °i
mos, de modo geral:
Observações :

1») Se representarmos -por d o diâmetro da


esfera, teremos. W1P
_ %R n
3
K-~,
270 Fio. 122
s
e portanto, 4 /d\* = 4 d
3*(t) 3*T
18. Anel esférico.

V <= —6 TCd* o) Anel esférico é o volume gerado por


Definição.
um segmento circular girando em torno de um diâmetro que
não o atravessa (fig. 123).

que é o volume da esfera em função do diâmetro.


esferas estão entre si como os cubos dos
2») Os volumes de duas b) Fórmula do volume
raios ou dos diâmetros.
Realmente, supondo duas esferas de raios R e R i, teremos

O volume do anel & 1/6 do volume do cilindro,


cujo raio é a corda AB do segmento gerador e cuja
d* altura ê. b. projeção Is- dessa corda sobre o diâmetro.
V
donde d,»
'

Vt
Matemática — Primeiro ano colegial Esfera 221

0 volume do anel (fig. 123) é a Se a zona tem uma só base (calota) o segmento esférico
diferença entre os volumes gerados diz-se de uma base (fig. 125).
pelo setor OAMB e pelo triângulo Altura do segmento é a altura da zona que o limita.
OAB, isto é
I

b) Fórmula do volume.
m-v.i >v
Va = V OAMB V OAB (1)

O volume do segmento de duas bases é igual à


Teremos então: soma da esfera cujo diâmetro é a sua altura,
com a média aritmética dos cilindros da mesma

Fig. 123
y OAMB — ~ %R h 2
altura, cujas bases são as do segmento.

0 volume do segmento de duas bases é a soma do volume


e V OAB = S AB X = 2%0EXhX — ~ %0E 2
h.
gerado pelo segmento AMB
com o tronco de cone gerado pelo
.
trapézio ABCD, isto é:

y 1=1
y AMB + V ABCD
Substituindo os valores em (1) e colocando— %h em evidência.
o

Va — — %h(R 2 - OE 2 )

No triângulo OAE temos :R 2 -OE 2 = AE 2


logo vem
V
17
a =
2 i,
TCÃ ^ AB
X — 2
O 4
ou, simplificando

Fl °- 124 Fig. 125

„ 1 2
va = —%AB h .
o Calculando os volumes, temos :

19. Segmento esférico.


V“
J-
* AB2 • h + ~ (r 2 + n 2 + rn )

o) Definição Segmento esférico é a parte da esfera


limitada por
.

uma zona e os dois círculos de suas bases (fig. 124).


ou V ~ ~-%h AB 2 +
( 2r 2 + 2n +
2
2 rn) (D
223
Esfera

222 Matemática — Primeiro ano colegial

No triângulo retângulo AHB ,


temos : BB = h e AH *= r - r1 j
exercícios
logo, vem :

2 = h 2 -f r 2 + 2 - 2rn.
AB 2 = /i
2
-Kr - ri) ri

2- CíScUlar
Substituindo o valor AS 2 em (1)
ao centro. Resp.
^‘ “ "
a distância da secção
v= —8 r.h (h
2
+ 3r 2 + 3n 2
)
3 - E 0 :

donde, finalmente :
4. O. raio» d. dua, »ec S õe 3 p* * ? í^^diEâ
I . „ %r 2 h+%ri 2 h
V“ 5"

tangente à menor. Eesp. : «O. 24 cm •


. ,
,

dum «eoçõe» ip»«W» o™


6. Oa raio» do ^ei“rit3rameo“ « «

Observações
caso do segmento de uma base, teremos Besp. 10 cm.
1») No da esfera. :

mede 12 cm e a altura, c
n~ 0, 7 . O da base de uma calota esférica
raio
Resp. 12,5 cm.

donde 7- + 2
“ “ {h + ** ) 8
Calcular o raio da esfera.

Calcular a distância polar


centro de uma esfera de
de um círculo mínimo
4 cm de raio. Resp..
distante 2
4 cm.
cm c o

2 .») No segmento de uma base, tem-se (fig. 125)


*•
r ! = h (2R - fc) . , 0
“ USSrk“Xcl po?«iroWoT C 8,94 cni.
Substituindo na fórmula anterior, obteremos,
sucessivamente

Calcular . «M
pol.r d. um circulo mfctao de um. «fera 4.

ou
y=

F = 4-^ +
-i-rf -f
D

s
*
(2B “

< 6S
“ 3/l)
12 0
10 cm de raio. Resp. 14,14 cm.

diS'íoií* cfdfí o
0
»?.”‘S í ^ dm.

y = —% 1
o

(h + QR-
o

3/i) = —> (6B - 2h)


»• n
= trs
Resp : r Í2 4,62 m.
6 0

independente de r:
donde, finaimente, a fórmula
4 . V 3 cm. Resp. 3,464 cm.
uma esfera, cujo diâmetro tem 6 cm.
Achar a área total e o volume de
! f= —3 %h {3R - i J») i
15 .

'Resp. 36ic cm s
e SSn: cm 8
.

. ij
224 Matematica Pyítyícíyo ci?io colegial
Esfera 225
16. O volume de uma esfera é de 288 ^ m 8 . Calcular a área. Resp.: 144xm*.
31. A aresta de um cubo é de_l m. Determinar o volume
17. Um triângulo regular e um quadrado estão
circunscritos a um círculo %
da esfera cir-
de raio igual a 2 cm de tal modo que cunscrita. Resp.
uma das alturas do triângulo é :

2
dos lado do quadrado. Calcular os
? volumes gerados
pelas tres figuras quando fazem uma 32. Calcular o volume do cubo
rotação completa em torno da inscrito numa esfera de raio m
18 ’
altura do triângulo. Resp.

& °
33,504 cm 3 , 50,24 cm 3 e 75,36 cm 3

Um fUS0 ^ 45 ° Cm Uma
.
Resp.: Ü 9
3
1

° tfesjT- esfera de 2 cm de raio.


6 28 0102 33. Achar a razão entre o volume de uma esfera de raio R e o de um cubo
19. Numa esfera de 144 cm* de área, tem-se um fuso de 36 cm* de área. nela inscrito (E. P. U. C. - Rio
Calcular o ângulo do de Janeiro, 1950) Resp •
% ^3 -
fuso. Resp : 90°.
.

2
20. A diferença entre os raios de duas esferas
é de 5 cm e o fuso de 9°
34. Calcular o volume de uma esfera, cujo círculo máximo é o círculo
P a eqüivaiente ao fuso de 64» da segunda. circunscrito a um tnângulo_eqüilátero de 4 m
rL r£r
raio. s Kesp. 8 cm e 3 cm.
Calcular os de lado. (Fil. U. D
F., 1947). Resp. g 56 X V 3
21. Calcular a área de uma superfície esférica, 27
onde o
uma semi-circunferencia de círculo máximo é decomprimento de 35 esfera ’ cuja área é iguai a
12 ’ 56 cm ‘
área de um iosan g°-
Aesp. ; 64 x cm*. cujas diagonais medem, respectivamente, 8 me 12 m. (Fil. U. D. F.
22. Calcular a área da superfície esférica e 1948). Resp.:
32
o volume da esfera inscrita
em um cubo com 216 cm* de área total. Resp. 36x cm* e 36x cm 3 %
.

A 36 ' Ca da erfe »’ cu Í° raio « a altura do


23. área de uma superfície esférica é de 113,04 cm*. tetraedro que
m Calcular o volume
endÍd ° 60116 CSSa 6sfera 6 ° Cub ° cir
tem para
nara aresta
Ir: ítT
o segmento deJ
reta determinado pelos pontos
™™crito. dos lados nao paralelos do trapézio médios
RespTl02 9°6
cm* isósceles de altura 2 e bases m
24. Numa esfera de raio igual a 10 cm
1 m e 3 m. (Fil. U. D. F., 1948). Resp 64x V6
considera-se
cujas bases uma zona,
tem respectivamente 6 cm e 8 cm de raio. Calcular 27
a área da zona
quando fica situada em um mesmo hemisfério e 37. Calcular a área da secção
quando situada feita numa esfera de 2 m
de raio nor nm
nos dois hemisférios. Resp.: 40x e
280 x. plano que diste 0,8 m do centro. (I. T. A., 1952). Resp.
: 336x dm*.
25. Numa esfera de raio 5 cm, o fuso de 36° é
eqüivalente a uma zona da
38. Uma esfera de raio 1 e um cone de raio 1 e altura
mesma esfera. Calcular a altura da zona. um plano horizontal P. A que distância do 2, apoiam-se sôbre
Resp. : h = 1 cm. plano paralelo a fim de que as áreas
plano P deve estar um
26. O jolume de uma esfera é de 36x cm 3 Calcular a área das secções determinadas nos
da zona, cuja dois sólidos sejam iguais? (E.
.
P. U. C„ 1949). RespTtou
altura é dois têrços do raio da esfera.

27. Num círculo de 12 m


Resp. 12x cm*.
de diâmetro dá-se um segmento de 60°
o volume gerado pelo segmento girando em Calcular
torno do diâmetro que
39 ‘ D
de™türa
de altura igual
e
rnT
a 2 m
^
e cuja área
^ ?° SSÍVel destacar
calota
seja igual ao triplo da superfície
a a V rtice .° ce,llro da esfera
™ 0,4.

passa pela extremidade de sua corda. Resp.


; 18x 3 m base
Dase cXta
da calota ÍF N. de
(E. N
H Engenharia, i e por base a
1953). Resp.: 1,44 m.
28. Achar a área total do cone eqüilátero circunscrito
à esfera de raio 2 cm
40. Em uma esfera de raio R acha-se inscrito um cone de revolução
Kesp. 3ò 7U.
de altura

29. Achar o volume do cubo inscrito numa esfera de raio V3


TR - Determinar a área
lateral do tronco de cone
que se obtém
R. Resp. *
n
traçando-se um
plano paralelo à base, sabendo-se
que os raios das
bases do tionco estão na razão de_3
30 ’ A
™/2 lujT ^ circUD8crita a um tetraedro de aresta a
35
para 4. (Fac. Eng. Ind. - São
Paulo, 1951). Resp. V 6 •

144
Esfera 221
226 Matemá tica - Primeiro ano colegial

menor secção determinada em um esfera de xalo


R
determina duas calotas, 49 Calcular a área da
„ i
-QTiim rif> nma esfera,
por um plano que divide o diâmetro em media e extrema razao.
41 U a a
Calcular o raio da esfera.
-

Tu iTe°i eS entre si' na mzão 3/4.


Aplicar ao caso em que R é igual a lm.
(E. Militar, *940).

Resp. : 14 cm. Resp. 4* (V 5 - 2).

de raio igual a 1 cm está inscrito num


A tronco de cone de
42 (E. Técnica 50 Uma esfera
'

vXSda 1 25r r
3 revolução. O volume do tronco 6 o
dôbrordo volume da esfera.
do trapézio semelhante à secção meridiana dotionco
Resp Calcular a área
do Exército, 1947). .

dg 1945). Resp.: 18 Sf5 em


2
na razão h = 3. (E. Técnica do Exército,
.

média proporcional entre as


raío de uma esfera, cuja área é
43. A que distâ.c
£ /S 51 Achar o
áreas laterais de um
cilindro e de cone que tem a mrama a tura
um
”t»U de dois cones t». ,»e:
igual a 2 me cujo raio da base comum é sgual a ^ m. (E. Milita ,

seja a intersecgão de
P com E; 3
a) a base comum ^ 1945) . Resp.: —
I
-\J 80 m.
dos cones sejam tangentes à esfera.
b) as geratrizes de um Calcular o volume da porção
52. Uma esfera está inscrita num cubo.
o vértice do outro coincida
com o centro. aresta do cubo mede 10 m.
c) não ocupada pela esfera, sabendo que a
R . nqr (Escola Preparatória de São Paulo, 1943). Resp.
476,500 m
1946). Resp. : \
(E. Técnica do Exército, -jj
um cone eqüilátero
Cf» o volume de urna èsfera circunscrita a
ftileular '

1945), Resp. 5080,834 dm


2
esfera de raio R. Cakular ^
cufaaltura mede 16 dm. (E. N. Química,
46.
Um cone eqüilátero está inscrito
em uma
44.
sôbre o volume do cone.
Resp.: ^R .
54. Calcular a área total e o
volume do cone circular reto circunscrito à
o excesso do volume da esfera esfera de diâmetro 5 cm, eafcendo-se que a sua altura é o quádruplo
diâmetro. (E. N. de Engenharia, 1945). Resp.
dêsse
circunscrita a um JH^gâ^cTrios, U^São
esferas são inscrita e
(E. Eng. de bao wmu
45. Duas 200
Calcular a razão de seus volumes.
,

— — cm*
9
—*
500 .
e —ó— cm-
5
ic
„5

Paulo, 1953). Resp .


VI
9
Dada uma esfera S, de diâmetro 2R, considera-se o cone C, de
AB =
55
e de raio R. Calcular o volume do
sólido
esfera de raio R e vértice 4, de altura AB
Dados uma ^ckcunscrito à esfera e S ao cone C.
centro, considera-se con um comum à esfera e

um
lado pelo vértice A e do outro, pelo círculo de con-
outro
limitado de
mesma esfera. Calcular. (Volume do seg. esférico de uma base
(3 2
+h 2
)
tacto com essa
(E. Eng. Ind. de São Paulo, 1951)
dèste cone; Resp.: 1,1072x12*
l.o) a área lateral e o volume
esfera interior ao cone.
?,.o)
a área da porgão de Questões de Concurso:
eqüilátero inscrito em umo
56. Calcule a razão do volume do cilindro
cilmdro equilátero circunscrita
Dados: i = 3m esfera de raio R para o volume do
m* e 8,37 m*. N. V2
B = 2m Resp. : 10,47 m», 3,877
regulares^ um
à mesma esfera. (E. E., 1958).
Resp.: —
volumes de dois tetraedros
47. Achar a razão entre os
circunscrito a uma mesma .esfera. Resp. :
^ 57. A área de uma secção plana de urna esfera de
raio 3 V 3 eqüi vale m
inscrito e outro Calcule a distância da secção
à área de um fuso de 30° dessa esfera.
centro da esfera, (E. N. E., 1958). Resp.: <> 5X1
tronco de cone e plana ao
O volume de um das base3 é igual
48.

-I’
8

Resp.
?m
:
A
S se°rS
1,592 m.
a é2
dí <K Militar, 1933). 68. Calcule a área do octaedro regular Inscrito
meridiana tem 16a- 3 m
de área. CE. N. E.„
muna esfera cuja secção
1958). Resp.: 64 3
3. m
Matemática — Primeiro ano colegial

I
59. Um tronco de cone de revolução está inscrito em uma esfera de 576xcm2
de área. A geratriz do tronco mede 6em e uma das bases do tronco
i
está a 2cm do centro da esfera. Calcule a distância
L da outra base
|
ao centro, sabendo que o centro da esfera está fora do
tronco UNIDADE V
(E. N. E., 1958).
60. Um círculo de centro O tem 4,5 cm de raio. De um
ponto M
exterior
ao círculo traça-se uma tangente à circunferência dêsse
círculo, de
modo que a distância de M
ao ponto A de contacto seja dupla da
distância de M
à circunferência. Calcule a área lateral e o volume
da figura gerada pelo triângulo de vértices A,
em torno de MO. (E. N. E., 1958).
M
e O girando
S
61. A área de uma esfera é igual a 60 m 2 Calcule a área total
.
do cilindro
eqüilátero circunscrito a essa esfera. (E. Flu. E.).
s
62. A hipotenusa de um triângulo retângulo mede 10 cm e um dos
catetos
6 cm. Calcule o volume gerado por êsse triângulo girando
em tôrno I

da hipotenusa. (E. Flu. E., 1958). Resp.: 76,8 x.


63. Anel esférico é (E. P. U. C. —
Rio, 1958). I) ELIPSE
64. Polos de uma secção plana da esfera são (E.P.U.C. Rio, 1958).
65. A corda de um arco de 120° de uma circunferência de círculo mede 1. Definições. Elipse é a curva
5 3 cm. Calcule a razão entre as áreas das calotas esféricas
'tf
plana tal que a soma
gera- das distancias de qualquer de seus pontos a
das por essa circunferência girando em tôrno do diâmetro dois pontos fixos
perpen-
dicular a essa corda. (E. P. U. C. —
Rio, 1958).
de seu plano é constante;
66. O volume de uma esfera de raio igual a 2 m, inscrita em um tronco Os dois pontos fixos, F e F'
de cone de revolução, é igual à metade do volume do tronco. (fig. 126) denominam-se focos.
Calcule
os raios das bases do tronco. (E. P. U. C. —
Rio, 1958). A
soma constante repre-
67. Uma esfera está inscrita em um
cone de revolução de raio igual a 9m senta-se por 2a, visto que, a
e geratriz igual a 15m. Calcule as áreas das calotas
determinadas simplificação do fator 2 conduz
sobre a esfera pelo paralelo de contacto do cone e da esfera
(E.P.U.C. — Rio —1959). Resp.: 16,2 x e 64,8 x. a fórmulas mais simples.
68. Duas esferas tangentes- estão inscritas num cone. Sabendo
raio da maior é o dobro do raio da menor, pede-se
que o Na figura 126, sendo Fe
o volume do 1
f os focos de uma elipse e a soma
cone em função do raio da esfera menor. (E.N.E
1960).— pertencera à elipse se tivermos:
constante 2a, o ponto M
Resp.: 64 x r 3 /3.
69. O centro de uma esfera de raio 6cm é o vértice de um
cone de revo-
lução de duas folhas no qual duas geratrizes opostas
formam um MF + MF' = 2a.
angulo de 120°. Calcule o volume da parte da esfera
esse cone. (E.P.E. —
1960). Resp.: 54 xcms.
exterior a
Os segmentos MF e MF' que unem um ponto
qualquer M
da curva aos focos, denominam-se raios vetores
dêsse ponto!
}
Distância focal
ê o comprimento FF' determinado
pelos
focos. A
distancia focal representa-se por 2c,
com objetivo
idêntico ao citado para a constante 2a.
Assim, considerando
o ponto médio 0 do segmento F'F, teremos:

FF' = 2e e OF' «= OF = c.
Secções cônicas 231

230 Matemática - Primeiro ano colegial

Para obter outros pontos, tomemos


um ponto qualquer

2. Traçado da elipse. X do segmento FF'.


Primeiro processo: construção por um movimento Teremos: AX + A'X = AA = 2a (2)

contínuo (fig. 127). Fixam-se, nos focos F e F', as extremi-


em F e raio AX tracemoaum círculo e com
um fio inextensível de comprimento
2a. Pstican- Com
centro
dades de
no centro em F' e raio A'X tracemos um segundo círculo.
do~se o fio a ponta P de um lápis, êste, deslisando
com
como da Êstes dois círculos cortam-se ern P e Q que são dois pontos
plano contlnuamente descreverá uma
curva a fi-

gura 129 A curva traçada dêsse


modo é uma elipse, pois, da elipse.

por ser o fio inextensível, teremos em qualquer posição da Realmente: PF — AX


pontaP; PF' = A'X
pr + rr- 2a.
= AX + A'X = AA' = 2a,
Observações
logo PF + PF'
: ,
uma para o ponto Q.
acôrdo com essa construção conclui-se que a
1») De elipse e
e P na curva. Idêntico raciocínio faríamos
está
curva plana e fechada. obteríamos
conhecidos os focos e a constante 2a.
Permutando os centros F e F' dos dois círculos
2.8 ) Na construção são R e S (fig. 128).
dois novos pontos da curva,
F obteremos, de modo
Segundo processo: construção por pontos. Sejam Se o ponto X variar sôbre FF',
constante dada. Tracemos a reta FF e,
análogo, outros tantos pontos da curva.
e F' os focos e 2o, a traçada uma elipse
a partir do ponto médio 0 do
segmento FF' tomemos (iig. 128). Unindo os pontos assim obtidos, ficara

OA' - OA ~ a. (1) de focos F e F'.

para o Observação. O máximo AF' ou A'F


raio vetor ê igual a a +c e o
A e A! slo dois pontos da elipse. Realmente, raio vetor mínimo AF ou A'F' é igual a a-c.
ponto A temos:
-
AF = OA - OF = a - c
= + Eixos de simetria. Centro de simetria.
e AF' = OA + OF' o c 3.

AF + AF' = 2a logo, o ponto l.°) AA' é um eixo de simetria. Seja M (fig. 129)
Somando, membro a membro:
um ponto da elipse, isto é:

MF + MF' = 2a. (1)

Trata-se de provar que seu simértico,


M', em relação a
de M, conclui-se
AA', pertence à curva. Se M' é simétrico
que AA’ é mediatriz de MM'
logo, teremos:

M'F = MF e M'F' = MF'.

Somando, membro a membro, vem:


128
Fm. lã?
M'F + M'F' = MF + MF' = 2a,

e o ponto M' está na curva.


232 Matemática — Primeiro ano colegial Secções cônicas
233
2.

0 eixo ÁA' é o eixo focal, por conter os focos. Adicionando, membro a membro, vem:
°)é BB' um
eixo de simetria. Seja P o simétrico de QF' + QF = MF + MF'
M em relação a BB' (fig. 129). Trata-se de provar que o e o ponto Q pertence à curva, em virtude da igualdade
ponto P pertence à curva. (1).
Os pontos M
e F são respectivamente simétricos de P e
F'. Como dois segmentos simétricos em relação a um eixo são 4. Comprimento dos eixos. Vértices.
iguais, temos:
rimen d
PF' = MF (2) e PR°õT f°
lnad °S
°f
eÍXOS da eIipse são os segmentos A A'
° S 61X08 PeI ° S pontos de interse
Assim, o trapézio MFF'P é isóseeles com a turv“ 5 ão
e, portanto, tem as
3.
diagonais iguais, isto é: 0 comprimento do eixo focai A A' M |
é, portanto, 2a.
PF = MF' (3) 0 comprimento do eixo não focal BB' representa-se
por 2b
Adicionando as igualdades (2) e (3), vem: No triângulo retângulo OBF' (fig.
130), tem-se:
'

• PF + PF' = MF + MF', BO < BF' ou b < a,


1.
logo, o ponto P pertence à curva, em virtude da igualdade (1). por essa razão o eixo focal AA',
é denominado eixo maior
O eixo BB' é o eixo não focal. e o eixo não focal BB', eixo
menor da elipse.
°) O ponto 0 é urn centro de simetria da curva. Vertices da elipse são os quatro
pontos A A' ' B i-

Seja Q o simétrico de M
em relação a 0 (fig. 129). em que a curva intercepta os eixos. e B'
li

P detCTminada Por seus eixos


flC
fo_Vi p
2. F Rera0 as mtersec Ções com o eixo visto como os
~

B Lnfl a a • maior, da cir-


cunferência de raio a traçada com o centro
em B.

5. Relações entre os eixos e a


distância focal.
i

“) Considerando o
triângulo MFF', (fi
g 129), temos:
.
É

FF' < MF + MF' ou 2c < 2a »

f
donde c < «
Fig- 129 Fio. 130 (I)

Trata-se de provar que o ponto Q pertence à curva. Assim, para que a curva exista
é necessário que a custancia
distância
Emvirtude da simetria em relação ao ponto O, os seg- focal seja menor que a constante 2a.
mentos MQ
e FF' cortam-se ao meio; logo, o quadrilátero
MFQF' ê um paralelogramo, concluindo-se: ») No triângulo retângulo BOF, (fig. t
130) tem-se:
QF' => MF e QF = MF' BF = OB
2 2
-f
- O 3 1

rf
á

Secções cônicas 233

234 Matemática - Primeiro anoj:olegtal


Observa-se que a excentricidade variando entre as cotas
focal
entre oa comprimentos
doa e ixos e a distância 0 e 1, a elipse varia desde a circunferência alongando-se até
daí, a relação
a reta.
I = &+C 2
W a
Quanto maior a excentricidade tanto mais alongada sera
elipse.
,

6. Excentricidade. 7. O ponto em relação Mí

entre a distância focal


e à elipse. A elipse é uma curva
Excentricidade é a ratão ^ concluindo-se:
fechada (traçado contínuo, n.°
2); logo, divide o plano em
let ra duas
Representa-se pela
o eixo maior. 1.
regiões uma interior e outra
exterior, não sendo possível
e *=* —e passar de uma a outra sem
a
atravessar a curva.

I), conclui se. 2.


Um
ponto pode, pois,
Fig. 131
(relação
Como c é menor que a ocupar três posições em relação
e < 1, à elipse.

da elipse ê menor que 1. s


0 ponto está na curva. Denomina-se ponto aferente.
a excentricidade
)
isto ê _

Se substituirmos c por seu valor tirado da relação II,


vrra.
Seja o ponto M (fig. 131). Neste caso tem-se, por definição:

MF 4- MF' = 2a (1)

quando são conhecidos os a


0 ponto está na região exterior. Ponto exterior.
)
excentricidade,
que é a fórmula da Seja Mi (fig. 131). Neste caso, ligando-o ao foco
F', o
eixos. . • , o. A excentricidade varia de segmento F'M\ intercepta a curva em um ponto M teremos,
superior.
í“ Tet pois^duaTcotas, uma inferior e outra então, no triângulo M\MF
o a
I ) cota injerior:
a e = 0. MiF + MiM > MF
- 0 e, portão FF -0.
II

Neste caso tem-se c adicionando MF' aos dois membros:


III

e teremos: MO
— Ml mp _ e,

F e F' se confundem
em MiF + M\M + MF' > MF + MF'
curva é, neste caso,
uma circuuferêncra de centro
l Como o segundo membro vale 2a, vem, efetuanao também
F 6 nula. MiM + MF':
uma elipse de excentricidade
Tdrmnlerincia t

=> /•
2.
a Cota superior: e MiF + MiF > ?
2a (2)
)
= a e FF' = 2o.
Neste caso temos c
ao segmento Ff .

A curva reduz-se
236 Matemática — Primeiro ano colegial Secções cónicas
237

3 a
0 ponto está na região interior. Ponto interior. Circulo principal - ê o círculo que
)
tem o mesmo centro
Seja M
2 (fig. 131). Neste caso, o segmento F'M 2 pro- ,
cia elipse ecujo raio é o semi-eixo maior, a
(fig. 133).
longado, corta a curva num ponto M. O triângulo 2 F dá: MM írcul ° auxiliar “ ê o círculo que tem o mesmo centro
Mi 2 F "s MF -j- MM 2 .
rio
ua y
elipse e cujo raio é o semi-eixo
menor, b (fig. 133).
Somando M
2 F' aos dois membros, e fazendo as mesmas
9. Propriedades da elipse.
substituições
1.
anteriores, virá:

M 2 F+ M F’ < MF + MM + M F’
2 2 2 .

a) Propriedade fundamental.
2.
Qualquer ponto da elipse é equidistante
M F + M F' < 2a
2 2 (3) dos í ocos e da circunferência
de um
do círculo diretor
do outro foco.
Conclusões.
a
A ponto
condição necessária e suficiente para que um Demonstração.
)

seja ajerente, interior ou exterior à elipse é que a soma de Seja M um ponto qual-
suas distâncias aos focos seja igual, menor ou maior que 2a. quer da elipse e (F', F'P ) o
círculo diretor do foco F'
)
arelações 1, 2 e 3 justificam a definição da curva
As
(fig. 134).
como lugar geométrico, pois, os pontos que não lhe pertencem
não satisfazem à condição da definição. Isto é: elipse é o A distância do ponto
lugar geométrico dos pontos de um plano, cuja soma das M ao círculo diretor é o
1

distâncias a dois pontos fixos de seu plano ê constante.


segmento MP do raio F'P
que passa em ilf.

8. Círculos da elipse. Por definição de círculo


diretor, teremos:
Círculos diretores. São dois círculos traçados de cada
um dos focos como centro e com raio igual ao comprimento MP = 2a- MF' ( 1 ),
í

2a do eixo maior (fig. 132).


e, por definição de elipse:

MF = 2a- MF'. ( 2)
l

Ti
Das igualdades (1) e (2), conclui-se:
Ti

MP = MF
Recíproca.

Qualquer ponto equidistante de um


dos focos e
do círculo diretor do outro foco,
pertence â elipse.

Fig. 132 Fig. 133


- Primeiro ano col egial Secções cônicas 239
238 Matemática

Demonstração.
Demonstração.
Se MP
(íig. 134) é a distância de
um ponto ao círculo M De acordo com a construção da elipse por pontos (fig. 135),
(F\ F'P) o suporte do segmento
contém o centro F' desse MP baseada na propriedade fundamental, a reta MQ, mediatriz de
círculo; donde resulta: FP, tem um ponto M
na elipse. Se os . .demais pontos da
MP + MF' = 2a (D mediatriz forem exteriores à curva, essa mediatriz será tangente.

Em virtude da hipótese, temos: Consideremos, então,


MP = MF; um ponto qualquer Q da
1.
mediatriz e liguêmo-lo aos
Substituindo em (1):
pontos P, F e F' Teremos,
2. MF -f MF' = 2a,
no triângulo QPF'
e o ponto M é da elipse.
QP + QF’ > PF’ (1)

Consequências.
plano PF' é o raio 2a do círculo
a
) A elipse lugar geométrico dos pontos do
é o diretor e QP ê igual a QF;
dirètor do
eqüidistantes de um dos focos e do
círculo
II
logo a desigualdade (1) pode
,|
outro foco. ser escrita,
centros dos círculos
a
A elipse é o lugar geométrico dos


)
tangentes a uma circunferência fixa e que
passam
1.
QF + QF' > 2a Fig. 135
à circunferência dada.
UI vor um V ontó fixo interior
em M.
-

portanto Q é exterior e existe a tangente


focos e a circun-
lí Realmente, o ponto fixo será uma dos Os triângulos e MPR MRF
são congruentes por serem
do outro foco.
IH
ferência fixa o círculo diretor 2.
simétricos em relação à mediatriz logo, temos: QM
pontos , dados os
üj Aplicação. Traçado da elipse por 05 = os'

focos e o eixo maior Tracemos


um raio qualquer do círcu o
" ,l

diretor de centro F' Liguemos a extremidade P de sse raio e a tangente é bissetriz externa do ângulo dos raios vetores
ao foco F e tracemos a mediatriz
de Pt (íig. láOj. MF e MF'
lif

A interseção da mediatriz com M


o raio ê um ponto FP
n! fundamental,
do teorema
da elipse, em virtude da recíproca Consequências.
lá F'P obteremos outros tantos pontos
Fazendo variar o raio
ijf
da elipse. a
) A tangente em um ponto forma ângidos iguais com
os raios vetores dêsse ponto.
nj
b) Propriedades das tangentes.
Realmente v! e $ são iguais como opostos pelo vértice e,
'
,i i|
portanto, a —
f
iodo ponto da elipse existe ama
tangente
mj Em do ângulo aos raios
a
que ê a bissetriz externa
l.
vetores dêsse ponto.
a
) A normal à elipse ê bissetriz interna do ângulo dos raio.
li
vetores do ponto de contado.
240 Matemática — Primeiro ano colegial Secções cônicas 241

3.
A é perpendicular à tangente; logo, os ângulos
normal Segundo caso: Traçar a tangente de ponto um
como complementos de ângulos iguais.
Seja o ponto P, exterior a elipse (fig. 136). A
são iguais exterior.
tangente procurada contém o ponto P e é mediatriz do seg-
o
a
) 0 simétrico de um joco em relação a uma tangente à ts.
mento determinado pelo foco F' e seu simétrico Pi (Primeira
4. elipse fica situado na circunjerência do círcião diretor
propriedade). Assim o pro- ftj
do outro Joco.
blema estará resolvida se deter-
Realmente, na fig. 135 o ponto P é simétrico de F, em
minarmos o ponto Fi, simétrico
relação à reta tangente MQ.
í

de F' em relação à tangente. I :

») As tangentes nos vértices são perpendiculares aos eixos. Este ponto F\ está no círculo
diretor do outro foco (terceira
Dêsse modo, a elipse é inscritível num retângulo que tem
conseqüêneia) e também na o
dimensões iguais aos eixos (fig. 130).
circunferência do círculo des-
crito de P com raio PF'{PF'
O lugar geométrico das projeçoes ortogonais de = PFi em virtude da sime-
2. a qualquer dos focos soi>re as tangentes «a eíips© tria). As duas circunferências
I
é o círculo principal HLa Hire) têm os dois pontos de inter-
seção Fi e F' i. As tangentes
procuradas são, portanto, as Fl °- 130
Na figura- 135, a reta MR mediatriz de FP, logo R
é
.

mediatrizes de F'F\ e F'F'\.


é a projeção ortogonal de F sobre a tangente MQ. Alem disso
temos: O problema tem duas soluções que podem ser obtidas
FR = PR e OF = OF' determinando primeiramente os pontos de contacto T e T\,
\ que serão os pontos da elipse obtidos ligando o foco F aos
logo, no triângulo '
,
FPF
o segmento une os pontos médios OR simétricos de F'.
de dois lados e é, portanto, igual à metade do terceiro, isto é: j
I

OR = -1 F'P = ~ X 2a = a '
II) HIPÉRBOLE
!

a é o raio do círculo principal, conclui-se que


Como R
11. Definições. Hipérbole é a curva plana tal que a
está na circunferência dêsse círculo. diferença das distâncias, de cada um de seus pontos a dois
pontos fixos de seu plano é constante.
10. Traçado de tangentes à elipse.
Os dois pontos fixos, F e F' (fig. 137), são os focos.
Primeiro caso: Traçar a tangente por um ponto tia
A diferença constante reprsenta-se por 2a. Assim, para
curva. De acordo com a primeira propriedade das tangentes,
vetores
qualquer ponto M da hipérbole, devemos ter:
basta traçar a bissetriz externa do ângulo dos raios
do ponto dado (fig. 135). MF - MF' = 2a. (D
Observação. Da construção resulta que só há uma tangente.
ou MF' - MF - 2a. (2)
íl!

-li
Secções cônicas 243

242 Matemática — Primeiro ano colegial

Coloca-se a extremidade de uma régua no foco F' de


modo que a mesma possa girar em tôrno dêsse ponto. Toma-se
Seja OP a mediatriz de FF'
(fig. 137).

Nenhum ponto da hipérbole ficará sôbre a mediatriz, pois um fio inextensível de comprimento igual ao da régua dimi-
eqüidistantes dos focos. Desse modo nuido da constante 2a e fixa-se uma de suas extremidades no
os pontos desta reta são
a curva tem dois ramos distintos
sem pontos comuns, súnsÁ s foco Fe a outra na extremidade C da régua. Se mantivermos
MF
é maior que MF o fio esticado contra a régua por intermédio da ponta de um
um de cada lado da mediatriz. SeF em relaçao à mediatriz lápis e fizermos a régua girar em tôrno de F' a ponta do lápis
o ponto M
está do mesmo lado de
MF
o ponto esta d M descreverá uma hipérbole, porque:
(igualdade 1); se MF
é menor que
(igualdade 2).
mesmo lado de F, em relação à mediatriz tres regiões. Duas MF' = CF' -CM
M
A hipérbole divide, portanto o plano em
regiões que contêm, cada uma,
um dos focos e denommam-se MF = CF' - CM - 2a,
interiores e uma região que não contém nenhum dos focos,
e denomina-se exterior. ^ subtraindo, membro a membro:
distancia focal, «rcui
As definições de raios vetores, itt*

diretores, círculo principal e


círculo auxiliar sao idênticas MF' - MF = 2a.
Fig. 139

2c, assim, temos:


A distância focal representa-se por Passando a extremidade fixa da régua para o foco F,
FF' = 2 c e OF = OF'
= c. obteremos o segundo ramo da curva.

Condição de existência da curva.


O triângulo
12. Segundo processo: Construção por pontos.
MFF' (fig. 137) permite concluir:
> Sejam F e F' os focos e 2a a diferença constante, (fig. 139)
FF' > MF -MF' ou 2c 2a,
Tracemos FF' e, a partir do ponto médio do segmento
donde resulta FF', tomemos
c > a
OA' = OA = a (1)
a distância focal deve ser
Assim, para que a curva exista, A e A' SÃO DOIS PONTOS DA hipérbole.
raios vetores.
maior que a diferença constante dos

13. Traçado da hipérbole. Realmente, para o ponto A temos:


Primeiro processo: Construía por um movimento
AF' = OF' + OA = c + a
contínuo (fig.^138). AF = OF - OA = c - a
Subtraindo: AF' - AF = 2a

Analogamente demonstraríamos que o ponto A' ê da curva.


De acordo com a construção a distância AA' ê igual a 2a.
Tomemos, sôbre a reta dos focos, um ponto K, exterior
r ÍÃ
i
pÃT

Fio. 137
f

T \
ao segmento FF'. Com centro em F' tracemos o círculo de
raio A'K e, do mesmo modo, com centro em F e raio AK.
1

Sercões cônicas 245


244 Matemática - Primeiro ano colegial

M M' que serão dois Temos: MsF' = M3M1 + M\F'


Êstes dois círculos cortar-se-ão em
e

pontos da hipérbole, visto como: 1


e, 0 triângulo M1M3F MsF < M M 3 + MyF
dá: 1

MF' = A'K Subtraindo: MsF' - MsF > M\F' - M\F


MF => AK 1.

donde, subtraindo MF — MF = A'K AK


- = AA — 2a. isto é: MsF' - MsF > 2a (3)

Fazendo variar a posição de K na semi-reta FX


obteremos
da curva. (tig. ld9;.
outros tantos pontos do primeiro ramo Consequências
sôbre a K
semi-reta t X obtere- 2.
Se tomarmos o ponto ,

As relações
a e (3) excluem-se mútuamente,
(1), (2),
os pontos do segundo ramo.
)
mos l

portanto, conclui-se:

14. O ponto em relação à hipérbole. A hipérbole Acondição necessária e suficiente para que um ponto seja
como lugar geométrico. aferente, exterior ou interior à hipérbole é que a diferença
_ , , . , ,

Um ponto pode ocupar três posições em relaçao a hipérbole. entre suas distâncias aos focos seja igual, menor ou maior que
a diferença 2a dos raios vetores.
Ponto aferente. Seja o 1.
1») 0 ponto está na curva.
definição: Os pontos que não pertencem à curva não satisfazem
a
caso, temos, por
ponto' Mi (fig. 140) Neste 2.
)

a condição da definição; logo, a curva é um. lugar geométrico


e pode ser definida:
MiF' - MiF = 2a I (D
hipérbole ê o lugar geométrico dos pontos de um
3.
A
exterior. Seja
plano, cuja diferença das distâncias a dois pontos fixos
2. a ) ponto está na região exterior. Ponto
O de seu plano ê constante.
M em P e ligue-
M 2 (fig. 140).
Tracemos 2 F que
2 PF'
corta
dá:
a curva
M
mos P a F'. O triângulo Eixos de simetria. Centro de simetria. Vértices.
M2F' < PF' + M P,2
15.

e, como: M 2 F = PF + M P,2 °) A um eixo de simetria, deno-


linha dos focos, FF', é
minado eixo real ou eixo transverso, porque intercepta os
conclui-se, subtraindo membro a
dois ramos da hipérbole (fig. 137).

°) A mediatriz OP do segmento focal FF' é um eixo


membro:
M 2F -

M 2 F < PF' - PF de simetria denominado eixo não transverso porque não
toca a hipérbole.
°) O ponto 0, de interseção dos eixos, é um centro de
isto é M F' — M F < 2a
2 2 (2)
simetria.
Fio. 140
As três proposições demonstram-se de modo idêntico às
ponto está na região interior.
Ponto interior. correspondentes da elipse.
3. )
a
O
Tracemos M3F' que cor-ta a curva Os pontos A e A', de interseção do eixo transverso com
Seja Ms (fig. 140).
a hipérbole denominam-se vértices.
em Mi.
246 Matemática — Primeiro ano colegial Secções cônicas 247

16. Comprimento dos eixos. Hipérbole etjiiilâtera. Substituindo c por seu valor (I), obtém-se:
Comprimento do eixo transverso é o segmento AA ,
li a 2
+ b 2

determinado pelos vértices sôbre o eixo e é portanto igual


a 2a.
Comcentro em A e raio c (semidistância focal) tracemos valor da excentricidade em função dos eixo»;

um círculo que cortará o eixo não transverso em B e B' (fig. 141). Variação da excentricidade. Como c > a (condição de
O segmento BB' denomina-se, comprimento do eixo não existência), temos:
transverso. . . . e > 1 .

os dois eixos têm comprimentos iguais (b


=> a) a
Quando Assim, a excentricidade varia de 1 a °o.
hipérbole diz-se equilátera. =
Para c = a, tem-se: e 1. A hipérbole reduz-se às duas

17. Relação métrica entre os eixos e a distância semi-retas do eixo transverso de origens F e F', exteriores ao
focal. segmento focal.
No triângulo OAB (fig. 141), Quando a tende para zero a excentricidade cresce indefi-
temos: nidamente, a hipérbole tenderá para o eixo não transverso.
OA 2 + OB 2 = AB 2 , No caso particular da hipérbole eqüilátera (c = a Sl 2

donde a relação entre a, b e c:


e = —V—
a 2
- — yf—
SI 2 .

d)
19. Propriedade da hipérbole.
!

1
Se a hipérbole fôr eqüilátera, resultará: Qualquer ponto da hipérbole é equidistante de
um doa foeos e da circunferência do círculo
!
diretor do outro foco.
I 2a 2 = c
2
.

quadrado
Hipótese: Seja M
um ponto da hipérbole.
isto é a semi-distância focal é
igual ao lado do Tracemos o círculo diretor de centro F' (fig. 142).]
de M
»
inscrito no círculo principal. Adistância à circunfe-
I
18. Excentricidade. Variação.
rência será o segmento MP do su- \
II
porte do raio. x-

—d entre a semidistância focal Teremos a MP = MF / V-N-"'


Excentricidade é a razão tese:
I

Representa-se pela letra e:


^ V i /
I e o semi-eixo transverso. Demonstração. I
F a
I
J
SI
Por definição de círculo diretor js'
7
II, teremos: z

« MP = MF' - 2a Fig. 142

n
w
o
Secções cônicas 249 o
Matemática — Primeiro ano colegial
248 o
e,por definição de hipérbole: MF = MF' 2a.
Fazendo variar as posições de F'P, teremos outros tantos
pontos da hipérbole.
a
donde, resulta: — — — o
20. Tangentes à hipérbole. Primeira propriedade.
MP = MF a
Recíproca.
Em todo ponto da hipérbole existe uma tangente
que é bissetriz do ângulo dos raios vetores desse 1
Qualquer ponto eqüidistante de um dos focos e ponto.
da circunferência do círculo diretor do
outro o
foco, pertence à hipérbole.
Demonstração.

Demonstração. acordo com a construção da figura 143 a reta MQ,


De 0
Se MP é a distância de um ponto M (fig. 142) circun- mediatriz de PF, tem um ponto M
na hipérbole. Se os demais o
ferência (F') }
o suporte de MP contém o centro F’ Daí, pontos dessa mediatriz forem exteriores, a reta é tangente. MQ o
Consideremos, então, pon- um
resulta:
MF' - MP = 2a. (2) to S qualquer da mediatriz e o
em virtude da hipótese, temos
liguêmo-lo aos pontos F, F' e P. o
O triângulo SPF' permite concluir:
MP = MF o
vem
SF' -SP < PF' (1)
o
Substituindo em (1),
PF' do
MF' - MF = 2a. ê o raio
1.
círculo diretor e
o
SP é igual a SF, pois S está na
e o ponto M é da hipérbole. 2.
mediatriz; logo, a desigualdade Q
Consequências.
plano
(1) pode ser escrita:
O
l. )
a
A hipérbole é o lugar geométrico dos pontos do SF' -SF < 2a.
o
equidistantes de um dos jocos e da circunjerencia do
O ponto S ê, portanto, exterior Fig. 143
o
círculo diretor do outro joco.
e a tangente existe.
círculos
2.*) A hipérbole é o lugar geométrico dos centros dos Os triângulos MPQ e MQF são congruentes; logo: i)
tangentes a uma circunjerencia dada e qua passam
circunferência. a = i)
por um
ponto dado exterior à a'

I
Realmente, o ponto dado é um
dos focos e a circunfe- e a tangente é bissetriz do ângulo dos raios vetores MF e MF'. V
rência dada é a do círculo diretor do
outro foco.
Consequências.
0
dados 1
Aplicação. Traçado da hipérbole por pontos,
I
a
) A normal à hipérbole é bissetriz externa do ângulo dos
transverso. Tracemos
OS focos e o comprimento do eixo raios vetores do ponto de contacto. t>
um qualquer do círculo diretor (íig. 143).
o suporte F’P de raio a
) O simétrico de um
joco em relação a uma tangente jica
V
Liguemos a extremidade P do raio ao foco F e
tracemos a
situado na circunjerencia do círculo diretor do outro
mediatriz do segmento PF, seja MS. joco.
A intersecção M
da mediatriz com F P sera da hipérbole

em virtude da recíproca, pois MP = MF.


4 i
250 Matemática — Primeiro ano colegial Secções cônicas 251

3 ») A tangente em um ponto da hipérbole é mediatriz do Segundo caso. Traçar a tangente de ponto um


segmento que une um áos jocos ao ponto da
circun-
exterior. Seja traçar a tangente do ponto exterior P (fig. 144).
diretor do outro foco, situado no
ferência do círculo Tracemos o círculo diretor F' e, ainda, o arco RG, do
suporte do raio do ponto dado.
círculo de raio PF e centro no ponto dado P. Êsses dois
círculos se cortam em G e R. r-w
Segunda propriedade (La Hire).
As retas F' G e F'R cortam a hipérbole em D e Q.
As retas PQ e DP são mediatrizes de RF e GF logo são
sôbre as tangentes pedidas.
Aprojeção ortogonal de qualquer dos foeos
situada no círculo A construção justifica-se como na elipse.
uma tangente à hipérbole fica
principal. Observação. De um ponto exterior podem ser traçadas duns
tangentes.

22. Assintotas.
Demonstração.

é perpendicular à tangente
MS; logo, o a) Definição. Dado um ramo de curva C com pontos
-Na fig. 143, FQ

ponto Q é projeção ortogonal de F sôbre a tangente. do infinito, se existir uma reta D (fig. 145) tal que a distância
MP de um ponto M da cur-
Além disso, temos: va à reta D tenda para zero
QF = QP e OF = 0F'\ quando o ponto M
se afasta_
indefinidamente sôbre a cur-
segmento OQ une os pontos médios reta D denomina-se
logo, no triângulo FPF' o
va, a

de dois lados, e portanto: assíntota à curva.

OQ = de PF' = — de 2o = a.
y
principal, conclui-se
é o raio e 0 o centro do^círculo
Como a
desse círculo. 144 145
estar o ponto Q na circunferência
Fig. Fig.

Assim, podemos dizer que assíntota é uma tangente à


curva, cujo ponto de contacto foi regeitado para o infinito.
21. Traçado de tangentes à hipérbole.
Existência das assintotas à hipérbole Traçado.
Primeiro caso. Traçar a tangente por um ponto da b)
A tangente à hipérbole num ponto M é mediatriz do segmento
.

basta traçar
curva. acôrdo com a primeira propriedade,
De FF (primeira propriedade, segunda e terceira conseqüência),
raios vetores do ponto dado (reta i

a bissetriz do ângulo dos sendo F± um ponto do círculo diretor de centro F' (fig. 146).
MS, fig. 143).
Se Fi se desloca sôbre o arco F F 2 o ponto M de tangência
uma tangente, pois a 1 ,

Da construção resulta que só há será sempre f a intersecção do suporte do raio FiF' do círculo
bissetriz é única. diretor com a mediatriz do segmento FF\. Ora, na posição
Secções cônicas 253
252 Mâtemá tica — Primeiro ano colegial

Assim, para que um ponto M pertença à parábola, deve-


FF 2 tangente ao círculo diretor, o raio F'F 2 e a mediatriz mos ter: MF = MD.
PQ do segmento FF 2 ficam paralelas; logo o ponto depara
inter-

secção M, isto é o ponto de contacto o


fica regeitado i A distância MF, de um ponto ao foco, denomina-se raio
infinito e PQ será uma assintota.
Analogamente, para a segunda tangente
^
FF
3 traçada de ,
^
J vetor dêsse ponto.
Parâmetro EF, do foco^à diretriz. Repre-
é a distância
3$3o$9©333

F ao círculo diretor, teremos uma segunda assintota PQ .

ponto da diretriz DD ou à sua


senta-se por p. Qualquer
Observação. No triângulo FF'F t (fig. 146) a reta
PQ passa no esquerda ficará mais próximo dessa reta que do foco; logo,
segundo lado F F ;jogo, passará
do mesmo lado do
a parábola tem um
ponto médio do lado FF, e é paralela ao 2
ramo
centro O da hipérbole.
único situado
no ponto médio do terceiro lado FF’ que é o
foco em relação à diretriz.
Conclui-se

As assintotas cortam-se no centro da


hipérbole. O
ponto M
pode afastar-se infinitamente sobre a curva
mantendo-se iguais as distâncias MF
e MD; logo, a curva

23. Hipérboles conjugadas. Duas


hipérboles são con- tem pontos no infinito e é uma curva aberta.
jugadas quando o eixo transverso de uma é, em direção e

não transverso da outra e reclprocamente. 25. Traçado da parábola.


comprimento, o eixo
Primeiro processo. Construção por um movimento
contínuo. Apliquemos uma régua sobre a diretriz DD .

Tomemos um esquadro (fig. 148), cujo catêto menor BD


apoiaremos sobre a régua, e um fio inextensível de compri-
mento igual ao catêto maior CD. Fixemos uma das extre-
midades dêsse fio no foco F e a outra na extremidade C do
catêto maior.
Se mantivermos o fio esticado por intermédio da ponta
M de um lápis e fizermos o esquadro deslisar sobre a régua,
o ponto M
descreverá o ramo de AM
parábola, pois, para qualquer posição
eeceeeccceo©©o©o,o.oooooo3

teremos:

Conclui-se dessa definição que duas hipérboles


conjugadas CM + MD = CM + MF]
têm as mesmas assintotas. e, portanto: MD = MF.
Repetindo a operação pela parte
III) PARÁBOLA inferior da régua obteremos o ramo
AM'.
24. Definições. Parábola é a curva plana tal que cada Segundo processo. Construção
um de seus pontos é eqüidistante de um ponto fixo e de uma por pontos. Seja F o foco e DD' a
reta fixa, situados em seu plano. diretriz. Tracemos de f a perpendi-
O ponto fixo denomina-se foco (fig. 147) e a reta xixa, cular à diretriz, seja EF (fig. 149). Fie. 148
diretriz ( DD fig. 147).
Secções cônicas 255
254 Mãtemática — Primeiro ano colegial
finalmente, efetuando a subtração:
0 ponto médio A de EF per-
M 2 F > M 2 D (2)
tence à parábola porque:
3.
a
0 ponto está na região interior. Ponto interior.
AE = AF. )

EF e na
Sôbre semi-reta AF, Seja M 3 (fig. 150). Tracemos M F. 3 Teremos, no triângulo

tomemos um ponto arbitrário X e,


MM 1 3 F ~*~

por êsse ponto, conduzamos a para- MF<MM


3 3 1 + MiF
lela MM' à diretriz. por definição: M\F = M\D
e,
Finalmente, tracemos, com cen- 1.

tro em F e raio EX, o arco MM' logo: M 3 F < M3M1 + M\D


Fio . 149
interceptando a paralela em e M' M ou, efetuando a adição:
da
que são
porque:
dois pontos parábola,
2. M 3 F < M 3 D. (3)

Consequências.
EX = MD
MF = e M'F = EX = M'D'
a
As relações (1), (2) e (3) excluem-se mútuamente,
)
Deslocando o ponto Xsôbre a semi-reta AX, obteremos portanto, conclui-se:
outros tantos pontos da parábola. um ponto seja
A condição necessária e suficiente para que
ajerente, exterior ou interior à parábola, é que sua distância
26.parábola como lugar geométrico. O ponto
A aafoco seja igual, maior ou menor que sua distância à diretriz.
em. relação à parábola. Um ponto do plano pode ocupar
três posições em relação à parábola. Os pontos que não pertencem à curva, não satisjazem
a
)
da definição; logo, a parábola é o lugar geo-
1») ponto está na curva.
0 Ponto aferente. Seja M i
à condição
1.
métrico
2. DOS PONTOS DE UM PLANO EQUIDISTANTES DE UM
(fig. 150). Neste caso, temos: PONTO FIXO (FOCO) E DE UMA RETA FIXA (diretriz) DO
MiF = MíD, (1) MESMO PLANO.
t

por definição. 27. A construção da pará-


Eixo de simetria. Vértice.
bola por pontos (fig. 149) fornece, para cada arco, dois pontos
a 0 ponto está na região
exterior.
2 )
Ponto exterior.
M e M', simétricos em relação a EF. Logo, a reta EF ê um
eixo de simetria da parábola.
Seja M 2 (fig. 150). Tracemos
Vértice da parábola é o ponto A em que o eixo corta
m 2 f. a curva.
O triângulo MiM 2 F permite .

concluir: Observações.
MF+MM 2 2 1 > M\F Fio. 150
») A parábola tem um único eixo de simetria e não tem centro.
a
) Não há relação métrica entre eixos, visto como só há um eixo
ou, por ser .Mi da parábola: que não tem comprimento.

MF+M 2 2 Mi > MíD .



. MF>
2 MíD - M 2 Mi;
257
o
Secções cônicas
256 Matemática — Primeiro ano colegial iTs

28. Tangentes à parábola. Primeira propriedade. . 3.*) O ponto D da diretriz é simétrico do foco em relação
à tangente e conclui-se: o lugar geométrico dos simé-
Existência. tricos do joco em relação às tangentes é a diretriz.

a
4. ) A tangente no vértice A é perpendicular ao eixo (fig. 151),
Em todo ponto da parábola existe uma tangente porque deve ser bissetriz do ângulo raso F AE. ooíiíío:

que é bissetriz do ângulo do raio vetor com a


perpendicular traçada do ponto a diretriz.
Segunda propriedade.

projeção ortogonal do foco sobre uma tangente


Seja M um ponto da pará- A
fica situada na tangente ao vértice.
bola (fig. 151). Tracemos o raio
vetor MF, a perpendicular MD %

à diretriz e a bissetriz do MQ Demonstração.


ângulo DMF. em
Os pontos D e F são simétricos relação à tangente
Se os demais pontos dessa MQ 151);
(fig. logo, ‘
q. ponto médio S de DF é projeção
bissetriz forem exteriores, a reta ortogonal de F sôbre a tangente.
MQ ê tangente. No triângulo DEF, a reta A<S é paralela ao lado e DE
Consideremos, então, um passa no ponto médio de EF logo passará no ponto médio
ponto qualquer P da bissetriz e do lado DF, isto é, no ponto S. Assim, a projeção do foco
1.
tracemos FP, DP e a perpen- sôbre a tangente MQ
fica situada na tangente ao vértice.

dicular PR à diretriz.
2.
DMF por definição de parábola; 29. Traçado de tangentes à parábola. cecccôoooooooõ

O triângulo ê isósceles
logo, a bissetriz interna MQ é mediatriz de DF. Assim, temos:
Primeiro caso. Traçar a tan-
DP = PF, gente por um ponto da curva. De
e, como PR < DP, acôrdo com a primeira propriedade
PR < PF. basta traçar a bissetriz do ângulo for-
conclui-se:
mado pelo raio vetor do ponto dado
Assim, o ponto P ê exterior e MQ é tangente. com a perpendicular traçada dêsse
ponto a diretriz (fig. 151). A bissetriz
Consequências. é única e, portanto, só há uma tan-
a
) A normal à parábola (MN, fig. 151) é bissetriz externa gente. O
do ângulo DMF, do raio vetor do ponto de contacto Segundo caso. Traçar
tan- a Í)
com a perpendicular à diretriz. gente de um ponto exterior. Seja
o ponto exterior P (fig. 152).
A tangente em um ponto da curva è mediatriz do seg-
*)
mento traçado do foco ao pé da perpendicular do simétrico do foco em relação à
O o
ponto à diretriz (DF, fig. 151). tangente procurada está na diretriz. V

V
258 Matemática — Primeiro ano colegial
Secções cônicas 259

Seja Fi. 0 ponto P da tangente é eqüidistante de F e Fi;


Tracemos o círculo 0, inscrito
logo, Fi está no círculo de centro P e raio PF.
no triângulo /SL4.A/ e o círculo O',
Êste círculo corta a diretriz em F\ e F 2 .

ex-inscrito no mesmo triângulo e


As tangentes procuradas são, pois, as mediatrizes de O r
O ficam sobre
e a
cujos centros
FFi e de FF 2 .
bissetriz SO' do ângulo BSC.
Do ponto exterior podem ser traçadas duas tangentes.
Se imprimirmos uma rotação
em tôrno do eixo SO', mantendo
fixo
o plano secante AA' os círculos
IV) SECÇÕES CÔNICAS
O e O' gerarão duas esferas ins-
(Curso Científico)
critas na superfície cônica gerada
30. Definição. por SB. Os círculos de contacto

Chamam-se secções cônicas, ou apenas cônicas, as


serão DNH e BN'C. As esferas ge-
radas serão tangentes ao plano da
curvas que podem ser obtidas cortando-se uma superfície
secção nos pontos F e F'.
cônica de revolução por um plano.
Se o plano da secção é paralelo ao da base (ou perpen-
Consideremos um
ponto qual-
dicular ao eixo), a secção é um círculo (pág. 212 n.° 2).^
quer P da curva AP A'
e tracemos

Comumente são consideradas apenas as três secções côni- a geratriz SP dêsse ponto; sejam

cas, elipse, hipérbole e parábola, obtidas por um


1 plano secante, N e N' os pontos em que essa gera-
oblíquo ao eixo.
triz tangencia os círculos DH e BC.
matemático Dandelin fixou as condições em que a
O PF e PN
são tangentes à esfera O, traçadas do mesmo
secção produz cada um dos tipos de curva por intermédio de ponto; logo, temos:
um teorema, conhecido com o seu nome. PF = PN
31. Teorema de Dandelin. Anàlogamente teremos, em relação à esfera O':

PF’ = PN'
A secção de uma superfície cônica de revolução
por um plano oblíquo ao eixo é uma elipse, uma Somando, membro a membro:
hipérbole ou uma parábola.
PF + PF' = NN' (1)

secção é uma elipse quando o plano corta NN' tem valor constante qualquer que seja o ponto P,
l.°) A
pois as geratrizes do tronco de cone são iguais; logo a curva
todas as geratrizes de unia mesma folha (fig. 153).
é uma elipse de focos F e F'
Demonstração. Aconstante NN' é igual ao eixo AA' Realmente, pela
Seja AP A' a curva da secção. propriedade das tangentes temos:
O plano meridiano perpendicular ao plano da secção
corta a superfície cônica segundo as geratrizes SB e SC, e o BD - AD + AB - AF + AF' - 2 AF + FF'
plano secante segundo a reta AA'
HC - A‘H + A'Q « A'F + A'F -
!
2 A'F’ + FF'
Secções cônicas 261
260 Matemática — Primeiro ano colegial

Como BD e HC são iguais (geratrizes do tronco), vem: Subtraindo, membro e membro, vem:
AF = A'F' PF' -PF = PH -PG = GH.
e, portanto:
Como GH é constantes qualquer que seja o ponto P, pois
NN' = PI) = AF + A'F' = AA' são iguais,
as geratrizes do tronco de cone de segunda-espécie
CCCCGCCCCCCCCC

-f-

conclui-se que a curva é uma hipérbole de focos


F e F'.
secção ê urna hipérbole quando o plano se-
2.°) .4 Como no caso da elipse podemos provar que a constante
cante corta as duas folhas da superfície cônica. é igual a AA'
Demonstração. o plano secante
3.°) A secção é uma parábola quando
Seja PAM
a curva de intersecção do plano secante com ê paralelo a uma geratriz da superfícia cônica .

a folha inferior da superfície cônica e P'A’M' com a fôlha


superior. Demonstração.
plano meridiano perpen-
0
PAP' a secção produzida pelo plano paralelo à
dicular ao plano da secção corta Seja
SB CO
a superfície cônica segundo as geratriz (fig. 155).
geratrizes BB' e CC
e o plano Consideremos o ponto qualquer P da secção e tracemos o
secante segundo a reta AN'.. paralelo BPC.

E
Tracemos os círculos tangen- ao
Tracemos, ainda, o meridiano BSC, perpendicular
tes às geratrizes BB' e e, CC _

plano secante sendo IN a intersecção e o círculo O, tangente às


à reta NN', e cujos centros são retas SB, SC e IN. Sejam E, F e G os pontos de contacto.
0 e 0'.
Giremos a figura em tôrno do eixo SO, mantendo fixo o
Girando a figura em tôrno
plano secante. O círculo 0
do eixo 00', mantido fixo o
gerará uma esfera tangente à
plano secante, BB' gerará a su-
superfície cônica e ao plano OOOOOOOCCOCCj

perfície cônica e os dois círculos


da secção. O paralelo EG é
gerarão as esferas O e O' tangen-
c o círculo de contacto com a
tes à superfície cônica segundo
superfície cônica e F, o ponto
os círculos de contacto DD' e
de contacto com o plano da
"

Fig. 154
EE' e ao plano secante nos
„ P, secção.
pontos F e
,

F .

A intersecção do plano se-


Seja P um ponto da curva. Tracemos PF, PF' e a gera-
cante com o do paralelo EG
triz PS que tangencia as esferas em G e H. ê a reta DD'. Como o plano
Como duas tangentes traçadas do mesmo ponto são meridiano BSC é perpendicular
iguais temos a êstes dois planos, será per-
PF' « PH pendicular à interseção DD'
PF - PG Jogo temos: IN _L DD'. Fig. 15S

d
Secções cônicas 263
I
262 Matemática — Primeiro ano colegial 9.

Um cone de 30 cm de raio e 15 cm de altura é cortado por um plano


PP' e DD' são
paralelas (intersecções dos paralelos com não paralelo à base, que intercepta a altura a 4 cm do vértice. A
secção do plano na superfície cônica é uma elipse de excentricidade
o plano secante); conclui-se que NI é igual à distância DP 10.
igual a 3/5. Calcular os eixos da elipse e a distância focal.
do ponto P
à reta DD'. Resp. 20 cm, 16 cm e 12 cm.
O quadrilátero BEIN é paralelogramo e como as gera- Demonstrar que o círculo que tem por diâmetro o raio vetor de FM
trizes do tronco de cone são iguais, teremos: um ponto qualquer de uma hipérbole é tangente ao círculo principal.
(E. Eng. U. Minas Gerais, 1951).
PH = BE = IN — DP (1).
11. Os raios vetores traçados do vértice B de uma elipse são perpen-
Por outro lado, PF e PH são tangentes à esfera; daí
S2
diculares. Calcular a excentricidade. Resp. : -----

decorre: PF = PH, Jj

12. Um dos focos de uma elipse divide o eixo maior em dois segmentos
e, portanto, em virtude de (1): de 2 cm e 18 cm. Achar a excentricidade da elipse. Resp. 4/5.

Os raios vetores de um dos vértices de uma hipérbole medem, res-


PF = DP 13.
pectivamente, 8 cm e 18 cm. Calcular os eixos. Resp. : 24 cm e
Qualquer ponto P da curva PAP', é, pois, eqüidistante 10 cm.

ponto fixo F e da reta fixa DD' e a curva é uma parábola. 14. O semi-eixo menor de uma elipse é média proporcional entre as dis-
4. tâncias dos focos a uma tangente qualquer. Provar.
15. Numa hipérbole eqüilátera os raios vetores de um ponto medem M ' •

respectivamente 10 cm e 6 cm. Calcular os eixos e a distância focal.


5.
EXERCÍCIOS Resp. : 4 cm e 4 V 2 cm.
6.
1. Os eixos de uma elipse medem, respectivamente, 26 cm e 24 cm. 16. Os eixos de uma elipse medemr respectivamente 26 cm e 24 cm.
Calcular a excentricidade. Resp.: 5/13. Calcular os raios vetores de um ponto, cuja distância ao centro é
7. igual 4 V 10 cm. Resp. 17 cm e 9 cm.
2. A execentricidade de uma elipse é 4/5 e o eixo maior tem 20 cm
Calcular o eixo menor e a distância focal. Resp. 12 cm e 16 cm'
8.
Questões de Concurso:
3. A excentricidade de uma elipse é 3/5 e o eixo menor tem 24 cm.
Calcular o eixo maior e a distância focal. Resp.: 30 cm e 18 cm 17. Hipérbole é, por definição, (E. P. U. C. — Rio, 1958).

18. Numa elipse os eixos medem 5 m


e 4 m. Calcule o eixo menor de uma
Achar os eixos de uma hipérbole, cuja distância focal mede 26 cm segunda elipse, cuja excentricidade seja metade da excentricidade
e a excentricidade —
13
5
Resp. 10 cm e 24 cm. da primeira e cujo eixo maior coincida com o eixo menor da pri-
meira. (E. P. U. C. —
Rio, 1958).
19. Numa hipérbole o eixo transverso mede 12dm e o eixo não
O eixo transverso a uma hipérbole mede 3,2 cm e a excentricidade é transverso
17/8. Calcular de distância focal e o eixo não transverso. mede 16dm. Calcule o eixo não transverso de uma outra hipérbole,
Resp. 6,8 cm e 6 cm. cuja excentricidade é o triplo da excentridade da primeira e cujo
Numa elipse a distância focal é de 12 cm eixo transverso é o não transverso da primeira. (E.E.U. Rio 1961). —
e a corda focal perpendicular
Resp.: 36,8.
ao eixo maior mede 12,8 cm. Calcular os eixos e a excentricidade.
Resp. 20 cm, 16 cm, 3/5. 20. Calcule a excentricidade da elipse que se obtém seccionando-se um
cilindro de revolução de raio R por um plano que forme angulo a um
Um ponto M
de uma elipse fica situado a 1,6 cm do foco que lhe é com o eixo do cilindro. (E.F.E. 1957). —
Resp.: cos a.
-

mais próximo e a 1,7 cm do centro. Calcular os eixos, sabendo que


a distância focal tem 3,4 cm. Resp. 4,6 cm e 3,08 cm.
Um da base é á = 6 cm, é seccio-
cilindro circular reto, cujo diâmetro
nado por um
plano que determina uma elipse de excentricidade
e — 4/5. Calcular os eixos da elipse. (B, Técnica do Exército, 1951).
Resp. 10 cm e 6 cm.
REVISÃO GERAL
Questões de Concursos de 1961 a 1963

1. Resolva a equação log(a:+l) 2 = log(4x 2 — 500) (E.N.E.


+ 61).

Calcule quatro números em progressão geométrica, sabendo que a


2.
diferença entre os extremos é 24,5 e que a diferença dos dois pri-
meiros é 3,5. (E.P.U.C. —
Rio, 63).

3 O logaritmo do número n > 0, na base 3, é, por definição,


(E.P.U.C. — Rio, 63).

4. Sendo log = 3,32 783, calcule log v a.KT 2 . (E..OU.C. — Rio, 63).
9. 820
2X_1 + 3 2X+1 + 3 2 x+3 = -j=-
Resolva a equação 3 2X_3 + 3 -

5.
(E.P.U.C. —
Rio, 63).
6. Se a, b e c são três têrmos consecutivos de uma progressão aritmética,
o têrmo b é igual a (E.N.E. 61).

7. Quando se inserem k têrmos em progressão geométrica entre^ dois


números positivos a e b, a razão da progressão assim formada é. . . .

(E.N.E. — 62).
• 8. Sendo c a característica do logaritmo decimal de ff, a característica
do logaritmo decimal de l/N é igual a (E.N.E. 62).

Calcule o logaritmo de 9/16 no sistema de base 2/3.. (E.N.E. 62). —


10. Calcule o maior valor possível que pode ter a razão de uma progressão
aritmética que admita os -três números 32, 227 e 942 como têrmos
da progressão. (E.N.E. 62). —
11. O primeiro têrmo de uma progressão geométrica decrescente e ilimi- 4.°
tada é 8 e o limite da soma de seus têrmos é 40/3. Calcule o
têrmo da progressão. (E.N.E. 62). —
12. Sabendo que log 3 = 0, 47 712, log 63 = 1,79934 e sendo
= N
0
calcule logN, sem o emprêgo da tábua, e diga entre
= ^
que potências de 10 está compreendido o número iV. (E.N.E. 62). —
13. A soma de três números que formam uma progressão geométrica
é 19. Calcule êsses números sabendo que se subtrairmos 1 do pri-
meiro, êles passam a constituir uma progressão aritmética
(E. Eng. GB 61).— V
Para se obter a perpendicular comum a duas retas r e r' não compla- i)
14.
nares procede-se do seguinte modo (E.P.U.C. Rio, 63). — o
A condição necessária e suficiente para que a projeção ortogonal de
15.
um ângulo reto sôbre um plano seja também um ângulo reto é. . . .

(E.P.U.C. —
Rio, 63).
(E.P.U.C. Rio, 63). i)
16. Um poliedro convexo é regular quando

O
1

— 267
266 Matemática Primeiro ano colegial

17. A área da base de uma pirâmide quadrangular regular é igual a 64m 2 .

A altura da pirâmide é igual a uma das diagonais da base. Calcule


a área lateral do sólido.. (E.P.U.C. —
Rio, 63).
18. Em um triângulo isósceles cuja base mede 2cm e a altura correspon-
dente 3cm, inscreve-se um quadrado que tem um dos lados sôbre
a base do triângulo. Calcule o volume gerado pela rotação dêsse
quadrado em tôrno daquela altura do triângulo. (E.P.U.C. —
Rio, 63).
19. Duas faces de um
tetraedro são triângulos retângulos e isósceles sendo
a aresta comum umcateto que mede 3cm. Estas faces formam
um ângulo de 60°. Calcule a área total e o volume do tetraedro.
(E.P.U.C. —
Rio, 63).
20. Calcule a excentricidade da elipse de área 6 ir cm 2 e de distância
focal 2 V 5 cm. (E.P.U.C. — Rio, 63).

21. O hexágono regular ABCDEF e o triângulo ACE executam uma


rotação completa em tôrno da diagonal AD
do hexágono. Calcule
a razão dos volumes dos sólidos gerados pelos dois polígonos.
(E.P.U.C. —
Rio, 63).
22. Dois troncos de cone de revolução possuem uma única geratriz comum.
As bases menores dos dois troncos têm 3cm de raio e estão situadas
em planos perpendiculares. As bases maiores têm 4cm e 5em de
raio, respectivamente. Calcule à medida da geratriz comum.
(E.P.U.C.— Rio, 63). •
'

23. O ângulo de duas retas não eomplanares é o ângulo formado


(F.E. GB — 61).
24. Distância entre duas retas não eomplanares é, por definição
(E.N.E. —
61).

25. O poliedro regular no qual o ângulo interno de qualquer de suas faces


é o maior possível é o (E.F. GB
61). —
26. Calcule a área total de um paralelepípedo retângulo cuja diagonal
mede V38 cm, sabendo que a soma de tôdas as arestas mede 40cm
(E.N.E. — 61).

27. Calcule o volume do cilindro equilátero circunscrito a uma esfera,


sabendo que o cilindro equilátero inscrito na mesma esfera tem
100m 3 de volume. (E.N.E. — 61).

28. Numa pirâmide triangular regular de 3cm 3 de volume, as faces la-


terais formam com a base ângulos de 60 o Calcule a área lateral
!

dessa pirâmide.
29. Ligam-se, por segmentos de reta, os centros das faces adjacentes de
um cubo. Calcule, em função da aresta a do cubo, o volume do
nôvo sólido formado. (E.N.E. 62). —
30. Um cilindro de revolução tem raio R
e altura 2 R. No seu interior
constroem-se dois cones, cada um tendo por vértice o centro de

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