Você está na página 1de 15

DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.13 n.

5 out/12 ARTIGO 08

A gestão do conhecimento, o capital intelectual e os ativos intangíveis no eterno presente das


conexões imediatas
Knowledge management, intellectual capital and intangible assets in the eternal present of immediate connections
por Aldo de Albuquerque Barreto

Resumo: A consciência traduz e define a apropriação do conhecimento quando - recorda, presta atenção e espera - esta
intermediação acontece em um momento do presente. É um estado de vivência provisória e ocorre quando acontece a
passagem da informação para conhecimento. Assim a cognição dos conteúdos se processa em um tempo do presente cada vez
mais alongado pela velocidade dos acessos e a sensibilidade das conexões imediatas, em um processo que se inicia no tempo
cronológico da agregação de estoque de conteúdos de informação. O grande temor é não conseguir acompanhar a rapidez dos
eventos neste processo e ficar para trás, sobrecarregado de ativos de conteúdos imateriais, que podem ficar indesejáveis se não
forem trocados devidamente. A riqueza que temos aderente vem destes ativos intangíveis trocados para conhecimento.
Entendendo, contudo que o procedimento se inicia no labirinto da inconstância dos significados da informação armazenada.
Palavras Chaves: Suficiência da informação; Economia da Cognição Conteúdos de informação; Conhecimento intangível;
Ativos imateriais; Capital intelectual.

Abstract: Consciousness reflects and defines the appropriation of knowledge, when it - remember, pay attention and wait – all
these stages happens in a moment of the present. This process outcome when occurs the transition from information to
knowledge. If the cognition takes place at a time in the present which is increasingly stretched by the velocity and the
sensitivity for the whole process is set in another time; the chronologicaltime of stored information contents . The great fear is
not keeping up with the speed of events of the whole procedure and then fall behind with burdened intangible assets not traded
into knowledge. Although the adhering wealth one has come from trading these intangible assets and the perception that the
first step of the whole process occurs in the maze of stored information .
Key Words: Sufficiency of information; Economics of cognition; Contents of information; Intangible knowledge , Intangible
assets; Intellectual capital.

Introdução
John Desmond Bernal escreveu em 1929 um longo texto, “ The World, the Flesh & the Devil, “ 1 uma
investigação sobre os três inimigos da alma racional ditos na ladainha de Santo Antônio Eremita: “das
ilusões do mundo, da carne e do demônio”, dizia o eremita e a congregação respondia “livrai-nos,
Senhor.” O físico Bernal introduzia com um artigo, do começo do século passado, uma nova reflexão:
como harmonizar uma mente cada vez mais forte, iluminada e criativa com a fragilidade de um corpo
que se apesar da ajuda das próteses supervenientes é biologicamente o mesmo. John Desmond Bernal
foi um dos mais eminentes cientistas da sua geração e uma importante figura política - o principal
porta-voz de uma ciência para todos, em sua época, no Reino Unido. Um fato pouco explorado da sua
carreira foi o seu interesse na informação em ciência. Os arquivos de Bernal em Cambridge mostram a
sua participação no desenvolvimento da área de informação, sua organização e sua documentação. Foi
figura de proa para estabelecer um Instituto de Informação Científica no Reino Unido e participou na
fundação do grupo que liderou com Jason Farradane 2 a introdução da ciência da informação como
uma nova disciplina em 1948 aós a Reunião da Royal Society de Londres.

Nesta data foi realizada em Londres a Royal Society Scientific Information Conference, marco da
criação da nova área de ciência da informação juntamente com a artigo de Vannevar Bush , 3 “As we
may think” de julho de 1945. Na Conferência, quanto no artigo de cientistas de todo o mundo e de
quase todos os campos, apareceram propostas para resolver os problemas de acesso, e organização e
transferência da informação. Era a grande fase da gestão da informação, pois os documentos secretos
durante a segunda guerra tornaram-se livres provocando um terremoto de conteúdos, uma situação
para a qual não estavam preparados os profissionais da informação e o instrumental de controle da
área.

O físico Bernal introduzia com seu artigo, do começo do século passado, uma reflexão que será
constante neste século: como harmonizar uma mente cada vez mais forte, iluminada e criativa com a
fragilidade de um corpo que se esvai com o passar dos anos. A mente, pelas facilidades
contemporâneas, está ampliada em sua agudeza e nas perceptivas para lidar com a visualização do
mundo. O corpo apesar da ajuda das adequações supervenientes permanece biologicamente o mesmo;
um corpo que se esvai em tempo cronológico. É uma das ilusões do mundo não se aperceber este
descompasso do viver com um corpo antigo e usado, mas com uma mente nova e cada vez mais
fulgurante e almejante. Muitos procuram idealmente livrar-se desta dicotomia procurando um refúgio
corporal de vivência no eterno presente nos avatares atemporais e livres desta presença na terra.

Johann Goethe escreveu o poema “Prometheus” em 1774 com oito estrofes no qual lançou o grito de
guerra do titã que não aceita mais venerar Zeus. Liberto iria criar outros homens; esses novos homens
serviram de inspiração para o culto ao homem extraordinário que sozinho constrói o seu destino. Na
ultima estrofe Prometeu, falando a Zeus quer marcar a liberdade do destino aterrado. No mito de
Prometeu o Titã é corporalmente preso a um Monte, castigado pela sua ingerência para gerar um novo
ser pensante. Conta o mito que o Céu e Terra já estavam criados quando Prometeu chegou a terra. Com
argila e água fez o homem à semelhança dos deuses. Tirou das almas dos animais características boas e
más animando a criatura. Atena, deusa da sabedoria, insuflou na argila o espírito com sopro divino.
Mas toda esta feitura irritou Zeus que prendeu Prometeu no monte Cáucaso. Ao ser libertado, tendo
que cumprir sua sorte passou a usar um anel com uma pedra retirada do Monte. Seu corpo estava para
sempre preso àquela montanha. Mas o seu pensamento era livre e mesmo no presente se voltava para a
imaginação do mundo.

A natureza humana vem representando esta prisão do corpo em contraposição a liberdade da mente há
muito tempo; uma desarmonia que mostra que o homem preso a seu físico temporal não poderá
imiscuir-se em todos os âmbitos como o seu poderoso e adaptável pensamento. Tem razão Paul Valéry
quando indicou como as duas maiores invenções da humanidade: o passado e o futuro, em nome de
um presente eterno. 4

A crescente complexidade da existência do homem e da sua capacidade mental torna necessário lidar
com as complicações mecânicas de uma organização sensorial e motor complexa. Para as partes de um
corpo vivido estão sendo dadas funções cada vez mais modernas, independente da sua condição de uso
permanecer a mesma. A mente humana queria evoluir na companhia do corpo humano. Mas o
descompasso tem aumentado com a velocidade de acesso e distribuição do conhecimento. As ligações
intrincadas entre mente e corpo indicam que os atributos fisiológicos levarão a outras consequências
psicológicas molestando ta harmonia do organismo. É por conta desse delicado equilíbrio entre os
fatores orgânicos e as articulações do pensamento que o futuro vai estar cheio de pontos perigosos e
armadilhas de percurso.

Mas, é uma condição de estruturação da vida na terra esta ideia vaga, indeterminada e indefinida de
como projetamos o futuro. Vivendo na era do upgrade e das novas versões anunciadas no presente o
futuro é cada vez mais atual. A vaguidade de um tempo porvir é uma é imperativo às cadeias do
pensamento no presente, mas a sofreguidão de uma velocidade online traz cada vez mais a perspectiva
desta incerteza para a coerência de um “tempo estendido” onde coabitam presente, passado e futuro.

Figura 1 – O eterno presente


O pressente quer estar contínuo... 5

Como a emoção que precede a percepção irá atuar neste descompasso. A emoção estará sob o domínio
de um estado de vigília constante e consciente? Uma modesta vivência será a nossa como seres
humanos se colocados em estado de supervisão permanente por uma construção delineada pela nova
convivência incorpórea das redes eletrônicas de coexistência digital. Na potencialidade de “upgrades”
anunciados com antecipação para futuros demarcados, mas executados no presente, a perspectiva de
futuro é o agora; é a eternidade do presente sempre ajustado a uma novidade delineada pela
programada evolução tecnológica.

O comportamento do organismo mecanizado mesmo com suas próteses facilitadoras não será mais um
mistério a ser revelado na incerteza do povir. Na medida em que aumenta o saber acumulado formando
um capital intelectual o corpo tenderá a querer ousar, porque sabendo mais irá afoitar-se mais e em tal
aventura exporá a sua fragilidade de invólucro ao risco de destruição. Mas essa experimentação é uma
essencialidade da vida ativa que esta sendo desdobrada no presente.

Realizar o imaginário intangível em todos os seus aspectos é uma vocação da mente, mas é também
um anseio do corpo e a bifurcação destes caminhos gera conflitos imponderáveis. Viver com um corpo
1.0 e uma mente 2.0 é uma aventura engatilhada para a atualidade potencial. Há que se formar novas
diretrizes desta coabitação com o presente no destino vivencial na terra. Isto coloca nossa vivencia em
dois mundos: o espaço da atualidade objetiva ancorada corporalmente na terra e o mundo infinito do
imaginário e da existência pela não presença corporal.

Este modo de observar e viver a realidade tem variado ao longo do tempo. A eternidade de um
presente dominante como um lugar de comunicação cibernética que descarta a necessidade do homem
estar fisicamente presente para instituir uma ligação de troca de informação. Podemos diferenciar esta
ambiguidade como viver na terra ou estar no mundo. A terra é a parte sólida do globo, espaço e
território da vida temporal profana e física. É na força desta posição que a terra passa a ocupar um
ambiente no universo das realizações físicas; um lugar que converte o espaço em possibilidades de
fixar e localizar. Ao longo da história a terra tem proporcionado aos homens os recursos necessários
para criar e viver.

Já mundo não tem a realidade física como principio regulador, em divergência com a razão aterrada da
relação objetiva. O mundo representa o continuum das relações sustentadas pela tecnologia da
velocidade. É o eixo, em que giram o princípio e o fim de todas as coisas sem território e onde "para o
peito doido do homem nenhuma pátria é possível." 6 Afinal, na terra ou no mundo, o significado das
coisas não está na coisa em si, mas em nossa atitude para com ela, porque "Não existe verdade. Existe
apenas percepção." 7 Percebemos cada vez mais as “coisas vagas” habitando tanto a terra do eterno
presente quanto o mundo dos colóquios virtuais.

É difícil entender e observar o momento exato em que estamos inseridos, por mais incrível que ele
possa ser. Existe uma proximidade alienante que nos impede de ver este presente estendido. O “estar e
ser atual” é uma relação intrincada entre nós e o tempo. Representa o momento exato que ficamos
como que suspensos entre dois estado. Talvez por isso não se tenha o afastamento necessário para
entender que existimos nas duas realidades: a realidade objetiva onde vivemos corporalmente a
presença física e onde construímos todos os atos e traços de nossa aventura individual rumo ao
(in)finito. Na outra realidade vivemos potencialmente, uma realidade que denota a extrapolação do
concreto; o rompimento com as formas tradicionais do acontecer. O virtual sendo oposto do ao atual,
carrega uma potência de ser. Nessa outra realidade, por suas características, vivemos sem uma
presença física, não importando as distancias ou superfícies. Nela poderemos ser aquele avatar de tudo
aquilo que sonhamos ser na atualidade contemporânea. Nesta condição corpo e mente se reencontram
e andam em harmonia.

É importante saber, então, que hoje habitamos duas realidades ao mesmo tempo. Esta duplicidade em
que vivemos é a capacidade adquirida de interatuar em situações e condições diferenciadas. É a
anfibiedade do animal que pode viver na terra ou na água. Aterrado no viver físico ou libertado de
amarras para o mundo virtual. Nossa anfibiedade faz nosso viver estar em dois espaços: o da realidade
da existência e o da realidade potencial onde existimos metaforicamente linkados a outros que nos
definem e transferem o que somos para um significado decidido no mundo que mesmo sendo infinito
pode se realizar também no presente contínuo das realizações conjuntas.

Eu existo virtualmente no mundo do meu outro sem distancia espaço ou tempo definido. Minha
vivência é a das conexões e meu destino são os meus links, estabelecendo um elo, uma ligação, com
um momento e um lugar como uma sucessão de eventos em que cada um deles cria os elementos
necessários ao desenvolvimento do evento seguinte. Uma superveniência indicada no espaço e no
tempo. Virtualmente existo na translação da relação de semelhança subentendida entre o significado
explicito e o que não pode ainda ser dito por palavras, quando na transferência das minhas narrativas
para um âmbito simbólico que não é fixo, físico ou designado; ele se fundamenta num movimento sem
corpo em que todas as partículas têm, só por um instante, a mesma velocidade e se mantém em uma
direção inconstante, mas de unificação entre dois instantes, dois lugares, dois estados do ser. Este seria
o presente das conexões imediatas.

O tempo do conhecimento, dos intangíveis e da inovação


Quando falamos dos estoques ou do quantum de informação armazenada queremos expressar que estes
existem como possibilidade, como condição de gerar conhecimento. Mas para que o conhecimento
opere é necessária uma transferência desta informação para a realidade dos receptores além de uma
conjuntura favorável para reflexão do individuo que dela se apropria. Nesse momento nada é mais
subjetivo, privado e individual que, a assimilação de um conteúdo pelo receptor. Na solidão da
assimilação o receptor é uno e privilegiado. É este então o lugar do conhecimento um espaço do
presente entre o passado e o futuro.

Se o lugar das narrativas que são apropriadas é a impenetrável consciência do sujeito. Qual seria o seu
tempo? Quero dizer qual o momento promissor para o receptor transformar um conteúdo em
conhecimento. O conhecimento em capital intelectual e a transformação da realidade pela inovação. Se
existe tal tempo demarcado, este seria um tempo chamado "intuitivo" aquele que se vincula ao
conceito de consciência do sujeito que elabora seu pensamento. Esta relação do tempo com o
conhecimento e um espaço em mudança é indispensável para refletirmos nossas organizações e a
sociedade em si. Identificado foi por S. Agostinho como: "a própria unidade da alma que se estende
para o passado ou para o futuro; a rigor não existem três tempos: passado, presente e futuro, mas
somente três presentes: O presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro" onde se
realiza a transmutação das coisas perceptíveis para conhecimento cognoscível. 8
Hanna Arendt nos fala destas cadeias de pensamento e coloca a assimilação do conhecimento
modificador em um ponto imaginário do presente entre o passado e o futuro. Podermos ponderar então
que a apropriação do conhecimento pelas organizações sensíveis acontece somente em um momento
do presente. Então, ficaria resolvida a questão da permanência do "presente do presente" e estipulado o
tempo do conhecimento?

Esta vivência provisória do sujeito ou das organizações acontece quando lidando, primeiramente, com
conteúdos e seus estoques que vivem em um tempo da "ordem mensurável das ideias" e se agregam
em um tempo linearmente cronológico do presente. Assim se a cognição pelos conteúdos se processa
em um tempo do presente ela é também própria para cada receptor, é alongada individualmente e
independente da disponibilidade facilitada pela velocidade de acesso às fontes de saber potencial. Mas,
a sensibilidade no processo de aceitação dos fatos e ideias sensíveis e intangíveis se configura em
outro tempo e onde é preciso harmonizar a percepção, a cognição e os domicílios de memória dos
significados. Na figura abaixo Arendt procura diagramar o ponto do presente em que operam as
cadeias do pensamento; onde se transforma informação percebida em conhecimento. O desejo de
passado está no capital intelectual onde se ajuntam as nossas cognições prévias. A percepção do futuro
se realiza, cada vez mais, em um momento do presente.

Figura 2 – O tempo do conhecimento

Fonte: Hanna Arendt referência 19

Em seu livro “ A condição humana” 9 , Hannah Arendt elabora este seu pensar e para evitar erros de
interpretação, logo no inicio diferencia entre o que chama de a condição humana do conceito de
natureza humana. A condição humana é representada pelas características essenciais da existência do
homem em determinado espaço, indicando que, sem elas, essa existência deixaria de ser humana,
assim: a vida, a natalidade e a mortalidade, a mundanalidade, a pluralidade e o planeta terra pertencem
à condição humana. O problema da natureza humana seria ainda insolúvel, tanto em seu sentido
psicológico como em seu sentido filosófico. Para estabelecer a essência da natureza humana haveria
necessidade de responder “quem sou eu” e “o que sou eu”, quesito da meditação Agostiniana. A
questão da natureza humana é uma questão teológica como a questão da natureza de Deus e ambas só
podem ser resolvidas dentro da estrutura de uma resposta divinamente revelada.

Na condição humana ou a condição do viver do homem na terra, Arendt, relaciona três atividades
fundamentais que são englobadas na vida ativa: o labor o trabalho e a ação. O labor é a atividade que
corresponde ao processo biológico do corpo humano, ao seu crescimento metabólico seu declínio e
extinção; corresponde a nossa condição nata com conhecimento e saber. A condição humana do labor
é a vida. Sua qualidade é de um estoque inicial que se acumula com o viver da vida em um capital
intelectual.

Figura 3 - A Vida Ativa

Fonte: Hanna Arendt 9

O trabalho corresponde ao artificialismo da existência humana, o trabalho produz na terra coisas


diferente do existente ambiente natural. Com ele o homem exerce sua condição de troca para manter
sua permanência na terra. A condição humana é o lado material e transitório, terreal, terrestre. Uma
das qualidades desta condição é a geração de ideias para a aquisição e a manutenção de novos
conhecimentos, dos ativos intangíveis.

A ação é a atividade da condição humana que só pode ser exercida em conjunto com outros homens.
Corresponde a condição da pluralidade e uma condição de toda vida política do homem na terra. Na
ação o homem exerce a sua condição de inteligência para introduzir o conhecimento no seu espaço de
vivência, sempre com a intenção do inovar para melhorar este espaço. Esta condição de pluralidade se
relaciona ao grau de concentração da coisa intangível e é ajustada pela intensidade das trocas na vida
coletiva das pessoas articuladas como cooperação, convivência, solidariedade e interação social. Uma
pessoa existe intelectualmente quando em contato com seus pares e com estes formará a acumulação
de um capital social. Este capital pode satisfazer necessidades sociais imediatas, mas tem uma
potencialidade temporal para atuar pela melhoria das pessoas em prazo maior. Um grupo de pessoas
relacionadas se beneficia pela participação de todos. A cooperação demanda um envolvimento com
vigor dinâmico e na convivência se estabelecem relações recíprocas com o grupo pela familiaridade de
interesses comuns e sentimento de solidariedade. A ação é organizadora e formata as organizações
humanas.
A explanação da vida ativa tem a finalidade de diferenciar dentro da condição da humana os estoques e
os fluxos de ativos materiais e imateriais. Falamos de estoques como conjuntos estáticos de itens de
agregados segundo critérios de interesse de uma comunidade; estes agregados são guardados em
memórias, mas sempre com a intenção de posterior recuperação. Falamos de fluxos quando nos
referimos à sucessão de eventos dinamicamente produzidos, eventos que determinam as configurações
de repasse e de distribuição desses ativos. São fluxos de organização física ou de criação subjetiva,
diferenciados para cada ser pensante.

Quando falamos de inteligência articulada socialmente pensamos na ação de inovação dinâmica de um


conhecimento que foi aceito em uma realidade habitada; a inteligência representa um conjunto de atos
voluntários, pelo qual o indivíduo reelabora o seu mundo modificando o seu espaço atuando sempre
em conjunto; uma criação em convivência. É um inicio, de algo que nunca iniciou antes e que só se
realiza na pluralidade política e resulta sempre em uma modificação como consequência da ação, ainda
que possa ocorrer uma volta, para uma permanência ao estado inicial. Alguma confusão se faz quanto
à natureza estática de estoque ou dinâmica de fluxo destes conceitos que procuramos indicar, abaixo. A
estrutura de pirâmide sugere que quantidade das “coisas” indicadas diminui em direção ao cume.

Figura 4 - Estoques e fluxos

Fonte: autor

O padre Pierre Teilhard de Chardin escreve, também na década de 1950, como Hanna Arendt o seu
livro "O lugar do homem na natureza" 10 sobre como a evolução da humanidade caminha para um
aumento inevitável de complexidade e sensibilidade da mente humana. A sua noosfera pode ser vista
como a esfera do pensamento humano e seria a terceira etapa no desenvolvimento da terra vindo
depois da biosfera que seria a esfera da vida biológica. “ A noosfera é um espaço mais que uma
extensão, ainda mais do que um reino, ele é nada menos que uma esfera a noosfera sobreposta e
coextensiva com a biosfera." Seus conceitos se relacionam com a reflexão da vida ativa de Arendt.

Segundo Chardin existe, a atmosfera, a geosfera e biosfera e depois um mundo ou esfera das ideias
formadas por produtos culturais, pelo espírito, linguagens, teorias e conhecimentos. Estava indicando
o conceito de capital intelectual. A sua noosfera esquece a condição de envelhecimento biológico ao
se aproximar da ideia de um ciberespaço, um espaço que prescinde da presença física para que se
realizem os atos intelectuais. No ciberespaço para constituir as obras e feitos de interação é dada
ênfase na ação da imaginação, a criação de imagens em comunhão com os demais conviventes. Neste
espaço privilegiado entra-se com a mente e as ideias deixando o corpo do lado de fora desta interface.
11 A figura 4 mostra o ponto de hominização que seria equivalente ao ponto da consciência cognitiva
de Arendt com a formação das cadeias do pensamento, em um ponto do presente. Padre Chardin
coloca este homem na fronteira da terra, mas na descrição da sua noosfera o homem e suas ideias estão
mais perto do mundo.

Figura 5 - Ponto de elaboração de Ideias

Fonte: Man’s place in the nature4

A crescente complexidade da existência do homem e sua capacidade mental tornam necessário lidar,
também, com as complicações mecânicas de uma complicada organização sensorial e motor. Para as
partes de um corpo vivido estão sendo dadas funções cada vez mais modernas independente de sua
condição de uso permanecer a mesma. Exacerbado por todas as mídias este corpo aprimorado tem que
ter uma sublimação como processo consciente para novos objetivos de caráter útil. As ideias de uma
mente reflexiva levam à criação de artefatos estéticos para uma realização pela arte, entendida em seu
sentido mais amplo, como a capacidade que tem o ser humano de colocar em prática sua imaginação
valendo-se da faculdade de poder dominar fisicamente a matéria. Supõe, para isso, a possiblidade de
criações carregadas de vivência pessoal e com a propriedade de realizar, também, formas sensíveis e
imateriais, uma ação exterior e com profunda realização sensorial. Esta possibilidade direciona o
sujeito pensante para elaborar através de seus ativos materiais e imateriais imagens direcionadas a
inovar sua realidade. Seria assim atenuada uma impulsividade reprimida do ser invólucro que deve
responder aos poderosos anseios do imaginário.

Este é o sentimento no homem neste primado das reflexões, um equilíbrio do emocional com o
racional, em um mundo mais mecanizado tanto nas relações de convivência privada quanto no trabalho
corporativo. No trabalho o indivíduo racional tem de satisfazer condições de vigor para manter o
equilíbrio com a objetividade motora de seu grupo profissional; só isto lhe permite continuar ali e
barganhar seu esforço em um mundo de trocas. Mas a emoção terá um novo atuar neste novo
compasso de constante vigília para poder permanecer na convivência incorpórea e imaterial das redes
de coexistência digital. Uma noosfera potencializada pelo caminho das mídias no ciberespaço com
trajetória indicada na figura 5.

Figura 6 – Evolução simbólica mediática

Fonte: Da sociedade das mídias à sociedade em midiatização 12

A coincidência de Chardin e Arendt escreverem suas ideias em dois livros com indicações da
consciência cognitiva e a formação de um capital intelectual em uma época similar deve-se a explosão
de informação acontecida após a segunda guerra mundial. Os enormes volumes de informação
contidos pelo segredo de guerra e liberado após seu término pressionaram a consciência a um estado
de estresse cognitivo o que liberou estudos sobre a formação de ideias sua percepção e os agregados de
conhecimento.

Estes estoques de informação se adicionam em um tempo linearmente cronológico com itens reunidos
no passado e no presente com intenção de ajudar análise e valorização de condições atuais e
estabelecer cenários e estratégias para o futuro. Estes estoques de conteúdos possuem condições de
qualidade, mas, sobretudo de quantidade. Embora seja básico o entender de que esta quantidade
acervada nunca será a utilizada totalmente para um atuar no presente ou em uma antevisão do futuro.
Estes estoques terão sempre excedentes. A elaboração das ideias para formar os pensamentos
destinados a um fim acontece sempre no presente do presente. Dois tempos que se diferenciam: o do
capital intelectual armazenado em estoques e o da ação dinâmica de utilização deste capital, pelo
pensamento, quando acontece uma realização na realidade

Se tal ocorre é a consciência que, traduz e define a apropriação do conhecimento, quando - recorda,
presta atenção e espera - em um momento do presente. Esta vivência provisória acontece quando
ocorre a assimilação da informação para conhecimento. Assim se a cognição dos conteúdos se
processa em um tempo do presente cada vez mais alongado pela velocidade o processo também se
configura em outro tempo: o da formação do capital estocado de informação. O grande temor é não
conseguir acompanhar a rapidez dos eventos de transformação, ficar para trás, sobrecarregado de
ativos imateriais, que podem ficar indesejáveis. Embora a riqueza que temos aderente venha desses
ativos intangíveis que é o conhecimento e cuja primeira morada fica no labirinto da instabilidade da
informação guardada. A palavra tangível vem do latim tangere que significa tocar. Os bens (in)
tangíveis, portanto, são aqueles bens que não podemos tocar, porque não têm corpo físico e não
pertencem ao mundo dos objetos como o conhecimento.

O capital intelectual será formado então sempre por ativos intangíveis de conhecimento assimilado por
indivíduos ou organizações. Intangíveis como "o pensamento que nada mais é que uma onda elétrica
pequenininha se espalhando pelo cérebro numa escala de tempo de milissegundos" 13

A Economia da cognição e os bens intangíveis


Um bom exemplo de conhecimento intangível potencializado em uma estrutura é um texto, um
conjunto de expressões de uma escrita em uma base, com a multiplicidade de configurações das
possibilidades de um idioma; o texto, como mensagem, constitui um todo unificado passível de ser
distribuído por um canal de transferência de conteúdos. O seu discurso inicial de significação é sempre
a elaboração de um agente, mas quando distribuído o texto associa amplitude na leitura pelo receptor e
com ela fica sujeito à nova interpretação ou reconstrução do que nele consta.

Há que se fazer a diferença entre a base que carrega a informação, um ativo fixo e o conteúdo de
informação contido em qualquer formato como um ativo imaterial relacionado ao significado
simbólico daquele ajuntamento de palavras inscritas em qualquer base. Este conteúdo simbólico é um
conhecimento cru e quando internalizado por uma inteligência sensível se torna um conhecimento
cozido. Facetas de bens imateriais em contextos diferentes.

A informação tem um sentido imaterial quando vista em seu conteúdo significante e neste estado
dificilmente pode ser percebida ou indicada como uma mercadoria de consumo ou, mesmo, um bem
econômico físico que possa ser inserido no mundo dos negócios. A mercadoria conteúdo informação
só existe em equilíbrio de mercado quando é considerada em sua base física de suporte material
indicando que resultou de uma condição técnica de produção: seja um livro, um artigo, uma disco de
música uma imagem impressa, uma instalação de arte em uma amostra. A outra produção de que
tratamos aqui se processa na mente de um criador solitário e consciente consigo mesmo. Um conteúdo
de informação seria um bem econômico torto, por não possuir os atributos necessários para esta
caracterização. Não tem uma unidade de medida que possa ser claramente definida, é indivisível em
seu todo significante, é abundante e não é escasso. Conteúdos não são homogêneos na interpretação de
quem os "compra", também, não se extinguem com o consumo pelo comprador, e, sobretudo quando
consumidos não se transforma em propriedade daquele consumidor. A sua posse mesmo quando
defendida por condições legais é de difícil sustentação. Quem fala sobre a mercadoria informação, sem
as devidas ressalvas ao seu significado, esta falando somente de sua base física e não de seu conteúdo
simbólico.

O mercado de conteúdos de informação é atormentado pela relação: preço e valor. A mesma


"mercadoria" informação possui um valor diferente para diferentes consumidores. Configurar um
preço de equilíbrio é impossível, pois tal preço pode estar muito abaixo ou muito acima do que
diferentes usuários, com diferentes necessidades, lhe atribuem e estão dispostos a pagar por ela no
mercado. Por razões semelhantes o conteúdo, ativo imaterial, também, não é um insumo ou fator de
produção; por demarcação econômica, todo fator de produção perde suas características, desaparece,
no processo de produção que faz surgir o novo produto. Por exemplo, as meadas de algodão
desaparecem quando da fabricação do casaco. Existe, lógico, significados de informação permeando
todo o processo de transformação do casaco. Mas o conteúdo de informação não acaba ou se
transforma no processo de produção que produziu o casaco.

Nesta reflexão o conceito de valor dos imateriais é relativo e específico para cada indivíduo ou
organização, de acordo com a sua hierarquia de desejos. Um receptor valoriza um conhecimento em
relação a outro conhecimento dentro de uma escala de preferências subjetiva, de utilidade e de
prioridade. O valor do conhecimento irá depender: 1) de sua preferência pelo conhecimento contido
em A em detrimento ao conhecimento em B; 2) da competência cognitiva do utilizador em decodificar
A e B e tornar possível uma comparação; 3) do significado de A e B estarem em um código que seja
simbolicamente significante para o receptor avaliador. Assim, no julgamento do receptor se o valor
do significado da mensagem A é maior que o valor de B o receptor efetuou uma decisão de relevância
entre elas. Portanto, o valor entre opções de um conteúdo é relativo e subjetivo ao sujeito ou a
organização que as usa e só se efetiva na potencialidade de existir uma competência para sua
assimilação.

Todo ato de interiorização de um conteúdo de informação está associado ao seu valor simbólico e
representa uma cerimônia com ritos próprios, onde um gerador remete para uma recepção. No
contexto de valor dos bens imateriais temos que acrescentar novas tipologias de valor: um seria valor
simbólico representando a capacidade do gerado e receptor estarem interagindo no mesmo código
simbólico traduzindo o conteúdo da mensagem em um item para o entendimento. Outro tipo de valor
seria o valor circunstancial, uma medida de uso que corresponde aos conteúdos gerados em agregados
de convivência social denotando uma construção simbólica que está “em se fazendo” sendo construída
pelos elementos do grupo e sem um acabamento previsto em tempo definido. Neste caso, medida de
valor está presa em uma relação de expectativas circunstanciais do utilizador dentro de uma escala
feitura e prioridade do conteúdo em elaboração. A condição de valor, neste caso, está condicionada a
um momento de completeza.

Estes fatores tornam impossível estabelecer um preço de equilíbrio para conteúdos imateriais
demandados por receptores. O julgamento de valor do conteúdo é uma decisão do receptor, nunca uma
decisão do gerente do sistema acervamento e guarda dos potenciais significados de informação. A
quantidade de ativos de conteúdos imateriais que formariam o capital intelectual vai depender das
condições de suficiência da "informação-conteúdo" que vai ser usada para avaliar e decidir sobre
determinada situação, fatos e ideias de nosso exame quotidiano. Este cenário se modifica com o
volume utilizado de conteúdos quando no eterno presente das conexões imediatas. Então, ao lidar com
uma a solução de uma questão individual ou organizacional nos deparamos com dois comportamentos
relacionados ao quantum de informação que podemos extrair da ambiência:

1) Resolver problemas por métodos que, embora não rigorosos, geralmente


refletem um estado de conhecimento imediato e permitem obter uma solução
satisfatória. Utilizar informação tendencial de uma experiência atualizada
dos arquivos mais disponíveis. Estabelece uma maior economia cognitiva e
um menos uso de ativos intangíveis. 14

2) Resolver a questão por um pensamento sistemático verificando em


profundidade os conteúdos internalizados em estruturas de informação
relacionando-as a outras estruturas e ideias. É preciso tempo e esforço
mental para processar informações nesta profundidade e os avarentos
cognitivos, raramente, trilham este percurso como opção.

A figura 7 procura indicar esta dicotomia na condição de suficiência de informação:


Fonte: adaptada pelo autor

Aqui se insere o conceito compressão ou distensão da quantidade de informação usada para analisar e
monitorar uma situação de avaliação de fatos e ideias. O quantum de informação disponível é
abundante; cabe, pois, uma articulação estratégica para determinar a grandeza de uma economia
cognitiva na operação para solução de um problema. É importante considerar a condição de relevância
e prioridade dos conteúdos que possam ser transformados em conhecimento necessário para controlar
e avaliar um objetivo para atingir um fim específico. Uma política de monitoramento da quantidade
informação em um contexto de economia cognitiva seria uma forma de articulação teórico-operacional
indicada pela figura 7, que procura relacionar a quantidade de informação em uma economia de
esforço cognitivo, relacionado à quantidade de conteúdos elaborados e a geração de conhecimento
adequada:

Figura 8 – Economia da cognição versus quantidade de informação na solução de um problema


Fonte : autor

A tabela quer indicar quatro estágios de uma relação entre quantidade de conteúdos de informação na
horizontal e economia cognitiva na vertical. A condição de assimilação do conhecimento se modifica
pela qualidade da suficiência de informação agradada à cognição. A maior utilização de informação
gera ativos de conhecimento mais polidos, onde existe uma ponderação de relevância 15 e prioridade
.16

Trabalha-se com este modelo da figura 7 para verificar desde cenários de condições estratégicas aos
mais diversos tipos de monitoramento; a gestão da informação e conhecimento na economia da
cognição estabelecer zonas de qualidade intensa em um determinado contexto de quantidade de
conteúdo versus esforço cognitivo para assimilar àqueles conteúdos. Do ponto de vista da gestão e
monitoramento de seus estoques a informação relevante e prioritária pode ser agregada em um mesmo
espaço. Na elaboração de um arranjo de compressão cabe ao administrador a responsabilidade de
selecionar indicadores representativos para esta compactação da melhor informação para gerar o
melhor conhecimento.

De volta para o presente


O presente do futuro das atualizações e upgrades programados não é uma expectativa vaga; o passado
acabou pelo esquecimento trazido pela velocidade das conexões imediatas; as cadeias de pensamento
para interiorização conhecimento, também, acontecem em um ponto do presente. O futuro não é mais
uma expectativa vaga mas um recapitular de artefatos e ideias adaptando a condição de inovação para
um processo de continua mudança em uma economia criativa e sustentável. Desta recapitulação de
cognições passadas nos fala Umberto Eco quando os conteúdos eram privilegio dos eruditos e estavam
preservados pelos muros dos mosteiros e vigiados pelos monges. Em seu livros o “Nome da Rosa” 17
visualiza esta prisão dos significados e a sua eterna recapitulação. No seu discurso de Jorge, o
bibliotecário chefe dos monges copistas que diz: "mas é próprio de nosso trabalho, do trabalho de
nossa ordem e em particular do trabalho deste mosteiro, aliás, a sua substância, o estudo e a custódia
do saber, a custódia digo não a busca, porque é próprio do saber 18 coisa divina, ser completo e
definido desde o inicio, na perfeição do verbo que exprime a si mesmo ...Não há progressos, não há
revoluções de períodos na história do saber, mas no máximo, continua e sublime recapitulação”.

O conteúdo imaterial cativo em universos simbólicos divinos chegou entre alforrias e prisões até a
época atual da Internet, onde grande parte esta liberado em sua linguagem natural para a formação dos
ativos intangíveis pelo conhecimento, que se ajuntam em capital intelectual do saber acumulado.

Referências

1 John Desmond Bernal , The World, the Flesh & the Devil em http://www.santafe.edu/~shalizi/Bernal/
2 Jason Farradane ver http://en.wikipedia.org/wiki/Jason_Farradane
3 Vannevar Bush, “As we may think” http://pt.wikipedia.org/wiki/Vannevar_Bush
4 Citado na A invenção das crenças artigo de Adauto Novaes em http://www.bibliofranca.org.br/wp-
content/uploads/2010/07/A-Invencao-das-Crencas-folder.pdf
5 Imagem do site http://desmotivaciones.es/1499930/Paciencia
6 Johann Hölderlin (Lauffen am Neckar, 20 de março de 1770 — Tübingen, 7 de junho de 1843), poeta lírico e romancista
alemão, 1770-1843 indica que "Mas só que ninguém diga: que nos separe o destino! Nós o somos! Nós! Nós mesmos que
temos prazer em nos precipitar na noite do desconhecido, no estranho frio de um outro mundo qualquer. E, se fosse possível,
abandonaríamos a região do sol e nos precipitaríamos para fora da região da Estrela Errante. É que para o peito doido do
homem nenhuma pátria é possível!"
7 Flaubert, Gustave. “Dictionary of Received Ideas.” Bouvard & Pécuchet, A. J. Krailsheimer. New York: Penguin, 1976.
8 Confissões, capitulo XI.
9 Arendt, Hanna, A Condição Humana, Forense Universitária, Rio de Janeiro, 1989. ( 1ª edição 1981)
10 Chardin,T. . Man”s place in the Nature, Fontana Books, Great Britain, 1971
11 Chardin,T. . Man”s place in the Nature, Fontana Books, Great Britain, 1971
12 Ver em http://zelmar.blogspot.com.br/2011/04/da-sociedade-dos-midias-sociedade-em.html
13 A frase é de Miguel Nicolelis, neurocientista, em entrevista dada a Folha de São Paulo de 10 de junho e reproduzida no JC
email da SBPC de número 3781.
14 O termo ativo intangível vem sendo utilizado neste texto com o conhecimento imaterial resultante do processamento
intelectual de um conteúdo de informação.
15 Relevante: tudo aquilo que possui uma condição de utilidade, que é a qualidade das coisas materiais e imateriais em
satisfazerem nossas necessidades específicas.
16 Prioridade: é a qualidade do que está em primeiro lugar; o que antecede aos outros em tempo, lugar ou classe quando da
prática de alguma coisa. A Prioridade não é precisão, conceito definido como aquilo que tem a qualidade da exatidão e a
rigorosidade da coisa.
17 Eco, U. . O Nome da Rosa, 13ª edição, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1983
18 Saber, aqui também referido como capital intelectual ou o estoque mental de ativos intangíveis( conhecimento).
19 Arendt, H , A Vida do Espírito- O pensar, o querer, o julgar , Relume-Dumara, Rio,1991
20 Barreto A de A , , Padrões de assimilação da informação - a transferência da informação visando à geração do
conhecimento, Relatório apresentado ao CNPq em fevereiro de 2000. Publicado, ainda, como O Rumor do Conhecimento,
pela Revista São Paulo em Perspectiva, v 12, n. 04, Fundação Seade, São Paulo.
21 Barreto, A de A, Perspectivas da Ciência da Informação, Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 21, n.2, 1997.
22 Barreto, A. de A , A Questão da Informação, São Paulo em Perspectiva, v. 8, n. 4 ,1994, p. 3-8, Fundação Seade, São
Paulo.
21 Barthes, R, A morte do autor , em O Rumor da Língua, Edições 70, Lisboa ,1987
22 Bloor, D , Poppers Mystyfication of Objective Knowledge, Science Studies , v 4, pp 65-76, 1974
24 Boulding, K , Knowledge and Life in the Society, University of Michigan Pres, USA, 1960
25 Bourdieu, P , O Poder Simbólico, Bertrand, Rio,1989
26 Butcher, H J , A inteligência Humana, Perspectiva, São Paulo, 1968
27 Farradane, J , Relational Indexing and Classification in the Light of Recent Experimental work in Psychology, Information
Storage and Retrieval, vol 1, pp 3-11, 1963
28 Farradane, J, Knowledge, Information and information Science, Journal of Information Science,v2,n2,1980
29 Farradane, J, The Nature of Information, Journal of Information Science, v 1 , n 3, 1979
30 Franck, S e Mehler, J (ed.), Cognition on Cognition, MIT Press, USA,1994
31 Gardner, H ,The Minds New Science : A history of the cognitive revolution, Basic Books, USA, 1987
32 Habermas, J , Conhecimento e Interesse, Guanabara, Rio, 1987
33 Habermas, J , Ciência e Técnica Como Ideologia, Edições 70, Lisboa, 1987
34 Heidegger, M , Discurso sobre o Humanismo, Tempo brasileiro, Rio, 1962
35 Jakobson, R. , Lingüística e Comunicação , Cultrix, São Paulo, 1993 - Coletânea de trechos selecionados de Roman
Jacobson.
36 Luninn L F (Ed), Perspectives in Knowledge Utilization, Jasis (Special Issue), v44, n4,1993
37 Mannhein, K , Conhecimento e Sociedade, em Sociologia,
38 Wittgenstein, L. , Zettel (Fichas) , Edições 70, Lisboa, 1981.

Sobre o autor / About the Author

Aldo de Albuquerque Barreto

aldobar@globo.com

Doutor em Ciência da Informação pela The City University, Londres. Pesquisador Senior do CNPq.
Professor do Programa de Pós Graduação em Administração da Unigranrio, RJ.

Você também pode gostar