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AULA 1 – INTRODUÇÃO A PAVIMENTOS

PAVIMENTO: estrutura construída sobre a camada final de terraplenagem e destinada,


técnica e economicamente a resistir esforços oriundos do tráfego e melhorar as condições
de rolamento.

Figura 1. Camada de terraplenagem

Figura 2. Pavimentos
Figura 3. Defeitos em pavimentos

O pavimento rodoviário classifica-se em dois tipos: rígidos e flexíveis. Mais recentemente


há uma tendência de usar-se a nomenclatura pavimentos de concreto de cimento portland
(ou simplesmente concreto cimento) e pavimentos asfálticos, respectivamente.
Os pavimentos de concreto cimento são aqueles em que o revestimento é constituído por
ligantes de cimento portland. Nestes pavimentos a espessura é fixada em função da
resistência a flexão das placas de concreto.

Figura 4. Pavimento de concreto de cimento portland

Os pavimentos asfálticos são aqueles em que o revestimento é constituído por ligantes


betuminosos. É constituído de 3 partes principais: subbase, base e revestimento. Estas
partes repousam sobre o subleito, ou seja, a plataforma da estrada, terminada após a
conclusão dos cortes e aterros. Algumas vezes usa-se uma camada de reforço entre o
subleito e a subbase.

Figura 5. Pavimento asfáltico


- Revestimento: Camada superior destinada a resistir diretamente às ações do tráfego e
transmiti-las atenuadamente às camadas inferiores, impermeabilizar o pavimento,
melhorar as condições do rolamento (conforto e segurança);

- Base: Camada acima da subbase destinada a resistir e distribuir os esforços


provenientes dos veículos atenuando a transmissão destes a subbase e ao reforço do
subleito;

- Subbase: Camada complementar à base, com as mesmas funções desta, e executada por
razões de ordem econômica para reduzir a espessura da base;

- Reforço do subleito: Camada destinada a reduzir a espessura da subbase;

- Regularização do subleito: Camada de espessura variável, executada quando é


necessário preparar o leito da estrada para receber o pavimento. Pode ser nula em um ou
mais pontos da seção transversal.

BASE E SUBBASE

Nos pavimentos asfálticos (flexíveis) a camada de base é de grande importância estrutural.


As tensões e deformações de flexão induzidas na camada asfáltica pelas cargas do tráfego
estão associadas ao trincamento por fadiga desta camada. Se estas tensões e deformações
são muito elevadas, o resultado é um revestimento trincado na trilha de roda. As tensões e
deformações de compressão nas camadas de base granulares, subbases e subleitos estão
associadas à deformação permanente e a rugosidade do pavimento que se desenvolvem nas
camadas de base e subbase.
As bases podem apresentar uma das seguintes diversas constituições:

- Granular
o Sem Aditivo
ƒ Solo; Solo-brita; Brita graduada
o Com aditivo
ƒ Solo melhorado com cimento; Solo melhorado com cal

- Coesiva
o Com ligante ativo
ƒ Solo-cimento; Solo-cal; Concreto rolado
o Com ligante asfáltico
ƒ Solo-asfalto; Macadame asfáltico; Mistura asfáltica

A base granular não tem coesão, praticamente não resistindo a esforços de tração, diluindo
as tensões de compressão principalmente devido a sua espessura.
A base coesiva dilui as tensões de compressão também devido a sua rigidez, que provoca o
aparecimento de uma tensão de tração em sua face inferior.

Figura 6. Base de brita graduada

Figura 7. Base de paralelepipedo


IMPRIMAÇÃO

Aplicação de asfalto diluído (CM 30 ou CM 70) de baixa viscosidade sobre a superfície de


uma base absorvente, objetivando:
- Garantir uma certa coesão superficial;
- Impermeabilizar;
- Estabelecer a ligação entre a camada subjacente ao revestimento asfáltico.

Antes de executar a imprimação, a camada subjacente deve estar regularizada, compactada


e isenta de material sólido. A taxa normalmente aplicada de asalto diluído varia de 0,9 a 1,4
l/m2. O tempo de cura é geralmente de 48 horas. A penetração do ligante deve ser de 0,5 a
1,0 cm.

Figura 8. Serviço de imprimação

PINTURA DE LIGAÇÃO

Aplicação de asfalto sobre superfície de uma base coesiva ou revestimento antigo,


objetivando garantir sua aderência com o novo revestimento a ser construído. O material
comumente empregado é a emulsão asfáltica de ruptura rápida, diluída previamente com
5% de água. A taxa de aplicação varia em torno de 1 litro/m2.
REVESTIMENTO

Rígido
- O concreto de cimento portland (ou simplesmente concreto) é constituído por uma
mistura de cimento portland + areia + agregado graúdo + água;
- Paralelepipedos rejuntados;

Figura 9. Pavimento de concreto cimento

Figura 10. Pavimento de blocos pré-moldados de concreto


Flexível
Revestimentos constituídos por associação de agregados e materiais betuminosos. Esta
associação pode ser feita de 2 maneiras: penetração ou mistura.

a) Penetração
- Invertida: executados através de uma ou mais aplicações de material betuminoso
seguida(s) de indêntico número de operações de espalhamento e compressão de
camadas de agregados com granulometrias apropriadas. Pode ser simples (capa selante),
duplo ou triplo conforme o número de camadas.

- Direta: executado através do espalhamento e compactação de camadas de agregados


com granulometria apropriada. Cada camada, após compressão é submetida a uma
aplicação de material betuminoso. A última camada recebe, ainda, uma aplicação de
agregado miúdo. O revestimento típico obtido por penetração direta é o chamado
Macadame Betuminoso. Consiste em 2 aplicações alternadas por camadas de material
asfáltico sobre agregados de tamanho e quantidade especificados.

Figura 11. Seqüência do serviço tratamento superficial


b) Mistura
O agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes da compressão. Quando o
pré-envolvimento é feito na usina denomina-se pré-misturado propriamente dito. Quando o
pré-envolvimento é feito na pista denomina-se pré-misturado na pista.

- Pré-misturado à frio - quando os agregados (um ou mais) e ligantes utilizados permitem


que o espalhamento seja feito à temperatura ambiente (embora a mistura tenha sido
feita à quente). O ligante é emulsão asfáltica ou asfalto diluído.

- Areia-asfalto à frio - asfalto diluído ou emulsão asfáltica e agregado miúdo com a


presença ou não de material de enchimento. Espalhado e comprimido à frio.

Figura 12. Execução de pré-misturado à frio


- Pré-misturado à quente - quando o ligante e o agregado são misturados e espalhados
ainda quentes. O ligante é o cimento asfáltico. A espessura da camada varia de 3 a 10
cm.
- Areia-asfalto à quente - agregado miúdo e cimento asfáltico com presença ou não de
material de enchimento. Espalhado e comprimido à quente. Espessura não deve
ultrapassar 5 cm.

- Concreto asfáltico (CBUQ) - mistura à quente, em usina, de agregado mineral


graduado, material de enchimento e cimento asfáltico, espalhado e comprimido à
quente.

Figura 13. Execução de CBUQ


TECNOLOGIAS DE PAVIMENTOS

Reciclagem de Pavimentos Asfálticos

Antes Depois

Revestimento Novo Revestimento

Base Base com o fresado

Sub-base Sub-base

Sub-leito Sub-leito

Figura 14. Incorporação à base do revestimento reciclado

Antes Depois

Revestimento Revestimento Reciclado

Base Base

Sub-base Sub-base

Sub-leito Sub-leito

Figura 15. Novo revestimento a partir utilizando revestimento reciclado


Figura 16. Usinas para reciclagem de pavimentos
Figura 17. Reciclagem de pavimentos em Fortaleza
UTILIZAÇÃO DE BORRACHA DE PNEU MOÍDO
Figura 18. Asfalto borracha
SIMULADOR DE TRÁFEGO

Figura 19. Simulador português Figura 20. Simulador francês do LCPC


(LNEC)

Figura 21. Simulador de tráfego do LTP/USP

Figura 22. Asphalt Pavament Analyzer – APA


(PETROBRAS/BR - CENPES)
Figura 23. Simulador de tráfego de campo Figura 24. Simulador de tráfego de campo (fixo)
(Fixo) para pavimentos do LCPC para pavimentos da UFRGS

Figura 25. Transporte do HVS por carreta Figura 26. Detalhe da autolocomoção
ANÁLISE DE PAVIMENTOS

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