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Técnicas de Interatividade para TV Digital

Bruno Borsato de Souza Lima, Bruno Felipe Cardoso, Gabriel Paduan Silva & Gustavo Andrade
Swerts INATEL – Instituto Nacional de Telecomunicações – Santa Rita do Sapucaí – MG – Brasil

Abstract – In order to examine how the production of II. INTERATIVIDADE NA TV


interactive content posted on Brazilian digital TV works,
II.1 Criando a Interatividade
this work comprehends the entire process from end to
end. All the steps since the tools for creation and debug, Antes de discorrer sobre interatividade na televisão, é
encapsulation and transmission of the data from the conveniente fazer uma breve introdução sobre o
broadcasting station to the final user and, finally, the funcionamento da TV Digital, pois os tópicos a serem
software present on the receiver which enables the abordados na sequência são possíveis única e
service will be covered. With highlights to the features exclusivamente no sistema digital.
and factors in favor to the use of this technology in
II.1.1 Princípios de TV Digital
relation to its competitors.
Neste novo sistema de transmissão toda a informação a ser
Resumo – De forma a analisar o funcionamento da
transmitida deve estar no formato digital, o que proporciona
produção de conteúdo interativo veiculado na TV digital
uma melhor integridade do sinal recebido em comparação
brasileira, o presente trabalho compreende todo o
com o sistema analógico. Como os sinais de áudio e o vídeo
processo de fim a fim. Serão abordados os passos desde
são analógicos, estes devem ser previamente digitalizados e
as ferramentas para criação e depuração,
comprimidos antes de serem transmitidos. A compressão
encapsulamento e transmissão dos dados desde a
reduz a taxa de dados do sinal digitalizado eliminando
emissora até o usuário final e, finalmente, o software
redundâncias e detalhes pouco perceptíveis aos olhos
presente no receptor e que possibilita o serviço. Destaca-
humanos, permitindo que até mesmo sinais em alta
se deste software, as características e fatores relevantes
definição sejam transmitidos.
ao uso desta tecnologia em relação às concorrentes.
Palavras-chave: TV Digital, interatividade, Ginga, middleware. Uma grande vantagem de se lidar com informação apenas
no formato digital é que, embora a taxa de bits permitida
I. INTRODUÇÃO pelo meio seja limitada, as técnicas de digitalização e
compressão de áudio e vídeo empregadas nos sistemas
Recentemente, em dezembro de 2007, iniciou-se a digitais permitem um ajuste arbitrário da taxa de dados
implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital utilizada para representar a informação. Assim, tornou-se
(SBTVD), trazendo consigo algumas características possível multiplexar, em um único canal, informações
inovadoras e não permitidas no sistema analógico de adicionais como, por exemplo: áudio SAP, closed captions,
transmissão. Entre elas podemos destacar a possibilidade de outro sinal de vídeo e, o alvo deste trabalho, interatividade.
multiprogramação, mobilidade e, principalmente,
interatividade. II.1.2 Geração

O advento da TV digital interativa proporciona ao Antes de o conteúdo interativo ser multiplexado no canal
telespectador diferentes maneiras de se relacionar com o digital e transmitido, ele precisa ser devidamente gerado, ou
conteúdo exibido, permitindo a compra de produtos, melhor, programado. Na sequência, ele será empacotado e
participação em enquetes e muito mais por meio do controle serializado para transmissão.
remoto. Este novo conceito que vem sendo introduzido é Tal como um programa, o conteúdo interativo precisa ser
conhecido como TV 2.0 (Designcoletivo, 2007) e, tal qual escrito segundo uma linguagem de programação pré-
na Web 2.0 (O'Reilly, 2005), propicia um cenário cada vez estabelecida que o receptor compreenda e seja capaz de
mais colaborativo, envolvendo um grande número de processar. A linguagem de programação a ser utilizada, os
usuários. Além disso, um novo modelo de negócios que recursos que estarão disponíveis e a estrutura a ser seguida
abrirá novas prospecções é o T-Commerce, nome dado ao são pontos contidos na especificação do middleware para o
comércio eletrônico realizado através da TV. qual a aplicação será desenvolvida.
A fim de que todas estas funcionalidades sejam suportadas, II.1.3 DSM-CC
uma especificação sólida, resultado de anos de trabalho e
pesquisas realizadas pela Universidade Federal da Paraíba O padrão DSM-CC (Digital Storage Media – Command and
(UFPB) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Control) é parte integrante do padrão MPEG-2 (ISO/IEC
Janeiro (PUC-Rio) foi concebida e denominada Ginga 13818-6, 1998) e foi inicialmente desenvolvido com o
(Ginga, 2006). Por contemplar um conjunto de tecnologias e intuito de controlar fontes de vídeo em rede. Desde então,
inovações brasileiras, este middleware tornou-se uma das foi evoluído e acabou por se tornar um conjunto geral de
mais avançadas especificações disponíveis e, ao mesmo protocolos para prover serviços multimídia e aplicações,
tempo, a mais adequada à realidade do país. através de uma conexão banda larga (Morris & Smith-
Chaigneau, 2005). Dentre as funcionalidades suportadas
pelo DSM-CC pode-se destacar, entre outras, o download de modelo de programação mais produtivo para os
dados, acesso a arquivos remotos, controle de feixe de mídia programadores de aplicativos.
e sincronismo com conteúdo de mídia.
Sua principal função é transportar informações e dados entre
A fim de que o usuário consiga acessar os dados programas de diferentes protocolos de comunicação,
transportados por meio do padrão DSM-CC, os plataformas e dependências do sistema operacional. É
radiodifusores utilizam um formato de envio cíclico das geralmente constituído por módulos dotados de APIs
informações, permitindo assim que a unidade receptora seja (Application Programming Interface) de alto nível que
capaz de adquirir as informações em qualquer momento, proporcionam a sua integração com aplicações
durante o período de transmissão. Esta forma de envio é desenvolvidas em diversas linguagens de programação e
conhecida como carrossel. interfaces de baixo nível, que permitem a sua independência
em relação ao dispositivo.
No DSM-CC, dois tipos de carrossel são especificados: o
carrossel de dados e o carrossel de objetos. Dentro de ambas II.3 Padrões de Middlewares mais Difundidos
as estruturas, os arquivos a serem transmitidos são divididos
II.3.1 MHP
em blocos, os quais recebem o nome de módulos. Estes
módulos são enviados em sequência e, dependendo da O middleware europeu MHP (Multimedia Home Platform) é
aplicação, alguns módulos podem ser enviados com mais um padrão aberto DVB (Digital Video Broadcasting). Com
frequência do que outros, de modo a se otimizar o acesso do estudos iniciados em 1994, a primeira versão desta
lado do cliente. especificação foi lançada em 23 de Fevereiro 2000 através
do órgão ETSI (European Telecommunications Standards
II.1.4 Multiplexação
Institute). Até o momento já foram publicadas pelo ETSI
A fim de permitir o transporte de várias informações através três diferentes versões do MHP: MHP 1.0, MHP 1.1 e, o
do mesmo canal, os sistemas de televisão digital fazem uso mais atual, MHP (ETSI TS 102 727, 2010).
de técnicas de multiplexação proporcionando um melhor
O padrão MHP oferece suporte a dois tipos de aplicações:
aproveitamento da banda disponível, embora ainda seja
DVB-HTML (declarativa) e DVB-J (procedural).
possível que uma única informação esgote a vazão do canal.
Entretanto, o desenvolvedor não precisa se prender a apenas
A multiplexação empregada é baseada na divisão do tempo uma das linguagens para o desenvolvimento, uma vez que
(TDM – Time Division Multiplexing). Embora a técnica devido a um meio virtual conhecido como ponte – a qual
adotada determine como será compartilhado o acesso ao permite a comunicação entre os aplicativos – é possível
meio, ela não especifica como os dados serão agrupados e programar conteúdos híbridos, isto é, fazendo uso de
efetivamente transmitidos. Este impasse foi resolvido com a elementos de ambas as linguagens.
introdução do padrão de transmissão e armazenamento de
II.3.2 DASE
áudio, vídeo e dados conhecido como Transport Stream
(TS), parte integrante do padrão MPEG-2 (ISO/IEC 13818- Desenvolvido pelo órgão ATSC, o middleware norte-
1, 1996). americano de TV digital DASE (DTV Application Software
Environment) foi concebido em sua primeira versão (DASE
O TS é indicado para situações que exijam rápida
nível 1 ou DASE-1) com suporte a conteúdos de natureza
sincronização do receptor com a informação e ambientes
declarativa e procedural, porém, restritos apenas à
com alta incidência de erros, cenário típico de sinal
interatividade local – uma vez que o canal de retorno não
radiodifusão. Em um TS, os feixes de áudio, vídeo e dados
estava previsto pelo sistema. Todavia, foram lançadas outras
são organizados formando unidades denominadas serviços.
duas instâncias sendo: DASE-2 e DASE-3. Estas novas
II.1.5 Apresentação versões solucionaram alguns problemas, tais como:
segurança, integração com a Internet, interação pela rede,
Uma vez irradiado o sinal de televisão, é papel do receptor
etc.
(Set-top Box) apresentar este sinal na tela para o usuário
final. Para fazê-lo, é preciso antes sintonizar o sinal II.3.3 ARIB
transmitido na frequência correta do canal e demodulá-lo.
O middleware do padrão japonês ISDB-T recebeu o mesmo
Após este processo, o receptor tem disponível uma
nome da organização pela qual foi padronizado: ARIB
estimativa do sinal de entrada do transmissor da emissora de
(Association of Radio Industries and Broadcast). Assim
televisão. Na sequência, é preciso extrair (demultiplexar) do
como nos outros sistemas, esta especificação oferece suporte
TS o serviço presente em sua estrutura (bem como os dados
aos ambientes declarativo e procedural, utilizando,
referentes a ele) e encaminhar os feixes de áudio e vídeo
respectivamente, as linguagens BML (Broadcast Markup
para os seus respectivos decodificadores. Caso uma
Language) e Java. Contudo, não é possível estabelecer uma
interatividade esteja presente, seus dados são encaminhados
ponte entre aplicativos utilizando linguagens diferentes.
para o middleware instalado no receptor para a correta
decodificação e apresentação. Por outro lado, destaca-se neste padrão o suporte ao
conteúdo interativo em plataformas móveis e portáteis de
II.2 Definição de Middleware
recepção do sinal de TV digital. Tal característica não está
Middleware é um termo que se refere aos sistemas de presente em nenhum outro padrão discutido anteriormente,
software que rodam entre as aplicações e o sistema sendo este um dos fatores relevados durante a análise das
operacional. O objetivo do middleware é facilitar o possíveis opções para a escolha do SBTVD.
desenvolvimento de aplicações, assim como fornecer um
III. GINGA semelhante, mas rodando um sistema operacional diferente,
o “porte” ainda assim é necessário, devido à
Desenvolvido e adotado pelo padrão de televisão digital
incompatibilidade de drivers e particularidades entre
brasileira, o middleware Ginga pode ser subdividido em:
sistemas.
Ginga-NCL, Ginga-J e Ginga Common Core.
IV. FERRAMENTAS DE EDITORAÇÃO
III.1 GINGA-NCL
Para a elaboração de um software, é necessária a utilização
Sendo a inovação totalmente brasileira do SBTVD e o único
de, pelo menos, uma linguagem de programação, que por
ambiente obrigatório em receptores portáteis (Cruz, 2008),
sua vez executará toda uma lógica (algoritmo) que o
Ginga-NCL é o subsistema lógico do middleware Ginga
desenvolvedor utilizou para a criação do seu programa. Para
responsável pelo processamento de documentos NCL, sendo
a interatividade digital, duas são as linguagens de
elas, aplicações puramente declarativas ou não.
programação utilizadas atualmente: Java e NCL (Nested
III.2 GINGA-J Context Language – Linguagem de Contexto Aninhado).
Construído de forma compatível com o middleware MHP IV.1 JAVA
(Damasceno, 2008) (seção 2.3.1), Ginga-J é o ambiente
Java foi uma linguagem criada com a intenção direta para o
imperativo que suporta Xlets (nome dado a aplicações
desenvolvimento orientado a objetos. Esta característica
criadas com a linguagem Java).
proporciona velocidade na elaboração e manutenção do
Ele se divide em três módulos: API Núcleo Ginga-J, API código, maior segurança no tratamento dos dados
Específica Ginga-J e Máquina Virtual Java, os quais compartilhados e maior facilidade na reutilização do
definem as inovações do padrão brasileiro, a ponte entre programa.
aplicativos Java e NCL, além da compatibilidade com o Java é escrito na forma procedural, o que advém do conceito
middleware europeu. de chamadas de procedimentos, também conhecidas como
métodos, funções, rotinas e sub-rotinas.
III.3 GINGA-CC
IV.2 NCL
O Ginga Common Core é uma camada base que contém
módulos comuns a ambas as máquinas anteriores: Ginga- Ao contrário de Java, NCL não é compilável, sendo definida
NCL e Ginga-J. como uma linguagem declarativa, onde cada procedimento
(tag) em seu código descreve o que vai acontecer e não
O sistema de camadas do middleware Ginga garante que
como funciona. A linguagem NCL veio para suprir a
apenas o Ginga-CC possa sofrer alterações mediante
necessidade da criação de documentos hipermídia adotando
modificações da plataforma de hardware onde o middleware
o modelo NCM (Nested Context Model – Modelo de
se encontra embarcado. Isso proporciona além de uma Contexto Aninhado).
abstração de hardware uma abstração também na plataforma
de software (acessível através de APIs). O modelo conceitual NCM tem a função de aumentar o
poder e flexibilidade de um documento hipermídia,
III.4 Implementações do Ginga apresentando os conceitos estruturais, de eventos e
relacionamentos entre os dados, tendo forte atuação em sua
A TV digital estreou no Brasil no dia 2 dezembro de 2007, representação e tratamento.
mas apenas em julho de 2008, é que foram aparecer os
primeiros modelos de receptores equipados com middleware NCL pode ser utilizada junto com sua linguagem script,
Ginga. No inicio de 2010 foram lançados os primeiros Lua, para que juntas possam proporcionar mais recursos ao
televisores que, além do conversor digital, também programador na elaboração de suas implementações.
contavam com capacidades interativas já integradas no
IV.2.1 Lua
aparelho.
A linguagem de extensão Lua, do tipo script, é imperativa e
No caso dos dispositivos portáteis e telefones celulares, o procedural, utilizada no interior de outras linguagens para
lançamento do primeiro modelo comercial equipado com o que possa expandir aplicações. Como a linguagem raiz não é
middleware brasileiro foi em julho de 2010.
capaz de realizar as ações de execução de aplicações
multimídias e tratamento de dados através da interação com
III.5 Portando o Ginga o usuário, é necessário que se faça uso da inserção de scripts
Os fabricantes de receptores têm liberdade para escolher os (Tavares, 2009).
elementos do seu hardware e dimensioná-los segundo o IV.3 ECLIPSE e NETBEANS
desempenho e funcionalidade desejado para o equipamento.
Eclipse e NetBeans são ambientes de desenvolvimento
Em vista das peculiaridades do hardware que equipa cada integrado (IDE – Integrated Development Environment –
receptor, surge a necessidade de “portar” o middleware. Ambiente de Desenvolvimento Integrado) que
Como cada aparelho utiliza um processador baseado em um proporcionam ao programador a codificação de várias
núcleo diferente e com um set de instruções incompatível linguagens em uma única ferramenta. Isto é possível graças
com outras arquiteturas, seções do código fonte do ao fato destes softwares aceitarem a instalação de serviços
middleware precisam ser reescritas ou adaptas para rodar agregados, denominados plug-ins.
apropriadamente em cada receptor. Além disso, se um
equipamento estiver equipado com um hardware
Estas IDEs apresentam importantes características que disponibilizar, para os mais variados profissionais que
concede ao desenvolvedor uma maior agilidade na trabalham com interatividade, meios de agilizar e facilitar a
codificação e na procura e manutenção de erros. criação e difusão de aplicativos e conteúdos. Desta forma,
contribuiu-se para a compreensão da cadeia de transmissão e
IV.4 COMPOSER
recepção da interatividade, evidenciando o transporte da
A ferramenta de editoração de programas interativos aplicação até o receptor do telespectador e sua apresentação
Composer, criada pelo Laboratório TeleMídia (Neto, Soares, na tela da TV.
Rodrigues, & Barbosa, 2007), pertencente ao departamento
de informática da Universidade Pontifícia Católica do Rio VI. REFERÊNCIAS
de Janeiro (PUC-RJ), proporciona para o desenvolvedor a
Ginga. (2006). Acesso em 11 de Agosto de 2010, disponível
facilidade de criação de softwares com pouca ou nenhuma
em Ginga Digital TV Middleware Specification:
experiência em linguagem NCL.
http://www.ginga.org.br/
IV.5 NCL ECLIPSE
(2007). Acesso em 15 de Agosto de 2010, disponível em
O NCL Eclipse é um plug-in desenvolvido para a IDE Designcoletivo:
Eclipse com a mesma função da visão de desenvolvimento http://www.desigcoletivo.com/tecnologia/tv-digital-tv-20
textual oferecido pelo Composer, porém, apresenta
Cruz, V. M. (2008). Ginga-NCL para Dispositivos
facilidades como: cor diferenciada em palavras reservadas,
Portáteis. Rio de Janeiro.
marcação de erros, marcação de variáveis, execução e
compilação, auto complete e organização. Damasceno, J. R. (2008). Middleware Ginga. Niterói.
Os usuários desta ferramenta, ao contrário do Composer, ETSI TS 102 727. (2010). Digital Video Broadcasting
necessitam ter o domínio da linguagem NCL, visto que, todo (DVB); Multimedia Home Platform (MHP) Specification
o desenvolvimento é feito em linhas de código, sem opção, 1.2.2.
até o momento, da utilização do desenvolvimento visual.
ISO/IEC 13818-1. (1996). Information technology - Generic
IV.6 GingaRAP e GingaFrEvo coding of moving pictures and associated audio
information: Systems.
Para atender as necessidades do mercado de TV digital,
composto por emissoras, estúdios e empresas especializadas, ISO/IEC 13818-6. (1998). Information technology - Generic
o projeto GingaFrEvo (Framework de Evolução) e coding of moving pictures and associated audio information
GingaRAP estão em fase final de desenvolvimento. - Part 6: Extensions for DSM-CC.
IV.6.1 GingaRAP Morris, S., & Smith-Chaigneau, A. (2005). Interactive TV
Standards: A Guide to MHP, OCAP, and JavaTV. Focal
Ferramenta para desenvolvimento de aplicações tanto para o
Press.
lado do cliente (telespectador) quanto para o lado servidor
(emissoras e estúdio), apresentando os seguintes projetos em Neto, C., Soares, L., Rodrigues, R., & Barbosa, S. (2007).
sua composição: GingaSuite e GingaWaC (Watching and Construindo Programas Audiovisuais Interativos Utilizando
Commenting Paradigm - WaC). a NCL 3.0 e a Ferramenta Composer. Rio de Janeiro:
TeleMídia.
IV.6.2 GingaFrEvo
O'Reilly, T. (2005). What is Web 2.0. Acesso em 13 de
O projeto GingaFrEvo tem como objetivo preparar o
Agosto de 2010, disponível em O'REILLY:
middleware Ginga para adaptações que podem surgir em
http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.html
função de futuras tecnologias, sendo dividido em:
GingaMPB, GingaCDN, GingaForAll e GingaAiyê. Tavares, L. A. (2009). Desenvolvendo Aplicações para TV
Digital em NCL e Lua. Santa Rita do Sapucaí.
V. CONCLUSÃO
Em um primeiro momento, este documento abordou as
evoluções dos sistemas de transmissão televisiva no Brasil,
desde sua versão analógica até a digital, com o intuito de
embasar o leitor para os conceitos de interatividade. Na
sequência, os middlewares já implantados no mundo foram
brevemente discutidos antes de focar o Ginga. O
middleware brasileiro em relação ao middleware europeu
MHP, ao americano DASE e ao japonês ARIB, apresentou
inovações relevantes através de uma concepção de camadas
mais bem definidas e pouco acopladas. Outra vantagem
percebida está no atendimento das necessidades nacionais de
inclusão digital da população, assim como a utilização das
linguagens de programação Java, NCL e Lua.
Por fim, constatou-se também a profunda preocupação por
parte dos criadores do middleware brasileiro em

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