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CÂMPUS DE PALMAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
2021
Palmas/TO 2021
A visão de Hans Jonas é de apresentar a ética antropocêntrica para transformar em
uma ética do bem comum, do humano e o extra humano, onde se defende uma condição
de cuidar com responsabilidade para que gerações futuras possam existir, partem para
defesa de quem não pode se defender.
Entre as fronteiras das cidades e da natureza existe uma longa briga por território
onde todo momento as cidades se expandem, diminuindo o espaço que a natureza tem e
empurrando os animais para mais dentro das florestas e até diminuindo sua população.
O imperativo diz que arriscar a nossa própria vida, mas não a humanidade. A ação
deve existir de modo que possa ser concebida, sem contradições, com um exercício geral
da humanidade. Além disso, é evidente que nosso imperativo se volta muito mais à
política pública do que a conduta privada. Onde o imperativo categórico de Kant era
voltar para o próprio individuo, e seu critério era momentâneo.
Em seu primeiro subtópico o autor deixa explicito aquilo que define a ética da
consumação no mais-além, isto é, o presente seria apenas uma preparação para o futuro,
sendo que para chegar neste, deve-se ter como ideal uma vida que agrade a deus, para
somente assim chegar-se à felicidade eterna. No segundo, o qual aborda a
responsabilidade do estadista com o futuro, Jonas diz que para gerir um estado e se obter
o sucesso, o futuro deste deve ser planejado sem idealismos, para isso deve-se levar em
conta apenas o melhor possível do presente, requerendo assim uma sabedoria estável do
estadista. No terceiro, definido como utopia moderna, ele defende que o agir ocorre em
função de um futuro que não será usufruído por aqueles do presente, e afirma o Marxismo
como sendo a “ética do futuro”, pois este preenche aos requisitos necessários para tal.
Para Hans Jonas a máxima deve ser “Aja de modo que os efeitos da tua ação não
sejam destrutivos para a possibilidade futura de uma tal vida”. Essa frase materializa o
conceito do Princípio Responsabilidade de Jonas que contempla as gerações futuras; a
ação coletiva; as consequências da ação do presente para o futuro; e a responsabilização
do indivíduo-coletivo acerca das suas ações. As questões éticas levantadas no presente
artigo são profundas e nos conduzem à reflexão e ação urgentes no campo da filosofia
moral. A funcionalidade social do tema nos conduz para o fortalecimento da necessidade
de uma ética do futuro, pois se hoje, diferentemente de pouco tempo atrás, temos a
possibilidade de manipular o comportamento do indivíduo, o que conseguiremos fazer,
sem a normatização moral e a reflexão ética, num futuro breve.
Ao tornar o princípio responsabilidade o seu imperativo ético, Jonas está pensando
tanto no perigo da pura e simples destruição física da humanidade quanto na sua morte
essencial, aquela que advém da desconstrução e da aleatória reconstrução tecnológica do
ser humano e do ambiente.