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Origem do Estado

1. A natureza: filósofos antigos, principalmente Aristóteles.

2. Deus: filósofos medievais, principalmente Agostinho.

3. os homens: filósofos modernos, principalmente os


contratualistas, exemplo, Hobbes.
Thomas
Hobbes
(1588-1679)
Contexto histórico

1. O sec. XVII foi marcado pelo


antagonismo entre a coroa,
família Stuart (absolutismo) e
o parlamento (liberalismo).

2. Isso acarretou na revolução


puritana que acabou em
1649 com a execução de
Carlos I e a implantação da
república na Inglaterra.
Biografia

1. Thomas Hobbes nasceu na Inglaterra, na aldeia de


Westport, adjacente a Malmesbury, no Wiltshire, em
1588.

2. De família pobre, filho de um clérigo semiletrado, muito


cedo deixou de contar com a assistência paterna.
Biografia
1. Aos sete anos, Hobbes foi recebido como pupilo por
Robert Latimer, preceptor versado na cultura clássica e
que lhe proporcionou sólidos conhecimentos de latim e
grego.

2. Em 1603 ingressou no Magadalen Hall, em Oxford. Tinha


então catorze anos. De um ponto de vista convencional,
sua passagem pela universidade não revelou um
estudante que pudesse ser considerado dos mais
brilhantes.
Biografia

1. Teve contato com Francis Bacon (1561-1626), do qual


foi secretário entre 1621 e 1626.

2. Em 1629, teve a oportunidade de ler, na Suíça, os


Elementos de Geometria, de Euclides (século III a.C.),
obra fundamental para os grandes racionalistas do
século XVII.
Biografia

1. Em 1634/37 entrou em contato com o Padre Mersenne,


amigo e correspondente de Descartes (1596-1650) e
conheceu Galileu (1564-1642), na Itália.

2. A revolução puritana acabou com a decapitação do rei


Inglês Carlos I e a fundação da república sobre a
liderança totalitária de Oliver Cromwell (1599-1658).
Biografia
1. Hobbes escreveu o “Leviatã”
diante de uma realidade de um
estado ditador que seria o de
Oliver Cromwell.

2. Com a morte de Cromwell, sua


república entra em crise (1660) e
novamente se instaura a
monarquia com a família Stuart
que durou até 1680.

3. Hobbes faleceu em Hardwick, em


1679, dez anos antes do triunfo
das ideias liberais das quais fora
ferrenho adversário.
Estado de natureza
1. Termo próprio dos contratualistas que faz referência a
um período de convivência humana anterior à existência
do Estado.

2. Os contratualistas defendem que o Estado, o poder e a


justiça se originam mediante um contrato (um acordo)
entre os cidadãos de determinado país.
Estado de natureza

1. Na convivência humana
no estado de natureza,
se revela a verdadeira
natureza do homem.

2. Para Hobbes sem as


regras do Estado o ser
humano tem direito a
tudo.
Guerra de todos contra
todos
1. Do direito a tudo gera a
insegurança, angústia e
medo da convivência com o
outro, o que leva a uma
disposição para o ataque,
como meio de defesa.

2. Como o homem é igual a


outro homem, o semelhante
se torna a sua principal
ameaça, daí a frase: o
homem é o lobo do homem.
1. Só com a possibilidade de refrear essa liberdade total é
possível sair do estado de natureza de guerra de todos
contra todos. E assim desenvolver a indústria, a
agricultura, a navegação, a ciência e o conforto dos
indivíduos.
Contrato social
1. Quando todos renunciam à sua liberdade total e a
transferem para uma assembleias de homem ou a um
homem como seu representante se estabelece um pacto
ou contrato social.

2. Esse governante tem poder absoluto, isto é, total e


ilimitado.

3. Ele concentra os poderes legislativo, executivo e


judiciário. (diferente do que pensa Montesquieu
(1689-1755) e mesmo Aristóteles)
Referências

1. Hobbes, Thomas. Leviatã.

2. Aranha, 2016, p. 248, 270.


Exercícios

1. Na letra da canção Língua, Caetano Veloso cita Hobbes


indiretamente, quando diz: “Sejamos o lobo do lobo do
homem.”.

a) Explique qual era a frase de Hobbes e o que significava.

b) Analise um possível significado do verso de Caetano


Veloso.
Exercícios
2 Leia a citação e responda às questões.

“Hobbes começou a desenvolver sua concepção de soberania do Estado em seu De cive


de 1642, mas foi no Leviatã de 1651 que ele proporcionou a apresentação definitiva de
seus argumentos. Lemos ali que o Estado ou comunidade ‘é uma pessoa, de cujos atos
uma grande multidão […] fez de cada um de seus membros autor’ e que ‘aquele que leva
esta pessoa é chamado soberano’. É aqui, em suma, que encontramos pela primeira vez
a afirmação […] de que o Estado é o nome de uma pessoa artificial ‘levada' ou
representada por aqueles que detêm poder soberano, e que seus atos de representação
são tornados legítimos pelo fato de serem autorizados por seus próprios súditos.”

SKINNER, Quentin. Liberdade antes do liberalismo. São Paulo: Editora Unesp, 1999. p.
17-18.

a) Qual é o conceito de Estado desenvolvido por Hobbes?

b) O que garante a legitimidade do Estado?

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