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UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina

Aluno: Gustavo Henrique Brandes e Lucas Zeh Cordeiro

ÉTICA PROFISSIONAL TRABALHO 8

Questão 1)​ O primeiro motivo é a doutrina cristã da salvação, mesmo que não tenha uma
base filosófica. O segundo motivo é que mesmo não sendo filosófica, não deixará de haver,
no seio do cristianismo, lugar para o exercício da razão. O terceiro motivo está ligado aos
dois primeiros que não há nada mais esclarecedor para se compreender a filosofia do que
compará-la ao que ela não é e ao que ela se opõe radicalmente. O quarto motivo está
ligado a uma confrontação entre a da filosofia grega e o cristianismo, que com ideias
contrárias, possibilita entender novos horizontes.

Questão 2)​ O mais fundamental de todos: o logos(divino) que, como vimos, para os
estóicos se confundia com a estrutura impessoal, harmoniosa e divina dos cosmos, já para
os cristãos vai se identificar com uma pessoa do singular, o Cristo.

Questão 3)​ Uma lógica diferente do que pertence à reflexão e a razão: não se trata de
argumentar a favor ou contra a existência de um Deus que se fez homem, tal argumentação
excede a razão e se mostra impossível. Mas é primordial, tratar-se de testemunhar e crer
em Cristo, sendo isso possível através da fé.

Questão 4) ​ "Os bem-aventurados os pobres de espírito", diz o Cristo nos Evangelhos, pois
eles acreditarão e verão a Deus. Já aos "inteligentes", os "soberbos" passaram com orgulho
e arrogância, à margem do essencial, assim somente aqueles que crêem em Cristo através
da fé alcança o cristianismo.

Questão 5)​ Para os judeus, porque um Deus fraco que se deixa martirizar e pregar na cruz
sem reagir sendo contrária a imagem do Deus deles, cheio de poder e cólera. Para os
gregos, porque uma encarnação tão medíocre contradiz a grandeza do logos tal como a
conceber a "sabedoria do mundo" dos filósofos estóicos.

Questão 6) ​Um lado da humildade pode se dizer "objetiva", de um logos divino, que fica
reduzido a Jesus, ao estatuto de modesto ser humano(o que parece muito pouco para os
gregos). Já o outro lado da humildade "subjetiva" de nosso próprio pensamento que é
obrigado pelos crentes a "se soltar", a abandonar a razão para ter confiança, para dar lugar
à fé.

Questão 7) ​É preciso dizer que não e sim. Não, na medida em que as mais altas verdades
são no cristianismo, quer dizer verdades transmitidas pela palavra de um profeta, o Cristo. É
a esse título que podemos dizer que não há mais lugar para a filosofia no seio do
cristianismo. Já em outro sentido, podemos afirmar que resta uma atividade filosófica cristã,
embora num lugar secundário, na qual as parábolas de Cristo, exigem um esforço de
reflexão e inteligência para compreendê-las profundamente.
Questão 8) ​A atividade do filósofo cristão se torna cada vez mais importante, pois ela levará
a elaboração daquilo que os teólogos vão chamar de "provas da existência de Deus", na
qual vão mostrar que é preciso admitir que existe um criador inteligente de todos essas
maravilhas.

Questão 9) ​O cristianismo traz que a humanidade é uma e os homens são iguais em


dignidade. Na qual essa igualdade vem de algum lugar e é muito importante compreender
como essa ideia trazia o nascimento de um novo mundo.

Questão 10)​ A ideia de uma igual dignidade dos seres humanos vai levar a fazer da
humanidade um conceito ético de importância primordial. Com ela, a noção grega de
“bárbaro” — sinônimo de estrangeiro — tende a desaparecer em benefício da convicção de
que a humanidade é UNA, ou não existe. No jargão ëlosóëco, e aqui ele ganha todo o
sentido, pode-se dizer que o cristianismo é a primeira moral universalista.

Questão 11) ​As civilizações que não conheceram o cristianismo têm dificuldade em dar à
luz regimes democráticos, porque a ideia de igualdade, em especial, não é evidente para
elas.

Questão 12) ​É Porque o cristianismo concede esse enorme lugar à consciência, ao espírito,
mais do que à letra, que ele não vai impor praticamente nenhuma juridicidade à vida
cotidiana.

Questão 13) ​Teólogos cristãos escreveram “apologias” da religião, quer dizer, espécies de
defesas dirigidas aos imperadores romanos, a ëm de proteger a comunidade dos rumores
que pesavam sobre o culto.

Questão 14) ​O destino implacável e cego dos Antigos cede lugar à sabedoria benigna de
uma pessoa que nos ama como pessoa, nos dois sentidos da expressão. É assim que o
amor se torna a chave da salvação.

Questão 15) ​Como qualquer ser humano, o Cristo chora quando ëca sabendo que seu
amigo morreu — o que Buda nunca se permitiria fazer. Ele chora porque, tendo assumido a
forma humana, experimenta em si a separação como um luto, um sofrimento. Mas ele sabe,
é claro, que logo vai reencontrar Lázaro, porque o amor é mais forte do que a morte.

Questão 16) ​“amor-apego”: é o que experimentamos quando nos sentimos, como se diz tão
bem, ligados a alguém a ponto de não poder imaginar a vida sem esse alguém. Pode-se
conhecer esse amor tanto em relação à família quanto em relação a alguém por quem nos
apaixonamos.

“compaixão”: é o que nos leva a cuidar até daqueles que não conhecemos quando estão
em desgraça, o que vemos ainda hoje tanto nos gestos da caridade cristã quanto no
universo, embora muitas vezes ateu, da ação caridosa ou, como se diz, “humanitária”.

Em seguida, a igual distância dessas duas faces do amor, há o “amor em Deus”. Ora, é ele
e apenas ele que vai ser a fonte última da salvação, é ele e apenas ele que, para os
cristãos, vai se revelar mais forte do que a morte.
Questão 17) ​A ressurreição, não apenas a das almas, mas a dos corpos singulares, das
pessoas como tais.

Questão 18) ​A personalização do logos muda todos os dados do problema. Se as


promessas que são feitas pelo Cristo, esse Verbo encarnado, que testemunhas ëdedignas
viram com seus próprios olhos, são verídicas, se a providência divina me assume enquanto
pessoa, por mais humilde que seja, então, minha imortalidade será também pessoal. É
então a própria morte, e não apenas os medos que ela provoca em nós, que ënalmente é
vencida. A imortalidade não é mais a do estoicismo, anônima e cósmica, mas a individual e
consciente da ressurreição das almas acompanhadas de seus corpos “gloriosos”. Essa é a
dimensão do “amor em Deus” que vem conferir um sentido último à revolução operada pelo
cristianismo nos termos do pensamento grego. É esse amor, que se encontra no seio da
nova doutrina da salvação, que se revela, ao final, “mais forte do que a morte”.

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