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MÓDULO 05 – ZOOLOGIA

AULA 1 – REINO ANIMAL: INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA

São características dos animais:

- Grande diversidade.
- Eucariontes.
- Multicelulares (ou pluricelulares).
- Heterotróficos (por ingestão).
- Aeróbicos (apesar de alguns realizarem anaerobiose).
- Exceto os poríferos (esponjas), possuem tecidos verdadeiros.
- Presença da blástula no desenvolvimento embrionário.
- Reprodução sexuada (mas alguns fazem também reprodução assexuada).
- Não possuem clorofila.
- Não possuem celulose.
- Reserva de açúcar em forma de glicogênio.
- Podem apresentar celoma.

Te liga: a vida surgiu na terra a 3,5 bilhões de anos atrás. Os primeiros organismos eram semelhantes aos
procariontes atuais, e isso continuou durante aproximadamente três bilhões de anos. Apenas entre 580 e
560 milhões de anos atrás surgiram os organismos multicelulares, que levaram mais milhes de anos para
evoluir. Veja que nossa espécie surgiu a aproximadamente 300 mil anos atrás. Somos bebê na escala
evolutiva. Falaremos mais sobre isso nas aulas de evolução.
Veja na imagem a baixo, os filos do reino animal e, na sequência, alguns conceitos importantes dentro da
zoologia. No final da aula, voltaremos a discutir essa imagem.

Dica: é importante você lembrar da aula de embriologia.

Os animais podem ser classificados de acordo com o número de camadas germinativas (folhetos
embrionários).

- Diblásticos: animais que possuem dois folhetos embrionários, a ectoderme e a endoderme. Exemplo:
apenas os Cnidários (águas-vivas).
- Triblásticos: animais que possuem três folhetos embrionários, a ectoderme, a mesoderme e a
endoderme. Exemplo: todos os outros animais, exceto os poríferas (poríferas não possuem folheto
embrionário).

Blastóporo
Cada folheto embrionário irá originar diferentes tecidos (e órgãos), veja a tabela:

Outra classificação importante é quanto o que será originado a partir do orifício do embrião chamado de
blastóporo (veja a aula de embriologia), veja a classificação:

- Protostômio: o blastóporo origina primeiramente a boca (ou orifício semelhante a boca). Exemplo:
anelídeos, artrópodes e moluscos.
- Deuterostômio: o blastóporo origina primeiramente o ânus e depois a boca. Exemplo: equinodermos e
cordados, apenas.
Uma novidade evolutiva nos animais foi o surgimento de cavidades corporais preenchidas por fluidos da
mesoderma, o que permite padrões de locomoção mais desenvolvidos, ou de esqueletos hidrostáticos
(preenchido por líquido, permitindo a sustentação e movimentação de alguns animais). De acordo com
essa cavidade os animais podem ser classificados em celomados, pseudocelomados ou acelomados.
- Celomados: possuem celoma verdadeiro, a cavidade é revestida completamente pela mesoderma.
- Pseudocelomado: animais que possuem uma cavidade, mas ela não é revestida completamente pela
mesoderma.
- Acelomados: animais que não possuem cavidade entre os folhetos, são quase maciços.

Os animais podem ser classificados de acordo com a simetria corporal. Podem ser assimétricos ou
simétricos.

- Assimétricos: não possuem simetria, corpo cresce sem um padrão. Exemplo: poríferos.

- Simétricos: existe um padrão de desenvolvimento, existem dois tipos de simetria, radial ou bilateral.

- Simetria radial: um eixo imaginário longitudinal pode dividir o animal de várias maneiras
diferentes, mantendo as partes divididas iguais. Exemplo: cnidários.
- Simetria bilateral: pode ser dividido em duas metades iguais, em apenas um plano. Exemplo:
nossa espécie, uma planária ou um caranguejo.

Outras classificações:

Reprodução: todos os animais fazem reprodução sexuada, mas alguns também fazem reprodução
assexuada.

Fecundação: pode ser interna ou externa.

Quanto ao sexo dos animais: podem ser monóicos (hermafroditas) ou dióicos, quando existe o macho e a
fêmea.

Cefalização: é a tendência evolutiva de manter órgãos do sentido na região anterior do corpo.

Segmentação ou metameria: o corpo é organizado em segmentos iguais ou semelhantes, os chamados


metâmeros. Para lembrar, imagine uma minhoca.

Sistema esquelético: os animais podem ter esqueleto hidrostático (sustentação pela água), exoesqueleto
(esqueleto externo, como nos artrópodes) e endoesqueleto (esqueleto interno), como nos cordados.

Quanto ao sistema digestório: pode ser completo (boca e ânus) ou incompleto (apenas boca). Alguns
animais não possuem sistema digestório.

Sistema circulatório: pode ser fechado (sangue passa somente dentro de vasos sanguíneos) ou aberto,
quando o sangue passa por vasos sanguíneos, mas passar também por cavidades no corpo. Alguns animais
não possuem sistema de circulação, nesse caso o transporte de nutrientes e gases se dá por difusão.
Sistema respiratório: pode ser respiração cutânea (pela pele), branquial (por brânquias) pulmonar (por
pulmões), traqueal (por traquéias) ou nenhum tipo.

Sistema excretor: pode ser por protonefrídeos (“rins” primitivos), canais excretores, metanefrídeos,
glândulas antenais e coxais, túbulos de Malpighi ou rins.

Substâncias excretadas: pode ser amônia, uréia ou ácido úrico. Nesse caso os animais podem ser:
amoniotélicos (excretam principalmente amônia), ureotélicos (excretam principalmente uréia) e
uricotélicos (excretam principalmente ácido úrico).

Ancestral dos animais: os animais evoluíram a partir de protozoários, que passaram a viver em colônias e
depois de milhões de anos deram origem aos poríferos, os primeiros animais. Outro ramo seguiu o
processo evolutivo originando os outros grupos animais.

Veja novamente a imagem anterior e entenda melhor o que surgiu em cada grupo animal:

Todas essas classificações serão explicadas em cada grupo animal. Iremos estudar do mais primitivo ao
mais derivado.
AULA 02 – PORÍFEROS

Os poríferos são os animais mais primitivos, são representados pelas esponjas.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

- Apresentam poros no corpo.

- São aquáticos (maioria marinha).

- Não possuem tecido verdadeiro.

- A célula mais importante no grupo é o coanócito (bizu saber).

- Na fase adulta vivem presos a um substrato (sésseis).

- Grande capacidade de regeneração.

- Maioria é assimétrico. Os poucos que possuem simetria é do tipo radial.

- Como estão fixos em um substrato, não buscam seu alimento e são, portanto, filtradores.

- Durante a filtração a água passa por um sistema de poros e canais em sua estrutura corporal. O que
possibilita a troca gasosa, absorção de nutrientes e liberação de excretas nitrogenadas.
ESTRUTURA CORPORAL

- Maioria das células são totipotentes.

- Possuem uma cavidade central chamada de átrio ou espongiocele.

- Possuem uma abertura superior, chamada de ósculo.

- A espongiocele é revestida por células chamadas de coanócicos, que possuem um flagelo. São essas
células as responsáveis pela movimentação constante da água pela esponja. A água entra pelo poro, passa
pela espongiocele e sai pelo ósculo. Perceba que é em apenas um sentido – unidirecional. Os coanócitos
também fazem a digestão, que é intracelular.

- O movimento da água ocorre pelo movimento do flagelo dos coanócitos.

Existem três tipos de esponjas, classificadas de acordo com a dispocisão corporal de suas câmaras e
canais internos, áscon, sícon e lêucon:
ÁSCON SÍCON LÊUCON

Áscon; forma mais simples, os poros conduzem a água diretamente para a espongiocele.

Sícon: possuem um sistema complexo de canais internos, sua parede do corpo possui dobras.

Lêucon: sistema interno de câmaras muito ramificado, a espongiocele é bastante reduzida.

AS ESPONJAS SÃO REVESTIDAS POR TRÊS CAMADAS DE CÉLULAS:

- A mais externa (pinacoderme): formada basicamente por células achatadas e muito unidas, os
pinacócitos. Possui também células em forma de anéis formando os pequenos poros por onde a água
entra.

- A camada mais interna (coanoderme): formada pelos coanócitos, as células que possuem flagelo
envolvido por um colarinho, que permitem a circulação da água. Essas células também absorvem os
nutrientes e fazem a digestão intracelular (dentro dos coanócitos).

- A camada central (meso-hilo): podem apresentar células móveis chamadas de amebócitos, juntamente
com um esqueleto de sustentação formado por espículas (formada por carbonato de cálcio ou sílica).
Nessa camada também podem apresentar redes de fibras de colágeno (espongina).
Resumo das funções das células dos poríferos:

Pinacócitos:

- Achatadas
- fazem o revestimento externo
Coanócitos:

- Células flageladas
- Revestimento interno das esponjas.
- Permitem a movimentação da água.
- Atuam na digestão.

Amebócitos:

- Células amebóides que se deslocam dentro dos poríferos.


- Atuam no crescimento e regeneração.
- Produzem as espículas.
- Formam os gametas.
- Distribuem nutrientes.
- Levam as excretas para a espongiocele.
Porócitos:

- São as células que formam os poros.

Espículas: não são células, atuam na sustentação da esponja (esqueleto)


CLASSIFICAÇÃO DOS PORÍFEROS:

- Formados por três classes – Calcarea, Demospongiae e Hexactinellida.

Calcarea: todas marinhas, espículas de carbonato de cálcio*, tamanho pequeno. Podem ter as três
formações corporais.

Demospongiae: maioria marinha. Possuem espículas silicosas, fibras de espongina ou ambas. Maioria
assimétrico. Podem ser muito pequenas, mas algumas espécies atingem até dois metros. Maioria com
formação leuconoide e meso-hilo espesso.
Hexactinellida: todas são marinhas, podem possuir simetria radial, vivem em grandes profundidades e são
pequenos. Possuem espículas silicosas, quase sempre apresentando seis raios (daí o nome).

REPRODUÇÃO DAS ESPONJAS:

Assexuada:

- Brotamento.

- Regeneração.

- Algumas esponjas de água doce podem gerar uma forma de resistência, chamada de gêmula.
Sexuada:

- Maioria das espécies é monóica (hermafrodita).

- Fecundação pode ser interna ou externa.

- Os gametas masculinos e femininos são formados pelos amebócitos.

- Os gametas masculinos, capturados pelo sistema de circulação da esponja, ao encontrarem os gametas


femininos fazem a fecundação.

- Após a fecundação é formado o embrião e gera uma larva ciliada, chamada de anfiblástula – em
algumas esponjas pode ser chamada de parenquímula.

AULA 03 - CNIDÁRIOS

São representados pelas anêmonas-do-mar, corais, caravelas, águas-vivas e hidras.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

- Possuem tentáculos.
- São diblásticos.

- Dois tecidos verdadeiros: gastroderme (deriva da endoderma) e a epiderme (deriva da ectoderma). Entre
esses dois tecidos existe a mesogléia (derivada da ectoderma), composta por um material gelatinoso.

- Acelomados.

- Sistema nervoso difuso.

- Maioria marinha, alguns de água doce.

- Sistema digestório incompleto (apenas boca).

- Digestão extra e intracelular.

- Sistema respiratório, excretor e circulatório ausentes. Trocas feitas por difusão.

- Algumas podem se organizar em colônias ou viverem solitárias.

- Simetria radial.
- Uma característica marcante (bizu para prova) é uma célula especializada, chamada de cnidócito (ou
cnidoblasto), responsável pela inoculação de veneno.

- Nos cnidócitos, existe uma estrutura chamada de nematocisto, que permite a liberação do veneno. Essas
células estão presentes principalmente nos tentáculos dos cnidários.

- Cnidócitos atuam na defesa ou na captura de presas.

- São os nematocistos que ao tocarem nossa pele, geram a sensação de queimadura.


ESTRUTURA DO CORPO

- Podem ter basicamente duas formas: pólipos e medusas

- Pólipo é séssil, medusa é livre.


- Gastroderme vem do folheto
- A cavidade gastrovascular (celêntero) é onde ocorre a
endoderma.
digestão extracelular.
- Epiderme vem da ectoderma.
- Boca é por onde entra o alimento, e também por onde sai
os restos, por isso o sistema digestório é incompleto. - Mesogléia vem da ectoderma.

- Possuem a extremidade oral (onde está a boca) e aboral, oposta a boca.

- O esqueleto dos cnidários é hidrostático, ou seja, sua cavidade gastrovascular é preenchida com água, o
que garante sua sustentação e movimento.

- O movimento desses animais se dá por células especializadas, com capacidade de contração.


SUAS PRINCIPAIS CÉLULAS:

Células da epiderme:

- Mioepiteliais epidérmicas (epitélo-muscular) – revestem e possibilitam a contração do corpo.

- Células intersticiais: pequenas células localizadas entre as mioepiteliais. São totipotentes,


participam do crescimento e regeneração.

- Células sensoriais: captar estímulos e transmiti-los para células nervosas presentes na mesogleia.

- Células glandulares (presentes na epiderme e na gastroderme): secretam muco, que lubrifica o


corpo do cnidário. O muco auxilia também na fixação dos pólipos no substrato.

- Cnidoblastos: célula especializada em inocular veneno. Já falamos dela anteriormente.

Células da gastroderme

- Células mioepiteliais digestórias (muscular-digestiva): Apresenta dois flagelos, facilitando a


mistura do alimento com as enzimas digestivas, que são produzidas pelas células glandulares da
gastroderme.

- As células glandulares, sensoriais e intersticiais da gastroderme, possuem função semelhante a da


epiderme, estudado acima.
Mesogleia

- Possui células nervosas, que recebem estímulo e interpretam. A mesogleia é formada por
secreção de células da epiderme e da gastroderme. A mesagleia da suporte ao corpo dos cnidários, senda
ela elástica e flexível.

CICLO DE VIDA

- Como vimos, os cnidários geralmente possuem dois estágios distintos, pólipos e medusas.

- Pólipo: geralmente sésseis, fixos ao substrato. Os tentáculos estão na extremidade posterior.


Maioria é assexuado.

- Medusas: são livres-natantes, com corpo semelhante a um guarda-chuva. Flutuam com a boca e
os tentáculos para baixo. Na fase sexuada liberam espermatozóides na água.

REPRODUÇÃO:

- Pode ser assexuada:

- Brotamento: em certos hidrozoários e antozoários formam os brotos que se desprendem e


originam novos indivíduos.

- Algumas espécies de pólipos reproduzem-se assexuadamente por um processo chamado de


estrobilização, que leva a formação de medusas.

- Pode ser sexuada:

- Existem espécies monóicas e dióicas, os gametas se originam a partir de células intersticiais. A


fecundação pode ser interna ou externa.

A reprodução será estudada nos grupos.

DIVERSIDADE DE CNIDÁRIOS:

Possuem quatro classes: Hydrozoa, Scyphozoa, Anthozoa e Cubozoa.

Hydrozoa (hydrozoários):

- Únicos com representantes de água doce, mas a maioria é marinha.


- De maneira geral, possuem a forma de pólipo, que se reproduzem assexuadamente por brotamento. Mas
alguns brotos alargados se transformam em pequenas medusas.

- As medusas fazem reprodução sexuada, a fecundação forma uma larva.

- A larva se fixa no substrato e se desenvolve em pólipo.

Scyphozoa (Cifozoários)

- São marinhos.

- Possuem alternância de geração, sendo a medusa a forma predominante.

- O pólipo é reduzido.

- As medusas dos cifozoários podem chegar até dois metros de diâmetro!

- Elas liberam gametas na água que após a fecundação se transformam em larva plânula, que se
desenvolve, fixa no substrato e forma o pólipo.
- Os pólipos se reproduzem assexuadamente por estrobilização, onde pequenas medusas são liberadas:
chamadas de éfiras.

- As éfiras se diferenciam em medusas adultas.


Anthozoa (antozoários)

- São marinhos.

- Exemplo: anêmonas do mar e corais.

- Apresentam apenas estágio de pólipo.

- Podem se reproduzir assexuadamente por brotamento ou sexuadamente produzindo óvulos e


espermatozóides.

- Os corais produzem um esqueleto formado por carbonato de cálcio, que é rígido e durável. Além de sua
sustentação, esse composto produz uma formação calcária que mesmo após a morte do coral continua no
ambiente. Essa é a base para a formação dos recifes de corais.
- Se os corais se desenvolvem em alto mar, geralmente ao redor de ilhas de vulcões, são chamados atóis.

Bizu: os recifes de corais possuem alta biodiversidade com muitas espécies de peixes, moluscos, algas,
artrópodes etc. Porém mudanças na temperatura ou turbidez da água provoca a morte das algas
unicelulares que formam as zooxantelas, indispensáveis para o crescimento dos corais. Sem as
zooxantelas,

os corais perdem cor e ocorre o fenômeno conhecido por branqueamento de corais. Perceba que as
zooxantelas fazem fotossíntese, e o derramamento de petróleo ou outra poluição pode impedir que a luz
alcance esses organismos, que morrem por não fazerem fotossíntese.
Cubozoa (Cubozoários)

- Representados pelas medusas, que possuem forma de cubo.

- São marinhos.

- Predomínio da fase de medusa.

- Pólipos são imperceptíveis, até mesmo desconhecidos na maioria dos casos.

- Estão entre os animais mais tóxicos do mundo, como é o caso da vespa-do-mar.

Zoologia – parte 2

AULA 04 – PLATELMINTOS

Os platelmintos pertencem ao filo Platyhelminthes, que significa “verme de corpo achatado”.


Estudaremos suas características, classificação e estruturas. Mas o mais importante nessa aula é você
relacionar esses animais com algumas doenças (parasitoses) que eles podem causar. Vamos lá.

CARACTERÍSTICAS GERAIS E ESTRUTURA

- Possuem o corpo achatado.

- Aproximadamente 25 mil espécies descritas.


- Vida livre ou parasitária.

- A planária é o principal exemplo de platelminto de vida livre.

- As principais parasitoses causadas por platelmintos em humanos são: teníase (solitária), cisticercose e
esquistossomose (barriga d’água).

- Possuem simetria bilateral (novidade evolutiva).

- São Triblásticos (novidade evolutiva).

- São acelomados.

- Não apresentam segmentação externa.

- Nesse grupo ocorre o processo de cefalização, podemos então dividir seu corpo em porção anterior e
posterior.

- Possuem dois cordões nervosos ventrais, conectados entre eles por diversos pontos. Ainda possuem uma
concentração de células nervosas na extremidade anterior do corpo, formando os gânglios cerebrais.

- Órgãos dos sentidos na região anterior.

- Sem sistema de circulação: trocas gasosas realizadas por difusão. Por isso possuem o corpo achatado, a
distância entre as células mais externas e o ambiente é pequena.

- Possuem protonefrídeos, estruturas de excreção e osmorregulação constituídos por um sistema de


túbulos que terminam em células especializadas, chamadas de células-flama.
- As células-flama são excretoras. São ocas e possuem um grupo de flagelos que se movimentam como
uma chama. Essas células capturam as excretas e as lançam para fora através de poros, eliminando os
resíduos.

- O sistema digestório é incompleto (assim como nos cnidários). Possuem boca, mas não possuem ânus.

- As espécies parasitas não possuem trato digestório, pois absorvem os nutrientes digeridos diretamente
de seus hospedeiros.

- Perceba que por não apresentarem sistema circulatório, os


nutrientes devem ser passados por difusão entre as células, no
caso, para facilitar, possuem um trato digestório (intestino)
extremamente ramificado.
GRUPOS DE PLATELMINTOS

Estudaremos três classes de platelmintos: Turbellaria, Cestoda e Trematoda.

Turbelários

- São de vida livre (portanto não são parasitas).

- Principal exemplo: planária.

- Podem viver em ambientes aquáticos ou terrestres úmidos.

- Possuem de 5 milímetros até 1 metro.

- Possuem uma cabeça com órgãos quimiorreceptores (chamadas de aurícolas).

- Os ocelos percebem estímulos luminosos (fotorreceptores). Mas veja que permite a distinção entre o
claro e o escuro, mas não percebe cores nem formas.

- O gânglio cerebral interpreta informações recebidas pelos órgãos sensoriais.

- A digestão é extra e intracelular. Os turbelários secretam enzimas sobre o alimento digerindo-o


parcialmente. Então ele é sugado pela boca e dentro de células da parede intestinal acaba a digestão.

- Turbelários são hermafroditas e fazem fertilização cruzada.

- A fertilização é interna.
- O desenvolvimento é direto (sem fase larval).

- As planarias podem se reproduzir assexuadamente (fissão transversal). Isso


devido ao seu grande poder de regeneração.

- A respiração é cutânea.

- Planárias possuem o corpo revestido por uma epiderme com glândulas que secretam um muco. Na
porção inferior, a epiderme possui células com cílios que juntamente com a musculatura favorecem sua
locomoção.
- Entre a epiderme e a parede da cavidade digestiva está o mesênquima (tecido). Lembre-se que é um
animal acelomado.

Cestódeos

- São exclusivamente parasitas (endoparasitas).

- Principal exemplo: tênias.

- Possuem mais de um hospedeiro: o definitivo, na sua fase adulta e o intermediário, que abriga a fase
larval.

- Não possuem sistema digestório. Absorvem os nutrientes direto de seu hospedeiro.

Doenças causadas por cestódeos

TENÍASE E CISTICERCOSE

Te liga que a teníase e a cisticercose são doenças causadas pelo mesmo parasita, mas enquanto a teníase é
causada pelo verme adulto, a cisticercose é causada pela larva do verme.

Acompanhe o ciclo da doença com a aula do professor Samuel Cunha e faça anotações.
- A teníase é causada pela Taenia saginata ou Taenia solium.

- A cisticercose (em humanos) é causada apenas pela larva da espécie Taenia solium.

- A teníase é conhecida por solitária, pois geralmente a pessoa é parasitada por apenas um verme.

Corpo dividido em escólex (possui ganchos e ventosas para fixação), estróbilo (região segmentada, cada
segmento é uma proglótide) e colo (conecta o escólex ao estróbilo).
- Fazem autofecundação. Cada proglótide tem ovário e testículo. Quando maduras, as proglótides
(conhecidas como proglotides grávidas) se destacam da tênia e saem junto as vezes do hospedeiro.

- Caso o hospedeiro intermediário (bovinos ou suínos) faça a ingestão dos ovos, as larvas saem e se
instalam na musculatura desses animais. Caso um humano coma a carne contendo essas larvas
(cisticercos, popularmente chamada de canjicas) ele adquire a teníase.

- Te liga que se alguma pessoa ingerir os ovos da T. solium, adquire cisticercose, que são as larvas.
Podendo elas se instalar inclusive no cérebro, causando neurocisticercose.

- Para prevenir: não comer carne crua, inspeção de carnes, saneamento básico entre outras.

Trematódeos

- Geralmente parasitas de vertebrados.

- Existem espécies monóicas e dióicas.

Nos trematódeos o mais importante é conhecer sobre a esquistossomose, doença parasitária comum em
algumas regiões do Brasil.

ESQUISTOSSOMOSE

- Conhecida também por barriga-d’água.

- Causada pelo verme Schistosoma mansoni. Essa espécie possui dimorfismo sexual
(macho e fêmea são visivelmente diferentes). Macho é maior, abrigando a fêmea
em uma abertura de seu corpo, chamada canal ginecóforo.
Veja o ciclo e acompanhe com a aula do professor Samuel Cunha. Faça anotações.

- Os vermes adultos vivem nas veias do mesentério do intestino humano.

- Os ovos (contém um “espinho”) são eliminados junto com as fezes do hospedeiro. Quando os ovos
atingem um lago, as larvas (miracídio) eclodem e vão em busca do hospedeiro intermediário, um
caramujo do gênero Biomphalaria.

- No caramujo os miracídios se diferenciam em cercarias, que abandonam o hospedeiro intermediário e


nadam ativamente até encontrarem o hospedeiro definitivo, o homem. Elas penetram ativamente na pele,
caem na corrente sanguínea e vão até as veias do mesentério, onde agora, adultos, seguem a reprodução.

- Além dos nutrientes, podem causar um grave inchaço do fígado e retenção de líquido, gerando a
condição chamada de barriga-d´água.

Prevenção: saneamento básico, tratamento dos doentes, educação sanitária, não entrar em rios suspeitos,
eliminar os caramujos, entre outras.
AULA 5 – NEMATELMINTOS

- Pertencem ao filo Nematoda. Podem ser chamados de nematódeos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS E ESTRUTURAS

- Possuem o corpo cilíndrico e alongado.

- Podem ser marinhos, dulcícolas ou terrestres. Algumas espécies podem se alimentar de restos orgânicos,
fungos, bactérias ou até mesmo serem predadoras ativas. Outras espécies são parasitas de plantas e
animais.

- São triblásticos.

- Possuem simetria bilateral.

- São pseudocelomados.

- Possuem cutícula que recobre seu corpo e dá resistência ao verme.

- Possui sistema digestório completo, ou seja, boca e ânus (novidade evolutiva).

- Não apresentam sistema cardiovascular e respiratório. Fazem as trocas por difusão através da pele
(respiração cutânea).

- Geralmente excretam amônia por células especializadas, chamadas de renetes, uma longa célula em
formato de H, esta célula está presente na lombriga, por exemplo.

- Sistema nervoso composto por um nervo na forma de anel, onde partem os nervos para todo o corpo.

- Geralmente são dióicos e com fecundação interna.

Devemos conhecer as doenças parasitárias que eles causam: falaremos da ascaridíase (lombriga),
ancilostomose (amarelão), bicho-geográfico, filariose (elefantíase) e enterobiose.

ASCARIDÍASE

- Doença parasitária causada pelo Ascaris lumbricoides (lombriga).

- Esse verme possui apenas um hospedeiro.

- Os vermes adultos vivem no intestino delgado do hospedeiro.


- Após a reprodução (sexuada) os ovos saem com as fezes.

- Se outra pessoa (ou a mesma) ingerir esses ovos a partir de alimentos ou água contaminada, ele adquire
a doença.

- Os ovos passam pelo estômago e no intestino delgado as larvas eclodem, penetram na parede do
intestino e fazem uma longa migração. Passam pelo fígado, coração e no pulmão perfuram os alvéolos,
subindo até a faringe, onde são novamente deglutidos. Passam pelo estômago e se instalam no intestino
delgado, se transformando em adultos e dando origem a um novo ciclo.

Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do prof. Samuel Cunha, faça anotações na figura.

- Dependendo no número de vermes no intestino da pessoa pode provocar diversos sintomas, relacionados
com a migração dos vermes (fígado, pulmão...) ou até mesmo enjôos e dores de barriga. Em casos mais
extremos ocorre a obstrução intestinal, obrigado o paciente a uma cirurgia de emergência.

- Prevenção: lavar as mãos e os alimentos, saneamento básico, educação sanitária, tratar os doentes, entre
outras.
ANCILOSTOMOSE (AMARELÃO)

- Causada pelo verme Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

- Esses vermes possuem lâminas na boca, e assim, se grudam no intestino do hospedeiro, fazem um
pequeno corte, por onde sugam o sangue. A falta de sangue causa a cor amarelada na pessoa e gera
anemia.

- Lembre-se sempre do Jeca Tatu, personagem de Monteiro Lobato que vivia cansado: “Jeca não é assim,
ele está assim”, dizia o autor. Jeca tinha essa parasitose e por isso vivia cansado.

- Os vermes acasalam no intestino do hospedeiro e liberam os ovos junto com as fezes, esses ovos caem
no ambiente onde ocorre a eclosão das larvas.

- As larvas sobrevivem geralmente em ambiente alagadiço.

- Quando uma pessoa caminha sobre essa região as larvas penetram ativamente na pele, o verme migra
pela corrente sanguínea com um ciclo muito semelhante ao estudado acima, com o Ascaris lumbricoides.

- Se instala no intestino delgado e inicia um novo ciclo.

- Podem ocorrer problemas pulmonares (devido a migração do verme), de pele (pela penetração) e
principalmente anemia.

- A prevenção está relacionada ao saneamento básico, andar de sapatos em ambientes com suspeitas de
contaminação, tratar as pessoas doentes e educação sanitária.

Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do professor Samuel Cunha, faça anotações.
BICHO-GEOGRÁFICO (larva migrans)

- Causado pelo verme Ancylostoma braziliense, que é um parasita intestinal de cães e gatos.

- Mas quando esse verme tenta penetrar na pele humana, não consegue. Fica migrando pela pele e causa
um rastro de inflamação.

- Depois de um tempo o verme morre, mas deixa a sua marca, muitas vezes semelhantes a linhas de um
mapa. Por isso o nome da doença.

- Pode causar coceira e inflamação localizada.

- Prevenção: não levar cães e gatos para a praia. Tratar periodicamente animais de estimação com
remédios vermífugos. Evitar o contato direto da pele com locais de risco, como areia da praia.
FILARIOSE

- Conhecida também por elefantíase.

- Causada pelo verme Wuchereria bancrofti.

- Precisa de mais de um hospedeiro, nós somos o definitivo e o mosquito do gênero Culex é o hospedeiro
intermediário.

- A fêmea do mosquito é hematófaga e transmite a parasitose durante a picada.

- O verme se aloja em vasos linfáticos, podendo causar retenção de liquido e o inchaço característico da
doença.

- Prevenção: evitar o contato com o mosquito com o uso de telas, repelentes ou inseticidas.
ENTEROBIOSE

- Conhecida também por oxiurose.

- Causada pelo verme Enterobius vermicularis.

- Possui apenas um hospedeiro.

- Adultos ficam instalados no intestino grosso, onde acasalam.

- A fêmea repleta de ovos migra para a região perianal (ao redor do anus), região onde os ovos são
liberados.

- Causa muita coceira na região.

- É comum a autoinfecção, pois a pessoa coça a região perianal e põe a mão na boca, mesmo que
involuntariamente.

- Os ovos podem contaminar os alimentos e também podem ficar suspensos no ar, ocorrendo a
transmissão para outras pessoas que vivem no mesmo ambiente.

- Prevenção: evitar sacudir roupas de cama, tratar os doentes, lavar as mãos e os alimentos, entre outras.

Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do professor Samuel Cunha: faça anotações.
Zoologia – parte 3

AULA 06 – MOLUSCOS

CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURAS

- Os moluscos são triblásticos e celomados. Perceba que o celoma possibilitou o desenvolvimento


aprimorado de órgãos, que ficam protegidos contra choques mecânicos. Assim ocorreu um melhoramento
nos sistemas e consequentemente a complexidade dos organismos.

- Moluscos são invertebrados de corpo mole.

- São marinhos, dulcícolas ou terrestres.

- Geralmente apresentam conchas calcárias.

- Possuem grande variedade de tamanho, forma e habitat. Estudaremos essas particularidades em cada
grupo.

- Possuem simetria bilateral.

- Celoma forma a cavidade pericárdica (ao redor do coração) e perivisceral (ao redor das gônodas e
víceras).

- O corpo não é segmentado, mas podemos identificar três regiões: cabeça, pé e massa visceral.

- Cabeça é muito desenvolvida nos cefalópodes, pouco em bivalves. Nessa estrutura podem ter órgãos
sensoriais.

- O pé está relacionado à locomoção (nos cefalópodes está modificado em tentáculos).


- Na massa visceral estão os órgãos. Essa estrutura é revestida pelo manto, responsável (em alguns
moluscos) pela secreção do esqueleto calcário (que pode formar a concha).

- O manto pode formar a cavidade do manto, quando se projeta para fora da massa visceral. É aqui onde
estão os órgãos responsáveis pelas trocas gasosas, pulmões ou brânquias, ou ainda estruturas responsáveis
pela excreção e reprodução.

- Perceba que em moluscos aquáticos, a água circula pela cavidade do manto impulsionada pelo
batimento de cílios (na maioria das vezes). Isso possibilita troca gasosa.

- Podem ser herbívoros, predadores ou filtradores.

- Possuem sistema digestório completo.

- Na cavidade oral possuem (na maioria das vezes) uma estrutura chamada de rádula, que é usada para
raspar os alimentos. Os cefalópodes possuem também uma estrutura semelhante a um bico, que rasga os
alimentos.

- A digestão é intra e extracelular.

- Possuem sistema circulatório (primeiros animais a terem esse sistema) que pode ser aberto (maioria) ou
fechado (cefalópodes).

- No sistema de circulação aberto, a hemolinfa se mistura com as cavidades do corpo e depois


volta para vasos sanguíneos. No sistema de circulação aberto o sangue permanece todo o tempo em vasos
sanguíneos. O sistema aberto possibilita uma atividade metabólica maior.

- Sistema respiratório: brânquias (moluscos aquáticos), pulmões (moluscos terrestres) ou cutânea (alguns
moluscos terrestres)
- Sistema excretor: metanefrídios. Essas estruturas possuem duas aberturas, uma para o celoma chamada
de nefróstoma, e outra para a cavidade do manto, chamada nefridióporo.

- Perceba que os fluidos corporais entram no nefróstoma, ocorre a reabsorção do que é importante ao
molusco e o resto é eliminado pelo nefridióporo.

- Moluscos aquáticos excretam amônia, os terrestre convertem a amônia em ácido úrico, menos tóxico
(bela estratégia adaptativa).

- Sistema nervoso: formado por gânglios concentrados na cabeça, no pé e na massa visceral. Possuem
também pares de cordões nervosos ventrais. Perceba que nos gastrópodes e cefalópodes o sistema nervoso
é concentrado na cabeça.
- Moluscos podem apresentar estruturas sensoriais: tentáculos (na cabeça de alguns gastrópodes) onde
pode conter olhos e células quimiorreceptoras ou táteis. Já os cefalópodes possuem olhos muito
desenvolvidos, semelhantes ao dos vertebrados.

- Podem ser dióicos ou monóicos.

- Fecundação pode ser interna ou externa.

- Podem ter desenvolvimento direto ou indireto.

GRUPOS DE MOLUSCOS

Agora vamos estudar os grupos de moluscos e suas particularidades, existem sete ordens: Aplacophora,
Monoplacophora, Polyplacophora, Bivalvia, Gastropoda, Cephalopoda e Scaphopoda.

Aplacophora

- São os aplacóforos.

- São pequenos e em forma de vermes.

- Vivem enterrados no fundo de oceanos.

- Não apresentam pé nem formam concha (daí o nome do grupo).


- Não apresentam cabeça, tentáculos nem olhos.

Monoplacophora

- São os monoplacóforos.

- Marinhos.

- Possuem uma única concha (daí o nome).


Polyplacophora

- São os quítons.

- Possuem muitas conchas (daí o nome)

- São marinhos e herbívoros, utilizando a rádula se alimentam de algas.

- Seu pé é muito desenvolvido, recoberto por um muco, que mantém ele preso às rochas.

Bivalvia

- São os bilvalves: ostras, mariscos e mexilhões.

- Possuem uma concha com duas partes (valvas).

- Não apresentam rádula, obtém seu alimento por filtração, a partir de uma abertura chamada sifão.

- O pé pode ser comprido, auxiliando na escavação.

- São dióicos com fertilização externa e desenvolvimento indireto.


- Algumas espécies podem formar pérolas. Isso ocorre se um grão de areia (ou outro objeto estranho) fica
entre o manto e a concha, no caso o molusco secreta uma substância necarada (calcárea) ao redor desse
objeto, com intenção de isolá-lo.

Gastropoda

- Única classe com representantes terrestres: caramujos, caracóis e lesmas.

- Se locomovem utilizando o pé grande (ahahahah).

- Alguns possuem conchas em forma de espiral sobre o corpo.

- Alguns são herbívoros, outros predadores ou ainda detritívoros.

- Cabeça bem individualizada, podendo conter órgãos sensoriais.

- Os terrestres são pulmonados, os aquáticos respiram por brânquias.

- Ânus, estruturas excretoras e reprodutivas estão localizadas na porção


anterior do corpo, acima da cabeça.
- São geralmente monóicos e fazem reprodução cruzada. O
desenvolvimento é direto.

Cephalopoda

- São os cefalópodes: polvo, lula e náutilo.

- São marinhos.

- Alguns podem chegar a 20 metros (lulas- gigantes).

- Possuem sifão, que faz a ejeção da água dando grande impulso para
eles, por propulsão.
- Fazem uma eficiente locomoção. Isso é importante, pois eles são predadores.

- Capturam as presas com seus tentáculos.

- Os olhos são complexos, semelhante ao dos vertebrados.

- Possuem bolsa de tinta, que podem eliminar quando necessitam de defesa.

- Únicos entre os moluscos com sistema circulatório fechado.

- As conchas podem ser reduzidas e internas nas lulas, ausente nos polvos ou externa nos nautilus.

- Os pés são diferenciados em tentáculos.

- São dióicos com fecundação interna e desenvolvimento direto.

Scaphopoda

- São os escafópodes: dentes-de-elefante.

- Possuem uma concha tubular semelhante a um dente.

- Sua concha possui abertura nas duas extremidades.

- São marinhos.

- Vivem enterrados na areia.


IMPORTÂNCIA DOS MOLUSCOS

- Gastronomia.

- Algumas espécies exóticas como o mexilhão dourado causam grandes impactos ambientais.

- São hospedeiros intermediários para algumas doenças parasitárias.

- Comercio de pérolas.

- Indicadores ambientais.

- Pragas de jardins.

- Vetores de doenças.

- Conchas como objeto de decoração, artesanato ou coleção.

AULA 07 – ANELÍDEOS

- Filo Annelida.

- Principais exemplos: minhoca e sanguessuga.

- Podem ser marinhos, dulcícolas ou terrestres.

CARACTERÍSTICAS

- Encontrados em locais com disponibilidade de água.

- São animais vermiformes, com corpo cilíndrico, alongado e segmentado: a grande novidade evolutiva
do grupo (os segmentos possuem forma de anel, o que dá nome ao grupo).

- A segmentação é marcante nesse grupo, sendo chamada de metameria.

- A unidade da metameria é o metâmero (ou anel), e apresenta estruturas iguais (podendo ser idênticas) e
completas.

- Cada metâmero é internamente separado por um ou dois septos.

- Simetria bilateral.
- Triblásticos.

- Celomados.

- Protostômios.

- Corpo é revestido por uma cutícula fina e transparente, secretada pela epiderme.

- Sistema digestório completo: boca, faringe, papo, moela,


intestino e ânus.

- Sistema circulatório fechado. Sangue com diferentes pigmentos, entre eles a hemoglobina.

- Sistema respiratório: podem ou não apresentar (se não apresentam, fazem as trocas por difusão, pela
pele – cutânea; se apresentam é por brânquias).

- Sistema excretor: metanefrídeos.


- Sistema nervoso: gânglios cerebrais e cordões nervosos na parte ventral do corpo. Alguns podem
apresentar órgãos sensoriais que percebem a luminosidade.

- Nos segmentos 14, 15 e 16 (Na espécie de minhoca Pheretima hawayana) ocorre uma dilatação
formando segmentos especiais, formando o clitelo.

- O clitelo produz muco e, ainda, é importante na formação do casulo, local onde ocorre a fecundação.

*falaremos mais sobre anatomia e fisiologia dos anelídeos em cada um dos grupos.

CLASSIFICAÇÃO DOS ANELÍDEOS

Principais grupos: Polychaeta, Oligochaeta e Hirudínea.

Polychaeta (poliquetas)

- Anelideos com protuberâncias laterais: os parápodes.

- São predominantemente marinhos.

- Os parápodes são proeminências que se estendem na lateral do corpo, com tufos de cerdas rígidas.
Função dos parápodes: trocas gasosas, proteção, locomoção ou ancoragem.
- Existem polyquetas sedentários, vivendo em tocas. Eles filtram água e se alimentam de larvas e
microcrustáceos.

- Possuem cabeça diferenciada com apêndices sensoriais; palpos, tentáculos e cerdas.

- Trocas gasosas por difusão simples (pela epiderme) ou por brânquias externas.

- São dióicos, os gametas são liberados na água, onde ocorre a fecundação externa. Da fecundação surge
uma larva ciliada que se desenvolve até a fase adulta, portanto o desenvolvimento é indireto.

Oligochaeta (Oligoquetas)

- Pertencem a classe Clitellata – possuem clitelo.

- Principal exemplo: minhocas.

- importância das minhocas: aeração do solo, produção do húmus que adubam e deixam o solo
mais rico.

- Terrestres (maioria) ou marinhos.

- Maioria vive soterrada em solos úmidos.

- Possuem poucas cerdas no corpo.

- Não possuem parápodes, olhos ou tentáculos.

- Possuem de 1 milímetro até 3 metros!

- Esôfago se diferencia em papo (armazenamento) e moela (tritura o alimento, mecanicamente – digestão


mecânica).

- Possuem glândulas na faringe que secretam enzimas digestórias (digestão química).

- Minhocas possuem também a tiflossole, que são dobras na superfície do intestino e cecos intestinais que
aumentam a área de absorção de alimentos.

- Respiração é cutânea.

- Sistema circulatório apresenta um vaso dorsal contrátil, semelhante a um coração.


- Outros vasos sanguíneos também participam do bombeamento, os chamados corações laterais.

- São monóicos e fazem fertilização cruzada.

- Na porção masculina possuem testículos (produção de espermatozoides), vesícula seminal


(armazenamento de espermatozoides) e um poro genital. Na porção feminina possui os ovários, um poro
genital e um receptáculo seminal (que recebe o espermatozóide do outro indivíduo).
- Na copula as minhocas se dispõe para que ocorra o alinhamento dos poros genitais com o receptáculo
seminal, ocorrendo assim a troca de espermatozóides.

- O clitelo forma o casulo, onde são depositados os ovócitos pelo poro genital feminino. O casulo é
encaminhado por contrações musculares até o receptáculo seminal, onde estão os espermatozoides do
parceiro. Ocorre assim a fecundação e o casulo, já com os óvulos, é liberado no ambiente.

- Nesse caso o desenvolvimento é direto, não possui fase larval.

Hirudinea (hirudíneos)

- Pertence a classe Clitellata – possuem clitelo.

- Principal exemplo: sanguessuga.

- Maioria vive em ambiente de água doce. Alguns são terrestres.

- Característica marcante: possuem ventosa nas extremidades corporais, que são utilizados para
locomoção.

- Clitelo pouco evidente.

- Possuem o corpo achatado dorsoventralmente.

- Não apresentam cerdas nem parápodes.

- Muitas espécies são ectoparasitas (externos) de outros animais.

- O parasita se gruda e faz um pequeno corte no animal, se alimentando do sangue dele.


- O sanguessuga libera uma substância anticoagulante, favorecendo assim sua alimentação.

- Antigamente as sanguessugas eram usadas na medicina para sangria (técnica se baseava na crença de
que doenças podiam ser curadas com a retirada de um pouco de sangue do paciente) ou na tentativa de
eliminar varizes.

- Hoje as sanguessugas são usadas para remover hematomas (coágulos sanguíneos) provenientes de
traumas ou cirurgias.

- Os hirudíneos são monóicos (hermafroditas), na cópula ocorre a formação do casulo, assim como os
oligoquetos. O desenvolvimento é direto.

AULA 08 – ARTRÓPODES: INTRODUÇÃO

- Grupo com de maior diversidade. São quase 1,5 milhão de espécies conhecidas, com estimativas que
ultrapassam 5 milhões de espécies existentes.

- Os artrópodes estão em quase todos os ambientes da Terra: marinhos, dulcícolas, terrestres. E com os
mais diversificados hábitos de vida.

- Exemplos: mosca, barata, escorpião, aranha, caranguejo, centopéia...


- Apresentam metameria (segmentação), mas seus segmentos não são todos iguais. Alguns segmentos
inclusive se unem para formar tagmas: cabeça, tórax e abdômen.

- Novidades evolutivas: exoesqueleto (esqueleto externo) formado de quitina (polissacarídeo) e apêndices


articulados, como pernas, asas e antenas.

O exoesqueleto é externo ao corpo, como se fosse uma armadura resistente. Protege contra
desidratação ou predadores. Para crescer o artrópode deve mudar esse esqueleto e, por isso, o crescimento
não é contínuo. Ele deixa o esqueleto menor, cresce fora dele e secreta um novo exoesqueleto. Esse
processo é chamado de muda, ou ecdise regulado pelo hormônio ecdisona. O esqueleto velho recebe o
nome de exuvia.

- Devido a rigidez do exoesqueleto, ele possuem os apêndices articulador, que são movidos pela ação de
músculos. Falaremos mais sobre eles ao estudar cada grupo.

- São triblásticos.

- Celomados.

- Protostômios.

- Possuem simetria bilateral.

- Sistema digestório completo.


- Sistema circulatório aberto. A hemolinfa é impulsionada pela ação de um coração dorsal e banha
diretamente os órgãos

- Sistema respiratório: traqueal, filotraqueal ou branquial (falaremos especificamente nos grupos).

- Sistema excretor: túbulos de Malpighi (existem outros, estudaremos nos grupos).

- Sistema nervoso: ganglionar com cordões nervosos ventrais.

- Sistema sensorial: olhos compostos, ocelos, antenas, cerdas (existem outros).

Agora vamos estudar cada grupo de artrópodes: aracnídeos, crustáceos, insetos e miriápodes (quilópodes
e diplópodes).

- É interessante saber que um grupo de artrópode conhecidos por trilobitas (trilobitomorpha) viveram no
paleozóico, quando foram muito abundantes.

- Hoje existe um grande registro fóssil desses animais.

GRUPOS DE ARTROPODES ATUAIS

AULA 9 - ARACNÍDEOS (ARACHINIDA)

- Exemplo de aracnídeos: aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros.

- Não possuem antena (característica que os difere dos demais artrópodes).

- Únicos que apresentam quelíceras e pedipalpos.

- Quelíceras (1° par de apêndices): com forma de pinça, auxilia na manipulação dos alimentos.
- Pedipalpos (2° par de apêndices): com forma de pinças longas, podem auxiliar na alimentação ou
ter função de órgãos quimiorreceptores.

- Podem apresentar ocelos, que possuem função de percepção de claridade.

- Possuem 4 pares de pernas, sempre localizadas no cefalotórax.

- Apresentam o corpo dividido em cefalotórax (prossoma), e abdômen (opistossoma).

- Em ácaros o cefalotórax e abdômen estão fundidos.

- Capturam seu alimento e fazem a digestão externa, depois ingerem o produto.

- Alguns podem ser parasitas, por exemplo o ácaro que causa a sarna ou o carrapato.

- Os escorpiões possuem ao final do abdômen o télson, estrutura que possui o aguilhão, responsável pela
inoculação do veneno.
- Nas aranhas, a estrutura responsável pela inoculação do veneno são as quelíceras, que possuem
glândulas de veneno.

- As aranhas também possuem glândulas localizadas no abdômen que secretam teias por apêndices
especializados, chamados de fiandeiras.

- A teia que elas produzem serve como armadilha para capturar presas, proteção para a aranha ou até
mesmo para cópula.

- O sistema respiratório é do tipo filotraqueal (pulmões foliáceos) que se


comunica com o meio exterior por orifícios chamados de estigma.

- A excreção nos aracnídeos é feita nas glândulas coxais, presentes na base das pernas ou por túbulos de
Malpighi.
- De forma geral, são dióicos com fertilização interna e desenvolvimento direto.

- Alguns escorpiões podem fazer partenogênese.

IMPORTÂNCIA DOS ARACNÍDEOS

- Muitas aranhas e escorpiões podem causar problemas devido ao veneno que possuem.

- Algumas espécies de aracnídeos são ectoparasitas, podendo veicular doenças como a febre maculosa.

- Carrapatos causam prejuízo para pecuária.

- Possuem papel importante na cadeia alimentar.

- Outras.

AULA 10 - CRUSTÁCEOS (CRUSTACEA)

- Exemplos de crustáceos: camarões, caranguejos, lagostas.

- Vivem principalmente em ambiente marinho, mas podemos encontrá-los em água doce ou até mesmo
em ambiente terrestre úmido.

- Além dos crustáceos vistos a olho nu (os mais conhecidos, obviamente) existem os microscópicos,
importantes componentes do zooplancton.

- As cracas são crustáceos sésseis, vivendo presas a algum substrato.


- Os crustáceos possuem o corpo dividido em cefalotórax e abdômen.

- O número de pernas varia nos grupos, tendo no mínimo cinco pares.

- Possuem dois pares de antenas.

- Sistema respiratório formado por brânquias.

- Sistema excretor: nefrídios especializados, conhecidos por glândulas antenais e glândulas maxilares.

- São dióicos (existem espécies monóicas), geralmente a fecundação ocorre externamente e o


desenvolvimento pode ser direto ou indireto.
AULA 11 - INSETOS (INSECTA)

- É o grupo mais diversificado.

- Exemplos: gafanhoto, mosquito, mosca, barata, borboleta.

- O corpo dividido em: cabeça, tórax e abdômen.

- Do tórax partem 3 pares de pernas.

- A maioria possui dois pares de asas (alguns não apresentam asas).

- Possuem um par de antenas.

- Possuem um par de olhos compostos. Podem possuir ocelos.

- Possuem hábitos diversificados de alimentação: herbívoros, carnívoros, detritívoros, parasitas...


- Perceba que o aparelho bucal dos insetos está relacionado a seu hábito de alimentação. Um parasita que
se alimenta de sangue (por exemplo o mosquito) tem que ter um aparelho bucal que penetra na pele e
suga o sangue, chamado então de picador (ou picador sugador). Veja abaixo os tipos de aparelho bucal.

- Sistema respiratório constituído por traquéias (sistema traqueal) ao longo do corpo. O O2 e o CO2
entram por orifícios chamados de espiráculos.

- Como nesse sistema o O2 entra diretamente para os tecidos do corpo do inseto, mantendo seu alto
metabolismo, mesmo eles possuindo o sistema circulatório aberto.
- Sistema excretor: formado por túbulos de Malpighi, tudo que retiram o ácido úrico do corpo do inseto e
depositam no intestino, que sai junto com as fezes.

- Os insetos são dióicos com fecundação interna. Pode ocorrer em algumas espécies (abelhas) a
partenogênese – lembrando: partenogênese é o desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo
não fecundado -.

- O desenvolvimento pode ser direto (sem larva), ou indireto (com larva).

- Desenvolvimento direto:

Ametábolos: fases de ovo – imaturo – adulto


- Desenvolvimento indireto:

Hemimetábolo: fases de ovo – ninfa – adulto (não fazem metamorfose completa).

- Holometábolos: fases de ovo – larva – pupa – adulto (fazem a metamorfose completa).

Os insetos holometábolos são os mais diversificados, como as borboletas, moscas e cascudos. Isso porque
a forma larval não possui o mesmo hábito alimentar que o adulto, sendo assim, eles não competem entre
si. Além disso, frente a uma variação ambiental brusca, por possuírem diferentes formas no ciclo de vida
(ovo, larva, pupa e adulto) possuem mais chance de sobrevivência.

- É na fase de pupa que ocorre a metamorfose.


IMPORTÂNCIA DOS INSETOS

- Cadeia alimentar.

- Vetores de doenças como o mosquito Aedes que transmite dengue, zica e febre amarela. O Lutzomyia
que transmite leishmaniose, o Anopheles que transmite malária ou o barbeiro que transmite a doença de
chagas (existem muitos outros exemplos).

- Alimentação (muitas culturas usam os insetos na culinária).

- Polinização (lembre-se das abelhas).

- Produção de mel.

- Pragas agrícolas.

- Muitas espécies são parasitas: piolho, berne, pulga...

- Pragas urbanas.

- Indicadores ambiental.

AULA 12 - MIRIÁPODES (MYRIÁPODA)

- Exemplos: centopéias e piolhos-de-cobra.


- São todos terrestres.

- São os artrópodes mais próximos aos insetos.

- Apresentam cabeça anexada a um corpo muito segmentado e com muitas pernas.

- Assim como os insetos, possuem duas antenas, fazem respiração por traquéia e possuem túbulos de
Malpighi (excreção).

- Eles são dióicos e apresentam desenvolvimento direto.

Vamos estudar as classes de Myriapoda: Diplopoda e Chilopoda.

Diplopoda (diplópodes)

- São os piolhos-de-cobra.

- Possuem dois pares de pernas por segmento, isso porque durante o desenvolvimento embrionário ocorre
fusão aos pares dos segmentos.

- São detritívoros, formam húmus.

- Vivem no solo.

- Podem ter mais até 100 segmentos.

- Uma característica dos piolhos-de-cobra é que ao serem perturbados, se enrola no próprio corpo.

- Podem possuir glândulas que produzem substâncias que repelem inimigos.

Chilopoda (quilópodes)

- São as centopéias.

- São caçadores muito eficientes, caçando minhocas, caramujos ou outros artrópodes pequenos.
- Apenas um par de pernas por segmento.

- Possuem 15 ou mais segmentos.

- O primeiro par de pernas é diferenciado em presas que podem inocular veneno!

- O último par de pernas pode estar modificado, com função sensorial.

AULA 13 – EQUINODERMOS

- Pertencem ao filo Echinodermata.

- São as estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, lírios-do-mar, pepinos-do-mar e bolachas-do-mar.

- Perceba que esses são os primeiros animais deuterostômios, ou seja, o blastóporo origina primeiramente
o ânus.

- Esses é o filo mais próximo ao nosso.

CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURAS

- Exclusivamente marinhos.

- São triblásticos

- Celomados.

- Deuterostômios.

- Possuem esqueleto interno (endoesqueleto) formado por calcário e revestido pela epiderme. Muitas
vezes possui espinhos salientes.
- Geralmente apresentam simetria pentarradial (um tipo de simetria radial com cinco partes iguais)
quando adultos.

- Na fase larval apresentam simetria bilateral.

- Alguns equinodermos como as estrelas-do-mar possuem estruturas em forma de pinça no corpo,


chamadas de pedicelárias (respondem a estímulos externos independente do sistema nervoso).

- Funções das pedicelárias: remoção de detritos ou larvas no corpo do animal, defesa (podem produzir
venenos), ou capturar presas.

- A excreção e trocas gasosas são realizadas diretamente pela superfície do corpo.

- O sistema nervoso é formado apenas por nervos que partem de um anel nervoso na região da boca.

- Sistema digestório completo.

- São dióicos com fecundação externa.

- Apresentam grande capacidade de regeneração.

Uma das informações mais importantes dessa aula é quanto ao sistema ambulacrário desses animais,
fiquem atentos!

Sistema ambulacrário (sistema hidrovascular ou sistema vascular aquífero)

- Existe uma rede interna de canais por onde circula a água do mar.

- O sistema ambulacrário é responsável pelo transporte interno dos nutrientes, excretas, gases e
alimentação.

- Esses sistema forma os famosos pés ambulacrários, o que permite o deslocamento do animal, isso
devido a passagem de água pelos pés, o que gera o movimento.
- A porção externa dos pés podem ter também as seguintes funções: sensorial, fixação, trocas gasosas ou
alimentação.

- O sistema ambulacrário é constituído de um canal circular, presente ao redor da boca do animal.

- Esse sistema está ligado ao meio exterior pela placa de madrepórica, uma placa calcária perfurada.

- Do canal central partem os canais radiais.

- O canal radial se ramifica fazendo ligação com a ampola e os pés ambulacrários.

- Perceba que as ampolas são bolsas musculares que empurram a água contra os pés ambulacrários
forçando a sua saída e gerando o movimento.

DIVERSIDADE DE EQUINODERMOS

Classe Crinoidea (lírios-do-mar)

- São filtradores.
- Corpo em forma de taça ou cálice.

- Boca voltada para cima (os outros equinodermos tem boca para baixo).

- Possuem de 5 a mais de 200 braços.

- Geralmente são sésseis.

- Alguns podem se soltar do substrato e até nadar.

Classe Asteroidea (estrelas-do-mar)

- Semelhantes a uma estrela, com número de braços múltiplos de 5.

- Boca para baixo, ânus ao lado oposto.

- São predadores de moluscos bivalves.


Classe Ophiuroidea (serpentes-do-mar)

- A mais diversificada entre o filo.

- Possuem cinco braços delgados e articulados.

- Não possuem ânus.

- Se movimentam e possuem hábitos noturnos.

- Se alimentam do plâncton ou de detritos orgânicos.

Classe Echinoidea (bolacha-do-mar ou ouriço-do-mar)

- Corpo em forma de globo (ouriço-do-mar) ou em forma de disco (bolacha-do-mar).

- Possui carapaça rígida e espinhos móveis.

- Não apresentam braços.


- Possui um aparelho mastigador complexo, com cinco dentes calcários protáteis: a lanterna de
Aristóteles.

- Essa estrutura tritura alimentos.

- Se alimentam de pequenas algas e fragmentos de matéria


orgânica.

Classe Holothuroidea (Pepino-do-mar)

- Possuem o corpo alongado e simetria bilateral.

- Boca e ânus nas extremidades opostas.

- Espinhos reduzidos (diferente das outras classes).

- Normalmente vivem no fundo dos oceanos.

Se alimentam de microrganismos planctônicos.


Zoologia – Parte 4

AULA 14 – INTRODUÇÃO AOS CORDADOS

- Cordados pertencem ao filo Chordata.

- São animais de simetria bilateral.

- Triblásticos.

- Celomados.

- Deuterostômios.

- Sistema digestório completo.

- Segmentação com metâmeros diferentes.

- Sistema circulatório fechado.

- Outras características (muitas vezes presente apenas na fase embrionária):

1- Notocorda: estrutura em forma de bastão flexível que serve de sustentação dorsal do animal na
fase de desenvolvimento embrionário (vem do mesoderma).

2 – Cauda pós-anal: é uma região do corpo que se estende além no ânus.

3 – Tubo nervoso dorsal: os outros animais possuem esse tubo na porção ventral.

4 – Fendas faríngeas (ou branquiais): aberturas localizadas na altura da faringe.

Perceba que nem todas essas características são mantidas até a fase adulta dos animais, falaremos as
particularidades quando estudarmos cada grupo.
Os cordados (na maioria) possuem grande capacidade de movimentos, pois além da musculatura (a
notocorda ancora diversos músculos) possui uma complexa coordenação do sistema nervoso. A cauda
pós-anal também auxilia na locomoção de diversas espécies. As fendas faríngeas podem virar fendas
branquiais em algumas espécies, em outras, são fechadas (cordados terrestres).

Um filo muito próximo ao nosso (de menor importância para vestibular)


é o Hemichordata.

Os hemicordados possuem o corpo dividido em três partes: probóscide, colarinho e tronco. Vivem em
tocas de sedimentos lodosas e arenosos.

Dentro do filo dos cordados, estudaremos três subfilos: Urochordata, Cephalochordata (ambos chamados
de protocordados) e Vertebrata.

Copie o cladograma desenhado na aula do prof. Samuel Cunha:


AULA 15 – UROCORDADOS (FILO UROCHORDATA)

- São conhecidos por urocordados ou tunicados.

- São marinhos.

- Notocorda apenas na região caudal da larva.

- Não possuem coluna vertebral (invertebrado) nem crânio.

- Principal exemplo são os ascídios (a maior classe do grupo)

- Os ascídios ficam fixos no substrato (são sésseis).

- Eles são revestidos por uma túnica protetora (tunicina, por isso também são chamados de tunicados). A
tunicina é semelhante a celulose.

- Possuem dois sifões que fazem a circulação de água no corpo. O sifão inalante (entrada de água) e o
sifão exalante (saída de água).

- São filtradores.

- A circulação é mantida pelo cílios presentes na faringe (que é perfurada).


- A água passa pelas fendas faríngeas e os nutrientes ficam presos no muco, e logo são enviados para o
estômago do animal.

- Esses animais são (na maioria) monóicos sem autofertilização.

- A fecundação é externa.

- Desenvolvimento indireto (larva livre-natante).

AULA 16 – CEFALOCORDADOS (FILO CEPHALOCHORDATA)

- Chamados de lanceolados (forma de lança).

- Notocorda da cabeça até a cauda (daí o nome do filo).

- São pequenos (aproximadamente 5 cm) e marinhos.

- Vivem enterrados no fundo dos oceanos, mas podem nadar em algumas


épocas do ano.

- O mais estudado é o famoso anfioxo.

- O corpo é semelhante ao de um peixe.

- A porção anterior do seu corpo possui projeções com cílios, chamadas de cirrus. Utilizado na captura de
alimento por filtração.
- Não apresentam coração verdadeiro, são vasos sanguíneos que contraem e garantem a circulação do
sangue.

- A excreção é feita por nefrídios.

- Trocas gasosas feitas nas fendas branquiais (ou faríngeas).

- Sistema nervoso formado por um cordão oco, dorsal, e pela vesícula cerebral.

- São dióicos com fertilização externa. O desenvolvimento é indireto (existe estágio larval).

AULA 17 – VERTEBRADOS (FILO VERTEBRATA)

- Evoluíram de cordados semelhantes aos anfioxo.

- Surgiram a aproximadamente 525 milhões de anos atrás.

- Exclusividade do grupo: coluna vertebral (tem exceção) principal estrutura de sustentação do corpo e
protege o cordão nervoso dorsal.

- Esqueleto interno ósseo ou cartilaginoso.

- Na cabeça, eles possuem o crânio (proteção do encéfalo e órgãos sensoriais).

- Habitam diversos ambientes.

- Podem ser endotérmicos (ou homeotérmicos) ectotérmicos (pecilotérmicos ou heterotérmicos) -


(entenda a diferença assistindo a aula).

- A pele dos vertebrados possui duas camadas: epiderme e derme.

- Maioria com anexos embrionários: saco vitelínico (peixes) e o córion, âmnio e alantóide (répteis, aves e
mamíferos)

- O modo de reprodução é muito diversificado, será estudado em cada grupo.

- Podem ter fecundação interna e externa.

- Existem espécies ovíparas (ovos no meio exterior do corpo), ovovivíparas (o embrião se desenvolve
dentro do ovo, ainda no corpo materno) e vivíparas (o embrião se desenvolve dentro do corpo materno,
numa placenta).
- As novidades que surgem nos grupos de vertebrados possibilitaram a conquista no ambiente terrestre,
eficiente locomoção e até relações sociais complexas.

- Os grupos dos vertebrados são:

Peixes: Agnatha, Chondrichthyes, Osteichthyes,

Anfíbios: Amphibia

Répteis: Reptilia

Aves: Aves

Mamíferos: Mammalia.

- Os primeiros vertebrados foram os peixes (Agnatha, Chondrichthyes, Osteichthyes).

PEIXES- Características gerais e Agnatha

- Os peixes fazem respiração branquial, excretam amônia e possuem linha lateral (sensorial, detecta
vibrações na água).

CRANIATA SEM MANDÍBULAS

São os peixes ágnatos ou ciclostamados.

- Peixes-bruxa (ou feiticeira) e lampreias.

- Não apresentam mandíbula.

- Corpo alongado e esqueleto cartilaginoso.

- Crânio rudimentar, apenas uma narina.

- Não apresentam nadadeiras laterais.


- São carnívoros, se alimentam de organismos mortos ou vivos, por sucção criada pela sua faringe.

Peixes-bruxa - Exclusivamente marinhos.


- Vivem sobre assoalhos profundos.
- Olhos rudimentares ou degenerados.
- possuem duas placas córneas (semelhantes a dentes) utilizadas para arrancar
pedaços de presas.
- Possuem crânio, não possuem coluna vertebral.

Lampreias - São marinhos, mas colocam seus ovos em rios.


- São parasitas externos de outros peixes ou mamíferos aquáticos.
- Boca circular com espinhos córneos que se fixam no hospedeiro.
- Olhos grandes e desenvolvidos.
- Existe estágio larval.
- Possuem coluna vertebral.

Veja ao lado o
que já vimos até
agora e entenda
o que surgiu em
cada grupo.
Eis que surgem os PEIXES COM MANDÍBULA (GNATOSTOMADOS). A mandíbula foi muito
importante na evolução, pois aperfeiçoou muito a predação.

- O grupo mais antigo dos vertebrados com mandíbula são os peixes gnatostomados, também tiveram
como novidade evolutiva as nadadeiras laterais e ventrais aos pares, o que deu muita agilidade no nado.

- As maxilas se originaram dos arcos esqueléticos que sustentavam as brânquias (arcos branquiais).

- Além desses peixes, todos os outros cordados mais modernos são gnatostomados: anfíbios, répteis, aves
e mamíferos.

- Os peixes gnatostomados são divididos em duas classes: Chondrichthyes (esqueleto de cartilagem) e


Osteichthyes (esqueletos de ossos).

- É importante saber que o sistema circulatório dos peixes é do tipo simples e fechado. Seu coração é
bicavitário, ou seja, possui apenas duas cavidades. Seu coração recebe apenas sangue venoso.
PEIXES CARTILAGINOSOS (Chondrichthyes)

- Esqueleto totalmente composto por cartilagens.

- Representantes: raias, tubarões e quimeras.

- O corpo deles é revestido por escamas bem pequenas (placoides), favorecendo o nado.

- A boca é na porção ventral.

- A mandíbula pode ser projetada durante a alimentação.

- Os dentes dos tubarões são constantemente repostos.

- Os tubarões, além disso, possuem grande eficiência na caça pela presença de mecanismos sensoriais que
ajudam eles a encontrarem as presas: ampolas de Lorenzini (ao redor da boca) e a linha lateral
(mecanorreceptores).
Ampolas de Lorenzini – tubarão percebe alterações no potencial elétrico ao seu redor produzido pela
contração muscular de suas presas.

Linha lateral – percebe vibrações na água.

- O olfato dos tubarões também é muito eficiente. Perceba que as narinas dos tubarões não possuem
função na respiração (que é feita pelas brânquias).

- Os peixes cartilaginosos marinhos necessitam de um controle osmótico, pois a água do mar é


hipertônica em relação ao corpo do animal. A estratégia desses peixes é reter compostos nitrogenados
(uréia) provenientes de seu próprio metabolismo. Assim seu corpo se torna aproximadamente isotônico
em relação a água do mar, evitando sua perda excessiva de água.

- Os Chondrichthyes são dióicos com fecundação interna. Os machos possuem um órgão copulador
chamado de clásper, que auxiliam na transferência de sêmen.
- Podem ser vivíparos ou ovíparos.

- Raias possuem o corpo achatado dorsoventralmente, uma adaptação à vida bentônica. Além disso seus
olhos são na porção dorsal da cabeça. Muitas se enterram para capturar mais facilmente suas presas.

- Raias podem possuir um espinho dorsal grande, com serras e


venenoso. Algumas emitem descargas elétricas.

PEIXES ÓSSEOS (Osteichthyes)

- Esqueleto formado principalmente por ossos.

- Epiderme com glândulas produtoras de muco e escamas dérmicas.

- Apresentam opérculo cobrindo as brânquias.

- Boca na região anterior do corpo.

- Nadadeiras mais flexíveis.

- Excretam amônia.

- Possuem bexiga natatória: bolsa interna preenchida por gás e que regula a densidade do corpo,
mantendo o peixe em diferentes profundidades.

- Trocas gasosas também ocorrem por brânquias. Nesse caso é gerado um fluxo unidirecional forçado
pela boca e pelos movimentos dos opérculos.
- Podem ser ovíparos (forma o saco vitelínico), ovovivíparos ou vivíparos.

- Existem dois grupos de peixes ósseos:

A - Actinopterígeos (Classe Actinopterygii): peixes com nadadeiras raiadas (em forma de leque).

B - Sarcopterígeos (Sarcopterygii): peixes com nadadeiras lobadas (carnosas e com ossos).

Vamos estudar cada grupo.


ACTINOPTERÍGEOS

- Nadadeiras raiadas.

- Grupo mais diversificado entre os vertebrados.

- Exemplos marinhos: sardinha, moréia, enguia, peixe-palhaço.

- Maioria ovípara.

SARCOPTERÍGEOS

- Nadadeiras lobadas.

- Poucas espécies atualmente.

- Algumas espécies são pulmonadas.

- Foram os ancestrais para os outros grupos de vertebrados (tetrápodes).

- Tetrápodes são: anfíbios, répteis, aves e mamíferos.


Como os peixes ósseos de água doce e salgada fazem sua
osmorregulação?

AULA 18 – ANFÍBIOS

- São os tetrápodes mais antigos.

- Vivem no ambiente terrestre (próximo a água, importante para respiração cutânea – pele úmida).

- Possuem esqueleto rígido.

- Respiração pulmonar, cutânea e branquial (formas imaturas – girinos).

- Pulmões pouco eficientes.

- Tegumento (pele) fina e úmida para a troca gasosa. Por isso não suportam ambientes muito secos.

- Para a reprodução, também dependem da água. A fecundação é externa, seus gametas são liberados na
água. Os ovos possuem um tegumento muito fino.
- Possuem duas fases, a larval (aquática, conhecida por girino) e a fase adulta, terrestres de ambientes
úmidos.

- Entre a fase larval e adulta ocorre metamorfose. Os girinos perdem a cauda, desenvolve membros e
passam a respirar por pulmão e brânquias.

- O girino excreta amônia, o adulto uréia.

- Podem possuir glândulas de veneno na pele. Alguns anfíbios venenosos possuem cores vibrantes
(coloração de aviso), que afastam predadores. Perceba que uns, mesmo não sendo tóxicos, podem ter
vantagens por possuirem coloração vibrante, mesmo não sendo venenoso.
- São carnívoros, muitas espécies possuem a língua comprida e viscosa para capturar sua presa.

- O sistema circulatório é fechado e a circulação é dupla (sangue passa duas vezes pelo coração em cada
ciclo) e incompleta (ocorre mistura entre sangue venoso e arterial). O coração possui três cavidades.

- Existe mistura entre sangue arterial e venoso.

GRUPOS

- São divididos em três ordens principais: Urodela (salamandras) Anura (anuros e Gymnophiona
(cecílias).

Ordem Urodela

- São as salamandras.

- Ocorrem principalmente no Hemisfério Norte.

- São alongados e geralmente com quatro pernas.


Ordem Anura

-São os anuros (sem cauda).

- São os sapos, rãs e pererecas.

- Sapos geralmente possuem pele rugosa. Possuem glândulas paratóides, que produzem veneno.

- Pererecas possuem ventosas nas pontas dos dedos (grudar em superfícies, adaptação para viver em
árvores).

- Rãs possuem membranas interdigitais (para nadar).

- São adaptados ao salto (pernas posteriores longas e com musculatura forte).


- Também podem caminhas, escalar ou nadas.

- Anuros machos emitem vocalizações (sons) pelos sacos vocais, formados pela faringe. Essa vocalização
é relacionada com a procura de fêmeas e proteção de seu território.

Ordem Gymnophiona (cecilias)

- São as cobras-cegas e as cecílias.

- São ápodes (sem pés) e escavadores.

- Corpo é vermiforme.

- Os olhos são ausentes ou cobertos por membrana ou osso.


AULA 19 – RÉPTEIS

- São os animais do grupo Amniota mais antigos.

- Surgiram a aproximadamente 300 milhões de anos.

- Possuem quatro pernas (ausentes nas serpentes).

- Possuem cinco dedos com unhas.

- São mais adaptados ao ambiente terrestre por vários fatores:

- Tegumento queratinizado espesso (pele grossa e seca), formando as escamas córneas (serpentes e
lagartos) ou placas (crocodilos e jacarés). Nos quelônios as placas formam as placas ósseas.

- Pulmões eficientes.

- Excretam ácido úrico, que não é tóxico.

- A fecundação é interna.

- Seus ovos amnióticos possuem casca e anexos embrionários. A casca retém a umidade, mas
permite as trocas gasosas. Os anexos embrionários são: - Saco vitelínico (abriga o vitelo, substância
nutritiva)

- Âmnio (membrana que envolve todo o embrião)

- Alantoide (bolsa que armazena as excretas).

- Cório (membrana que envolve o embrião).

- São ectotermicos.
- A maioria dos répteis possuem dentes, algumas serpentes possuem dentes que inoculam veneno.

- O sistema circulatório dos répteis é fechada, dupla e incompleta (assim como nos anfíbios), porém seu
coração possui três cavidades (com um a divisão parcial nos ventrículos) ou quatro cavidades (nos
crocodilianos).

CLASSIFICAÇÃO

Os principais grupos são: Testudines ou Chelonia (tartarugas, cágados e jabutis), Squamata ou escamados
(lagartos e serpentes), Sphenodontia (tuatara) e Crocodilia (crocodilo, jacaré e gavial).

Testudines

- Significa: provido de carapaça (casco), ao qual os membros podem ser recolhidos. As costelas estão
fundidas ao casco.

- Não possuem dentes, mas apresentam lâmina córnea.

- Maioria é onívora.

- São as tartarugas, cágados e jabutis.

- As tartarugas são predominantemente aquáticas, mas põe seus ovos em terra.

- Os cágados são no geral de água doce.


- Os jabutis são terrestres (jamais coloque um jabuti na água). Perceba que eles possuem pernas adaptadas
para caminhar, e não nadar.

Squamata

- Geralmente fazem muda durante o crescimento.

- São divididos em três grupos:

1 - lacertílios: lagartos, lagartixas e os camaleões.

2 - Ofídios: serpentes. Todas elas são carnívoras, com adaptações, como perdas de alguns ossos,
mandíbulas articuladas e não soldadas e elasticidade do estômago. Podem também apresentar glândulas
que produzem veneno (as peçonhentas), associada a estruturas que inoculam esse veneno durante a
mordida (dentes, a classificação está abaixo). De maneira geral as serpentes que são peçonhentas possuem
fosseta loreal, que é sensível ao calor, auxiliando na captura das presas.
3 - Anfisbenídeos: cobras-de-duas-cabeças ou anfisbenas. Não apresentam pernas, são
escavadores, vermiformes e olhos reduzidos.

Sphenodontia

- Também conhecidos por rincocéfalos.

- São as tuataras (com espinhos no dorso).

- Semelhantes a lagartos.

- Possui o olho pineal, que tem ligação com a glândula pineal. Percebe variações de luz.
Crocodilia

- São os jacarés, crocodilos e gaviais.

- Corpo coberto por escamas e placas ósseas.

- São carnívoros.

- Maior parte do tempo ficam dentro da água.

- Não existe gavial no Brasil.

AULA 20 – AVES

- Grupo mais diversificado de vertebrados terrestres.

- Possuem penas, são bípedes, possuem asas e bico, não possuem dentes, e muitas espécies possuem
adaptações ao vôo.

- São geralmente diurnas.

- Normalmente possuem visão aprimorada.

- O ancestral das aves é o Archeopteryx.

- São homeotérmicos: as penas (revestidas por queratina) e a gordura subcutânea auxiliam no isolamento
térmico.

- Quase todas as aves apresentam glândula uropigiana (única glândula em sua pele) que produz uma
secreção oleosa, impermeabilizando suas penas. Por isso aves aquáticas não ficam encharcadas, sendo
assim, mantém sua temperatura mesmo nesse ambiente (exemplo: patos).
- Seu corpo é adaptado ao vôo, a seguir serão listadas essas adaptações:

- Corpo aerodinâmico.

- Ossos pneumáticos.

- Penas e asas.

- O esterno (osso) possui uma projeção (chamada quilha ou carena) onde se inserem músculos
peitorais fortes.

- São endotérmicos (altas taxas metabólicas).

- Possuem sacos aéreos, conectados aos pulmões que conferem eficiência respiratória.

- Não apresentam bexiga (não armazenam urina) deixando seu corpo mais leve.

- Olhos protegidos com membrana nictante (evita ressecamento durante o vôo).


- Existem aves que não voam (chamadas de ratitas, como avestruz e ema).

- As aves usam os pés para segurar.

- A forma dos pés e dos bicos estão associadas a sua forma de alimentação (estudaremos os famosos
tentilhões de Galápagos, em evolução).

- Possuem o sistema digestório completo com papo (armazenamento) moela (estômago mecânico) e
cloaca. Se alimentam de “quase tudo”.

- A circulação é fechada, completa e dupla. O coração tem quatro cavidades (sangue venoso não se
mistura com o arterial). Suas hemácias possuem núcleo.
- O canto das aves se dá pela siringe, bolsa vocal presente na traquéia.

- Não possuem diafragma.

- A excreção nitrogenada é de ácido úrico.

- Encéfalo mais desenvolvido que os répteis.

- Algumas aves fazem migração (para regiões com climas favorável).

- As aves são dióicas. Podem ter complexo comportamento sexual. Normalmente o macho possui penas
ornamentais (lembre-se do pavão) – falaremos sobre seleção sexual na aula de evolução.

- Os ovos são chocados. Os filhotes dependem dos pais para buscar alimentos até adquirirem suas penas
para voar, e também são protegidos.

AULA 21 – MAMÍFEROS

- Surgiram a aproximadamente 150 milhões de anos.

- Só ficaram muito diversificados após a extinção dos dinossauros (65 milhões de anos atrás).

- Atualmente vivem em diversos habitats.

- As novidades evolutivas são:

- Glândulas mamárias, sebáceas e sudoríparas.

- Presença de pelos e epiderme queratinizada.

- Glândulas mamárias.

- Arcada dentária.

- Possuem diafragma.

- Possui um arco aórico esquerdo.

- Hemácias anucleadas.

- Ouvido médio com 3 ossos (estribo, bigorna e martelo)


- São endotérmicos.

- Todos possuem bexiga urinária.

- Possuem um panículo adiposo sob a pele (reserva de energia e isolante térmico).

- Secretam principalmente uréia.

- Possuem heterodontia (dentes diferentes) cada grupo Possui dentes especializados para o seu tipo de
nutrição.

- O estômago de ruminantes é bastante desenvolvido. Existem bactérias que digerem a celulose.

- O sistema circulatório é fechado, completo e duplo. O coração possui quatro cavidades (será estudado
em fisiologia).

- Possuem os maiores cérebros entre os vertebrados.

- Alguns mamíferos fazem hibernação, diminuindo drasticamente sua taxa metabólica e possibilitando a
sobrevivência por longos períodos sem alimento (durante o inverno).

- Os ovos são fertilizados dentro da fêmea (fecundação interna). Embrião se desenvolve dentro do útero
materno (exceção dos monotremados, que botam ovos. Estudaremos em seguida).

São divididos em três grupos: Monotrêmata, Marsupialia e Eutheria.


MONOTREMATA (ou Prototheria)

- São os monotremados.

- Exemplo: ornitorrinco.

- Os ornitorrincos apesar de serem mamíferos possuem bico e são ovíparos.

- Não apresentam mamilos, mas possuem glândulas mamárias, o leite escorre através dos pelos.

MARSUPIALIA (ou Metatheria)

- São os marsupiais.

- Exemplo: gambás e cangurus.

- Gestação é curta, os filhotes encerram seu desenvolvimento dentro do marsúpio, bolsa ventral nas
fêmeas.

EUTHERIA

- Maior parte dos mamíferos são desse grupo (inclusive os seres humanos).
- São mamíferos com desenvolvimento embrionário dentro do útero materno, com placenta e
cordão umbilical (e os outros anexos embrionários: rever aula de embriologia). O feto recebe os
nutrientes e gases da mãe.

- São diversos, e algumas linhagem colonizaram ambiente aquático, novamente.

Até o próximo módulo... vamos para fisiologia 

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