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Instituto de Biociências

Universidade de São Paulo


2016

POSSIBILIDADES DIDATICAS
PARA O ENSINO DE ZOOLOGIA
NA EDUCAÇÃO BÁSICA
VOLUME I

Rosana Louro Ferreira Silva


Thiago Marinho Del Corso
(Organizadores)
São Paulo
2016
POSSIBILIDADES DIDÁTICAS
PARA O ENSINO DE ZOOLOGIA
NA EDUCAÇÃO BÁSICA
VOLUME I

Rosana Louro Ferreira Silva


Thiago Marinho Del Corso
(Organizadoras)

Instituto de Biociências
Universidade de São Paulo
2016
Ficha catalográfica

Possibilidades didáticas para o ensino de Zoologia na educação básica –


volume I / Organização de Rosana Louro Ferreira Silva, Thiago Marinho
Del Corso. -- São Paulo : Instituto de Biociências da Universidade de
São Paulo, 2016.
v. 1 220 p. : il.

ISBN 978-85-85658-64-9

1. Zoologia. 2. Práticas de ensino. 3. Sequências Didáticas I. Silva,


Rosana Louro Ferreira. II. Del Corso, Thiago Marinho. 3. Título:
Possibilidades Didáticas para o ensino de Zoologia na educação básica.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................4

INTRODUÇÃO.................................................................................................................7

SUGESTÕES:
I – Adaptação dos grupos de invertebrados a diferentes ambientes..................................9
Caian Gerolamo, Irina Barros, Mayra Sato, Vinícius Carvalho

II – Introdução à Sistemática Filogenética......................................................................26


Carolina Sconfienza Faria, Tamiris Imaeda Yassumoto

III – Diferenciação dos grupos animais e processo de extinção......................................55


Carolina Perozzi Guedes de Azevedo, Mariana Draque Vasconcelos

IV – Invertebrados: quem são eles?.................................................................................72


Claudia Saito, Luciana Sato, Raíssa Milanelli, Raul Teixeira

V – Diversidade dos seres vivos: fatores de ameaça e o papel do ser humano na


conservação das espécies..........................................................................................90
Diego Bitencourt Mañas, Enrico Cacella, Gabriel Borgheti de Figueiredo,
Vinicius Leonardo Biffi

VI – Integrando diversidade e evolução........................................................................108


Lucas Paoliello Medeiros, Marina Minto Cararo, Paula Amaral de Carvalho

VII – Ensino de Zoologia com ênfase em classificação................................................124


Camila Camata, Daniela Alvelos, Naomi Nakao, Natalie Brito, Vanessa Simões

VIII – Parasitoses: do parasita à prevenção...................................................................171


Cristina dos Santos Silva, Renan Henrique Domingos, Roberta Neves Gago Rodrigues

IX – Evolução e noções de Sistemática Filogenética...................................................201


Léa Ludovico Bozzini e Victor Giovannetti
APRESENTAÇÃO
A coleção “Possibilidades didáticas no ensino de Zoologia” trata-se de um
conjunto de sequências didáticas voltadas a possibilitar ideias inovadoras para
dinamizar o ensino de Zoologia na educação básica, produzidas de forma colaborativa
por alunos e alunas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas participantes da
disciplina “BIZ0307 - Contexto e práticas no Ensino de Zoologia”, com a orientação da
professora da disciplina e dos monitores.
A disciplina tem por objetivos propiciar aos licenciandos: desenvolver sequências
didáticas que articulem diversidade e filogenia dos animais; analisar e discutir a seleção
de conteúdos, estratégias didáticas e instrumentos de avaliação no Ensino de Biologia;
refletir sobre Ensino de Zoologia na escola básica e em outros espaços educativos;
elaborar e analisar diferentes recursos didáticos, tais como texto, multimídia, modelos,
imagens, jogos, filmes, animações; reconhecer o campo de pesquisa em Ensino de
Biologia. Após analisar como a Zoologia se expressa nos currículos de ensino
fundamental II e médio, a disciplina apresentou para discussão artigos de pesquisa que
criticam o ensino meramente memorístico e descritivo dos animais na educação básica,
o que distancia o interesse dos jovens, e propõem um ensino na perspectiva ecológico-
evolutiva. Também são apresentadas contribuições das perspectivas da educação
ambiental crítica para pensar atividades que permitam a discussão de temáticas
controversas que envolvam os animais e a busca pela conservação da biodiversidade.
Nas aulas em que os grupos apresentavam essas produções, constituídas da sequência
didática e de um recurso didático, foram convidados professores da educação básica da
rede pública e privada do ensino, que assistiram, contribuíram e auxiliaram na avaliação
dos trabalhos.
Neste volume, apresentamos a primeira sistematização desse trabalho,
desenvolvida junto à turma que cursos a disciplina em 2013. São apresentadas nove
sugestões construídas por licenciandos, com orientação e supervisão da docente do
curso, que buscaram considerar deferentes elementos da alfabetização científica, que
possibilitassem situações de ensino em que a compreensão do conhecimento científico
seja acompanhada de discussões e questionamentos sobre sua aplicação no cotidiano
dos estudantes, para que este seja capaz de participar de decisões que envolvam
questões sócio científicas de forma fundamentada e responsável.

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Tais sugestões não devem ser tomadas como um manual a ser seguido
rigidamente. O professor, no exercício de sua autonomia intelectual, pode utilizar as
propostas e os materiais disponibilizados conforme as características do currículo, do
contexto, dos alunos e de seu próprio perfil docente. Os materiais didáticos criados
podem ser reproduzidos nas escolas com auxílio dos próprios estudantes em sua
confecção. Cientes dos novos desafios colocados aos professores de Ciências e
Biologia, frente à uma produção de conhecimento científico crescente, às diferentes
tecnologias de informação e comunicação que fazem parte do cotidiano dos alunos,
embora nem sempre incorporadas de maneira adequada na escola, à emergência de
questões sócio científicas, às avaliações externas e às exigências cada vez maiores dos
processos seletivos do ensino superior que influenciam a educação básica, o material
pretende apresentar uma pequena contribuição didática para a exploração da área de
Zoologia de forma significativa, lúdica e contextualizada.
Agradeço imensamente aos alunos da disciplina, proponentes das sequências
didáticas, com os quais compartilhei as discussões daquele semestre e que encararam o
desafio de produzir materiais que pudessem ser disponibilizados não só entre os
colegas do curso, mas também para todos os professores e professoras da educação
básica, em uma perspectiva de articulação entre o ensino e a extensão universitária.
Agradeço, ainda, ao doutorando Thiago Del Corso, que auxiliou na organização
desse volume e que, na época dessa turma, era monitor do Laboratório de Licenciatura,
e ao mestrando Gabriel de Moura Silva por seu trabalho cuidadoso de revisão dos
textos, e a todos os professores da educação básica que participaram da apresentação e
deram sugestões para a melhoria das sequências.

Rosana Louro Ferreira Silva


Docente da disciplina BIZ0307 e organizadora da coleção

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Turma de 2013 da disciplina “CONTEXTO E PRÁTICAS NO ENSINO
DE ZOOLOGIA”
Instituto de Biociências – Universidade de São Paulo (USP)

Docente:
Rosana Louro Ferreira Silva

Estudantes de Licenciatura autores de roteiros:


Caian Souza Gerolamo
Camila Camata Santos
Carolina Perozzi Guedes de Azevedo
Carolina Sconfienza Faria
Claudia Akemi Saito
Cristina dos Santos Silva
Diego Bitencourt Manas
Daniela Marques de Alvelos
Enrico de Vincenzo Cacella
Gabriel Borgheti de Figueiredo
Irina Birskis Barros
Lea Ludovico Bozzini
Luciana Mayumi Sato
Lucas Paoliello de Medeiros
Marina Minto Cararo
Mariana Draque Vasconcelos
Mayra Sato
Naomi Nakao
Natalie Brito Domingos
Paula Amaral de Carvalho
Raíssa Milanelli Ferreira
Raul Teixeira Francisco
Renan Henrique Domingos
Roberta Neves Gago Rodrigues
Tamiris Imaeda Yassumoto
Vanessa Simoes
Victor Giovannetti
Vinicius Jardim Carvalho
Vinicius Leonardo Biffi

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INTRODUÇÃO
A proposição de sequências didáticas se mostra um importante instrumento de
planejamento do ensino e reflexão da prática pedagógica, possibilitando ao professor
trabalhar com variadas estratégias didáticas, além de aproximar conteúdos curriculares
dos aspectos sociais e culturais dos ambientes escolares, fatores imprescindíveis para
contextualizar e ampliar o repertório dos estudantes na educação básica.
Este livro, elaborado por licenciandos no curso de Ciências Biológicas da USP
sob a supervisão da Profa. Dra. Rosana Louro Ferreira Silva, é um convite para
conhecer uma série de nove sequências didáticas que abordam o tema do ensino de
Zoologia, que encontra aqui uma abordagem diversificada para aqueles que não querem
restringir suas aulas a uma lista de nomes de animais e suas características.
As sequências didáticas foram construídas a partir de um modelo básico,
contemplando as seguintes seções: contextos, que trazem justificativas para trabalhar os
conteúdos selecionados, uma apresentação geral do tema referenciada na literatura e o
momento do curso em que a sequência deve ser aplicada; objetivos de ensino da
sequência geral, associando aos conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais;
material, constando inclusive o(s) recurso(s) didático(s) desenvolvidos pelos
licenciandos, neste livro representado por jogos, simulações e dioramas; dinâmica, onde
são descritos os passos de cada aula; avaliação; bibliografia consultada e sugerida e;
anexos.
Adaptação dos grupos de invertebrados a diferentes ambiente aborda, numa
perspectiva evolutiva, as adaptações dos grupos de invertebrados a diferentes ambientes.
O jogo “Bicho-a-Bicho”, inspirado no famoso cara-a-cara, no qual cada participante tem
uma prancha com figuras de diferentes organismos do grupo, traz perguntas sobre a
morfologia e fisiologia de organismo no intuito de descobrir qual figura está na mão do
adversário.
Em Introdução à Sistemática Filogenética se trabalha a filogenia, querendo
escapar da tradicional abordagem Lineana. Esta sequência traz um curioso jogo -
“Kiirus: o jogo da evolução da diversidade biológica” – que trata o ambiente e suas
modificações, discutindo mutações, seleção natural e aleatoriedade. Ainda, propõe um
estudo de caso com tomada de decisão usando as ferramentas de classificação
discutidas.

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Uma adaptação do jogo “Mau-Mau”, “Can Can” ou “Uno” caracteriza a
Sequência Didática Diferenciação dos grupos animais e processo de extinção, que
aborda o perigo do agravamento das extinções pelas ações antrópicas. No jogo criado -
“Mau-Mau das extinções” – discutem-se eventos catastróficos, extinção dos animais
estratégicas de conservação e planos de ação.
Invertebrados: quem são eles? É uma sequência didática que aposta numa
diversificação grande de estratégias para apresentar cada um dos Filos do Reino
Animalia/Metazoa estudados no ensino básico e culmina com um jogo que aborda
impactos ambientais e a interdependência dos seres vivos. Traz também uma
dramatização sobre saúde pública.
Diversidade dos seres vivos: fatores de ameaça e o papel do ser humano na
conservação das espécies cria, como forma de revisar, aprender e memorizar o jogo
“Dominó Filogenético”, que aborda os conceitos básicos relacionados aos Filos
estudados em zoologia no ensino médio, e propõe seminários sobre os Biomas
brasileiros ao fim da sequencia didática.
Em Integrando diversidade e evolução, destaca-se o jogo– “Qual é a filogenia?”
que pretende dar um sentido evolutivo à classificação biológica e mostrar a conexão
entre a imensa biodiversidade e a evolução. Há também proposição de saída de campo
ao Jardim Zoológico de São Paulo.
A estratégia adotada em Ensino de Zoologia com ênfase em classificação Para
trabalhar o grupo Chordata consiste na seleção de trechos de filmes dos principais
grandes subgrupos. Após a exibição os alunos devem buscar características
morfológicas externas presentes no grupo.
Vários dos grupos de animais estudados no ensino básico são parasitas humanos
de relevante importância médica, e conhecer essas parasitoses e os diversos aspectos
que as circundam (profilaxia, sintomas, transmissão etc.) é o objetivo de Parasitoses: do
parasita à prevenção.
Evolução e noções de Sistemática Filogenética encerra este volume abordando
os caminhos clássicos do pensamento evolutivo de Darwin e Lamarck, a partir de aulas
expositivo-dialogadas, listas de exercícios, leituras científicas, estudos de caso simples e
o jogo Tabu Filogenético.
Thiago Marinho Del-Corso – organizador

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SUGESTÃO I – ADAPTAÇÃO DOS GRUPOS DE INVERTEBRADOS A
DIFERENTES AMBIENTES
Sumário

AUTORES: Caian Gerolamo, Irina Barros, Mayra Sato e Vinícius Carvalho

PÚBLICO-ALVO: Ensino Médio.

CONTEXTO:
O tema evolução é complexo, exige um grande cuidado quando é tratado em sala
de aula. Amorim (2008) alerta para uma constante desarticulação entre o ensino sobre
processos evolutivos e a abordagem da diversidade biológica, principalmente no estudo
de Zoologia e Botânica. Particularmente no ensino em Zoologia, percebe-se uma
dependência da sistemática Lineana e uma ênfase a memorização das características dos
grupos, fazendo com que o aprendizado em zoologia seja fragmentado, dificultando
também a compreensão sobre os processos evolutivos subjacentes àquelas
características (SILVA et al. 2013).
Decidimos então tentar uma nova abordagem no ensino dos grupos de
invertebrados, a partir de uma abordagem de adaptação à vida na água, terra e ao voo.
Dessa maneira, os estudantes poderão associar características morfológicas dos grupos
de animais invertebrados às estratégias de vida em seus respectivos hábitats.
O conhecimento sobre os diferentes grupos de invertebrados é de grande
relevância, uma vez que permite uma melhor compreensão da diversidade da vida
animal e maior entendimento sobre as diferentes formas existentes para a conservação.
Além disso, é de extrema importância para as questões relacionadas à saúde pública e
para que haja uma melhor relação dos animais com o cotidiano do aluno.
A utilização de uma metodologia que aborda um foco diferente do tradicional para
aplicar os conceitos e apresentar os grupos referentes aos filos de invertebrados é
discutida também por Silva e colaboradores (2013). Nele, os alunos fazem uma divisão
ecológica dos animais de acordo com o ambiente em que vivem e essa visão é
recontextualizada pela professora utilizando conceitos morfológicos e dando um
enfoque evolutivo. Na presente sequência, apesar dos grupos serem apresentados de
acordo com o ambiente em que vivem, o professor deve sempre abordar os processos
evolutivos. A aplicação do jogo interativo apresentado, Bicho-a-Bicho, amplia a

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possibilidade de aprendizagem e de interação entre os alunos e com os assuntos
apresentados em sala de aula. Assim, como citado no texto Santos e colaboradores
(2010), o uso dessa forma de jogo apresenta-se como um instrumento adequado para o
entendimento de processos de construção do conhecimento, muito explorado desde
Piaget.

OBJETIVOS:
Ao final da Sequência Didática (SD), o aluno deverá ser capaz de:
1. distinguir, com base em características morfológicas, os diferentes grupos de
invertebrados;
2. relacionar as características morfológicas dos animais aos seus respectivos
habitats;
3. argumentar sobre a importância de conservação das diferentes formas de vida;
4. relacionar a importância dos grupos de invertebrados ao cotidiano.

MATERIAL:
 Video “Sponge Reproduction“ para ilustrar a aula 3:
www.youtube.com/watch?v=puW70OoKtWY&hd=1%C2%BA Acesso em
10/05/2015.

 Video “Dragonfly larvae hunting backswimmers” para ilustrar a aula 5:


www.youtube.com/watch?v=pkOpWKyM_go&hd=1 Acesso em 10/05/2015.

 Jogo “Bicho a Bicho” para a aula 9


Como material didático desenvolvemos um jogo que tem como objetivo ajudar na
compreensão e memorização das características dos diferentes grupos de invertebrados.
Esse jogo segue o mesmo padrão do jogo “cara-a-cara”, no qual cada participante tem
uma prancha com figuras de diferentes organismos do grupo. São eles: porífera,
cnidária, platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes e equinodermos.
Há várias fichas com as mesmas fotos que estão nas pranchas. Cada jogador deverá
escolher uma dessas fichas e, fazendo perguntas sobre a morfologia e fisiologia do
organismo, descobrir qual a figura está na mão do adversário usando a sua prancha
como guia. A cada rodada o aluno tem o direito de fazer uma pergunta, de resposta sim
ou não para o seu adversário. De acordo com a resposta o jogador abaixa uma ou mais
figuras da sua prancha, até que reste uma ou que o jogador descubra qual é o animal. O
jogador só tem uma chance de tentar desvendar qual é o animal e, caso erre, perde o
jogo.

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DINÂMICA:
A sequência didática é composta por nove aulas de 50 minutos, sendo que alguns
conhecimentos prévios como conceitos básicos de Sistemática e Taxonomia são
necessários. O tema “Conquista de diferentes ambientes” será apresentado, bem como
uma caracterização de adaptações morfológicas aos diferentes ambientes e discussões
pontuais sobre a importância dos grupos nos contextos ambientais em que estão
inseridos. Aulas expositivo-dialogadas, aulas práticas com material didático e
discussões em grupo serão as estratégias didáticas utilizadas.

Aula 1: Vida no ambiente aquático


O professor, em uma aula expositiva-dialogada, deve tratar dos seguintes
assuntos:
 Especificidades físicas da água: empuxo
 Adaptações necessárias
 Histórico de conquistas do ambiente aquático:
 Ocorreu uma vez? Ou várias vezes?
 Quando? Contextualização do ambiente
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de descrever as principais adaptações
necessárias à vida na água pelos animais.

Aula 2: Vida no ambiente aquático


O vídeo intitulado “Sponge Reproduction”, descrito anteriormente, pode ser
utilizado para ilustrar o grupo Porífera. O professor, em uma aula expositiva-dialogada,
deve tratar dos seguintes assuntos:
 Grupos exclusivamente aquáticos: Porífera, Cnidária e Echinodermata
 Que características desses grupos os tornaram exclusivamente aquáticos?
Estratégia didática:
 Discussão
 Proposta: Grupos exclusivamente aquáticos tiveram menor sucesso
evolutivo?
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características de porífera,
cnidária e echinodermatha que os tornam exclusivamente aquáticos.

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Aula 3: Vida no ambiente aquático
O professor deverá, fazendo uso de aula expositiva-dialogada, dialogar sobre
assuntos abaixo listados e também promover uma discussão.
 Grupos com representantes aquáticos: Plathelminthes e Nemathelminthes.
 Que características desses grupos os permitem viver na água?
 Importância para o ser humano: parasitas
 Proposta para discussão: relação dos ambientes aquáticos no ciclo de vida desses
animais.
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características dos vermes que
os permitem viver na água e exemplificar os parasitas de ambos os grupos.

Aula 4: Vida no ambiente aquático


O professor, em uma aula expositiva-dialogada, deve tratar dos seguintes
assuntos:
 Grupos com representantes aquáticos: Annelida e Mollusca
 Que características desses grupos os permitem viver na água?
Apresentação de vídeos demonstrando a locomoção dos animais
Aula prática com a demonstração de exemplares
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características dos anelídeos e
moluscos que os permitem viver na água.

Aula 5: Vida no ambiente aquático


O professor, em uma aula expositiva-dialogada, deve tratar dos seguintes
assuntos:
 Grupos com representantes aquáticos: Arthropoda
 Quais classes de Arthropoda possuem representares aquáticos?
Aula prática com demonstração de exemplares
Promover discussão segundo a seguinte proposta:
 Proposta: quais as diferenças entre crustáceos, aracnídeos e insetos aquáticos?
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características dos artrópodes
que os permitem viver na/voltar para a água.

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Aula 6: Vida no ambiente terrestre
O professor, em uma aula expositiva-dialogada, deve tratar dos seguintes
assuntos:
 Grupos com representantes terrestres: Annelida e Mollusca
 Limitações à vida terrestre: necessitam umidade
Aula prática com demonstração de exemplares.
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características dos grupos que os
permitem viver na terra e quais limitam a vida neste ambiente.

Aula 7: Vida no ambiente terrestre


O professor, em uma aula expositiva-dialogada, deve tratar dos seguintes
assuntos:
 Grupos com representantes terrestres: Arthropoda
 Conquista total do ambiente terrestre; ênfase em Arachnida
Aula prática com demonstração de exemplares
Promover discussão segundo a seguinte proposta:
 Proposta: os aracnídeos podem ser considerados mais sucedidos
evolutivamente do que moluscos e anelídeos terrestres?
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características dos artrópodes
(principalmente aracnídeos) que os permitiram conquistar totalmente o ambiente
terrestre.

Aula 8: Vida no ambiente aéreo – voo.


O professor, em uma aula expositiva-dialogada, deve tratar dos seguintes
assuntos:
 Grupos com representantes terrestres: Arthropoda
 Aquisição do voo por Insecta
 Características que foram além da conquista do meio terrestre: retenção de água
ainda maior do que nos outros grupos.
Aula prática com demonstração de exemplares
Promover discussão segundo a seguinte proposta:
 Proposta: a aquisição do voo pelos insetos torna-os mais bem sucedidos do que
outros grupos?
Objetivos: o aluno deverá ser capaz de relacionar características dos insetos que
os permitiram voar.

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Aula 9: Atividade final - Aplicação do jogo “Bicho a Bicho”
Como avaliação final será considerada a participação dos alunos ao longo das
aulas e produção das fichas.
Objetivos: Fechamento dos temas abordados nas aulas utilizando as fichas e
aplicando esses conceitos da sequência.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


Amorim, D. S. Paradigmas pré-evolucionistas, espécies ancestrais e o ensino de
zoologia e botânica. Ciência & Ambiente, Santa Maria, v. 36, p. 125-150. 2008.

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:


Ciências da Natureza e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral,
Maria Inês Fini; coordenação de área. Luís Carlos de Menezes. – 1. ed. atual. – São
Paulo: SE. 2013

SANTOS C. C.; ORTEGA, A. C.; QUEIROZ, S. S. Equilibração e tomada de


consciência: análise do jogo Cara-a-Cara. Arquivo Brasileiro Psicologia, V. 62, N. 3.
Rio de Janeiro. 2010.

SILVA N, R.; SÁ, T. S.; MUNIZ, C. R. R.; SARMENTO, A. C. H.; EL-HANI, C.


N.; ALMEIDA, R. O. Introduzindo o pensamento filogenético no ensino de zoologia
através de uma dinâmica de classificação de invertebrados. IX Encontro Nacional de
Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC. 2013.

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ANEXOS

ANEXO 1: Jogo Bicho-a-bicho:

• Dois tabuleiros de Papel desenho (A4 - Alcalino 210 x 297 - 176gm²), com o
tracejado marcado para recorte.
• Três conjuntos de imagens dos personagens de invertebrados (24 cartões azuis e
24 vermelhos para ser colado no tabuleiro e 24 brancos para utilizar como cartões
livres).
• Um manual de instrução
• Dois guias de perguntas

Manual de instrução do jogo:


Idade: a partir de 14 anos (3° E.M.)

Objetivo didático: Relacionar informações adquiridas em aula sobre os invertebrados


e elaborar questões no contexto evolutivo

Objetivo do jogo: Adivinhar o personagem escolhido pelo adversário com base em


pistas sobre suas características e grupos representantes

Participantes: dois, mas pode ser jogado por dois grupos

Material necessário: Dois tabuleiros com 24 personagens de invertebrados, tendo


imagens iguais em cada lado, identificadas com nome. Cartas com as mesmas imagens
e um guia de perguntas.

Como se joga: Cada jogador escolhe uma carta de um monte, sem mostrá-la. O
primeiro jogador pergunta ao outro sobre uma característica física tentando adivinhar
primeiro a qual grande grupo pertence o personagem. Por exemplo, o jogador pergunta
se o personagem é triblástico, se a resposta for sim, ele abaixa todos os personagens
que não são triblásticos. Depois é a vez do outro jogador perguntar, assim os jogadores
vão se alternando, perguntando uma característica por vez, até adivinharem quem é o
personagem do adversário, se errar perde o jogo.

Guia de perguntas:
O seu personagem é:
 Aquático x Terrestre x Voador x Parasita
 Celomado x Acelomado
 Triblástico x Diblástico
 Sistema Nervoso - Difuso x Ganglionar
 Corpo segmentado x Não segmentado
 Sistema Digestório: Completo x Não completo
 Filtrador x raspador x predador
 Protostômico x Deuterostômico

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Ficha comparativa dos grupos animais:
FILO PORIFERO CNIDARIO PLATELMINTES NEMATELMINTE ANELIDEOS MOLUSCO ARTRÓPODE EQUINODERMOS CORDADOS

Habitat / marinhos marinhos Aquáticos ou Aquáticos ou parasitas Aquáticos ou Aquáticos ou Aquáticos, Marinhos Aquáticos ou
Modo de parasitas terrestres terrestres terrestres e terrestres
vida voadores

Tecido Não apresenta Diblástico triblástico triblástico triblástico triblástico triblástico triblástico triblástico
embrionário

Celoma Não apresenta Não apresenta Acelomado Psceudocelomado celomado celomado celomado celomado celomado

Blastóporo Não apresenta 1 abertura 1 abertura Protostômio Protostômio Protostômio Protostômio Deuterostômio Deuterostômio

Simetria Assimétrico Radial Bilateral Bilateral Bilateral Bilateral Bilateral Larva Bilateral Bilateral
Adulto radial

Metameria Não apresenta Não apresenta Não apresenta Não apresenta apresenta Não Apresenta Não apresenta Apresenta
apresenta (Tendência a (Músculos e
fusão) vertebras)

Esqueleto Espiculas e mesogleia Não apresenta Esqueleto hidrostático Esqueleto Exoesqueleto Exoesqueleto Endoesqueleto Endoesqueleto
fibras proteicas hidrostático incompleto quitinoso

Digestão Filtradores intra e intra e extracelular intra e extracelular Completa e Incompleta Completa e Completa e Completa e
intracelular extracelular Extracelular ntra e Extraceleular Extraceleular Extraceleular
extracelular

Circulação Não apresenta Não apresenta Não apresenta Não apresenta Fechada Aberta e Aberta Pseudo hemal Fechada e aberta
(Coanócito) fechada

Excreção Difusão Difusão Célula flama Tubo em H Nefrídeos Nefrideos Tubos de difusão Rins com
malpighi; gl. nefrideos
Coxais e gl.
verdes

Representant Esponja do Pólipo e planaria, Lombriga, filariose Minhoca, Caramujo, Formiga, aranha, Estrela do mar Peixes, anfibios
es mar medusa esquistossomo poliqueta polvo, bivalve siri

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Cartas do jogo:

17
18
19
20
21
22
23
24
Fonte das Imagens:

Poríferos:
http://flickrhivemind.net/User/swee-cheng/Interesting

Cnidários:
http://www.reefcorner.org/forum/topic.asp?TOPIC_ID=97967
http://www.qieducacao.com/2013/04/cnidarios-1.html

Platyhelminthes:
http://pontociencia.org.br/imgdb/experimentos
http://www.oocities.org/maquaticos/reprodsolium.jpg
http://boletim.ifsc.usp.br/img_noticias/23062008-747.jpg

Nemathelminthes:
http://www.grupoescolar.com/a/b/EB078.jpg
http://interna.coceducacao.com.br/ebook/content/pictures/2002-21-142-15-i003.jpg

Molusco:
http://1.bp.blogspot.com/-Shf9F-
U7kU/UkGqGmlE9sI/AAAAAAAAAME/O6bt46a6_Po/s1600/moluscos+02.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/64/Grapevinesnail_01a.jpg
http://api.fmanager.net/files/fossils/SC2577_bivalve.jpg

Anelídeos:
http://alojoptico.us.es/portaleto/locomo_sanguijuelas/
http://scienceblogs.com.br/rainha/2008/07/mais-vida-marinha
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/78oligoqueta.jpg

Artrópodes:
http://animais.culturamix.com/blog/wp-content/uploads/2012/09/Insetos-Imagens-2.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_RBODBL1YwcA/TN2gEI11cHI/AAAAAAAAACg/AAV4boPD
hkU/s1600/aracnideos.jpg
http://f.i.uol.com.br/folha/ciencia/images/11020205.jpeg
http://doidoporformigas.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html
http://www.geralforum.com/board/1093/522353/os-segredos-do-veneno-dos-escorpioes.html
http://sanizoo.blogspot.com.br/2011/12/caranguejo.html

Equinodermos:
http://3.bp.blogspot.com/-
oPfRDqxiGzA/T7N5cst6MzI/AAAAAAAAUVM/wMIwYjau0pE/s1600/Estrela+do+Mar+
22.jpg
http://www.wikinoticia.com/images2//elblogverde.com/wp-
content/uploads/2011/07/ErizodeMar.jp
http://www.essaseoutras.com.br/wp-content/uploads/2011/08/crinoide-lirios-mar.jpg

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

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SUGESTÃO II – INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA
Sumário
AUTORES: Carolina Sconfienza Faria, Tamiris Imaeda Yassumoto

PÚBLICO-ALVO: 6° e 7° ano do Ensino Fundamental II

CONTEXTO:
O tema foi escolhido devido à importância de se introduzir o conceito de ligação
histórica entre as espécies, de ancestralidade, em oposição à visão idealista-essencialista ou à
mera apresentação dos grupos animais sem contextualização.
A sequência didática será desenvolvida com base em aulas expositivas, conversas com
os alunos, uma visita didática ao projeto Estação Biologia e um jogo desenvolvido por esta
equipe.

OBJETIVOS:
Ao final da Sequência Didática (SD), o aluno deverá ser capaz de:
1. Compreender os conceitos de evolução e seleção natural.
2. Entender o porquê da classificação em Zoologia e como ela é feita na Sistemática
Filogenética.
3. Conseguir interpretar corretamente árvores filogenéticas simples.
4. Aplicar os conhecimentos de classificação de animais em uma situação de tomada de
decisão.

MATERIAL:
 Construção de árvore filogenética – Anexo 1
 Jogo “Kiirus”: o jogo da evolução da diversidade biológica” – Anexo 2
 Figuras peixes e filogenias de Peixes – Anexo 3
 Figuras Avaliação - Anexo 4
 Power Point

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DINÂMICA:
Aula 1: Classificação
Aula expositiva-dialogada tratando dos seguintes assuntos:
 Discussão sobre classificações e por que classificar, levantamento de conhecimentos
prévios sobre critérios de classificação (de objetos, palavras, seres vivos) através de questões
orais propostas à sala (apresentar exemplo do dicionário).
 Levantamento de conhecimentos prévios sobre a diversidade de seres vivos para
saber que grupos de organismos eles conhecem.
 Fornecer aos alunos imagens de diversos animais (incluindo os que estarão presentes
na visita à Estação Biologia) e pedir que os classifiquem de acordo com seu entendimento.
 Com base nas classificações feitas pelos alunos, discutir se classificações são
estanques. Ex.: Em um guarda-roupa, uma blusa pode ser classificada por cor ou modelo.
Um aluno pode ter colocado o pinguim junto ao galo por serem classificados como aves,
enquanto outro aluno pode tê-los deixados separados porque o pinguim vive em locais frios
e o galo não.
Objetivos: Esta aula tem como objetivo evidenciar os conhecimentos prévios dos
alunos para que o professor possa guiar as atividades da sequência de maneira mais
adequada. O outro objetivo é que os alunos possam refletir sobre os motivos de se classificar
e sobre os diferentes critérios possíveis.

Aula 2: Evolução e Seleção Natural


Aula teórico-expositiva sobre teoria da evolução e seleção natural.
Objetivo: que os alunos tenham um primeiro contato formal com esses conceitos.

Aula 3: Visita à Estação Biologia – Atividade: Trilha da Biodiversidade.


Estação Biologia é um projeto de extensão universitária do Instituto de Biociências da
USP – Atividade: Trilha da Biodiversidade.
Descrição da atividade:
É apresentada uma noção geral de biodiversidade e seleção natural a partir de
diferentes adaptações dos organismos a meios específicos, com o uso de uma série de
materiais que temos como recurso para demonstrações.
Os alunos são divididos em grupos e passeiam por vários “temas” na sala da
Comissão de Visitas e no jardim do Instituto. Os temas abordados na atividade são:

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vertebrados (com a apresentação de diversos esqueletos e peixes); invertebrados (através da
exposição de animais vivos ou fixados); insetos sociais (em um formigueiro e uma colmeia
mostra-se o funcionamento da colônia), plantas (carnívoras e suculentas), sempre destacando
as adaptações que os seres possuem aos seus ambientes.
(Retirado de: www.ib.usp.br/estacaobiologia/atividades/ - Acesso em 12/04/2013)
Objetivo: que os alunos tenham contato com seres vivos não comuns/existentes em
áreas urbanas, aumentando o repertório e abrangência da biodiversidade.

Aula 4/5: Classificação científica, introdução à sistemática e filogenia


Aula teórico-expositiva com o objetivo de que os alunos compreendam alguns
critérios utilizados em classificações científicas.
Dinâmica da aula:
 Retomada das classificações de animais realizadas pelos alunos e explicação de que,
em Zoologia, utilizamos a classificação científica para estudar os animais.
 Classificação científica, introdução à sistemática e filogenia.
Objetivo: Que os alunos compreendam alguns critérios utilizados em classificações
científicas.

Aula 6/7: Construção de Árvore Filogenética


Construção coletiva de duas árvores filogenéticas: 5 reinos (Monera, Protista, Plantas,
Fungos, Animais) / 9 filos do reino animal .
Dinâmica da aula: Atividade no anexo 1.
Objetivo: que os alunos entendam o significado e saibam interpretar corretamente uma
árvore filogenética.

Aula 8: Jogo: “Kiirus”: o jogo da evolução da diversidade biológica”


Realização de um jogo didático (anexo 2) para retomar o conteúdo abordado nas aulas
da sequência didática.
Sugerimos que o professor leia para a classe as explicações sobre o jogo e suas
instruções, deixando, depois, um encarte para cada grupo consultar durante o jogo.
Objetivo: Retomar o conteúdo

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Aula 9: Atividade de tomada de decisão
Os alunos fazem o papel de um grupo de consultoria ambiental para avaliar se devesse
aterrar ou não um lago hipotético? Critério: Existência de espécie endêmica.
Dinâmica da aula: Atividade no anexo 3.
Objetivo: Que os alunos possam aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo desta
sequência em uma simulação de situação real.

Aula 10: Avaliação escrita


Avaliação através de uma prova escrita individual que cobre alguns conceitos
trabalhados na sequência didática e a interpretação de árvores filogenéticas simples.
Sugestões de questões: anexo 4
Objetivo: Verificar o aprendizado dos alunos em relação a conceitos trabalhados na
sequência didática e à interpretação de árvores filogenéticas simples.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


Guia de livros didáticos PNLD 2008. Anos finais do ensino fundamental. Ciências.
Ministério da Educação. Brasília: MEC, 2007.

Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Secretaria de Educação


Fundamental. 1998. Brasília: MEC/SEF, 1998.

SILVA-PORTO, F. C., LUZ, M. R. M. P. & WAIZBORT, R. A suposta centralidade da


evolução nos livros didáticos de biologia. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA
EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, VI, Florianópolis, 2007. Anais. Belo Horizonte:
ABRAPEC: FAE/UFMG, 2008.

MARGULIS, L; SCHWARTZ, K. V.. Cinco Reinos – Um guia ilustrado dos filos da vida
na Terra. Tradução de Cecília Bueno. 3ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

RUPERT, E. E; FOX, R. S.; BARNES, R. D.. Zoologia dos invertebrados – Uma


abordagem funcional-evolutiva. 7ªed. Sã Paulo: Editora Roca, 2005.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1524 – acesso em
02/11/2013

http://rkbentley.blogspot.com.br/2012/02/7-theories-on-origin-of-life.html

http://www.brasilescola.com/animais/morcego.htm

http://meumundosustentavel.com/blog/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Emperor_Penguin_Manchot_empereur.jpg

29
www.mhnjb.ufmg

http://www.vevet.com.br/2013/03/guia-do-proprietario-de-primeira-viajem_8.html

https://defensoresdosanimais.wordpress.com/

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ANEXOS
ANEXO 1: Construção de Árvore Filogenética
Atividade 5 reinos, 9 filos

Objetivos:
- Que os alunos a classificação de seres vivos em cinco reinos e dos animais em nove
filos e descubram alguns critérios para a montagem de uma árvore filogenética, como
as sinapomorfias dos grupos.
Dinâmica da atividade:
- Perguntar aos alunos se eles sabem como se chamam os diferentes grupos que
podemos utilizar para separar os seres vivos.
- Apresentar a sequência: Reino – Filo – Classe – Ordem – Família – Gênero – Espécie
e explicar que, nessa concepção, Reino é a categoria mais abrangente, enquanto a
Espécie é a mais restrita. Mostrar uma classificação completa, por exemplo, a de um
cão doméstico (Canis familiaris).
- Monte uma árvore que apresenta os cinco grandes reinos. Para montar essa árvore
utilizare algumas características básicas distintivas entre os Reinos:
Lista de Sinapomorfias:
1. Origem do material genético (DNA e RNA) e da célula;
2. Presença de membrana ao redor do material genético (eucariontes);
3. Seres formados por diversas células (multicelulares);
4. Realização de fotossíntese (autótrofos);
5. Presença de parede celular de quitina.
- Inicialmente desenhar um traço e escrever a sinapomorfia 1 (figura 1), relembrando
para a sala a ideia da origem única da vida:

Figura 1: Inicio da construção da árvore filogenética


- Explicar que a membrana delimitando o material genético surgiu posteriormente,
formando o núcleo. Citar as teorias de origem do núcleo: Autogênica e
Endossimbiótica. Questionar se as células com membrana nuclear poderiam fazer parte
do mesmo grupo que as sem membrana nuclear.
- Ao explicar as demais sinapomorfias, lembre-se de questionar se a característica faz
com que um novo grupo seja delimitado, enfatizando que um grupo não se transformou
no outro, mas que essa alteração inicial ocorreu em um ancestral comum das duas
linhagens.
- Ao final, coloque os nomes de cada grupo, explicando que depois da separação de
cada linhagem ainda surgiram novas modificações dentro de cada um desses grupos e
que o que vemos hoje é produto dessa evolução, que não parou de acontecer.

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Figura 2: Árvore filogenética dos 5 Reinos completa.
- Explicar que esses são os Reinos e que dentro de cada um dele há os outros grupos
(Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie)
- Agora, será montada a árvore filogenética dos 9 Filos do Reino Animal, seguindo o
mesmo estilo de apresentação e construção da árvore anterior e utilizando as seguintes
sinapomorfias:
1- Espermatozoide uniflagelado
2- Presença de tecidos;
3- Simetria bilateral;
4- Sistema digestivo completo;
5- Presença de celoma;
6- Presença de rádula;
7- Segmentação;
8- Deuterostomia;
9- Patas articuladas;
10- Notocorda.

Figura 3: Árvore filogenética dos 9 Filos do Reino Animal.

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- Lembrar sempre de explicar cada uma das características. Ao final da construção,
teremos a árvore filogenética dos 9 Filos do Reino Animal.
- Explicar que dentro desses grupos ainda há as outras divisões: Classe, Ordem,
Família, Gênero e Espécie. Explicar que essas classificações representam o pensamento
de alguns cientistas e não são definitivas. Ao longo dos anos, as interpretações
evolutivas mudam. O advento da análise molecular, por exemplo, alterou a forma de
olhar a filogenia, que historicamente esteve baseada em características morfológicas e
fisiológicas.
- Apresentar agora o conceito de 3 Domínios, explicando que ele é baseado em
informações genéticas.

Figura 4: Árvore dos 3 Domínios, de Carl Whoese.

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ANEXOS 2: Jogo: “Kiirus”: o jogo da evolução da diversidade biológica”
Manual de instrução do jogo:
Participantes: dois a quatro (2 duplas) por tabuleiro.

Idade: a partir de 11 anos (ou 6ª série do Ensino Fundamental).

Objetivo do jogo: Povoar o maior número de hábitats diferentes e conseguir o maior


número de espécies, antes que a Carta Mudança Ambiental Global encerre a partida.

Material necessário:
- Tabuleiro mapa mundi;
- 90 Cartas Mutação;
- 60 Cartas Ambiente;
- 12 Cartas Mudança Ambiental Local;
- 07 Cartas Mudança Ambiental Global;
- 02 conjuntos de botões
- 01 dado numérico;
- Lápis, borracha e papel para anotações.

Montagem:
- Embaralhe as Cartas Mudança Ambiental Global e separe uma e, sem olhá-la, junte-a
ao monte das Cartas Mudança Ambiental Local.
- Separe os botões em dois grupos: cores quentes e cores frias. Cada dupla ficará com
um conjunto.
- Cada dupla deve colocar um botão na casa inicial do tabuleiro.

Como jogar:
- Cada botão representará uma população (conjunto de indivíduos). As duplas
começarão com uma população cada, que habita uma das regiões de floresta do
planeta.
- Para se mover pelo tabuleiro, jogue o dado. Se saírem os números 1, 2 ou 3, você
deverá pegar uma Carta Mutação.
- Para que a mutação ocorra e permaneça na sua prole, jogue o dado, se sair um dos
números: 1, 2 ou 3, a mutação se fixará na prole. Se sair 4, 5 ou 6, a mutação não
ocorrerá na prole e a Carta Mutação deve ser colocada em um monte à parte, para ser
utilizada novamente se as cartas do monte inicial acabarem.
- A Carta Mutação valerá apenas para os indivíduos nascidos na rodada seguinte a ela.
- Se uma população acumular duas mutações, passará a ser considerada uma nova
espécie, sendo indicada pelo acréscimo de um novo botão, de outra cor pertencente ao
conjunto da dupla. Para controlar o surgimento das novas espécies, construa uma
árvore filogenética, indicando em cada ramo as mutações que as espécies apresentam,
como no exemplo:

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- Ao atingir as bordas dos territórios ou as margens dos rios, o participante poderá
escolher se mandará sua população para o novo local (outra margem ou outra
ilha/continente), caso os indivíduos apresentem as características que os permitam a
transposição do obstáculo e a sobrevivência nesse novo local. Caso não queira ou não
possa colonizar o novo ambiente, o participante deve continuar a circular pelo seu
território atual até desenvolver a característica necessária ou até quando desejar.
- A cada rodada os participantes deverão retirar uma Carta Ambiente para a região em
que a peça a ser movida está. Se mais de um jogador mover a peça na mesma região,
apenas uma carta deve ser retirada. Isso representa a situação do ambiente naquele
local e momento, podendo ser constante ou apresentar alguma mudança, que é uma das
formas da seleção natural atuar, e provocará a eliminação daqueles indivíduos que não
apresentarem as características necessárias para sobreviver à nova situação, sendo
válida para todas as populações na região. Cada carta é válida apenas para uma rodada,
devendo ser colocada em um monte à parte do inicial após ser utilizada.
- O jogo terminará no momento em que dentre as cartas Ambiente for retirada a carta
Mudança Ambiental Global, que eliminará populações em nível global, ganhando
aquele participante que, ao final, possuir mais linhagens em mais locais.
- Vence o jogo aquele que tiver a maior diversidade de acordo com o seguinte cálculo:
Número de espécies diferentes x Número de regiões diferentes

Exemplares das espécies Dabia alcorus e Dabia mizarus, da esquerda para a


direita, respectivamente.

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Descrição:
Em Kiirus, um planeta muito, muito distante da Terra, o que chamamos de seres
vivos acabaram de surgir. O material genético que rege essa vida teve uma origem
única e logo se desenvolveram as membranas celulares para protegê-lo de danos
causados pelo ambiente.
Nesse lugar, o tempo passa de modo diferente em relação ao do nosso planeta.
Eventos como o surgimento da vida e a sua diversificação como conhecemos hoje, que
demoraram bilhões de anos para ocorrer na Terra, desenvolvem-se muito mais
rapidamente, em questão de horas. Dessa maneira, você poderá ver a evolução
acontecendo e, inclusive, participar dela. Entendendo como as formas de vida puderam
tornar-se tão diversas neste planeta, você entenderá como esse processo aconteceu, e
ainda acontece, na Terra.
Antes de chegarmos a Kiirus, é necessário sabermos algumas informações:
- Assim como se acredita que ocorreu na Terra, a vida em Kiirus originou-se a partir do
RNA, que é uma forma de material genético (seriam as “instruções” que guiam a
formação e manutenção da vida). Com o passar do tempo, essa estrutura de RNA
tornou-se envolta por uma membrana, que permitiu sua proteção. Surgiam assim as
células primordiais.
- Alguns dos seres formados por uma única célula conseguiam se unir, formando
colônias. Essas colônias eram grandes demais para serem fagocitadas (ingeridas) por
unicelulares predadores, de maneira que sobreviviam mais do que as células solitárias.
Essa vantagem originou os organismos multicelulares, que se tornaram cada vez
maiores e mais complexos até chegarem aos animais cuja evolução vocês
acompanharão a partir de agora.
- As duas espécies que vocês guiarão possuem um ancestral em comum e, por isso, são
muito similares, possuindo diversas características em comum: Quatro patas, com
cinco dedos em cada e sem polegares opositores, cauda curta e fina e pelagem curta
marrom. Porém, essas espécies se distinguem pelo formato do bico e,
consequentemente, pela sua dieta: Enquanto a espécie Dabia mizarus possui o bico
muito afiado come sementes bastante duras, a Dabia alcorus tem o bico com a borda
arredondada e se alimenta de sementes menos duras.
- Mutações são alterações no material genético dos seres vivos. Aquelas que originam
novas características normalmente ocorrem nos gametas ou no desenvolvimento inicial
do embrião, e por esse motivo qualquer mutação que surgir nas Cartas Mutação só
existirá nos indivíduos que nascerem na geração seguinte à carta.

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Tabuleiro:

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ANEXO 3: Atividade de tomada de decisão
A seguinte situação será apresentada aos alunos:
Uma empresa deseja construir um conjunto de prédios em um local onde existe
um pequeno lago. Para isso, o lago seria aterrado.
Os alunos devem representar o papel de um grupo de consultoria ambiental que
foi contratado para determinar se o lago pode ou não ser aterrado. O critério que eles
irão considerar é de que, se houver uma espécie de peixe que só exista naquele lago, ele
deverá ser preservado.
Os seguintes morfotipos de peixes são encontrados no lago:

Os consultores encontraram duas pesquisas de cientistas que têm opiniões


diferentes a respeito daqueles peixes:
O cientista 1 afirma que existem duas espécies no lago, e apresenta a seguinte
árvore filogenética:

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O cientista 2 afirma que existem cinco espécies no lago, e apresenta a seguinte
árvore filogenética:

Todos os morfotipos são bastante comuns em outros locais, com exceção deste,
que só foi encontrado no lago em questão:

Os alunos devem discutir, em grupos, qual seria a decisão deles: O lago pode ou
não ser aterrado?
Não há, necessariamente, uma resposta correta. O importante é que os alunos
construam argumentos congruentes que suportem a sua decisão, e pode ser pedido um
relatório em que eles a expliquem. Esse relatório poderia ser parte da avaliação do
aprendizado deles, verificando se são capazes de compreender o problema e se a sua
argumentação inclui conceitos abordados ao longo desta sequência didática.

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ANEXO 4: Avaliação escrita
Prova escrita individual que cobre alguns conceitos trabalhados na sequência
didática e a interpretação de árvores filogenéticas simples.

Sugerimos que seja apresentado o seguinte esquema, popularmente divulgado


como “a evolução do Homem”.

Fonte:
http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/02210/evo2_2210436b.jpg
Algumas perguntas que podem ser feitas aos alunos são:
 Que problema você vê nesta figura, em relação ao que ela representa?
 A teoria da evolução diz que o Homem veio do macaco?
Essas questões visariam avaliar se os alunos ainda mantêm a ideia da evolução
como um processo linear e rumo a um ser “superior”.

Outra maneira de avaliar isso, acrescida da capacidade de interpretação de uma


filogenia simples, seria a seguinte questão:
 Observe as duas figuras abaixo. Explique qual a relação entre os grupos de
animais na figura 1 e qual a relação entre eles na figura 2, deixando clara a diferença
entre elas.
 Qual das figuras é mais adequada para representar a evolução destes grupos de
animais?
 O ser humano está dentro do grupo dos mamíferos. Isso significa que ele é mais
evoluído do que os peixes?

Figura 1. Modificado de http://www.intrigueillustration.com/evolution-of-animals/

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Figura 2. Modificado de http://www.intrigueillustration.com/evolution-of-animals/

Também seria interessante retomar as indagações feitas na primeira aula:


 Por que classificamos os seres vivos? Que critérios são usados para a
classificação na sistemática filogenética?

Assim, poderia ser avaliado se os objetivos da sequência foram atingidos.

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

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SUGESTÃO III – DIFERENCIAÇÃO DOS GRUPOS ANIMAIS E PROCESSO
DE EXTINÇÃO
Sumário

AUTORES: Carolina Perozzi Guedes de Azevedo e Mariana Draque Vasconcelos

PÚBLICO-ALVO: 6° e 7° ano do Ensino Fundamental II

CONTEXTO:
O tema “perigo de extinção” é um atual e polêmico, que se relaciona com fatos da
sociedade contemporânea. Além disso, permite o estudo dos grupos animais e suas
características visando à prevenção da sua extinção.
Para abordar esse assunto será utilizado um jogo. Essa categoria de objeto
didático, quando trabalhado de forma correta e objetiva, e não apenas para a diversão
(COELHO, 2011), torna mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem,
uma vez que os alunos estão envolvidos emocionalmente na ação (MORAES &
REZENDE, 2009). Devido ao seu caráter lúdico, estas atividades criam situações mais
criativas e motivadoras (SOUZA & NASCIMENTO JUNIOR, 2005) e favorecem a
construção pelos alunos de seus próprios conhecimentos (CAMPOS, 2002), e atingem
diversos objetivos, relacionados à cognição, afeição e socialização, motivação.
(MIRANDA, 2001).

OBJETIVOS:
Objetivos conceituais: diferenciar e classificar os animais considerando as
características específicas de cada grupo; familiarizar-se com alguns exemplares dos
diferentes grupos, com o conceito de extinção e seus processos.
Objetivos atitudinais: trabalhar em grupo, interpretar situações hipotéticas, pensar
soluções para os problemas propostos, desenvolver a habilidade de socializar
conclusões para os colegas.
Objetivos procedimentais: desenvolver a habilidade de discussão e de
sistematização de conclusões, interpretar tabelas e complementá-las, formular cartazes
de divulgação que tenham um bom grau de apelação para temas importantes.

MATERIAL:
Estrutura necessária para aplicação dessa SD:

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- Datashow para exibição dos vídeos/documentários, computador com acesso à
internet para exibi-los.
- Cartolinas para preparação dos cartazes.
- Impressão do jogo Mau-mau das extinções.
- Produção de cartaz de divulgação/conscientização.
Materiais de apoio:
- Vídeos:
1° - http://www.youtube.com/watch?v=1V9PKQUxWAM Acesso em 17/05/2015
2° - http://www.youtube.com/watch?v=U5nYnkxiyBc Acesso em 17/05/2015
3° - http://www.youtube.com/watch?v=PV_vmlLNzhs Acesso em 30/10/2013

DINÂMICA:
Aula 1: Sensibilização e levantamento de concepções prévias
Na primeira aula exiba um vídeo curto (6 minutos) que mostra imagens dos mais
variados animais, algumas cenas fortes causadas por desmatamento, queimadas,
derramamentos etc., além de algumas ações positivas. A ideia do vídeo é incentivar e
aguçar a curiosidade dos alunos, motivando-os. A partir disso, levante os
conhecimentos prévios a respeito dos processos e consequências da extinção. Anote
essas ideias em lousa como uma tabela. Apresente os conceitos encontrados em
dicionários e em livros didáticos, e mostre dois documentários: o primeiro a respeito da
extinção dos dinossauros (2 minutos) para apresentar a ideia de extinção como um
processo natural, o segundo será um vídeo que diferencia o processo de extinção natural
do processo de extinção artificial e relaciona este último às ações humanas (2 minutos).
A finalização da aula se dará com rodas de conversa e a retomada dos conhecimentos
iniciais, complementando a tabela com o que for necessário. Os estudantes deverão
registrar em seus cadernos a tabela ao final da aula.
Na primeira aula o aluno deverá ser capaz de compreender que extinção é um
processo natural, mas que a intervenção humana tem modificado e acelerado esse
processo. Os conteúdos trabalhados serão o conceito de extinção – desde sua aplicação
em outros contextos até o contexto de interesse, que é o biológico. As modalidades
didáticas desta aula são: multimídia, leitura de termos e discussão com toda a sala. A
tabela produzida com os conhecimentos prévios e complementada após as discussões
deverá ser registrada no caderno.

56
Aula 2/3: Jogo “Mau-Mau das extinções” (Anexo 1)
Na segunda e terceira aulas, apresente e jogue com os estudantes o jogo “Mau-
Mau das extinções” (em torno de uma aula e meia). As regras se assemelham a do jogo
já conhecido “Mau-Mau” (ou Can Can, ou ainda, Uno), portanto o objetivo é eliminar
todas as cartas que o jogador possuir. Neste jogo, a permanência de cartas nas mãos dos
jogadores implica uma situação hipotética de extinção dos animais representados nelas.
Na segunda e terceira aulas os estudantes deverão estar aptos a se organizar em
grupos de 3 a 6 integrantes, compreender as regras do jogo e efetivamente jogá-lo. Para
tanto devem ter como base tanto as regras quanto a ideia principal que é “evitar a
extinção daqueles animais, livrando-se de todas as cartas”. Nesta aula não será
trabalhado nenhum conceito porém é desejável que os alunos percebam que os animais
que fazem parte de cada uma das cores do jogo possuem algumas características
comuns. Os animais das cartas que não forem descartadas deverão ser listados no
caderno de cada um dos integrantes do grupo. Espera-se que cada grupo de jogadores
possua uma lista de animais bem diferenciada, o que enriquecerá as discussões das aulas
seguintes.

Aula 4/5: Grupos Animais - Classificação


Na quarta e quinta aulas ocorrerá a discussão a respeito dos grupos animais (suas
características), e o que os unem nesses grupos. Além disso, serão trabalhados os
hábitats mais comumente ocupados, para futura associação deles aos processos de
extinção.
Na quarta e quinta aulas, espera-se que os alunos sejam capazes de identificar as
semelhanças entre os animais contidos no jogo e organizá-los em grupos.
Posteriormente eles deverão ser capazes de classificá-los de acordo com a Classe a qual
pertencem. Eles devem também ser capazes de supor o tipo de hábitat ao qual cada
grupo é mais apto. Os conceitos trabalhados serão a classificação dos vertebrados, até a
divisão de Classes, através dos animais presentes no jogo. Outro conceito a ser
abordado é hábitat, sua definição e associação aos animais. As modalidades didáticas
envolvidas são exposição docente oral e discussão com toda a sala. Os conceitos e a
classificação devem ser anotados no caderno como sistematização.

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Aula 6: Sistematização do Jogo – Justificando extinções
Na sexta aula, partindo do resultado do jogo (cartas não descartadas), serão
discutidos os possíveis mecanismos de extinção dos animais em questão, baseando-se
em suas características e em seus hábitats. Cada grupo de jogadores deve analisar as
cartas que não foram descartadas, sejam elas animais ou processos de destruição, e
associá-las para explicar como aqueles animais seriam extintos (que eventos
influenciam, em qual local seria provável aquelas extinções etc.) e discutir a
possibilidade de extinção em massa de diversos animais, de classes diferentes (nesse
momento os alunos já devem ser capazes de lidar com essa nomenclatura). Após a
discussão eles devem produzir um texto simples no qual elencam os eventos mais
graves que poderiam gerar a extinção daqueles animais. Eles também devem discutir e
anotar ao lado de cada evento, possíveis atitudes que possam evitar esse processo.
Na sexta aula os alunos deverão ser capazes de utilizar todo o conhecimento
adquirido nas aulas anteriores e relacioná-los para desenvolver hipóteses para a extinção
dos animais restantes do jogo. Os conceitos abordados serão a relação das
características de cada classe de animais com os eventos de destruição que podem
provocar extinções. A modalidade didática é discussão entre o grupo, com
sistematização a critério deles, visando à apresentação para a sala.

Aula 7: Socialização da sistematização – propondo soluções


Na sétima aula haverá uma socialização da discussão de cada grupo, isto é, eles
deverão apresentar para a sala a lista de animais que seriam extintos (oriunda do jogo) e
a discussão que fizeram, apontando os eventos elencados na aula anterior e as
possibilidades para evitá-los.
Na sétima aula os alunos deverão ser capazes de elaborar uma apresentação curta
– aproximadamente 7 minutos – para a sala. Os conceitos trabalhados serão os mesmos
da aula anterior, porém com exposição dos alunos. Eles deverão apresentar a lista de
animais restantes do jogo deles e, a partir disso, desenvolver a apresentação com os
possíveis eventos que extinguiriam esses animais, justificando suas hipóteses com base
nas características dos animais e propondo soluções e/ou prevenções para tais eventos.
A modalidade didática desta aula é exposição oral discente (ou seminário) e o uso de
lousa ou outro artifício fica por conta dos próprios alunos. Esses adendos não serão
avaliados, porém, a apresentação sim.

58
Aula 8: Avaliação e divulgação
Na oitava aula serão produzidos cartazes com indicativos de ações que evitem a
extinção. Esses indicativos devem aparecer de maneira clara e justificados. Tal
atividade será usada pela equipe para avaliá-los e deverá ser exposta para toda a escola
para fins de divulgação de conhecimento e conscientização.
Na oitava aula, após todo o processo de compreensão dos processos naturais e
artificiais de extinção, após o desafio de analisar e propor soluções para uma situação-
problema hipotética e após a socialização de todo esse processo, espera-se que os alunos
sejam capazes de produzir um cartaz inteligente, que chame a atenção de terceiros e que
exponha pontos primordiais do perigo de extinção de espécies da fauna e da flora e que
traga algum elemento de conscientização. A modalidade didática é produção de objeto
de divulgação/conscientização.

Avaliação: Aulas 7 e 8
A avaliação se dará em dois momentos: socialização das discussões (na sétima
aula) e cartazes produzidos (oitava aula). No momento da socialização serão critérios:
clareza na exposição das discussões, organização da apresentação, profundidade dos
argumentos e das soluções propostas e postura diante da sala. Nos cartazes será
avaliado: a organização visual do cartaz, a capacidade apelativa dos mesmos, ortografia
e conteúdo.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


CAMPOS, L.M.L; BORTOLOTO, T.M. e FELÍCIO, A.K.C. A produção de jogos
didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a
aprendizagem. 2002. Retirado em 15/01/2008 no World Wide Web:
http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaodejogos.pdf.

COELHO, A.P.S.S.; FERNANDES, C. R.; SANTOS, R. B. “A importância dos


jogos didáticos para transformar o conteúdo mais atrativo”. Faculdade Oswaldo Cruz.
São Paulo. 2011.

MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. In: Ciência Hoje, v.28, p.


64-66. 2001.
MORAES, E.; REZENDE, D. “Atividades lúdicas como elementos mediadores da
aprendizagem no ensino de ciências da natureza”. Enseñanza de las Ciencias, Número
Extra VIII Congreso Internacional sobre Investigación en Didáctica de las Ciencias,
Barcelona, pp. 1008-1012, 2009.

59
SOUZA, D. C.; NASCIMENTO JUNIOR, A. F. “Jogos didático-pedagógicos
ecológicos: uma proposta para o ensino de ciências, ecologia e educação ambiental”. In:
Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2005, p. 1-12.

Fonte das Imagens do Jogo Mau-mau das extinções:

http://www.espacoamazonico.com.br/artigos/a_devastacao_da_amazonia.htm –
Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://colunas.imirante.com/platb/decio/2008/08/11/devastacao-no-sul-do-ma-
providencias-a-caminho/ – Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://mateusjornalismo.blogspot.com.br/2009/09/alcool-polui-tanto-quanto-
gasolina.html – Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://quintoanocarolinanazareth.blogspot.com.br/2010/08/devastacao-das-
florestas.html – Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://www.infoescola.com/quimica/chuva-acida/ – Acesso em 10 de setembro de


2013.

http://museuufudeuberlandia.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html – Acesso
em 10 de setembro de 2013.

http://oglobo.globo.com/participe/mat/2010/05/25/leitores-chamam-atencao-para-
desperdicio-com-iluminacao-publica-no-rio-de-janeiro-916687886.asp – Acesso em 10
de setembro de 2013.

http://www.carlinosouza.com.br/ – Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://www.culturamix.com/meio-ambiente/meio-ambiente-poluido – Acesso em 10
de setembro de 2013.

http://www.icmbio.gov.br – Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Dipsas&species=albifrons –
Acesso em 10 de setembro de 2013.

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=extin%E7%E3o – Acesso em 01 de novembro de 2013.

http://www.priberam.pt/DLPO/extin%C3%A7%C3%A3o – Acesso em 30 de
outubro de 2013.

http://www.ibama.gov.br/documentos/listas-de-especies-da-fauna-e-flora-
ameacadas-de-extincao - Acesso em 28 de outubro de 2013.

60
ANEXOS:
ANEXO 1: Jogo “Mau-mau das extinções”

MAU MAU DAS EXTINÇÕES


Jogadores: 3 a 6

Objetivo do jogo: Eliminar todas as cartas para evitar extinções de animais.

Como jogar:
 Embaralhe as cartas e distribua 7 cartas para cada um dos jogadores. As cartas
restantes devem ser colocadas viradas para baixo no “monte”. Esse será o monte
de compra de cartas.
 Vire a primeira carta para determinar a cor que deverá ser jogada.
 O primeiro jogador (que deve ter sido escolhido previamente) deverá jogar
(eliminar) uma carta da mesma cor da carta que foi virada. Todos os jogadores
devem prosseguir dessa maneira. As cartas de números não têm função específica
e são apenas descartadas. As cartas com “X” fazem o jogador seguinte perder a
vez. As cartas “+1” fazem o jogador anterior comprar uma carta do monte. As
cartas “+2” são cumulativas, isto é, a partir do momento que uma carta dessas é
jogada somente cartas semelhantes podem ser descartadas em cima e a compra
vai acumulando a cada descarte até o momento em que algum jogador não mais
possui cartas “+2” e deverá comprar as cartas equivalentes a soma de todas as
cartas “+2” descartadas. As cartas “+4” permitem que o jogador escolha a cor a
vigorar e fazem com que o jogador seguinte compre 4 cartas do monte.
 Quando um jogador não possuir nenhuma carta da cor que está na mesa ele
deverá proceder:
1. Caso a carta na mesa seja um número e o jogador possuir o mesmo
número de outra cor, o mesmo pode ser jogado e a cor que passa a vigorar é a do
último número.
2. Caso possua uma carta +4, de qualquer cor, ela poderá ser jogada, o
próximo jogador deverá comprar 4 cartas e o jogador que descartou deverá
escolher a cor que seja vigente dali em diante.
3. Caso não possua nenhuma dessas cartas o jogador deverá recorrer ao
monte de compras até encontrar uma carta da cor vigente.
 Quando algum jogador for descartar a penúltima carta ele deverá avisar seus
adversários exclamando: “Mau Mau!”. Caso o mesmo não faça isso ele deverá
comprar mais 4 cartas e o jogo prosseguirá.
 Ganha o jogo quem conseguir eliminar todas as cartas.
As cartas que restarem nas mãos dos outros jogadores serão a representação dos
animais extintos. Essas cartas serão utilizadas para uma discussão posterior.

PROTEJA OS SEUS ANIMAIS E BOA SORTE...

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Cartas do jogo “Mau-mau das extinções”:

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

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SUGESTÃO IV – INVERTEBRADOS: QUEM SÃO ELES?
Sumário

AUTORES: Claudia Saito, Luciana Sato, Raíssa Milanelli, Raul Teixeira

PÚBLICO-ALVO:

CONTEXTO:
Nas aulas do Ensino Fundamental, o tópico sobre invertebrados é dado muito
superficialmente e geralmente com aulas somente expositivas, o que torna difícil a
compreensão da evolução e relação entre os organismos e sua importância no ambiente
em que vivemos.
A SD deverá ser aplicada após os alunos terem aprendido os conteúdos sobre a
evolução dos seres vivos, a célula como unidade básica dos seres vivos, classificação
dos seres vivos e ecossistemas, por serem conceitos essenciais para possibilitar a
discussão que pretendemos gerar com a metodologia proposta.

OBJETIVOS:
Possibilitar que o aluno compreenda a importância de cada animal para o
equilíbrio do ecossistema e que a menor complexidade não implica na menor
importância deste. Instigar a curiosidade do saber, e desenvolver a habilidade de
contextualização dos conhecimentos com o cotidiano.

MATERIAL:
- Materiais utilizados pelo professor:
 Teia da Vida (banco de dados na internet). Fotos dos grupos. Vídeo didático
sobre Poríferos.
- Material desenvolvido pelo professor:
 Jogo sobre consequências de impactos ambientais: Quebra a Teia.
 Modelo de cladograma com ramos giratórios: (Materiais: bolinhas de
isopor, palitos de churrasco, durex, cola quente, papel sulfite. As bolinhas
serão os nós e os palitos serão os ramos.).
- Materiais desenvolvidos pelos alunos:
 Modelo da organização geral de um anelídeo.

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 Dioramas com modelos tridimensionais de um representante característico
de cada filo inseridos em seu ambiente.

DINÂMICA:
Aula 1: Introdução, classificação e levantamento de concepções prévias
Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: primeiramente serão apresentados
aos alunos diferentes objetos ou alimentos para que os alunos os separem em grupos do
jeito que acharem mais conveniente. Depois serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções que os alunos têm sobre o assunto em geral e suas experiências pessoais.
Essas atividades serão realizadas com a classe toda. Exemplos: Por que vocês
classificaram esses objetos dessa maneira? E os animais? Podem ser classificados?
Como vocês fariam isso e por quê? Vocês sabem o que significa a palavra invertebrado?
Que características possuem os animais invertebrados? E dentre eles, são classificados
de outra maneira? Já viu algum animal assim? Os conhecimentos prévios serão
registrados em uma tabela na lousa.
 Uso de mídia (Teia da Vida) para introduzir os conceitos de classificação e
invertebrados. (Em Mídias: Multimídias: Classificação dos seres vivos: Cidade Oeste:
Revistaria; Entorno Leste e Oeste).
http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/biologia/teiadavida/conteudo/index.html
(Acesso em 17/05/2015).
 Como organizamos os grupos de animais? Construir um cladograma grande no
fundo da sala para ser preenchido ao longo da SD. O cladograma pode ser construído
em cartolinas, como no desenho abaixo. A cada aula e a cada conteúdo abordado, um
grupo e suas características serão adicionados ao cladograma.
 Ao final da aula, serão retomados os conteúdos abordados e confrontados com
os conhecimentos prévios.

Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de entender a classificação


dos seres vivos e a aplicação desses conceitos no seu dia-a-dia. Também deverá ser
capaz de identificar quais são os animais invertebrados.

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Conteúdos: Características básicas de invertebrados; introdução aos conceitos
básicos da construção e análise de um cladograma.

Avaliação: Retomada e discussão da tabela.

Aula 2: Caracterização do grupo Poríferos


Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais, que serão sistematizadas em uma
tabela, na lousa, para ser discutida ao final da aula. Exemplos: Quem já foi à praia? Já
viu alguns dos animais que vivem no mar, principalmente no fundo? Como eles são?
Sabem quem são estes animais? Que características colocam eles nesse grupo? Qual a
importância deles na praia?
 Aula expositiva com desenhos e esquemas da organização corporal. Podem ser
feitos na lousa ou utilizar imagens já prontas.
 Uso de vídeo para introduzir o grupo Porífera (Sponge Feeding):
http://www.youtube.com/watch?v=RmPTM965-1c#t=246 Acesso em 17/10/2015.
 Ao final da aula, serão retomados os conteúdos abordados e confrontados com
os conhecimentos prévios.
 Construção do cladograma.
- Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer e relacionar um
representante do grupo Poríferos com o ambiente em que vive, e saber reconhecer a sua
importância.
Conteúdos: Caracterização do grupo Poríferos e como se relacionam com o
ambiente.
Avaliação: Retomada e discussão da tabela.

Aula 3: Caracterização do grupo Cnidários


Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais, que serão sistematizadas em uma
tabela, na lousa, para ser discutida ao final da aula. Exemplos: Que outros animais, além
dos poríferos, podemos encontrar na praia? Que características possuem? A que grupo

74
pertencem? E os corais? São animais? Nesse momento o professor também pode
apresentar as principais características do grupo e algumas curiosidades.
 Aula prática: os alunos serão separados em grupos e deverão fazer desenhos e
esquemas de diferentes representantes de cnidários, representando sua organização
corporal e principais características. O professor deve ajudar a elaborar os esquemas e o
livro didático servirá de consulta. Depois será feita uma apresentação de cada grupo
para a sala. Sugestões de grupos a serem trabalhados: corais, águas-vivas, anêmonas.
 Ao final da aula, serão retomados os conteúdos abordados e confrontados com
os conhecimentos prévios.
 Construção do cladograma.
Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer e relacionar
um representante do grupo Cnidários com o ambiente em que vive, e saber reconhecer a
sua importância.
Conteúdos: Caracterização do grupo Cnidários e como se relacionam com o
ambiente.
Avaliação: Retomada e discussão da tabela, apresentação.

Aula 4: Caracterização dos grupos Platelmintos e Nematelmintos


Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais. Exemplos: Vocês sabem o que são
os vermes? São todos iguais? Pertencem ao mesmo grupo? Qual a importância deles no
ambiente? Há importância? Esses dados serão registrados em uma tabela, na lousa.
 Role play: contextualização dos problemas de saúde pública de uma cidade,
tomada de decisões pelos grupos de alunos (Audiência pública). (Anexo 1).
 Site Teia da Vida para ajudar na pesquisa (site nas referências bibliográficas):
o Nematelmintos: filariose (em Mídias: Animais como vetores de doenças:
Campo Oeste).
o Platelmintos: esquistossomose (em Mídias: Saneamento básico: Cidade
Oeste: Revistaria).
 Ao final da aula, será feita a apresentação dos grupos e discussão dos conteúdos
com os alunos.
 Construção do cladograma.

75
 Role play (Audiência pública), mídia (objeto educacional) e discussões.
Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer um
representante dos grupos Platelmintos e Nematelmintos e relacionar com problemas
sociais. Deverá também saber reconhecer suas importâncias e relacioná-los com o
ambiente em que vivem.
Conteúdos: Caracterização dos grupos Platelmintos e Nematelmintos e como se
relacionam com o ambiente.
Avaliação: Retomada da tabela e discussão durante a atividade.

Aula 5: Caracterização do grupo Anelídeos e como se relacionam com o ambiente.


Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais, que serão sistematizadas em uma
tabela. Exemplos: Vocês sabem o que é um anelídeo? Sabem dar exemplos de anelídeos
que são bem conhecidos por todos nós? Que características possuem? Qual a
importância desses animais? Há anelídeos de importância médica?
 Aula expositiva da estrutura geral de um anelídeo e seus principais grupos,
utilizando imagens e esquemas que podem ser feitos na lousa, para que os alunos
consigam montar o modelo.
 Aula prática: construção de um modelo de anelídeo pelos alunos. Serão
oferecidos diversos materiais para os alunos montarem o modelo (material reciclável,
cartolinas, papel pardo, elásticos etc.). Os alunos podem trabalhar em grupos, e é
importante que todos tenham contato com os modelos dos diferentes tipos de anelídeos.
 Ao final da aula, serão retomados os conteúdos abordados e confrontados com
os conhecimentos prévios.
 Construção do cladograma.
Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer e relacionar
um representante do grupo Anelídeos com o ambiente em que vive, e saber reconhecer a
sua importância.
Conteúdos: Caracterização do grupo Anelídeos e como se relacionam com o
ambiente.
Avaliação: Retomada e discussão da tabela, discussão dos modelos.

76
Aula 6: Caracterização do grupo Moluscos e como se relacionam com o ambiente.
Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais. Exemplos: Quem aqui já comeu
frutos do mar? Sabem me dar exemplos? Quais suas características mais evidentes?
Pertencem a que grupo? Qual a importâncias desses animais, além da alimentação?
Esses dados serão registrados em uma tabela na lousa.
 Aula prática-expositiva: será desenvolvida com exemplares diferentes de
conchas de bivalves e gastrópodes, tanto terrestres quanto aquáticos, modelos ou
imagens de lulas. Os exemplares serão colocados sobre uma mesa e os alunos deverão
identificar o animal. Durante a aula, serão discutidos os diferentes animais que fazem
parte desse grupo, suas características principais e sua importância no ambiente em que
vivem.
 Durante a aula, os conteúdos abordados serão confrontados com os
conhecimentos prévios.
 Construção do cladograma.
Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer e relacionar
um representante do grupo Moluscos com o ambiente em que vive, e saber reconhecer a
sua importância.
Conteúdos: Caracterização do grupo Moluscos e como se relacionam com o
ambiente.
Avaliação: Retomada e discussão da tabela, discussão dos exemplares.

Aula 7: Caracterização do grupo Artrópodes e como se relacionam com o ambiente.


Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais, que serão sistematizadas em uma
tabela. Exemplos: Alguém sabe o que é um Artrópode? São todos iguais? Que
características possuem? O que fazem deles o grupo com a maior diversidade e número
de espécies conhecidas? Eles são importantes para o ser humano? Qual a importância
dos estudos sobre os artrópodes?
 Aula prática: serão utilizados exemplares de diferentes subgrupos de artrópodes
(ex: aracnídeos, insetos, crustáceos…). Os alunos deverão montar uma tabela

77
comparando os animais, apontando as semelhanças e diferenças entre eles. O professor
estará presente para tirar as dúvidas dos alunos.
 Ao final da aula, as tabelas montadas pelos alunos serão comparadas e
confrontadas com os conhecimentos prévios.
 Construção do cladograma.
Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer e relacionar
um representante do grupo Artrópodes com o ambiente em que vive, e saber reconhecer
a sua importância.
Conteúdos: Caracterização do grupo Artrópodes e como se relacionam com o
ambiente.
Avaliação: Retomada e discussão da tabela.

Aula 8: Caracterização do grupo Equinodermados e como se relacionam com o


ambiente.
Atividades:
 Levantamento dos conhecimentos prévios: serão feitas perguntas gerais sobre as
concepções dos alunos e suas experiências pessoais, que serão sistematizadas em uma
tabela. Exemplos: Voltando ao ambiente da praia, que tipos de animais podemos
encontrar na areia, fundo do mar e próximos a costões rochosos? Quem são esses
animais? Possuem alguma semelhança entre si? São animais simétricos? Que utilidade
eles têm se vivem parados sem fazer nada?
 Uso de mídia (Teia da Vida) para introduzir o grupo Equinodermados. Em
Mídias: Multimídias: A vida no meio aquático: Campo Leste: Equinodermos, a vida no
mar. Site nas referências bibliográficas.
 Ao final da aula, serão retomados os conteúdos abordados e confrontados com
os conhecimentos prévios.
 Construção do cladograma.
 Mídia (objeto educacional) e discussões.
Objetivos: O aluno, ao final da aula, deverá ser capaz de reconhecer e relacionar
um representante do grupo Equinodermados com o ambiente em que vive, e saber
reconhecer a sua importância.
Conteúdos: Caracterização do grupo Equinodermados e como se relacionam com
o ambiente.

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Avaliação: Retomada e discussão da tabela.

Aula 9: Diorama
Os alunos serão divididos em 8 grupos e instruídos a montarem um diorama
representando cada um dos grupos de animais estudados durante a SD. O diorama deve
representar o animal e o ambiente em que ele vive. Os dioramas não precisam
necessariamente conter somente um dos grupos estudados, mas um grupo deve ser
escolhido como o principal do diorama. Os alunos podem representar as relações que
foram estudadas ao longo da SD, e por isso mais de um grupo pode ser representado.
Objetivos: Montagem do diorama.
Conteúdos: Retomada das aulas anteriores com cada grupo de alunos.

Aula 10: Rememorando


Atividades:
 Discussão, com apresentação dos dioramas por cada grupo de alunos e
finalização.
 Cladograma com ramos giratórios: Mostrar aos alunos o modelo de cladograma
onde podemos girar os ramos, mostrando que não é uma estrutura totalmente estática.
 Jogo Quebra a Teia (Anexo 2).
Objetivos: O aluno deverá ser capaz de compreender a importância dos animais
estudados para a manutenção do equilíbrio do ecossistema.
Conteúdos: retomada dos conteúdos de todas as aulas e breve abordagem da
relação com os vertebrados.
Avaliação: Será um processo continuado durante as aulas. O pensamento lógico
dos alunos e a capacidade de relacionar as características com o ambiente será avaliado.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


BESERRA, J. G.; BRITO, C. H. Modelagem didática tridimensional de artrópodes,
como método para ensino de ciências e biologia. Revista Brasileira de Ensino de
Ciência e Tecnologia, v. 5, n. 3, p. 70-88, 2012. Disponível em:
<http://revistas.utfpr.edu.br/pg/index.php/rbect/issue/view/97>. Acesso em: 25 nov.
2013.

CUNHA, E. E.; MARTINS, F. O.; FERES, R. J. F. Zoologia no ensino fundamental:


propostas para uma abordagem teórico-prática. Campus de São José do Rio Preto –

79
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. 2008. Disponível em:
<http://prope.unesp.br/xxi_cic/27_36491636836.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2013.

Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias /


Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice
Vieira. – 2. ed. – São Paulo: SE, 2011. 260 p. Disponível em:
<http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_CIEN_COMP_red
_md_20_03.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2013.

SANTOS, S. C. S.; TERÁN, A. F. Condições de ensino em zoologia no nível


fundamental: o caso das escolas municipais de Manaus-AM. Revista ARETÉ, Manaus,
v. 6, n. 10, p.01-18, jan a jun/2013.

Portal do professor. Disponível em:


<http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/biologia/teiadavida/conteudo/index.html
> Acesso em: 25 nov. 2013.

Vídeo Porífera. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=RmPTM965-


1c#t=246>. Acesso em 25 nov. 2013.

80
ANEXOS:
ANEXO 1: Role Play
Role Play
Participantes: A classe toda

Idade: a partir de 11 anos (ou 6° série do Ensino Fundamental)

Objetivo da atividade: solucionar os problemas de saúde pública de uma cidade


fictícia.

Material necessário: lousa e giz, Datashow ou impressão do texto e papeis abaixo.

A cidade São Clemente está passando por problemas de saúde pública. Esta é
uma cidade rural que produz alimentos para serem distribuídos na região. Nesta cidade
são criados porcos e vacas, com vastos campos de plantação de milho. A água utilizada
nas atividades agropecuárias provém de um rio próximo rodeado por casas, onde as
pessoas costumam nadar e há despejo do esgoto gerado por eles. Ultimamente estão
sendo relatados casos de esquistossomose, cisticercose, ancilostomose e teníase.
Haverá uma audiência pública na cidade para tentar solucionar esses problemas.
Cada grupo de alunos representará uma parcela da sociedade afetada.

- Criador de gado
- Criador dos porcos
- Agricultores
- Mercadores
- Consumidores da cidade
- Consumidores da cidade vizinha
- Médicos
- Biólogos
- Prefeito
- Criadores/vendedores de escargot

ANEXO 2: Jogo Quebra a Teia


Jogo Quebra a Teia
Participantes: de 2 a 5

Material necessário:
- Peças:
- 32 cubos pequenos independentes e 1 grande
- 1 mesa de suporte
- 18 cartões indicando quantos quadrados devem ser derrubados
- 1 ser humano
- 1 martelo

Montagem:
- Tamanho da plataforma inteira 21x21 cm
- Quadrados pequenos 3x3

81
- Quadrado grande 6x6

Figura1: vista lateral da mesa do jogo. Figura 2: vista superior da mesa.

Figura 3: Mesa do jogo.

Como jogar:
Regras:
- Jogadores: de 2 a 5.
- Ordem de jogada: em sentido horário, começando pela pessoa escolhida pelo grupo
de jogadores.
- Objetivo do jogo: Propiciar a discussão acerca das relações existentes entre as
espécies e sobre a importância que cada uma delas tem sobre toda a estrutura do
ecossistema.
- Cada jogador, na sua vez, pega uma carta do monte e segue as instruções dadas,
derrubando o número de quadrados indicados, terminando sua vez.
- O jogo acaba quando a estrutura colapsa, derrubando todos os quadrados. O jogo não
tem vencedores nem perdedor.
- O importante é a discussão que o jogo proporciona.

Cartas:
 Não derrube nenhum quadrado:
- Foi construído um corredor ecológico. Não jogue na próxima rodada.
- Reflorestamento. O próximo jogador não retira carta.
- Combate à biopirataria. Escolha alguém para não jogar na próxima rodada.

82
 Derrube 1 quadrado:
- Um pequeno incêndio tomou conta de uma floresta, mas como ele foi contido
rapidamente, devastou somente uma pequena área. Derrube 1 quadrado.
- Desmatamento para plantação de cana ou criação de gado. Derrube 1 quadrado.
- Uma nova fábrica de carros está sendo construída na cidade. Derrube 1 quadrado.
- Uma área grande foi alagada para a construção de uma usina hidrelétrica. Derrube 1
quadrado.
- Uma termoelétrica está superaquecendo a temperatura de um rio. Derrube 1 quadrado.
- Está havendo extração exagerada de recursos naturais para a alimentação sem
respeitar o ciclo de vida dos animais. Derrube 1 quadrado.
- Extração de animais para ornamentação. Derrube 1 quadrado.
- Captura ilegal de animais para venda e uso como animais de estimação. Derrube 1
quadrado.
- Um rio está sofrendo eutrofização por excesso de matéria orgânica. Derrube 1
quadrado.
- Pesca com redes de arrasto. Derrube 1 quadrado.
- Despejo de esgoto em local inapropriado. Derrube 1 quadrado.
- Descarte irregular de baterias e pilhas. Derrube 1 quadrado.

 Derrube 2 quadrados:
- Sua cidade está construindo um novo estádio de futebol para a Copa do Mundo. Para
isso, uma área de floresta foi exterminada. Derrube 2 quadrados.
- Houve um derramamento de óleo em alto-mar. Derrube 2 quadrados.
- Um rio foi contaminado com agrotóxicos de uma fazenda. Derrube 2 quadrados.

83
84
1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12

13 14 15 16

Humano

17 18 19 20

21 22 23 24 25 26

27 28 29 30 31 32

85
Um pequeno
Combate à incêndio tomou
Foi construído
biopirataria. conta de uma
um corredor Reflorestamento. floresta, mas como
ecológico. ele foi contido
Escolha alguém rapidamente,
O próximo
para não jogar devastou somente
Não jogue na jogador não retira
na próxima uma pequena área.
próxima rodada. carta.
rodada.
Derrube 1
quadrado.
Uma área Uma
Desmatamento Uma nova fábrica grande foi termoelétrica
para plantação de carros está alagada para a está
de cana ou sendo construída construção de superaquecendo
criação de gado. na cidade. uma usina a temperatura
hidrelétrica. de um rio.
Derrube 1 Derrube 1
quadrado. quadrado. Derrube 1
Derrube 1 quadrado.
quadrado.
Está havendo Captura ilegal Um rio está
extração
de animais sofrendo
exagerada de
recursos naturais Extração de para venda e eutrofização por
para a animais para uso como excesso de
alimentação sem ornamentação. animais de matéria
respeitar o ciclo estimação. orgânica.
de vida dos Derrube 1
animais.
quadrado. Derrube 1 Derrube 1
Derrube 1 quadrado. quadrado.
quadrado.

Sua cidade está


Descarte construindo um
Pesca com Despejo de irregular de novo estádio de
redes de esgoto em local baterias e futebol para a
Copa do Mundo.
arrasto. inapropriado. pilhas.
Para isso, uma
área de floresta foi
Derrube 1 Derrube 1 Derrube 1 exterminada.
quadrado. quadrado. quadrado.
Derrube 2
quadrados.

86
Um rio foi
Um rio foi
contaminado
contaminado Houve um Houve um
com
com derramamento derramamento
agrotóxicos
agrotóxicos de de óleo em alto- de óleo em alto-
de uma
uma fazenda. mar. mar.
fazenda.
Derrube 2 Derrube 2 Derrube 2
Derrube 2
quadrados. quadrados. quadrados.
quadrados.

Está havendo Captura ilegal


extração
de animais Um rio foi
exagerada de
recursos naturais Extração de para venda e contaminado
para a animais para uso como com agrotóxicos
alimentação sem ornamentação. animais de de uma fazenda.
respeitar o ciclo estimação.
de vida dos Derrube 1 Derrube 2
animais.
quadrado. Derrube 1 quadrados.
Derrube 1 quadrado.
quadrado.

Sua cidade está


Descarte construindo um
Pesca com Despejo de irregular de novo estádio de
redes de esgoto em local baterias e futebol para a
Copa do Mundo.
arrasto. inapropriado. pilhas.
Para isso, uma
área de floresta foi
Derrube 1 Derrube 1 Derrube 1 exterminada.
quadrado. quadrado. quadrado.
Derrube 2
quadrados.

Uma área Uma


grande foi termoelétrica Foi construído
alagada para a está um corredor
Reflorestamento.
construção de superaquecendo ecológico.
uma usina a temperatura
de um rio. O próximo
hidrelétrica. Não jogue na
jogador não retira
próxima
Derrube 1 carta.
Derrube 1 rodada.
quadrado.
quadrado.

87
Fonte das imagens:
1- Esponja
<http://cache2.allpostersimages.com/p/LRG/38/3815/RYQIF00Z/posters/crowley-
christopher-yellow-tube-sponges-aplysina-fistularis-phylum-porifera-caribbean.jpg>
2- Anêmona
<http://www.aquablog.com.br/wp-content/uploads/2011/07/actinia.jpg>
3- Água-viva
<http://2.bp.blogspot.com/_jOSx2tnixxc/Sf7MM8Pi2nI/AAAAAAAAF44/YquWkdMi
SZw/s400/tamoya.jpg>
4- Recife de corais
<http://2.bp.blogspot.com/-mcC0y-
VzBlc/UBKck1TGAAI/AAAAAAAAOXI/FfE36_DBO7A/s400/coral000.jpg>
5- Lula
<http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/08/16-26c6018c88.jpg>
6- Caramujo
<http://2.bp.blogspot.com/-
Quuu9vftlAs/ToutkczNeII/AAAAAAAAC90/ezxJWIv8Kvc/s1600/BXK21262_caramu
jo-africano800.jpg>
7- Ostra
<http://img.estadao.com.br/fotos/87/63/A6/8763A6978FD042D8BA7E19CF6CB224C6
.jpg>
8- Camarão
<http://2.bp.blogspot.com/_86YvxUSQsLs/SxAzc-
msHfI/AAAAAAAAAFs/qNRdO1Rjgkw/s1600/1456-I-
camarao%2520de%2520barriga%2520azul.jpg>
9- Caranguejo
<http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/crustaceos/crustaceos.gif/caranguejo.jpg>
10- Lagosta
<http://3.bp.blogspot.com/_6KbelgiYSgk/TJFnQYIyyRI/AAAAAAAAVxI/dx-
BsDpxbcM/s1600/3245lagosta.jpg>
11- Siri
<http://www.anda.jor.br/wp-content/uploads/2012/01/20120105-869-
The_Childrens_Museum_of_Indianapolis_-_Atlantic_blue_crab.jpg>
12- Estrela-do-mar
<http://3.bp.blogspot.com/-
oPfRDqxiGzA/T7N5cst6MzI/AAAAAAAAUVM/wMIwYjau0pE/s1600/Estrela+do+
Mar+22.jpg>
13- Bolacha-da-praia
<http://2.bp.blogspot.com/_6KbelgiYSgk/SjWmKarFZuI/AAAAAAAAQcs/apj5Gb-
ZJMw/s400/bolacha+do+mar+03.jpg>
14- Ouriço-do-mar
<http://www.trilhasemergulho.com.br/mergulho/biologia-outros/Ourico-do-Mar-
01.jpg>
15- Pepino-do-mar
<http://www.mundoeducacao.com/upload/conteudo/holoturia.jpg>
16- Lírio-do-mar
<http://static.panoramio.com/photos/large/11371834.jpg>
17- Tatuzinho-de-jardim
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2b/Slater_rolled_up_for_wiki.jpg>
18- Minhoca

88
<http://images.imagensdeposito.com/fotos/m/minhoca-2382.jpg>
19- Caracol
<http://th06.deviantart.net/fs70/PRE/f/2011/333/3/b/caracol_ii_by_marcel_rn-
d4hodzp.jpg>
20- Sanguessuga
<http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos2/sanguessuga2.jpg>
21- Opilião
<http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2008/02/art3454img2.jpg>
22- Escorpião
<http://static.hsw.com.br/gif/escorpiao-sem-agua-e-comida-2.jpg>
23- Aranha
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/98/Brachypelma_smithi_2009_G0
3.jpg>
24- Carrapato
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a2/Tick_male_%28aka%29.jpg>
25- Mosquito Anopheles
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/Anopheles_albimanus_mosquito
.jpg>
26- Besouro
<http://2.bp.blogspot.com/_5f8TWVrIi64/TGx4ixMkROI/AAAAAAAAGU8/lllC3ZLj
KFU/s400/3.jpg>
27- Mosquito Aedes
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ea/Aedes_Albopictus.jpg>
28- Abelha
<http://www.sertho.com.br/abelha.jpg>
29- Barbeiro
<http://3.bp.blogspot.com/_yePF2KESPuw/S9RvkaaXcTI/AAAAAAAAAAs/qQz_E7
Gag-s/s1600/barbeiro2.jpg>
30- Pulga
<http://static.tiendy.com/shops/mimomimascota/uploads/istock_000002937031medium.
jpg>
31- Wuchereria bancrofti
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Wuchereria_bancrofti_1_DPDX
.JPG>
32- Schistosoma mansoni
<http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/IMAGES/ParasiteImages/S-
Z/Schistosomiasis/S_mansoni_adult_Lammie1.jpg>

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

89
SUGESTÃO V – DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS: FATORES DE AMEAÇA
E O PAPEL DO SER HUMANO NA CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES
Sumário

AUTORES: Diego Bitencourt Mañas, Enrico Cacella, Gabriel Borgheti de Figueiredo,


Vinicius Leonardo Biffi

PÚBLICO-ALVO: Ensino Médio (2° ano ou quando a matéria estiver sendo tratada)

CONTEXTO:
A diversidade dos seres vivos é um tema de grande atratividade ao público em
geral, principalmente aos entusiasmados pelas ciências naturais. Pelo entendimento
geral, sabe-se que há uma riqueza enorme de espécies em regiões tropicais, como no
Brasil. Entretanto, como é distribuída esta diversidade? Quais os animais presentes nos
principais ecossistemas do mundo? Quais as características morfológicas e fisiológicas
que permitem sua adaptação? Qual o papel do homem na conservação e na mitigação
dos efeitos causados pelo desenvolvimento? Quais e como historicamente ocorreram os
processos de extinção?
Nas aulas anteriores, os alunos dever ter abordado o tema classificação dos seres
vivos, incluídos os principais grupos taxonômicos animais. A importância da
classificação dos organismos, baseada em critérios taxonômicos, e suas relações com o
meio ambiente são habilidades que permitirão uma análise mais apurada sobre a
diversidade dos organismos. Tendo esta base de conhecimento, é possível a construção
de árvores filogenéticas e as relações de parentesco entre os organismos.

OBJETIVOS:
Proporcionar aos alunos o aprendizado sobre a diversidade e filogenia animal,
bem como sua distribuição nos ecossistemas, fatores de extinção e ameaça e graus de
ameaça para sua conservação. O aluno terá desenvolvida a habilidade de identificar os
principais biomas em mapas e fazer associações com os caracteres adaptativos dos
animais. Será estimulado o desenvolvimento do pensamento crítico sobre a atuação do
homem nos ecossistemas, interferindo na conservação dos recursos naturais. Além
disso, os alunos desenvolverão atividade em grupo, cada qual será responsável por
abordar as características morfofisiológicas e ameaças a um grupo de animais em um
bioma brasileiro a ser escolhido. No final da sequência didática, espera-se que os alunos

90
tenham incorporado por uma forma integradora e crítica a importância da diversidade de
espécies e as ameaças que hoje sofrem, bem como ações para a mitigação dos efeitos
degradantes dos processos ecológicos e de manutenção da biodiversidade.
De acordo com Sasseron & Carvalho (2011), a Alfabetização Científica é
sustentada por 3 grandes eixos: compreensão básica de termos, conhecimentos e
conceitos científicos fundamentais; compreensão da natureza das ciências e dos fatores
éticos e políticos que circundam sua prática; e entendimento das relações existentes
entre ciência, tecnologia, sociedade e meio-ambiente. Com esta Sequência Didática
(SD), pretende-se atingir estes 3 eixos e posicionar o aluno como agente gerador e
solucionador dos problemas presentes na sociedade.

MATERIAL:
 jogo “Dominó Filogenético”
 espécies fixadas
 Vídeos
- Vídeos para aula 2: Os 5 Biomas Brasileiros: série de reportagens do Jornal Bom Dia
Brasil:http://www.youtube.com/watch?v=IEpRHwuudJ0&list=PL672FBF46DA720576
Acesso em 17/05/2015

- Vídeo para aula 3: Filme Uma verdade Inconveniente de Davis Guggenhein (2006).

DINÂMICA:
Como proposta para revisão dos conceitos relacionados com a zoologia
previamente estudados pelos alunos, será aplicado o jogo “Dominó Filogenético”.
Segundo Tarouco et al. (2004), o uso de jogos como recursos didáticos pode ser muito
eficiente na contextualização dos conteúdos presentes nos programas escolares. Além
disso, divertem e retém o conteúdo por meio do exercício mental dos participantes.
Devido à defasagem nas formas de ensinar e mesmo nas diferenças naturais que cada
professor ensina, uma proposta de jogo pode acertar falhas no conhecimento do aluno e
falhas na transmissão dos mesmos. Campos et al. (2003) mostra que jogos são
ferramentas interessantes para preencher lacunas geradas no processo de aprendizado e,
favorece a construção dos conhecimentos individuais por meio do trabalho em grupo.
Em complemento às aulas, serão desenvolvidos roteiros didáticos para as aulas de
demonstração de espécies fixadas e dos vídeos listados na seção Material. Nestes

91
roteiros, os alunos responderão algumas questões referentes aos materiais
demonstrativos e vídeos, bem como questões que integram aulas de módulos anteriores.
Na atividade de sensibilização sobre a atividade humana, os alunos deverão
redigir um texto crítico sobre o tema, gerando hipóteses para alguns problemas
levantados e possíveis soluções. Isto é de fundamental importância, pois ela promove
capacidades e competências entre os alunos, permitido uma maior participação nos
processos de decisão de seu cotidiano (MEMBIELA, 2007).
Durante a sequência didática, os alunos desenvolverão um trabalho que será
apresentado no sexto dia de aula e versará sobre os animais e as principais ameaças
impostas a eles nos biomas brasileiros.
Para o desenvolvimento das aulas, será utilizada a sequência relacionada ao
conceito proposto por Krasilchik (2004). O conhecimento será organizado de tal forma
que os conceitos apresentados integrem de forma crítica e analítica os fatores que
interferem na diversidade e na conservação das espécies. São propostas para esta
Sequência Didática 6 aulas, mesclando aulas teóricas, expositivas e práticas. Como
complemento, será executado um jogo didático, vídeos e seminários que concluirão o
tema proposto.

Aula 1: Jogo “Dominó Filogenético” (Anexo 1)


Aula teórica e expositiva, utilização de objeto didático, discussão baseada em
algum texto base, artigo de revista acadêmica, leitura complementar, etc., à escolha do
professor. Sugere-se textos de jornais e revistas de ampla divulgação, tanto para facilitar
a leitura dos alunos quanto para integrá-lo e aproximá-lo da realidade ambiental.
 Primeiramente, os alunos receberão o jogo “Dominó Filogenético”, que tem
como objetivo relacionar conceitos prévios (as regras se encontram junto com as peças,
no anexo I). Será fornecido aos alunos um mapa-múndi (anexo 2) contendo somente os
contornos dos continentes e que deverá ser completado com os nomes e com a
delimitação geográfica dos biomas que cada aluno lembrar.
Resultado: Através dessa atividade o professor conseguirá identificar quais são os
biomas mais lembrados pelo grupo de alunos e, em um segundo momento da atividade,
pode fornecer as informações sobre outros biomas não citados pelos alunos e também
corrigir eventuais erros cometidos no preenchimento do mapa. Utilizando o mapa
confeccionado pelos alunos o professor deve discutir que exemplos de animais que

92
habitam cada uma das áreas delimitadas, e de que forma o homem explora esses biomas
(atividades de caça, mineração, extração de madeira etc.).
 Apresentação da proposta de seminários ao fim da sequencia didática.
Os alunos serão divididos em grupos para a produção de um seminário na última
aula da sequência didática. Cada grupo apresentará um bioma brasileiro tratando dos
animais ameaçados e as principais causas da perda de biodiversidade. Serão os seis
biomas (Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia, Pampas, Cerrado e Pantanal) pesquisados
pelos alunos com o auxílio da internet e livros da biblioteca da escola. A apresentação
será na forma oral, por 10 minutos cada, sendo opcional o uso de materiais digitais. Os
detalhes e andamento dos projetos serão acompanhados durante as aulas.
Objetivos específicos de aprendizagem: Nesta aula, haverá um levantamento
prévio dos conhecimentos adquiridos pelos alunos ao longo dos anos nos tópicos de
ecossistemas, geologia e filogenia.
Conteúdos a serem trabalhados:
- Localização no planisfério dos principais ecossistemas;
- Identificação breve das principais características físicas e climáticas;
- O que é geologia?
- Historia geológica dos continentes;
- Analisar a capacidade de caracterização dos principais grupos de animais e seu
parentesco;
Avaliação: Entrega do mapa desenvolvido em sala. Também será solicitada aos
alunos a produção de uma redação sumarizando o que foi discutido em sala de aula a ser
entregue na aula seguinte, visando um levantamento mais completo dos conhecimentos
prévios dos alunos.

Aula 2: Biomas e as adaptações dos seres vivos


Aula teórica e expositiva.
 Apresentação de Vídeos sobre os biomas brasileiros em uma série de
reportagens apresentadas no jornal Bom dia Brasil da Rede Globo de Televisão:
Os 5 Biomas Brasileiros: série de reportagens do Jornal Bom Dia
Brasil:http://www.youtube.com/watch?v=IEpRHwuudJ0&list=PL672FBF46DA7
20576 Acesso em 17/05/2015.
 Demonstração de espécies fixadas para visualização de caracteres adaptativos.
As espécies fixadas poderão ser solicitadas sob caráter de empréstimo com o Museu de

93
Zoologia da Universidade de São Paulo (necessário agendamento prévio do empréstimo
das peças) e ou nos principais Institutos de Biociências e Zoologia do Brasil. Caso o
professor não tenha a possibilidade de acessar estes institutos, ainda é possível uma
demonstração em apresentação de imagens de caracteres morfológicos animais, como
penas, peles dos diferentes grupos de animais, bicos, anatomia e etc. Estas comparações
sempre devem focar o âmbito evolutivo-adaptativo das espécies.
Objetivos específicos de aprendizagem: Nesta aula, os alunos deverão ser capazes
de identificar em mapas os locais onde ocorrem as maiores diversidades de espécies,
caracterização das condições físicas e climáticas dos principais biomas no mundo e
reconhecer as características morfofisiológicas dos animais que fazem com que estes
estejam adaptados ao meio ambiente.
Conteúdos a serem trabalhados:
- Delimitação das regiões tropicais, subtropicais, temperadas e polares do globo
terrestre;
- Tempo de história natural das espécies levando em conta os cenários geológicos do
passado;
- Por que há mais espécies nas regiões tropicais?
- Características físicas dos principais ecossistemas do mundo
- Discussão sobre as adaptações morfofisiológicas dos animais
Avaliação: Será desenvolvido um relatório das atividades onde o aluno
responderá algumas questões de forma direta e outras de forma analítica e integradora
(anexo 3).

Aula 3: Biomas Brasileiros e o aquecimento Global


Aula teórica e vídeo demonstrando impacto das atividades humanas.
 Selecionar trechos do filme “Uma Verdade Inconveniente (2006)”, dirigido por
Davis Guggenhein. A seleção deverá privilegiar os principais impactos e as
consequências do aceleramento dos processos de aquecimento global e emissão de CO2.
Objetivos específicos de aprendizagem: Analisar a localização dos ecossistemas
no Brasil, suas características e sua distribuição histórica. Mostrar aos alunos, a história
do desenvolvimento do território brasileiro e a transformação dos biomas afetados. Com
o panorama do atual estado de conservação dos biomas brasileiros, os alunos deverão
reconhecer quais as principais espécies que estão sofrendo ameaça de extinção.
Conteúdos a serem trabalhados:

94
- Os biomas brasileiros;
- Características físico-climáticas dos principais biomas brasileiros;
- Desenvolvimento da ocupação territorial brasileira;
- Atual distribuição dos biomas;
- Quais as características que os animais adquiriram na história evolutiva que
permitiram a ocupação de seus hábitats?
Avaliação: Sem avaliação.

Aula 4: Impactos ambientais Antrópicos


Aula expositiva.
Objetivos específicos de aprendizagem: O aluno deverá ser capaz de identificar
os fatores de impacto no meio ambiente nos processos de desenvolvimento humano em
diferentes escalas. Os impactos dessas atividades sobre a biodiversidade serão
abordados na aula seguinte.
Conteúdos a serem trabalhados:
- Quais as formas de impacto ambiental? Determinação de pequenos e grandes
impactos, individuais e coletivos;
- Processos de urbanização e industrialização: prós e contras;
- Efeitos em cadeia decorrentes da supressão de biomas;
- Valorização dos sistemas naturais, serviços ecossistêmicos;
- Análise do desenvolvimento dos seminários.
Avaliação: Baseado no método de pesquisa (observação, problema, hipótese, teste
e conclusão), os alunos deverão realizar uma pesquisa simples no bairro onde moram,
identificando um impacto ambiental (problema) e analisando-o.
Os problemas incluirão impermeabilização do solo, poluição de rios e córregos,
poluição do ar, sonora, supressão de vegetação etc.

Aula 5: Grandes Extinções


Aula expositiva.
Objetivos específicos de aprendizagem: Nesta aula, os alunos deverão
compreender os principais fatores para a extinção de espécies, como que os processos
ocorriam no passado e o que está ocorrendo no presente. Além disso, o aluno entenderá
os processos das grandes extinções, sua importância e consequência para a
diversificação de novas espécies.

95
Conteúdos a serem trabalhados:
- Quais foram as grandes extinções?;
- Como ocorreram as grandes extinções?;
- Extinção como um processo natural;
- Consequências positivas e negativas dos processos de extinção;
- Impacto humano sobre a diversidade e extinção de espécies (caça predatória de
mamíferos, contrabando de aves, desequilíbrio ecológico causando doenças em anfíbios,
espécies invasoras, etc.);
- Análise das espécies ameaçadas de extinção por perda de habitat;
Avaliação: Levantamento sobre as espécies ameaçadas nos principais biomas
brasileiros a ser entregue na aula seguinte, no qual cada grupo explorará as espécies de
um determinado bioma utilizando como ferramentas de busca listas da IUCN e listas
vermelhas estaduais e/ou nacionais.

Aula 6: Seminários Biomas Brasileiros


Seminários apresentados pelos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem: Nesta aula, os alunos apresentarão os
projetos que desenvolveram durante as aulas da sequência didática.
Avaliação: Nota sobre os seminários.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) - Ciências da Natureza e suas
Tecnologias. Brasília: MEC, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação - Câmara de


Educação Básica. Resolução n. 2, de 30 de janeiro de 2012 - define Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

CAMPOS, L., LUNARDI, M., BORTOLOTO, T.M. & FELÍCIO, A. K. C.


(2003). A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma
proposta para favorecer a aprendizagem. Cadernos dos Núcleos de Ensino, pp 35-48.

KRASILCHIK, M. (2004). Práticas de Ensino de Biologia. 4ª ed. São Paulo:


Universidade de São Paulo

MEMBIELA, P. (2007). Sobre La Deseable Relación entre Comprensión Pública


de La Ciência y Alfabetización Científica, Tecné, Episteme y Didaxis, n.22, pp.107-
111.

96
SASSERON, L.H. e CARVALHO, A.M.P. (2011). Alfabetização Científica: uma
revisão bibliográfica, Investigações em Ensino de Ciências, v.16 n.1 pp. 59-77.

TAROUCO, L. M. R., ROLAND, L.C., FABRE, M.C., KONRATH, M.L.P.


(2004). Jogos Educacionais, Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na
Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. v.2 n° 1.

97
ANEXOS:
ANEXO 1: Dominó Filogenético
Dominó Filogenético
Participantes: Pode ser jogado por 2 a 4 jogadores.

Idade: Ensino Médio

Objetivo do jogo: O objetivo do jogo é colocar todas as suas peças na mesa antes dos
adversários.

Material necessário:
- Constituído por 45 cartas, sendo que cada carta é dividida em 2 espaços iguais nos
quais aparecem informações (foto ou texto) sobre determinado Filo animal (Porifera,
Cnidaria, Platyhelminthes, Nemathelminthes, Mollusca, Annelida, Arthropoda,
Echinodermata e Chordata). As cartas abrangem todas as combinações possíveis entre
os Filos.

Como Jogar:
- As peças são embaralhadas na mesa e cada jogador recebe 7 cartas. O restante das
cartas fica em uma pilha de compra.
- O jogador que começa a partida pode ser definido através de uma partida prévia de
“par-ou-ímpar”. Ele inicia a partida colocando uma carta (a sua escolha) no centro da
mesa.
- A partir daí, cada jogador deve tentar encaixar alguma carta sua nas cartas que estão
na extremidade do jogo, uma por vez. Só podem ser encaixadas cartas com
informações do mesmo Filo.
- Quando um jogador não consegue encaixar uma peça, ele deve comprar cartas da
pilha até que receba uma carta que possa ser usada. Se depois de 5 cartas retiradas da
pilha o jogador não tenha recebido nenhuma carta que possa ser útil, a vez é passada
para o próximo jogador.
- A partida pode terminar em duas circunstâncias:
- quando um jogador coloca todas as suas cartas na mesa, tornando-se vencedor;
- quando não há mais possibilidade de encaixar novas peças. nesse caso, o jogo
deve ser reiniciado.

Características utilizadas para cada Filo:


 Porifera
 Conhecidas como esponjas
 Não formam tecidos
 Exclusivamente filtradores
 Possuem coanócitos
 Podem se reproduzir por brotamento
 Cnidaria
 Primeiros a apresentar órgãos verdadeiros
 Possuem cnidoblastos
 Seu sistema nervoso é difuso
 Possuem simetria radial
 Podem alternar fases de pólipo (séssil) e de medusa (móvel)

98
 Platyhelminthes
 Conhecidos como "vermes achatados"
 São triblásticos acelomados
 Alguns parasitas são vetores de doenças (tênia, esquistossomo)
 Realizam excreção por células-flama (protonefrídeos)
 Possuem ocelos com células fotorreceptivas
 Nematelminthes
 Conhecidos como "vermes cilíndricos"
 São triblásticos pseudocelomados
 Primeiros a apresentar sistema digestivo completo
 Alguns parasitas são vetores de doenças (lombriga, ancilóstomo, filária)
 Parte das excretas é eliminada através de renetes
 Mollusca
 Podem possuir concha
 Possuem rádula
 Respiram por brânquias ou por pulmões
 Seu sistema circulatório pode ser aberto ou fechado
 Classes mais conhecidas: bivalves, gastrópodes e cefalópodes
 Annelida
 Conhecidos pelo corpo anelado
 Apresentam sistema circulatório fechado
 Possuem um par de metanefrídeos por segmento
 Dividem-se em oligoquetos, poliquetos e hirudíneos
 É grupo-irmão de Arthropoda
 Arthropoda
 Apresentam exoesqueleto de quitina
 Possuem apêndices articulados
 Realizam mudas
 Apresentam respiração traqueal ou branquial
 Incluem insetos, aracnídeos e crustáceos
 Echinodermata
 Primeiros a apresentarem endoesqueleto calcário
 Apresentam simetria pentaradial
 São exclusivamente marinhos
 Apresentam sistema ambulacral
 É grupo-irmão de Chordata
 Chordata
 Inclui os protocordados e vertebrados
 Possuem notocorda e tubo neural na fase embrionária
 Possuem faringe branqueal com vendas na fase embrionária
 É grupo-irmão de Echinodermata
 Inclui os grupos mais conhecidos: peixes, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos

99
Cartas:

100
101
102
103
OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

104
Esquema de montagem

105
ANEXO 2: Mapa-mundi para aula 1

Fonte:
http://www.world-
Geographics.com/cfg/public/_lib/img/maps/world/world_map_us_states.png

106
ANEXO 3: Exemplos de questões para a aula 2

1) Quais são os principais biomas brasileiros e em quais regiões eles estão?


2) Onde há maior diversidade de animais e plantas? E onde há menos?
3) Explique esta alta diversidade com base no que foi ensinado em sala de aula sobre
este tema.
4) Cite algumas características de um animal presente no bioma da Caatinga e algumas
características de um animal que vive na Mata Atlântica.
5) O bioma da Mata Atlântica possui uma fisionomia homogênea? Explique como ela é
e se há diferenças nas espécies de animais que nelas habitam.
6) Cite algumas alternativas de manejo na Floresta Amazônica.
7) Como é a vegetação dos Pampas? Qual sua importância econômica?
8) Qual o maior problema da perda de biodiversidade da mata atlântica? Como que isso
ocorreu?

107
SUGESTÃO VI – INTEGRANDO DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO
Sumário

AUTORES: Lucas Paoliello Medeiros, Marina Minto Cararo, Paula Amaral de


Carvalho

PÚBLICO-ALVO: Ensino Médio (3° E.M.)

CONTEXTO:
A “Proposta Curricular do Estado de São Paulo” indica uma sequência de temas
da Biologia, que devem ser ensinados aos alunos do Ensino Médio. No terceiro ano, os
alunos aprendem primeiro as bases biológicas da classificação (1° bimestre), depois a
parte de biologia vegetal seguido da biologia animal (2° bimestre) e por último a
evolução dos seres vivos (3° e 4° bimestres). Portanto, nessa ordem, é mais difícil para
os alunos relacionarem o que aprenderam na parte de classificação de seres vivos com
um sentido evolutivo, o que acaba gerando uma visão desarticulada sobre o assunto.
Assim, falta um momento onde os alunos tenham a oportunidade de pensar o processo
de diversificação dos organismos numa perspectiva evolutiva, que dê sentido às
classificações estudadas previamente. Tendo em vista a importância da articulação
destes conhecimentos, propomos uma sequência didática que resgate as noções de
classificação biológica, vinculando-a a teoria da evolução.
A atual forma de divisão dos temas estruturadores em biologia (PCN+, 2002)
propicia a compartimentalização dos conteúdos, sem dar aos alunos a oportunidade de
sintetizar e dar coerência ao conjunto (Krasilchik, 2008). Deste modo, essa sequência
tem o propósito de mostrar a conexão entre a biodiversidade e a evolução, tema
importante por fazer com que os alunos tenham a oportunidade de reconhecer a
relevância da classificação biológica, não só como instrumento de organização dos
grupos de seres vivos, mas como forma de compreender a imensidão da biodiversidade.
Além disso, desenvolver uma atividade com a interface biodiversidade/evolução
permite que os alunos vejam a biodiversidade como parte do processo evolutivo, isso
ajudaria a elucidar equívocos comuns nas duas áreas, como por exemplo, a ideia de que
os grupos de animais são apenas formas de organizar e classificar, ou de que o ser
humano é o resultado final do processo evolutivo.

108
Uma atividade com esse objetivo seria melhor aproveitada se realizada no final do
terceiro ano, onde as partes de classificação dos seres vivos, fisiologia e evolução já
foram abordadas. Assim, essa sequência didática seria uma boa forma de complementar
esses temas e de mostrá-los aos alunos sob uma outra perspectiva. Além disso, os
alunos teriam as noções básicas para um melhor entendimento e seriam capazes de
estabelecer relações como entre a forma de vida dos animais com as características
“fixadas” ou “perdidas” naquela linhagem.

OBJETIVOS:
Ao final desta sequência de aulas os alunos deverão ser capazes de:
• Confrontar interpretações baseadas no senso comum com interpretações
científicas.
• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e
representação usadas nas ciências biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas e
linguagem simbólica.
• Reconhecimento de questões científicas, identificação de evidências, elaboração
de conclusões, comunicação de conclusões e demonstração da compreensão de
conceitos científicos, contribuindo para o letramento em Ciências dos alunos.
• Relacionar os processos responsáveis pela diversidade genética para elaborar
explicações sobre a grande variedade de espécies no planeta.
• Conhecer algumas explicações sobre a diversidade das espécies, seus
pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas.
• Entender como a vida se diversificou a partir de uma origem comum e
dimensionar os problemas relativos à biodiversidade.
• Reconhecer a importância da classificação biológica para a organização e
compreensão da enorme diversidade dos seres vivos.
• Traçar as grandes linhas da evolução dos seres vivos a partir da análise de
árvores filogenéticas

MATERIAL:
 Atividade diagnóstica: lista de exercícios - classificação e evolução (Anexo 1).
 Jogo de tabuleiro “ Qual é a filogenia?” (Anexo 2) cujo o objetivo dos alunos que
estarão agrupados formando “grupos de pesquisa” é coletar informações e dicas

109
para montar uma hipótese filogenética do grupo Reptilia (adaptada de Pough, et
al., 2008)
 Roteiro de visita ao Zoológico (Anexo 3).

DINÂMICA:
1ª Aula: Explorando a visão dos estudantes
Modalidade(s) Didática(s): Resolução de exercícios com finalidade diagnóstica
Conteúdos a serem trabalhados: Lista de exercícios sobre classificação e evolução
(Anexo 1).
Atividade a ser desenvolvida: Resolução individual de uma lista de exercícios, a qual
será discutida e revista pelos alunos em outro momento da sequência didática.
Objetivos específicos de aprendizagem: O objetivo principal é identificar qual o
conhecimento dos alunos sobre os temas (Classificação da Biodiversidade e Evolução),
suas principais dúvidas e conceitos equivocados. Pretende-se verificar com os
exercícios se os alunos compreendem a diferença entre organização e classificação, a
importância dos critérios em uma classificação, além das principais ideias associadas ao
tema (o sistema de classificação de Lineu e a teoria evolutiva atualmente aceita).
Avaliação: Entrega da lista de exercícios.

2ª Aula: Classificação da biodiversidade e sua relação com a história evolutiva


Modalidade(s) Didática(s): Aula expositiva dialogada
Conteúdos a serem trabalhados:
 Para quê classificar? – Os objetivos da classificação dos seres vivos.
 Classificação da Biodiversidade e história evolutiva – A biodiversidade é
resultado do processo evolutivo, e a classificação é baseada na história evolutiva das
linhagens de seres vivos, levando em conta características moleculares, anatômicas e
fisiológicas, entre outras.
 O ser humano na classificação biológica – A superação do antropocentrismo. O
ser humano, assim como os outros seres vivos, é parte de um processo evolutivo e não a
finalidade ou ápice da evolução.
Atividade a ser desenvolvida: Exposição dos conteúdos com interação dos alunos.
Discussão das respostas da lista de exercícios da aula anterior, esclarecimento das
dúvidas e confronto das ideias prévias dos alunos com o conteúdo apresentado em sala.

110
Objetivos específicos de aprendizagem: Obtenção e organização de dados;
comparação das ideias prévias a aula com as novas; interpretação do conteúdo
estimulando uma olhar crítico sobre os conhecimentos prévios deste assunto.
Avaliação: Avaliação informal através da contribuição dos alunos com
questionamentos e respostas.

3ª Aula: Introdução à Sistemática Filogenética


Modalidade(s) Didática(s): Aula expositiva dialogada
Conteúdos a serem trabalhados:
O embasamento evolutivo dos sistemas de classificação:
- Leitura de filogenias
- Conceito de linhagens, apomorfia e sinapomorfia
Atividade a ser desenvolvida: Exposição dos conteúdos com interação dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem: Obtenção e organização de dados;
interpretação do conteúdo, de modo que os alunos consigam inserir novos conceitos no
entendimento de classificação biológica, fazendo com que haja coerência entre o
conteúdo e ressignificando os conhecimentos prévios.
Avaliação: Avaliação informal através da contribuição dos alunos com
questionamentos e respostas.

4ª Aula: Construção de Hipótese Filogenética


Modalidade(s) Didática(s): Simulação - Jogo
Conteúdos a serem trabalhados:
 Irradiação adaptativa
 Divergência de linhagens a partir de um ancestral comum
 Leitura de filogenia
 Conceito de linhagem, apomorfia e sinapomorfia
 Interdisciplinaridade no processo científico: integração de diversas áreas
(paleontologia, biologia molecular, zoologia, evolução) no processo de construção dos
conhecimentos em classificação biológica e relações evolutivas.
 Compreensão do processo científico e as incertezas a que é sujeito.
Atividade a ser desenvolvida: Jogo – “Qual é a filogenia?” (Anexo 2)

111
Objetivos específicos de aprendizagem: Compreensão do tema com base em
exemplos; aplicação de conceitos em uma situação-problema; olhar crítico sobre os
sistemas de classificação; compreensão da dinâmica da atividade científica e da
natureza da ciência.
Avaliação: Avaliação informal através da participação e envolvimento dos alunos.

5ª Aula: Problemas nas classificações filogenéticas e os diferentes conceitos de espécie


Modalidade(s) Didática(s): Aula expositiva dialogada
Conteúdos a serem trabalhados: Grupos polifiléticos e parafiléticos; politomias e nós
não-resolvidos; os conceitos morfológico, evolutivo, ecológico e biológico de espécie;
espécies tem uma existência real ou são apenas agrupamentos criados pelos cientistas?;
implicações da escolha de um conceito para a classificação.
Atividade a ser desenvolvida: Exposição dos conteúdos com interação dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem: Espera-se que ao final desta aula os alunos
compreendam que as classificações são hipóteses evolutivas e, portanto, têm limitações
(devido principalmente à quantidade de informações disponíveis para análise); deverão
também compreender os diferentes conceitos de espécie e que definições são
convenções (e, portanto, não são nem verdadeiras nem falsas); deve ficar claro que não
existe um conceito universal de espécie (cada conceito é adequado para uma situação
diferente) e que a discussão acerca da definição de espécie ainda acontece na
comunidade científica.
Avaliação: Avaliação informal através da contribuição dos alunos com
questionamentos e respostas.

6ª Aula: Integrando Conceitos


Modalidade(s) Didática(s): Visita a ambiente de educação não-formal com roteiro para
estudo dirigido.
Conteúdos a serem trabalhados: Classificação filogenética dos grandes grupos de
animais; critérios de organização/classificação.
Atividade a ser desenvolvida: Visita ao Zoológico de São Paulo e comparação da
distribuição dos animais no parque com a classificação filogenética dos grupos
observados; resolução das questões do roteiro para estudo dirigido (Anexo 3).
Objetivos específicos de aprendizagem: Aplicação dos conhecimentos sobre
classificação e evolução em uma situação real; desenvolvimento de olhar crítico sobre

112
os sistemas de classificação; criatividade para sugerir formas alternativas de
organização dos animais.
Avaliação: Avaliação formal individual através das respostas do estudo dirigido.

Avaliação da Sequência Didática


Será realizada uma avaliação formativa, levando em conta o envolvimento dos
alunos nas atividades em sala e o cumprimento dos objetivos propostos. Entram na
composição da nota final: a participação nas atividades em sala (resolução da lista de
exercícios, aulas expositivas e desempenho no jogo) e a resolução do estudo dirigido.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


Brasil, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio:
Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2002.
244p.

KRASILCHIK, M. Modalidades didáticas. In:______. Prática de Ensino de


Biologia. 4ª edição, São Paulo: Edusp, .p.77-120. 2008.

KRASILCHIK, M. Planejamento Curricular. In:______. Prática de Ensino de


Biologia. 4ª edição, São Paulo: Edusp,.p.41-53. 2008.

POUGH, F.H.;, HEISER, J.B.; MCFARLAND, W.N. Origem e Radiação dos


Tetrápodes. In:______. A vida dos vertebrados. 4ª edição, São Paulo: Atheneu. p.198-
200. 2008.

POUGH, F.H.;, HEISER, J.B.; MCFARLAND, W.N. Os Lepidosauria: Tuatara,


Lagartos e Serpentes. In:______. A vida dos vertebrados. 4ª edição, São Paulo:
Atheneu, p.327-363. 2008.

POUGH, F.H.;, HEISER, J.B.; MCFARLAND, W.N. Os Diápsida da Era


Mesozóica: Dinosauria, Crocodylia e Aves. In:______. A vida dos vertebrados. 4ª
edição, São Paulo: Atheneu,. p.389-391. 2008.

113
ANEXOS:
ANEXO 1: Levantamento de ideias prévias
CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO – LEVANTAMENTO DE IDEIAS PRÉVIAS
1. 1) Observe os objetos a seguir e proponha um sistema de organização para eles.
Justifique, explicando os critérios utilizados para organizar os objetos.
2.
3.

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

114
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4. 2) Explique, com suas palavras, porque classificamos os seres vivos. Qual a diferença
entre classificar e organizar a diversidade biológica?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5. 3) Explique, com suas palavras, o que é a evolução biológica.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
6. 4) (UEPG) Em 1735, o botânico sueco Lineu publicou o trabalho Systema Naturae, no
qual propôs a classificação dos seres vivos em grupos, hoje chamados táxons, que
constituem uma hierarquia. As categorias taxonômicas por ele propostas ainda são
mantidas até os dias atuais, com algumas poucas modificações. Sobre seu trabalho e a
taxonomia atual assinale o que for correto.
01) A sequência correta para as categorias taxonômicas atualmente é: reino – classe –
filo – ordem – gênero – família – espécie.
02) O critério básico da classificação de Lineu, quando ainda não havia surgido a teoria
da evolução biológica, era a semelhança anatômica entre os organismos, pois as
espécies eram consideradas tipos padrões e imutáveis, conceito este chamado de
fixismo.
04) Em vez de serem "tipo" imutáveis, caracterizados apenas pela anatomia, as espécies
são hoje classificadas segundo critérios fisiológicos, embriológicos, bioquímicos,
genéticos e ecológicos, que podem revelar mais corretamente seus parentescos naturais
e evolutivos.
08) Atualmente foram acrescentados mais dois táxons às categorias taxonômicas
propostas por Lineu: o filo e a família.
16) Nesse sistema de classificação havia dois grandes grupos: reino vegetal e reino
animal. Dentro de cada reino eram reunidas várias classes; numa classe, várias ordens;
numa ordem, vários gêneros e num gênero, várias espécies.

115
Resposta:
Justificativa:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
7. 5) (UFRS) Os cinco cladogramas das alternativas ilustram relações filogenéticas entre
os táxons hipotéticos 1, 2, 3, 4 e 5. Quatro desses cladogramas apresentam uma mesma
hipótese filogenética. Assinale a alternativa que contém o cladograma que apresenta
hipótese filogenética diferente das demais.

Resposta:
Justificativa:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. 6) (UFPE) Quando se considera o processo evolutivo, se tem em mente que as
populações experimentam um conjunto de mudanças ao longo do tempo. Sobre esse
tema, analise as proposições com verdadeiro ou falso.
( ) As mutações podem ser favoráveis, indiferentes ou desfavoráveis, dependendo do
ambiente em que vivem os organismos mutados.
( ) Casamento entre pessoas aparentadas (cruzamentos consanguíneos) aumenta a
frequência de alelos deletérios na população.
( ) A seleção natural atua sobre a diversidade genética intraespecífica; os indivíduos
mais bem adaptados ao ambiente são selecionados.
( ) A semelhança entre a estrutura interna da asa do morcego e a do membro superior
humano é indicativa do tipo de evolução denominado convergência adaptativa.
( ) O acaso pode provocar alterações significativas na frequência de diferentes alelos.

116
Fontes das imagens:
 http://hortas.info/sites/default/files/field/image/feijao001.jpg (Feijão)
 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e1/03-BICcristal2008-03-
26.jpg (Caneta)
 http://www.tucanogold.com.br/Imagens/produtos/77/2277/2277_Ampliada.jpg
(Concha)
 http://beneficiosnaturais.com.br/wp-content/uploads/2014/05/casca-de-ovo.jpg
(Casca de ovo)
 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7c/Patadevaca1.jpg/220
px-Patadevaca1.jpg (Folha)
 http://www.skamuller.com.br/public/img/produto/lapis---14068-01-
523f9ac2b74b6.jpg (Lápis)
 http://www.romapel.com/1486-thickbox/borracha-maxprint-tk-plast-branca-
plastica.jpg (Borracha)
 http://guiauniversopet.com.br/wp-
content/uploads/2012/09/compulsao_aves_penas.jpg (Pena)
 http://www.gizpublico.com/pluginfile.php/1/theme_essential/slide4image/142604
0009/giz6.png (Giz)
 http://www.correpar.com.br/wp-content/uploads/2014/02/Milho.jpg (Milho)

ANEXO 2: Jogo “ Qual é a filogenia?”

CONTEXTUALIZAÇÃO: O breve texto a seguir deverá ser entregue aos grupos.


“Vocês constituem um grupo de pesquisa da Universidade, e no momento
conseguiram a aprovação de recursos para um projeto de pesquisa cujo objetivo é
montar uma hipótese filogenética que represente a história evolutiva dos Reptilia, uma
linhagem de vertebrados amnióticos que deu origem a vários grupos atuais.
Seu grupo já possui espécimes das linhagens principais, agora precisa analisá-
las para descobri se, onde e como se encaixam em Reptilia.”

OBJETIVO: Montar a hipótese filogenética de Reptilia, de acordo com a filogenia de


referência (Fig. 1, adaptada de Pough et al., 2008) que ficará com o professor. Os
grupos deverão se basear nas pistas descobertas.

Figura 1. Hipótese Filogenética de referência para o jogo.

COMPONENTES: 1 tabuleiro (Fig. 2); 17 cartas “Um passo para frente ou dois para
trás?” (Fig. 3); 44 cartas de “Características” (Fig. 4) sendo 4 conjuntos com 11 cartas
distintas; 48 cartas “Desvendando a Filogenia” (Fig. 5) sendo 4 conjuntos com 12
cartas distintas); 4 esqueleto para montagem da filogenia (Fig. 6); 44 cartas
representando os grupos de animais (Fig. 7), sendo 4 conjuntos com 11 cartas; 1 dado e
4 marcadores.

COMPONENTES: 1 tabuleiro (Fig. 2); 17 cartas “Um passo para frente ou dois para
trás?” (Fig. 3); 44 cartas de “Características” (Fig. 4) sendo 4 conjuntos com 11 cartas
distintas ; 48 cartas “Desvendando a Filogenia” (Fig. 5) sendo 4 conjuntos com 12

117
cartas distintas) ; 4 esqueleto para montagem da filogenia (Fig. 6); 44 cartas
representando os grupos de animais (Fig. 7), sendo 4 conjuntos com 11 cartas; 1 dado e
4 marcadores.

PARTICIPANTES: De 2-4 grupos, sendo cada grupo composto de 2-4 jogadores e o


número de jogadores por tabuleiro não seja superior a 10.

ORGANIZAÇÃO: Deve-se embaralhar as cartas “Um passo para frente ou dois para
trás?” e formar um monte no meio do tabuleiro. Separar a quantidade de conjuntos das
cartas de “Características” equivalente ao número de grupos de pesquisa, os quais
devem ser embaralhados e colocados no centro do tabuleiro. Quanto às cartas
“Desvendando a Filogenia”, deve-se separar o número de conjuntos de acordo com o
número de grupos, podendo misturar os conjuntos e as cartas serem retiradas
aleatoriamente, ou então os conjuntos podem ficar separados e os grupos retirarem as
cartas na ordem numérica, facilitando o jogo. Cada grupo receberá uma representação
temporal com o esqueleto da filogenia e grupos de animais que podem ou não fazer
parte da filogenia.

COMO JOGAR: O primeiro grupo a jogar lança os dados e avança o número de casas
equivalente aos pontos dos dados. Cada vez que o jogador passar pelo início receberá
uma carta de “Características”. Dependendo da casa em que o jogador cair deverá seguir
as instruções a seguir:

Um passo a frente ou dois para trás? – Ao cair nessa casa você irá retirar uma carta
do monte que irá te dizer se sua pesquisa contará com algum avanço ou empecilho. Ao
ler as instruções devolva a carta no fim do monte.
Laboratório de análise – envie um espécime de sua preferência para análise e obtenha
características relevantes para seu posicionamento filogenético. Retire uma carta de
“Características” e guarde com seu grupo. Se a carta for repetida guarde assim mesmo,
pois pode servir para trocas futuras.
Desvendando a filogenia – Nessa casa você obterá cartas com informações importantes
para estabelecer as relações entre os grupos de animais. Cada carta corresponde a dados
de uma linhagem. As cartas encontram-se numeradas e são recebidas de acordo com a
ordem numérica (caso queiram dificultar o jogo, as cartas podem ser embaralhadas e
recebidas aleatoriamente). Como o grupo pode perder suas cartas para os outros grupos
é importante que alguém anote as dicas.
Imunidade – o grupo que estiver nessa casa não poderá ceder suas cartas aos outros
grupos.
Vá para a Biblioteca – o grupo precisa de mais informações teóricas, então ficará lá
estudando. O grupo só poderá sair da biblioteca ao tirar números iguais nos dados.
Biblioteca – passagem livre, a não ser que o grupo tenha alguma tarefa para terminar lá:
escrever tese, relatório ou estudar.
Avance até o início – ao cair nessa casa, o grupo deverá ir até o início e receber uma
carta de características
Vence o jogo o grupo que montar a filogenia corretamente primeiro.

118
Figura 2. Tabuleiro do jogo.

Um passo para frente... Um passo para frente... Um passo para frente... Um passo para frente...

Referência Bibliográfica Um renomado Você é muito aplicado(a)!


pesquisador veio ao seu
Avance ao início Você achou um artigo departamento apresentar Estuda muito e está
e receba uma carta de muito importante que uma palestra, na qual sempre adiantado com as
“Características” revela informações você aprendeu muito entregas de relatórios –
imprescindíveis para sobre Reptilia – retire guarde este cartão e use
montar sua hipótese uma carta como saída imediata da
filogenética – Receba “Características” biblioteca!
uma carta “Desvendando
a Filogenia”.
Dois passos para trás... Dois passos para trás... Dois passos para trás... Dois passos para trás...

Prestação de Contas Seu grupo de pesquisa Seu grupo de pesquisa Entrega de Relatório
mantém colaboração com mantém colaboração
A prestação de contas outros grupos de pesquisa com outros grupos de Seu relatório não foi
enviada à agência de em Reptilia. Eles pesquisa em Reptilia. aprovado, vá para a
fomento a pesquisa estava contribuíram com a sua Retribua a colaboração biblioteca escrever outra
incompleta, seus recursos pesquisa, é hora de – Dê uma carta versão - Só saia ao tirar
ficarão congelados por retribuir – Dê uma carta “Desvendando a números iguais nos
duas semanas – Fique de “Características”, da Filogenia” a apenas um dados!
uma rodada sem jogar sua escolha aos outros grupo de pesquisa.
grupos de pesquisa.

119
Dois passos para trás... Dois passos para trás... Dois passos para trás... Um passo para frente...

Congresso Internacional Problemas na infra- Defesa de Tese Seu grupo de pesquisa


de Zoologia estrutura mantém colaboração com
A defesa da Tese do seu outros grupos de pesquisa
Parabéns, seus resultados O laboratório do seu Doutorado é daqui a 2 em Reptilia – Receba uma
foram aceitos para grupo de pesquisa foi semanas - vá para a carta “Desvendando a
apresentação no inundado durante a biblioteca - só saia Filogenia”, da sua escolha
Congresso. Você passará enchente – fique uma quando tirar números de apenas um grupo de
uma semana longe do rodada sem jogar. iguais! pesquisa.
laboratório – fique uma
rodada sem jogar
Um passo para frente... Crie sua carta Crie sua carta Crie sua carta

Seu grupo de pesquisa


mantém colaboração com
outros grupos de pesquisa
em Reptilia – Receba
uma carta
“Características”, da sua
escolha de apenas um
grupo de pesquisa.

Figura 3. Cartas “Um passo para frente ou dois para trás?”

Quelônios Crocodilianos Pterosauria Ornithischia

Possui representantes Crânio diapsida. Possuem Grupo extinto. Possuem Grupo extinto. Os animais
atuais, caracterizados pela palato secundário. capacidade de voo. desta linhagem eram
presença de casco, herbívoros, com pelve
ausência de dentes. Seu tetra-radiada.
crânio é anapsida (sem
fenestras temporais).

Aves Tuataras Iguania Scleroglossa

Possui pescoço em “S” Troca periódica de Grupo das Iguanas e Lagartixas, cobras e
pelve tri-radiada. epiderme; possuem Camaleões. Ausência de lagartos. Ausência do
quadrado jugal. quadrado jugal, trocas quadrado jugal, possuem
periódicas de epiderme. orientação química.
Possuem orientação
visual.

Anfíbios Pelicossauros Dinocephalia Crie sua carta

São tetrápodes não Grupo de amniotas com Grupo amniota, com


amnióticos. Possuem crânio sinapsida; palato crânio sinapsida e fenestra
dentes pedicelados arqueado temporal aumentada.
Exemplos: Sapos, rãs,
cobras-cega.

Figura 4. Exemplo da carta “Características”

120
Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia

Esta é uma linhagem de Essa linhagem divergiu a Os pertencentes a essa Archosauromorpha é uma
tetrápodes amnióticos, partir de Reptilia e possui linhagem possuem crânio linhagem de animais
que divergiu em duas crânio anapsida (sem diapsida (com fenestras diapsidas que apresentam
outras na primeira metade fenestras temporais). temporais superior e fenestras mandibular e
do Carbonífero. Nesse Muitos representantes inferior). Essa linhagem antiorbital.
grupo encontram-se dessa linhagem foram divergiu a partir de
animais com forame sub- extintos, mas ainda há Reptilia.
orbital no palato, tabular representantes
pequeno ou ausente e contemporâneos, como as
fenestra pós-temporal tartarugas, jabutis e
grande. cágados.
Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia

Linhagem de Linhagem derivada de Archosauria Dinosauria é o grupo-


archosauromorpha com Archosauromorpha irmão de Pterosauria,
especializações craniais caracterizada por ter voadores sem nenhum caracterizado por ter
(palato secundário, clavículas representante atual. pescoço em forma de “S”.
incluindo ao menos o reduzidas/ausentes, e a As linhagens que
osso maxilar) tíbia mais longa que o divergiram a partir de
fêmur. Dinosauria são
diferenciadas quanto a
morfologia da pelve.
Possui representantes
atuais.
Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia Desvendando a filogenia

Essa linhagem possui Linhagem extinta. Possui


representantes atuais. São pelve tetrarradiada, e Na linhagem de animais Linhagem possui
caracterizados pela pelve dentição típica de diapsida representantes atuais. São
tri-radiada. herbívoros. Lepidosauromorpha uma diapsidas modificados
característica comum é a (perda do quadrado jugal)
redução ou ausência de e possuem hemipênis.
membros; trocam com
periodicamente a
epiderme.

Figura 5. Exemplo de carta “Desvendando a Filogenia”

Quelônios Crocodilianos Pterosauria Ornithischia

Aves Iguania Scleroglossa Pelicossauro

121
Anfíbios Dinocephalia Tuataras Crie sua carta

Figura 6. Cartas representando os grupos de animais.

Fonte das imagens:


Quelônio: http://vertebrados7456.blogspot.com.br/
Crocodilianos: http://artedaciencias.blogspot.com.br/2011_09_01_archive.html
Pterosauria: http://www.datuopinion.com/pterosauria
Ornithischia: http://carnivoraforum.com/topic/9826681/1/
Aves: https://br.pinterest.com/chrisprosylis/lovebirds/
Iguania: http://www.ambietica.com.br/Galeria-de-fotos/12/Imagens-para-PC
Scleroglossa: http://nisiaflorestaporluiscarlosfreire.blogspot.com.br/2015_09_01_archive.html
Pelicosaauro: https://www.theguardian.com/science/2009/feb/07/dinosaurs-science-fossils-
zoology
Anfíbios: http://astrocienciasecu.blogspot.com.br/2015/01/inventario-de-anfibios-suma-5-
especies.html
Dinocephalia: http://dinotoyblog.com/forum/index.php?topic=4171.20
Tuataras: http://handsacrossthepacific.wikispaces.com/Native+Animals

Figura 7. Esqueleto para montagem da filogenia.

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

122
ANEXO 3: Roteiro de estudo para visita ao Zoológico
ROTEIRO PARA ESTUDO DIRIGIDO - VISITA AO ZOOLÓGICO
1. Que grupos de animais você observou durante a visita ao Zoológico? Você acha que
algum grupo importante foi deixado de fora da exposição? Se sim, qual grupo?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2. Os animais observados são representativos da fauna brasileira?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3. Considere a forma como os animais estão distribuídos no Zoológico. Você observa
algum padrão de organização? Qual?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
4. A organização dos animais está relacionada de alguma forma à classificação
filogenética dos grupos observados? Justifique.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
5. Proponha uma forma alternativa de organização que reflita a classificação
filogenética dos grupos. Explique os critérios utilizados. Se necessário, utilize
esquemas.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

123
SUGESTÃO VII – ENSINO DE ZOOLOGIA COM ÊNFASE EM
CLASSIFICAÇÃO
Sumário

AUTORES: Camila Camata, Daniela Alvelos, Naomi Nakao, Natalie Brito, Vanessa
Simões

PÚBLICO-ALVO: Terceiro Ano do Ensino Médio de Escolas públicas ou privadas.

CONTEXTO:
A escolha do tema de classificação biológica do grupo Chordata se deu pela
maneira como tal assunto é ensinado nas escolas, exigindo que os alunos decorem os
grupos e suas características, como é evidente em muitos livros didáticos e nas
concepções de professores e alunos (RODRIGUES et al, 2011). Dessa forma, o
processo difícil e custoso envolvido na classificação de seres vivos não é demonstrado.
Como Chordata é um dos grupos mais próximos dos alunos, pensamos em discutir este
assunto de forma mais agradável, tentando ressaltar características – aquelas
importantes em cada grupo – que eles já estão familiarizados por meio de filmes
conhecidos, que fazem parte do contexto social dos alunos. O aprendizado da
diversidade biológica trazendo a filogenia como eixo integrador e indicando os
processos pelos quais essa área da ciência é desenvolvida certamente proporciona
melhor entendimento do tema por parte dos alunos (RODRIGUES et al, 2011), além de
podermos inserir a linguagem científica e auxiliar o desenvolvimento do espírito crítico
dos alunos.
Optamos por inserir nossa sequência didática no 3º ano do Ensino médio,
considerando que esse seja o melhor momento para o ensino da temática “Diversidade
da vida”, pois o aluno já teve acesso a determinados conhecimentos que permitirão a
maior compreensão do que será exposto. Dessa forma, consideramos que os
conhecimentos fundamentais referentes a “Ecologia e meio Ambiente”, “Moléculas
constituintes da vida”, “Biologia Celular e Molecular”, “Embriologia”, “Fisiologia
Humana” e “Evolução” tenham sido ministrados em anos anteriores.
Mais especificamente sobre o momento no qual a zoologia se encaixa dentro do
plano de aulas do terceiro ano, consideramos que os alunos tenham aprendido nos três
primeiros bimestres conceitos relativos a classificações e filogenia, além de terem

124
estudado os grupos “Bacteria”, “Archea”, “Vírus”, “Plantas”, “Fungos” e “Metazoários”
exceto Cordados.
Acreditamos que a sequencia didática aqui desenvolvida é apta tanto para escolas
particulares quanto para escolas públicas, se essas últimas possuírem os equipamentos
mínimos necessários como projetores para mostrar as imagens e/ou salas de vídeo para
expor os recortes dos filmes selecionados.

OBJETIVOS:
 Despertar o interesse do aluno para a importância da classificação e filogenia do
grupo Chordata de forma que possibilite a melhor compreensão da diversidade da vida
no geral, não apenas como memorizações aleatórias dos grupos e suas características.
 Conceituais: Que o aluno seja capaz de compreender como ocorre a classificação
biológica para os animais cordados e quais as principais características que são
utilizadas para agrupar esses animais em táxons;
 Procedimentais: Que o aluno seja capaz de compreender como as regras de
classificação foram pensadas e como são colocadas em prática, conseguindo entender
estratégias de classificação e podendo colocá-las em prática, utilizando regras para
montar a filogenia na aula final;
 Atitudinais: Praticar o trabalho em grupo, ouvindo opinião dos colegas e
argumentando para que o trabalho saia da melhor maneira possível no final.

MATERIAL:
 Filogenia simplificada do reino Animalia (Anexo 1)
 Figuras de animais (Anexo 2)
 Fichas com os animais dos trechos de filmes vistos em aula, explicando algumas
de suas características, para que os alunos os agrupem, sendo capazes de formar um
cladograma o mais próximo do mais aceito atualmente para o grupo dos Cordados
(Anexo 3).

DINÂMICA:
Aula 1: Classificação
Inicialmente é feita uma dinâmica de grupo de duração aproximada de 20
minutos, na qual são fornecidos vários objetos para que os alunos classifiquem da

125
maneira que eles acharem melhor, utilizando as características que quiserem para tal
agrupamento.
Separar a classe em 4 grupos que serão formados em todas as dinâmicas de grupo
ao longo da sequência didática e entregar objetos diversos para cada grupo, pedindo
para que eles agrupem esses objetos do jeito que acharem mais parcimonioso.
Pedir para que cada grupo mostre como agrupou os objetos e qual a metodologia e
lógica foi utilizada para cada caso.
Depois de cada grupo ter se apresentado o professor deve promover uma
discussão sobre as diversas maneiras utilizadas para agrupar objetos, refletindo sobre
essas possibilidades em relação aos seres vivos.

Aula 2: Introdução aos Cordados


Aula dialogada e expositiva com fotos e esquemas.
Dinâmica da Aula:
Recordar como se lê uma árvore e suas partes:
Mostrar filogenia simplificada dos animais (Anexo 1) e indicar, sempre
dialogando com os alunos, cada definição descrita abaixo:
 Cladograma: Diagrama de ramos;
 Ramos internos: Ligam os nós entre si;
 Ramos externos: Ligam os terminais ao ancestral comum mais recente;
 Nós: Representação dos ancestrais comuns hipotéticos;
 Cladogênese: ruptura de uma população em duas ou mais populações menores;
 Condição primitiva: característica presente no ancestral;
 Condição derivada: novidade evolutiva;
 Grupo-irmão: Terminais que compartilham um ancestral comum exclusivo;
 Grupo externo: indivíduo mais próximo do grupo estudado, que irá mostrar
quais são as condições primitivas.
Atividade para Avaliação
Pedir nessa aula para que os alunos se dividam em quatro grupos para pesquisar e
confeccionar cartazes que tragam informações de importância ecológica e econômica
dos peixes, de acordo com os seguintes temas:
 Espécies que podem ser encontradas em mercados e feiras;
 Problemas da sobrepesca;

126
 Poluição dos ambientes costeiros e sua influência nos peixes; - Comparação
entre pesca e piscicultura.
Pedir para que os alunos apresentem esses cartazes na aula 3.

Cordados
Características Gerais dos Cordados:
 O filo Chordata apresenta diversas características presentes em certos
invertebrados como circulação fechada;
 Existem também outras características exclusivas dos Cordados e que às vezes
estão presentes em apenas uma fase da vida:
1. Notocorda: Responsável pelo nome ao grupo. Bastão de células que se estende
por quase toda a região dorsal do animal. Serve de ponto de apoio aos músculos.
Nos vertebrados ela é total ou parcialmente substituída pela coluna vertebral;
2. Sistema nervoso dorsal oco: Diferente dos outros grupos que se situava na
região ventral e era formado por um cordão duplo e maciço de células;
3. Cauda pós-anal musculosa: Região posterior ao ânus com músculos e
notocorda, possibilitando maior propulsão durante o nado.
Características importantes do grupo, mas não exclusivas:
 Corpo segmentado;
 Simetria bilateral;
 Fendas na faringe: Antigamente eram consideradas características de
cordados, mas hoje sabe-se que surgiram antes, no grupo dos hemicordados.
Relacionada primariamente com a alimentação e respiração.

Diversidade dos Cordados Primitivos:


 Cefalocordados: Representados pelo anfioxo (Figura 1; Anexo 2);
 Urocordados: Representados pela ascídias, que vivem solitárias (Figura 2.a;
Anexo 2) ou em colônias (Figura 2.b; Anexo 2). Fluxo da água em ascídias.

Vertebrados: Todos os outros cordados (Exceto Myxiniformes).


 A partir desse clado, as fendas na faringe possuem apenas função respiratória;
 Possuem endoesqueleto ósseo ou de cartilagem;

127
 O esqueleto inclui uma coluna vertebral, que sustenta o corpo e protege a
medula espinhal;
 Possuem um crânio, que protege o encéfalo.
Agnatos:
 Representados pelas lampreias (Figura 3.a; Anexo 2) e feiticeiras (Figura 3.b;
Anexo 2); - Desprovidos de maxilas.

A partir dessa aula, a dinâmica será a apresentação de um filme no início da


aula, pedindo para que os alunos prestem atenção no grupo que será discutido em aula,
e após a exibição pedir para que eles levantem características morfológicas externas
presentes no grupo, com o auxílio de uma imagem do animal representado no filme. No
final, o professor pode expor outras características que não foram vistas nos
personagens. Depois dessa atividade, apresentar as características importantes do
grupo, e relacionar sempre com o animal visto no vídeo.

Aula 3: Peixes
Aula expositiva com fotos e vídeos.
“Extremamente abundantes no ambiente aquático e possuem a maior diversidade de
espécies dentro do grupo de cordados.”
Trecho de filme
Filme exibido: Procurando Nemo
Link: http://www.youtube.com/watch?v=Dn4F5BZx7O8&feature=endscreen&NR=1
Características que podem ser levantadas dos filmes:
 Nadadeiras pares e sua localização;
 Epiderme colorida;
 Posição da boca;
 Tipo de dentição;
a Fendas na lateral do corpo;
 Ambiente aquático.
Panorama Histórico:
 Primeiro grupo a apresentar maxilas, importante para a diversificação do hábito
alimentar;

128
 Surgimento das nadadeiras pares e sua importância adaptativa para a exploração
do ambiente aquático.

Características Gerais:
 Nadadeiras: apresentam além das nadadeiras ímpares, nadadeiras pares peitorais
e pélvicas;
 Sistema Respiratório: Branquial;
 Sistema Nervoso: Linha lateral, Ampolas de Lorenzini apenas em
Chondrichthyes; - Reprodução: Dióicos.

Tabela 1. Características que diferem entre os grupos Chondrichthyes e Osteichthyes.


Chondrichthyes Osteychthyes

Esqueleto Cartilaginoso Ósseo

Nadadeiras Rígidas Flexíveis

Tipo de excreta nos adultos Uréia Amônia

Fecundação Interna (clásper) Interna ou externa

Bexiga Natatória Ausente Presente

 Bexiga Natatória (apenas em Osteichthyes): Ajuda na flutuação - surgiu como


uma bolsa que funcionava como pulmão primitivo, ainda hoje há peixes que usam a
bexiga natatória para absorver oxigênio do ar;

Diversidade:
Chondrycthyes
a) Elasmobranchii: Tubarões (Figura 4.a; Anexo 2) e raias (Figura 4.b; Anexo 2);
b) Holocephali: Quimeras (Figura 4.c; Anexo 2);
Osteichthyes
a) Actinopterygii: Maior parte dos peixes e possuem nadadeiras raiadas (Figuras
4.d e 4.e; Anexo 2);
b) Sarcopterygii: Possuem nadadeiras carnosas e são representados por peixes
dipnoicos e celacantos (Figura 4.f; Anexo 2).

129
Aula 4: Apresentação dos Pôsteres
O grupo fixará o cartaz (Ver temas aula 1) na lousa e terá 10 minutos para
apresentar o que foi pesquisado sobre o tema que foi definido na primeira aula. Ao final
abrem-se perguntas para a sala e o professor faz os comentários finais. Avaliar os alunos
quanto ao conteúdo, ao formato do cartaz e à apresentação.
Aula 5: Anfíbios
Aula expositiva com vídeo e figuras
“Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a colonizar o ambiente terrestre. Porém,
sua dependência com relação a ambientes úmidos fez com que essa colonização fosse
parcial .”
Trecho de filme
Filme exibido: “A Princesa e o Sapo”

Link: http://www.youtube.com/watch?v=ew-WpCcp9vg

Características que podem ser levantadas do filme:

 Pernas posteriores longas;


 Dependência do ambiente aquático;
 Presença de muco na pele.
Panorama Histórico:
 O primeiro grupo de vertebrados a explorar o ambiente terrestre, mas ainda
mantendo a dependência da água para reprodução e respiração;
 Apresentam novidades evolutivas que possibilitaram o inicio dessa exploração,
como a presença de membros derivados de nadadeiras lobadas, respiração
pulmonar nos adultos e pele já com pequenas quantidades de queratina.
Características Gerais:
 Pele: Apresenta glândulas mucosas que mantêm a pele úmida. Possui uma
camada fina de queratina, que não impede a perda de água. Em alguns casos,
pode apresentar toxinas (glândulas paratóides);
 Sistema respiratório: Pulmonar e cutâneo. Branquial, nas larvas;
 Controle da Temperatura Corporal: Ectotérmico;
 Tipo de excreta: Uréia, mas no estado larval é amônia;
 Reprodução: Fecundação pode ser externa ou interna com desenvolvimento
indireto, com a fase larval totalmente aquática. Ovos somente com cápsula
gelatinosa.

130
Diversidade:
1) Anura: sapos (Figura 5.a, Anexo 2);
2) Urodela: salamandras (Figura 5.b, Anexo 2);
3) Gymnophiona: cobras-cegas (Figura 5.c, Anexo 2).
Ecologia
 Vocalização: Possuem cordas vocais, para coaxar;
 Mecanismos de defesa: possuem veneno;
 Anfíbios que vivem no deserto/caatinga;
 Indicadores do ambiente em que estão inseridos.

Aula 6: Répteis
“Os primeiros vertebrados que se adaptaram a vida terrestre sem depender de água
para a reprodução e respiração.”
Trecho de filme
Filme exibido: “Rango”

Link: http://www.youtube.com/watch?v=ppYQgP3GT10
Características que podem ser levantadas dos filmes:
 Independem do ambiente aquático;
 Pele grossa (queratinizada);
 Olhos com membrana no camaleão;
 Tartaruga com dentes? (Discutir que nem sempre as representações estão
corretas).
Panorama Histórico:
 Conquista total do ambiente terrestre, devido ao surgimento de adaptações tais
como: ovo amniótico, pele altamente queratinizada, respiração exclusivamente
pulmonar.
Características gerais dos répteis
 Corpo: pernas curtas; garras (proteção e locomoção);
 Tegumento: pele seca e praticamente impermeável e rica em queratina.
 Controle da Temperatura Corporal: Ectotérmico;
 Sistema Respiratório: Pulmonar;
 Tipo de Excreta: Maioria ácido úrico (Economia de água);

131
 Reprodução: fecundação interna com desenvolvimento direto, vivíparos ou
ovíparos;
 Ovo: com casca e membranas extra-embrionárias - âmnio, cório, saco vitelínico
e alantóide.
Diversidade
1) Crocodilia: jacarés e crocodilos (Figura 6.a, Anexo 2);
2) Squamata: serpentes, lagartos e anfisbenas (Figura 6.b, Anexo 2);
3) Rhynchocephalia: tuatara (Figura 6.c, Anexo 2); 4) Testudinata: tartarugas
(Figura 6.d, Anexo 2).
Ecologia
 Fosseta loreal de cobras;
 Sentidos: percepção de gostos e cheiros;
 Determinação do sexo pela temperatura de incubação → maior vulnerabilidade à
extinção;
 Cobras peçonhentas.

Aula 7: Aves
“A capacidade de voo e a endotermia possibilitaram a exploração de vários nichos
pelas aves, sendo que as encontramos em todos os ambientes terrestres, desde o local
mais quente ao mais frio, dos mares aos picos mais altos.”
Trechos de filmes
Filmes exibidos: “Rio” e “Papa-Léguas e Coyote”

Rio

Link: http://www.youtube.com/watch?v=nM7cycq7kWI (0:10 min – 2:02 min)

Papa Léguas e Coyote


Link: http://www.youtube.com/watch?v=mQQdsVMnnRA (0 min – 1:14 min)
Características levantadas dos filmes:
 Presença de penas coloridas;
 Pernas;
 Presença de bicos variados;
 Presença de garras;
 Adaptações para voo: asas, peso corpóreo reduzido, etc.;

132
 Postura de ovos;
 Diversidade de hábitats.
Panorama Histórico
 As aves desenvolveram uma série de adaptações que permitiram o voo, tais
como: diminuição do peso corporal devido à presença de sacos aéreos e ossos
pneumáticos e ausência de bexiga urinária, presença de penas e de asas.

Características Gerais
 Esqueleto: ossos pneumáticos; ausência de dentes
 Tegumento: Penas derivadas de células epidérmicas, responsáveis pela
impermeabilização, sustentação no voo, limpeza, mecanorrecepção, corte,
isolamento térmico;
 Controle da Temperatural Corporal: Endotérmico;
 Sistema Respiratório: pulmões com sacos aéreos; siringe
 Tipo de excreta: ácido úrico;
 Reprodução: fecundação interna; ovíparas; desenvolvimento direto;
 Ovo: Com casca e membranas extra-embrionárias - âmnio, cório, saco vitelínico
e alantóide.
Diversidade
 Aproximadamente 10.000 espécies (Figura 7, Anexo 2).
 Diversidade de ambientes e nichos.
Ecologia
 Alimentação de flamingos e guará: colorações pigmentares (vermelho, preto) ou
estruturais (azul, violeta).

Aula 8: Mamíferos
“No final do período dominado pelos grandes répteis, houve a grande diversificação
dos animais portadores de glândulas mamárias.”

Trecho dos filmes


Filme exibido: “Rei Leão”.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=U-6Sr-gKDAs

Características levantadas dos filmes:

133
 Presença de pelos;
 Pernas;
 Grupo muito diverso (formas);
 Dentição.
Panorama Histórico:
 Dentro do contexto do mundo dominado por répteis, falar sobre os mamíferos de
forma a ficarem evidentes as vantagens de algumas adaptações desse grupo após
as mudanças no ambiente terrestre que levaram à grande extinção: Animais de
pequeno porte, alimentavam-se principalmente de insetos e eram homeotérmicos
muitos com hábito noturno;

 Comentar possíveis explicações para a extinção dos grandes répteis e explosão


de diversidade dos mamíferos.
Características Gerais:
 Glândulas mamárias: funções e vantagens;
 Estruturas da epiderme: Pelos, glândulas sebáceas, sudoríparas e odoríferas
 (Comentar vantagens evolutivas dessas estruturas);

 Tipo de excreta: Uréia;


 Sistema Respiratório: musculatura que separa tórax do abdômen (diafragma); -
Controle da temperatura corporal: endotérmicos.

Ecologia:
 Grande diversidade de hábitos alimentares: Herbívoros, Carnívoros e Onívoros.
Relacionar com a dentição e adaptações do sistema digestório;
 Interação com outros organismos: ex. animais ruminantes, cão e carrapatos
(parasitismo) e uma tamanduá comendo formigas (predação).
 Tamanho: Camundongo (Figura 8.a, Anexo 2) x Baleia (Figura 8.b, Anexo 2).
 Habitats: Aquáticos (Figura 8.c: Golfinho, Anexo 2), Terrestres (Figura 8.d:
onça-pintada, Anexo 2), Geleiras (Figura 8.e: Urso-polar, Anexo 2), Desertos
(Figura 8.f: Camelos, Anexo 2) e Voadores (Figura 8.g: Morcego, Anexo 2).
Diversidade:
1) Monotremados: Colocam ovos e não possuem mamilos – Fotos 8.h e 8.i
(Anexo 2);

134
2) Marsupiais: Vivíparos com curto período de gestação incompleta – Figuras 8.j
e 8.k (Anexo 2);
3) Placentários: Vivíparos com gestação completa e placenta – Figuras 8.l, 8.m,
8.n, 8.o, 8.p (Anexo 2).
Atividade de avaliação formativa

Pedir para que os alunos confeccionem para a próxima aula uma tabela com as
principais características dos grupos estudados em sala (em duas cópias). Será fornecida
uma lista dessas características pelo professor - modelo de lista exposto no plano da
próxima aula).

Aula 9: Comparativa dos grupos


Quais grupos têm semelhança entre si?
Desenvolvimento em conjunto de atividade em sala de aula
1) Apresentar lista de oito características para os alunos:
 Ovo Amniótico;
 Tipo de Controle da Temperatura do Corpo;
 Tipo principal de excreção;
 Ambiente predominante;
 Nadadeiras e Derivações;
 Sistema respiratório no adulto;
 Pele/Estruturas da epiderme.
2) Foi pedido para que os alunos fizessem em casa uma tabela inicial, plotando as
características pedidas. Uma das cópias será utilizada para avaliação e a outra para
correção por parte do aluno durante a aula;
3) No início da aula pegar as avaliações e corrigir na lousa todos os itens da tabela;
4) Pedir para que os alunos formem os grupos com base em cada característica dada
e depois tentando juntar vários itens;
5) Após 25 minutos, o exercício será feito em conjunto na lousa (Professor pergunta
aos alunos quais são os grupos que apresentam a característica em questão e
discute possíveis equívocos).

135
Gabarito da tabela:

Condrichthyes Osteychthyes Amphibia Reptilia Aves Mammalia


Características

Ovo
Não Não Não Sim Sim Sim
Amniótico

Controle de
Temperatura Ectotérmico Ectotérmico Ectotérmico Ectotérmico Endotérmico Endotérmico
Corporal

Principal tipo Ácido Ácido


Uréia Amônia Uréia Uréia
de Excreção Úrico Úrico

Terrestre/
Ambiente Aquático Aquático Aquático Terrestre Terrestre
Aquático

Nadadeiras e
Pares Pares Membros Membros Membros Membros
derivações*

Sistema Pulmonar + Pulmonar


Brânquias com
respiratório no Brânquias
opérculo
Pulmonar Pulmonar com
Cutânea diafragma
adulto

Glândulas
Glândula sebáceas,
Pele Espessa e
Pele/Estruturas Escamas Escamas uropigiana. mamárias e
delgada rica rica em
de epiderme placóides dérmicas
em muco queratina Penas sudoríparas.
Pelos
*
Membros (Pernas e braços) possivelmente derivados das nadadeiras lobadas de Sarchopterygii

Aula 10: Jogo “Filogenia animada” (Anexo 3)


Antes do jogo é necessário que o professor recorte as fichas que se encontram no
final da sequência didática, colando a frente e o verso da ficha, de modo que em um dos
lados da ficha fique o personagem do filme e do outro lado a foto do animal real, com as
características descritas.

Montagem dos cladogramas


Utilizar novamente o agrupamento de 4 grupos e distribuir as 6 fichas dos diferentes
grupos animais, cartolina, durex e canetinhas. Pedir para que eles elaborem uma

136
filogenia em uma cartolina a partir das informações dadas no verso das fichas e de
informações dadas em aula.
No final da aula, exibir todas as propostas de classificação feitas pelos alunos e fazer
uma árvore filogenética consenso.
“Correção” do cladograma
Mostrar novamente a filogenia consenso feito na aula anterior e trazer a mais aceita
atualmente, plotando características que separem os principais grupos, como
exemplificado na figura abaixo.

Figura 1. Cladograma de Chordata. Fonte: Coleção BIO – Volume 3 – Sonia Lopes e Sérgio
Rosso, 2010.

Fechamento da sequência:
 Como classificar é difícil, já que vários métodos podem ser utilizados, como a
classificação puramente morfológica ou puramente molecular, assim como
juntar metodologias tão diferentes podem ser muito difíceis de se
complementarem, podendo dar respostas muito contraditórias; retomando a
primeira aula da sequência didática;

137
 Como a classificação é flexível, podendo mudar quando há novas descobertas
sobre o assunto;
 Extrapolar tais conclusões da flexibilidade para a ciência como um todo, falando
como os paradigmas podem mudar de uma hora para outra, podendo mudar toda
a visão científica.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. São Paulo, EDUSP, Cap. 3.
2004.

LOPES, S.; ROSSO, S. Coleção livros didáticos BIO – Volume 3: Livro e


Manual do Professor. Editora Saraiva: 1ª Edição, 2010. 480p.

POUGH, F; HARVEY, F; JANIS, C. M.; HEISER, J. A vida dos vertebrados. 4ª


Edição. Editora Atheneu São Paulo. 2008.

RODRIGUES, M.; DELLA, J. L.; MEGLHIORATTI, F. O conteúdo de


sistemática de e filogenética em livros didáticos do ensino médio. Ensaio Pesquisa
em Educação em Ciências, América do Norte, 1319 08, 2011.

138
ANEXOS:
ANEXO 1: Filogenia simplificada do Reino Animalia
Esquema 1. Filogenia simplificada do Reino Animalia. Fonte: Coleção BIO – Volume
3 – Sonia Lopes e Sérgio Rosso, 2010.

139
ANEXO 2: Figuras ilustrativas
Figura 1. Representação de um anfioxo (Aula 1)

(Fonte: http://www.biologia.edu.ar/animales/cordados.htm)

Figura 2.a Foto de uma ascídea solitária

(Fonte: http://projetobiomar.blogspot.com.br/2010/09/ascidia-que-bicho-e-este.html)

140
Figura 2.b Foto de uma ascídea colonial

(Fonte: http://cifonauta.cebimar.usp.br/site_media/photos/cbm_tUE0hH.jpg

Figura 3.a Diversidade de Agnatos - Foto de lampreia

(Fonte: http://linhaceira.net/wp-content/uploads/2011/03/lampreia-1.jpg)

141
Figura 3.b Diversidade de Agnatos - Foto de feiticeira

(Fonte: http://brunomichael.wordpress.com/2009/04/14/maxini/).

Figura 4.a - Foto de Chondrychthyes – Elasmobranchii: Tubarão

(Fonte: http://og.infg.com.br/in/11248264-dee-0b0/FT1500A/550/2014-678125828-
2014010800643.jpg_20140108.jpg

142
Figura 4.b - Foto de Chondrychthyes – Elasmobranchii: Raia

(Fonte: https://encrypted-
tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQJaGp6DvHGJSKsX7YI2mZAI9cKh4u1AHh
_jp9erzujXQscLDivyA

Figura 4.c - Foto de Chondrychthyes – Holocephali: Quimera

(Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/img/quimerabox.jpg)

143
Figura 4.d - Foto de Osteichthyes – Actinopterygii: Cavalo-marinho

(Fonte:
http://1.bp.blogspot.com/_ATgVp7fohWo/Sh7YPrtOztI/AAAAAAAAAA4/G_nxKAM
q70g/s1600-h/poi.jpg)

Figura 4.e - Foto de Osteichthyes – Actinopterygii: Peixe Palhaço

(Fonte:
http://www.megaartigos.com.br/natureza/animais/informacoes/peixe-palhaco);

144
Figura 4.f - Foto de Osteichthyes - Sarcopterygii

(Fonte: http://www.mbari.org/seminars/1999/jun09_erdmann.jpg)

Figura 5.a - Diversidade de Anfíbios - Foto de Anuro

(Fonte: http://www.fabiocompany.com.br/tecnologia/wpcontent/ uploads/2011/03/frog-


closeup-20.jpg);

145
Figura 5.b - Diversidade de Anfíbios - Foto de Urodela

(Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-
TvFvWpZnOL8/UB3uw_bNPyI/AAAAAAAABac/QIufHLHAjwI/s1600/02.j
pg);

Figura 5.c - Diversidade de Anfíbios - Foto de Gymnophiona

(Fonte:
http://www.uta.edu/biology/campbell/herpetology/gcampbell4.jpg).

146
Figura 6.a - Diversidade de Répteis - Foto de Crocodilia

(Fonte: http://thumbs.dreamstime.com/z/crocodilo-dos-animais-selvagens-21073483.jpg

Figura 6.b - Diversidade de Répteis - Foto de Squamata

(Fonte: https://ecoblogando.files.wordpress.com/2009/03/teiu.gif

147
Figura 6.c - Diversidade de Répteis - Foto de Rhynchocephalia (Tuatara)

(Fonte: http://reptilian-orders.wikispaces.com/file/view/080331-tuatara-
evolution_big.jpg/55033154/363x219/080331-tuatara-evolution_big.jpg

Figura 6.d - Diversidade de Répteis - Foto de Testudinata

(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Turtle3m.JPG

148
Figura 7. Diversidade de Aves (Aula 6).
A) Foto de Arara (Fonte: Arquivo pessoal);

Fonte: http://www.osmais.com/wallpapers/201203/arara-voando-wallpaper.jpg

B) Foto de João-de-barro

(Fonte: http://www.portaldemarcelino.com.br/portal/wp-
content/uploads/2014/04/Como-Joao-de-Barro-Faz-o-Ninho.jpg)

149
C) Foto de Seriema

(Fonte: http://www.biomasdobrasil.com/biomas/cerrado/SERIEMA_00001.jpg)

D) Foto de Tuiuiu

(Fonte: https://unhasinspiradas.files.wordpress.com/2013/08/tuiuic3ba.jpg)

150
E) Foto de Pinguim

(Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a1/Falkland_Islands_Penguins_3
6.jpg

F) Foto de Avestruz

(Fonte:priscilaenfermagem03.blogspot).

151
Figura 8. Diversidade de Mamíferos (Aula 7).
A) Foto de Camundongo

(Fonte: http://www.bioterio.fm.usp.br/ilustracoes/Wistar_conv.jpg)

B) Foto de Baleia

(Fonte: http://mdmcamisas.files.wordpress.com/2011/10/220786.jpg

152
C) Foto de Golfinho

(Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
rjloSjLQuog/UPhtj4p9OEI/AAAAAAAAAGg/FGqZNCbEt9w/s1600/golfinho3.jpg)

D) Foto de Onça-Pintada

(Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/mamiferos/onca-pintada/2.gif);

153
E) Foto de Urso Polar

(Fonte:
http://lh6.ggpht.com/_8Ia0w4O1jEw/Si0yRgRmP4I/AAAAAAAAFa8/46gGEyByOhI/
s800/POLAR%20BEAR.jpg)

F) Foto de Camelo

(Fonte: http://www.dijandebarros.files.wordpress.com/2011/03/camelo.jpg)

154
G) Foto de Morcego

(Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-
uPuS7zIBTlw/UchXjZxV_aI/AAAAAAAAFbU/5hUGtsDW6ts/s1600/1010525_10201
385170895492_178571832_n.jpg)

H) Foto de Monotremado – Ornitorrinco

(Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-
ZHpKwtFq8Zk/UYVMEJTfE4I/AAAAAAAB8sU/cDbrchoaNWE/s1600/5.jpg)

155
I) Foto de Monotremado - Equidna

(Foto: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,21036415-EX,00.jpg

J) Foto de Marsupial – Gambá

(Fonte: http://www.ecoloja.com.br/UserFiles/Image/gamba1.jpg);

156
K) Foto de Marsupial - Canguru

(Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
_bBRu9buBbQ/TyFkcPEsstI/AAAAAAAAACs/KxP_qkDQQEk/s1600/mae_e_filho-
1191.jpg);

L) Foto de Placentários– Peixe-boi

(Fonte: http://rodrigopanza.xpg.uol.com.br/images/peixe_boi_amazonia.jpg)

157
M) Foto de Placentários - Capivara

(Fonte:
(http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://animais.culturamix.com/blog/wp-
content/gallery/capivara-animal/capivara-animal-
1.jpg&imgrefurl=http://animais.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/capivara-
animal/&h=309&w=500&tbnid=_CkY6MbrXS1-
BM:&zoom=1&docid=m8Ryn3qCRJXWTM&ei=WqsRVa7BKPb7sATyi4DYBA&
tbm=isch&ved=0CCQQMygcMBw4yAE)

N) Foto de Placentários – Cachorro

(Fonte: http://www.arcadenoe.pt/img/race/big_43.jpg

158
O) Foto de Placentários – Chimpanzé

(Fonte:
http://imagensgratis.com.br/imagens/animais-chimpanze-9684c7.jpg)

P) Foto de Placentários– Humano

(Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
rw0WddYQbGA/UBWCPbyP9nI/AAAAAAAAAOo/POh8g_AfeDM/s640/ra%C3%
A7a+humana.jpg)

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

159
ANEXO 3: Fichas do Jogo “Filogenia Animada”

160
161
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168
169
170
SUGESTÃO VIII – PARASITOSES: DO PARASITA À PREVENÇÃO
Sumário

AUTORES: Renan Henrique Domingos , Cristina dos Santos Silva e Roberta Neves
Gago Rodrigues

PÚBLICO-ALVO: 7º Ano – Ensino Fundamental II

CONTEXTO:
A sequência didática pode ser aplicada concomitante ao tema Reino Animal. Os
conteúdos conceituais a serem explorados seriam o estudo dos filos de animais que
possuem representantes parasitas e como esta é uma característica que apareceu várias
vezes durante a evolução. Seriam abordados: características gerais dos parasitas,
interação com hospedeiro, vetores, doenças causadas (sintomas, órgãos afetados), ciclos
de vida, profilaxia e tratamento, além de aspectos socioeconômicos, estatísticos,
históricos e de distribuição geográfica. Conceitos atitudinais seriam explorados
conforme as aulas.
As parasitoses são um tema com grande potencial a ser explorado tanto pelo
professor como pelos alunos. Este assunto permite a abordagem de um amplo espectro
de atividades, desde aulas teóricas a visitas a campo, além de ser de grande interesse
médico e social dado que afligem grande parte da população brasileira e mundial.
Também é válido ressaltar a interdisciplinaridade do tema, englobando aspectos de
ciências, história, geografia, matemática e saúde pública.

OBJETIVOS:
Com a sequência didática, espera-se que os alunos:
 Compreendam o panorama geral de doenças causadas por parasitas: quais são os
causadores e suas características, suas características socioeconômicas,
possibilidades de prevenção, aspectos evolutivos das parasitoses;
 Compreendam a relação do saneamento básico com a disseminação de doenças
parasitárias;
 Busquem dados e informações em outras disciplinas, estimulando a
interdisciplinaridade;

171
 Sejam capazes de analisar de forma crítica dos dados analisados ao longo das
aulas, relacionando questões sociais com as doenças estudadas;
 Desenvolvam a sua cidadania;
 Sejam capazes de elaborar hipóteses;
 Interpretem de textos e vídeos;
 Utilizem ferramentas digitais;
 Realizem pesquisa em livros, internet e outras fontes;
 Desenvolvam trabalho em grupo, cooperação.

MATERIAL:
 Panfleto explicativo da parasitose estudada pelo grupo: agente causador e suas
características, vetor (ou ausência do mesmo) e suas características, ciclo de vida,
características da doença, histórico, distribuição mundial e no país, estatísticas,
profilaxia e tratamento.
 Jogo de tabuleiro sobre parasitoses (Anexo 1).
 Espécimes mortos e conservados de Ascaris sp.; Taenia sp.
 Data show
 Sala de informática com acesso a internet
 Impressão das cartas em um verso de folha A4 (arquivo “Cartas Frente”) e então
usando as folhas A4 desta impressão imprimir no verso ( arquivo “Cartas Verso”),
e então recortar as cartas (Anexo 1); tabuleiro do jogo Mundo das parasitoses
(Anexo 2)

DINÂMICA:
1ª Aula: Filos animais com representantes parasitas
Aula expositiva dialogada e discussão
 Fazer o levantamento de conteúdos prévios através de perguntas simples e diretas
como “O que você conhece de parasitismo?” e “algum de vocês já teve uma
doença como amarelão?” e deixar que desenvolvam.
Conteúdos a serem trabalhados:
 Conteúdo especifico: parasitismo como relação ecológica, co-evolução e
parasitismo, evolução de parasitismo.
Objetivos:

172
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer a evolução múltipla do parasitismo em
diversas linhagens.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer o parasitismo como uma relação
ecológica importante.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer que o parasita e o hospedeiro interagem e
co-evoluem.

2ª Aula: relembrando protozoários parasitas


Aula expositiva dialogada e discussão
Conteúdo especifico:
 Parasitismo como relação ecológica, co-evolução e parasitismo
Objetivos:
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer a evolução múltipla do parasitismo em
diversas linhagens.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer o parasitismo como uma relação
ecológica importante.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer que o parasita e o hospedeiro interagem e
co-evoluem.

3ª Aula: Parasitas e vetores


Aula expositiva dialogada e discussão.
Objetivos:
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer a relação entre parasita e vetor, bem como
a relação destes com o hospedeiro final.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer que medidas profiláticas contra doenças
causadas por parasitas também devem ser tomadas em relação aos vetores devido
a relação destes com o hospedeiro final e com o parasita.

4ª Aula: Estudo de exemplos conservados de animais parasitas e de vetores


conservados
Aula demonstrativa dialogada e discussão
 Material didático: espécimes mortos e conservados de Ascaris sp.; Taenia sp
Objetivos:

173
 O aluno deverá reconhecer a relação entre forma e tamanho do parasita e o
ambiente em que ele vive, bem como reconhecer as características na reprodução
que lhe favorecem em seu estilo de vida.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer a relação entre parasita e vetor, bem como
a relação destes com o hospedeiro final.
 O aluno deverá ser capaz de reconhecer que medidas profiláticas contra doenças
causadas por parasitas também devem ser tomadas em relação aos vetores devido
a relação destes com o hospedeiro final e com o parasita.
 O aluno devera reconhecer as características dos vetores que lhe propiciam a
relação com o hospedeiros intermediários e final.

5ª Aula: Ectoparasitas
Excursão e discussão
Objetivos: Identificação de locais onde há ectoparasitas, como capturá-los,
identificação de fatores nos animais que atraem esses parasitas, alimentação de
ectoparasitas.
Local: Essa atividade deve ser realizada em um parque, jardim público, sítio ou
fazenda.
Recomendações: Os alunos e educadores devem utilizar calça comprida de cor clara,
colocar a barra da calça dentro da meia e da bota. Pode ainda colocar o pé dentro de um
saco plástico, vedar com fita adesiva larga. É recomendado usar camisa ou camiseta de
manga comprida e luva de látex. Se, por acaso, algum carrapato subir na roupa, deve
retirá-lo com fita adesiva transparente.
Material Necessário:
- pano de prato branco;
- 200 gramas de gelo;
- imagens ampliadas dos parasitas;
- lupas;
- máquina fotográfica e filmadora;
- frascos com tampa.
Discussão Inicial:
Levantamento de conhecimentos prévios dos alunos acerca de ectoparasitas. O que eles
sabem sobre carrapatos, piolhos, pulgas, do que esses animais se alimentam.

174
O carrapato pode viver em vãos de muros e paredes, jardins e trilhas no meio da mata.
Podem atacar o homem e outros animais, causando coceira. Para piorar, pulgas e
carrapatos podem transmitir doenças quando estão infectados por vírus, bactérias e
protozoários. Isso ocorre porque eles são hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue,
sempre obtido por meio de picadas. Há uma maneira simples de detectar a presença de
carrapatos e vamos fazer uma atividade para capturar carrapatos do local.
Procedimentos: O professor estica um pano de prato no local suspeito, coloca 200
gramas de gelo seco no centro do pano e aguarda de 20 a 30 minutos. Nesse intervalo,
carrapatos vão subir no pano. Pode-se filmar a atividade.
Discussão
O professor pode perguntar por que isso aconteceu?
Do que é feito gelo seco?
E ir desenvolvendo perguntas até que os alunos cheguem a conclusão que os carrapatos
são atraídos pelo gás carbônico liberado pelo gelo seco, que nada mais é do que gás
carbônico em estado sólido (a fumaça que ele solta é o gás carbônico em estado gasoso).
Conduzir perguntas levando os alunos a concluir que os animais liberam gás carbônico
na respiração, o que é um fator atrativo para os carrapatos, levando-os a parasitar os
animais.
Os carrapatos são capazes de perceber mudanças na concentração de gás carbônico do
ar e, com isso, são atraídos em direção à fonte do gás.
Os carrapatos recolhidos podem ser mantidos em um frasco seco, limpo e bem fechado
e depois de mortos podem ser observados em lupa pelos alunos, comparando com as
pranchas com imagens ampliadas dos parasitas.
Revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/parasitas-silenciosos-
piolhos-pulgas-carrapatos-506258.shtml

6ª Aula: Vídeo: Saneamento - Projeto Embrião/IB/UNICAMP


Projeção, trabalho com mídia e discussão.
Iniciar a aula, perguntando aos alunos o que eles acham que é saneamento básico,
sua importância para a saúde e bem estar das pessoas. Implicações de se viver em um
local onde não há saneamento básico.
Informar aos alunos que o vídeo que será assistido aborda problemas gerados a
saúde pública devido a falta de saneamento básico.

175
A transmissão de doenças relacionadas a ausência de saneamento básico, causa
contaminação de água e solo, levando a disseminação de doenças, muitas parasitárias.
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15583
Tempo: 10:47

Discussão
Após o vídeo será realizada discussão com os alunos sobre questões relacionadas
a importância do saneamento básico e importância do tratamento de água e esgoto e sua
consequência para as parasitoses:
 Quais são as populações mais expostas a doenças parasitárias e por quê?
 Como é a região onde essas pessoas moram com relação a infraestrutura?
 Como vocês acham que é o acesso a saúde para essa população?
 Porque as crianças constituem o grupo mais vulnerável para contração de
verminoses e reinfecção?
 A construção de rede de tratamento de esgoto e água evita muitas doenças?
 Responsabilidade do estado em prover saneamento básico a população, que paga
impostos?
 Qual nossa parcela de reponsabilidade nessas condições?

Objetivos:
 O aluno devera ser capaz de interpretar informação e argumentar racionalmente.
 O aluno devera reconhecer e aplicar medidas profiláticas possíveis a diversas
doenças.
 Desenvolvimento de cidadania dos alunos

7ª e 8ª Aulas: Sala de Informática: pesquisa e desenvolvimento do panfleto


Projeto
Essa atividade será realizada em grupo. Os grupos elaborarão um folheto
apresentando as principais verminoses, dando informações referentes às formas mais
comuns de contágio, profilaxia, cuidados que devemos ter com o ambiente para o
combate e diminuição desses casos. O folheto deverá ter público-alvo e faixa etária em

176
que as verminoses ocorrem em maior frequência. É importante a presença de
Ilustrações, fotos, esquemas, gráficos.
Os folhetos serão elaborados no programa Publisher

Fontes de pesquisa:
Livros didáticos:
 Biologia - Autora: Sonia Lopes Editora: Saraiva – Volume Único
 Ser Protagonista 2º Ano – Autores: Fernando Santiago dos Santos, João Batista
Vicentin Aguilar, Maria Martha Argel de Oliveira - 1ª Edição – Edições SM
Sites:
 http://www.todabiologia.com
 revistaescola.abril.com.br

Objetivos:
 O aluno deverá ser capaz de produzir material de divulgação claro e conciso
 O aluno deverá ser capaz de pesquisar e obter informações relevantes ao tema
aplicando seu conhecimento para julgar a confiabilidade da informação e para
resumir e reelabora-la.

9ª Aula: Jogo didático


Aplicação do jogo didático – Mundo das parasitoses (Anexos 1 e 2)
O professor apresentará o jogo, falando que este material trata-se de um tabuleiro
em que se apresentam as principais verminoses estudadas, e com base nos assuntos
trabalhados em aula e pesquisados para a montagem dos panfletos, os alunos teriam que
responder a perguntas para prosseguir cada etapa do jogo.
- Os alunos serão divididos em grupo de 4 alunos.
- Eles terão dez minutos para ler o manual de instruções.
- Os alunos poderão tirar as dúvidas antes do início do jogo e durante, com o professor.
- O aluno devera se capaz de tomar decisões baseadas em argumentação critica e saber
avaliar sua eficácia.
Ao final do jogo os alunos podem chamar o professor para verificar a pontuação do/dos
vencedor (es) e também discutir sobre os acertos e erros dos alunos.

177
Ao final o professor fará uma discussão, levantando os assuntos abordados no jogo, para
verificar o que os alunos aprenderam, dificuldades, debater assuntos relacionados a
parasitoses, saneamento básico.

Avaliação do processo:
Comprometimento, participação nas atividades, disciplina e capricho. Avaliação do
material (panfleto).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/parasitas-silenciosos-
piolhos-pulgas-carrapatos-506258.shtml

http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15583

LOPES, S.; ROSSO, S.; Biologia Volume 1. São Paulo: Saraiva. (1°ed) – pg 188-221,
2010.

SANTOS, F. S.; AGUILAR, J. B. V,; OLIVEIRA, M. M. A.; Ser Protagonista 2º Ano -.


- 1ª Edição – Edições SM, 2010.

http://www.todabiologia.com

http://www.fiocruz.br/chagas/media/Trypanosoma%20cruzi-c.bmp

http://antoniomaldonadoartsorocaba.blogspot.com.br/2010/04/blog-post_4866.html

http://afabricadedesenhos.wordpress.com/o-que-fabricamos/objetos-e-lugares/desenho-
colorir-lago-brejo/

http://www.portalescolar.net/2011/08/37-desenhos-de-animais-para-colorir.html

http://www.bcadventure.com/adventure/angling/bugs/leech/leech.phtml

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

178
ANEXOS:
ANEXO 1: Jogo Didático: Mundo das Parasitoses
Instruções do Jogo

1- Materiais Necessários:
 Peões (um por aluno)
 Tabuleiro
 Papel para anotação
 Lápis ou caneta
 44 cartas
2- Tipos de Cartas:
a) Carta Azul:
Carta com perguntas gerais sobre o tema/filo a ser abordado em cada setor do jogo
Valor: 2 pontos
b) Carta Amarela:
Carta com a descrição de uma situação—problema introdutória da parasitose a ser
abordada.
Valor: Não vale pontos
c) Carta Verde:
Perguntas específicas sobre as parasitoses abordadas em cada setor do jogo.
Valor: 3 pontos
d) Carta Branca com Cruz Vermelha:
Perguntas relacionadas à doença causada por cada parasita em específico.
Valor: 4 pontos
e) Carta Laranja (Carta Bônus):
Perguntas sobre cada um dos temas/parasitoses com graus de dificuldade mais
elevados.
Valor: 6 pontos
3 – Como jogar:
O jogador deve seguir a trilha do Mundo das Parasitoses, percorrendo cada um dos
setores do tabuleiro. Ao se deparar com cada uma das casas com indicações de cartas,
deve selecionar a carta correspondente àquela casa, ler seu conteúdo silenciosamente e
anotar em uma folha: o setor do jogo, o caminho tomado (caso se aplique), a cor da
carta e a resposta que julga ser a correta, sem mostrar seu palpite a seus concorrentes.
Ao final do jogo, na nuvem Calcule seus Pontos, o professor juntamente com cada
aluno deverá conferir as repostas anotadas para cada pergunta, lhes atribuído os pontos
devidos: em caso de resposta correta, o aluno recebe o total de pontos correspondente
àquela cor de carta, já em caso de resposta incorreta, nenhum ponto deverá ser somado.
Ao final, o aluno com maior número de ponto é declarado vencedor.

4 – Tempo aproximando de partida:


40 min

5- Cartas - Frente

179
! Carta Verde
Você foi se hospedar em uma pousada, Qual é a forma de transmissão do
mas todos os quartos estavam protozoário causador da Doença de
ocupados. Sem opções, um funcionário Chagas?
da pousada oferece a própria residência
para você passar a noite. É uma moradia a) Picada do inseto barbeiro
simples, de pau a pique e você é
b) Fezes do inseto barbeiro
informado para ficar atento à Doença de
Chagas. c) Fezes do inseto anopheles.

Carta Bônus
Qual das alternativas abaixo é uma
Ao ser diagnosticado com Doença de
Chagas, qual órgão do corpo será forma de prevenção à Doença de
mais afetado pela doença? Chagas?
a) Fígado
a) Saneamento básico
b) Cérebro
b) Combate ao vetor
c) Coração
c) Lavagem dos alimentos

Carta Azul !
Protozoários parasitas são Você foi convidado para uma excursão
necessariamente transmitidos por ao entardecer em uma pequena reserva
vetores? de mata para observação de animais de
hábitos noturnos. Os monitores
a) Sim
instruíram os visitantes a recobrirem o
b) Não corpo ao máximo e utilizar repelentes de
insetos, pois há possibilidade de
contração de Malária na região.

180
Carta Verde
Qual é o inseto transmissor da
Qual é um dos principais sintomas da
Malária? Malária?

a) Barbeiro a) Febre alta com intervalos definidos

b) Anopheles macho b) Problemas cardíacos

c) Diarréia
c) Anopheles fêmea

Carta Bônus Carta Azul


Qual é o protozoário causador da Que tipo de verme são os Platelmintos?

Malária?
a) Cilíndricos e lisos

a) Tripanossoma b) Achatados

b) Plasmódio c) Cilíndricos e com anéis

c) Ameba

! Carta Verde
Durante a sua excursão pelo Mundo das O ditado popular “Nadou, coçou é
Parasitoses, em um dia muito quente, porque pegou” se refere a qual
você se deparou com uma lagoa muito doença?
convidativa a um banho e resolveu se
refrescar nesta lagoa. a) Teníase

b) Esquistossomose

c) Ascaridíase

181
Carta Verde
Vila Platelmintos Por que a esquistossomose também é
conhecida como barriga d’água?

a) Porque o doente começa a engordar

b) Porque ocorre retenção de líquidos na


região abdominal

c) Porque o doente sente necessidade


de ingerir grandes quantidades de
liquído.

Carta Bônus !
Qual é o nome da larva que sai do Ao visitar uma fazenda você foi

caramujo e penetra da pele do convidado para um churrasco. Um boi e

indivíduo? um porco foram abatidos na hora para


carne. O churrasqueiro preparava as
a) Miracídio carnes mais para malpassadas e você se
deliciou nas carnes.
b) Cisticerco

c) Cercária

Carta Verde Carta Verde


Quais são os dois hospedeiros Qual o nome popular da tênia?
intermediários da teníase?
a) Comunitária
a) Homem e porco
b) Solitária
b) Homem e boi
c) Unitária
c) Boi e porco

182
!
Ao passar por uma plantação, você viu
Qual das alternativas abaixo é uma
lindos pés de alface. Como estavam à
forma de prevenção à Teníase?
venda, resolveu experimentar uma folha

a) Cozer bem carnes de boi e porco ali mesmo, sem lavar, para conferir se
valiam a compra.
b) Lavar bem os alimentos

c) Combater caramujos

Carta Verde Carta Verde


Ovos de que parasita causam a Ovos de qual tipo de tênia de causa
cisticercose? cisticercose?

a) Esquistossomo a) “Tênia do boi”

b) Tênia b) “Tênia do porco”

c) Lombriga c) Ambas

Carta Bônus
Quando ingerimos ovos da “tênia do
Qual dos órgãos abaixo não é
porco” e carne de porco mal cozida,
afetado pela cisticercose?
adquirimos, respectivamente:
a) Olho
a) Teníase e Cisticercose
b) Cérebro
b) Cisticercose e Esquistossomose
c) Fígado
c) Cisticercose e Teníase

183
!
Durante sua viagem, você passou por
Em que órgão do corpo se instala a
um campo aberto e, resolveu
forma adulta do ancilóstomo?
juntamente com seus amigos, jogar uma
partida de futebol neste campo. Como a) Pulmão
não tinham chuteira, resolveram jogar
descalços. b) Intestino

c) Coração

Carta Verde Carta Verde


Qual das alternativas abaixo não é Há penetração ativa de uma larva
uma forma de evitar a pela pele em quais parasitoses?
ancilostomose?
a) Ancilostomose e Teníase
a) Utilização de calçados
b) Esquistossomose e Doença de
b) Lavar bem os alimentos Chagas

c) Saneamento básico c) Ancilostomose e Esquistossomose

Carta Bônus !
Por que a ancilostomose também é Você passou por um lindo campo com

conhecida como amarelão? flores e resolveu fazer um passeio. No


meio do caminho você percebeu um
a) Porque causa perda de sangue animal “grudado” na sua perna
(anemia), levando à palidez.

b) O verme tem cor amarela

c) Os ovos do ancilóstomo são


amarelos

184
Carta Azul Carta Azul
Ectoparasitas são: Ectoparasitas são:

a) Parasitas que se instalam dentro a) Parasitas que se instalam dentro


do corpo do hospedeiro do corpo do hospedeiro

b) Parasitas que se instalam fora do b) Parasitas que se instalam fora do


corpo do hospedeiro corpo do hospedeiro

Carta Verde Carta Bônus


É um anelídeo ectoparasita: Por que você não percebeu a
presença da sanguessuga no seu
a) Minhoca
corpo?
b) Poliqueta
a) Porque ela produz um anestésico
c) Sanguessuga
b) Porque ela é muito pequena

c) Porque ela não penetra na pele

A afirmação: As sanguessugas são


utilizadas na medicina em tratamentos de
doenças e na recuperação de cirurgias e

transplantes, é:

a) Verdadeira

b) Falsa

185
! Carta Azul
Ao passar por uma plantação, você viu Os nematelmintos podem ser parasitas
lindos pés de rúcula. Como estavam à de:
venda, resolveu experimentar uma folha
a) Plantas
ali mesmo, sem lavar, para conferir se
valiam a compra. b) Animais

c) Animais e plantas

Carta Verde Carta Verde


Ascaridíase também é conhecida Como se contrai ascaridíase?
como:
a) Ingestão de água e alimentos
a) Amarelão contaminados com ovos.

b) Lombriga b) Ingestão de carne mal passada

c) Elefantíase c) Penetração da larva pela pele

Carta Bônus
Quais órgãos do corpo humano
A larva da lombriga passa pelos
pulmões, podendo chegar à faringe e participam do ciclo de vida da
ser expelida: lombriga?

a) Pelos olhos a) Intestino, fígado e pulmão

b) Pelo nariz b) Intestino, pâncreas, cérebro

c) Pela boca c) Cérebro, fígado, pulmão

186
Carta Verde Carta Verde
Artrópodes ectoparasitas muito Os ovos dos piolhos são conhecidos
comuns são: como:

a) Mosquito e Piolho a) Lêndeas

b) Piolho e Ácaro b) Lindias

c) Ácaro e Mosquito c) Liarias

Carta Bônus
Os ácaros são abundantes em:
Os carrapatos podem transmitir
muitas doenças, entre elas: a) Campos e Plantações

a) Febre Maculosa b) Rios e lagoas

b) Febre Amarela c) Travesseiros, tapetes e bichinhos


de pelúcia
c) Dengue

187
! Carta Verde
Terra dos Terra dos
Protozoários Protozoários
Caminho da Esquerda Caminho da Esquerda

Carta Bônus

Terra dos Terra dos


Protozoários Protozoários
Caminho da Esquerda
Caminho da Esquerda

Carta Azul !
Terra dos Terra dos
Protozoários Protozoários
Caminho da Direita

188
Carta Verde
Terra dos Terra dos
Protozoários Protozoários
Caminho da Direita
Caminho da Direita

Carta Bônus Carta Azul


Terra dos Vila Platelmintos
Protozoários
Caminho da Direita

! Carta Verde
Vila Platelmintos Vila Platelmintos

189
Carta Verde
Vila Platelmintos Vila Platelmintos

Carta Bônus !
Vila Platelmintos Vila Platelmintos
Caminho Carnívoro

Carta Verde Carta Verde


Vila Platelmintos Vila Platelmintos
Caminho Carnívoro Caminho Carnívoro

190
!

Vila Platelmintos Vila Platelmintos


Caminho Vegetariano
Caminho Carnívoro

Carta Verde Carta Verde


Vila Platelmintos Vila Platelmintos
Caminho Vegetariano Caminho Vegetariano

Carta Bônus

Vila Platelmintos Vila Platelmintos


Caminho Vegetariano

191
!
Condado Nematoda Condado Nematoda
Caminho da Esquerda
Caminho da Esquerda

Carta Verde Carta Verde


Condado Nematoda Condado Nematoda
Caminho da Esquerda Caminho da Esquerda

! Carta Bônus
Aldeia Condado Nematoda
Caminho da Esquerda
Artropoda

192
Carta Azul Carta Azul
Aldeia Distrito
Artropoda Anelida

Carta Verde Carta Bônus


Distrito Distrito
Anelida Anelida

Distrito
Anelida

193
! Carta Azul
Condado Nematoda Condado Nematoda
Caminho da Direita

Carta Verde Carta Verde


Condado Nematoda Condado Nematoda
Caminho da Direita Caminho da Direita

Carta Bônus

Condado Nematoda Condado Nematoda


Caminho da Direita
Caminho da Direita

194
Carta Verde Carta Verde
Aldeia Aldeia
Artropoda Artropoda

Carta Bônus

Aldeia Aldeia

Artropoda Artropoda

195
ANEXO 2: Tabuleiro do Jogo Mundo das parasitoses

196
197
198
199
200
SUGESTÃO IX – EVOLUÇÃO E NOÇÕES DE SISTEMÁTICA
FILOGENÉTICA
Sumário
AUTORES: Léa Ludovico Bozzini e Victor Giovannetti

PÚBLICO-ALVO: Alunos do primeiro ano do Ensino Médio

CONTEXTO:
Esta sequência didática trata dos principais pensamentos evolutivos, relevantes a
este nível da educação básica, dentro de um contexto histórico. Além disso, tem
também como objetivo introduzir o pensamento filogenético para os alunos ao trabalhar
com os principais conceitos envolvidos em tal disciplina.
Trata-se de um dos temas mais interessantes da Biologia, de maior importância,
por ser a teoria unificadora das ciências biológicas.
Muito se discute sobre a conveniência de apresentação dos grupos animais em um
contexto evolutivo em vez da abordagem mais comumente usada, que foca muito mais
na memorização de inúmeras características dos variados grupos, características que
muitas vezes não tem valor sistemático, ou seja, não refletem a evolução e a unidade do
grupo como um agrupamento monofilético. Algumas vezes, na tentativa de abordar a
diversidade zoológica em um contexto evolutivo, muitos professores seguem a “ordem”
de um cladograma ao apresentar os grupos a seus alunos. Tal abordagem não deixa de
ser precária, porque não difere em praticamente nada das abordagens mais clássicas.
Tendo este problema em mente, elaboramos esta sequência didática na tentativa
de aumentar o foco no pensamento evolutivo e introduzindo a disciplina da sistemática
filogenética em termos adequados ao nível dos alunos. Esperamos que ao tratar da
diversidade biológica (não só a zoológica) após essas aulas, os alunos sejam capazes de
relacionar as características dos organismos à sua historia evolutiva, pois já estariam
familiarizados com o modo de se trabalhar com a sistemática.
A sequência didática foi elaborada tendo em vista que os alunos já sejam
familiarizados com os seguintes conteúdos conceituais: origem da vida,
criacionismo/fixismo, nomenclatura científica e conceito de espécie, noções de
conceitos de hereditariedade. Além de serem capazes de trabalhar em grupos pequenos
ou como um grande grupo em uma única atividade.

201
O ideal é que ela seja aplicada antes de tratar da diversidade zoológica, para que
os alunos sejam capazes de relacionar as características dos organismos com seus
agrupamentos supra específicos à luz das noções básicas de sistemática já trabalhadas.
Acreditamos que dessa forma os alunos sejam capazes de pensar a diversidade biológica
como um resultado de processos evolutivos e não como um amontoado de
características a serem memorizadas.

OBJETIVOS:
O objetivo maior desta sequência didática é que os alunos passem a ser capazes de
pensar na diversidade biológica como o resultado de inúmeros processos evolutivos,
suprindo a deficiência da abordagem evolutiva no ensino de zoologia.
Objetivos relacionados aos conteúdos conceituais: fornecer bases teóricas sobre
(em nível de complexidade compatível a um aluno do primeiro ano do Ensino Médio)
os principais conceitos relacionados ao pensamento evolutivo e a disciplina de
Sistemática Filogenética, tais como: seleção natural, seleção artificial, seleção sexual,
adaptação ao meio, especiação, grupos naturais, grupos irmãos, sinapomorfia,
homologia, analogia, cladogênese e anagênese.
Em relação aos conteúdos procedimentais temos como objetivo desenvolver a
habilidade de leitura e interpretação de uma árvore filogenética.
Por fim temos também como objetivo relacionado a conteúdos atitudinais de
desenvolver e de aperfeiçoar a habilidade dos alunos de trabalhar em grupos pequenos
ou como um só grande grupo junto com o professor na prática de uma atividade em
conjunto. Desenvolver a habilidade de discussão de cenários fictícios e por fim a
habilidade de apresentação oral de resultados alcançados.

MATERIAL:
 Lista de exercícios (Anexo 1)
 Situações problema (Anexo 2)
 Jogo nos moldes do jogo Tabu (Anexo 3): O jogo consistirá em uma serie de
cartas, cada
carta contará com um conceito previamente tratado durante as aulas desta
sequência didática. Além do conceito a carta contará com dois ou três termos
relacionados ao conceito escrito na carta, os chamados tabus, também será
necessário um cronometro.

202
Como material didático desenvolvemos um jogo que tem como objetivo ajudar na
compreensão e memorização das características dos diferentes grupos de invertebrados.
jogo.

DINÂMICA:
A sequência será dividida em dois momentos por motivos de organização. No
primeiro momento será tratado o pensamento evolutivo. Começaremos com um
levantamento das concepções prévias dos alunos sobre o tema e posteriormente
retornaremos a essas concepções para que os alunos as comparem com os novos
conhecimentos. Trataremos das principais linhas de pensamento como o Lamarkismo,
Darwinismo e Neodarwinismo, será feito um breve histórico do pensamento Darwinista,
seu contexto e implicações além de uma breve biografia de Charles Darwin. Em
sequência serão tratados os conceitos principais com maior detalhe, dentre eles estão
adaptação, mutação, especiação, seleção natural, artificial e sexual.
Passada esta primeira parte de aulas expositivas dialogadas haverá uma atividade
em forma de um painel integrado em que os alunos interpretarão situações fictícias
relacionadas aos três tipos de seleção já trabalhados.
O segundo bloco da sequencia didática é dedicado à introdução da Sistemática
Filogenética. Será desenvolvida uma atividade em que os alunos se depararão com
alguns organismos fictícios e com o auxilio do professor tentarão recuperar as relações
evolutivas entre eles baseados nas características dos mesmos, ou seja, um estudo
filogenético simplificado. Ao longo da aula o professor irá montar uma árvore
filogenética e trabalhará os principais conceitos a ela relacionados (e.g. grupo irmão,
nós, internós, sinapomorfias, homologias, grupos naturais etc.). Será também realizada
uma atividade com uma revista científica - um trabalho sobre relações filogenéticas,
para que os alunos entrem em contato com a literatura acadêmica ao menos uma vez e
tenham uma ideia melhor da natureza da ciência no que diz respeito à Sistemática
Filogenética. Os cladogramas presentes neste trabalho servirão como base para
atividades de revisão dos conceitos vistos anteriormente.
Por fim será reservada uma aula para o uso de um jogo nos moldes do jogo
chamado Tabu (a dinâmica da atividade será explicada em mais detalhe no item 8) para
a revisão dos principais conceitos estudados ao longo das últimas aulas.
A avaliação será feita por meio de uma lista de exercícios e pela participação nas
atividades desenvolvidas ao longo da sequência.

203
Aula 1: Evolução
Deverá ser realizado um levantamento das concepções prévias dos alunos sobre o
termo evolução além de outros conceitos e processos relacionados à biodiversidade, tais
como especiação, extinção e seleção natural. Além disso, o professor também deverá
levantar as concepções dos alunos de como se da o estudo da evolução e relação entre as
diferentes espécies e qual seria a importância de tal estudo.
A aula deverá ser guiada em forma de discussão dirigida, em que o professor
listará as concepções dos alunos no quadro, também será necessário um registro feito
individualmente para posterior comparação.
Nesta aula será entregue uma lista de exercícios (Anexo 1) referente a toda a
sequência, os alunos deverão responder as questões em casa, gradualmente, conforme os
conteúdos forem trabalhados. O professor será responsável por indicar aos alunos quais
questões eles devem responder ao final de cada aula. Seria interessante que o professor
reservasse pelo menos cinco minutos de cada aula para tirar eventuais dúvidas sobre os
exercícios.
Após esta aula o aluno deverá ser capaz de diferenciar o conceito biológico de
evolução e dos demais conceitos trabalhados do seu significado segundo o senso
comum, assim como aprimorar sua capacidade de discussão.

Aula 2: Lamarck e Darwin


Está aula tem como objetivo apresentar o pensamento Lamarkista e também uma
breve biografia de Charles Darwin. Serão trabalhados os principais conceitos
relacionados ao pensamento Lamarkista sobre evolução, para posterior comparação com
o pensamento Darwinista. Deverão ser abordados os conceitos de herança de caracteres
adquiridos e da lei do uso e desuso, sempre bem exemplificados. Também é importante
destacar o aspecto linear do pensamento de Lamark.
Em seguida será apresentada uma breve biografia de Charles Darwin, suas
principais viagens, o contexto histórico e acadêmico.
A parte da aula sobre o Lamarkismo será conduzida como uma aula expositiva
dialogada, a biografia será apresentada de forma expositiva.
O aluno será capaz de compreender os principais pontos do Lamarkismo como a
herança de caracteres adquiridos e da lei do uso e desuso. A breve biografia de Darwin
tem como objetivo aproximar os alunos da natureza da ciência, tentando desmistificar a
imagem do cientista.

204
Aula 3: Lamarck e Darwin II
A aula deverá ser conduzida de maneira expositiva dialogada, encorajando a
participação dos alunos sempre que possível.
Neste momento serão trabalhados os conceitos relacionados ao pensamento
evolutivo de Darwin. Entre eles estão: mutação, seleção natural, sexual e artificial,
adaptação ao meio, especiação e extinção. É também muito importante deixar clara a
natureza ramificativa do pensamento de Darwin. Ao final da aula deverá ser feita uma
comparação entre os dois pensamentos evolutivos apresentados aos alunos até o
momento. Retomando o contexto histórico e acadêmico o professor deverá perguntar
aos alunos quais teriam sido os desdobramentos da publicação da obra de Darwin.
Apresentar o que é conhecido como Neodarwinismo.
O aluno será capaz de apontar as principais diferenças entre o pensamento de
Darwin e de Lamarck

Aula 4: Situações problema - Lamarck e Darwin II


Será aplicada uma atividade sobre os diferentes tipos de seleção (Anexo 2). A sala
deverá ser dividida em cinco grupos, cada grupo receberá uma situação e perguntas
relacionadas a ela. Ao final da discussão dos grupos, um ou mais alunos de cada grupo
serão selecionados para apresentar ao restante da classe a sua atividade e as perguntas
respondidas.
Ao final da atividade o professor deverá retomar o conceito de especiação e seus
processos relacionados para assegurar que ele esteja claro aos alunos. Tais conceitos
serão importantes para a sequência das aulas.
A atividade será conduzida em forma de painel integrado e a revisão de conceitos
em forma de aula expositiva dialogada.
Nesta aula, se o professor considerar adequado, poderá avaliar a participação dos
alunos na atividade para ela faça parte da avaliação.
Esta aula tem como objetivo sedimentar os conceitos de seleção natural, sexual e
artificial por meio de uma atividade, além disso serão retomados conceitos relacionados
a especiação e diversificação como introdução ao assunto da próxima aula, sendo assim,
os alunos deverão ter claros tais conceitos ao final da aula.

205
Aula 5: Construindo Cladogramas
A aula deverá ser conduzida como uma discussão dirigida, o professor deverá
problematizar e estimular a participação dos alunos em todas as etapas da aula.
O professor deverá apresentar os alunos uma serie de quatro ou cinco organismos
fictícios diferentes, mas com características comuns suficientes para que seja possível
construir um simples cladograma se baseando em tais características. O professor
deverá apontar as características que serão utilizadas na análise e em seguida agrupar os
organismos de acordo com cada característica e em seguida construir um cladograma
com o auxílio dos alunos. Ao construir o cladograma o professor deverá explicar cada
uma das partes de um cladograma e qual é o seu significado, como nó ramos,
agrupamentos etc.
Ao final desta aula os alunos deverão ser capazes de compreender conceitos
básicos de sistemática filogenética como: sinapomorfia, grupo natural, homologia,
cladogênese e anagênese. Os alunos também desenvolverão a habilidade de ler e
interpretar um cladograma.

Aula 6: Construindo Cladogramas II


Esta aula é uma continuação da aula anterior, mantendo os mesmos objetivos e
metodologias. Por se tratar de uma atividade complexa e com muitos conceitos novos,
assim como toda uma simbologia nova dedicamos está aula para a continuação da
atividade e para a apresentação de outros conceitos de sistemática filogenética que não
puderam ser abordados na aula anterior como a analogia e grupos artificiais.

Aula 7: Leitura e interpretação de artigo científico


Durante essa aula o professor deverá apresentar aos alunos um artigo científico
com a filogenia de algum grupo que o professor considerar adequado. O foco não é o
grupo e sim o trabalho de sistemática. Se for possível seria muito interessante que o
professor trouxesse o volume da revista em que o artigo foi publicado. Consideramos
isso interessante, pois esta será a única oportunidade de muitos alunos de entrar em
contato com a literatura acadêmica e suas normas.
O professor deverá fazer uma apresentação breve sobre a forma do artigo (resumo,
introdução, materiais e métodos, resultados e conclusões) apresentar o cladograma e a
matriz de dados e fazer um paralelo mostrando que de maneira mais simplificada os
alunos foram capazes de fazer o mesmo tipo de trabalho.

206
Em seguida o professor entregará uma copia a cada um ou dois alunos do
cladograma do artigo e propor algumas questões a ele relacionadas como: apontar
grupos naturais no cladograma, nomear os elementos da árvore, selecionar alguns
grupos para que os alunos verifiquem se estes são naturais ou não.
A aula deverá ser conduzida de maneira expositiva dialogada. Se o professor
julgar adequado pode incluir as atividades do cladograma como parte da avaliação.
O principal objetivo desta aula é aproximar os alunos da natureza da ciência,
como parte de sua alfabetização científica.

Aula 8 e 9: Refazendo a lista de exercícios + Jogo


Nesta aula o professor devolverá as atividades com as concepções prévias dos
alunos, realizadas na primeira aula. Os alunos deverão corrigir ou complementar as suas
respostas com o que viram durante as aulas e novamente as entregar ao professor. Estas
novas respostas deverão ser corrigidas para fazer parte da avaliação. Após recolher as
atividades o professor deverá discutir possíveis dúvidas com os alunos.
Por fim o professor aplicará o jogo Tabu filogenético (Anexo 3) que já foi
detalhado acima e cujas cartas se encontram anexadas ao final deste documento.
Esta aula tem como objetivo consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo das
demais aulas e sanar possíveis dúvidas.

Avaliação:
A avaliação consistirá na lista de exercícios entregue aos alunos na primeira aula
que foi resolvida gradualmente pelos alunos. Também pela participação no painel
integrado sobre seleção e pela atividade com o cladograma do artigo. E por fim pela
atividade de contraste das concepções prévias dos alunos com os conceitos apresentados
ao longo da sequência.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:


Amorim, D.S., 2008. Paradigmas pré-evolucionistas, espécies ancestrais e o ensino
de Zoologia e Botêanica. Ciência e Ambiente, 36, 125-150.

Amorin, D.S., 2002. Fundamentos de Sistemática Filogenética, Holos, 158p,


Ribeirão Preto

De Pinna, M.C.C., 1991. Concepts and tests of homology in the cladistic paradigm.
Cladistics 7, 367–394

207
Krasilchik, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2004.

Sasseron, L.H. & A.M.P. Carvalho, 2011. Alfabetização científica: uma revisão
bibliográfica, Investigações em Ensino de Ciências v 16 (1), 59-77.

208
ANEXOS:

ANEXO 1: Lista de exercícios


Lista de Exercícios
Questão 1.

A história conta a evolução da cascavel com relação a perda do chocalho


segundo Darwin. Explique a mesma história na versão de Lamarck.

209
Questão 2.

Camaleão é um lagarto que compõe a família Chamaeleonidae, e é conhecido


por sua curiosa capacidade de mudar de cor. Vamos considerar que os ancestrais dos
camaleões eram lagartos que não possuíam essa capacidade. Explique sucintamente
como Lamarck justificaria a aquisição dessa capacidade pelos camaleões, e em seguida
faça o mesmo segundo os critérios evolutivos aceitos nos dias de hoje.

Questão 3.

Em meados de 1800, Darwin revolucionou a visão sobre a origem das espécies.


Sua teoria teve especial impacto no âmbito religioso, e separou os cientistas em duas
vertentes: evolucionistas x criacionistas. A partir dessas informações, responda: qual a
definição do termo “evolução”?

210
Questão 4.

Os dinossauros foram répteis que dominaram a vida na Terra num período


geológico de tempo que vai desde o início do período Jurássico até o final do período
Cretáceo, cerca de sessenta e cinco milhões de anos atrás, quando um evento
catastrófico ocasionou a extinção em massa de quase todos os dinossauros. Nesse
período, os mamíferos já habitavam a superfície da Terra, mas possuíam um número
muito menor de representantes do que o encontrado nos dias hoje. Dê duas
possibilidades que relacionem a extinção dos dinossauros com o aumento do número de
mamíferos.
Questão 5.

Sabemos que a seleção natural explica muitas das modificações encontradas nas
espécies ao longo dos anos: um indivíduo mais adaptado possui maiores chances de
sobrevivência. Porém, muitas características encontradas em alguns animais não podem
ser chamadas de “adaptações”, como por exemplo a enorme cauda de um pavão macho,
ou a juba de um leão. Essas são características que claramente “atrapalham” o
indivíduo, o que diminuiria as suas chances de sobrevivência. Pensando na função da
bela cauda do pavão, explique por que essas características consideradas um
“empecilho” foram selecionadas.
Questão 6.

Por que os fósseis são uma evidência da evolução, e não somente a prova de que
determinados organismos habitaram a Terra?

211
Questão 7.

Imagine uma lagoa onde alguns de seus moradores são representantes de uma
espécie de sapo, por exemplo o sapo Cururu. Imagine agora que por algum motivo,
surge uma barreira geográfica que divide essa lagoa no meio, de maneira que os
indivíduos dessa espécie que ficaram de um lado da lagoa não podem mais se
comunicar com os que ficaram do outro lado. Descreva o que deve acontecer com essas
duas populações de sapos Cururu ao longo dos anos.

Questão 8.
(UEL) Com base na análise dessa árvore filogenética, assinale a alternativa correta:

A) O grupo formado pelos lêmures é o mais recente, porque divergiu há mais tempo de
um ancestral comum.
B) Os chimpanzés apresentam maior proximidade filogenética com os gorilas do que
com os humanos.
C) Os gorilas compartilham um ancestral comum mais recente com os gibões do que
com o grupo formado por chimpanzés e seres humanos.
D) Os gorilas são os ancestrais comuns mais recentes do grupo formado por chimpanzés
e seres humanos
E) Os macacos do Velho Mundo e do Novo Mundo apresentam grande proximidade
filogenética entre si.

212
Questão 9.
(UFRS) Os cinco cladogramas das alternativas ilustram relações filogenéticas
entre os táxons hipotéticos 1, 2, 3, 4 e 5. Quatro desses cladogramas apresentam uma
mesma hipótese filogenética. Assinale a alternativa que contém o cladograma que
apresenta hipótese filogenética diferente das demais.

Créditos da imagens:
Questões 1, 3 e 4, retirada de http://www.umsabadoqualquer.com/
Questões 2, 7 e 6, retirada de http://depositodocalvin.blogspot.com.br/
Questão 5 retirada de http://www2.uol.com.br/niquel/

213
ANEXO 2: Situações problema
CASO 1
Material: Sete tomates de três tipos diferentes
Contexto: As sementes de tomates serão usadas para iniciar um cultivo de tomates que
visa a maior produção, considerando-se que serão vendidos por quilo.
Atividade: deverão ser escolhidos os tomates que são mais adequados ao objetivo.
Discussão:
Seria mais interessante criar apenas arbustos que dessem o tipo de tomates
selecionado?
O que acontecerá com os tomates não selecionados?

CASO 2
Material: Um pote e diversas tampas diferentes
Contexto: O pote representa uma fêmea de uma determinada espécie e as tampas os
machos desta espécie. Mesmo sendo da mesma espécie os machos possuem
características diferentes que podem interessar ou não a fêmea.
Atividade: Encontre o(s) machos ideais para a fêmea
Discussão
Qual foi a característica que determinou o macho escolhido?
Qual será a aparência dos machos da próxima geração?
O que ocorrerá com o grupo de características dos demais machos após algumas
gerações?

CASO 3
Material: Alguns feijões.
Duas pinças, dois pregadores, duas tesouras.
Contexto: A tesoura, a pinça e o pregador representam bicos de diferentes aves, que
irão se alimentar das sementes.
Atividade: Cada aluno escolherá um dos bicos e pegará a maior quantidade de
sementes que puder, durante dois minutos.
Discussão:
Qual bico foi mais eficiente?
Qual a vantagem em pegar mais sementes?
O que aconteceria com os demais, depois de algumas gerações?

CASO 4
Material: Clips de papel feitos de metal e outros feitos de plástico e um imã
Contexto: Os clips representam uma população de herbívoros que é predada pelo imã.
Atividade: Passe o imã sobre o conjunto de clips algumas vezes para simular a
predação
Discussão
O que aconteceu após alguns eventos de predação?
O que tenderá a acontecer com esta população ao longo do tempo levando em
conta a proporção clips de metal/clips de plástico?

214
CASO 5
Material: Figuras de quatro raças diferentes de cachorros.
Tabela de interesses dos futuros proprietários de cachorros.
Contexto: Os cachorros estão em uma feira de cães, para serem vendidos para donos
de canis, que querem criá-los.
Atividade: Deverá ser entregue uma raça de cachorro para cada comprador, de acordo
com seus interesses.
Criador 1: Busca cachorro para pastoreio.
Criador 2: Busca cachorro para auxiliar vítimas de acidentes em estações de esqui.
Criador 3: Busca cachorro de caça para encontrar e assustar presas em tocas.
Criador 4: Busca cachorro para companhia em apartamentos.
Discussão:
Se o proprietário pudesse comprar mais cachorros, seria mais interessante
comprar mais da mesma raça ou escolher uma raça diferente?
O que aconteceria com as outras raças?

215
Fontes:
 http://www.clinicavetsaojose.com.br/ima
ges/00Blog/maltes_1.jpg (maltês)
 http://lupusalimentos.com.br/system/wp-
content/uploads/2010/05/teckel.jpg (Teckel)
 http://www.saudeanimal.com.br/imagens/
border_collie2.jpg (Border Collie)
 http://lupusalimentos.com.br/system/wp-
content/uploads/2010/05/sao_bernardo.jpg (São
Bernardo)

216
ANEXO 3: Jogo Tabu Filogenético
Tabu Filogenético

Como jogar: a sala deverá ser dividida em dois grandes grupos ou em


grupos menores, caso o professor opte pelos grupos menores deverá se
assegurar que seja um numero par de grupos, pois eles competirão dois a
dois. Formados os grupos as cartas são divididas em dois montes e cada
um deles entregues a um grupo. Deve-se escolher uma pessoa do grupo
que ficará de frente para o restante de seu grupo com o monte de cartas.
Essa pessoa então tira uma carta e liga o cronometro, o limite de tempo
deverá ser determinado pelo professor. A carta deve estar escondida da sua
equipe, mas visível a, pelo menos, um jogador da equipe adversária, ou ao
professor, se ele optar por ser o mediador do jogo. Esse adversário será o
responsável por assegurar se nenhum dos tabus seja utilizado como dica.

O aluno segurando a carta deve dar dicas sobre o conceito da carta


selecionada. As pistas podem ser palavras simples ou frases. O aluno que
dá as pistas não poderá usar nenhuma palavra da lista de tabus impressa na
carta. Qualquer parte ou forma dessas palavras também é proibida. Por
exemplo, se a palavra proibida é "aniversário (dia do nascimento)", a
pessoa que dá as pistas não pode usar "nascimento" ou "dia". Se a palavra
proibida é "ler", a pista dada não pode ser "lendo". Dê um ponto para a
equipe do aluno que dá as pistas por cada conceito que o grupo acertar. As
respostas erradas não são penalizadas. Atribua um ponto à equipe
adversária cada vez que for usada uma palavra Tabu e cada vez que a
pessoa que dá as pistas passar uma palavra. Se quem dá as pistas usar uma
palavra Tabu o aluno da equipe adversária escolhido como fiscal deve se
manifestar. Então, o aluno que dá as pistas passa para uma nova palavra.

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Cartas do jogo:

218
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OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

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