Você está na página 1de 49

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto de Física – UFRRJ

Aula 9:Energia Potencial e


Conservação de Energia

Professor: Vinícius Gomes de Paula


Disciplina: IC106-FÍSICA I - MECÂNICA
Horários: Seg e Qua 18:00 h – 20:00 h
Seções de estudo
✔ 8.1 – Energia Potencial

✔ 8.2 – Conservação de Energia Mecânica

✔ 8.3 – Interpretação da curva de Energia Potencial

✔ 8.4 – Trabalho de uma Força externa sobre um sistema

✔ 8.5 – Lista de Exercícios


8.1-Energia Potencial
Movimento - Energia

Há uma técnica mais poderosa (sem usar equações horárias) para resolver esses problemas.


Usaremos o conceito de energia.


É uma grandeza escalar associada a um estado de um corpo ou sistema de corpos.


Vamos nos restringir a alguns tipos de energia:

velocidade de um corpo - energia cinética

posição relativa de um corpo - energia potencial

deformação de um corpo – energia elástica


Energia é um conceito amplo na física (mecânica quântica, eletromagnetismo, relatividade)

4
Energia Potencial


Energia potencial: forma de energia associado ao arranjo de um sistemas de corpos ou objetos que
exercem forças uns sobre os outros.


Um exemplo esclarecedor: uma pessoa pulando de bungee jump.


Sistemas de corpos: Terra + praticante de bungee jump


Força envolvida: força gravitacional.


Configuração (distância Terra – atleta) muda - energia potencial muda.


Energia potencial gravitacional: associada a separação entre dois
corpos que se atraem devido a força gravitacional.


No final do pulo, quando a corda estica, o sistema passa a ser aleta +
corda.


Força envolvida: força elástica.


Energia potencial elástica: associada a compressão ou distensão de
um corpo elástico (corda no caso).
Fonte: Google images
5
Trabalho e Energia Potencial

Aprendemos que trabalho de uma força sobre um objeto altera sua energia cinética.


E como trabalho se relaciona com a(s) energia(s) potencial de um corpo?


Revisitando o exemplo: sistema Terra - tomate

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 3 , 10° edição


A força gravitacional diminui a energia cinética durante a subida.


Essa energia é transformada em energia potencial gravitacional do sistema Terra - tomate. 6
Trabalho e Energia Potencial

Aprendemos que trabalho de uma força sobre um objeto altera sua energia cinética.


E como trabalho se relaciona com a(s) energia(s) potencial de um corpo?


Outro exemplo: sistema massa - mola

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição


Empurrando o bloco para a direita – força elástica aponta para a esquerda - trabalho negativo.


Energia cinética se transforma em energia potencial elástica.


O bloco para e depois inverte o movimento.


Energia potencial elástica se transforma em energia cinética. 7
Forças conservativas e dissipativas


Nas situações que acabamos de discutir, observamos o seguinte:

1 – O sistema é formado por pelo menos dois objetos.

2 – Há uma força atuando entre um objeto (que se comporta como partícula) e o resto do sistema.

3 – Quando a configuração do sistema muda, a força realiza um trabalho, (W1) transferindo energia
em força de energia cinética e alguma outra forma de energia...


4 – Se a configuração se inverte, a força inerte o sentido de transferência de energia, realizando um
trabalho (W2).

● Nas situações em que W1 = W2: temos a ação de uma força conservativa.

8
Forças conservativas e dissipativas


O trabalho de uma força conservativa é independente da trajetória.


Só depende da configuração inicial e final do sistema.

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição


O trabalho de uma força conservativa é independente da trajetória.


Forças conservativas estão associadas a uma energia potencial.


Por outro lado, forças dissipativas (como atrito e resistência do ar) realizam trabalho negativo,
diminuindo a energia cinética dos corpos.

Essa energia é transformada em energia térmica.


9

Exercício resolvido 1

10
Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição
Exercício resolvido 1

11
Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição
Exercício resolvido 1

12
Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição
Exercício resolvido 1

13
Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição
Exercício resolvido 1

14
Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição
Calculando a energia potencial


Definimos dois tipo de energia potencial nesta aula – gravitacional e elástica.


Precisamos relacionar cada tipo de energia potencial com a força conservativa a ela relacionada.


Seja uma força conservativa F realizando um trabalho W sobre um objeto:

Δ U =−W

Caso geral em que F=F(x), ou seja, a força depende da posição já vimos que:
xf

W =∫ F ( x )dx
xi

Sabemos que o trabalho não depende da trajetória, apenas dos ponto inicial e final:
xf

Δ U =−∫ F( x) dx
xi

15
Calculando a energia potencial


Para a energia potencial gravitacional, seja uma partícula de massa m caindo sob ação da gravidade:

y Δ U =−W
yf

m Δ U =−∫ ⃗
F⋅dr
⃗ =−∫ F g dy
F⃗g yf yf
yi
yf
Δ U =−∫ (−mg) dy=mg ∫ dy =mg| y|y i
yi yi

Δ U =mg ( y f − y i)=mg Δ y

Fazendo U=0 para y=0, temos então:

U ( y )=mgy

16
Calculando a energia potencial


Já para a energia potencial elástica, consideramos novamente o sistema massa – mola.

Δ U =−W
yf

Δ U =−∫ ⃗
F⋅dr
⃗ =−∫ F el dx
yi
xf xf 2 xf
x
Δ U =−∫ (−kx )dx=k ∫ x dx=k
xi xi
||
2 xi
1 2 1 2
Δ U = kx f − kx i
2 2

Fazendo U=0 para x=0, (bloco na posição de equilíbrio), temos então:

1 2
U ( x )= kx
2

17
8.2-Conservação da Energia
Mecânica
Conversação de energia mecânica

A energia mecânica de uma sistema é soma das energias cinética e potencial.


Balanço energético envolvendo forças conservativas (i.e. sem atrito e/ou arrasto):

Δ K =W Δ U =−W Δ K =−Δ U

Vemos que uma das energia aumenta na mesma quantidade que a outra diminui.

K 2−K 1 =−(U 2−U 1)

K 2 +U 2=U 1 + K 1


Temos então a conservação da energia mecânica a qual nos diz:

19
Conversação de energia mecânica


Quando a energia mecânica é conservada, podemos igualar a soma das energias cinética e
potencial em um instante com a soma em qualquer outro instante, independente do trabalho
realizado por quaisquer forças no movimento intermediário.

20
Conversação de energia mecânica

21
Exercício resolvido 2

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

22
Exercício resolvido 2

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

23
Exercício resolvido 2

a a

a a

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

24
Exercício resolvido 2

a a

a a

a a

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

25
Exercício resolvido 2

a a

a a

a a

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

26
8.3-Interpretação da curva de
Energia Potencial
A curva da energia potencial

Analisando o gráfico Energia U(x) x Deslocamento x extraímos muita informação sobre o movimento.


Considere uma partícula que se desloca no eixo x sob ação de uma força conservativa.

Δ U ( x)=−W =−F ( x ) Δ x

Δ U ( x)=−F ( x ) Δ x

Explicitando F(x) e tomando o limite em que dx tende a zero, temos:

−dU ( x)
F( x)=
dx

Verificando o resultado para a energia potencial elástica U(x)=kx²/2:

−dU ( x) kx
F( x)= F( x)=−2 =−kx
dx 2

28
A curva da energia potencial

A seguir temos os gráficos da energia potencial U(x) e da correspondente força conservativa F(x).

−dU ( x)
F( x)=
dx


Como esse caso a energia mecânica (cinética + potencial)e conserva, temos:

U ( x )+ K ( x)=Emec K ( x )=Emec −U ( x)

Pontos de retorno: valores de x para os quais a energia cinética é nula (K =0).


Pontos de equilíbrio: valores de x para os quais a força resultante é nula (F = 0).
29
A curva da energia potencial

Vamos determinar também a energia cinética em dado ponto:

30
A curva da energia potencial
● Se a partícula se encontra direita de x 5, K = 1 . O valor de K é máximo (5 J) quando a partícula está
em x2 e mínimo quado (0 J) quando a partícula está em x 1.

● Como a energia cinética não pode ser negativa, a partícula nunca pode ir para a esquerda de x 1, ela
atinge o repouso em x=x1.
31
A curva da energia potencial
● Note também que em x=x1 a força sobre a partícula é positiva F=-dU(x)/dx. Assim, ela começa a se
mover para a direita novamente, ou seja, não fica indefinidamente em repouso em x = x 1

● Dizemos que x=x1 é um ponto de retorno, onde K = 0 e a partícula inverte o sentido de seu
movimento. Ela passa a se deslocar para a direita indefinidamente.
32
A curva da energia potencial

Em resumo, do slide anterior, temos:

● Dizemos que x=x1 é um ponto de retorno, onde K = 0 e a partícula inverte o sentido de seu
movimento. Ela passa a se deslocar para a direita indefinidamente.
33
A curva da energia potencial

Agora vamos discutir três o movimento de uma partícula para três diferentes valores de energia
mecânica Emec :

● Veha que para cada valor de Emec da partícula, ela fica aprisionada em um determinado poço de
potencial.
34
A curva da energia potencial
● Se Emec = 4 J, vemos que há um ponto de retorno entre x1 e x2. Vemos também que em qualquer
ponto a direita de x5 Emec = U(x) portanto K = 0. Além disso, não há nenhuma força atuando sobre a
partícula (F = 0). Dizemos que a partícula está em equilíbrio neutro. (Ex.: uma bola de gude sobre
uma mesa.)

● Para cada valor de Emec da partícula, ela fica aprisionada em um determinado poço de potencial.

35
A curva da energia potencial
● Se Emec = 3 J, vemos que há dois pontos de retorno, um entre x1 e x2 e outro entre x5 e x4 . Além
disso, temos que x3 é um ponto onde K = 0. Se a partícula se encontra em x3, ela tende a
permanecer em repouso, já que a força nela também será nula.


No entanto, qualquer ligeiro deslocamento em qualquer direção, surgirá uma força na mesma
direção, afastando a partícula de x 3 , afastando-a cada vez ais do ponto inicial. Dizemos então que x3
é um ponto de equilíbrio instável. 36
A curva da energia potencial
● Agora, quando Emec = 1 J. Se a partícula estiver x 4, ela não pode se mover uma vez que seria
necessário uma energia cinética (impossível!!). Se a empurramos para a esquerda ou para a direita,
surge uma força restauradora que retorna para x4. Dizemos que x4 é um ponto de equilíbrio estável
(Ex.: bola de gude numa tigela hemisférica)

● Se a partícula é colocada em x2 ela pode mover entre o dois ponto de retorno a sua esquerda e a sua
direta.
37
8.4- Trabalho de uma Força
externa
O trabalho de uma força externa

Definimos trabalho como a transferência de energia de ou para um corpo por meio de uma força.


Podemos estender essa definição considerando a força externa que age sobre um sistema.


Em um sistema isolado, trabalho só pode alterar a energia cinética do corpo.


Em sistemas mais complexos há mais de um tipo de energia associada a elas.


Vamos analisar a troca e energia considerando para sistemas desse tipo em dois casos:
(a) sem atrito
(b) com atrito
39
O trabalho de uma força externa
(a) sem atrito:


Durante o movimento de uma bola de boliche para cima, você aplica uma força que realiza trabalho
sobre ela.


É uma força externa à bola, que transfere energia...mas qual é o nosso sistema nesse caso?


Quais energias mudam?


A força externa realiza trabalho no sistema Terra-bola


O trabalho dessa força é então:

W =Δ K +Δ U

W =Δ Emec

40
O trabalho de uma força externa

Caso (b) com atrito:


Considere agora uma força horizontal atuando em um bloco sobre uma mesa.

● O bloco se move uma distância d ao longo do eixo e sua velocidade muda de v0 para v

● Durante o movimento, há uma força de atrito f k entre o bloco e a mesa.


Considerando o bloco como nosso sistema, a 2° Lei de Newton nos dá:

F−f k =ma

41
O trabalho de uma força externa

Como a força é horizontal e constante, podemos escrever (fórmula de Torriceli):

2 2
v =v 0 + ad


Explicitando a na expressão acima e substituindo na 2° Lei de Newton, temos:

1 2 1 2
Fd= mv − mv 0 + f k d Fd=Δ K + f k d
2 2


Generalizando para um caso em que há também energia potencial (imagine o bloco num plano
inclinado), temos:
aumento de
Fd=Δ K + Δ U +f k Fd=Δ E mec + f k d temperatura

Assim, o trabalho realizado por um sistema com atrito (nesse caso, bloco-chão) é dado por:

W =Δ Emec +Δ E ter

42
8.5 - Lista de Exercícios
Exercício 1

R.:

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição


44
Exercício 2

R.:
R.:

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

45
Exercício 3

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição R.:

46
Exercício 4

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição

R.:

47
Exercício 5

R.:

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição


48
Exercício 6

Fonte: Livro Halliday & Resnick., Volume 1 , 10° edição


R.:

49

Você também pode gostar