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AVALIACÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS – AVIMP36

Prof. Dr. Maria Raquel Kanieski

LEGISLACÃO AMBIENTAL REFERENTE À AVALIACÃO DE IMPACTOS


AMBIENTAIS

Questão 1. Em que consistem o Cadastro Técnico Federal de Atividades e


Instrumentos de Defesa Ambiental (CTF/AIDA) e o Cadastro Técnico Federal
de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos
ambientais (CTF/APP)? Como o CTF/APP funciona em SC?

O CTF/AIDA é o registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam à consultoria técnica sobre
problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao
controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras e o CTF/APP é o registro obrigatório de pessoas físicas e
jurídicas que realizam atividades passíveis de controle ambiental.

Com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica n.º10, de 2015, o IBAMA passou a gerenciar o CTF/APP de
forma integrada com os órgãos ambientais do Estado de Santa Catarina.O Cadastro Ambiental Legal SC é resultado
dessa parceria, que tem como principal objetivo fortalecer o monitoramento e controle de atividades capazes de causar
degradação ambiental no Estado.

Questão 2. Quais as diretrizes gerais para a elaboração de um Estudo de


Impacto Ambiental segundo a Resolução 1/86?

Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não
execução do projeto;

Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da
atividade;

Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de
influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;

Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, e


sua compatibilidade.

Questão 3. Quais as atividades técnicas mínimas a serem desenvolvidas em


um Estudo de Impacto Ambiental segundo a Resolução 1/86?

- Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas
interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto,
considerando:

a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões
do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;

b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade
ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;

c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e
monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local,
os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

- Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e
interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos
(benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau
de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

- Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de
tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.

- Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os


fatores e parâmetros a serem considerados.

Questão 4. Em que consiste o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?

RIMA trará as conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo:

- Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas
governamentais;

- A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de
construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e
técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos e perdas de energia, os empregos diretos e indiretos
a serem gerados;

- A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto;

- A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas
alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados
para sua identificação, quantificação e interpretação;

- A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção
do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;

- A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando
aqueles que não puderem ser evitados, e o grau de alteração esperado;

- O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

- Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral ).

Questão 5. Em que consiste a audiência pública? Em que situação(ões) esta é


solicitada?

- A audiência pública serve para informar, discutir, dirimir dúvidas e ouvir opiniões sobre os anseios da comunidade, em
especial a população diretamente afetada, cujas preocupações, pronunciamentos e informações o órgão ambiental
encarregado do licenciamento levará em consideração no procedimento decisório sobre a aprovação ou não do
projeto. A audiência pública se faz necessária quando for solicitada pelo órgão ambiental , sempre que julgar
necessário; quando solicitada pelo Ministério Público; quando solicitada por entidade civil e quando solicitada por 50
(cinqüenta) ou mais cidadãos.

Questão 6. Como funciona a compensação ambiental de acordo com a


Resolução 2/1996 e de acordo com a lei 14.675/2009? Diferencie a forma de
compensação nas duas leis.

Resolução Conama nº 2/1996 Determinava que para fazer face à reparação dos danos ambientais causados pela
destruição de florestas e outros ecossistemas, o licenciamento de empreendimentos de relevante impacto ambiental,
assim considerado pelo órgão ambiental competente com fundamento do EIA/RIMA, terá como um dos requisitos a
serem atendidos pela entidade licenciada, a implantação de uma unidade de conservação de domínio público e uso
indireto, preferencialmente uma Estação Ecológica, a critério do órgão licenciador, ouvido o empreendedor.
Já a lei 14.675/2009 prevê a Criação do Fundo de Compensação Ambiental e Desenvolvimento – FCAD com o objetivo
dei nvestir no SEUC, especialmente na regularização fundiária destas unidades, remunerar os proprietários rurais e
urbanos que mantenham áreas florestais nativas ou plantadas, sem fins de produção madeireira. Financiar e subsidiar
projetos produtivos que impliquem alteração do uso atual do solo e regularizem ambientalmente as propriedades rurais
e urbanas. Financiar e subsidiar projetos produtivos que diminuam o potencial de impacto ambiental das atividades
poluidoras instaladas no Estado e desenvolver o turismo e a urbanização sustentável no Estado.

Questão 7. Em que consiste a avaliação ambiental integrada da bacia


hidrográfica?

A Avaliação Ambiental Integrada leva em conta a necessidade de compatibilizar a geração de energia com a
conservação da biodiversidade e manutenção dos fluxos gênicos, e sociodiversidade e a tendência de
desenvolvimento socioeconômico da bacia, a luz da legislação e dos compromissos internacionais assumidos pelo
governo federal. A Avaliação Ambiental Integrada (AAI) de aproveitamentos hidrelétricos situados em bacias
hidrográficas tem como objetivo avaliar a situação ambiental da bacia com os empreendimentos hidrelétricos
implantados e os potenciais barramentos, considerando seus efeitos cumulativos e sinérgicos sobre os recursos
naturais e as populações humanas, e os usos atuais e potenciais dos recursos hídricos no horizonte atual e futuro de
planejamento. 

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