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PATRocíNIO EMPRESARIAL E
INCENTIVOS FISCAIS A CULTURA NO
BRASIL: ANÁLISE DE UMA
EXPERIÊNCIA RECENTE
Graça Berman
Atriz, Produtora Cultural e Membro do Conselho Municipal de
Cultura da Cidade de São Paulo.
RESUMO: O artigo examina o estado geral da implantação no Brasil, nos anos 90, da legislação federal, municipal
e estadual de incentivo fiscal à cultura. Mostra as características mais comuns - os pontos fortes e as deficiências
- e, quando disponíveis, resultados numéricos extensivos até 1995. A análise apóia-se em um levantamento junto
às autoridades culturais responsáveis, sendo que as leis ou projetos de lei foram comparados em suas virtudes de
agilidade de operação para o poder público e a comunidade cultural, atrativo para empresários, prevenção de
fraudes etc.
ABSTRACT: The article examines the implantation of fiscal incentives for culture in Brazil from 1986 to 1995, in the
federal, state and municipal leveis. The analysis is based on cultural authorities survey and shows the main challenges
to the cultural policy modernization in Brazil. It also considers the main features of the incentive laws as ways to
avoid fiscal frauds, describes advantages of these laws to the government, community and companies. Besides
that, the article provides some quantitative information and analyses the results obtained until 1995.
38 RAE - Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 37, n. 4, p. 38-44 Out./Dez. 1997
PATROcíNIO EMPRESARiAl E INCENTIVOS FISCAIS A CULTURA NO BRASil
Se por mecenato entendermos os patrocí- cultural, esse sistema com freqüência também
nios e doações econômicas de vulto, por meio supõe certos benefícios assegurados por lei a
dos quais pessoas de fortuna, por livre e espon- doadores ou patrocinadores. Em geral, são leis
tânea vontade, enriquecem o patrimônio e o re- que estabelecem benefícios tributários (nos im-
pertório cultural coletivos, será forçoso reconhe- postos sobre a renda, sobre a transmissão do
cer que se trata de fato incomum no Brasil.' patrimônio ou ou-
Basta lembrar, de início, que o Brasil não tros) para pessoas fí-
conheceu um patronato mecenas antes de se ini- sicas ou jurídicas
ciar a implantação no país do moderno sistema que fizerem doações
Para a busca de doações
de patrocínio corporativo às artes,' e salientar ou patrocínios cultu- e patrocínios" costumam
que essa ausência, por sua vez, contribuiu para rais ou ainda que de-
ser necessários
que este sistema surgisse com certo atraso e se cidirem investir em
desenvolvesse com dificuldade, quando se com- cultura com finali- profissionais
para o Brasil com outros países. dade de lucro. Final- especializados em dar às
O moderno patrocínio corporativo tem mente, como resul-
como uma primeira característica o fato de que tado de uma prática iniciativas culturais o
é a empresa - e não o empresário ou sua fa- que se rotiniza e que formato de projetos de
mília - o agente da ação. Ou seja, ainda que tende a atrair um nú-
possa haver a mão forte de um proprietário ou
interesse empresarial.
mero crescente de
presidente sensível às artes, as doações ou pa- empresas, esse siste-
trocínios são decididos em função de uma es- ma costuma favore-
tratégia corporativa e não de caráter indivi- cer o surgimento de associações para orientar
dual-familiar. Argumenta-se que no Brasil os empresários em suas decisões em matéria
1. Esta definição exclui da categoria de
esse grau de institucionalização ainda é muito de doações e patrocínios.' Ao enaltecer as vir- mecenas as pessoas que fomentaram a
frágil e que a mudança de nomes na composi- tudes do patrocínio cultural, ao estimular o de- cultura usando recursos públicos ou de
terceiros, embora possam ter tido atuação
ção das diretorias das empresas afeta enorme- bate do assunto e ao divulgar estatísticas a res- chave no campo cultural, e também
mente a continuidade de sua ação cultural. peito, tais associações ajudam a aumentar o aqueles empresários que retiram prestígio
do fato de constituírem conselhos de
Outra característica é que, no Brasil, doa- número de empresas que patrocinam a cultu- entidades culturais, sem a contrapartida de
ções ou patrocínios costumam resultar de de- ra. Contribuem para que se conheçam os to- doações significativas. Numerosas
pessoas celebradas como mecenas no
cisões tomadas com o objetivo de um retomo tais aplicados pelas empresas conforme seu ta- Brasil, do século passado até hoje, não
de prestígio para a imagem da empresa e/ou de manho e ramo de negócios, assim como o tipo mereceriam ser assim chamadas, no rigor
técnico da definição.
seus produtos. Ou, para usar o jargão do pró- de atividade cultural fomentada. Igualmente,
prio marketing cultural, o investimento em ajudam a identificar quais são as áreas que se 2. Ver, de J. C. Durand, "Business and
culture in Brazil", a ser publicado em 1996
cultura serve para "qualificar" o conjunto das apresentam aos homens de empresa como con- por Praeger Eds., Westpont/Londres, em
ações de comunicação da empresa com o mer- correntes à área de cultura na disputa pela verba antologia organizada por Rosanne
Martorella sob o título Art and business:
cado e com a sociedade. Não se confunde as- institucional de reforço de imagem. A propó- an international perspective on
sim com os aportes financeiros feitos em pro- sito, cabe esclarecer que as principais dentre sponsorship (Versão original em
português "Empresas e cultura no Brasil",
dutos da indústria cultural, âmbito no qual a essas áreas são: esporte, meio ambiente, as- caderno n. 8 da Série Didática
cultura se exprime sob a forma de mercadorias Administração da Cultura, do Centro de
sistência social e educação, ciência e tecnolo- Estudos da Cultura e do Consumo. São
destinadas a gerar lucro econômico para seus gia. Em um país como o Brasil, no qual a de- Paulo, maio 1995).
produtores. vastação ecológica e os níveis de pobreza são 3. Entidades para coordenação e fomento
Para a busca de doações e patrocínios, cos- mundialmente criticados, e no qual o esporte da ação empresarial no campo da cultura
existem hoje em catorze países. São eles:
tumam ser necessanos profissionais faz vibrar multidões, é fácil concluir que a Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, EUA,
especializados em dar a iniciativas culturais o opção "cultura" enfrenta fortes adversários, nas França, Grécia, Holanda, Hong-Kong,
Inglaterra, Irlanda, Israel, Japão e Suécia.
formato de projetos de interesse empresarial. decisões das empresas. Essa relação foi apresentada pelo produtor
Esse trabalho inclui, entre outros aspectos, a O moderno mecenato corporativo surgiu cultural Vacoff Sarkovas, em "Arte-
empresa: parceria multiplicadora". In:
habilidade e a sensibilidade em localizar pon- nos Estados Unidos, nos anos 60,4 em uma MENDONÇA, M. (org.). Lei de incentivo à
tos de afinidade entre o evento ou o bem cultu- época de prosperidade econômica e de início cultura: uma saída para a arte. São Paulo:
Carthago & Forte, 1994. p. 50.
ral para o qual se procura recursos e a posição de uma mudança muito significativa nas es-
que determinada empresa ocupa ou pretende tratégias empresariais. Trata-se da passagem 4. Mais especificamente em 1967, quando,
liderados por Nelson Rockefeller, os
ocupar no mercado, em termos de tamanho, da produção de massa e da comunicação empresários americanos criaram o
ramo de atividade, perfil de público consumi- indiscriminada com o mercado, através da mí- Business Committee for the Arts. Este
ajudou a canalizar 22 milhões de dólares
dor etc. dia broadcasting, para uma etapa na qual os para a cultura no ano em que foi criado,
Além de profissionais especializados fazen- produtos são feitos para fatias cada vez mais soma que atualmente ultrapassa um bilhão
de dólares anual, conforme anota Sarkovas
do a mediação entre o campo empresarial e o pequenas do mercado e divulgados por uma no artigo citado.
© 1997, RAE - Revista de Administração de Empresas / EAESP / FGV, São Paulo, Brasil. 39
comunicação mais seletiva e dirigida. Dizem ção ao qual há resultados de pesquisa ainda
os teóricos da administração que isso corres- inéditos. Este ponto diz respeito à legislação
ponde ao movimento de amplitude mundial e fiscal até agora criada pelo poder público (fe-
irreversível de segmentação interna dos mer- deral, estadual e municipal) para incentivar
cados nacionais de consumo. empresários a fomentar cultura.
É possível dizer que no Brasil dos anos 90
estão presentes todas as caracterfsticas até aqui A EXPERIÊNCIA DE INCENTIVOS
mencionadas. Algumas, é claro, apenas de for- FISCAIS À CULTURA NO BRASIL:
ma embrionária." Isso autoriza dizer que o 1986-95
moderno sistema de patrocínio corporativo à
cultura está em fase de implantação e leva a A legislação federal: leis "Sarney" e
admitir que se progresso maior ainda não hou- "Rouanet"
ve é porque fatores adversos de maior ampli-
tude ainda impõem efeitos paralisantes. A primeira lei de incentivos fiscais à cultu-
Entre estes há os de caráter macroeconô- ra foi de nível federal. Foi apresentada ao Con-
mico: recessão prolongada e hiperinflação (de gresso Nacional em 1972, mas só conseguiu
1980 a 1994), queda nos lucros, elevadas mar- aprovação definitiva em 1986, quando o par-
gens de evasão e sonegação fiscal e constantes lamentar autor do projeto - José Sarney -
mudanças nas regras tributárias. Há também os tornou-se Presidente da República pelo voto
de natureza político-administrativa: por exem- indireto e pelos azares de uma sucessão impre-
plo, mudanças excessivas de comando da área vista. Depois de duas décadas de regime mili-
cultural pública, além de desprofissionaliza- tar, Sarney, eleito vice-presidente, tornou-se o
ção e baixos salários dos técnicos do setor. 6 primeiro presidente civil, assumindo o poder
Ou ainda uma opinião pública não suficiente- em virtude da morte de Tancredo Neves, o pre-
mente exigente com relação ao comporta- sidente escolhido pelo Congresso Nacional.
mento ético, cívico e ambiental de suas em- Conhecida como "lei Sarney", a primeira
presas (embora inegáveis progressos estejam lei de incentivo teve vida relativamente curta.
ocorrendo nesta frente, como se viu quando do Ficou em vigor até março de 1990 e seus re-
preparo da Constituição em 1988 e do exercí- sultados quantitativos ainda não foram divul-
cio de lobby político que desde então ela vem gados oficialmente nem avaliados com rigor.
suscitando nas empresas privadas). A propósi- Sabe-se que o total de captação, durante toda
5. O elemento certamente mais to, sabe-se que há ramos de negócios para os sua vigência, foi da ordem de 450 milhões de
embrionário ainda é a associação patronal
quais é mais aguda a necessidade de reparar dólares, mas não se conhece a distribuição des-
para fomento à cultura. Embora não exista
nenhuma instituição assim especializada imagem ou de reforçá-la positivamente atra- ses recursos segundo sua origem ou destino. A
no Brasil, é indispensável mencionar a
existência, desde 1992, do GIFE -Grupo
vés do marketing cultural: é o caso das indús- particularidade mais criticada dessa lei foi a de
de Institutos, Fundações e Empresas. trias de bebidas alcoólicas, de tabaco e da pe- que, ao não exigir aprovação técnica prévia de
Fundados na premissa da cidadania
participativa, os empresários ligados ao
troquímica, pela ameaça que oferecem à saúde projetos culturais mas apenas o cadastramento
GIFE pretendem, através dele, "incentivar humana e ao meio ambiente; ou o caso dos ban- como "entidade cultural", junto ao Ministério
ações de parceria, o intercâmbio de idéias
e a participação solidária na busca de cos, que trabalham uma mercadoria comum (di- da Cultura, das pessoas e firmas interessadas
alternativas para os problemas sociais nheiro) e só podem se demarcar na mente do em captar recursos das empresas, a lei teria fa-
brasileiros através da filantropia privada".
Esse grupo atesta reunir cinqüenta público em termos da associação de seu nome vorecido muito abuso; como, entre outras ra-
instituições, que movimentam cem e logotipo com cultura, esporte ou beneficên- zões, pelo fato de que qualquer nota fiscal
milhões de dólares por ano de recursos
próprios em projetos "de natureza social, cia. Finalmente, os de ordem cultural, entre os emitida por uma entidade cadastrada poderia
econômica, cultural e científica". quais está o nível menos sofisticado de consu- ser usada por seu destinatário para abatimento
6. Embora se trate de um mandato mo cultural dos dirigentes de empresa brasi- fiscal, independentemente de se referir ou não
presidencial atípico, posto que terminado leiros, quando comparado ao de seus colegas a despesa efetiva com projeto cultural. O nú-
pelo vice-presidente em virtude do
impeachment do presidente eleito, o de países avançados. Também aqui, a eleva- mero de cadastrados no Ministério da Cultura
governo Fernando Collor/Itamar Franco
ção rápida dos níveis de escolaridade superior foi de 7.200, o que deve ter significado cerca
(março de 1990 - dezembro de 1994)
teve nada menos que cinco ministros da nesse segmento social, no Brasil, obriga a re- de dez mil pessoas físicas ligadas à produção
cultura, cada um com um perfil diverso.
conhecer que as coisas estão rapidamente me- de cultura, em todo o país.
7. Ver, a esse respeito, de J. C. Durand, lhorando. Outra crítica insistente era de que a lei não
os artigos: "A delicada fronteira entre
empresa e cultura" , in: MENDONÇA,
Como os argumentos até aqui apresentados distinguia, entre as iniciativas culturais, aque-
Marcos (org.). Op.cit.; e "Profissionalizar estão mais desenvolvidos em outras publica- las que de fato precisavam de incentivo, po-
a administração da cultura" , in: RAE -
Revista de Administração de Empresas.
ções,? é mais interessante passar ao exame de dendo assim ser usada inclusive para grandes
São Paulo, v. 36, n. 2, pp. 6-11, 1996. um ponto específico bastante atual e em rela- espetáculos de caráter nitidamente comercial.
Finalmente, recriminava-se o fato de que a lei de 1994 a Lei Rouanet tenha efetivamente ca-
acolhia inclusive projetos culturais sem cará- nalizado à cultura uma quantia de recursos mui-
ter público, como era o caso das edições de to inferior à Lei Sarney.
luxo de livros de arte, que as empresas gostam No início da gestão de Francisco Weffort
de oferecer como presente de fim de ano a seus no Ministério da Cultura, em janeiro de 1995,
fornecedores e clientes. encarou-se a reforma da Lei Rouanet como
A Lei Sarney foi revogada junto com to- tarefa prioritária. O percentual de imposto so-
das as demais leis de incentivo fiscal vigen- bre a renda passível de ser usado como in-
tes, por ocasião do primeiro plano de conten- centivo fiscal aumentou de 2 para 5%. Além
ção inflacionária adotado pelo presidente disso, os demais tipos de pessoa jurídica tor-
Collor, em março de 1990. Em uma postura naram-se aptos a abater de seu imposto de ren-
neoliberal extremada, Collor acreditou que o da recursos transfe-
mercado substituiria o governo no fomento à ridos para projetos
cultura no país. Assim, determinou, logo após culturais, visto que Um primeiro traço geral
sua posse, o encerramento de atividades das anteriormente só as
principais instituições federais da área cultu- pessoas jurídicas das leis de incentivo é a
ral. Após um período particularmente turbu- tributadas com base intenção de que elas
lento, em meados de 1991 foi aprovada uma no lucro real pode-
nova lei de incentivo fiscal à cultura. É a lei riam fazê-lo.
estimulem as empresas a
nº 8.313/91, elaborada quando era Ministro Desde que expli- mobilizar uma parcela de
da Cultura o embaixador Sérgio Paulo citadas na planilha seus recursos próprios no
Rouanet. de custos e sujeitas
Essa nova lei introduziu a aprovação pré- a exame técnico, apoio a projetos culturais
via de projetos por parte de uma comissão com passou a ser permi- e assim possam abater
representantes do governo e de entidades cul- tida a inclusão de
turais. Criou três mecanismos de apoio: o FNC despesas referentes
um percentual de algum
(Fundo Nacional de Cultura), que destina re- à contratação de ser- imposto a pagar.
cursos diretamente a projetos culturais através viços para elabora-
de empréstimos reembolsáveis ou cessão a fun- ção, difusão e divul-
do perdido a pessoas físicas, a pessoas jurídi- gação de projetos culturais e para captação
cas sem fins lucrativos e a órgãos culturais de recursos junto a contribuintes e incentiva-
públicos; os FICARTs (Fundos de Investimen- dores. Anteriormente, apenas os serviços de
to Cultural e Artístico), que são disciplinados elaboração de projetos estavam previstos e
pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ainda assim limitados a 10% do valor do pro-
e organizam formas de investimento em pro- jeto. Conseqüências positivas dessas medidas
jetos; e finalmente o Incentivo a Projetos Cul- já estão sendo sentidas. Segundo José Álvaro
turais, que cria benefícios fiscais para os contri- Moisés, Secretário de Apoio Cultural do Mi-
buintes do Imposto sobre a Renda que apoia- nistério da Cultura," a média de 300 projetos
rem projetos culturais sob forma de doação ou anuais recebidos pela Comissão Nacional de
patrocínio. Incentivo à Cultura (CNIC), no período
Todavia, ao impedir a remuneração de in- 8. Entenda-se aqui por recursos "postos à
1993-94, já foi ultrapassada no primeiro se- disposição" o total dos impostos que o
termediários, ao enrijecer o processo de avalia- mestre de 1995, durante o qual a Comissão governo concorda, em determinado ano,
em deixar de receber dos contribuintes
ção de projetos e ao estabelecer em nível mui- recebeu 650 projetos. Se prosseguir nesse rit- para apoiar a cultura. Não significa uma
to baixo o percentual de imposto que as em- mo, o movimento de 1995 deverá ser o quá- massa de recursos nos cofres do governo
e pronta para ser transferida aos artistas e
presas poderiam dirigir à cultura, a nova lei druplo dos anos anteriores. Para o fomento produtores culturais. É apenas um limite
não conseguiu mobilizar parcela significativa ao cinema, regulado por uma lei especial, a superior de gastos que a autoridade
financeira autoriza a autoridade cultural a
dos recursos postos à disposição. s Em 1994, Lei do Audiovisual, os oito milhões de reais aprovar, como somatório global dos
os 60 projetos viabilizados pela Lei Rouanet canalizados em 1994 deverão passar a 34 orçamentos dos projetos aprovados.
corresponderam a apenas 17,8% dos projetos milhões até o fim de 1995. Assim, espera-se 9. Informação transmitida na abertura do
aprovados. Foram 13,6 milhões de dólares usa- que o número de filmes de longa metragem evento "Economia da Cultura: as leis de
incentivo". São Paulo, 12.09.95.
dos pelos produtores culturais, ou seja, uma resultantes salte de nove para 39 no mesmo
pequena parte do total de 100,8 milhões de dó- período. 10 10. Dados fornecidos por representantes
da Comissão de Valores Mobiliários
lares aprovado para o mesmo período. Como A partir das mudanças feitas em 1995, o (CVM), em evento recente. Dos 48 roteiros
os resultados dos anos anteriores não foram Ministério da Cultura poderá delegar a aná- de filmes à busca de financiamento, oito
já estão com os recursos captados junto a
muito diferentes, é lícito concluir que até fins lise, a aprovação e o acompanhamento de investidores no mercado.