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Universidade Católica de Pernambuco
GENÉTICA HUMANA
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Prof. Dr. Fábio Henrique P. Corrêa de Oliveira
Educação a Distância
Universidade Católica de Pernambuco
EaD
UNICAP
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO - UNICAP
Reitor
Prof. Dr. Pe. Pedro Rubens Ferreira Oliveira, S. J.
Vice-reitor
Prof. Dr. Pe. Lúcio Flávio Ribeiro Cirne, S. J.
Pró-reitor Administrativo
Prof. Msc. Márcio Waked de Moraes Rêgo
Pró-reitor de Graduação
Prof. Dr. Degislando Nóbrega de Lima
UNICAP DIGITAL
Diretor
Prof. Dr. Pe. Carlos Jahn, S. J.
Assessora Pedagógica
Profa. Msc. Larissa Petrusk
Designers Instrucionais
Esp. Fernanda Silveira
Msc. Flávio Santos
Analista de Sistemas
Prof. Msc. Flávio Dias
Secretário
Msc. Valmir Rocha 5
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Correção Ortográfica
Msc. Rafael José Oliveira Ofemann
Diagramação
Msc. Flávio Santos
EDIÇÃO 2021
Rua do Príncipe, 526 - Bloco C - Salas 302 a 305
Boa Vista - Recife-PE - Cep: 50050-900
Telefone +55 81 2119.4335
PALAVRA
PROFES
SOR
Na unidade 1, vimos que nosso material genético está compactado e
contido no núcleo das células em 46 estruturas chamadas de
cromossomos, sendo metade deles herdados de nossos pais e os outros
50% são provenientes de nossas mães. Toda a informação genética
herdada deles e que será repassada aos nossos descendentes está
presente nos cromossomos. E quando alguma alteração ocorre nestes
cromossomos? Surgem as anomalias cromossômicas, com efeitos muitas
vezes graves para o indivíduo.
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OBJE
TIVOS
UNIDADE 2 - Bases cromossômicas da hereditarieda-
de e citogenética clínica
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1. Base cromossômica da hereditariedade
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1 Metacêntrico
A 2 Submetacêntrico
3 Metacêntrico Grandes
4 Submetacêntrico
B
5 Submetacêntrico
6 Submetacêntrico
7 Submetacêntrico
8 Submetacêntrico
C 9 Submetacêntrico
10 Submetacêntrico
Médios
11 Submetacêntrico
12 Submetacêntrico
D 14 Acrocêntrico
15 Acrocêntrico
16 Metacêntrico
E 17 Submetacêntrico
18 Submetacêntrico
19 Metacêntrico Pequenos
F
20 Metacêntrico
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X Submetacêntrico
Sexuais
Y Acrocêntrico
não sexuais, tais como cor de olho, predisposição a algumas doenças, cor
de pele. Os demais cromossomos (2, ou seja, 1 par) são denominados de
sexuais e podem ser X ou Y. Então, cada um dos pares de cromossomos
(par 1, par 2 e assim por diante) é formado por um cromossomo paterno
e um cromossomo materno, que são, portanto, homólogos. Vamos
entender isso melhor? O par 1, por exemplo, é formado por dois
cromossomos homólogos, sendo um de origem materna e outro de
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origem paterna. No caso do par de cromossomos sexuais, é observado
que X e Y são homólogos. Desta maneira, se o indivíduo possui um
cromossomo homólogo X paterno e um X materno (XX), então será do
sexo feminino. Caso ele tenha herdado o cromossomo Y do pai e um X
da mãe (XY), será do sexo masculino. Todas as células que possuem um
par destes cromossomos são chamadas de diploides (2n), incluindo
todas as células autossômicas (ou somáticas). Quando elas sofrem
meiose, como observado nas células germinativas, são gerados os
gametas (espermatozoides masculinos e ovócitos femininos), cada
célula possuirá metade dos cromossomos, sendo chamadas de
haploides (n).
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Genes alelos dominantes e recessivos.
(Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Homozigotos_e_Heterozigotos.png).
Para entendermos bem o que foi explicado, vamos tomar como exemplo
a cor de olho. Olhos escuros são codificados por alelos dominantes (A),
enquanto olhos azuis por genes recessivos (a). Para uma criança ter olhos
escuros, basta que ou o espermatozoide ou o óvulo que participaram da
fecundação estejam carregando o alelo A. Se o outro gameta também
estiver carregando o alelo A, então o indivíduo será AA (homozigoto
dominante, homo = igual). Caso o outro gameta esteja carregando o alelo
a, então o indivíduo será heterozigoto (Aa, hetero = diferente). Em ambos
os casos, o olho da criança será escuro. Para ter olhos azuis, será
obrigatório que o espermatozoide e o óvulo participantes da fecundação
estejam portando o gene a, daí será aa (homozigoto recessivo).
• Herança ligada ao sexo – É aquela onde os genes estão localizados em
genes sexuais (X ou Y).
Para entendermos bem o que foi explicado, vamos tomar como exemplo
a hemofilia. Como visto, trata-se de uma herança recessiva ligada ao
cromossomo X (gene h). O quadro abaixo mostra os possíveis genótipos e
fenótipos para a hemofilia.
Genótipo Fenótipo
XHXh Sexo feminino sem hemofilia, mas portador do gene para hemofilia.
Existem ainda dois outros tipos de herança que são relacionados com
cromossomos sexuais:
Genética Humana
Pelo que vimos até agora, basta que o gene esteja presente que determinada
característica vai aparecer no indivíduo. Será que é sempre assim?
Você deve estar se perguntando por que o indivíduo tem o genótipo, mas
não exibe um fenótipo correspondente. A resposta é que o fenótipo é
uma interação do genótipo com o meio ambiente. Deste modo,
determinadas condições ambientais podem inibir a expressão do gene e
o fenótipo não ser condizente com o genótipo do indivíduo. Outra
situação que pode fazer com que o fenótipo não seja expresso é a
presença de genes epistáticos, que são aqueles que mascaram a
expressão de genes não alelos, inibindo sua expressão.
c) Expressividade
a) Herança mitocondrial
b) Dissomia uniparental
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c) Imprinting gênico
2. Citogenética clínica
a) Euploidias
b) Aneuploidias
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Síndrome de Klinefelter
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Fenotipicamente, indivíduos com a síndrome de Klinefelter apresentam
distribuição de gordura, pelos e massa muscular feminina, ginecomastia
(crescimento de mamas), azoospermia (ausência da produção de
espermatozoides), testículos pequenos, braços e pernas compridos,
ombros estreitos e quadril largo.
Além dos sintomas que foram relatados para a
síndrome de Klinefelter, trabalhos tem mostrado sua
relação com o aparecimento de câncer de mama
em indivíduos do sexo masculino. Você pode ler mais
sobre isso no artigo “Epidemiologia e fatores de risco
do câncer de mama masculino” publicado em 2019
na Revista Educação em Saúde, disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/234552477.pdf
Síndrome do duplo Y
Síndrome de Turner
Genética Humana
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Muitas vezes, a informação do genótipo não é expressa no fenótipo do
indivíduo. Considerando isso, denominamos penetrância ao percentual de
indivíduos de uma população com um determinado genótipo que
exibem o fenótipo associado a esse genótipo. O padrão de penetrância
pode ser completo (quando o gene produz o fenótipo correspondente
sempre que estiver presente e em condições de se expressar) ou
incompleto (quando apenas uma parcela dos indivíduos com o mesmo
genótipo expressa o fenótipo correspondente, função de fatores
ambientais ou presença de genes epistáticos).
Citogenética clínica
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Referências
BORGES-OSÓRIO, M.R.; ROBINSON, W.M. Genética humana. 3.ed. Artmed: Rio de Janeiro, 2013.
GRIFFITHS, A.; WESSLER, S.; CARRIOLL, S.; DOEBLEY, J. Introdução à genética. 11.ed. Guanabara
Koogan: Rio de Janeiro, 2016.
KREBS, J. E.; GOLDSTEIN, E. L.; KILPATRICK, S. T. Lewin´s Genes XII. 12.ed. Jones and Bartlett
Learning, 2018.
NUSSBAUM, R.; McINESS, R.; WILLARD, H. Thompson & Thompson Genética Médica. 8.ed. GEN
Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2016
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