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AULA nº 01

INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE
IMAGENS PARA DIAGNÓSTICO

Profa. Manuella Moraes


Apresentação da disciplina
Métodos de diagnóstico por imagem

• Radiografias simples;
• Radiografias com contraste;
• Ultra-sonografia;
• Tomografia computadorizada;
• Ressonância magnética;
• Cintilografia óssea;
• Densitometria óssea.
Escolha da técnica

• Apresentação clínica
• Disponibilidade de equipamento
• Destreza e custo
• Situações especiais:
Alergia a contraste (impede artrografia),
Marca-passo (impede RM),
Gravidez (impede TC e favorece US).
Fisioterapeuta X Exames de imagens

”Resolução nº 4 do Conselho Nacional de Educação, artigo 5º, inciso VI,


enumera como competência do fisioterapeuta realizar consultas,
avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando,
executando e interpretando exames propedêuticos e complementares”

• Indicação de cada técnica.


• As limitações de uma modalidade específica.
• Os tipos de imagens apropriadas para alterações em locais específicos
Radiologia Simples

• Modalidade mais usada.


• Pelo menos duas incidências com ângulo de
90º entre si.
• Com articulações adjacentes.
Em crianças – Rx do membro contralateral para
comparações.
Radiologia simples

• Definições:
É uma gravação fotográfica visível, em filme, produzida pela
passagem de raios X através de um objeto ou corpo.

Possibilita o estudo das estruturas internas do corpo como auxílio


ao diagnóstico.
Espectro eletromagnético

RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Energia na forma de fótons que se


propagam através de ondas. A radiação
eletromagnética são ondas que se auto-
propagam pelo espaço, algumas das
quais são percebidas pelo olho humano
como luz.
Compõe-se de um campo elétrico e um
magnético, que oscilam
perpendicularmente um ao outro e à
direção da propagação de energia.
Espectro eletromagnético
Radiologia simples

Raios x são uma forma de radiação eletromagnética parecida com


a luz vizível mas de menor comprimento de onda. Apresenta dois
aspectos de seu comportamento uma como onda e outra como
partícula. Uma onda pode ser definida como uma variação ou
pertubação que transfere progressivamente energia radiante de
um ponto a outro através de um meio
Radiação X

1. Por causa de seu comprimento de onda extremamente curto, eles


são capazes de penetrar materiais que absorvem ou refletem luz
visível.
2. Fazem fluorescer algumas substâncias; isto é, emitem radiação
de maior comprimento de onda (por exemplo, radiação visível e
ultravioleta).
3. Assim como a luz, eles podem produzir uma imagem em um filme
fotográfico que poderá então se tornar visível através da
revelação.
Radiação X

4. Eles produzem mudanças biológicas valiosas em radioterapia, mas


necessitam cuidado no uso da radiação X.

5. Eles podem ionizar os gazes: isto é, eles removem elétrons dos


átomos para formar íons, os quais podem ser usados para medir e
controlar a exposição.

Estas propriedades especiais têm aplicações em radiografia médica e


industrial, em radioterapia e em pesquisas.
Formação da imagem

• Na realização de um exame radiológico, a partir da interação dos


raios X com a matéria, a última etapa da cadeia de obtenção de
uma imagem radiográfica é o registro da imagem da anatomia de
interesse sobre um elemento sensível a radiação.

• O elemento sensor, que será o filme radiográfico, está


posicionado atrás do paciente, dentro de um acessório chamado
chassi, que é colocado em uma gaveta (porta-chassi), sob a mesa
de exames.
Formação da imagem
• O filme radiográfico é pouco sensível à radiação X, pois somente
uma pequena parte dos fótons incidentes são absorvidos e
contribuem para a formação da imagem, sendo necessário a
utilização de um outro material para detectar e registrar a imagem
formada pela radiação ao atravessar o paciente.
• Os melhores elementos de interação com a radiação são os fósforos
(convertem ondas eletromagnéticas em luz).
• Curta duração.
• Écran;
• Filme sensível à luz.
Formação da imagem
Contraste virtual
• A quantidade de contraste virtual
produzida é determinada pelas
características do contraste físico do
objeto (número atômico, densidade e
espessura) e também pelas
características de penetração (espectro
de energia dos fótons) do feixe de raios
X.
• O contraste é reduzido conforme
aumenta a penetração dos raios X
através do objeto.
Imagem latente
• Quando o feixe de radiação emerge do paciente e interage com os
elementos sensíveis presentes no filme ocorre um fenômeno físico
que faz a estrutura física dos microcristais de haletos de prata do
filme radiográfico ser modificada, formando o que se conhece como
Imagem Latente.
• A visualização somente será possível pelo processo de revelação, que
fará com que aqueles microcristais que foram sensibilizados sofram
uma redução de maneira a se transformarem em prata metálica
enegrecida.
• É importante lembrar que a imagem já esta formada, porém não
pode ser visualizada, por isso deve-se ter cuidado na sua
manipulação.
Formação da imagem
Feixe de raios X

Interação da radiação com o paciente

Formação da imagem latente

Processamento da imagem - Radiografia


Qualidade da imagem

Pode-se avaliar a imagem radiográfica a partir de quatro fatores:


A. Densidade
C. Detalhe
B. Contraste
D. Distorção
Densidade

Definição: Densidade radiográfica (óptica) pode ser descrita como o


grau de enegrecimento da radiografia processada.

Quanto maior o grau de enegrecimento, é menor a quantidade de luz


que atravessará a radiografia quando colocada na frente de um
negatoscópio ou de um foco de luz.

Fatores de controle: O fator primário de controle da densidade é o


mAs, que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios
X durante uma exposição. Assim, a duplicação do mAs duplicará a
quantidade de raios X emitida e a densidade.
Densidade
Contraste
Definição: O contraste radiográfico é definido como a diferença de
densidade em áreas adjacentes de uma radiografia ou outro
receptor de imagem. Também pode ser definido como a variação
na densidade.

O objetivo ou função do contraste é tornar mais visível os detalhes


anatômicos de uma radiografia. Portanto, o contraste radiográfico
ótimo é importante, sendo essencial uma compreensão do
contraste na avaliação da qualidade. Um contraste menor significa
escala de cinza mais longa, menor diferença entre densidades
adjacentes.

Fatores de controle: O fator de controle primário para contraste é a


alta-tensão (kV).
Contraste
Contraste
Apresentação do contraste no filme radiográfico:
• Radiopacidade
Absorção de radiação X
Branco

• Radiotransparência
Penetração pela radiação x
Preto
Contraste
Opacidades básicas em Radiologia:
Detalhe
Definição: O detalhe pode ser definido como a nitidez de estruturas
na radiografia. Essa nitidez dos detalhes da imagem é demonstrada
pela clareza de linhas estruturais finas e pelas bordas de tecidos ou
estruturas visíveis na imagem radiográfica. A ausência de detalhes é
conhecida como borramento ou ausência de nitidez.

Fatores de controle: A radiografia ideal apresentará boa nitidez da


imagem. O maior impedimento para a nitidez da imagem
relacionado ao posicionamento é o movimento.
Detalhe
Outros fatores que influenciam no detalhe são tamanho do ponto
focal, DFoFi (Distância foco-filme) e DOF (Distância objeto-filme). O
uso de menor ponto focal resulta em menor borramento
geométrico, ou seja, em uma imagem mais nítida ou melhores
detalhes. Portanto, o pequeno ponto focal selecionado no painel de
controle deve ser usado sempre que possível.

A perda de detalhes é causada com maior frequência por movimento,


seja voluntário ou involuntário, basicamente controlado pelo uso
de dispositivos de imobilização, controle respiratório e uso de
pequenos tempos de exposição.
Detalhe
Distorção
Definição: O quarto fator de qualidade da imagem é a distorção, que
pode ser definida como a representação errada do tamanho ou do
formato do objeto projetado em meio de registro radiográfico. A
ampliação algumas vezes é relacionada como um fator separado,
mas, como é uma distorção do tamanho, pode ser incluída com a
distorção do formato. Portanto, a distorção, seja de formato ou de
tamanho, é uma representação errada do objeto verdadeiro e,
como tal, é indesejável.
Distorção
Entretanto, nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do
corpo que esta sendo radiografada. Isso é impossível porque há
sempre alguma ampliação e/ou distorção devido á DFoFi e à
divergência do feixe de raios X. Portanto, a distorção deve ser
minimizada e controlada.
• Alinhamento do objeto

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