ANÁLISE ESPECTRAL

Jean Baptiste Joseph FOURIER (1768 − 1830)

Matemático e Físico francês

De 1807 a 1822, desenvolveu trabalho sobre condução de calor

− apresentado, em 1822, com o título:

Théorie Analytique de la Chaleur

onde apresenta a série trigonométrica que se tornou conhecida como
SÉRIE DE FOURIER:

Uma função periódica x (θ ) − da variável angular θ , com período de repetição 2π rad −

pode ser representada pela soma de nº infinito de termos em seno e cosseno :
a0
x(θ ) = + a1 cos(θ ) + a 2 cos(2θ ) + ... + b1 sen(θ ) + b2 sen(2θ ) + ...
2
ou
∞
+ ∑ [an cos(nθ ) + bn sen(nθ )]
a0
x(θ ) =
2 n=1
com coeficientes:
+π +π
1 1
an =
π ∫π x(θ ) cos(nθ )dθ
−
e bn =
π ∫π x(θ )sen(nθ )dθ
−

1
x (t ) : SINAL PERIÓDICO
1
Período de repetição: T0 [s] → Frequência de repetição: f 0 = [Hz]
T0
a0 ∞
x(t ) = + ∑ [a n cos(2π .nf 0 t ) + bn sen(2π .nf 0 t )]
2 n =1
+0 , 5T0 +0 , 5T0
2 2
COEFICIENTES: an =
T0 ∫ x(t ) cos(2π .nf t )dt
− 0 , 5T0
0 e bn =
T0 ∫ x(t )sen(2π .nf t )dt
− 0 , 5T0
0

Sinal com simetria:

PAR IMPAR
só termos em COSSENO só termos em SENO

∞
4 A.(−1) k +1 ∞
4 A.
x(t ) = ∑ cos[2π (2k − 1) f 0 t ] x(t ) = ∑ sen[2π (2k − 1) f 0 t ]
k =1 ( 2k − 1)π k =1 ( 2k − 1)π

Forma mais adequada a ENGENHARIA: soma de sinais senoidais

∞
x(t ) = E0 + ∑ E n cos(2π .nf 0 t + φ n )
n =1

↑ ↑
componente CC harmônicas
( f = 0) ( f = nf 0 )
a0  bn 
E0 = = x(t ) E n = a n + bn
2 2
φ n = − tan −1  
2  an 

2
 ONDA QUADRADA BIPOLAR

 T0 +∞
4A
− A..........− 2 < t < 0
x(t ) = 
→ função IMPAR x (t ) = ∑ (2 k − 1)π sen[2π (2 k − 1) f t ]
k =1
0

+ A..............0 < t < + T0

 2

Espectro de amplitude Espectro de fase

Soma até a 99ª harmônica (k = 50 → n = 2x50 −1 = 99) – MatLab

x=[0:0.0001:2];
y2=0;
for k=1:50
y1=40*sin(2*pi*(2*k-1)*0.5*x)/((2*k-1)*pi);
y2=y2+y1;
end
plot(x,y2);grid

sinal SEMI-SIMÉTRICO : x(t ± 0,5T0) = − x(t), para qualquer t

tem apenas harmônicas ÍMPARES
3
 SIMPLIFICAÇÃO PARA FUNÇÃO x (t ) SIMÉTRICA
∞
x(t ) = E 0 + ∑ E n cos(2π .nf 0 t + φ n )
n =1

a0  bn 
E0 = = x(t ) E n = a n + bn
2 2
φ n = − tan −1  
2  an 

SIMETRIA SIMPLIFICAÇÃO COEFICIENTES

PAR 4
T0 / 2

x ( − t ) = x (t ) só termos
em cosseno
an =
T0 ∫ x(t ).cos(2π . nf t )dt
0
0

φ n = 0 ou π rad bn = 0
ÍMPAR a n = 0 (inclusive para n = 0 )
só termos
x ( − t ) = − x (t ) em seno 4
T0 / 2

φn = +
π
ou −
π bn =
T0 ∫ x(t ).sen(2π . nf
0
0 t ) dt
2 2
SEMI-SIMÉTRICA a0 = 0
 T  só harmônicas T0 / 2
x  t ± 0  = − x (t ) ímpares a 2 k −1 =
4
∫ x(t ).cos[2π .(2k − 1). f t ]dt
 2 0
( n = 2k − 1 ) T0 0

k = 1, 2, 3, ...inteiro T0 / 2
4
b2 k −1 =
T0 ∫ x(t ).sen[2π .(2 k − 1) f
0
0 t ]dt

CONDIÇÕES SIMULTÂNEAS
a n = 0 (inclusive n = 0)
SEMI-SIMÉTRICA só termos ímpares 8
T0 / 4

E em seno b2 k −1 =
T0 ∫ x ( t ).sen[ 2π .(2 k − 1) f 0 t ]dt
IMPAR ( n = 2k − 1 ) 0

k = 1, 2, 3, ...inteiro
a0 = 0
SEMI-SIMÉTRICA só termos ímpares 8
T0 / 4

E em cosseno a 2 k −1 =
T0 ∫ x(t ).cos[2π .(2k − 1). f 0 t ]dt
PAR ( n = 2k − 1 ) 0

k = 1, 2, 3, ...inteiro bn = 0

4
 Série Exponencial de Fourier
∞
Aplicando o Teorema de Euler a x(t ) = 0 + ∑ [a n cos (2π .nf 0 t ) + bn sen(2π .nf 0 t )]
a
2 n =1
↓

e j 2π .nf 0t + e − j 2π .nf 0t e j 2π .nf 0t − e − j 2π .nf0t

cos( 2π .nf 0 t ) = sen(2π .nf 0 t ) =
2 2j
↓
a0 a n − jbn j 2π .nf0t ∞ a n + jbn − j 2π .nf 0t
∞
x(t ) = +∑ e +∑ e
2 n =1 2 n =1 2
↓
+0 , 5T0 +0 , 5T0
2 2
an = ∫ x(t ) cos(2π .nf t )dt →
0
a−n = an bn = ∫ x(t )sen(2π .nf t )dt → b
0 −n = −bn
T0 − 0 , 5T0
T0 − 0 , 5T0

a0 ∞ an − jbn j 2π .nf0t −∞ an − jbn j 2π .nf0t +∞ a n − jbn j 2π .nf0t

x(t ) = + ∑ e +∑ e =∑ e
2 n=1 2 n = −1 2 n = −∞ 2
↓
+0 ,5T0
a n − jbn 1 − j 2π .nf 0t
An =
2
=
T0 ∫ x(t )e
−0 , 5T0
dt → coeficiente COMPLEXO

Espectro BILATERAL (Fasores com frequências POSITIVAS e NEGATIVAS)

+∞ +0 , 5T0
a − jbn En jφn 1
x (t ) = ∑ An e j 2π .nf 0t
n = −∞
↔ An = n
2
=
2
e =
T0 ∫ x(t )e
− j 2π .nf 0t
dt
−0 , 5T0

a0
A0 = = E 0 = x(t ) = componente CC (fasor estático → f = 0)
2
1 E b 
módulo An = A− n = a n + bn = n ângulo φ n = −φ −n = − tan −1  n 
2 2

2 2  an 
espectro de amplitude PAR espectro de fase IMPAR

Amplitude e Fase da componente real → E n = 2. An , φ n = ANG ( An )

Componente CC → E 0 = A0
5
 Teorema de Parseval
“A potência média de um sinal x(t) periódico é igual
à soma das potências médias de suas componentes espectrais”
+∞ ∞ 2
E
x (t ) = ∑A =E0 + ∑ n
2 2 2
Valor quadrático médio: n
n = −∞ n =1 2

x 2 (t )
→ Potência média sobre resistência R [Ω] : Pm =
Tensão [V] x(t)→ [W]
R
potência média normalizada = Pmn ≡ potência média sobre R = 1 Ω

Exemplo: onda quadrada bipolar

Nº infinito de
componentes

Pmn = A 2

Até a 7ª harmônica

Pmn * = 0,9496. A2

Até a 99ª harmônica

Pmn * = 0,9959. A2

6
Limite de sinal periódico, quando T0 → ∞ : Sinal NÃO-PERIÓDICO x(t ) = lim x P (t )
T0 →∞

aumentando o período: reduz amplitude e espaçamento entre raias

Exemplo: Trem de pulsos retangulares de largura T, com período de repetição T0

 nT 
 = ATf 0 sin c(nf 0T )
AT
An = sin c
T0 T
 0 

Transição de periódico para não-periódico ( T0 → ∞ )

Mudança de notação:
f0 = 1/T0 → ∆f
nf0 = n∆∆f → f
An → A(f)

A( f ) = AT∆f . sin c( fT )

⇓
= AT . sin c( fT )
A( f )
∆f
⇓
= AT . sin c( fT )
A( f )
X ( f ) = lim
∆ f →0 ∆f
≡ Transformada de Fourier de x(t)

Espectro contínuo

7
 Transformada de Fourier ≡ Transformada Inversa)
Anti-Transformada (≡
de Fourier
+∞ +∞
j 2π . f .t
X ( f ) = F [ x(t )] = ∫ x(t )e
− j 2π . f .t
dt x(t ) = F −1 [ X ( f )] = ∫ X ( f )e df
−∞ −∞

Para x(t) função REAL do tempo

a Transformada de Fourier X(f) é uma função COMPLEXA da frequência
+∞ +∞ +∞
− j 2π . f .t
X(f ) = ∫ x(t )e
−∞
dt =
−∞
∫ x(t ) cos(2π . f .t )dt − j ∫ x(t ) sen(2π . f .t )dt
−∞
parte real RX(f) parte imaginária IX(f)

= M x ( f ).e jθ X ( f )
módulo ângulo

+∞ RX (− f ) = RX ( f )
parte real RX ( f ) = ∫ x(t ) cos(2πft )dt
−∞
função par da frequência
+∞
I X (− f ) = − I X ( f )
parte imaginária IX ( f ) = ∫ x(t ) sen(2πft )dt
−∞
função impar da frequência
+∞

x(t) função par X ( f ) = 2 ∫ x (t ) cos(2πft )dt X(f) função real

0
+∞

x(t) função impar X ( f ) = −2 j ∫ x (t ) sen(2πft )dt X(f) função imaginária

0
módulo M X (− f ) = M X ( f )
↓ MX ( f ) = RX ( f ) + I X ( f )
2 2
espectro de amplitude função par da frequência
ângulo  IX ( f )  θ X ( − f ) = −θ X ( f )
↓ θ X ( f ) = − tan −1  
espectro de fase  RX ( f )  função impar da frequência
8
 Exemplo

Pulso exponencial

 A.e − at ...........t > 0

x(t ) = 
0..................t < 0
A e a reais e positivos

Ex. A = 1 V e a = 2π x 103 s-1

Transformada de Fourier
A A 1
X(f ) = =
a + j 2π . f a  2π . f 
1 + j 
 a 
Espectro de Amplitude Espectro de Fase

A A/ a  2πf  −1  2πf 
MX ( f ) = X( f ) = = θ X ( f ) = ANG [X ( f )] = 0 − tan −1   = − tan  
a + (2πf )
2 2
 2πf 
2
 a   a 
1+  
 a 
(densidade de amplitude) (ângulo)
→ M X (0) = A = 1.V µV
f=0 ≅ 159.
a 2π .10 3 s −1 Hz f=0 → θ X (0) = 0.rad

A/ a µV π
f = 1 kHz → M X (1.kHz) = ≅ 112. f = 1 kHz → θ X (1.kHz ) = − tan −1 (1) = − .rad
2 Hz 4

9
 Propriedades da Transformada de Fourier de uma função REAL do tempo
• CONJUGADO DA TRANSFORMADA DE FOURIER: F [x(−t )] = X * ( f )
+∞
• ÁREA DEBAIXO DE x(t): ∫ x(t )dt = X (0)
−∞
+∞
• ÁREA DEBAIXO DE X(f): ∫ X ( f )df
−∞
= x ( 0)

• LINEARIDADE: F [a.x(t ) + b. y (t )] = a. X ( f ) + b.Y ( f )

1 f
• ESCALA: F [x(at )] = X  
a a
Exemplo:

Pulso x(t) com amplitude A inalterada:

Largura T menor → X(f) (c/nulos em k/T) mais largo, Xmax = X(0) = AT menor
Largura T maior → X(f) (c/nulos em k/T) mais estreito, Xmax = X(0) = AT maior
• DUALIDADE: F [X (t )] = x(− f )

• DESLOCAMENTO NO TEMPO: F [x(t − t 0 )] = X ( f ).e − j 2π . f .t0

• DERIVAÇÃO:  dn 
F  n x(t ) = ( j 2π . f ) n X ( f )
 dt 
t  X ( 0)
• INTEGRAÇÃO: F  ∫ x(τ )dτ  = δ(f )+
X(f )
−∞  2 j 2π . f

• DESLOCAMENTO EM FREQUÊNCIA: F x(t ).e 0

[
= X ( f − f0 ) j 2π . f t
]
• TEOREMA DA MODULAÇÃO: produto de x(t) por sinal senoidal (portadora)
e jφ e − jφ
Espectro deslocado para f0: F [x (t ). cos( 2πf 0 t + φ ) ] = X ( f − f0 ) + X ( f + f0 )
2 2
10
 TEOREMA DA MODULAÇÃO
k M e + jφ k M e − jφ
y (t ) = k M x(t ) cos( 2πf 0 t + φ ) → Y ( f ) = X ( f − f0 ) + X ( f + f0 )
2 2
espectro espectro
deslocado para +f0 deslocado para −f0

kM = constante característica do modulador

Sinal x(t) com espectro limitado : X ( f ) = 0 , para f > f M
e frequência da portadora f 0 > f M
não há superposição dos espectros deslocados
X ( f − f 0 ) = 0 , para f < 0 e X ( f + f 0 ) = 0 , para f > 0
kM k
MY ( f ) = M X ( f − f0 ) + M M X ( f + f0 ) e θY ( f ) = [θ X ( f − f0 ) + φ ] + [θ X ( f + f0 ) − φ ]
2 2

espectro de amplitude de x(t) espectro de fase de x(t)

espectro de amplitude
de y(t)

espectro de fase
de y(t)

11
Sinal com espectro ilimitado: superposição dos espectros deslocados
Pulso Cosseno
 A cos( 2πf 0 t )........... | t |≤ 0,5T 1 2 AT cos(πfT )
y (t ) =  com f 0 = → Y( f ) = .
0............................ | t |> 0,5T 2T π 1 − ( 2 fT ) 2

superposição dos espectros

X(f + f0) e X(f − f0)
Pulso de RF
 AT
 A cos( 2πf 0 t )........... | t |≤ 0,5T 1  2 sin c[( f − f 0 )T ]....... f > 0
y (t ) =  com f 0 >> →Y ( f ) ≅ 
0............................ | t |> 0,5T T  AT sin c[( f + f )T ]...... f < 0
 2 0

superposição insignificante

Senoide Amortecida
 Ae − at sen(2πf 0 t )..t ≥ 0 A.2πf 0
x (t ) =  , A e a constantes reais positivas→ X ( f ) =
0.............................t < 0 (a + j 2πf ) 2 + (2πf 0 ) 2
A 1
X( f ) = .
2πf 0
 a   f 
2 2
 a  f 
1 +   −   + 2 j  
 2πf 0   f 0   2πf 0  f 0 
Espectro de Amplitude
A 1
MX(f)=
2πf 0   a 2 2

2 2 2
  f   a   f 
1 +   −    + 4   
  2πf 0   f0    2πf 0   f0 
Espectro de Fase
  a  f  
 2   
−1   2πf 0  f 0  
θ X ( f ) = − tan  2 2 
1 +  a  −  f  

  2πf 0   f 0  


12
 ≡ Impulso Unitário)
Função Delta de Dirac (≡
Definida pelas relações:

δ ( x) = 0 , para x ≠ 0
e
+∞

∫ δ ( x)dx = 1
−∞

δ(x) como limite de uma função de área unitária

• δ ( x) = lim r ( x) • δ ( x) = lim t ( x) • δ ( x) = lim f ( x)
L→ 0 L→0 k →∞

1 L 1  | x |
 L ... | x |≤ 2  1 −
t ( x) =  L  L 
... | x |≤ L
r ( x) =  k sen (kx )
0..... | x |> L
0..... | x |> L  f ( x) =
 2 π kx

 1) δ (− x) = δ ( x) função par
 0+

 2) ∫ δ ( x)dx = 1 δ(x) = 0 para x ≠ 0 e área unitária
 0−
Propriedades  +∞
da função
δ(x)


3) ∫ g ( x)δ ( x)dx = g (0)
−∞
valor da função em x = 0
 +∞
 4) ∫ g ( x )δ ( x − x0 ) dx = g ( x 0 ) valor da função em x = x0

−∞

Transformada de Fourier da função Delta de Dirac

F [Aδ (t )] (A = constante real)
+∞
F [ Aδ (t )] = ∫ Aδ (t ) e
− j 2πft
dt = Ae 0 = A, para f de −∞ a +∞
−∞

Impulso com área A > 0 f ⊂ (−∞, +∞)

13
 Aplicações da função Delta de Dirac
Sinal CC: x (t ) = A , para t ⊂ ( −∞, +∞ )
Propriedade da Dualidade: F [ Aδ (t )] = A → F [A] = Aδ (− f ) = Aδ ( f )

Exponencial complexa de frequência f0: x (t ) = Ae j 2πf 0t , para t ⊂ ( −∞, +∞ )

Propriedade do deslocamento em frequência: F Ae 0 = Aδ ( f − f o ) [ j 2πf t
]
componente espectral somente em f = +f0

Sinal senoidal: x(t ) = A cos(2πf 0 t + φ ) , para t ⊂ ( −∞, +∞ )

Teorema de Euler + Propriedade da linearidade:
A  A
F [A cos( 2πf 0 t + φ )] = F  e + jφ e + j 2πf 0t + e − jφ e − j 2πf 0t  = e + jφ δ ( f − f o ) + e − jφ δ ( f + f 0 )
A A
2 2  2 2
Componentes espectrais nas
frequências:

f = +f0 e f = −f0

MX (f) → função par de f

θX (f) → função impar de f
π  π
φ=− rad → A cos 2πf 0 t −  = Asen(2πf 0 t ) φ = 0.rad → A cos(2πf 0 t + 0 ) = A cos(2πf 0 t )
2  2

+ 1...t > 0

Função Sinal: sgn(t ) = 0......t = 0
− 1....t < 0


para t ⊂ ( −∞, +∞ )

Função sgn(t ) como limite : sgn(t ) = lim[x1 (t ) − x 2 (t )]

a →0
− at
e ....t > 0 e + at ....t < 0
x1 (t ) =  x 2 (t ) =  a = constante real positiva
0.........t < 0 0.........t > 0
 
S ( f ) = F [sgn( t ) ] = lim 
1 1 1 1
−  = =−j
a → 0 a + j 2πf a − j 2πf  jπf πf


14
Função Degrau Unitário:

+ 1......t > 0

u (t ) = 0,5.....t = 0
0........t < 0

para t ⊂ ( −∞, +∞ )

1 1
+ sgn(t ) → Propriedade da linearidade: F [u( t ) ] = U ( f ) = δ ( f ) +
1 1
u (t ) =
2 2 2 j 2π f

+∞
1
Sinal Periódico: x(t ) = ∑ g (t − mT )
m = −∞
0 → período T0 , frequência de repetição f 0 =
T0
+∞
 x(t ).... | t |< 0,5T0
com F [g (t )] = G ( f ) = ∫ g (t )e
− j 2πft
Função geradora de x(t): g (t ) =  dt
0......... | t |> 0,5T0 −∞
+∞ +∞ +∞
x (t ) = ∑ An exp( j 2π . nf 0 t ) → X ( f ) = F [ x(t )] =
n =−∞
∑ An F[e j 2πnf0t ] = ∑ A δ ( f − nf
n 0 )
n = −∞ n = −∞
+0 ,5T0 +∞
1 1  G ( nf 0 )
An = ∫ x(t )e − j 2πnf 0t dt =  ∫ g (t )e
− j 2πft
dt  =
T0 − 0 , 5T0  T0 −∞  f = nf 0 T0
+∞
δ ( f − nf 0 ) → espectro DISCRETO
G(nf 0 )
x(t) periódico → X ( f ) = ∑
n = −∞ T0
Transformada inversa
+∞ +∞ +∞
F −1 [ X ( f )] =
G (nf 0 ) j 2πnf0t
j 2πft
∫ X ( f )e df = ∑ T
n = −∞
e = .x (t ) = E 0 + ∑
n =1
E n cos(2πnf 0 t + φ n )
−∞ 0
jθ ( f )
Transformada de Fourier da função geradora: G ( f ) = G ( f ) e
módulo G (+ nf 0 ) = G (−nf 0 ) (função PAR) e ângulo θ (+ nf 0 ) = −θ (− nf 0 ) = φ n (função ÍMPAR)
Sinal Periódico x(t):
G ( 0)
• componente CC ≡ valor médio → x (t ) = E0 =
T0
• n-ésima harmônica E n cos(2πnf 0 t + φ n )
+ jφ − jφ
G ( + nf 0 ) + j 2πnfo t G (−nf 0 ) − j 2πnf 0t G (+ nf 0 ) .e n + j 2πnf 0t G (− nf 0 ) .e n − j 2πnf 0t
e + e = e + e
T0 T0 T0 T0

=
G (nf 0 )
T0
[e + j ( 2πnf 0t +φn )
]
+ e − j ( 2πnf 0t +φn ) = E n cos(2πnf 0 t + φ n )

2. G (nf 0 )
amplitude: E n = fase: φ n = θ (nf 0 )
T0

15
CONVOLUÇÃO: operação matemática entre funções p (x ) e q (x ) de uma variável x
qualquer que resulta numa terceira função g (x ) da mesma variável
+∞

definida por: g( x) = ∫ p(u)q ( x − u)du

−∞
u → variável de integração

operação de convolução de p(x) com q(x) : g ( x ) = p ( x )∗ q ( x )

convolução no tempo: g (t ) = x (t ) ∗ y (t ) → interpretação gráfica

funções da
variável t

funções da
variável auxiliar τ

deslocamento e
rotação de y(τ )
(com t0 positivo)

t = −4 t=−2 t=0

g (t ) = x (t ) ∗ y (t )
+∞
= ∫ x(τ ) y(t − τ )dτ
−∞
= área do produto

t = +1

Propriedades da operação de convolução:

• comutativa : p ( x )∗ q ( x ) = q ( x )∗ p ( x )
• distributiva : p( x )∗ [q ( x ) + z ( x )] = p( x )∗ q ( x ) + p( x )∗ z ( x )
• associativa : p( x )∗ [ q ( x )∗ z ( x )] = [ p( x )∗ q ( x )]∗ z ( x )

16
Teorema da Convolução no Tempo: F [ x (t )∗ y (t )] = X ( f )Y ( f )
• Propriedade de integração (transformada de Fourier de uma integral)
t
X ( 0) X(f )
y (t ) = ∫ x(τ )dτ = x(t ) * u (t ) → Y ( f ) = X ( f )U ( f ) = δ(f )+
−∞
2 j 2πf
• Convolução com a função Delta de Dirac
F [x(t ) * δ (t )] = X ( f ).1 = X ( f ) → x ( t )∗ δ ( t ) = x ( t )

F [x (t ) * δ (t − t 0 )] = X ( f ).e − j 2πft0 = F [x (t − t 0 ] → x (t ) ∗ δ (t − t 0 ) = x (t − t 0 )

Teorema da Convolução em Frequência: F [ x (t ) y (t )] = X ( f )∗ Y ( f )

• Teorema da Modulação: y (t ) = x(t ) cos(2πf 0 t + φ )
 e + jφ e − jφ  e + jφ e − jφ
→ Y( f ) = X( f )* δ ( f − f0 ) + δ ( f + f 0 ) = X ( f − f0 ) + X ( f + f0 )
 2 2  2 2

TEOREMA DA AMOSTRAGEM
“Um sinal com espectro limitado à frequência fM pode ser recuperado a partir de
1
amostras regularmente espaçadas no tempo de Ta, desde que Ta ≤ “
2 fM

Sinal amostrador:
+∞ 1.... | t |≤ 0,5T +∞
→ A( f ) = ∑ sin c(nf aT )δ ( f − nf a )
T
a (t ) = ∑ r (t − mT ) , com r (t ) = 
0..... | t |> 0,5T
a
m = −∞ n = −∞ Ta

Amostras do sinal x(t):

+∞
y (t ) = x(t ).a(t ) → Y ( f ) = X ( f ) * A( f ) = ∑ T sin c( nf a T ) X ( f − nf a )
Tn = −∞ a

ee
espectro do sinal x(t) espectro do sinal y(t) – sequência ilimitada de amostras de x(t)

17
 ENERGIA − POTÊNCIA − ESPECTRO
+0 , 5T

∫x
2
(t )dt
− 0 , 5T
valor quadrático médio x 2 (t ) = lim =σX [V2]
2
T →∞
Tensão [V]: x(t ) → T
valor eficaz σX [V]
Potência instantânea [W] normalizada Energia [J] normalizada (sobre R = 1 Ω)
(sobre R = 1 Ω) no intervalo de t = t1 até t = t2
t2
dE n x 2 (t )
p n (t ) = = ≥0 E n (t1 , t 2 ) = ∫ p n (t )dt > 0
dt 1.Ω t1

Energia normalizada TOTAL ≡ +∞

x 2 (t )
−∞. +∞
energia normalizada no intervalo (− ∞) E n = E n (−∞,+∞) = ∫ 1.Ω dt > 0
−∞
[J]

Sinal de ENERGIA
En
En finita → x 2 (t ) = 1.Ω. lim =0 M X ( f ) = X ( f ) ≡ densidade espectral de amplitude [V/Hz]
T →∞ T
+∞ +∞
1 1  +∞ j 2πft
 1
+∞
 +∞ j 2πft

En = ∫ = ∫ ∫ = ∫  ∫ x (t ) e
2
x ( t ) dt x (t ) X ( f ) e df dt X ( f ) dt  df
1.Ω − ∞ 1.Ω − ∞ −∞  1.Ω − ∞ − ∞ 
---------------- ---------------
x(t) X*(f) ≡ conjugado de X(f)
+∞ 2
MX (f)
X ( f )X ( f ) = X ( f ) = M X ( f ) En = ∫−∞ 1.Ω df > 0
2
→
* 2

2
Densidade Espectral de Energia Normalizada Bilateral M (f)
EX ( f ) = X [J/Hz]
≡ função cuja integral de −∞ a +∞ é igual a En 1.Ω
+∞ +∞ +∞ Teorema da Energia
x 2 (t )
E X ( f ) : função PAR → E n = ∫−∞ 1.Ω dt = −∫∞E X ( f )df = 2 ∫0 E X ( f )df de Rayleigh

Densidade Espectral de Energia Normalizada Unilateral E ( f ) = 2E X ( f ) , f ≥ 0

≡ função cuja integral de 0 a +∞ é igual a En [J/Hz]
1 1
E X ( f ) : função PAR → EX ( f ) = E ( f ) + E (− f )
2 2
Exemplo: pulso retangular M X ( f ) = AT sin c( fT ) V/Hz
2 2 2
A T sin c ( fT )
EX ( f ) = J/Hz
1.Ω
+∞
A 2T 2 A 2T
En = ∫ sin c ( fT )dt =
2
= 1 mJ
1.Ω −∞
1.Ω

densidade espectral de energia normalizada bilateral densidade espectral de energia normalizada unilateral
18
Sinal em Sistema de Comunicação Elétrica: canal ocupado por sucessão de usuários
tensão aleatória x (t ) , para t ⊂ ( −∞, +∞ ∞)
↓
processo estocástico
x(t) analógico → função densidade de probabilidade p (x )
x(t) digital: x ∈ {x1 , x 2 ,..., x k } → probabilidades p ( xi ) , i = 1, 2, ..., k

sinal de voz (telefonia) → tensão analógica proporcional à variação de pressão do ar

junto à cápsula transmissora do telefone
x (t ) = ???

Função Densidade de Probabilidade

| x| 2
−
σ
e
p ( x) =
σ 2
x = tensão instantânea
σ = tensão eficaz
+0 , 5 I

∫ x(t )dt
− 0 ,5 I
+∞
Valor médio: x(t ) = lim
I →∞ I
=
−∞
∫ xp( x)dx = 0
+0 ,5 I

∫x
2
(t )dt +∞
−0 ,5 I
Valor quadrático médio: x (t ) = lim 2
= ∫x
2
p ( x)dx = σ 2
I →∞ I −∞

sinal de dados → tensão digital : +A para bit 1 e −A para bit 0.

probabilidades: p(+A) = p e p(−A) = 1 − p
+∞
x(t ) = ∑a
m = −∞
m r (t − mT )

 A....0 < t < T

com r (t ) = 
0.....t < 0..e..t > T
e
+ 1...com.. probabilidade.. p
am = 
− 1...com.. probabilidade..1 − p
+0 , 5 I

∫ x(t )dt k
Valor médio: x(t ) = lim −0,5 I = ∑ xi p ( xi ) = (+ A). p + ( − A)(1 − p ) = A(2 p − 1)
I →∞ I i =1

Valor quadrático médio: x (t ) = A para t desde −∞ até +∞ → x 2 (t ) = A 2

2 2

+0 , 5 I

∫x
2
(t )dt
k
= ∑ xi p( xi ) = (+ A) 2 p + (− A) 2 (1 − p ) = A 2
−0,5 I
x (t ) = lim
2 2
I →∞ I i =1

19
 tensão aleatória x(t ) , para t ⊂ ( −∞, +∞
∞ ) ⇒ En infinita → sinal de potência
DENSIDADE ESPECTRAL DE POTÊNCIA NORMALIZADA ≡ DEPN
Potência média normalizada (≡ sobre R = 1 Ω) da tensão x(t)
+0 , 5T
x 2 (t )
∫
− 0 , 5T
1.Ω
dt
x 2 (t ) σ X
2 +∞ +∞

1.Ω −∫∞
Pmn = p n (t ) = lim = = = PX ( f ) df = ∫ P( f )df
T →∞ T 1.Ω 0
2
1 M (f)
M X ( f ) ≡ densidade espectral de amplitude de x(t) → PX ( f ) = lim X
1.Ω T →∞ T
• PX ( f ) ≡ DEPN bilateral (função cuja integral de −∞ a +∞∞ é igual a Pmn)
• P ( f ) ≡ DEPN unilateral (função cuja integral de 0 a +∞ ∞ é igual a Pmn)

1 1
P( f ) = 2 PX ( f ) , f ≥ 0 e PX ( f ) =
P( f ) + P(− f )
2 2
(função PAR da frequência)
⇒ σX = 1 Ω x área da função PX(f) = 1 Ω x área da função P(f)
2

DEPN unilateral P ( f ) DEPN bilateral PX ( f )

1 1
2 PX ( f ) , f ≥ 0 P(− f ) P( f )
2 2
Teorema da Modulação aplicado a Sinal Aleatório de Potência
y (t ) = k M x(t ) cos(2πf 0 t )
Com f0 > f3 não há superposição dos espectros deslocados para +f0 e para −f0:
M X ( f − f 0 )M X ( f + f 0 ) = 0
2 2
kM k
DEPN bilateral de y(t) ≡ PY ( f ) = PX ( f − f 0 ) + M PX ( f + f 0 ) [W/Hz]
4 4
2 2 2
kM k k
DEPN unilateral de y(t) ≡ P0 ( f ) = PX ( f − f 0 ) = M P ( f − f 0 ) + M P ( − f − f 0 ) [W/Hz]
2 4 4

2
kM
M
4

20
 CORRELAÇÃO CRUZADA
x(t ) e y (t ) → sinais de potência
soma s(t ) = x(t ) + y (t ) → valor quadrático médio: s 2 (t ) = x 2 (t ) + y 2 (t ) + 2.x(t ) y (t )
Correlação cruzada de x(t ) e y (t ) mede a similaridade entre os dois sinais
definida por:
+0 , 5T

∫ x(t ) y(t )dt

− 0 , 5T
C xy = x(t ) y (t ) = lim
T →∞ T
Sinais x(t ) e y (t ) suficientemente diferentes → C xy = 0 → sinais ORTOGONAIS

Sinais de potência suficientemente diferentes

são ortogonais se o valor médio de
pelo menos um deles é nulo

s 2 (t ) = x 2 (t ) + y 2 (t ) + 2.C xy

s 2 (t ) x 2 (t ) y 2 (t )
Sinais ortogonais se somam em potência → = +
R R R
Exemplo 1: x (t ) = A cos(2πf a t ) e y (t ) = B cos(2πf b t )
+0 , 5T +0 , 5T
 
 ∫ cos[2π ( f a − f b )t ]dt ∫ cos[2π ( f a + f b )t ]dt 
AB  − 0 , 5T − 0 , 5T 
C xy = Tlim + lim 
2  → ∞ T T → ∞ T 
 
 

C xy = 0 → sinais senoidais de frequências diferentes são ortogonais

Teorema de Parseval: x (t ) periódico
∞ ∞ 2
En
x(t ) = E0 + ∑ E n cos(2πnf 0 t + φ n ) → x 2 (t ) = E0 + ∑
2

n =1 n =1 2

Exemplo 2: x (t ) = A cos(2πf a t ) e y (t ) = B cos(2πf a t + φ )

+0 , 5T +0 , 5T
 
 ∫ cos(φ ) dt ∫ cos(4πf a t + φ )dt 
AB  − 0 , 5T − 0 , 5T  AB
C xy = Tlim + lim = cos(φ )
2  →∞ T T →∞ T  2
 
 
π
Se φ = ± rad → C xy = 0
2
x (t ) = A cos(2πf a t ) e y (t ) = Bsen(2πf a t ) são ortogonais
21
 Função de AUTOCORRELAÇÃO
≡ correlação do sinal com sua versão deslocada no tempo
+0 , 5T

∫ x(t ) x(t − τ )dt

− 0 , 5T
p(τ ) = lim
T →∞ T

• Função PAR: p ( −τ ) = p (τ )
• p (0) = x 2 (t ) ≡ valor máximo de p (τ )

+∞

Transformada de Fourier: PX ( f ) = F [ p (τ )] = ∫ p(τ )e

− j 2πfτ
dτ
−∞
+∞

Anti-transformada de Fourier: p (τ ) = F
−1
[PX ( f )] = ∫ PX ( f )e j 2πfτ df
−∞
+∞

Área debaixo de PX ( f ) : p (0) = x 2 (t ) =

−∞
∫P X ( f )df

Definição mais exata de

Densidade Espectral de Potência Normalizada Bilateral de x(t)

F [ p (τ ) ]
DEPN bilateral ≡ [W/Hz]
1.Ω

↓
Apêndice J − DEPN de Sinal Digital
+∞
 A.....0 < t < T
x (t ) = ∑a r (t − mT ) , com r (t ) =  ≡ pulso retangular
0......t < 0..e..t > T
m
m = −∞

Um pulso retangular, a cada intervalo de tempo T, multiplicado por fator adimensional

aleatório a m ∈ {+1,−1}
≡
densidade espectral de potência normalizada
sinal digital aleatório x(t) unilateral do sinal digital x(t)

22