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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC PROFESSOR ALFREDO DE BARROS SANTOS

SEGURANÇA DO TRABALHO

WILSON BRANDÃO DE ANDRADE JUNIOR

ATIVIDADE CHUVEIRO SPRINKLER

Guaratinguetá, 23 de Novembro de 2021


O que é Sprinkler
O sistema de sprinkler é um conjunto de pequenos chuveiros hidráulicos
ligados a um sistema de bombeamento de água, que em caso de incêndios são
ativados para combater as chamas. A maioria dos sistemas é ativado
automaticamente quando pequenos dispositivos de vidro, chamados de
ampolas ou bulbos, se rompem devido ao aumento da temperatura do
ambiente.

O sistema de sprinkler é composto pela reserva técnica de água, sistema de


bombeamento, válvula de governo e alarme, sistema de detecção de
funcionamento, ponto de recalque, conexões, tubulações, drenos, ampolas ou
bulbos e sprinklers, que também são chamados de chuveiros automáticos.

-Fonte de abastecimento de água

Todo sistema de chuveiros automáticos dispõe de um reservatório, construído,


geralmente, em concreto, com capacidade suficiente para atender à demanda
do sistema. A norma não exige exclusividade do reservatório. Entretanto, exige
uma garantia da reserva mínima (reserva técnica de incêndio) por meio de
diferença de nível entre saída de consumo e canalização de incêndio.

Existem três tipos de reservatórios para abastecimento de água do sistema de


chuveiros automáticos:

a) reservatório elevado;

b) reservatório com fundo elevado ou ao nível do solo, semienterrado ou


subterrâneo;

c) tanque de pressão.

-Sistema de pressurização

Para garantir ao sistema vazão e pressão adequadas, é preciso agregar um


dispositivo de pressurização, o qual consiste no acoplamento de duas bombas
(uma principal e outra reserva), com duas fontes de alimentação: uma elétrica e
outra à explosão (motogeradores).
As bombas ficam na casa de máquinas, próximas ao reservatório, geralmente
no subsolo dos edifícios.

As bombas do sistema de chuveiros automáticos possuem dispositivo para


partida pela queda de pressão hidráulica, sendo que o desligamento do motor
só ocorrerá por controle manual.

Para evitar a operação indevida da bomba principal, gerada por perdas de


pressão eventuais, é instalada uma terceira bomba de menor porte (jockey),
para compensar pequenos e eventuais vazamentos na canalização.

-Funcionamento da VGA
Rede de alimentação, válvula de governo e alarme (VGA) e válvula de fluxo
consiste na canalização, após o reservatório, de água até a válvula de governo
e alarme (VGA) ou chave detectora de fluxo de água, composta de tubulações
enterradas ou aparentes.

Nesse trecho, são instalados equipamentos de supervisão e funcionamento do


sistema, tais como registro de paragem, válvulas de governo e alarme ou
chave detectora de fluxo de água, válvulas de retenções, manômetros e drenos
de limpezas.

As válvulas de governo e alarme ou chave detectora de fluxo de água são


dispositivos que acusam o funcionamento do sistema em caso de incêndio.

O acesso à VGA deve ser restrito pois possui registros que cortam o fluxo de
água para todo o sistema ou alguns setores (determinada área ou pavimento).
Isso é importante para serviços de manutenção no sistema, mas podem ser
fechados por esquecimento.

Se isso ocorrer, os chuveiros acionados (estourados) pela ação do fogo não


aspergirão água. Portanto, é importante que a guarnição de bombeiros localize
e verifique se as referidas válvulas estão abertas.

Quando do acionamento de um ou mais chuveiros face ao incêndio, a pressão


na rede de distribuição diminui.

Consequentemente, a pressão da água de alimentação abaixo do obturador


impele-o para cima por diferencial de pressão, fornecendo água para o sistema
e provocando a abertura da válvula auxiliar, dando passagem para o circuito de
alarme. 

-Rede de distribuição
É a parte do sistema, após a válvula de alarme, formada por uma rede de
tubulações fixas em aço.

As tubulações que formam a rede de distribuição são classificadas em:

a) ramais — são as ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados


diretamente;

b) gerais — são as que alimentam as sub-gerais;

c) subidas ou descidas — são as tubulações verticais, de subidas ou descidas,


conforme o sentido de circulação da água;

d) subida principal — é a tubulação que liga a rede de suprimento do


abastecimento de água às tubulações gerais.

É na subida principal que é instalada a válvula de alarme ou chave detectora


de fluxo de água que indica e controla a operação do sistema.

Para as guarnições é importante saber que, em caso de estouro acidental de


um chuveiro de sprinkler ou término das ações de combate por parte do
sistema, é necessário o fechamento do registro próximo à chave detectora ou
da própria VGA, providenciando, em seguida, o desligamento das bombas de
incêndio na casa de máquinas.

-Tomada de recalque
É o dispositivo de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros destinado a possibilitar
a pressurização dos sistemas de chuveiros por meio de fontes externas, como
as viaturas de combate a incêndio.

 Seu funcionamento é semelhante ao hidrante de recalque, todavia essa


tomada possui duas entradas de água de 65 mm de diâmetro, providas de
adaptadores e tampões de engate rápido tipo storz.

Em riscos leves, admite-se somente uma entrada. A exigência da entrada


dupla de água é decorrente da necessidade de operação simultânea com duas
viaturas, devido à pressão e à vazão requeridas para o sistema.

A tomada de recalque é localizada, geralmente, na fachada principal ou muro


da divisa com a rua, em forma de torre, à altura mínima de 0,60 m e máxima de
1,00 m em relação ao piso ou caixa de alvenaria, próxima ao passeio com
tampa metálica, com o indicador de “sprinklers” (no último caso é muito comum
confundir o hidrante de recalque do sistema com o hidrante de parede).
Como funciona

Ao redor do mundo, sprinklers são fabricados com bulbos que se abrem


quando as temperaturas chegam em 68, 79, 93 e, até, 141 Cº. No Brasil, a
maioria dos sprinklers disponíveis no mercado foram feitos para abrirem à
temperatura de 68 Cº, mas existem outras variações disponíveis, mesmo essas
sendo as mais comuns.

Voltando aos detalhes da sua aplicação, o bulbo do sprinkler se rompe, a


medida que o incêndio já foi iniciado e a temperatura só faz aumentar. Nesse
ponto, a água que é liberada pela tampa rompida, e cai de forma circular,
chegando a cobrir uma área de 16 m² dependendo do modelo utilizado. Na
maioria dos ambientes, instalar um sprinkler significa, quase que
obrigatoriamente, ter que instalar outros dele, também, uma vez que se o
incêndio estiver em um nível mais intenso, se alastrando para outras áreas,
outros sprinklers poderão se abrir e controlar o fogo. Dois ou três deles abertos
costumam ser suficientes para o combate, e não existe nenhum risco do fogo
de um ambiente provocar a abertura de um sprinkler em outro lugar se não o
afetado pela elevação da temperatura, já que eles se abrem individualmente.

Tipos de chuveiros

- Tipos de chuveiros automáticos conforme o tipo


elementos termos sensíveis

 Tipo ampola de vidro – Sprinkler que opera pela ruptura do bulbo de


vidro, devido a pressão resultante da expansão do fluido contido em seu
interior, sob a ação do calor do ambiente.
 
 Tipo Liga Fusível – Sprinkler que opera pela fusão de um de seus
componentes sob a influência do calor.

NOTA– Apesar de ser menos utilizado, no Brasil, que o tipo ampola de


vidro, os sprinklers do tipo liga fusível têm desempenho equivalente e
pode ser usado indistintamente

- Classificação quanto à distribuição de água

 Chuveiros de cobertura padrão – Chuveiro projetado para cobrir áreas


de cobertura que dependendo das características de projeto e ambiente,
podem variar entre 8,4 e 20,9m² para chuveiros em pé e pendente e 7,4 à
18,2m² para chuveiros laterais;

 Chuveiro de cobertura estendida  – Chuveiro projetado para cobrir


uma área maior do que a área de cobertura de chuveiros-padrão e que
dependendo das características de projeto e ambiente, podem variar entre
13,7 e 37,2m² para chuveiros em pé e pendente;

NOTA– Atualmente todos os sprinklers de cobertura estendida, disponíveis no


mercado brasileiro, são importados.

 Chuveiro tipo spray – Chuveiro cujo defletor direciona a água para


baixo, lançando uma quantidade mínima de água, ou nenhuma, para o
teto, podendo ser de cobertura-padrão ou estendida;
Antes de instalar um sistema de chuveiros automáticos, ou sprinklers como são
mais conhecidos, no seu empreendimento, você precisa conhecer os principais
modelos e variações que existem no mercado. Compilamos as características e
classificações previstas na Norma Técnica brasileira, NBR ABNT16400:2015,
para que você comece a conhecer cada um deles e lhe ajude na hora de
especificar, projetar, comprar entre outros. Confira!

- Classificação quanto à velocidade de operação

 Sprinkler de resposta rápida – Sprinkler que possui bulbo de vidro com


3mm de diâmetro e índice de tempo de resposta (ITR) igual ou menor que
50 (m.s)1/2.
 
 Sprinkler de resposta padrão – Sprinkler que possui bulbo de vidro
com 5mm de diâmetro e índice de tempo de resposta (ITR) igual ou maior
que 80 (m.s) ½.
 
NOTA IMPORTANTE – Não confunda “cobertura padrão”, que diz respeito à
área que o sprinkler vai proteger, com a “resposta padrão”, que está
relacionado ao tempo de ativação do sprinkler.

- Classificação quanto à orientação de instalação

 Chuveiro em pé – Chuveiro projetado para ser instalado em uma


posição na qual o jato de água seja direcionado para cima, contra o
defletor;
 Chuveiro embutido – Chuveiro decorativo, cujo corpo, ou parte dele,
exceto a rosca, é montado dentro de um invólucro embutido;

 Chuveiro flush– chuveiro decorativo, cujo corpo, ou parte dele,


incluindo a rosca, é montado acima do plano inferior do teto. Ao ser
ativado, o defletor se prolonga para baixo do plano inferior do teto;

 Chuveiro lateral – Chuveiro projetado para ser instalado em


paredes e descarregar água em direção oposta à parede em
que esteja instalado;
 
 Chuveiro oculto – Chuveiro embutido, coberto por uma placa, que é
liberada antes do funcionamento do chuveiro;

 Chuveiro pendente – Chuveiro projetado para ser instalado em uma


posição na qual o jato de água seja direcionado para baixo, contra o
defletor.
-Classificação quanto às condições especiais de
uso

 Chuveiro decorativo – Sprinkler, pintado ou revestido com camada


metálica pelo fabricante;
 Chuveiro resistente à corrosão – Sprinkler, fabricado com materiais
resistentes à corrosão ou com revestimentos especiais, para ser utilizado
em atmosferas agressivas; Como exemplo temos o modelo JL112 da
Reliable possui revestimento a corrosão nas cores preta, branca ou ainda
revestido em PTFE (Teflon)

 Chuveiro seco – Chuveiro fixado a um niple de extensão, que possui


um selo na extremidade de entrada, para permitir que a água ingresse em
seu interior somente em caso de operação do chuveiro. Este tipo de
sprinkler é largamente utilizado em câmaras frigoríficas.
-Classificação quanto às características de
desempenho e projeto

 Sprinkler de controle para aplicações específicas (CCAE) – Chuveiro


que atua no modo de controle, se caracteriza por produzir gotas grandes
de água e que é testado e aprovado para uso em áreas de incêndios de
alta intensidade;
 Sprinkler de resposta e supressão rápidas (ESFR) – Chuveiro que
atua no modo de supressão e que se caracteriza por ter resposta rápida e
por distribuir água em grande quantidade e de forma especificada, sobre
uma área limitada, de modo a proporcionar rápida supressão do fogo,
quando instalado apropriadamente;

Cores & Temperaturas


Os bulbos possuem faixas específicas de temperatura de ativação. Estas faixas
estão bem definidas em norma e possuem uma padronização universal.
Segundo a Tabela 2 da atual Norma Técnica brasileira de sprinklers (ABNT
NBR16400:2018), são ao todo sete cores que podem ser facilmente
identificadas e são classificadas da seguinte maneira:

Dentro das faixas definidas em norma, são adotados alguns valores padrão
(temperatura nominal) para facilitar a definição de projeto, compra e venda dos
sprinklers.
As temperaturas nominais mais utilizadas no Brasil são: 68°C, 79°C, 93°C e
141°C.

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