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TENSÕES NO SOLO

MARCELO SANTOS FRANÇA


THOMAS VAZ

ESTHEFANY DE FATIMA LOPES

CURITIBA
2021
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

TENSÕES NO SOLO

Trabalho desenvolvido e
apresentado à Faculdade de
Ciências Exatas e de Tecnologia, ao
curso de Engenharia Civil da
Universidade Tuiuti do Paraná, como
requisito a disciplina Geotecnia.
Professora: Cristiane Burmester

CURITIBA
2021
2. TENSÕES NO SOLO
O estudo das tensões atuantes em um maciço de terra, independente de sua
origem, é de suma importância na área da engenharia geotécnica. Há também
uma necessidade de se conhecer a distribuição de tensões (pressões) nas várias
profundidades abaixo do terreno para a solução dos mais diversos problemas de
solos, como de recalques, empuxo de terra, capacidade de carga no solo, etc.
2.1 – Conceito de tensão em um meio particulado
Dentro do estudo, Tensões no solo, tem um ramo que trata sobre os conceitos
da Mecânica dos Sólidos Deformáveis aos solos. Quanto ao solo, é um sistema
trifásico constituído por sólidos, água e ar, também a água e os grãos em uma
boa parte de esforções presentes, já nos solos secos os esforções são
transmitidos pelo arcabouço sólido. Mas também vale ressaltar que os esforços
através das áreas, no qual esta área passa pelos pontos de contato (Ac). Há
uma abordagem torna-se inviável face à variabilidade de tamanhos de grãos e
arranjos estruturais. Em contrapartida, a adoção de um plano horizontal (A)
acarreta na existência de regiões sólidas e regiões que passam pelos vazios.
Em qualquer caso, entretanto, a transmissão se faz nos contatos e, portanto, em
áreas muito reduzidas em relação à área total envolvida.
Por mais que o conceito de transmissão através dos contatos entre grãos ser
fisicamente mais correto, não seria possível desenvolver modelos matemáticos
que representassem isoladamente as forças transmitidas, já que as tensões
normal e cisalhante são tratadas do ponto de vista macroscópico.
• Tensão normal é a somatória das forças normais ao plano, dividida pela
área total que abrange as partículas em que estes contatos ocorrem.
• Tensão cisalhante é a somatória das forças tangenciais, dividida pela
área.

2.2 – Tensões verticais devidas ao peso próprio dos solos


É um estudo das pressões atuantes na massa de solo, nas diversas
profundidades de um maciço, considerando o peso próprio, isto é, apenas sujeito
à ação da gravidade, sem cargas exteriores atuantes. De acordo com a
mecânica do contínuo “O estado de tensão em qualquer plano passando por um
ponto em um meio contínuo é totalmente definido pelas tensões atuantes em
três planos mutuamente ortogonais, passando no ponto”.
Em casos de Terrapleno com superfície superior inclinada, terá uma a superfície
superior com uma inclinação i (em relação horizontal), de uma massa de solo
cujo interior se situa o ponto A cotado no plano A (base do prisma) a uma
profundidade Z, o prisma corresponde à coluna de solo de comprimento unitário,
largura b (na horizontal) e profundidade Z.
Levando em conta a massa de solo homogêneo no espaço semi-infinito, o
terreno está solicitado só pela ação da gravidade não ocorrendo lençol freático
nessa espessura Z. Todo o prisma de solo a ser considerado terá o material com
peso específico p (valor acima do ponto A).
Já em casos de Terrapleno com superfície superior coincidente com a horizontal,
terá a superfície do terreno horizontal se aceita intuitivamente que a tensão
atuante em num plano horizontal a certa profundidade seja normal a este plano.
De fato, as componentes das forças tangenciais ocorrentes em cada contato
tendem a se contrapor, anulando a resultante. Estas pressões são denominadas
pressões virgens ou geostáticas.
2.3 – Princípio das tensões efetivas
A relevância das forças transmitidas através do esqueleto do solo de uma
partícula para outra foi descoberta por Terzaghi, em 1923. Quando apresentou
o princípio da tensão efetiva, uma relação intuitiva baseada em dados
experimentais. Este princípio se aplica em apenas a solos completamente
saturados e relaciona as três tensões a seguir:
1. a tensão normal total (σ) em um plano dentro da massa de solo, que é a força
por unidade de área transmitida na direção normal através do plano, imaginando
que o solo seja um material sólido (fase única);
2. a pressão da água nos poros (u), também chamada de poropressão ou
pressão neutra, que é a pressão da água que preenche os espaços vazios entre
as partículas sólidas;
3. a tensão normal efetiva (σ‟ou σ) no plano, representando a tensão transmitida
apenas através do esqueleto do solo.
Tensão total vertical e – Pressão neutra ou poropressão (u)

A tensão total, pode ser dividida em duas partes; podendo ser escrita: σv=σ′+u

1. Parcela suportada pela água nos espaços vazios. A tal tensão daremos o
nome de poropressão (ou pressão neutra);
2. Restante da tensão total suportado pelos sólidos em seus pontos de
contato. A soma das componentes verticais das forças desenvolvidas em
tais pontos por unidade de área de seção transversal é chamada de
tensão efetiva.

A ação capilar da água – pressão negativa (“sucção”)

Um bom exemplo deste efeito abordado é o comportamento da água em tubos


capilares. Quando um tubo é colocado em contato com a superfície livre da água,
esta sobe pelo tubo até atingir uma posição de equilíbrio. A subida da água é
resultante do contato vidro-água-ar e da tensão superficial da água. Na qual as
moléculas estão envoltas por outras moléculas de água em todas as direções.
Em consequência, a água apresenta uma tensão superficial. Da mesma forma
que nos tubos capilares, a água nos vazios do solo, na faixa acima do lençol
freático, mas com ele comunicada, está sob uma pressão abaixo da pressão
atmosférica. A pressão neutra é negativa, referida como efeito ou pressão de
“sucção”.

Tensão efetiva e Tensão efetiva sob efeito de água capilar


Tensão efetiva é responsável pelo comportamento mecânico do solo, e só
mediante uma análise através de tensões efetivas se consegue estudar
cientificamente os fenômenos de resistência e deformação dos solos. Que se
tem o somatório dos pesos de todos os grãos da estrutura dividido pelo
somatório de todas as áreas de contato entre os grãos. Já a tensão efetiva sob
efeito de água capilar é um processo em que a água ocupa os vazios do solo na
faixa acima do lençol freático, e com ela está comunicada, tem-se uma pressão
abaixo da pressão atmosférica. A pressão neutra é negativa, referida como efeito
de “sucção”.

Variações do nível d'água


Variações dos valores das pressões verticais devidas ao peso próprio dos solos
quando, por necessidade de construção ou decorrência dos mesmos, temos que
rebaixar ou elevar o nível estático do lençol freático. Por necessidades
construtivas, às vezes, rebaixamos o lençol freático trazendo o NA a uma cota h
abaixo do normal ou, como no caso de reservatórios de água em hidroelétricas,
teremos a elevação da água numa cota muito acima dos níveis normais dos
cursos d‟água.
Cálculo das tensões:

Tensões Totais:
σ1,50 = 17 x 1,50 = 25,5 kN/m²
σ4,60 = 58,5 + 30,0 = 88,5 kN/m²
σ8,30 = 94,5 + 66,0 = 160,5 kN/m²

Pressões Neutras:
u4,60 = 10 x 3,10 = 31,00 kN/m²
u8,30 = 10 x 6,80 = 68,00 kN/m²

Tensões Efetivas:
σ’1,50 = 17 x 1,50 = 25,5 kN/m²
σ’4,60 = 25,5 + 11 x 3,10 = 59,6 kN/m²
σ’8,30 = 58,5 + 10 x 3,70 = 95,5 kN/m²
Diagramas de tensões:
NT Escala
Areia úmida 0 1 2 3m

1,50

NA 25,5
Areia saturada

3,10

59,1 31,00

Argila

3,70

95,6 68,00

σ’ u
σ’

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