O conto O Alienista, de Machado de Assis, critica a visão de um médico, Dr. Bocamarte, que acreditava poder definir o que é normal e anormal na existência humana. Bocamarte passou a internar qualquer um que vivesse de forma diferente de seus padrões, até perceber que a maioria da população era "anormal" e ele próprio precisava de tratamento.
O conto O Alienista, de Machado de Assis, critica a visão de um médico, Dr. Bocamarte, que acreditava poder definir o que é normal e anormal na existência humana. Bocamarte passou a internar qualquer um que vivesse de forma diferente de seus padrões, até perceber que a maioria da população era "anormal" e ele próprio precisava de tratamento.
O conto O Alienista, de Machado de Assis, critica a visão de um médico, Dr. Bocamarte, que acreditava poder definir o que é normal e anormal na existência humana. Bocamarte passou a internar qualquer um que vivesse de forma diferente de seus padrões, até perceber que a maioria da população era "anormal" e ele próprio precisava de tratamento.
Machado de Assis traz uma crítica similar a crítica
feita por Heidegger sobre a classificação da
existência. Em O alienista, o personagem Simão Bocamarte é um médico obstinado no estudo sobre a loucura, para aprofundar seus estudos ele institui uma casa de apoio às pessoas tidas como loucas, essa casa era chamada de Casa Verde. A principio o Dr Bocamarte, chamado de o Alienista interna pessoas ao qual todos concordam que possuem algum gral de loucura e que precisam de um tratamento, porém com o passar do tempo e ao se aprofundar nos estudos o Dr Bocamarte entende que pessoas com um Ser-em-si diferentes do considerado normal deveriam ser internadas e tratadas como loucas. Nesse ponto vemos claramente o alienista tentando impor ao outro como ele deve existir, ele vê o seu Ser-em-si como uma padrão existencial. As pessoas da cidade passam a questionar e criticar essa atitude pois não viam em muitos desses últimos uma razão para a internalização. Heidegger por sua vez fala sobre o Dasein, o ser é singular e concreto, é o ser-ai. Bocamarte não entendia que o outro poderia ver de forma diferente o mundo. Em dado momento no livro, Machado de Assis coloca a quentão da esposa do alienista precisar escolher um colar para ir a um evento, para o Ser- no-mundo dela aquilo era algo de suma importância, de tal forma que no meio da noite ela foi até as joias para experimenta-las, ao ver essa cena Bocamarte entende que sua esposa esta em um estágio de loucura e a interna. O alienista não via a possibilidade de existir um ser- ai diferente do seu, um Dasein diferente do que ele conhecia. Passado um tempo, depois que muitos foram internados o Dr Bocamarte se deu conta que quatro quintos da população daquele local estava na Casa Verde, entendendo com isso que quem precisava de tratamento na realidade eram aqueles que seguiam os padrões pré estabelecidos, aqueles que viviam o Ser-ai mergulhados numa situação que anulava a singularidade de suas existências. O alienista passou a procurar então pessoas que eram incapazes de colocar sua opinião, de fugir à regra, pessoas mergulhadas na inautenticidade, pessoas perdidas no meio de outros Dasein. Ao encontrar essas pessoas ele as internava e só as liberava mediante a atitudes pré determinadas como perder a paciência.
Pouco a pouco o Dr Bocamarte passa a ver que
todos tem algo anormal segundo seu ponto de vista, o seu Dasein era distinto de todos os outros, ou seja, ele chegou a conclusão de que ele era o único perfeito, o único que realmente precisava de tratamento, logo, ele liberou todos e de internou .