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Qualidade Das Águas Do Rio Santa Maria No Município de Dom Pedrito-Rs
Qualidade Das Águas Do Rio Santa Maria No Município de Dom Pedrito-Rs
1ª Edição
Belém-PA
2020
4
https://doi.org/10.46898/rfb.9786599175114.
Q23
ISBN: 978-65-991751-1-4.
DOI: 10.46898/rfb.9786599175114.
CDD 711.8
Conselho Editorial:
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Souza - UFOPA.
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga - UFPA.
Prof. Me. Laecio Nobre de Macedo - UFMA.
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida - UFOPA.
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo - IFMA.
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Silva - IFPA.
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza - UFPA.
Prof.ª Me. Neuma Teixeira dos Santos - UFRA.
Prof.ª Me. Antônia Edna Silva dos Santos - UEPA.
Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa - UFMA.
Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho - UFSJ.
Diagramação e arte da capa:
Pryscila Rosy Borges de Souza.
Revisão de texto:
Os autores.
Imagem da capa:
Carlos Airton Lalim Fontoura Sabedra
Sumário
PREFÁCIO........................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 13
2.1 Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria.................................................................... 14
2.2 A Soja ............................................................................................................................ 15
2.3 Análises de Qualidade da Água................................................................................ 24
2.4 Métodos para Investigação da Presença do Glifosato em Águas....................... 27
CAPÍTULO 3
MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................. 29
3.1 Região de Estudo.......................................................................................................... 30
3.2 Procedimentos de Análises Físico-químicas das Amostras................................. 33
3.3 Métodos para Investigação da Presença do Glifosato em Águas....................... 36
CAPÍTULO 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 39
4.1 Condutividade Elétrica, pH, STD, Índice de Turbidez e Oxigênio
Dissolvido............................................................................................................................ 40
4.2 DBO e DQO.................................................................................................................. 43
4.3 Espectrofotometria de Absorção na Região do UV-Vis ....................................... 44
4.4 Morfologia de Plantas Macrófitas Aquáticas.......................................................... 46
CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 51
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 54
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7
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
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A poluição dos recursos hídricos superficiais causada pela humanidade nos di-
versos ecossistemas presentes no meio ambiente, está se tornando um fator agravante,
quando o assunto é abastecimento de água para a população. Pereira (2004, p. 23) afir-
ma que a “[...] poluição das águas é proveniente de praticamente todas as atividades
humanas, sejam elas domésticas, comerciais ou industriais.” Cada tipo de atividade
gera poluentes característicos que têm uma determinada implicação na qualidade do
corpo hídrico receptor.
Uma das principais fontes poluentes surge pelo emprego de agrotóxicos em la-
vouras. No Rio Grande do Sul (RS) agrotóxicos usados em cultivos de terras baixas,
via derivas e/ou escorrimento de água, principalmente da drenagem de arrozais ou
as plantações de soja, podem atingir os corpos hídricos, ao entorno ou a longas distân-
cias, via fluxo natural (BRASIL, 2017).
são lançados no meio ambiente (ANTONIOLLI et al., 2013). Só no ano de 2017 ocorreu
a venda de 539.944,95 toneladas de ingredientes ativos de agrotóxicos no Brasil, no
qual foram comercializadas 165.282,77 toneladas na região Sul, sendo 70.143,64 tone-
ladas no estado do RS, cerca de 13% do consumo nacional (BRASIL, 2018). Alguns dos
principais agrotóxicos utilizados em plantações agrícolas no estado do RS são o glifo-
sato, mancozebe, acefato, e sulfato de cobre.
O glifosato talvez seja o agrotóxico mais famoso do mundo, sendo o mais vendi-
do no Brasil. A soja, o milho e o algodão resistentes ao herbicida contribuíram ao setor
agrícola ampliar o uso do glifosato nas lavouras, multiplicando sua produção. O glifo-
sato também pode ser usado como dessecante, ou seja, o produto uniformiza o estágio
de desenvolvimento da lavoura e permite antecipar a colheita da soja. Por outro lado,
a segurança do glifosato para a saúde humana vem sendo questionada internacional-
mente, bem como a de outros agrotóxicos. Estudos associam o glifosato ao desenvolvi-
mento de câncer e outras doenças (DOMINGUES, 2019; MACHADO, 2016).
Esta obra surge tendo em vista a situação visualizada no município de Dom Pe-
drito-RS, banhado pelo Rio Santa Maria, onde ocorre intensa produção agrícola, de
soja e arroz. Propõe-se a investigação sobre a qualidade das águas do Rio Santa Maria,
no município de Dom Pedrito, avaliando-se possíveis contaminações por agrotóxicos
como, por exemplo, pelo glifosato.
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 2
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Rio Santa Maria (41,60 L/s) e no Rio Ibicuí da Armada (32,82 L/s). Os municípios de
Sant’Ana do Livramento e Cacequi utilizam águas subterrâneas para o abastecimento
público. Os municípios de Lavras do Sul e São Gabriel possuem suas áreas urbanas
fora da área da bacia (RIO GRANDE DO SUL, 2001).
Em 2004 foi criada a AUSM (Associação dos Usuários da Água da Bacia Hidro-
gráfica do Rio Santa Maria) com a finalidade de organizar os usuários da água da
Bacia, no sentido de cumprir com os preceitos estabelecidos no Sistema de Gestão da
Água, estabelecido pelos Sistemas Estadual e Nacional de Recursos Hídricos. A Asso-
ciação objetiva preparar a região para os múltiplos usos e distribuição da água do Rio
Santa Maria, preservando suas características naturais, trajetória e ecossistema (FER-
REIRA e RODRIGUES, 2016).
2.2 A Soja
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos EUA. Na
safra 2016/2017, a cultura ocupou uma área de 33,89 milhões de hectares, o que tota-
lizou uma produção de 113,92 milhões de toneladas. A produtividade média da soja
brasileira foi de 3.362 kg por hectare (BRASIL, 2018).
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Estudos apontam que Dom Pedrito sediou na América Latina o primeiro cultivo
agrícola da soja, o qual foi utilizado na sua totalidade para a alimentação animal. Em
2017 havia cerca de 500 mil hectares de terras destinadas para agricultura em Dom
Pedrito, sendo em torno de 80.000 hectares com o cultivo da soja (OLIVEIRA e VIDAL,
2010, p. 9).
O emprego dos defensivos agrícolas varia de acordo com a época em que esteja
o desenvolvimento da cultura da lavoura de soja. Na Figura 2 é ilustrada cada etapa
da lavoura de soja relacionada com o uso de defensivos agrícolas comerciais (BASF,
2019).
Com o passar dos dias o broto começa a adquirir folhas completamente desen-
volvidas, estando no estágio vegetativo, até chegar em estágio chamado de início do
florescimento (R1), que se estende até a etapa de grão de coloração madura (R8) (FA-
RIAS; NEPOMUCENO e NEUMAIER, 2007, p. 3).
2.2.1 Agrotóxicos
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se popularizou como herbicida lançado pela empresa Monsanto, que hoje pertence ao
grupo empresarial multinacional Bayer (DOMINGUES, 2019).
Figura 3: Estrutura molecular do glifosato
De acordo com BRASIL (2018), em 2017 o glifosato foi o agrotóxico líder em co-
mércio no Brasil. Domingues (2019), afirma que o glifosato é, com certeza, o agrotóxico
mais vendido, somente no Brasil, são 110 os produtos comercializados contendo gli-
fosato, de 29 empresas diferentes. A quantidade dos 10 agrotóxicos mais vendidos no
ano de 2017 é apresentada na Tabela 2.
Tabela 2: Os 10 agrotóxicos mais vendidos no ano de 2017 no Brasil.
Capítulo 2
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2.2.4 Bioindicadores
Bioindicadores são seres de natureza diversa que podem ser utilizados para ava-
liação da qualidade ambiental (MAKI et al., 2013, p. 170). Eles podem compreender
desde aves, peixes, plantas e até mesmo bactérias. Segundo os bioindicadores são or-
ganismos que se instalam em quantidade a destacar sua presença no meio ambiente
(MANGIÉRI, 2002 apud OLIVEIRA; FREIRE; AQUINO, 2004, p. 11). Podem ser tidos
como pragas, que se proliferam, porém, ocorrem para indicar um desequilíbrio no
ecossistema local, atuando como sinalizadores. O excesso ou carência de algum ele-
mento ou nutriente deve ser indicativo de que houve desequilíbrio no sistema agrícola
(OLIVEIRA; FREIRE; AQUINO, 2004, p. 11).
O termo bioindicador tem sido usado para identificar respostas biológicas que
indicam a exposição ou os efeitos de poluentes em organismos, populações, comuni-
dades e ecossistema. Essas respostas biológicas referem-se, portanto, a respostas ex-
pressas desde os níveis biomoleculares-bioquímicos até o nível de comunidade. Os
bioindicadores ainda são identificados com medidas de efeitos e biomarcadores com
medidas de exposição ou da dose dos agentes poluentes. Pode-se apontar como bioin-
dicadores, por exemplo, mudanças na riqueza e abundância de espécies de populações
de diferentes comunidades, no tamanho dos espécimes, na integridade reprodutiva,
etc (ANDRÉA, 2008).
Essas plantas têm importantes funções ecológicas, são conhecidas por serem al-
tamente sensíveis a substâncias orgânicas e inorgânicas, incluindo herbicidas e metais,
servindo de alerta sobre a presença dessas substâncias quando em contato com o meio
aquático (LAHIVE e JANSEN, 2011, p. 31).
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química de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), pH, sólidos totais
dissolvidos, índice de turbidez e teor de oxigênio dissolvido.
2.3.3 pH
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Análise por cromatografia gasosa (CG) é a segunda mais empregada para deter-
minação de glifosato. Para a determinação do herbicida por CG, faz-se necessária uma
prévia derivação para obtenção de composto volátil, porém, esta técnica apresenta a
vantagem da boa sensibilidade (AMARANTE Jr. et al., 2002, p. 425).
Segundo Amarante Jr. et al. (2002, p. 427) comparando com outros métodos de
detecção, a determinação do glifosato por absorção no UV-Vis apresenta como van-
tagens a simplicidade, bem como menores coeficientes de variação, recuperações e
limites de detecção adequados.
Capítulo 2
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MATERIAIS E MÉTODOS
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P ara a realização deste trabalho escolheu-se uma secção do Rio Santa Maria,
no município de Dom Pedrito, a qual é dividida em uma nascente, que se
encontra com um ramo do Rio Santa Maria. Onze (11) pontos de coleta de água foram
definidos ao longo da nascente e o ramo do Rio Santa Maria (Figura 6). A definição da
região para o desenvolvimento do trabalho deve-se ao fato da família do autor deste
estudo possuir propriedade rural e terras neste local, facilitando o acesso às águas da
nascente e do Rio. Dentre estas 11 amostras de águas, há uma especificamente na qual
existe um motor para o bombeamento de água para a casa da propriedade, a qual é
destinada para consumo humano. Este motor funciona com combustível, o qual pode
causar algum tipo de contaminação da água neste local de coleta. Para elucidar este
fato, a coleta da amostra de água, identificada por amostra (M), foi realizada para com-
paração com as demais. Além destas amostras, foi também coletada uma amostra de
água armazenada na caixa d’água da casa, identificada por (CASA) para a verificação
da qualidade da água que será imediatamente consumida na propriedade rural.
Figura 6: Região estudada.
Capítulo 3
MATERIAIS E MÉTODOS
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(1)
na qual:
“a” é volume (mL) da solução C gasto na amostra em branco;
“b” é o volume (mL) da solução C gasto com a amostra;
“c” é a normalidade da solução C.
3.2.3 pH
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Capítulo 3
MATERIAIS E MÉTODOS
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CAPÍTULO 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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A Resolução CONAMA nº. 357, de 2005 apresenta que o teor mínimo de oxigênio
dissolvido deve ser de 5 mg/L para que águas doces possam ser consideradas de boa
qualidade. Os resultados obtidos para o teor de oxigênio dissolvido indicam uma boa
qualidade das águas analisadas, havendo decréscimo somente nos postos (M), (3) e
(C).
Capítulo 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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A Resolução CONAMA nº. 357, de 2005 apresenta que o teor mínimo de oxigênio
dissolvido deve ser de 5 mg/L para que águas doces possam ser consideradas de boa
qualidade. Os resultados obtidos para o teor de oxigênio dissolvido indicam uma boa
qualidade das águas analisadas, havendo decréscimo somente no ponto (CASA). De
acordo com Richert (2018, p. 38), apesar das amostras estarem acima do valor normal-
mente encontrado, este parâmetro não é estipulado pela Portaria de Consolidação nº.
SABEDRA, Carlos Airton Lalim Fontoura.
RODRIGUES, Luciana Machado.
SOUZA, Tânia Regina de.
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5/2017 do Ministério da Saúde. Valores baixos de OD indicam que existe forte indícios
de contaminação por matéria orgânica.
Os valores obtidos para a DBO são a média dos valores calculados pelo equi-
pamento durante os 5 dias estabelecidos pela análise. Os pontos em que não houve o
registro do valor do parâmetro, apresentaram algum erro durante a leitura do equipa-
mento.
Capítulo 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Ainda salientando esses valores fora do permitido para DQO, ocorrem com re-
sultados próximos a padrões de efluentes industriais com altas vazões, cujo o máximo
permitido é de 150 mg/L O2 (RIO GRANDE DO SUL, 2017), com exceção dos pontos
de coleta do Rio Santa Maria, os quais obtiveram valores muito elevados.
Isso pode ter ocorrido pelo fato de um dia antes da coleta das amostras ter chovi-
do no local, promovendo um arraste de nutrientes através do rio que podem causar os
resultados bastante elevados.
Capítulo 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Na Figura 21, durante o outono, a maioria das plantas observadas nos pontos (1),
(2), (3) e (4) do Rio Santa Maria apresentavam-se visualmente saudáveis, com peque-
nos pontos danificados, como manchas. Ressalta-se que os pontos ao longo do ramo
do Rio Santa Maria, mais próximos a lavouras de soja, não apresentaram plantas aquá-
ticas em suas águas, o que pode ser um indício da presença de agrotóxicos.
Na Figura 22, durante a primavera, a maioria das plantas observadas nos pontos
(1), (2), (3), (4) e (M) do Rio Santa Maria, assim como no período anterior, apresenta-
vam-se saudáveis, porém, em algumas delas continham machas em suas folhas.
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CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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As águas coletadas na sua grande maioria, por análise visual, não foram incolo-
res, não sendo indicadas para consumo humano, sem o devido tratamento.
Uma análise geral dos resultados físico-químicos obtidos indicam que as águas
do Rio Santa Maria, no trecho enfocado neste trabalho, apresentou valores de pH nos
pontos analisados, enquadrados na legislação ambiental, considerando-se a classifi-
cação de água doce classe I; os parâmetros de sólidos totais dissolvidos, índice de
turbidez e teor de oxigênio dissolvido também apresentaram-se atendendo aos re-
quisitos de qualidade segundo a legislação; no entanto, a condutividade elétrica foi
um parâmetro de análise o qual não se enquadrou com valores indicados para águas
naturais livres de poluição, indicando contaminação por metais ou outras substâncias
condutoras elétricas.
Nos pontos de coleta de águas próximos às lavouras de soja existentes não foram
encontradas plantas macrófitas às margens do Rio Santa Maria, somente na secção
próxima à casa na propriedade rural, isto pode ser um outro indício da presença de
agrotóxicos advindos das lavouras.
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das
comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Capítulo 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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