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Decreto Lei 280!2007 PDF
Decreto Lei 280!2007 PDF
de Setembro de 1996 em Dublim, tendo formulado as Assim o domínio fluvial abrange quer rios sucessivos,
seguintes declarações: que atravessam mais do que um estado, quer rios
contíguos, que servem de fronteira entre dois estados.
«En application de l’article 7, paragraphe 2, la
République de Slovénie déclare que, conformément à (rios nacionais: sado, mondego ; rio sucessivo: tejo,
l’article 47 de sa constitution, elle n’extradera pas ses douro ; rio contiguo: minho, Guadiana)
ressortissants. Dominio lacustre este abarca, por exemplo, os lagos,
as baias interiores, os portos e os fiordes. Distinguem-se
En application de l’article 3, paragraphe 3, la
République de Slovénie se réserve le droit de ne pas lagos nacionais ( inteiramente contidos nas fronteiras de
appliquer l’article 3, paragraphe 1, dans les cas où le um só estado) de lagos internacionais (se o lago dividir
fait pour lequel l’extradition est demandée ne estados, as fronteiras estaduais serão calculadas pela
constitue pas une infraction aux termes de sa linha média das margens, por exemplo: o lago
législation. tanganica, em África, que faz fronteira entre quatro
estados, a república da Zâmbia, a república unida da
Conformément à l’article 12, paragraphe 2, la
Tanzânia, a República do Burundi e a República
République de Slovénie déclare que l’article 15 de la
Democrática do Congo
convention européenne d’extradition reste applicable,
sauf dispositions contraires prévues dans la Portugal é Parte nesta Convenção, aprovada, para
convention relative à la procédure simplifiée ratificação, pela Resolução da Assembleia da República
d’extradition entre les États membres de l’Union n.º 40/98 e ratificada pelo Decreto do Presidente da
européenne ou sauf si la personne concernée consent República n.º 40/98, ambos publicados no Diário da
à sa réextradition vers un autre État membre. República, 1.ª série- A, n.º 205, de 5 de Setembro de
1998, tendo depositado o seu instrumento de ratificação
Conformément à l’article 13, paragraphe 2, la
em 6 de Outubro de 1998. A Convenção está em
République de Slovénie déclare que le ministère
aplicação em Portugal desde 4 de Janeiro de 1999.
slovène de la justice constitue l’autorité centrale
chargée de transmettre et de recevoir les demandes Nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 18.º, a
d’extradition et les documents requis à l’appui de ces Convenção aplica- se na República da Eslovénia em 16
demandes. de Julho de 2007.
Conformément à l’article 14, la République de Direcção -Geral dos Assuntos Europeus, 26 de Junho
Slovénie déclare que, dans le cadre de ses relations de 2007. — O Director de Serviços dos Assuntos
avec les autres États membres ayant fait la même Jurídicos, Luís Inez Fernandes.
déclaration, les autorités judiciaires ou les autres
autorités compétentes de ces autres États membres
peuvent, s’il y a lieu, s’adresser directement à ses
autorités judiciaires pour solliciter un complément MINISTÉRIO DAS
d’information, conformément à l’article 13 de la FINANÇAS E DA
convention européenne d’extradition. ADMINISTRAÇÃO
Conformément à l’article 18, paragraphe 4, la PÚBLICA
République de Slovénie déclare que cette convention
est applicable dans ses rapports avec les États Decreto-Lei n.º
membres qui on fait la même déclaration 90 jours
après la date de dépôt de cette dernière.» 280/2007 de 7 de
Tradução Agosto
Dominio terrestre consiste na parte do território O presente decreto- lei corporiza a reforma do regime
composta pelas terras emersas: pode assumir duas do património imobiliário público, guiando- se por
formas: continua como luxembrugo; descontinua como objectivos de eficiência e racionalização dos recursos
portugal, que possui para alem do território continental públicos e de adequação à actual organização do Estado.
as ilhas adjacente. As águas interiores: são aquelas que Os contextos políticos, económicos e jurídicos
estão situadas no interior da linha de baixa-mar ( art. 8º). existentes ao longo de mais de seis décadas,
De facto, no art 2º/1 da CMB esclarece-se que “a nomeadamente aquando da aprovação dos diplomas mais
soberania do estado costeiro estende-se alem do seu antigos e ainda em vigor, sofreram modificações de tal
território e das suas aguas interiores”, parecendo dai ordem que o actual quadro legal já não permite dar
resultar que as aguas interiores integram o domínio resposta às exigências em que se deve desenvolver a
terrestre gestão do património imobiliário público. Impõe- se,
Dominio fluvial cursos de agua situados dentro das pois, substituir a vasta e dispersa legislação, indo ao
fronteiras de um estado, que podem assumir diversas encontro das preocupações de simplificação e de
configurações. Os rios classificam-se como nacionais ou sistematização que tornem o regime do património
internacionais, consoante comecem e terminem no imobiliário público mais acessível e transparente.
território de um estado ou atravessem mais do que um Numa primeira vertente, o presente decreto -lei
estado. Os rios internacionais assumem uma extrema contempla os princípios que regulam a gestão
importância não apenas nas relações comerciais entre os patrimonial imobiliária. Para além de princípios comuns
vários estados, cujo território percorrem, mas à actividade administrativa, aqui aplicáveis, salientam-
eventualmente na delimitação das fronteiras estaduais. se outros que assumem especificidades, como os da
2 Diário da República, 1.ª série — N.º 151 — 7 de Agosto de 2007
b) A perspectiva de evolução dos encargos com a entidades responsáveis pela gestão dos bens imóveis, nos
ma- termos da lei, toda a colaboração e informação que lhes
nutenção e conservação do bem imóvel; for solicitada.
c) A perspectica de evolução do valor do bem
imóvel de acordo com as suas características e face ao Artigo 11.º
mercado imobiliário. Responsabilidade
3 — A autorização referida nos números serviço ou o instituto público interessado pode propor,
anteriores compete ao Primeiro -Ministro quando o valor fundamentadamente, a dispensa da consulta a que se
da aquisição seja igual ou superior ao montante refere o artigo anterior, designadamente nos casos em
estabelecido no regime de realização de despesa pública que o imóvel a adquirir já se encontre, pelas suas
para os ministros autorizarem a despesa. características, previamente determinado.
4 — Caso o valor da aquisição exceda o montante 2 — A dispensa da consulta ao mercado
estabelecido no regime de realização de despesa pública imobiliário é autorizada nos termos do artigo 32.º, sob
para o Primeiro- Ministro autorizar despesa, a parecer da Direcção -Geral do Tesouro e Finanças.
autorização da aquisição compete ao Conselho de
Ministros. Artigo 37.º
Representação
Artigo 33.º
Consulta prévia
1 — Compete ao director- geral do Tesouro e
Finanças ou a funcionário devidamente credenciado
1 — Os serviços do Estado e os institutos públicos representar o Estado na celebração dos contratos de
devem solicitar à Direcção -Geral do Tesouro e Finanças aquisição previstos na presente subsecção.
informação sobre a disponibilidade de imóvel adequado 2 — Os institutos públicos são representados nos
às suas necessidades. termos dos respectivos estatutos.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, 3 — No caso de aquisição por venda judicial, o
os serviços e os institutos públicos comunicam à Estado é representado pelo Ministério Público.
Direcção-Geral do Tesouro e Finanças as principais
características do imóvel pretendido, nomeadamente as SUBSECÇÃO II
relativas ao tipo, à localização e à área. Aquisição gratuita
3 — Nos casos em que a Direcção- Geral do
Tesouro e Finanças informe da indisponibilidade de
Artigo 38.º
imóvel adequado, ou na falta de resposta no prazo de 20
dias, aplica- se o disposto nos artigos seguintes. Heranças, legados e doações
Fins das heranças, legados e doações b) A estimativa do valor global do contrato feita com
Compete à Direcção- Geral do Tesouro e Finanças, às base no valor total das prestações acrescido do valor
entidades afectatárias ou aos órgãos competentes dos residual, se o houver;
institutos públicos, consoante os casos, zelar pela c) A fixação do limite máximo do encargo correspon-
integral execução dos fins que condicionaram as dente a cada ano económico;
heranças, legados ou doações. d) A justificação do equilíbrio na distribuição temporal
dos encargos.
SUBSECÇÃO III
Arrendamento e locação financeira 4 — Aos contratos de locação financeira é aplicável,
com as devidas adaptações, o disposto nos artigos 32.º a
Artigo 42.º 37.º
SUBSECÇÃO IV
Competência
Registos
1 — O Estado e os institutos públicos podem
tomar de arrendamento bens imóveis nos termos das Artigo 45.º
regras de competência para autorizar despesas com
Competência
arrendamento previstas no regime de realização de
despesa pública, as quais se aplicam às respectivas 1 — Compete à Direcção- Geral do Tesouro e
alterações, designadamente as que impliquem aumento Finanças apresentar a registo os factos jurídicos a ele
de renda anual não decorrente exclusivamente da lei. sujeitos, ficando os respectivos preparos e despesas a
2 — A revogação por acordo e a denúncia ou cargo das entidades afectatárias nos termos da lei.
resolução pelo Estado ou pelos institutos públicos dos 2 — Os factos sujeitos a registo relativos aos
contratos de arrendamento dependem de autorização imóveis do Estado, seja qual for a entidade afectatária,
prévia do membro do Governo responsável pela área das são inscritos a favor do Estado Português.
finanças, que deve ponderar o interesse na manutenção 3 — Compete à Direcção -Geral do Tesouro e
do contrato e a possibilidade de afectação do imóvel a Finanças participar aos serviços de finanças competentes
outros serviços públicos. a identificação e a morada das entidades afectatárias
3 — Compete ao director- geral do Tesouro e relativamente aos imóveis do Estado, as quais devem
Finanças afectar a serviços públicos os imóveis tomados constar das matrizes prediais, para efeitos de imputação
de arrendamento pelo Estado que se encontrem dos respectivos encargos tributários.
disponíveis. 4 — Os factos relativos a imóveis dos institutos
públicos são apresentados a registo pelo instituto
Artigo 43.º interessado, a seu favor.
Procedimento
Artigo 46.º
1 — É aplicável aos arrendamentos o
Justificação administrativa
procedimento previsto nos artigos 33.º a 36.º, com as
devidas adaptações. Sempre que pretendam justificar o seu direito para
2 — Nos contratos de arrendamento deve constar efeitos de registo predial ou quando haja dúvidas acerca
expressamente que o imóvel se destina à instalação e ao dos limites ou características do prédio, podem o Estado
funcionamento de serviços públicos. ou os institutos públicos fazer uso do procedimento de
3 — Os institutos públicos devem comunicar à justificação administrativa previsto na presente
Direcção-Geral do Tesouro e Finanças a celebração de subsecção.
contratos de arrendamento, bem como as respectivas
alterações. Artigo 47.º
Listas provisórias
Artigo 44.º
Locação financeira 1 — A Direcção -Geral do Tesouro e Finanças
procede à elaboração de listas, a homologar pelo
1 — Quando, por motivos de interesse público, membro do Governo responsável pela área das finanças,
não seja possível ou conveniente a aquisição imediata de com a identificação dos imóveis do domínio privado do
determinado imóvel, o Estado ou os institutos públicos Estado.
podem celebrar contratos de locação financeira. 2 — Cabe aos institutos públicos proceder à
2 — A opção pela celebração de um contrato de elaboração de listas, a homologar pelo membro do
locação financeira carece de autorização prévia do Governo responsável pela tutela, dos imóveis que
membro do Governo responsável pela área das finanças, integram o seu património.
após proposta fundamentada do serviço ou do instituto 3 — Das listas referidas nos números anteriores
público, sem prejuízo do disposto no artigo 32.º devem constar:
3 — Na proposta referida no número anterior
devem constar expressamente: a) As menções relativas à descrição dos prédios,
nos termos do Código do Registo Predial, bem como o
a) A fundamentação das razões justificativas do recurso número da respectiva descrição, caso exista;
à locação financeira;
Diário da República, 1.ª série — N.º 151 — 7 de Agosto de 2007 9
b) As menções publicitadas pela descrição edificação, efectua -se sem a apresentação de licença ou
existente, de autorização administrativa.
sempre que haja dúvidas acerca dos limites ou 2 — O disposto no número anterior é aplicável à
características dos prédios. transmissão e à constituição de outros direitos reais e de
outras situações jurídicas relativamente às quais a
4 — Deve também constar das listas referidas nos apresentação de licença ou de autorização administrativa
n.os 1 e 2 a indicação de a construção e a utilização seja legalmente exigida.
estarem isentas de licenciamento ou de autorização 3 — Para os efeitos previstos nos números
administrativa por as obras terem sido promovidas pelo anteriores, a isenção de licenciamento ou de autorização
Estado ou pelos institutos públicos, nos termos da administrativa está sujeita a registo, por averbamento à
legislação em vigor no momento da edificação. descrição.
5 — As listas são publicadas na 2.ª série do 4 — No caso de bens imóveis do Estado ou de
Diário da República, num jornal de grande circulação ao institutos públicos cuja regularização registral se
nível nacional e em sítio da Internet de acesso público, verifique em termos diversos dos previstos no artigo
sendo as listas referidas no n.º 2 enviadas previamente à anterior, a isenção de licenciamento ou de autorização
Direcção -Geral do Tesouro e Finanças. administrativa é registada a requerimento do adquirente
6 — Para efeitos de não integração de do imóvel ao Estado ou a instituto público, com base em
determinado imóvel na lista definitiva a que se refere o documento emitido pela Direcção- Geral do Tesouro e
artigo seguinte e sem prejuízo do recurso aos meios Finanças ou pelo instituto público que certifique tal
comuns de defesa da propriedade, da homologação das facto.
listas provisórias pelo membro do Governo responsável 5 — O disposto nos números anteriores é
pela área das finanças ou pelo membro do Governo aplicável, com as devidas adaptações, à titulação de
responsável pela tutela pode ser apresentada reclamação, actos que envolvam a transmissão e a constituição de
no prazo de 30 dias a contar da sua publicação no Diário direitos reais ou outras situações jurídicas sobre bens
da República. imóveis que, pertencendo ao património de empresas
privatizadas ou reprivatizadas, não dispunham, à data da
Artigo 48.º privatização ou reprivatização, de licenciamento e de
autorização administrativa, nos termos da legislação
Listas definitivas
aplicável.
Após decurso do prazo da reclamação, as listas 6 — A titulação de actos que envolvam uma
definitivas são publicadas na 2.ª série do Diário da transmissão da propriedade de imóveis posterior à
República, constituindo título bastante para efeitos de transmissão efectuada pelo Estado, pelos institutos
inscrição matricial e registral dos imóveis a favor do públicos ou pelas empresas privatizadas ou
Estado ou dos institutos públicos, nos termos dos artigos reprivatizadas efectua -se igualmente sem apresentação
seguintes. de licença ou autorização administrativa até que ocorra
operação urbanística que, nos termos gerais, careça de
Artigo 49.º licenciamento ou de autorização administrativa.
Regularização
Artigo 51.º
1 — Os actos necessários à regularização Operações urbanísticas posteriores
matricial e registral de imóveis em situação de omissão
ou de incorrecta inscrição ou descrição nas matrizes ou 1 — O regime jurídico da urbanização e da
nos registos prediais, constantes das listas definitivas, edificação e as disposições que exijam a apresentação de
são praticados oficiosamente pelos serviços licença ou de autorização administrativa são aplicáveis a
competentes, após simples comunicação da Direcção operações urbanísticas posteriores que, nos termos
-Geral do Tesouro e Finanças, relativamente a imóveis gerais, careçam de licenciamento ou de autorização
do domínio privado do Estado, ou dos institutos administrativa.
públicos, relativamente a imóveis que integram seu 2 — No caso previsto no número anterior, o
património, acompanhada da referência à listagem registo a que se refere o n.º 3 do artigo anterior deve ser
publicada no Diário da República. cancelado, mediante requerimento do adquirente do
2 — Para os efeitos da inscrição matricial, o valor imóvel ao Estado, ao instituto público ou à empresa
patrimonial tributário do bem imóvel resulta de privatizada ou reprivatizada, ou por estes últimos, caso a
avaliação nos termos legais. operação urbanística que determina o cancelamento seja
Artigo 50.º promovida pelos mesmos.
3 — O cancelamento do registo deve ser
Isenção de licenciamento ou de autorização administrativa
requerido no prazo de 30 dias após a emissão de alvará
1 — A titulação de actos que envolvam a que titule a licença ou a autorização ou, em qualquer
transmissão da propriedade de imóveis cuja construção caso, sobre o início efectivo da operação urbanística em
ou utilização estejam isentas de licenciamento ou de causa e é efectuado oficiosamente sempre que os órgãos
autorização administrativa, por as obras terem sido competentes tenham conhecimento, no exercício das
promovidas pelo Estado ou por institutos públicos, nos suas funções e por causa delas, das operações
termos da legislação em vigor no momento da urbanísticas que o determinam.
10 Diário da República, 1.ª série — N.º 151 — 7 de Agosto de 2007
importância da respectiva renda e as condições a que o 2 — Durante o período da antecipação, não pode
arrendamento fica sujeito. o Estado denunciar os contratos de arrendamento, salvo
2 — Ao arrendamento por ajuste directo é se proceder à devolução das rendas recebidas
aplicável, com as devidas adaptações, o procedimento antecipadamente acrescidas da respectiva correcção
previsto nos artigos 105.º e seguintes. monetária e sem prejuízo do disposto no artigo anterior.
de finanças ou pelo chefe do serviço de finanças, pretende que o imóvel seja para pessoa a designar, a qual
consoante o caso. deve ser identificada no prazo de cinco dias.
3 — No caso de o adjudicatário provisório ter
Artigo 89.º apresentado proposta nos termos do artigo 89.º, tem de
Propostas proceder ao pagamento apenas da diferença entre o valor
correspondente aos 25 % do preço da adjudicação e o
1 — As propostas a apresentar devem indicar um valor do cheque que acompanhou a proposta.
valor para arrematação do imóvel superior à base de 4 — No final da praça, é elaborado o respectivo
licitação e ser acompanhadas de um cheque de montante auto de arrematação, que deve ser assinado pelos
correspondente a 25 % do valor da proposta, emitido à membros da comissão e pelo adjudicatário provisório, se
ordem da Direcção -Geral do Tesouro e Finanças. estiver presente.
2 — As propostas devem ser apresentadas em 5 — A decisão de adjudicação definitiva ou de
sobrescrito fechado, identificando- se no exterior do não adjudicação compete ao director- geral do Tesouro e
mesmo o proponente e o imóvel a que respeita, que, por Finanças, no caso de imóveis do Estado, ou ao
sua vez, é encerrado num segundo sobrescrito dirigido respectivo órgão de direcção, no caso de imóveis dos
ao presidente da comissão e endereçado ao serviço onde institutos públicos, devendo dela ser notificado o
é realizada a praça. interessado, no prazo de 30 dias a contar da adjudicação
3 — As propostas podem ser entregues provisória.
pessoalmente ou enviadas por correio, sob registo. 6 — O auto de arrematação e o documento de
4 — As propostas apresentadas são listadas e notificação da adjudicação definitiva do imóvel
ordenadas de acordo com a respectiva apresentação. constituem título bastante para o registo provisório da
aquisição a favor do adjudicatário.
Artigo 90.º
Participação Artigo 93.º
Idoneidade
Podem intervir na praça os interessados, incluindo
eventuais titulares de direitos de preferência, ou seus 1 — O adjudicatário provisório ou o terceiro para
representantes. quem este contratou devem comprovar que têm a
situação tributária e contributiva regularizada, no prazo
Artigo 91.º de 10 dias a contar da data da adjudicação provisória.
Praça 2 — O prazo previsto no número anterior pode,
por motivo devidamente justificado, ser prorrogado pelo
1 — A praça inicia- se com a abertura das director -geral do Tesouro e Finanças, no caso de
propostas recebidas, havendo lugar a licitação a partir do imóveis do Estado, ou do respectivo órgão de direcção,
valor da proposta mais elevada ou, se não existirem no caso de imóveis dos institutos públicos.
propostas ou não existirem propostas válidas, a partir do
valor base de licitação anunciado. Artigo 94.º
2 — O valor dos lanços mínimos é fixado pela
comissão em montante não inferior a 1 % do valor base Pagamento
de licitação. 3 — A licitação termina quando o 1 — No pagamento a pronto, a quantia
presidente da comissão tiver anunciado por três vezes o remanescente aos 25 % já pagos é liquidada no prazo de
lanço mais elevado e este não for coberto. 20 dias contados da data da notificação da adjudicação
4 — Terminada a licitação, se o proponente ou definitiva.
proponentes que apresentaram a proposta de valor mais 2 — No pagamento a prestações, a quantia
elevado demonstrarem interesse, reabre- se a licitação remanescente aos 25 % é paga até um máximo de três
entre aqueles, independentemente de terem participado prestações semestrais.
na licitação, e o interessado que licitou em último lugar, 3 — O incumprimento pelo adjudicatário das
com o valor dos lanços mínimos fixado pela comissão obrigações previstas nos números anteriores implica a
nos termos do n.º 2. perda de quaisquer direitos eventualmente adquiridos
5 — Em seguida, há lugar ao exercício de sobre os imóveis, bem como das importâncias já
eventuais direitos de preferência e, apresentando- se a entregues.
preferir mais de uma pessoa com igual direito, reabre -se 4 — Após o pagamento integral do valor da
nova licitação entre elas, nos termos do número anterior. adjudicação é emitido o respectivo título de arrematação.
Artigo 92.º Artigo 95.º
Adjudicação Não adjudicação
1 — Terminada a licitação nos termos do artigo 1 — Não há lugar à adjudicação, provisória ou
anterior, a comissão adjudica provisoriamente o imóvel a definitiva, designadamente, quando se verifique erro
quem tenha oferecido o preço mais elevado. relevante sobre a identificação ou a composição do
2 — O adjudicatário provisório deve, de imediato, imóvel, a prestação de falsas declarações, a falsificação
efectuar o pagamento de 25 % do valor da adjudicação e de documentos ou o fundado indício de conluio entre os
declarar se opta pela modalidade do pagamento em proponentes.
prestações, se prevista no anúncio público, bem como se
16 Diário da República, 1.ª série — N.º 151 — 7 de Agosto de 2007
n.º 1 do artigo 65.º é calculada com base na renda m) O Decreto -Lei n.º 507 -A/79, de 24 de Dezembro;
actualizada nos termos dos artigos 30.º e 31.º da Lei n.º n) A Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/83,
6/2006, de 27 de Fevereiro. de
31 de Janeiro;
Artigo 126.º o) O Decreto -Lei n.º 309/89, de 19 de Setembro;
Arrendamento de bens imóveis do domínio privado p) O Decreto -Lei n.º 228/95, de 11 de Setembro;
das autarquias locais
q) O Decreto -Lei n.º 115/2000, de 4 de Julho;
1 — Ao arrendamento de bens imóveis do r) O Despacho Normativo n.º 27 -A/2001, de 31
domínio privado das autarquias locais aplica -se a lei de
civil, salvo o disposto no número seguinte. Maio;
2 — As autarquias locais podem denunciar os s) Os artigos 1.º a 6.º do Decreto -Lei n.º
contratos de arrendamento antes do termo do prazo ou 199/2004, de 18 de Agosto.
da sua renovação, sem dependência de acção judicial,
Artigo 129.º
quando os prédios se destinem à instalação e ao
funcionamento dos seus serviços, o que confere ao Entrada em vigor
arrendatário o direito a uma indemnização O presente decreto -lei entra em vigor no prazo de 30
correspondente a uma renda por cada mês de dias após a data da sua publicação.
antecipação relativamente ao termo previsto para o
contrato, com o limite de 12 rendas e, bem assim, a uma Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de
compensação por benfeitorias previamente autorizadas e Junho de 2007. — José Sócrates Carvalho Pinto de
não amortizadas que tenham provocado um aumento do Sousa — Fernando Teixeira dos Santos — Henrique
seu valor locativo. Nuno Pires Severiano Teixeira — Rui Carlos Pereira —
Alberto Bernardes Costa.
3 — No caso referido no número anterior, o
arrendatário desocupa o prédio no prazo de 120 dias a Promulgado em 16 de Julho de 2007.
contar da notificação da denúncia pelo senhorio, sob Publique -se.
pena de despejo imediato, sem dependência de acção
judicial, a determinar pelo órgão municipal competente. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
4 — O disposto no artigo anterior aplica -se Referendado em 17 de Julho de 2007.
igualmente aos contratos de arrendamento de bens
O Primeiro- Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
imóveis do domínio privado das autarquias locais.
de Sousa.
Artigo 127.º
Casas de função
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL
1 — Nos casos de ocupação sem título, devem os
ocupantes ser notificados para restituir as casas de Decreto-Lei n.º
função, no prazo máximo de dois anos, sob pena de
despejo nos termos do artigo 76.º 281/2007 de 7 de
2 — O disposto no número anterior não é
aplicável caso as situações de ocupação sem título sejam Agosto
regularizadas nos termos gerais. A Cruz Vermelha Portuguesa iniciou a sua actividade
a 11 de Fevereiro de 1865 sob a designação «Comissão
Artigo 128.º Provisória para Socorros a Feridos Doentes em Tempo
Norma revogatória São de Guerra» e foi oficialmente reconhecida por Decreto
de 26 de Maio de 1868 sob o novo nome de «Comissão
revogados: Portuguesa de Socorros a Feridos e Doentes Militares em
a) A Carta de Lei de 13 de Julho de 1863; Tempo de Guerra» e, posteriormente, também
b) O Decreto- Lei n.º 23 465, de 18 de Janeiro de reconhecida pelo Comité Internacional da Cruz
1934; Vermelha em 13 de Julho de 1887, sob a designação
c) O Decreto- Lei n.º 24 489, de 13 de Setembro de oficial «Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha»,
vindo a ser admitida em 28 de Maio de 1919 no seio da
1934; Liga Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e
d) O Decreto- Lei n.º 25 547, de 27 de Junho de Crescente Vermelho.
1935; Os importantes desenvolvimentos ao nível estrutural
e) O Decreto- Lei n.º 31 156, de 3 de Março de 1941; verificados desde a data da entrada em vigor do Decreto-
f) O Decreto -Lei n.º 34 050, de 21 de Outubro de Lei n.º 164/91, de 7 de Maio, não obstante a estabilidade
1944; dos princípios orientadores da actividade da Cruz
g) O Decreto -Lei n.º 34 565, de 2 de Maio de 1945; Vermelha Portuguesa permanecerem inalterados, exigem
h) A Lei n.º 2030, de 22 de Junho de 1948; a aprovação de um novo regime jurídico regulador da
instituição.
i) O Decreto- Lei n.º 45 133, de 13 de Julho de 1963;
Em causa está a necessidade de, por um lado, se
j) O Decreto -Lei n.º 97/70, de 13 de Março; proceder a reajustamentos com o objectivo de optimizar
l) O Decreto -Lei n.º 27/79, de 22 de Fevereiro;
22 Diário da República, 1.ª série — N.º 151 — 7 de Agosto de 2007
o respectivo funcionamento e, por outro, dar resposta aos o princípio da complementaridade entre os órgãos de
novos desafios impostos pela realidade actual, no governo e de gestão.
respeito pelos princípios e orientações definidas pelas Em quarto lugar pretende -se potenciar uma escolha
convenções internacionais da Cruz Vermelha. consensual, quer do presidente nacional, quer dos
Com plena consciência dos altos e humanitários fins presidentes das delegações locais, de forma a garantir
que à instituição compete atingir e no sentido de -lhes todas as condições para o desempenho das
estimular e favorecer a prossecução das suas tarefas, respectivas funções.
mantém -se o reconhecimento das razões determinantes Assim:
do apoio devido à Cruz Vermelha Portuguesa, Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da
continuando esta a gozar dos benefícios inerentes às Constituição, o Governo decreta seguinte:
instituições particulares de solidariedade social e
consagrando- se legalmente um conjunto de regras e
princípios que irão regular as relações entre o Estado e a CAPÍTULO I
instituição, de molde a que esta possa prestar, cada vez Disposições gerais
mais e melhor, serviços de reconhecida relevância e
utilidade pública, como instituição humanitária nacional. Artigo 1.º
Consagra -se num único diploma legal o quadro
regulador que sistematiza e disciplina o funcionamento Objecto
dos órgãos da instituição, fornecendo um conjunto de O presente decreto -lei aprova o regime jurídico da
regras elementares de actuação, definindo competências Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e os respectivos
e objectivos, bem como determinando a sua estrutura estatutos, os quais fazem parte integrante do presente
associativa e a composição dos respectivos órgãos decreto -lei.
sociais.
As alterações agora introduzidas pretendem,
simultaneamente, compatibilizar as orientações da
Federação e do Comité Internacionais da Cruz Vermelha
e do Crescente Vermelho com as condições necessárias à
escolha das pessoas mais capazes para titulares dos
órgãos da instituição, como forma de garantir a
continuidade e o adequado desenvolvimento da mesma.
O novo regime considera definitivamente a verdadeira
génese da Cruz Vermelha Portuguesa enquanto
organização não governamental e pessoa colectiva de
direito privado e utilidade pública administrativa,
embora tendo em consideração que o apoio estatal
constitui uma condição fundamental para a prossecução
dos seus objectivos.
As principais alterações introduzidas no regime da
instituição obedecem a quatro grandes objectivos.
Em primeiro lugar, e não obstante a natureza
associativa da instituição, pretende- se ver igualmente
espelhadas na respectiva estrutura orgânica as
características que a aproximam do carácter fundacional.
Por essa razão, a par de órgãos tipicamente
associativos como a assembleia geral e as assembleias
das delegações locais, assume- se de forma clara a
existência de outros órgãos que garantam a nível local a
representatividade externa que já hoje existe no conselho
supremo, o que é feito através da consagração da figura
dos membros zeladores e pela consagração dos
conselhos locais de curadores.
Em segundo lugar aposta- se na racionalização das
estruturas locais que passam a ser exclusivamente
constituídas por delegações locais, introduzindo -se,
porém, a figura do delegado regional com o objectivo de
apoiar as estruturas locais na sua actividade e representar
a direcção nacional junto das mesmas.
Em terceiro lugar, de acordo com as orientações da
Federação e do Comité Internacional da Cruz Vermelha
e do Crescente Vermelho, permite- se a
profissionalização das funções executivas de gestão da
instituição, tendo em conta a sua capacidade financeira e