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uy ity . ERIKA BECHARA Licenciamento e Compensacao Ambiental na Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservagao (SNUC) SAO PAULO EDITORA ATLAS S.A. ~ 2009 Compensacio no Direito Ambiental le compensagao No Direito Ambiental, 0 termo compensagio fe, em cada uma delas, para designar institutos 4 vezes, préximos. reais compensagio, no Bata proximidade se deve a0 fato que a compensacio, 20 Di tal, em todas as suas facetas, tem por finalidade primordial fa ladora ou poluidora que afere negativamente 0 ea atividade degradadora ou p us eee ragio de outros Jementos corporeos 0 ramente, melhorando @ S! ‘ama cor 10 para afetd-lo positivame elementos corpéreos e incorpéreos que nao os afetados, a a 7 No Diciondrio Houaiss da lingua portuguesa compensagio é: 41, ato ou efit de estabelecer ou de restabelecer 0 equilibrio entre duas coisas que se complementam ou que sio antagonicas; 2. qualidade ou es tado de igual; paidade, equilibrio."” 7 Disponel em . Asso “137 Nossa mesma linha, consta do Novo Ai uum significado e um 10 a0 da perda 4.2. As varias facetas do instituto da compensago na legislagao ambiental brasileira x O/instituro da compensagao € bastante conhecido da legislagaio ambiental brasileira, embora nao seja tratado por ela sob uma tinica visio ou modalidade.. da compensacao ambiental lato sensu — que engloba las de substituicao de um bem danificado por outro de valor equi valente ~ para diversas modalidades especificas de compensacao, 7 Como esposaremos nos préximos tépicos, a compensagao, via de regra, é posterior ao dano ndo evitado. £ é imposta ao causador desse dano apenas nas, hip6teses de irreversibilidade da lesio, ie., de recompasicéo do bem danificado. tuagées ha, porém, em que @ lel exige uma compensacio antes mesmo da ‘ago do dano ambiental ~ é sobre essa espécie de compensagao que tra taremos neste trabalho. Para que possamos conhecer as caracter -as de cada uma das modalidades mais clara a identidade propria da compensagio ambi trabalho, discorreremos sobre os aspectos principais, ‘compensagao por dano ambiental irrevs de Area de Preservagao Permanente (APP) Gv) compensagao para supressio de Mata plantagao de empreendimentos causadores de signi = sodas compensagdo para supe ipensagao de Reserva Legal ; € @-compensacio para i ativo impacto ambien FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, p. S12. 158 Lacunce 4.2.1 Compensagtio por dano ambiental irrever Na ha diividas que 0 esforco da politica amt! 's¢ todo a0 escopo de evitar ‘no haveria degradacéo da qualidade ambiental ¢ as condi la ndo seriam aferadas" gama de razées (acidentes imprevisiveis, omissao na viciado etc.), danos ambientais sao causados. lumbramos a reparagio, do ponto de vist Uma vez causado um dano ambiental (rectius: lesdo a direito da ‘tos: reparagdo in natura (ou reparagio esp: reparagio conforme estabelece 0 art. fe (que a doutrina costuma chamar de compensacio ambiental ou jade civil do causador do dano ‘compensacao ecologica) reparacdo pecunidria (ou compensagao em dinheiro f do Direito Ambiental, sendo um verdadeiro ~ 4, como € mais chamada, indeniza devendo eles ser aplicados sucessiva- izacio do outro Cressalvadas as hipdteses [A reparagio do dano 6, como bent colocade por Alvaro Liz Valery lacdo da reparacio in natura com compensagao ou indeni2agio, quando tum meio de ebter« cessagao ou a diminuigéo de ur prejaizo” ou uma forma de, icado 0 dano ambi ‘engloba o perfodo que a reparagio leva reconduzir a vitima ao estado em que se encontrava antes da produgfo do dano* para “lazer efeito”, ou seja, para trazer de volta 0 estado anterior).* ou, agora nas palavras de Fischer, citado por Aguiar Dias, um sucedaneo, com = 7 for 4.2.1.1 Reparacao'in natura Provocado um dano ambiental, o causador deverd tendida aqui a reparagdo in natura comed retorno 20 st ‘Tem-se com isso qui recompor o ambient , Hee da lesio ~a coletividade ~ a situagio de eq a0 dano. j quo ante ~ ou pelo la que encontrariamos i forma de mitigar os efeitos " 8 reparaciio especifica deve sempre ser adotada em preferéneia Alvaro Lui Valery Mitra enxerga na reparagdo uma forma de compensacdo, as demais formas de reparagao do dano."* ‘mesmo quando a reparacio busca 0 retoro a0 status quo ante. Isso porque, ¢o- Segundo José de Sousa Cunhal Sendim, 2 restauragio natural néo se af mungando da mesma opinizio de Marie-Eve Roujou de Boubée, entende Simplesment, pela recnsttuigdo da sci tera xi nae dano, qualquer que seja, uma vez ocorrido, torna-se inafast mente ao dano mas a “ndo se conseguindo jamais, na pratica, fazé-lo desaparecer totalmente sorte que “a imposigdo de medidas destinadas & cessacio do dano, em verdade, SAMPAIO, Francisco José Marques. Bolugdo da responsabilidad civit « reparoptio dient, 9. 197 vivad, enconsramos 2 responsbidade cl do causndor do den0 n0 art 927 0 no Dizi Pblic, ela est no a. 37, § 6" ial existente ancerior- = ‘ela reintegraglo do estado-dever afectado, ou soja, pela recuperagio da le funcional ecolégica e da capactdade de aproveitamento huma do Cédigo de Defesa do Consumidor ~ 50 para citar as mais conhecidas, doo civil publica e a reparasia do dano ao meio ambiente, p- 303, Hem, idem, p. 306, © Apuud DIAS, José de Aguiar. De responsabitdade ci p. 982. 9 Ob cit, ps 308. EE EH EEE ee U2, na Paula Fernandes Noguia da. A compensagfo anbental diate de danas ee gus pensag I digrte de danas inreps ado. ie., da sua capacidade de autorregeneracio € de at ~ Assim, no hasta reconstruir 0 ber riamos 0 risco, p- e&. de materials novos, com tt plica ali estaria materialmente, mas sem © mes yelo dagradadot na re i.e, valor maximo. Isso porque ‘nos ambientais deve ser integral, Se ela ainda assim deverd zero ov abuso ha nesta afirma- Quanto ao valor a ser aplicado ps 6 inconteastavel que a reparac ‘eustar_pouco, sorte do empreendedor. Mas se ‘ordenamento juridico vigente, se 0 dano for reparado onto de vista, José Rubens Morate do dano superar a capacidae Finances do ds pio da reparacao integra, pois este ss os Gus inerentes a snica e materialmente possivel 0 re- ve No entanto, 0 fato de 0 dano ser tecnicamente irre- versivel nao liberard o degradador de dar uma co -compensécla pelo mal causado, com 0 qual, inclu 1m longo periodo, quiga para sempre. \Nesse sentido, vale a colocacdo 4 Corroborando este p por vezes, a reparacik Conquanto preferivé torno 20 estado anter 1 magistrado Alvaro Luiz Valery em certas hipéteses, set ‘e ecoldgico, mas nao sera0 ico, Uma compensagao pecuniaria ou in natura sob o ponto de vista jt sempre poderd (e deverd) ser acordada para a tecomposigio, do possivel, do ambiente degradado”.!” medida Daise & em danos ambientais irreversiveis e, corsequentemente, ext com: pensagio ecolégica'® e compensacio pecunia nos dois tépicos seguintes - estas, nlio se perca de diante da impossibilidade técnica de rest ra que ja indo “nao for possivel rea: lesado, deve-se proceder a sua substituigac por outro funcionalmen. lente ou aplicar a sango monetaria com o mesmo fim de substi ” 4.2.1.2 Reparagao por equivalente (ou compensacio ecolégica) ssagio ecolégica consiste no oferect- ini Beneficio ou ganho ecoldgico as vitimas da lesao ambiental idade ~, para contrabalancar a perda sofrida, Embora a compensagio ecalégica nao ri tuird um outro que, por alguma razdo, encont a existente ou, Pode se craduzir, p. ex. degradado (cujo degradador seja deseonhecido chamado a responder pelo dano, ou no caso de sem intervengao humana) ou na doagdo de equipamertes para érgéos am! ‘tais para fins de otimizacao da fiscalizacdo e monitoramento das atividades po “dades de educacao ambiental ieagées, palestras etc.) com vistas & conscientizagao da populagao sobre a importancia de proteger o meio ambiente. ever: 12 © proprio bem lesado, Fes Camo os paramettos da compensagao ecoldgica no esto norm: Srgd0s administrativos e judiciérios sdo obrigados a usar de discricior * thidem. p. 307-308. Fesiduosslidos urbanos (mais precisamer rincipi de que, mesmo condenado ore ate do ambiente, havendo se acother 0 pedido correspondente, pois toda repsragio 6x foi condenailo, portant, a reparare drea e a pagac um indenizago pelos danas que nao compart reparagso in natura, ou aja, irepardve's CEIRS, # (Com, Ci, Rel. Des. Araken de Assis, jem 24. ago.-2008, v1.) LETTE, José Rubens Morato, Ob ct, . 212. hd de en bom senso no estabelecimento di sempre orientados pelos principios © normas ambientais e pela methor do Mas que se parta, sempre, do principio de porcionar um beneficio AMBIENTAL © nio qualquer bene! fom Marcos Destefenni, portanto, quand® assevera que dano ao patrimonto natu ural e nao com uma provident igo ter que pro- io SOCIAL. Estamos ‘compensagio deve -ompensado com um -que nio reverta em. um dano a uma aca smbora sea extces de preservacao vante a consteugao do hos ippe Augusto Vieira de Andrade € relacam duas situacées em que a compensacao ec: im armador responsavel por lancamento de esgoto Termo de ajustamento de conduta com 0 Mi- I fore imaposto © dever de compensar os respondentes mediante doacio de 100 (cem) metros lineares de boias Ge contencdo para prevenir e conter vazaments semeliiantes; na outra, kms ern: presa loteadora assumiu judicialmente a compensacao dos danos causados pel6 empreendiment re a doagao de area equivalente & irrecuperavelmente Gagradade, revestida de vegetacio do mesmo ecossistema atingido e de uma ver~ ba para ser destinada & aquisigao de veiculos, equipamentos ¢ sede para érglos fiscalizadores estadual e municipal. ‘A promotora da comarca de Santos/SR Ana Paula Fernandes Nogueira da Cruz, relata a aplicagio de medidas compensatérias a um empreendimento que ‘um vazamento de aménia liquida nas dependéncias de empresa, cau- jcdo atmosférica e incdmodos A populacio. Como se tratava de dano “at atmostérico, exigit-se da empresa, em compensacio, a doacio ‘eferentes ao controle das emissBes de aménia & CETESB, ins: igdo responsivel pelo controle da poluicso no Estado de Sao Pe ‘vez, dever auxilié-la a prevenir e controlar episédios como aquel © também promotor Fernando Reverendo Vidal Akaoui™ opina que @ com- pensacie ambiental pode se dar, vg., Bela doacéo de um vefeutlo ao érgio am- Biental (que Ihe permitiré intensifiear-sua ago fiscalizadora),* pela doacio de Tae civil ambizheal eas formas dereparagio do dana ambiental aspectoswévicos 2 as ‘Acompensagio como forma de reparagio por danos causados 20 meio ambiente p. 208 = Obrcita p. 285. © Reserva Particular do tuiglo em reas publica e ambient, p, 208. 3. & dose de equipamentos basicos €essencials deve ser estabetecida, como forma decom seco ambiental, com bastante cautela ecriténo, é ques obrigagbes minimas do Poder Pa simonio Natural: consideragSes acerea da possbiidade de sua inst ancia como media de compensacio por danos causados a0 meio uma area viZinha a uma unidade de canservacio com o dobro da metragem da transformacao de Wel privado em Reserva Particular do (RPPN), “pois, ivos a compra da area ou destinagio di eres de manutencio da mesma estarSo a cargo do p ‘mais uma Unidade de Conservacio, e uma compensagio ambiental ~ ¢ ndo qualquer outro tipo 4 i 0 a ipo de compensagio -, tinda preciso define 0 ectiios que extabeleerdo o eneticioamblenal& ser proporcionado por esse sucedaneo, destacando-se, prima facie, dois critérios rincipais, 0 geogrdfico e 0 da identidade. : Uma tinha doutrindria é da opiniio que a compensagio ecolégica somente po: deri ser implementaéa no mesmo ecossistema e sempre o mais préximo possivel do dano causado, usando 0 critério geogrdfico como definidor da compensacao. Filiado a esta primeira corrente, José Rubens Morato Leite observa que “o ido com a compensagao deve ser destinado primordialmente a0 local os impactos negativos & natureza. As medidas eat afetado beneficiam tanto o meio ambiente como toda a comunidade prejudicada”.® as ie Claramente adepta da segunda te, re de nda corrente, a promotora Ana Paula Femandes Nogueira da Cruz” defende que compensaco deve guardar elagio com bem ambiental esa, medians scomposen de ura ben ann se its degraded, po elena de uma sic pra coment 0 lesmatamento de outa, ulizandoo criti da natureza do dade do bem lesado) como definidor da compensacao. eee dani ttt te Soust Cunbal Send, também partiditia do cir da nature do lao, to definis a compensasio ecolégice, etringea subtiuipdo des bens na- rurais lesados por outros funcionalmente equiva nda que si suai lesadon por quivalentes, ainda que situados num a eg t=) venha sempre acompanhada de urna ago diretaprd-ambiente ou recuperagio/reconstitugio de tea degradeda, e no isoladamence, pois, dessa forma fee pois, dessa forma, ela seta meramente um plus eno © * Obcie,p. 51 -avasar para além de um Municipio ou 1 de natureza semelhante ao bem danificado, procedi ‘chances de populacao 4.2.1.3 Reparagao pecuniéria (ou compensagio ina, haja vis _“o cermo compensardo pecunidra & pouco empregado pela Ga preferoneia pelo termo indenizagco. No entanto,forgoso reeonhecer que ain Sentueedo é por dbvio, uma espécie de compensagdo, una forma de concrabalan- sar uma perda patrimoniat® ou extrapatrimonial cor uma quancia em dinkeio ‘A indenizacZo por danos ambientais consiste no pagamento em dinheiro 20 ts Doleee des Dizeitos Difusos, previsto no art. 13 da Lei 7.347/1985” € '9.008/1995 (condenacdes em ages « ‘ho Ambito do Estado de Sdo Paulo, onde é fo de intezesses Difusos Lesa ‘consumidor, da ord Nesse sentido, rezao art. 1*, § 3 dados pelo FDDD sero aplicados: (j) na recuy de eventos educativos e cientificos velacionado com 2 natureza da infragao ou do dano causado, {cao administrativa dos drgaos pliblicos responséveis pele "fneas de meio ambiente, consumidor, bens ¢ direitos de valor s, iodenizagio de perdas patrimo ‘ou aej, a ecomposigio do paerimdnio da ‘mas de e2compasic0. NO C0, BO" © Analisando mals a fundo, vése que, muitas veze tnals do que o rexorno & situago financ “Hime, de modo a ndo se consiui uma forma de compe Sheeror $6 seria compensagéo se, além xpeuco para compensar a desvalorizasio decorrente da ava 3 ye. 13. Havendo condenacHo em dinheiro, a indenizagio pelo dano causado fando geride por um Consetho Federal ov por Conselhos Estaduas de que par fun Bert Pe no Pubic € representantes da contunilae, sero seus recursos desinados 8 feconstiuiggo des bens esados". = == ceverteré a um idade de recuperagao do ai Fetnando Reverendo Vidal Akaot pela aplicacio primeira da reparac: -- em * uma vez que os valores ambier biental pode ce *s6 depois de superadas estas igao do bem ambiental é que se pode falar em is ndo-sio de Ao estabelece ce forma peremp- jca e a compensacéo sta ordem, dizendo que, dian ambiente lesac rt ona ambém deixa claro seu posicionamento seja porque a indeniza frequéncia, a i os sepos i. ado. A modernizagio devera estat of owe deen de rnc do rgho 8 as do processo judi sa porque os fundos para os quais odin! jem de seit, rezes, inoperantes, acabam supor tando ges em peo de toda sorte de interesses difusose no apenas amblentais igo dos doutrinadores acima ma Marcos Destefenni parece compartilhar da op! citados, asseverando que a “compensacio é uma ano a pattimdnio naural, se comparada & indet “Nao podemos deixar de corroborar essa ddutrina p srugdo Imediata de um bem ambiental deteriorado, tespei grafico eda identidade do bem lesado, serve ruico mats & co Ga do que o pagamento de um valor ao FDDD que, apenas ap6s de tempo, é que sera utilizado em ‘ecossistema e sem garantias de que benefivian’ a coletividade direramente afetada ¢ algum bem da mesma natureza do danificado. da compensacio pecui corto (judicial ou extrajudicial) entre as partes, Le, nistério Pibico su org ambiental e causador do dano. Por consequéncia, néo havendo acordo, Sieute se-d pera a decisdo judicial, «qual redundaré ou na reparagao in nature ae puenizagio, haja vista adificuldade do magistrado subsidiar uma sentenga {mpondo uma compensacio ecol6gica a0 réu. ~ 4.2.2 Compensagiio para supressio de Area de Preservasdo Permanente (APP) 0 Cédigo Florestal de 1965 (Lei 4.771/1965) transformou as “florestas pro econas’ do Chdigo de 1934 em “Areas de Preservacio Permanente” ~ a5 APES. [As lorestes protetoras eram aquelas que, por sua localizagio, destinavam-se a conservar o regiine das dguas, evitar eroséo das terras pela ago dos agentes 3 Senate fixar dunas, auxiliar a defesa das fronteiras, assegurar condigBes de s% lubridade publica, proteger sitios em raza des a e asilar espécimes raros da fauna indigena.” De igual forma, a vegetagho das Areas de Preservagio Permanente objetivas precipuamente, a protesdo do solo ¢ dos corpos dégua, estando essa sua 1730 ee ser muito bem explicada na Exposigao de Motivos do Ministro da Agricultura para o anteprojeto de lei do atual Cécligo Floresta 5 obs cic, p. 192. 2 ape. 4° do Decreto 23.799/1834. terra sem cogitar de qualquer desaprot ao esti srase conten some oe nr ea ee vigente define a Area de Preservacdo Permanente como “Area protegida nos termos dos arts. 2° e 3° desta Lei, coberta ou nao por egetseao mativa, com a Auncio ambieatal de preservar os recursos hide Gos, «Paisagem, 2 estabilidade geoldgica, a biodiversidade, 0 fluxo génico fauna e flora, proteger 0 solo ¢ assegurar o bem-estar das populagies humana! Cart. 14 § 24 inf, com a redaria dda pela Medida Prova ‘As APPs podem ser legais (ope legis-< (ope legis; ériaclas pela prdpria lei) ow tivas (criadas por ato do Executivo). Peete stra. 1idas por forca de lei sao as ar topos de ot, mone, mona ees, or as ens ana se, ands em deeas de alta dedlvidade ou alae,” flo carter genealicante 5 Nessa mesma linha, o engenteira forest Sérgio Ahtens coments que, 26 protege as ores ae lois denoninads Aree Peer feranente (AP vel de uso mulkiplo: proteger a fauna pars consenvar az metros para os cursor?gua que tenho de 100 (cer) meeros para os cusos agit eaten S agua que tenham de $0 (cinquenta) a 200 (duzentos) 44 de 200 (duzentos) metios para ax cucsor eh BO tien) eves agua que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seis: ee dea que, engandiadss em ote a Sues ete satus po ato do Pest lores dos Estados ou dos Prefeitos municipais. relevant ngdes que cumprem, as Areas de Preservacho: Sea aranente neat recobertas de vegetacao. Dai por que 4 ria 2.166-67,de | Ae a supressio 1,82 or utili ii deve-se entender, nos rermos do act. 1%, § 20 cate Oa ine da Recolgdo CONAMA 369/205: (0 dades de seguranga nacional ¢ protegio: sanitaria; (b) obras essenciais de 2.600 (sis agua que teaham aga naturals ov ails, hos d'igua qualquer que sejea sua meteos de argu agoas, ago one : wtermitentes ¢ nos chamadc ce 2 100% na lin a) nasbordss dos Infesioe 8 100 (cem) Are 3° Consideramse, anda, de ". a ovesease demie formas de vegetacio Nat os cazos excepcionnis de usidade adoces da incervengao ou supressto + ea resluto fy eda com an SOUS ale bane ipa bien ee Decreto-lei 3.365/1941 nem Siete pe co amicoat 149 ldgica; (A) obras -ao de ios ¢ requisitos previstos e nfio compro: da dea; e (h) demais obras, planos, atividades ou proie- em resolugéo do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), de meta a fungao ec {os previs Por interesse soci digo Florestal e 0 art. vencao, combate e controle do fogo, controle da erosa, erradicagao de invasoras © protecio de plantios com espécies nativas, conforme-resolugio do CONAMA; (b) atividades de manejo agroflorestal ambientalmente sustentavel pr na pequena propriedade ou posse rural fami 0 de bertura vegetal nativa ou um sua recuperacao € ndo autoridade competente; e (e) demais ‘obras, planos, at mids em resolugao do CONAMA. Por supressao eventual e de baixo impacto ambiental deve-se entender, conforme estabelecido pelo art. 11 da Resolugo CONAMA 369/206: (a) aber tura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhdes, quando ne- ccessdrias 4 travessia de um curso de agua, ou & retirada de producos oriundos das atividades d igroflorestal sustentavel praticado na pequena propriedade ‘ou posse rural familiar; (b) implantagao de instalacdes necessarias & captacso e condugéo de agua e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do iando couber; (c) implantacio de corredor de acesso (d) implantagao de wilhas para de- de ecoturismo; (e) construcdo de rampa de langamento de barcos -oradouro; (H-eonstrucdo de moradia de agricultores familiares, {adeS quilombolas ¢ outras populagdes extrativisias ¢ icionais em dreas rurais da regido amaznica ou do Pantanal, onde 0 abas- idades ou projetos © respeitada a legislagéo especifica a respeito do acesso a recursos genéticos; G) plant de espécies nativas produtorasde frutos, sement produtos vegetais em dreas alteradas, plantados juto 0 tras agoes ou atividades si as como eventual e de baixo impacto “ambiental pelo Conselhto Estadual de Meio Ambiente.° 7 nat a supressdo da vegetacio das APPS as hi a0 corte eventual e de bal : “hos dois primeires ¢as0s (utilidade publica de inexistencia de alternativa técnica ¢ loca igadoras e compensatdrias ~ isso sem con- s pela Resolugéo CONAMA 369/2006, a ‘aplicaveis aos corpos d'égua, averba- éncia de riseo de agravamento de processos como ais de massa rochosa (art. 3°) ¢, no iracio da drearxser suprimida tar algumas novas exigéac! saber: atenidimento as con _Enchentes, erosdo ot! movimentos adi ‘aso de supressio de baixo impacto a 25% (cinco por cento) da APP impa Jada na posse ou propriedade (art 11, § 2°), a qual ndo poderé compré ‘as fungdes ambientais destes tepacos, especialmente: (a) a estabilidade das encostas ¢ margens dos corpos de agua; (b) 08 corredores de faiina; (c) a drenagem ¢ os cursos de agus in- termuentes, (@) a manutendio da biota; (@) a regeneracdo € a manutetigao da vegetacao nativa; e (0 a qualidade das aguas (art. 11, § 7 Sobre a necessidade da adocéo de medidas compensatdrias para supressio de vegetagdo em APB reza 0 Codigo Florestal: arts 4° A supressao de vegetagdo em area de preservagio permanente somente poderd ser autorizacia em caso de utilidade publica ou de imte- resse social, devidamente ca dos e motivados em procedimento adminiscrativo préptio, quando ine» técnica e locacional 20 ‘empreendimento proposto. et panes da edo da Resolngdo CONAMA 360/2006,o Estate Sto Paulo jé previa ss siraagges de baixolnnpacto ambiental, 20 Decreso 49.566/2005. cn Paulo Affonso Leme Machado ro hese em afirmar que o incerestado deve provar a no ext vente outers akennativas para projeto, “pols sem sia prove opedido obrigaroriamente devers Ser indeferd.” (Direco ambiental brasileiro, p72 ‘5 Mesmo nio o dizendo clarament aque a demonstrag2o de inexistence ds sx. 4" do Chdigo Floresta daixa subentendido nica ¢ loasionl para o empreendimeno pro feada pela wldade publica ou pelo interest ao Resolucto CONAMA 369/2006, procuranco dar malsclaceza aessa disposi, dspbe ave

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