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o templo, propósito detinido, no para receber

vamos com um
mas para dar; que pudermos dar em fórça e auxílio espirituai
o
dependerá mais da intenção com que fixarmos o pensamento no
que fazemos e da compreensao com que o façamos. Isto
sem dúvida, considerável estôrço mental, mas vale a
exige
pena fazê-lo.
Quando o V. M. solicita o auxílio dos Irmãos, dá também
a entender, com isso,
que devem preparar-se para cooperar no
trabalho, e as perguntas seguintes que ële dirige, completam
êste importante preliminar.

A Cobertura da Loja
Estando de pé todos Irmãos,
V. M. começa por formu-
os o
lar ao S. V. (chamando-o por seu nome e
racterística pergunta que é a chave de tôda reuniãocargo) ca
por seu a

maçônica:
-Qual é o primeiro dever de todo maçom?
E recebe a tradicional
resposta:
-

Vigiar que a Loja esteja coberta.


Continua o V. M.:
Ordenai o cumprimento dêsse dever.
O S. V. transmite a ordem ao C. I. T., que vai certificar-se
de que o C. E. T. está em seu
pôsto e informa dizendo quue
está; e o informe é trasmitido ao V. M.
Que simbolismo há nisto? O primeiro requisito quando em-
preendemos um importante labor, é concentrar-nos e cuidar que
ninguém nos interrompa. Assim a fortaleza de Mansoul (ado-
tando a pitoresca
terminologia de John Bunyan) requer uma es-
pëssa muralha que ,a circunde e cujas portas temos de guardar
muito bem. Portanto, o Espírito chama a
inteligência que o en
laça com os mundos inferiores; a inteligência recorre ao duplo
etérico, que pof sua vez ordena ao corpo tísico que veja cOmo
estao as Coisas no mundo exterior, e receber a satistatória res
posta de que tôdas as defesas estão em boa ordem, de modo
que o Espírito se certifica do importante ponto de que a Loja
pode trabalhar em completa segurança.
Cada um de nós tem que cobrir sua própria Loja em varios
níveis, e deve fazê-lo com muito cuidado e sabedoria. Durante

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homem tem estado a apren
milhares de anos de evolução, todo
dentro dele, chegar
der a construir para si um envoltório, para,
a ser um poderoso centro capaz
de irradiar energia espiritual
nas etapas des- primeiras
söbre o seu próximo. Inevitàvelmente,
te desenvolvimento só pensa em seus interêsses par
é egoísta e
a en-
a sua Loja, impede
ticulares, e embora ponha a coberto
tormosa. Pouco a pou-
trada a muita coisa que há de nobre e
conferido o poder para empregá-lo
co aprendeque se lhe tem
no serviço ao próximo, e que se bem que tem de pôr, como

manter o vigoroso centro


sempre, a coberto a sua Loja, para
de consciência, com tão penoso estôrço
estabelecido (pois sem

deve ao mesmo
êste centro não seria útil na obra do mundo),
a energia gerada naque
tempo vigiar incessantemente para que auxilio da Humanidade e no
le centro se empregue tão-só no
A. D. U.. O homem não per-
cumprimento dos desígnios do G.
mas aprende a usá-la devi-
de sua individualidade e iniciativa,
damente.
O homem aprender a cobrir a Loja de seu corpo
tem de
de fazè-lo çom discrição e sumo cuidado. Amiú
mental, mas há sobretudo
de achamos o mundo físico incômodamente populoso,
ou trabalhar numa grande
cidade.
se somos torçados a viver
mundos astral e mental
Mas recordemo-nos de que também os
embora nao da mesma
estão muito mais povoados que o tísico,
o físico.
maneira. Esses mundos sutis têm maior extensão que
a densidade da
Neles os corpos se interpenetram, de sorte que
ali nos é preciso res-
população não é a da mesma índole; porém
no fisico.
guardar-nos ainda mais rigorosamente que
Não só existem plano mental muitos milhões de habi-
no
está cheio de centros de pensamentos
tantes, como também êle
em sua maio-
sôbre tôdas as espécies de assunto, estabelecidos
ria por homens semelhantes a
nós. Nós, os estudiosos, no estor-

çamos intensamente por


avantajar-nos à mentalidade do homem
dos pensamentos rebeldes que
comum; e portanto, grande parte
continuamente pesam söbre nós,
está em nível inferior ao
tão
sem cessar contra a sua influência.
nosso, e temos de precaver-nos
des.
Ha tal acúmulo de pensamentos sôbre coisas completamente
tituídas de importância, que se não os excluimos rigorosamente,
concentrar-nos no elevado assun-
nos veremos incapacitados para
so sôbre o qual verdadeiramente desejamos pensar. | Portanto,
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a éste respeito temos de cobrir a Loja do corpo mental com o
máximo cuidado das pessoas e coisas para as quais abrimos suas
portas.
Também outros pontos requerem sumo cuidado no mundo
mental. Por exemplo, há os que levam sôbre si a maldição de
um temperamento pendenriador e à menor provocação, ou mes-
mo sem ela, abrem as portas de sua fortaleza mental e se lan
çam furiosamente à peleja, sem perceberem que com isso deixam
indefesa a tortaleza, de modo que podem täcilmente invadi-la
as hostis fôrças mentais que vagueiam pelos contornos. En
quanto malgastam sua energia em disputar söbre insigniticap-
cias, deprime-se a tônica de seu corpo mental pelas influèncias
que néle penetram. Esta classe de pessoas há de aprender a co-
brir o seu corp0 mental, de modo que unicamente possam en-

trar nêle os pensamentos aprovados pelo Ego.


Também se tem de cobrir a Loja do corpo astral, porque
é mais diticil resistir ao impulso das emoções que à pressão dos
pensamentos. Mal dirigida está no mundo a maioria das emo
Ções, o que é provocado pelo egoísmo em qualquer de suas pro-
téicas modalidades de inveja, ciúmes, orgulho, cólera ou into
leráncia. Para manter puros e elevados sentimentos, e conser
var a tranqüilidade filosófica requerida pelas emoçöes e pensa
mentos harmónicos, devemos cobrir rigorosamente a Loja contra
todo éste vasto oceano de excitações desnecessárias, aindda que
com sumo cuidado, para no falhar na verdadeira simpatia Nos
sos ouvidos devem estar sempre abertos aos clamores do sotr
mento, embora os techemos resolutamente ao insulto palavtorio
daqueles que buscam a satisfação de seus interèsses egoístas
Nisto, como em muitas coisas, a senda média do ocultismo è ta
estreita como o ftio de uma navalha, como se nos diz nos livros
da India, e temos de vigiar incessantemente
para não cairmos
por um lado da Cila da inditerença, ou sumirmos por outro lacko
na confusão de Caribdes, isto é, não oscilarmos entre dols
perigos
A mesma razão há para
cobrirmos a Loja de noss0 corpo
fisico. Não desprezamos nem nos
esquivamos de nosso proximo,
embora nos esquivemos dc alguns de seus costumes
indesejáveis.
Ninguém que conheça algo do aspecto oculto das coisas, se apro-
ximará de lugares de tão horrivel intluéncia como uma
liça pu-
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gilistica, um açougue ou uma taberna. Todo aquêle que, por
torça das taretas comuns de sua profissão, tenha de passar jun-
to a èsses lugares, precisa envolver-se numa forte
couraça que
o resguarde do menor traço da
infecção psíquica.
Além disso, há muitas pessoas que são vampiros incons
Cientes, e sem o perceberem no mínimo, absorvem vitalidade da-
queles dos quais se aproximam até o ponto de que, se alguém
se senta ao lado de uma dessas pessoas, sente-se completamen-
te esgotado e incapaz de trabalho útil. Se o vampiro fösse be
neficiado pela vitalidade que absorve do próximo, ainda poderia
considerar-se um ato de caridade deixá-lo fartar-se; mas intel1z
mente o vampiro é incapaz de reter a vitalidade absorvida e
nada ganha com a transfusão, enquanto que suas vítimas per-
dem a saúde e a energia. Em casos semelhantes, taremos bem
em cobrir a lLoja de nosso corpo físico, jenvolvendo-0 numa com-
pacta couraça etérica, ainda que derramando nosso amor e com-
paixão sôbre o infeliz vampiro.
A ordem constantemente repetida para ver se a Loja está
coberta nos sugere advertências úteis, e sempre que a ouvi-
mos, devemos perguntar-nos: Está o meu coraço cheio de di-
Vino amor e cobri-o contra todo pensamento maligno e ocioso0
desde que passei a escutar estas palavras místicas?
Assim é que a pergunta formulada na abertura dos traba-
hos da Loja, serve para recordar-nos a premente necessidade
de colocar-nos em harmônica atitude mental ante a admirável
obra que vamos realizar.
Os egipcios ensinavam que a pergunta tinha também outro
conquanto de muito pouca importância para nós.
Signinficado,
Compreendiam èles a necessidade de cobrir o mundo como um
todo. A terra está rodeada de uma atmosfera a cujo limite su-
perior propendem a ascender as matérias mais leves. O hidro-
genio é o corpo mais leve que se conhece, e em estado livre as
cende ao alto da atmosfera, e mesmo sai dela e se perde no
espaço. Esta é uma das razões por que os planêtas velhos tëm
menos hidrogénio que os novos, pois se vai dissipando a medl-
da que o astro gira pelo espaço, e míngua a quantidade de
agua no planéta. Assim vemos que em Marte, mais velho que
Ierra em proporção ao seu tamanho, e que está num pertodo
ulterior de sua vida, em sua supertície tem um pouco mais de

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terra de água, enquanto que Júpiter e Saturno, que são mais
tiovos, não quanto à idade efetiva, mas em proporção ao seu
tamanho, são quase inteiramente líquidos.
Há um poderoso ser chamado o Espírito da Terra, cujo
corpo fisico é o nosso planêta; ele dispõe as coisas de maneira
que não se dissipe ràpidamente o hidrogênio, e mantém constan
te cuidado para conservar coberta a sua Loja, mas, sem dúvi
da, nisso nada temos a tazer.
Ao considerar todos êstes simbolismos, não devemos es

quecer a efetiva cobertura da Loja em que trabalhamos. Várias


razões recomendam nosso escrupuloso cuidado neste assunto.
Necessitamos de cobrir a Loja, não só para resguardar os Mis-
térios da curiosidade profana, e sim, porque, só estando cober
ta, é que poderemos manter pura c tranqüila a sua intluência.
bem
A torma mental que vamos construir tcm dc cstar muito
de ma-
equilibrada e medida com cxtremo cuidado, pois consta
téria etérica do plano físico e das mais sutis dos planos
emo

cional e mental. Constrói-se csta forma com dcliberado propó.


sito, e se algum proBano cstívcsse prescnte, ocasionaria, NC
o perceber,tão perturbação, quc destruiria o equilí
profunda
consideremos superio
brio e eficácia da forma. Não é que nos
eles não, acostuma
res aos demais, e sim, porque nós cstamos, c
dos a pensar em direção.
determinada

Também temos de ter nui prescnte a obripação de guar


profano,
mundo absoluto segrêdo sôbte o ocotielo nas
dar, no
indubitàvelmente, v tis
reuniões maçônicas, pois neste ponto há,
co de dizermos algo por
inadvertência. Ninguén terá intença
um mnomento, de violar segredos maçônicos nem
os
co
nem por
a respeito das p. 8 e s. . .is que
meter imprudência alguma
.

noutros ontos costuma


lenemente juramos não tevelar;
mas

Por exemplo, uma vez ouvi dois I


haver falta de precaução.
como determinado S. D. desempenha
mãos c o n v e r s a t e m na rua
de excelente naneira.
claro que isto nåo era
va seucargo
segtêdo, imas há nisse evidente elemento de pe
revelar nenhum insimmar
ao talar se de una cerimônia, é muit fácil
rigo, porque citcunstante infira n qe
inteligente e perspicaz
algo de que um
precise saber.

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