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O. T.O.

Segundo Grau
Consagração

Ritual de Consagração

DOCUMENTO CONFIDENCIAL

Sob o selo da obrigação do Segundo Grau


RITUAL DE MAGISTA IIº - A Cerimônia de Consagração

Primeira Parte – O Exame


Este momento deve ocorrer no Grau de Homem e Irmão.

S .: Irmão-soldado ____ é agora candidato a ser Consagrado como um Magista;


devemos primeiro dar provas de sua dignidade para adquirir a virtude. Por
conseguinte, colocarei as questões necessárias.

E. traz C. para frente do assento.

S.: Onde você se preparou primeiro para a sua iniciação?


C.: No coração, em verdade.
S.: Onde mais?
C.: Em um lugar conveniente, como uma fonte.
S.: Quanto tempo você ficou lá?
C.: Por Nove Luas.
S.: Onde você começou?
C.: Em um Oásis.
S.: Em que horas?
C.: Ao Alvorecer.
S .: O Sol nasceu. Você promete por sua honra como Homem e sua fidelidade como
Irmão, que perseverará firmemente durante a cerimônia de Consagração como um
Magista?
C .: Sim.
S .: Eu lhe aviso que um severo teste de sua sinceridade será necessário. Se você
não estiver preparado para comprometer sua posição social, e possivelmente sua
liberdade ou sua vida, será melhor que você se retire neste instante. Desejo ainda
enfatizar firmemente a você que esta Ordem é um corpo sério de Homens
corajosos, sinceros e fiéis, e que essas observações não são os terrores de faz-de-
conta de ordens instituídas para a diversão de crianças crescidas.
(Em voz alta) Candidato, você persiste na sua Vontade de ser Consagrado como um
Magista?
C .: Sim.
S.: Você também se compromete, sob pena de sua obrigação, que você vai esconder
o que vou agora falar para você com a mesma cautela estrita que nossos outros
segredos?
C .: Sim.
S .: Então eu vou confiar-lhe o aperto da passagem e dar-lhe a palavra que leva ao
Grau em que você busca a admissão.
O Aperto é dado juntando as mãos como você foi ensinado, e torcendo o pulso
bruscamente para a direita. A Palavra de Passe é Thelema, que significa Vontade
na língua grega. Olhe francamente e sem medo nos meus olhos e diga comigo:
A Palavra da Lei é TELEMA.
Agora você vai se retirar do Acampamento para um local preparado, para se
submeter aos preparativos necessários para a sua consagração.
E. tira C. do Acampamento.

Segunda Parte – O Juramento


O C. é preparado, mostrando o braço direito ao ombro, a manga de seu manto sendo
seguramente presa de volta. O acampamento é aberto no Segundo Grau. E. sai, prepara
C. e bate duas vezes. W. abre a porta.

W .: Quem você tem aí?


E .: Um Homem e um Irmão que deseja ser consagrado como Magista.
W .: Pare!

W. aplica o Disco ao peito de C.

S .: Você atesta que ele está devidamente preparado?


W .: Sim.
S .: Admita-o na devida forma.

C. é levado ao trono por E.

S .: (C. dá o Toque) O que é isso?


C .: O Toque ou símbolo de um Homem e um Irmão.
S .: O que isso exige?
C .: Uma Palavra.
S .: Me dê essa palavra.
C .: Na minha iniciação fui ensinado a ser cauteloso; Eu vou falar com você.
S .: Eu concordo; inície.

Feito.

Qual é o seu significado?


C .: O Senhor
S .: (C. dá o Toque de Passagem). O que é isso?
C .: O Toque de Passagem, conduzindo do Primeiro ao Segundo Grau.
S .: O que isso exige?
C .: Uma Palavra de Passagem.
S .: Dê-me essa palavra.
C .: Thelema
S .: Qual é o seu Significado?
C .: Vontade.
S .: Passe, Thelema.

E. leva C. para o centro do Acampamento

S .: Agora você está no centro do nosso Acampamento, o lugar do Equilibrio. Ouça


primeiro o Livro do Equilibrio.
Orador, que pode ser qualquer membro do Oasis, e é selecionado pela excelência de sua
entrega, lê Liber Librae

0. Aprende primeiro — Ó tu que aspiras à nossa antiga Ordem! — que


Equilíbrio é a base do Trabalho. Se tu mesmo não tens um alicerce firme,
sobre o que tu ficarás para dirigir as forças da Natureza?
1. Então saiba que já que o homem nasce neste mundo em meio à Escuridão
da Matéria e à disputa de forças conflitantes; portanto, seu primeiro
esforço deve ser o de buscar a Luz através de sua reconciliação.
2. Então, tu que tens provações e problemas, regozija-te por causa deles, pois
neles há Força, e por sua via se abre um caminho para a Luz.
3. Como de outra forma, ó homem, cuja vida é apenas um dia na Eternidade,
uma gota no Oceano do tempo; como, se tuas provações não fossem
muitas, tu poderias purificar tua alma da impureza da terra?É só agora
que a Vida Superior é ameaçada por perigos e dificuldades; não tem sido
sempre assim com os Sábios e Hierofantes do passado? Eles foram
perseguidos e injuriados, eles foram atormentados pelos homens; no
entanto através disso também aumentou sua Glória.
4. Portanto alegra-te, Ó Iniciado, pois quanto maior a tua prova, maior o teu
Triunfo. Quando os homens te injuriarem, e falarem falsamente contra ti,
não disse o Mestre: “Abençoado és tu!”?
5. No entanto, ó aspirante, que as tuas vitórias não te tragam Vaidade, pois
com o aumento do Conhecimento virá o aumento da Sabedoria. Aquele
que conhece pouco, pensa que conhece muito; mas aquele que conhece
muito aprendeu sobre sua própria ignorância. Vês um homem sábio em
sua própria presunção? Há mais esperança em um tolo do que nele.
6. Não sejas precipitado em condenar os outros; como tu sabes que em seu
lugar tu poderias ter resistido à tentação? E mesmo assim, por que tu
deverias desprezar alguém que é mais fraco do que ti?
7. Portanto, tu que desejas Dons Mágicos, tenha certeza de que tua alma é
firme e inabalável; pois é lisonjeando as tuas fraquezas que os Fracos
ganharão poder sobre ti. Humilha-te diante do teu Self, mas não tema nem
homem e nem espírito. Medo é o fracasso, e o precursor do fracasso: e
coragem é o princípio da virtude.
8. Portanto, não temas os Espíritos, mas seja firme e cortês com eles; pois tu
não tens direito de desprezá-los ou ofendê-los; e isso também pode te
desviar. Comanda-os e bana-os, amaldiçoa-os pelos Grandes Nomes se
necessário for; mas não os zombes ou injuries, pois desta forma tu
seguramente serás levado ao erro.
9. Um homem é o que ele faz de si mesmo dentro dos limites fixados pelo seu
destino herdado; ele é uma parte da humanidade; suas ações afetam não
só o que ele mesmo chama, mas também todo o universo.
10. Venere, e não negligencie, o corpo físico, que é a tua conexão temporária
com o mundo externo e material. Portanto, que o teu Equilíbrio mental
esteja acima da perturbação por eventos materiais; fortalece e controle as
paixões animais, discipline as emoções e a razão, nutre as Aspirações
Superiores.
11. Faze o bem aos outros apenas por fazer, não por recompensa, não pela
gratidão deles, não por simpatia. Se tu és generoso, não desejarás que teus
ouvidos sejam agraciados por expressões de gratidão.
12. Lembre-te de que a força desequilibrada é maligna; que a severidade
desequilibrada é apenas crueldade e opressão; mas também que a
misericórdia desequilibrada é apenas fraqueza que permitiria e instigaria o
Mal. Age apaixonadamente; pense racionalmente; sê Tu mesmo.
13. Verdadeiro ritual é tanto ação quanto palavra; é Vontade.
14. Lembre-te de que esta terra é apenas um átomo no universo, e que tu
mesmo és apenas um átomo sobre a mesma, e que, mesmo que tu te
tornastes o Deus desta terra sobre a qual tu te arrastas e rastejas, que tu
serias, mesmo assim, apenas um átomo, e um dentre muitos.
15. No entanto, tenha o maior auto respeito e, para esse fim, não peque contra
ti mesmo. O pecado que é imperdoável é conscientemente e
deliberadamente rejeitar a verdade, temer o conhecimento porque ele não
gratifica os teus preconceitos.
16. Para obter Poder Mágico, aprende a controlar o pensamento; admite
apenas as ideias que estão em harmonia com o fim desejado, e não toda
Ideia dispersa e contraditória que se apresenta.
17. Pensamento fixo é um meio para um fim. Portanto, preste atenção ao
poder do pensamento silencioso e da meditação. O ato material é apenas a
expressão externa do teu pensamento, e por isso foi dito que “pensar tolice
é pecado”. Pensamento é o início da ação, e se um pensamento casual
pode produzir muito efeito, o que o pensamento fixo não pode fazer?
18. Portanto, como já foi dito: Estabelece-te firmemente no equilíbrio das
forças, no centro da Cruz dos Elementos, aquela Cruz de cujo centro a
Palavra Criativa proferiu no nascimento do Universo alvorecendo.
19. Portanto, sê rápido e ativo como os Silfos, mas evite frivolidades e
caprichos; sê energético e forte como as Salamandras, mas evite
irritabilidade e ferocidade; sê flexível e atento a imagens como as Ondinas,
mas evite ociosidade e inconstância; sê laborioso e paciente como os
Gnomos, mas evite a grosseria e a avareza.
20. Assim gradualmente desenvolverás os poderes da tua alma e te tornarás
apto a comandar os Espíritos dos elementos. Pois se convocasses os
Gnomos para gratificar tua avareza, tu não mais os comandaria, mas eles
te comandariam. Tu abusarias dos seres puros dos bosques e das
montanhas para encher teus cofres e satisfazer tua fome de Ouro? Tu
rebaixarias os Espíritos do Fogo Vivo para servir tua ira e ódio? Tu
violarias a pureza das Almas das Águas para gratificar a tua luxúria de
devassidão? Tu forçarias os Espíritos da Brisa da Noite a ministrar tua
loucura e capricho? Saiba que com tais desejos tu só podes atrair o Fraco,
não o Forte, e neste caso o Fraco terá poder sobre ti.
21. Não há seita na verdadeira religião, portanto, tome cuidado para que não
blasfemes o nome pelo qual outro conhece seu Deus; pois se tu fazes isso
em Júpiter, tu blasfemarás ‫ יהוה‬e em Osíris ‫ יהשוה‬. Pedi e vós tereis!
Procurai e vós encontrareis! Batei e será aberto para vós!

S .: Outra obrigação mais séria agora será exigida de você. Você está disposto a
aceitar?
C .: Sim.
S .: Oficiais, cumpram seu dever.

Eles vão para Altar, W. direciona C. para colocar a mão direita no Livro Aberto. Ele
coloca a Adaga no coração de C., enquanto E. pressiona o Disco sobre sua cabeça.

S .: Repita o seu nome, e diga depois de mim:

-Eu, ______ na Presença dos Poderes da Vida visível e invisível, e deste


Acampamento de Magistas, neste meio e aqui prometo e juro solenemente:

Nunca revelar
O que abaixo do selo está
Dentro da fronteira vigiada
Desta ordem que é a mais Sagrada
A menos que seja para um verdadeiro irmão
Que seja Lustrado
E Consagrado
E para outro não
Usando a Alta Premissa
De um Verdadeiro Magista
Usando uma perfeita porção
De cuidado adequado por precaução
Que ele possa ser devidamente
Testado verdadeiramente
Por divino direito
De um Toque e Sinal feitos
E por cada palavra
Que em plena posse
Ou sessão foi entregada
Em um local como este, dentro de cuja fronteira
Eu permaneço, aspirando a esta Ordem Sagrada que é certeira
E disso me manterei ciente
Pelo nome da Ordo Templis Orientis

S .: Além do juramento de sigilo, existem certas obrigações destinadas a torná-lo


mais eficiente em seu caminho como no nosso. Você está disposto a tomar isso?
C .: Sim
S .: Repita comigo:

Prometo solenemente Saber, Querer, Ousar e Calar. Nestes vários pontos, eu


solenemente juro observar, não menos do que a pena de ter meu Peito cortado,
meu Coração rasgado e jogado para as Aves do Ar, para que elas possam
devorá-lo.

Sele beijando duas vezes O Livro da Lei

Feito
Seu primeiro ato será agora participar de nossa declaração dos Direitos do
Homem. Você deve assinar em triplicidade com seu nome completo e endereço;
uma cópia nós reteremos; os outros devem ser afixados publicamente em edifícios
simbolizando a autoridade civil e religiosa.

Todos levantam a mão direita, C. segurando o Livro. Todos repetem:

"Não há Deus senão o homem"


1. O Homem tem o direito de viver pela sua própria lei;
de viver da maneira como quiser viver;
de trabalhar como quiser;
de brincar como quiser;
de morrer quando e como quiser.
2. O Homem tem o direito de comer o que quiser;
de beber o que quiser;
de morar onde quiser;
de se mover como quiser sobre a face da terra.
3. O Homem tem o direito de pensar o que quiser;
de falar o que quiser;
de escrever o que quiser;
desenhar, pintar, lavrar, estampar, moldar, construir como quiser;
de se vestir como quiser.
4. O Homem tem direito de amar como quiser;
"tomai vossa fartura e vontade de amor como quiserdes, quando, onde e com
quem quiserdes" AL I 51
5. O Homem tem direito de matar esses que quereriam contrariar estes
direitos. "os escravos hão de servir." AL II 58
"Amor é a lei, amor sob vontade"

Aplausos da O.T.O.

S .: Assine.

C. assina.

S .: Em Nome do Mestre Secreto

Coloca o livro na testa.

Em nome da O.T.O.

Coloca Adaga na garganta.

Pela autoridade do Grão-Mestre Baphomet.

Coloca o disco no coração

S .: Eu te Consagro um Magista.
Aplausos da O.T.O.

Eu agora cingi-te com esta espada sagrada; porque você terá necessidade disso.
Designo-te sentinela deste Acampamento, enquanto desfrutamos da sesta do meio-
dia.

E. leva C. à porta e pede que ele o proteja, com o rosto para fora.

O Orador agora lê Isis am I, do Tannhauser

Orador:
Isis eu sou, e da minha vida são alimentados
Todos os chuveiros e sóis, todas as luas que aumentam e diminuem,
Todas as estrelas e correntes, os vivos e os mortos
O mistério do prazer e da dor
Eu sou a mãe! Eu o mar falando!
Eu sou a terra e sua fertilidade!
Vida, morte, amor, ódio, luz, escuridão, volte para mim.
Para mim!

Hathoör sou eu, e para minha beleza desenhada


Todas as glórias do Universo se curvam
A flor e a montanha e o amanhecer
Frutas coram e mulher, a coroa da nossa criação.
Eu sou o padre, o sacrifício, o santuário,
Eu sou o amor e a vida do divino!
Vida, morte, amor, ódio, luz, escuridão, são certamente meu.
É meu!

Vênus sou eu, o amor e a luz da terra


A riqueza dos beijos, o prazer das lágrimas.
O prazer estéril nunca vem à luz
O desejo infinito e infinito de anos.
Eu sou o santuário em que teu longo desejo
Devorou-te com fogo intolerável
Eu era canção, música, paixão, morte, sobre a tua lira.
Tua lira!

Eu sou o Graal e eu a Glória agora:


Eu sou a chama e o combustível do teu peito;
Eu sou a estrela de Deus no teu rosto;
Eu sou tua rainha, arrebatada e possuída.
Esconde-te, doce rio; bem vindo ao mar,
Oceano de amor que te envolverá!
Vida, morte, amor, ódio, vida, escuridão, volta para mim.
Para mim!

Isis eu sou, e da minha vida são alimentados


Todas as estrelas e sóis, todas as luas que aumentam e diminuem,
Crie e crie, viva e morto,
O Mistério da Dor
Eu sou a mãe, eu sou o mar silencioso
A terra, seu trabalho, sua fertilidade.
Vida, morte, amor, ódio, luz, escuridão, volte para mim.
Para mim!

Terceira Parte – A Ordália


S .: Camaradas, vamos nos refrescar no Poço Sagrado.

Todos vão ao Poço, exceto C., e bebem, aguardando um ao outro.

E .: Mais Misterioso Mestre, o Sentinela precisa de refrigério.


S .: Deixe-o beber do Poço.

Todos os assentos retomados, exceto W. e E., que levam C. para o Poço. Eles colocam
as mãos nas bordas para que ele tenha que se inclinar para colocar a boca na água. Ou
ele se desequilibra, ou eles o derrubam e deixam ele para sair da melhor maneira
possível, ou seja feito algo que deixe o C. constrangido.

S .: Irmão Magista, é legítimo satisfazer a sede, mas é prudente observar a


precaução. Seja pela sua falta de equilíbrio ou pela malícia dos outros, você pode
se ver em uma posição vergonhosa, humilhante e ridícula, mesmo que tenha a sorte
de escapar de ferimentos mais sérios. Você deve aprender a fazer uma
determinada coisa de uma determinada maneira em um determinado momento.
Companheiros soldados, que o candidato seja instruído no método adequado de
satisfazer a sede.

W. e E. fazem isto como na Abertura, C. substituindo S. O vinho neste grau é doce


vinho tinto ou champanhe.

S .: Agora você vai se aposentar do acampamento; no seu retorno, eu lhe


comunicarei os segredos de nossa Ordem neste grau.

E. retira o C. do Acampamento

Quarta Parte – A Consagração


S .: (Na volta do C.) Ó Senhor de toda a Magia, eu invoco sobre este candidato, os
Poderes da Esfinge. Que ele adquira Conhecimento, Vontade, Coragem e Silêncio,
para a Glória do Teu Nome Inefável. AUM

A passagem a seguir deve ser inserida assim que um parafuso adequado estiver pronto
para ser enrroscado. O C. tem que girar o parafuso o máximo que puder. Quando ele
desiste, S. diz:

S .: Esta, então, é a medida de sua Coragem, Vontade e Poder para manter o


Silêncio. Agora deixe-me mostrar-lhe.
S. ajusta o parafuso e aperta até o final com uma chave de fenda que até então estava
escondida.

S .: Meu irmão, se você tivesse o poder necessário, você ajustaria este parafuso da
maneira correta.
Envie o candidato em suas viagens com o Sol.

W. e E. o conduzem o C. em Sete voltas ao redor do Poço. O Orador lê as Orações dos


Elementais, de Eliphas Levi:

Oração dos Silfos:


“Espírito de sabedoria, cujo sopro dá e retoma a forma de todas as
coisas; tu, diante de quem a vida dos seres é uma sombra que muda a um
vapor que passa; tu, que sobres às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos;
tu, que expiras, e os espaços sem fim são povoados; tu, que aspiras, e tudo o
que de ti vem a ti volta: movimento sem fim na estabilidade eterna, sê
eternamente bendito. Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel da
luz criada, das sombras, dos reflexos e das imagens, e aspiramos
incessantemente à tua imutável e imperecível claridade. Deixa penetrar até
nós o raio da tua inteligência e o calor do teu amor: então o que é móvel ficará
fixo, a sombra será um corpo, o espírito do ar será uma alma, o sonho será um
pensamento. E nós não seremos mais arrastados pela tempestade, porém
seguraremos as rédeas dos cavalos alados da manhã e dirigiremos o curso dos
ventos da tarde, para voarmos diante de ti. Ó espírito dos espíritos, ó alma
eterna das almas, ó sopro imperecível de vida, ó suspiro criador, ó boca que
aspiras e expiras a existência de todos os entes, no fluxo e refluxo da tua
eterna palavra, que é o oceano divino do movimento e da verdade. Amém”.

Oração das Ondinas


“Rei terrível do mar, vós que tendes as chaves das cataratas do céu e
que encerrais as águas subterrâneas nas cavernas da terra; rei do dilúvio e das
chuvas da primavera, a vós que abris as nascentes dos rios e das fontes, a vós
que ordenais à umidade, que é como que o sangue da terra, de tornar-se seiva
das plantas, nós vos adoramos e vos invocamos. A nós, vossas móveis e
variáveis criaturas, falai-nos nas grandes comoções do mar, e tremeremos
diante de vós; falai-nos também no murmúrio de límpidas águas, e
desejaremos o vosso amor. Ó imensidade na qual vão perder-se todos os rios
do ser, que sempre renascem em vós! Ó oceano das perfeições infinitas!
Altura que vos mirais na profundidade; profundidade que exalais na altura,
levai-nos à verdadeira vida pela inteligência e pelo amor! Levai-nos à
imortalidade pelo sacrifício, a fim de que sejamos considerados dignos de vos
oferecer, um dia, a água, o sangue e as lágrimas, para remissão dos erros.
Amém”.

Oração das Salamandras


“Imortal, eterno, inefável e incriado pai de todas as coisas, que és
levado no carro sem cessar rodante dos mundos que giram sempre; dominador
das imensidades etéreas, onde está ereto o trono do teu poder, e cima do qual
teus olhos formidáveis descobrem tudo e teus belos e santos ouvidos escutam
tudo, atende aos teus filhos, que amaste desde o nascimento dos séculos;
porque a tua dourada, grande e eterna majestade resplandeça acima do
mundo e do céu das estrelas; estás elevado acima delas, ó fogo faiscante; aí, tu
te acendes e te conservas a ti mesmo pelo teu próprio esplendor, e saem da tua
essência regatos inesgotáveis de luz, que nutrem teu espírito infinito. Este
espírito infinito alimenta todas as coisas e faz este tesouro inesgotável de
substância sempre pronta à geração que elabora e que se apropria das formas
de que a impregnaste desde o princípio. Deste espírito tiram também sua
origem estes reis mui santos que estão ao redor do teu trono e que compõem a
tua corte, ó pai universal! Ó único! Ó pai dos felizes mortais e imortais.
Criaste, em particular, potências que são maravilhosamente semelhantes ao
teu eterno pensamento e à tua essência adorável; tu as estabeleceste superiores
aos anjos, que anunciam ao mundo as tuas vontades; enfim, nos criaste na
terceira ordem no nosso império elementar. Aqui, o nosso contínuo exercício é
louvar e adorar os teus desejos; aqui, ardemos incessantemente aspirando a
possuir-te. Ó pai! Ó mãe! Ó mais terna das mães! Ó arquétipo admirável da
maternidade e do puro amor! Ó filho, flor dos filhos! Ó forma de todas as
formas, alma, espírito, harmonia e número de todas as coisas! Amém”.

Oração dos Gnomos


“Rei invisível, que tomastes a terra para apoio e que cavastes os seus
abismo para enchê-los com a vossa onipotência; vós, cujo nome faz tremerem
as abóbadas do mundo, vós que fazeis correr os sete metais nas veias das
pedras, monarca das sete luzes, remunerador dos operários subterrâneos,
levai-nos ao ar desejável e ao reino da claridade. Velamos e trabalhamos sem
descanso, procuramos e esperamos, pelas doze pedras da cidade santa, pelos
talismãs que estão escondidos, pelo cravo de ímã que atravessa o centro do
mundo. Senhor, Senhor, Senhor, tende piedade dos que sofrem,
desabafai os nossos peitos, desembaraçai e elevai as nossas cabeças,
engrandecei-nos. Ó estabilidade e movimento, ó dia envolto de noite, ó
obscuridade coberta de luz! Ó senhor, que nunca retendes convosco o salário
dos vossos trabalhadores! Ó brancura Argentina, ó esplendor dourado! ó
coroa de diamantes vivos e melodiosos! Vós que levais o céu no vosso dedo,
com um anel de safira, vós que escondeis em baixo da terra, o reino das
pedrarias, a semente maravilhosa das estrelas, vivei, reinai e sede o eterno
dispensador das riquezas de que nos fizestes guardas. Amém”.

Quinta Parte – A Instrução


S .: Eu agora procuro instruí-lo nos Segredos deste grau. Avance para mim como
na sua Lustração.

C. o faz

Você vai agora dar um segundo passo como antes, mas com o outro pé; é nesta
posição que os segredos do grau são comunicados. Eles consistem em um Sinal, um
Toque e uma Palavra. O Sinal é duplo.
O primeiro é chamado de Sinal de Vida ou de Manifestação. É dado fechando
ambas as mãos, o polegar estendido, a mão direita a ser mantida com o braço
formando um quadrado com o ombro e o antebraço na vertical; a mão esquerda é
colocada na base do tronco. Esta é a posição característica dos principais Deuses
do Egito.
O segundo é chamado de Sinal da Morte, e é dado largando a mão esquerda para o
lado, e com a outra dando o movimento de esfaquear o coração. Isso alude à
penalidade de sua obrigação.
O Toque é dado como antes, mas, dando seis pressões somente. Este Toque exige
uma Palavra. Esta Palavra é BO, que significa o Senhor. Como no Grau Minerval,
é um nome universal ou título do Altíssimo.

S. Dá uma batida com a Adaga.

Envie o candidato em suas viagens com o Sol.

W. e E. o conduzem o C. em Sete voltas ao redor do Poço

S .: (Recebe o Toque). O que é isso?

E. para o candidato que se repete durante todo o tempo. C. deve ser ensinado este
diálogo completamente durante estas viagens.

E .: (Para C). O Toque ou símbolo de um Magista.


S .: O que isso exige?
E .: (Para C). Uma palavra.
S .: Dê-me essa palavra.
E .: (Para C). Na minha iniciação fui ensinado a ser cauteloso; Eu vou falar com
você.
S .: Eu concordo. Inície.

Feito.

Qual é o seu sgnificado?


E .: (Para C).. O Senhor.

Deixa C. a W.

S .: Passe.
W .: Noble Emir, eu apresento a você um Magista em sua Consagração.
E .: Vou agradecer-lhe para avançar para mim como um Magista.

Feito.
Você tem alguma coisa para se comunicar?
W .: (Para C).. Eu tenho.
E .: (Levantar-se com o Passo) O que é isso?
W .: (Para C). O Toque ou símbolo de um Magista.
E .: O que isso demanda?
W .: (Para C).. Uma palavra.
E .: Dê-me essa palavra.
W .: (Para C). Na minha iniciação eu fui ensinado a ser cauteloso. Eu vou falar com
você.
E .: Eu concordo; inície.

Feito.

Seu Significado?
W .: (Para C). O Senhor.

W. deixa C.

E .: Passe.

Ele se levanta e conduz candidato redondo e para W.

E .: Digno Wazir, eu apresento a você um Magista em sua Consagração.


W .: Eu vou pedir a ele para avançar para mim como um Magista

Feito.

O que é isso?
E .: (Para C).. O primeiro Passo regular.
W .: Você traz mais alguma coisa?
E .: (Para C).. Eu trago.

Dá o Sinal.

W .: O que é isso?
E .: (Para C). O sinal de um Magista.
W .: O que isso alude?
E .: (Para C). A pena da minha obrigação.
W .: Você tem alguma coisa para se comunicar?
E .: (Para C). Eu tenho.

Dá o Toque

W .: O que é isso?
E .: (Para C). O Toque ou símbolo de um Magista.
W .: O que isso demanda?
E .: (Para C). Uma palavra.
W .: Dê-me essa palavra.
E .: (Para C). Na minha iniciação eu fui ensinado a ser cauteloso. Eu vou falar com
você.
S .: Eu concordo; inície.

Feito.
Seu significado?
E .: Para C. O Senhor.

E. deixa C.

W .: Passe.

W. leva C. em volta e para S.

W .: Mais Misterioso Mestre, eu apresento a você um Magista em sua Consagração


para que ele possa receber uma marca de seu favor no início de suas viagens com o
Sol.
S .: Meu irmão, no Primeiro Grau, você foi presenteado com um Manto de Trevas,
na verdade, em sua forma foi ocultada uma certa invocação da Luz. Para aqueles
que assim invocam a Luz, a Luz vem.
Eu, portanto, entrego a você este Triângulo Vermelho ( o S. o faz), o ápice
apontando para baixo, como se fosse uma cunha de Luz dividindo as nuvens que
cercam o nascimento, e aquecendo a vida com seus raios, como está escrito: “O Sol
da Justiça surgirá, com cura em Suas asas”. Este triângulo é também o símbolo
especial do Senhor do Aeon - Ra-Hoor-Khuit; a Criança Conquistadora e Coroada
- o eterno Sol que não morre, a quem adoramos. Eu também cingi-te com esta
Espada, a qual tu deves manter afiada e brilhante, mas nem para cortar sem
necessidade, nem para ser embainhada sem honra.
Sente-se, Irmão Magista.

Orador lê a Constituição da O.T.O.

Uma Intimação referindo-se à Constituição da Ordem

Emitido por Ordem:

BAPHOMET XI° O.T.O.,


HIBERNIÆ IONÆ ET OMNIUM
BRITANNIARUM, REX SUMMUS SANCTISSIMUS

Toda província da O.T.O. é governada por um Grande Mestre e por aqueles aos
quais ele delegue sua autoridade, até que chegue o tempo em que a Ordem esteja
estabelecida, que é o caso quando ela possua onze ou mais Casas de Instrução.
Então a constituição regulamentar é automaticamente promulgada.

1. Esta é a Constituição e Governo de nossa Sagrada Ordem; pelo estudo este


Equilíbrio você pode por si mesmo vir a apreender como reger sua própria
vida. Pois, nas Coisas Verdadeiras, tudo é apenas uma imagem de outra
coisa; o homem não é mais do que um mapa do universo e a Sociedade não
é mais do que o mesmo em uma escala maior.
2. Aprenda então que nossa Sagrada Ordem não tem senão Três Graus
Verdadeiros, tal como está escrito no Livro da Lei: O Eremita, O Amante e
o Homem da Terra.
3. Não é senão por conveniência que estes três graus tenham sido separados
em Três Tríades.
4. A Terceira Tríade consiste nos Graus de Minerval a Príncipe de Jerusalém.
O grau de Minerval é um Prólogo para o Primeiro; os graus subsequentes à
Tríade mas pendentes à ela. Nela, a série do Homem da Terra, não há
outros além de Três Graus; e esses Três são Um.
5. O Homem da Terra não participa do Governo da Ordem; ele não é ainda
chamado a dar sua vida em seu serviço; pois para nós Governar é Servir, e
nada mais. O Homem da Terra é assim na posição do Plebeu em Roma no
tempo de Nenenius Agrippa. Mas há uma marcante diferença; acontece que
cada Homem da Terra é encorajado e dele se espera que avance ao próximo
estágio. De maneira que os sentimentos do corpo geral possam ser
representados, o Homem da Terra escolhe quatro pessoas, dois homens e
duas mulheres, dentre os seus para se postarem continuamente frente ao
pai, o Supremo e Sagrado Rei, servindo-o dia e noite. Estas pessoas não
devem ser de nível mais alto que o Segundo Grau; devem ser voluntários
para este serviço à conclusão da cerimônia; e ainda que eles desistam de seu
próprio avanço na Ordem por um ano, pois eles deverão servir a seus
companheiros. Esta é assim a primeira lição de nosso grande princípio, o
atingir da honra pela renúncia.

(A Leitura se faz necessária até aqui)

6. O grau dos Cavaleiros do Leste e do Oeste é tão somente uma ponte entre a
primeira e a segunda séries; mas é importante, pois neste grau um novo
formulário de admissão deve ser assinado, e o novo Cavaleiro compromete-
se a devotar sua vida ao Estabelecimento da Lei de Thelema.
7. Os membros do Quinto Grau são responsáveis por tudo o que concerne aos
assuntos Sociais da Ordem. Este Grau é simbolicamente o da beleza e da
harmonia; é o local de parada natural para a maioria dos homens e das
mulheres; pois decidir ir adiante, pelo que parece, envolve a renúncia do
tipo mais duro. Aqui então está todo o prazer, paz, bem-aventurança em
todos os planos; o Príncipe Soberano da Rosa-Cruz liga-se igualmente ao
superior e ao inferior, formando um elo natural entre ambos. Contudo
permite a ele manter seus olhos no superior!
8. Neste grau o Mais Sábio Soberano de cada Capítulo deve apontar um
comitê de quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, para gerenciarem
todos os encontros sociais, banquetes, danças, execução de peças e prazeres
similares. Eles também buscar promover harmonia entre os Irmãos e Irmãs
de todas as formas possíveis, e elucidar quaisquer disputas pelo tato e
amizade sem que apelos formais sejam feitos a qualquer tribunal mais alto.
9. O próximo grau, que se coloca entre o Quinto e o Sexto Graus, é chamado
de Senado. Este é o primeiro dos corpos governantes, propriamente
falando, e onde começamos a insistir na Renúncia. Pois este corpo é o
Colégio Eleitoral da O.T.O.
10. O princípio da eleição popular é uma tolice fatal; seus resultados são
visíveis em qualquer auto-denominada democracia. O homem eleito é
sempre medíocre; é o homem seguro, o homem sonoro, o homem que
desagrada à maioria menos que os outros; e jamais o gênio, o homem de
progresso e iluminação.
11. Este colégio eleitoral consiste em Onze Membros de cada país. Tem pleno
controle dos negócios do Homem da Terra, apontando Mestres de Loja
conforme sua escolha. Apenas disso, não tem autoridade sobre os Capítulos
Rosacruzes
12. Aqueles que desejem ser partícipes deste Colégio pelo Supremo e Sagrado
Rei devem ser voluntários para o serviço. A participação se dá por Onze
Anos. Os voluntários devem renunciar neste período a qualquer progresso
na Ordem. Eles devem dar evidências de uma habilidade de primeiro nível
em:
1. alguma forma de atividade física;
2. alguma forma de instrução.
13. Eles devem também possuir um profundo conhecimento geral de história e
da arte do governo, como alguma atenção à filosofia em geral.
14. Eles devem, cada um, viver em solidão, com não mais que o necessário
contato mesmo que com ocasionais vizinhos, servindo-lhes em todos os
aspectos, por três meses contínuos, pelo menos uma vez a cada dois anos.
15. O Presidente irá convocá-los nas quatro estações do ano, e se necessário em
outras ocasiões, quando deliberarão sobre os negócios colocados sob suas
atenções. Todos os pedidos para passar para o Quinto Grau devem receber
sua sanção. Apelos sobre suas decisões podem, contudo, serem feitos ao
Supremo Conselho.
16. O Sexto Grau é um corpo executivo ou militar, e representa o poder
temporal do Supremo e Sagrado Rei. Cada membro deve estar apto a
submeter-se à disciplina militar. Sozinho ou em conjunto com seus
camaradas, cada Rei devota-se a reforçar as decisões de autoridade.
Segue-se o Grau de Grande Inquisidor Comandante. Aqui cada membro
tem o direito de sentar-se no Grade Tribunal, cujo corpo decide todas as
disputas e queixas que não tenham sido resolvidas pelos Capítulos
Rosacruzes ou pelos Mestres de Loja. Seus vereditos não podem ser
apelados, a não ser que um membro do Colégio Eleitoral sancione que o
caso vá ao Areópago do Oitavo Grau. Todos os membros da Ordem, mesmo
os graus mais altos, estão sujeitos ao Grande Tribunal.
17. O próximo grau é o de Príncipe do Segredo Real. Cada membro deste grau
devota-se à Propagação da Lei de uma forma toda especial; pois este grau é
o primeiro no qual o Princípio do Mais Interno Segredo é declarado
abertamente. Ele irá então, por seu próprio esforço, induzir cento e onze
pessoas a unirem-se à Ordem antes que possa proceder ao Sétimo Grau,
exceto por ordem especial do Supremo e Sagrado Rei.
18. O Sétimo Grau é, em linguagem militar, o Grande Batalhão do Exército do
Sexto Grau. De seus membros o Supremo e Sagrado Rei seleciona o
Supremo Grande Conselho.
19. Este Conselho é encarregado do governo de toda a Segunda Tríade, ou
Amantes. Todos os membros do Sétimo Grau viajam como Grandes
Inspetores Soberanos Gerais da Ordem e reportam-se, por sua própria
iniciativa, ao Supremo e Mais Sagrado Rei, bem como as condições de todas
as Lojas e Capítulos, ao Supremo Conselho em todos os assuntos da
Segunda Tríade e ao Colégio Eleitoral naqueles da Terceira.
20. O Oitavo Grau é um Corpo Filosófico. Seus membros começam a ser
totalmente instruídos nos Princípios da Ordem, salvo um ponto somente,
devotam-se ao entendimento do que aprenderam em sua iniciação. Têm
poder para reverter as decisões do Grande Tribunal e intervir nos conflitos
entre quaisquer dos corpos locais. E isso eles fazem pelos grandes princípios
da filosofia. Pois sempre ocorrerá em qualquer contenda entre duas partes
que ambos estejam certos em seus próprios pontos de vista. Isso é tão
importante que uma ilustração se faz desejável. Um homem é atacado de
lepra; é correto que este homem deva limitar sua liberdade isolando-se de
seus companheiros? Outro toma posse de alguma terra ou outro bem de uso
comum; deve ele ser compelido a render-se? Tais casos difíceis envolvem
profundos princípios filosóficos e o Areópago do Oitavo Grau é
encarregado do dever de resolvê-los de acordo com os grandes princípios da
Ordem.
21. Face ao Areópago está um Parlamento das Guildas independente. Dentro
da Ordem, a despeito de graus, os membros de cada ofício, comércio,
ciência ou profissão formam uma Guilda, fazem suas próprias leis e buscam
seu próprio bem, por todas as maneiras pertinentes à seus trabalhos e meios
de vida. Cada Guilda escolhe aquele mais eminente para representá-la
frente ao Areópago do Oitavo Grau; e todas as disputas entre as várias
Guildas são levadas frente àquele Corpo, o qual decidirá de acordo com os
grandes princípios da Ordem. Suas decisões passam pela ratificação do
Santuário da Gnose, e então pelo Trono.
Epítomes e Pontífices deste grau exaltado devem viver em isolamento por
quatro meses consecutivos de cada ano, meditando nos mistérios a eles
revelados.
22. O Nono Grau – o Santuário da Gnose – é sintético. O dever primordial de
seus membros é o estudo e a prática da teurgia e da taumaturgia do grau;
mas em adição a isso, eles devem ser preparados para agir como
representantes direitos do Supremo e Mais Sagrado Rei, irradiando sua luz
por todo o mundo. Ainda, dada a natureza de suas iniciação, eles devem
velar sua glória em uma nuvem de escuridão. Eles se movem sem serem
vistos ou reconhecidos entre os mais jovens de nós, sutilmente e
elevadamente liderando-nos aos sagrados mistérios inefáveis da Verdadeira
Luz.
23. O Supremo e Mais Sagrado Rei é indicado pelo O.H.O. (Cabeça Externo da
Ordem). Ele é o responsável supremo por tudo em seu sagrado reino. A
sucessão do alto cargo do O.H.O. É decidida de maneira não declarada;
mas isso você deve aprender, Oh Irmão Mago, que ele pode ser escolhido
desde o grau de Minerval. E aqui reside um mais sagrado Mistério.
24. O Colégio Eleitoral possui ainda um poder singular. A cada onze anos, caso
haja vaga disponível, eles devem escolher duas pessoas do Nono Grau, os
quais são encarregados do poder da Revolução.
25. É do dever destas pessoas constantemente criticar e opor-se aos atos do
Supremo e Mais Sagrado Rei, não importando se os aprovam ou não. Caso
ele exiba fraqueza física, mental ou moral eles têm o poder de apelar ao
O.H.O. que o deponha; mas eles, dentre todos os membros da Ordem, não
são passíveis de o suceder.
26. O O.H.O., sendo a suprema autoridade na Ordem, agirá, em tal
emergência, da melhor forma possível. Ele mesmo pode ser removido do
cargo, mas apenas por votação unânime de todos os Membro do Décimo
Grau.
27. Do Décimo Primeiro Grau, seus poderes, privilégios e qualificações, nada
deverá ser digo a qualquer grau. Ele não tem relação com o plano geral da
Ordem, é inescrutável e habita seus próprios Palácios.
28. Há certas obrigações financeiras importantes nos vários graus.
29. O Colégio Eleitoral do Senado faz voto de pobreza. Todas as propriedades,
bens ou salários são entregues ou pagos ao Grande Tesoureiro Geral. Os
membros subsistem da caridade da Ordem, que estende-se a eles de acordo
com seu nível de vida original.
30. Isto aplica-se igualmente ao Supremo Grande Conselho e a todos os graus
mais altos.
31. No Sétimo Grau há uma qualificação que é passar alguma propriedade real
à Ordem, e ninguém é admitido a este grau sem esta preliminar.
Aqueles membros da Ordem que tenham dado tudo devem obter o dinheiro
de suas taxas de iniciação e subscrição à Terceira Tríade, cuja honra é
concernida assim na sustentação abnegada daqueles que abandonaram
tudo por seus camaradas.
32. O Grande Tesoureiro Geral é apontado pelo Supremo e Mais Sagrado Rei;
ele pode ser um membro de qualquer grau mas ele deve, ao aceitar o cargo,
tomar voto de pobreza. Sua autoridade é absoluta em todos os assuntos
financeiros; mas ele deve ser responsável ante, e pode ser removido à
vontade por, o Supremo e Mais Sagrado Rei. Ele irá indicar um comitê
para assisti-lo e aconselhá-lo em seu trabalho e ele irá usualmente
selecionar uma pessoa de cada um dos corpo governantes da Ordem.

Este é um breve descritivo do governo da O.T.O.. Ele combina monarquia com


democracia; inclui aristocracia e contém mesmo as sementes da revolução, apenas
pela qual o progresso pode se efetuar. Assim equilibramos as Tríades, unindo as
Três em Uma; assim unimos todos os aspectos da paixão e do interesse humanos e
os unimos em uma tapeçaria harmoniosa, sutil e diligente com grande arte para
que nossa Ordem possa ser qual um ornamento mesmo entre as Estrelas no Céu
Noturno. Em nossa textura multicolorida determinamos a glória de todo o
Universo – Olha para ela, irmão Mago, que tua própria determinação seja forte e
pura, e de uma cor brilhante em si mesma, ainda que pronta a unir-se em toda a
beleza da irmandade!

S .: É um costume imemorial entre nós, de modo que a memória do Homem não


corre ao contrário, que os oficiais do Acampamento ofereçam um banquete ao
recém Consagrado Magista. Você significou sua intenção de se conformar com esse
costume e, com a conclusão da noite, podemos passar do trabalho para o descanso.

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