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PONTOS
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Á Glória do Grande Arquiteto do Universo [Nota: Intencionalmente possuindo nove letras – P]
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PRÓLOGO:
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ARTIGO I
DEVERES PARA COM DEUS E A RELIGIÃO:
1.
2.
Mas como manter-te de pé aos olhos do Eterno, tu, de tão frágil constituição?
Como, inquiro, se a cada momento podes afaster-te do caminho da Eternidade,
conspurcando tua própria santidade, mesmo tendo o Infinito entregue a ti em todos os
momentos?
Rendido às vaidades limitadas facultativamente na razão, podes ver a consolação no
futuro?
Comparado à imagem do Eterno, o que contas?
Seja grato, e nunca esqueças as possibilidades infinitas do Renascimento e da
Regeneração.
Humilhe-se no Logos vivo, a Palavra extendida, e abençõe a Providência por teres
nascido em uma época e local onde o caminho da iluminação pode abrir-se perante ti.
Professe em todos os locais a Religião Divina: a Religião da Verdade.
E não dobres as pernas ou os joelhos por vergonha de pertencer a suas Hordas Eternas.
O Evangelho de tuas obrigações é a Verdade, e se não fores da Verdade, deixas
imediatamente de ser um Iniciado.
Anuncie através de todas as tuas ações uma devoção iluminada e vigorosa.
Anuncie sem hipocrisia, sem fanatismo, que a Via não meramente especula verdades:
porque é o próprio Exercício da Verdade o que te define, e a todos os teus deveres
morais.
Assim a Verdade te ensinará e guiará, assim como a teus irmãos Humanos, garantindo o
regozijo e a felicidade.
Assim nunca tremerás - nem sob os olhos dos homens, nem sob o trono de Deus.
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3.
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ARTIGO II
IMORTALIDADE DO ESPÍRITO:
1.
Homem!
Rei do mundo!
Obra-prima da criação, aquele que o Eterno animou com Seu sopro.
Medita na tua sublime escolha.
Tudo à tua volta: tudo o que vive, a dimensão animal e a vegetal, minguam com o
tempo e estão sujeitos ao teu domínio: o teu Espírito imortal.
Teu Centro oculto é Uno, é Todo, e emana do seio da Divindade, e sobreviverá a todas
as coisas materiais, não morrendo jamais.
Esta é a verdadeira marca da tua nobreza, o selo vivo da tua alegria.
Isto é o que esqueceste.
E através do orgulho da tua mente, atiraste a ti mesmo no abismo do esquecimento.
Por tua própria Vontade, degradaste a ti.
Apesar de tua grandeza, primordial e presente, o que és agora, comparado ao Eterno?
Adore o Infinito, apesar do pântano do mundo finito.
Separe cuidadosamente o teu indestrutível princípio celeste das substâncias estrangeiras
que agora te compõem.
Cultives teu Espírito imortal e aperfeiçoes a tua Alma, para que esta unção sagrada seja
um templo de Pura Luz, quando de teu ser tiveres separado os vapores da matéria
grossa.
Assim liberto serás das correntes da escravidão, tendo atingido a felicidade a partir deste
seio da desgraça, imperturbável na tempestade da vida; podendo morrer sem nenhum
medo.
2.
Iniciado!
Se algum dia duvidares da natureza imortal de teu Espírito e da Nobreza de tua herança,
a Iniciação nenhum fruto terá para ti.
Cessarias de ser o filho adotivo da Sabedoria e estarias perdido na multidão de seres
materiais e profanos, tateando pela Luz no abismo obscuro.
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ARTIGO III
DEVERES PARA COM O SOBERANO E A PÁTRIA:
1.
O homem, errando pela floresta, sem a cultura e sem seus semelhantes, não tem a
possibilidade de partilhar na comunidade do Divino, ou participar no bem-estar e na
alegria que estão guardados a ele.
Seu Ser cresce em seus semelhantes, sua Mente é fortalecida pelo conflito de opiniões;
mas uma vez membro da sociedade, ele é inclinado a um esforço constante, gerado no
ensimesmamento e nas paixões desordenadas, e sua inocência logo sucumbe, seja à
força ou à decepção.
E portanto ele viu a necessidade de criar leis do mundo que o guiem, e líderes para
mantê-lo.
2.
Homem de senso!
Honre teus pais; honre àqueles que governam o estado, e peças por sua conservação:
porque eles serão representantes do Divino na terra.
Assim deverá também o teu Coração ser teu Rei, e as leis dele a tua Lei.
Então tome cuidado: pois no final, podes apenas trair a ti mesmo.
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construção do Templo da Verdade, nunca juntando-se à corrente dos fracos, no reino da
hipocrisia e do perjúrio.
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ARTIGO IV
DEVERES PARA COM A HUMANIDADE:
1.
Então, se os limites de teu reino se abrirem, escolhendo o teu coração cruzar todas as
fronteiras de teu império, inflamando, partilhando do coração de outros homens, então
poderás ver que todas as nações nascem da mesma raíz comum.
Não falharás em reconhecer que a Humanidade não é nada mais que uma mesma
família; e valorizarás cada homem, por termos todos os mesmos orgãos, a mesma
vontade precipitando-se ao amor, o mesmo desejo de trabalhar utilmente, e um Espírito
imortal como o teu.
2.
Finalmente, podes sentir a sublime meta de nossa Ordem Sagrada; devotes toda a tua
vida e atividade para a beneficiência; enobreças, purifiques e fortaleças esta escolha ao
trabalhar incansavelmente em tua alma, aproximando-se do Divino.
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ARTIGO V
BENEFICIÊNCIA:
1.
Criado à imagem de Deus, que se dignou a comunicar seu Ser à humanidade a fim de
espalhar nela a alegria; aborde este exemplo do Infinito com uma vontade firme de
desenvolvê-lo, e deixe a regozijante satisfação derramar-se sobre os outros até o
máximo de seu poder: porque aquilo que o Espírito chega a conceber de Divino é a
herança do Iniciado.
2.
3.
Todo Ser que sofre ou lamenta tem direitos sobre ti; cuide de não ignorá-los! Não
espere ouvir o choro rasgante da miséria. Intervenhas, reestabilizando, aqueles que
sofrem em silêncio. Não envenenes com a ostentação de teus dons a fonte de água viva,
o bebedouro do infeliz. Não procures a recompensa de tua benevolência no aplaso vão
da multidão; porque o Iniciado busca sua única recompensa na calmaria de sua
consciência e no reforço do reconhecimento Divino, olhos estes sob os quais ele
permanece sempre ereto.
4.
Tome cuidado com a avareza, a mais sordida das paixões, a fim de que ela não degrade
teu caráter; porque teu coração, então, endureceria com os cálculos frios e áridos
trazidos por ela. Se algum dia murchares repentinamente com este sopro triste e egoísta,
abandone imediatamente o nosso Templo, porque este seria uma morada estrangeira
para ti, e não mais poderíamos reconhecer em ti a imagem original do Divino.
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5.
Com tua beneficiência acendida pela religião, a sabedoria e a prudência, teu coração
tenderá a abraçar toda a humanidade, e então deverá teu Espírito escolher muito
cuidadosamente onde se aplicar.
Exceda-se! Sempre retorne ao trabalho, pois somente assim receberás novas forças. E
assim serás inundado por contínuos arroubos de sublime paixão, uma inextinguível
fonte de prazeres será preparada para ti: atingirás ainda nesta terra as primeiras
impressões da felicidade celestial, com tua alma crescendo, e todos os momentos de tua
vida sendo tomados pelo êxtase do Espírito.
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ARTIGO VI
OUTROS DEVERES MORAIS PARA COM A HUMANIDADE:
1.
Ames o próximo como a ti mesmo, e nunca faças a ele o que não queres feito a ti.
Ajas com porte mas sem afetações; erija-se de forma a ser um exemplo divino.
Partilhes da alegria alheia, sem fazer-se invejoso dela.
Não permitas que o frêmito da inveja se levante, por um momento sequer, em teu peito,
pois em sua raíz, e por sua força, ele perturba a tranqüilidade de tua felicidade, deixando
tua alma sujeita à tempestade das fúrias mais miseráveis.
2.
Perdoe teus inimigos; pois não terás vingança ao que eles fizeram consigo mesmos.
Sempre rememore: este é o único triúnfo da Beleza – o único domínio da Vontade sobre
o instinto.
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ARTIGO VII
PERFEIÇÃO MORAL PARA SI MESMO:
1.
Ao devotar-se para o bem alheio, nunca esqueças do teu próprio aperfeiçoamento e não
negligencies as necessidades de tua alma imortal.
Mergulhes com freqüência em teu coração, para experimentar de suas mais secretas
dobras.
Tua alma é um espelho fragmentado, que dispersa toda a Luz; reconstrua-o com
julgamentos ao teu Desejo até que a sua verdadeira imagem possa ser refletida.
2.
Pureza e severidade deverão ser tua companhia inseparável, fazendo-te respeitável aos
olhos dos profanos, mantendo a tua alma pura, objetiva, verdadeira e humilde.
O orgulho é, de todos, o inimigo mais perigoso do homem, pois causa uma confiança
ilusória nas próprias forças.
Não pares para ficar olhando o local através de onde vieste ao mundo, isto apenas atrasa
a tua jornada.
Mantenha os olhos aonde precisas chegar.
Teu tempo de viagem é curto; use-o bem e use-o agora!
Nunca te julgues por olhos alheios; isto nada mais é do que auto-envenenamento da
alma.
Tua medida é o teu padrão, e para tal hás que sentir o gume de tua própria espada!
3.
Se falares, que seja a Verdade, e não os meandros de teu coração, deixando os lábios
serem uma arma fiel e verdadeira para ti.
O Iniciado que abdica da verdade em nome das máscaras da hipocrisia e dos artifícios
seria de todo indigno de viver entre nós, pois semearia desconfiança e discórdia em
nossos templos de paz, logo tornando-se uma praga e um horror para si mesmo.
4.
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5.
Por fim, estudes o significado dos hieróglifos e emblemas que nossa Ordem a ti
apresenta.
A Natureza vela todos os seus segredos, ansiando para que sejam desvelados.
Medites nisto, e cuides do que descobrires.
Porque estes mistérios são unificados, e foram designados ao Homem, para ensinar a
relação entre Deus, o universo e tu mesmo.
Assim teus desejos serão preenchidos, e teu Espírito Divino te ensinarás como forjar teu
destino.
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ARTIGO VIII
DEVERES PARA COM OS IRMÃOS:
1.
2.
Nunca enrubesça perante um desconhecido. Nunca faça um estranho enrubescer por tua
causa.
Todos os Homens têm o nascimento Nobre, e enquanto Iniciado é teu dever sagrado
agir conforme a isto.
Falhando ao fazê-lo, só nos restaria mandar-te de volta ao mundo com tua vaidade, onde
poderás livremente profanar-te através dos teatros do mundo.
Sejas para os outros um abrigo e um asilo, e o Eterno será tua morada eternamente.
Se teu irmão está em perigo, acorras a ele, não hesitando em dar tua vida por ele.
Mas não espere nada da Irmandade, nem mesmo na mais profunda necessidade.
Se necessário, forneças a teu Irmão os teus tesouros, regozijando com a possibilidade de
o fazer.
Se teu irmão se desvia, vá até ele enquanto um espelho de Luz que ele poderá carregar
nas trevas. Dando suporte ao que cambaleia, e levantando o que cai.
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3.
Se teu coração adoecer com insultos, sejam eles reais ou imaginários, ou se mantiveres
secreta inimizade contra algum de teus irmãos, dissipes imediatamente a nuvem advinda
disto. Chame em teu socorro o Paráclito Desconhecido; peças por sua mediação
fraterna; mas nunca passes pelo portal do Templo sem que qualquer sentimento de raiva
ou inimizade tenha sido banido.
Porque se o Templo não está purificado pela virtude dos Irmãos e santificado por sua
harmonia, os vossos chamados ao Eterno serão em vão, jamais atingindo Dele a
necessária condescência para fazer de vossa casa a Sua morada.
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ARTIGO IX
DEVERES PARA COM A ORDEM:
1.
Porque, com um ato destes, não és mais um mero buscador da Verdade, pois te tornaste
também o seu Guardião.
2.
A lei à qual juraste perante aquilo que guardas como mais Sagrado nada mais é do que
uma honorável observância de confiança: manter secretos os nossos rituais, cerimônias,
símbolos e a Forma de nossa Associação.
Cuides de não acreditar que este juramento é menos sagrado do que qualquer outro
compromisso, palavra, causa ou pensamento que possas professar; porque cada palavra
tua é um reflexo da honra e altivez de teu ser.
Não temas penalidades ou perjúrios de nossa parte, sabendo apenas que nunca
escaparias da punição de teu próprio coração, assim como a perda de confiança e de
respeito por parte de teus Irmãos, que teriam todo o direito de declarar-te: sem fé e sem
honra.
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CONCLUSÃO:
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