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Rui de Sousa
Maio de 2015
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ............................................................................. 7
1.1 Objetivos....................................................................................... 11
2 ESTADO DA ARTE .......................................................................13
2.1 Pedreiras ....................................................................................... 13
2.1.1 Processo Produtivo e Atividades Complementares ............................... 15
2.1.1.1 Perfuração e Desmonte ................................................................ 16
2.1.1.2 Ciclo de Carga, Transporte e Descarga ........................................... 17
2.1.1.3 Britagem/ Unidades de Transformação ........................................... 18
2.1.1.4 Central de Areias ......................................................................... 19
2.1.1.5 Expedição .................................................................................. 19
2.1.1.6 Outras Atividades ........................................................................ 20
2.1.2 Enquadramento Legal ...................................................................... 21
2.2 Som e Ruído .................................................................................. 23
2.2.1 Características e Propriedades do Ruído ............................................. 25
2.2.2 Efeitos do Ruído na Saúde ................................................................ 27
2.2.2.1 Sistema Auditivo ......................................................................... 27
2.2.2.2 Audibilidade ................................................................................ 30
2.2.3 Efeitos do Ruído na Saúde ................................................................ 32
2.2.3.1 Sistema Auditivo ......................................................................... 32
2.2.3.2 Sistema Extra Auditivo ................................................................. 36
2.2.4 Enquadramento Legal ...................................................................... 37
2.2.4.1 Medidas de Prevenção e Proteção .................................................. 39
3 Metodologia ...............................................................................45
3.1 Pesquisa Bibliográfica...................................................................... 46
3.2 Procedimento de Medição ................................................................ 46
3.2.1 Referências .................................................................................... 46
3.2.2 Equipamentos ................................................................................. 47
3.2.2.1 Calibração .................................................................................. 47
3.2.3 Técnica de Medição ......................................................................... 47
3.2.3.1 Seleção da Posição de Medição ...................................................... 48
3.2.3.2 Intervalo de Tempo de Medição ..................................................... 48
3.2.3.3 Duração das Tarefas de Trabalho ................................................... 49
3.2.3.4 Medição do LAeq,Tk para cada Tarefa de Trabalho............................... 49
3.2.3.5 Duração da Amostragem .............................................................. 49
de Sousa, Rui 2
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 3
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
DEFINIÇÕES
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 5
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 6
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
1 INTRODUÇÃO
de Sousa, Rui 8
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 9
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
1.1 Objetivos
de Sousa, Rui 11
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 12
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
2 ESTADO DA ARTE
2.1 Pedreiras
Classe 0812 Extração de saibro, areia e pedra britada; extração de argilas e caulino
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Perfuração e
Carga, Transporte e Descarga Britagem
Desmonte
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 17
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
2.1.1.5 Expedição
de Sousa, Rui 19
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 20
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 22
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
De acordo com Miguel (2014) “O ruído constitui uma causa de incómodo para
o trabalho, um obstáculo às comunicações verbais e sonoras, podendo
provocar fadiga geral e, em casos extremos, trauma auditivo e alterações
fisiológicas extra auditivas (...). Quando o ruído atinge determinados níveis,
o aparelho auditivo apresenta uma fadiga que, embora inicialmente seja
suscetível de recuperação, pode em casos de exposição prolongada a ruído
de Sousa, Rui 23
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 24
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 25
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Um som pode ainda ser composto por uma ou várias frequências, facto que o
classifica como som puro ou som composto, se detém apenas uma ou mais
frequências respetivamente. No âmbito ocupacional, o ruído é composto, pois
é resultado de várias fontes sonoras e de diferentes frequências. Pode, no
entanto, existir predominância de alguma frequência em relação a outras.
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Ouvido Externo
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Ouvido Médio
Ouvido Interno
O ouvido interno está por sua vez subdividido em 3 partes: o nervo auditivo,
os canais semicirculares e a cóclea.
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
2.2.2.2 Audibilidade
50 4000
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
-10
10
Ouvido Direito
Limiar de Audição (dB)
20
Ouvido Esquerdo
30
40
Audição Normal
50
Perda Auditiva
60
70
80
125 250 500 1000 2000 4000 8000
Frequência (Hz)
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
0
Audição Normal
10
20
Estádio 1
30
Perda Auditiva (dB)
40 Estádio 2
50
60 Estádio 3
70
80
90
500 1000 2000 3000 4000 6000
Frequência (Hz)
Ressalve-se que a perda auditiva pode ser resultado de outros fatores para
além do ruído, nomeadamente, a idade (presbiacusia), fatores hereditários,
contacto com substâncias e medicamentos ototóxicos, doenças do foro
otológico ou infeciosas (como meningite, sarampo ou encefalite) ou traumas
físicos no canal auditivo.
de Sousa, Rui 36
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Além dos efeitos que essas patologias causam ao trabalhador, existe uma
possível associação causal entre a exposição ocupacional ao ruído e a
ocorrência de acidentes de trabalho, decréscimo do rendimento do
trabalhador, com influência na sua produtividade e qualidade do serviço
prestado.
de Sousa, Rui 37
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 38
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Caso hajam
alterações
significativas nos
Caso hajam
postos de trabalho
alterações
ou se o resultado da
significativas nos
vigilância da saúde
postos de trabalho
Avaliar os riscos da exposição ao ruído demonstrar a
ou se o resultado da
durante o trabalho necessidade de nova
vigilância da saúde
avaliação ou, caso
demonstrar a
não se verifique
necessidade de nova
nenhuma das
avaliação
anteriores, com
periodicidade
mínima de 1 ano
Colocar em prática um programa de medidas
técnicas e organizacionais para redução da --- Obrigatório
exposição ao ruído
Sinalizar os locais, delimitá-los e estabelecer
--- Obrigatório
limitações de acesso aos mesmos
Informar os trabalhadores sobre os riscos
potenciais para a segurança e saúde derivados Obrigatório Obrigatório
da exposição ao ruído durante o trabalho
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Obrigatório
Verificar a função auditiva ---
(Anualmente)
Obrigatório Obrigatório
Realizar exames audiométricos
(Bianualmente) (Anualmente)
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
5 — Organização do trabalho.
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
de Sousa, Rui 44
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
3 METODOLOGIA
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
3.2.1 Referências
de Sousa, Rui 46
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
3.2.2 Equipamentos
- Microfone e pré-amplificador;
3.2.2.1 Calibração
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
1 I
L Aeq, Tk 10 log
I
10
i1
0,1L Aeq, Tki
,
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
M Tk
L EX,8h 10 log
T
m1 0
10
0,1L Aeq, Tk
,
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
4 RESULTADOS
de Sousa, Rui 54
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
599
600
Número de Trabalhadores
500 Masculino
400
Feminino
300
200
22
100
0
Sexo
110
120 104 100
100 89
Número de Trabalhadores
78
80
53
60
34
40 23
18
20 5 6
0 0 1
0
< 20 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 > 75 S/ Inf.
Idade (Anos)
155
149
160
140
Número de Trabalhadores
114
120 97
100
80
53
60
31
40
11
20 1 0 3 3 0 4
0
<5 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-55 > 55 S/ Inf.
299
300
250
Número de Trabalhadores
200
150
100
51
40
50 24 22
12 16 15 19 21 14
5 6 7 6 9 11 10 7 10 8
2 1 1 3 2
0
Servente
Cabouqueiro
Analista/ Apontador
Outra
Mecânico
Analista/ Auxiliar de Laboratório
Electricista
Operador de Dumper
Encarregado/ Encarregado de Pedreira
Operador de Britagem
Operador de Carro Perfurador/ Roc
Operador de Giratória
Operador da Balança/ Apontador
Técnico de Compras
Téc. Eng. Centro de Prod. de Agregados
Serralheiro/ Mecânico
Arvorado
Gestor de Pedreira
Operador de Pá-Carregadora
Resp. Laboratório/ TSHST
Administrativo/ Adjunto do Gestor
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
7 Laboratório
8 Escritório/ Balança
9 Pá-Carregadora
10 Giratória (Martelo)
11 Giratória (Balde)
12 Dumper/ Camião
13 Perfuradora/ Roc
de Sousa, Rui 57
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Pode-se verificar que as tarefas com uma maior taxa de ocupação diária e
consequente tempo de exposição eram a Perfuradora/ Roc, a Giratória
(Martelo), o Escritório/ Balança e a Giratória/ Balde, cada uma com 7h
médias diárias. As que apresentaram menor tempo médio diário de
exposição foram a Central de Britagem (Exterior da Cabine), Central de
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
8 7,1
7 7 6,8
6,5
7 6,2
6 5,4
4,9
Horas (média)
5 4,3
3,8
4
2,9
3
1,7
2 1,1
0
7 - Laboratório
11 - Giratória (Balde)
12 - Dumper/ Camião
4 - Central de Areias (Exterior da Cabine)
13 - Perfuradora/ Roc
1 - Central de Britagem (Interior da Cabine)
10 - Giratória (Martelo)
6 - Oficina/ Armazém (Ambiente Geral)
3 - Central de Areias (Interior da Cabine)
8 - Escritório/ Balança
5 - Zona de Produção (Ambiente Geral)
2 - Central de Britagem (Exterior da Cabine)
9 - Pá-Carregadora
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Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
50 Protetor A
Protetor B
40 Protetor C
Atenuação Média (dB)
Protetor D
30 Protetor E
Protetor F
20 Protetor G
Protetor H
10 Protetor I
Protetor J
0 Protetor K
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Frequência (Hz)
8 Protetor A
Protetor B
7
Protetor C
6
Desvio Padrão (dB)
Protetor D
5 Protetor E
4 Protetor F
3 Protetor G
Protetor H
2
Protetor I
1
Protetor J
0 Protetor K
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Frequência (Hz)
de Sousa, Rui 60
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
1 - Central de Britagem (Interior da Cabine) 77,5 110,7 57,4 63,7 69,1 72,5 70,9 68,6 62,3 52,6
2 - Central de Britagem (Exterior da Cabine) 94,2 124,5 69,8 78,3 84,7 88,2 88,7 86,5 81,6 72,6
3 - Central de Areias (Interior da Cabine) 72,9 107,0 51,9 58,7 65,4 68,6 65,5 62,5 56,4 48,7
4 - Central de Areias (Exterior da Cabine) 84,2 113,0 61,7 68,0 75,6 78,2 77,8 75,8 72,3 65,0
5 - Zona de Produção (Ambiente Geral) 85,9 113,0 60,6 69,0 74,0 78,9 80,5 79,4 75,5 66,4
6 - Oficina/ Armazém (Ambiente Geral) 74,6 115,5 46,8 52,7 58,7 64,7 66,5 66,3 63,5 57,0
7 - Laboratório 88,1 116,9 40,8 47,0 57,2 67,6 74,8 80,2 84,3 81,5
8 - Escritório/ Balança 61,8 100,1 34,5 42,8 50,4 57,6 54,8 52,8 49,4 43,7
9 - Pá-Carregadora 74,9 115,3 58,5 63,2 64,7 70,3 67,5 64,5 60,5 52,7
10 - Giratória (Martelo) 82,0 126,8 66,4 71,7 73,1 74,8 74,9 74,8 69,4 61,3
11 - Giratória (Balde) 77,1 122,8 62,2 67,8 69,7 71,0 69,2 67,1 62,2 55,3
12 - Dumper/ Camião 76,0 122,3 62,1 65,9 66,6 70,1 68,1 66,4 62,2 56,2
13 - Perfuradora/ Roc 88,5 119,8 58,2 67,2 74,0 79,2 79,9 80,9 78,5 72,7
(Exterior da Cabine)”, mas apenas até aos 2000 Hz. Para as frequências de
4000 Hz e 8000 Hz o maior nível médio de ruído pertencia à tarefa “7 -
Laboratório”.
Gráfico 9 – Nível Sonoro Contínuo Equivalente (LAeq,T), Ponderado A Obtido nas Diferentes
Tarefas (valor médio)
7 - Laboratório
50
8 - Escritório/ Balança
40 9 - Pá-Carregadora
30 10 - Giratória (Martelo)
20 11 - Giratória (Balde)
10 12 - Dumper/ Camião
0 13 - Perfuradora/ Roc
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tarefas
de Sousa, Rui 62
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Gráfico 10 – Nível Sonoro Contínuo Equivalente (LAeq,T), Ponderado A Obtido nas Diferentes
Tarefas (Valores Mínimos, Médios e Máximos)
Mínimo
110
100
90
80 Média
LAeq dB(A)
70
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tarefas
A menor diferença entre os valores máximo e mínimo foi patente nas tarefas
“7 - Laboratório” e “4 – Central de Areias (Interior da Cabine)”, com apenas
9 dB(A) e 11 dB(A), respetivamente. Este facto deverá estar associado a
duas situações: por um lado, estas tarefas só foram avaliadas por 7 e 9
de Sousa, Rui 63
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
80
70 Média
LAeq dB(A)
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
Mínimo
110
100
90
80
70 Média
LAeq dB(A)
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
de Sousa, Rui 64
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
80
LAeq dB(A)
70 Média
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
Mínimo
110
100
90
80
70 Média
LAeq dB(A)
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
de Sousa, Rui 65
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
LAeq dB(A)
80
70 Média
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
Mínimo
110
100
90
80
70 Média
LAeq dB(A)
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
de Sousa, Rui 66
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
80
70 Média
LAeq dB(A)
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
Este ruído foi marcado pela percussão do agregado britado nos peneiros
metálicos, utilizados no ensaio de “análise granulométrica”. Sendo a
peneiração manual, o trabalhador que executava este ensaio estava muito
perto da fonte de ruído e sujeito a essa exposição excessiva de sons agudos.
de Sousa, Rui 67
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
80
Média
LAeq dB(A)
70
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
De acordo com a classificação deste ruído pela frequência, este era médio,
sendo mais percetíveis as frequências dos 500 Hz aos 200 Hz.
Mínimo
110
100
90
LAeq dB(A)
80
70 Média
60
50
40
30
20 Máximo
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
de Sousa, Rui 68
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
80
Média
LAeq dB(A)
70
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
Mínimo
110
100
90
80
LAeq dB(A)
70 Média
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
de Sousa, Rui 69
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Mínimo
110
100
90
LAeq dB(A)
80
70 Média
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
Mínimo
110
100
90
80
Média
LAeq dB(A)
70
60
50
40
30 Máximo
20
10
0
63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Tarefas
de Sousa, Rui 70
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Gráfico 24 – Nível de Pressão Sonora de Pico (LCpico) Obtido nas Diferentes Tarefas
(Valor Médio)
80 7 - Laboratório
8 - Escritório/ Balança
60
9 - Pá-Carregadora
40 10 - Giratória (Martelo)
11 - Giratória (Balde)
20
12 - Dumper/ Camião
0 13 - Perfuradora/ Roc
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tarefas
de Sousa, Rui 71
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
Gráfico 25 – Nível de Pressão Sonora de Pico (LCpico) Obtido nas Diferentes Tarefas
(Valores Mínimos, Médios e Máximos)
Mínimo
140
130
120
110
100 Média
90
LAeq dB(A)
80
70
60
50
40 Máximo
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tarefas
O valor máximo de LCpico atingido foi de 135 dB(C) e foi na tarefa “12 –
Dumper/ Camião”. Este valor resultou da soma dos seguintes fatores:
dumper antigo, algo degradado no seu estado de conservação e com os
vidros trepidantes por falta de borracha de isolamento; forma “bélica” de
carregar o dumper por parte do operador da giratória, com muitos embates
do balde na báscula do dumper.
de Sousa, Rui 72
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
S/ Inf.
105; 17%
Gráfico 27 - Distribuição da Exposição Pessoal Diária Efetiva (LEX,8h, efect), por Trabalhador
347; 100%
de Sousa, Rui 73
Exposição Ocupacional ao Ruído nas Pedreiras
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S/ Inf.
617; 99%
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5 CONCLUSÕES E RECOMEDAÇÕES
Pela determinação dos valores médios dos níveis sonoros medidos em cada
tarefa, nomeadamente do nível sonoro contínuo equivalente (LAeq,T),
ponderado A e do nível de pressão sonora de pico (LCpico), verifica-se que a
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Esta situação seria evitável se, por exemplo, todas as cabines de britagem
fossem dotadas de sistemas de videovigilância (com boa capacidade de
visualização do britador primário) e possuíssem, junto do primário, um
sistema de braço hidráulico, com martelo pneumático acoplado, comandado
remotamente do interior da cabine e capaz de proceder ao desencravamento
da pedra nas maxilas do britador. O trabalhador procederia assim à
operação sem estar exposto ao ruído do exterior da cabine.
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Note-se que na comparação com o VLE (já contando com a atenuação dos
protetores auditivos) os níveis foram cumpridos em todas as situações.
Podemos neste caso pressupor que todos os trabalhadores estavam
“protegidos” do ruído. Esta “sensação” generalizada de proteção é muitas
vezes confundida com o afastamento do perigo e, a facilidade com que a
simples utilização de protetores auditivos faz afastar o nível de exposição do
VLE, torna a utilização destes EPIs a medida mais facilmente utilizada.
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5 — Organização do trabalho:
Perfuração e Desmonte
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6 BIBLIOGRAFIA
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