Você está na página 1de 27

OBRAS DE TERRA

TERRA ARMADA
Cleves Mesquita Vaz
Filipe Gomes da Silva
Paulo Augusto Alves da Costa
Rodrigo de Faria Sobrinho
SOLOS REFORÇADOS: (Era Moderna) França, 1966

Henri Vidal (1924 - )


Engenheiro Civil (1944-1949) e
Arquiteto (1956 - 1961)

Terra Armada:
(Início 1963;
patente requerida em 1966)
Terra armada
Sistema de contenção que utiliza um paramento de placas
pré-moldadas fixado a tiras metálicas enterradas no
maciço compactado
O sistema de terra armada, também chamado de solo armado, é composto por
um maciço contido por placas pré-moldadas de concreto, que funcionam como
face da contenção.

A pressão do sistema é distribuída em tiras metálicas, presas às placas. Essas tiras,


colocadas dentro do solo na medida em que este é compactado durante a execução,
resistem aos esforços por conta do atrito desenvolvido no maciço.

Os principais componentes do sistema de terra armada - o solo, as tiras metálicas e


o paramento externo formado pelas placas pré-moldadas de concreto - têm suas
propriedades normatizadas pela NBR 9.286, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT)
Aterro
O solo que vai formar a terra armada,
também chamado de volume armado, é
formado por camadas sucessivas e
compactadas. Esse maciço, depois de
consolidado, deverá ter no mínimo um ângulo
de atrito interno de 25°. Quanto ao material
de composição, a NBR 9.286 recomenda que
sejam usados solos naturais ou de origem
industrial, e que não devem conter terra
vegetal ou detritos domésticos.
Armaduras
As armaduras são peças
lineares (tiras ou fitas),
normalmente de aço
galvanizado e nervuradas,
que trabalham em atrito com
o solo do aterro. São presas
às placas de concreto por
meio de parafusos e são
responsáveis por grande
parte da resistência interna à
tração do maciço.
Placas pré-moldadas
As placas pré-moldadas, chamadas de escamas, formam o
acabamento externo do maciço e são responsáveis pelo equilíbrio
das tensões da periferia próxima ao paramento externo. Podem ser
de concreto armado ou não, e têm sua geometria bem definida -
normalmente em formato cruciforme.
Içamento das Escamas
As escamas pré-fabricadas são instaladas para formar uma superfície vertical. São
içadas com o auxílio de caminhões tipo "munck", tratores ou guindastes. A primeira
linha de placas é, normalmente, montada sobre uma base de concreto (soleira) que
cumpre a função de elemento de fundação para o paramento externo.
Içamento das Escamas
A soleira deve estar apoiada em material resistente como solo compactado ou solo-
cimento. A colocação das escamas é feita em linhas horizontais sucessivas, ao
mesmo tempo em que o aterro é executado acompanhando a elevação das escamas.
A montagem é garantida por encaixes e pinos presentes nas placas.
Compactação Final
As tiras metálicas são colocadas perpendicularmente ao paramento, fixadas com
parafusos nos elementos próprios das escamas. As tiras são aterradas e o solo é
compactado com rolo compactador, evitando-se danificar ou deslocar a posição
original das tiras ou das escamas. Próximo ao paramento, é recomendável que a
compactação seja executada por meio de placas vibratórias, mais leves.
Vantagens e desvantagens
Vantagens
• Facilidade de montagem, mesmo em obras de grande altura;
• Procedimentos construtivos rápidos, que não necessitam de mão de obra
especializada e grandes equipamentos;
• Não carece de andaimes ou qualquer tipo de escoramento para sua
execução;
• Tecnicamente viáveis para alturas superiores a 25m;
• Custos reduzidos;
• Admite recalques diferenciais
Desvantagens

• Espaço utilizado atrás da estrutura, pelo menos, 80% da altura total da


estrutura;
• Solo granular selecionado.
Aplicações
Ponte Vasco da Gama - Lisboa
Ponte Millau – França
Ponte Oresund – Copenhagen e Malmo
Complexo Viário Mauro Borges - Goiânia
Aplicações

 Obra de grande impacto no trânsito da cidade.

 Economia para os cofres públicos.

 Qualidade técnica e segurança para o usuário.


Comportamento

• O maciço reforçado se divide em zona ativa e zona resistente.


• Sendo que a zona ativa está na iminência de ruptura, que é impedida pelo
reforço.
• O solo da zona resistente atua na ancoragem do reforço.
• A linha que separa as duas é a superfície potencial de ruptura.
Atrito solo-reforço

• O atrito entre o solo e o reforço depende de:


• Ângulo de atrito interno ϕ;
• Coeficiente de atrito entre o solo e o material do reforço;
• Dilatância do solo sob efeito de cisalhamento;
Esforço de tração
Número de fitas
OBRIGADO!
Referências
SILVA, N. H. da. Muros de terra armada – verificação da segurança. 2012. 1 13 p. Dissertação
(Mestrado em Estruturas e Geotecnia) - Universidade Nova de Lisboa - UNL, Lisboa, 2012.

Legrand, J. (1972), La terre armée, Note d’Infor. Techn., Lab. Central des Ponts et Chaussées.

MOREIRA SOBRINHO, M. J. Modelação numérica de comportamento de um muro de terra


armada a autoestrada A4.comparação com os resultados de instrumentação. 2013. 81 p.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)- Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila
Real, 2013.

SILVA, N. H. da. Muros de terra armada – verificação da segurança. 2012. 113 p. Dissertação
(Mestrado em Estruturas e Geotecnia)-Universidade Nova de LisboaUNL, Lisboa, 2012.

THE ORIGINAL, Terra Armada. Terra Armada: Aplicações. Disponível em:


<http://www.terraarmada.com.br/produtos.php?x=249752>. Acesso em: 20 ago. 2017.

Você também pode gostar