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SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
1 O LABORATÓRIO...............................................................................................................2
1.1 Introdução ........................................................................................................................2
1.2 Divisão..............................................................................................................................2
1.3 Metodologia de Trabalho..................................................................................................7
2 SEGURANÇA NO LABORATÓRIO..................................................................................9
2.1 Aspectos gerais.................................................................................................................9
2.2 Conduta no laboratório......................................................................................................9
2.3 Limpeza e método em laboratório..................................................................................10
2.4 Estocagem de reagentes químicos...................................................................................10
2.5 Tratamento do lixo laboratorial.......................................................................................10
2.6 Possibilidade de explosão e fogo....................................................................................11
2.7 Explosões e fogo.............................................................................................................12
2.8 Reagentes perigosos pela toxidade e/ou reatividade.......................................................12
2.9 Exemplos de lesões causados por alguns metais pesados...............................................14
2.10 Tratamento de intoxicações e acidentes........................................................................15
2.11 Ingestão de produtos.....................................................................................................15
2.12 Principais antídotos e antagonistas utilizados nas intoxicações por produtos químicos
...............................................................................................................................................17
2.13 Principais normas operacionais de segurança em laboratório químico........................18
2.14 Alguns cuidados especiais............................................................................................19
2.15 Armazenagem...............................................................................................................22
2.16 Materiais de vidros e conexões.....................................................................................22
2.17 Realização de experimentos..........................................................................................22
2.18 Os resíduos....................................................................................................................23
2.19 Acessórios de segurança...............................................................................................25
2.20 Recomendações básicas para segurança no laboratório................................................26
2.21 Procedimentos em caso de incêndios............................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................28
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1 O LABORATÓRIO
1.1 Introdução
Conforme Chrispino (1991), o laboratório deve ser visto como o local onde se reúnem
as condições indispensáveis à experimentação científica e a comprovação dos conhecimentos
expostos teoricamente.
No momento, não iremos abordar laboratórios com fins industriais específicos, mas
comentar generalidades que envolvem principalmente laboratórios de qualquer natureza.
Os laboratórios oferecem grande variedade de risco nas áreas de segurança e medicina
do trabalho, pela presença de substâncias neles manuseadas e tipos de equipamentos operados
que podem causar inúmeros acidentes, como: intoxicações, queimaduras, envenenamentos,
contaminações, incêndio e explosões.
Esses tipos de acidentes podem ser controlados pelo uso de equipamentos de proteção
coletiva e individual. Contudo, um dos riscos mais difíceis de controlar é causado pelos
analistas que se recusam a aceitar as normas de segurança por desconhecimento da seriedade
das conseqüências advindas destes atos.
1.2 Divisão
Sala
Bancadas
São móveis estáveis, com longo tempo de duração e, por permitirem instalações
permanentes, favorecem, com considerável segurança e rapidez, na execução das tarefas ali
executadas.
As bancadas devem permitir que sejam colocadas sobre elas pequenas prateleiras para
sustentar os frascos contendo as soluções para trabalhos gerais dos usuários (reagentes).
Quando houver bancadas ligadas à parede, esta deverá ser utilizada para sustentar as
prateleiras.
Segundo a NBR 13035/93, a base das bancadas pode ser em alvenaria ou de madeira
tratada. O tampo deve resistir ao ataque de reagentes químicos.
O material empregado nas pias deve resistir aos agentes químicos de uso comum do
laboratório.
Quanto à disposição das bancadas no laboratório, muitas são as variáveis a serem
examinadas:
-Número de ocupantes que utilizarão o laboratório;
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-Dimensões das mesmas, segundo a opção de trabalho no laboratório (isso irá depender do
número de pessoas ou equipes que farão uso do mesmo);
-Instalações gerais (eletricidade, gás, água, escoamento, etc.);
-Espaço para a circulação;
-Necessidade de construção de armários.
No caso de laboratório de ensino não esquecer o posicionamento da mesa ou bancada
do professor, em função da demonstração geral.
Instalações Gerais
Após escolhida a posição das bancadas, devem ser traçados planos para dotar todas
elas de águas, gás, eletricidade e linha de vácuo. No corpo do laboratório deve ser instalado
um número de pias satisfatório com a necessidade do laboratório, em locais previamente
estudados. Registros gerais de água e gás e chave geral de eletricidade devem estar à vista e
permitir fácil acesso (se possível, esses elementos devem estar divididos em duas fases, cada
uma delas com um registro, para caso de ocorrer dano a uma das peças).
a) Para a água:
A NBR 13035/93 recomenda que sejam utilizados para as instalações de água fria,
tubos de PVC, polipropileno ou aço-carbono galvanizado. Caso sejam empregados condutores
embutidos, estes podem ser de PVC. Entretanto, instalações externas são preferíveis pela
facilidade de que apresentam para a detecção e o conserto de problemas ou falhas. Neste caso
o encanamento deve ser de ferro, pois oferece maior segurança.
Com relação aos esgotos, cada bancada deve ter seu próprio ralo para escoar a água
utilizada.
b)As pias:
Devem ser revestidas de azulejos por dentro e por fora. Conforme a NBR 13035/93,
devem ser fundas (0,50 m de comprimento, 0,40 m de largura e 0,25 m de profundidade), e no
caso de pias para lavagem de vidrarias, a profundidade aumenta para 0,40 m, a fim de
permitirem o manuseio, com relativa facilidade, de peças de vidro de maior extensão.
Os ralos devem estar providos de cruzetas, para evitar que detritos sejam arrastados
para a tubulação. Está última deve apresentar o menor número de curvas possíveis para
facilitar o trabalho de desentupimento, em caso de necessidade.
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Se o laboratório tiver que trabalhar em grande escala, deverá ser providenciada uma
fonte alimentadora de água no ponto de convecção dos canos de esgoto das pias, para evitar
que vários produtos venham reagir de maneira desagradável.
Obs.: Não devem ser instaladas pias de aço ou mármore.
c) Os efluentes:
Para os efluentes que a NBR 13035/93 orienta são: tubos de PVC marrom rosqueados
ou de polipropileno (parte interna e bancadas), e tubos de ferro fundido centrifugado ou tubos
de aço-carbono.
Creder (1991) cita outros materiais que podem ser empregados:
-Ferro fundido, tipo esgoto, com juntas tomadas com estopa e chumbo derretido e rebatido
após a solidificação;
-Cimento-amianto, tipo esgoto, com juntas tomadas com estopa e asfalto a quente;
-PVC rígido com juntas estanques, de acordo com o tipo de fabricação;
-Cobre com juntas estanques de acordo com o tipo de fabricação;
-Cerâmica vidrada internamente com juntas tomadas com estopa e asfalto a quente, apenas
para tubulações enterradas;
-Concreto com revestimento liso e impermeabilizado internamente com juntas tomadas com
argamassa, cimento e areia, apenas para tubulações enterradas.
e) A linha de vácuo:
Pode ser criada utilizando-se uma bomba de vácuo. Na impossibilidade de cada
bancada ter sua linha de vácuo, ela pode ser instalada em uma parede e apresentar várias
saídas.
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f) Gás e ar comprimido:
As tubulações de gás podem ser de cobre trefilado ou de material sintético. As
Instalações de ar comprimido podem ser de cobre trefilado, sem costura e conexões de latão
(NBR 13035/93).
A NBR 13932/97, complementa com outras orientações sobre estas instalações,
permitindo tubos de condução de aço, com ou sem costura preto ou galvanizado, conexões de
ferro fundido maleável, conexões de aço forjado e conexões de cobre ou bronze. Os tubos
pretos, quando na montagem, devem receber tratamento superficial anticorrosivo.
No caso de tubos de aço, os acoplamentos soldados devem ser executados pelo
processo de soldagem por arco elétrico com eletroduto revestido, ou pelos processos que
utilizam gás como atmosfera de proteção, ou ainda, oxiacetileno (NBR 13932/97).
A ligação dos aparelhos de utilização secundária de gás deve ser feita por meio de
conexões rígidas, interrompendo-se por um registro para cada aparelho e a rede, de modo a
permitir isolar-se o aparelho de gás sem interrupção do abastecimento de gás aos demais
aparelhos da instituição interna. (NBR 13932/97).
No caso de instalações internas, a NBR 13932/97, recomenda um registro geral de
corte situado na rede de distribuição, devidamente identificado e instalado em local de fácil
excesso.
A mesma norma, ainda estabelece que a tubulação não pode passar no interior de
dutos de lixo, ar condicionado e águas pluviais; reservatórios de água; compartimentos de
equipamentos elétricos; todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás proveniente de
eventual vazamento.
De acordo com Ripper (1995), em laboratório que contenha elevado teor de poluentes
agressivos ao zinco, os tubos galvanizados devem ser envolvidos com um meio protetor como
argamassa, tintas, vernizes, etc.
As instalações de ar comprimido devem seguir os cuidados de execução previstos para
instalações de gás. É necessário prever registros individuais para cada ponto de utilização e
um registro geral de corte em local visível e de fácil acesso.
Conforme recomendado pelas NBR 13035/93 e NBR 6493/94, quando utilizadas
tubulações aparentes, estas deverão ser pintadas de azul.
g) A capela:
Deve ser construída em parede contígua a vasta área ventilada e de pouca
movimentação. Seu tamanho e do exaustor a ser utilizado dependerá do fluxo de atividades a
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que se propõe o laboratório. No seu interior devem ser instalados pontos de eletricidade, de
água com saída de gás e registros próprios, e também iluminação.
h)Ventilação:
Uma ventilação eficaz pode ser obtida com o uso de janelas altas ou basculantes
verticais, que dificultam a visão do que se passa. Para uma ventilação artificial, uma boa
alternativa é o uso de exaustores domésticos.
i) Iluminação:
Deve ser dada preferência à iluminação natural, otimizada pelo posicionamento das
janelas. Como alternativas podem ser usadas lâmpadas fluorescentes e/ou de vapor de
mercúrio, ou lâmpadas comuns.
j) - Almoxarifado:
A prática demonstrada não ser adequada a utilização de armários de reagentes e/ou
vidrarias do laboratório, por ficarem, em certas ocasiões, ao alcance de pessoas não
credenciadas. São obtidos ótimos resultados quando se utiliza uma pequena sala com amplas
prateleiras, contígua ao laboratório, para armazenar esses materiais. O almoxarifado também
deve dispor de sistema adequado de ventilação.
Obs. A localização de chuveiros, lava-olhos, caixas de disjuntores, destiladores de
parede etc. Não foi tratada nesta obra por pertencerem aos campos da Engenharia e
Arquitetura.
que conheça aquilo que faz e orienta, pois dele depende, em grande parte, o êxito do trabalho
a ser realizado.
Controle: Todo o material existente no laboratório deve estar catalogado segundo divisões
necessárias: aparelhagem geral, peças de metal, vidraria, reagentes e outros. Esse
levantamento deve ser feito, no mínimo, uma vez por ano, para que haja uma estimativa de
quanto se gastou para se executar o programa daquele ano, o controle de perdas e a
necessidade de reposição de material para a realização do próximo ano.
2 SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
O fato de alguns produtos já servido aos nossos propósitos práticos (reações a ser
observada, obtenção de um determinado produto de reação, etc.) não os isenta de suas
características reacionais; por isso, merecem toda a atenção ao serem desprezados, para que
sejam evitados problemas.
Considerando a impossibilidade de cada laboratório dispor de sistema de tratamento
de lixo, torna-se viável realizar estudos com objetivos de reaproveitar esses resíduos,
principalmente em laboratórios com fins didáticos.
Para facilitar, aconselha-se reunir os refeitos sólidos (mesmas substâncias) em sacos
plásticos e as soluções em recipientes adequados, para servirem à realização de práticas
futuras.
Em hipótese alguma devem ser acumulados, em um mesmo recipiente, refeitos sólidos
variados e materiais de vidro danificados.
Em laboratórios que desenvolvem práticas em grande escala sem sistema de
escoamento condizente com o fluxo de trabalho é conveniente acoplar á linha de despejos
químicos uma linha de água de razoável pressão, que deve ser acionada em caso de
entupimento ou reação não esperada entre os compostos rejeitados na tubulação ou caixa de
esgoto. Nesse caso também é recomendável construir um sistema próprio de tratamento para
os despejos desse tipo de laboratório.
Vejamos alguns compostos que podem explodir espontaneamente, por ação do calor e
do impacto, bem como algumas misturas explosivas de uso comum:
a) Trialogenetos de nitrogênio (utilizá-los somente em último caso);
b) Peróxidos em soluções concentradas;
c) Acetiletos Metálicos ou halogenados, poliacetiletos e o gás acetileno;
d) Nitratos em geral, especialmente de amônio;
e) Óxidos de manganês;
f) Misturas de metais finamente divididos, compostos orgânicos oxidáveis (celulose, pano,
hidrocarbonetos, etc.) enxofre e fósforo, tais como:
- Permanganatos;
- Peróxidos concentrados;
- Percloratos, cloratos e seus ácidos;
- Água-régia;
- Compostos de crômio (III) e (IV).
g) Misturas explosivas, como:
- Peróxidos em éteres;
- Metais em solventes clorados;
- Ácido perclórico com materiais orgânicos;
- Hidretos redutores.
O ácido clorídrico e gás cloro e ácido fluorídrico gás flúor. Os dois últimos atacam
violentamente o vidro. O ácido clorídrico e o ácido fluorídrico formam ácidos em contato
com a água. Quando inspirados, todos esses gases atacam os alvéolos pulmonares e as
mucosas. Além disso, o ácido fluorídrico forma sais que podem ser absorvidos pelo sistema
digestivo; quando na corrente sanguínea, íon fluoreto provoca diminuição de eritrócitos,
dificultando também a respiração da célula por bloquear a ação oxidativa das enzimas sobre
os glicídios. Fala-se também da possibilidade de reação do fluoreto com o cátion de cálcio,
contido nos ossos.
Água régia: Corrosiva e libera dióxido de nitrogênio, fatal para os seres vivos, pois, dentro
das células forma nitritos, que recebe o oxigênio e transforma em nitrato que oxida o Fe (II)
da hemoglobina a Fe (III), que recebe o nome de metemoglobina (ou cianose), não
possuindo capacidade de transportar mais o oxigênio para as células, impedindo a respiração
celular e consequentemente a morte das mesmas).
Ozônio (oxidante gasoso): Solúvel em gorduras penetra profundamente nos alvéolos.
Provoca a desnaturação de proteínas, tornando porosas as paredes dos capilares e alvéolos e
retardando a oxigenação, o que, por fim, acare ta edema.
Ácido Nítrico (corrosivo)
Ácido tricloroacético (corrosivo)
Ácido Sulfúrico (corrosivo)
Ácido clorossulfônico (corrosivo)
Solução sulfocrômica (corrosivo)
Ácido Perclórico (explosivo)
Polialogenetos (em geral de semimetais)
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Asbesto (cancerígeno)
Compostos de crômio (tóxicos)
Compostos de cádmio, chumbo, mercúrio, vanádio (tóxicos)
Amônia (tóxica)
Benzeno (tóxico)
Cianetos (tóxicos)
Sais de tálio (tóxicos)
Metais pesados: crômio, cobre, níquel, zinco e estanho
Metais finamente divididos
Compostos de enxofre
Ácidos Oxálicos e seus sais
Monóxido de carbono
Trifluoreto de bromo
Fosgênio
Fosfina
Arsina
Alcatrão
Buteno
Calcário
Carvão de coque
Cicloparafínico
Dodecano
Fenantreno
Fluoranteno
Formaldeídos
Negro-de-fumo
A fim de diminuir o tempo de ação do composto ingerido, são utilizados dois métodos
de esvaziamento gástrico:
Provocação de vômitos
Tem a vantagem de poder ser realizado no próprio local do acidente. Em geral,
utilizamos à excitação da parte posterior da faringe com o auxilio do dedo ou outro objeto.
Embora contestado, é prático e fácil. Utilizam-se eméticos, como o xarope de ipeca a 7% ou a
apomorfina, que é um agente rápido.
Lavagem gástrica
Devido aos riscos, este processo só deve ser empregado em hospitais ou por pessoas
que dominem a técnica.
Em geral é utilizada água como líquido de lavagem, mas é possível usar substâncias
especiais, como:
a) Solução de NaHCO3 a 5% em intoxicações por sais de ferro;
b) Solução de amido a 10% no caso de ingestão de iodo;
c) Solução de lactato glutanato ou CaCl2 no caso de intoxicações por fluoretos ou por
oxalatos;
d) Solução de permanganato de potássio no caso de intoxicações por sais de bário;
e) Soro fisiológico no caso de intoxicações por nitrato de prata;
f) Óleos vegetais no caso de ingestão de cáustico, fenóis e derivados;
Inalação de compostos
A pessoa deve ser removida do ambiente contaminado encaminhada ao hospital, já
que os problemas respiratórios costumam ser sérios.
Produtos tóxicos ou corrosivos em contato com a pele
-Lavar a área atingida com muita água;
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-Retirar a roupa do acidentado, se esta também foi atingida, enquanto a água é jogada por
baixo da roupa.
Obs.: A neutralização química enérgica deve ser evitada devido á liberação de calor.
-Lavar o avental no qual tenham ocorrido salpicos de produtos químicos separada da roupa
pessoal;
-Nunca usar ou transportar avental para áreas onde haja alimentos;
-Ao ser designado para trabalhar em um laboratório, é imprescindível o conhecimento da
localização dos acessórios de segurança;
-Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados. Evite
circular com eles no laboratório;
-Não use nem um equipamento em que não tenha sido treinado ou autorizado utilizar.
-Antes de usar reagentes que não conheça, consulte a bibliografia adequada e informe-se
sobre como manuseá-los e descartá-los;
-Certifique-se da tensão de trabalho da aparelhagem antes de conectá-la á eletricidade.
Quando não estiverem em uso, os aparelhos devem pertencer desconectados;
-Use sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material quente;
-Nunca pipete líquidos com a boca. Neste caso, use bulbos de borracha (pêra) ou trompa de
vácuo;
-Laboratório não é lugar para brincadeiras! Concentre-se no que estiver fazendo;
-Em caso de acidentes avise imediatamente o responsável pelo laboratório;
-Todos os materiais tóxicos sólidos, líquidos devem ser tratados adequadamente antes do seu
descarte. O material a ser descartado deve ser armazenado em recipientes adequados para
esse tipo de material e cobertos antes do seu transporte.
O que são?
Os peróxidos fazem parte de uma classe de compostos químicos extremamente
instáveis. São substâncias explosivas, daí o cuidado no seu manuseio, procurando-se evitar
choques, atritos e outra fonte de ignição. Os peróxidos são mais sensíveis ao choque do que
alguns explosivos primários como, por exemplo, o TNT (Trinitrotolueno). Os peróxidos têm
uma meia-vida especifica ou um grau de decomposição que varia com as condições de
estocagem.
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b)Manuseio de gases
O manuseio de gases sob pressão requer muito cuidado e atenção, pois qualquer
defeito no equipamento pode provocar uma difusão de gases no ambiente. O gás difundido
pode ter efeitos: anestésico, asfixiante, tóxico, formar misturas extremamente explosivas com
o ar. Não devemos esquecer que na grande maioria os gases são inodoros e incolores,
dificultando sua rápida identificação.
-Procurar na literatura, informações sobre o gás em uso, tais como: riscos de explosão,
reatividade, toxidade e outros;
-Jamais utilizar graxa, óleo ou glicerina em cilindros que contenham gases oxidantes, devido
ao risco de explosão (oxigênio, por exemplo);
-Utilizar somente cilindros com válvulas de redução;
-Ao transportar cilindros ter sempre o cuidado de fechar a válvula de saída e nunca esquecer
de usar a proteção e um carrinho apropriado para transporte;
-Nunca esquecer os cilindros soltos no laboratório, pois qualquer tipo de choque pode
provocar danos às válvulas e liberar o gás com violência;
-Nunca colocar cilindros perto de fontes de aquecimentos;
-Quando usar mangueiras para ligações, ter o cuidado de verificar as compatibilidades
químicas com o gás;
-Antes do uso, verificar possíveis vazamentos, utilizando uma solução de sabão nos locais a
serem testados;
-Cilindros vazios devem ser estocados separadamente e devidamente etiquetados com
inscrição: vazio.
2.15 Armazenagem
-Ao usar material de vidro, verifique sua condição. Lembre-se que o vidro quente pode ter a
mesma aparência que o vidro frio. Qualquer material de vidro trincado deve ser rejeitado;
-Vidros quebrados devem ser descartados em recipientes apropriados para este fim;
-Use sempre um pedaço de pano protegendo a mão quando estiver cortando vidro ou
introduzindo-o em orifícios. Antes de inserir tubos de vidro em tubos de borrachas ou rolhas,
lubrifique-os;
-Nunca use mangueiras de látex velhas. Faça as conexões necessárias utilizando mangueiras
novas e braçadeiras;
-Tenha cuidado especial ao trabalhar com sistemas sob vácuo ou pressão, dessecadores sob
vácuo devem ser protegidos com fita adesiva e colocados grade de proteção própria;
-Antes de iniciar o experimento verifique se todas as conexões e ligações estão seguras.
2.18 Os resíduos
Os efluentes do laboratório podem ser misturados com esgotos domésticos, para então
receber um tratamento eficiente e econômico. Porém, podem ser removidos desses resíduos as
substâncias de valor comercial, bem como aquelas que possam prejudicar o sistema. Devem
ser removidos do sistema: sais de cobre, arsênico, cianetos, cromo, os quais inibem o
tratamento biológico e a digestão do lodo (IMHOFF, 2000).
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-Localizar os extintores de incêndio e verificar a que pertence e que tipo de fogo pode
apagar.
-Localizar as saídas de emergência.
-Localizar a caixa de primeiros socorros e verificar os tipos de medicamentos existentes.
-Localizar a caixa de máscara contra gases. Se precisar usá-las, lembre de verificar a
existência e qualidade dos filtros adequados á sua utilização.
-Localizar a chave geral de eletricidade do laboratório e aprender a desligá-la.
-Localizar o cobertor anti-fogo.
-Localizar a caixa de areia.
-Localizar o lava-olhos mais próximo e verificar se está funcionando adequadamente.
-Localizar o chuveiro e verificar se este está funcionando adequadamente.
-Informar-se quanto aos telefones a serem utilizados em caso de emergência (hospitais,
ambulâncias, bombeiros, etc.).
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CLASSE A
Material de fácil combustão e que deixa resíduos como: tecidos, madeiras, papéis,
fibras. Combater utilizando água e espuma. Quando o fogo está no inicio utilize pós químicos
secos ou gás carbônico.
CLASSE B
CLASSE C
CLASSE D
Produtos como magnésio, zircônio, titânio. Combater com abafamento com limalha de
ferro fundido ou areia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHRISPINO, Álvaro. Manual de química experimental. São Paulo: Ática S.A., 1991.
CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 5 ed.. Rio de Janeiro: LTC, 1991.
IMHOFF, Karl. Manual de Tratamento de Água Residuárias. São Paulo: Edgar Blucher
Ltda., 2000.