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COMO FUNCIONA UM PARA RAIO E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?

Fala amantes da elétrica!


Hoje irei falar sobre a importância dos para-raios para uma edificação.
Vocês sabem o que é um para-raios? Para que ele serve? Como funciona? Ele atrai os
raios mesmo? Inicialmente irei falar sobre o que é um raio, sua formação,
consequências, os raios no Brasil.

Como um raio acontece?


Formação de descargas atmosféricas através dos acúmulos de cargas positivas e
negativas nas nuvens. Há uma “pilha” na nuvem que cria concentração de cargas
negativas e positivas em pontos distintos.
Em uma mesma nuvem, poderá ocorrer o fenômeno da intra-nuvem que são as
descargas entre os centros positivos e negativos dentro da nuvem. E o fenômeno inter-
nuvens que é a descarga entre os centros positivos e negativos entra as nuvens.
Existe acumulo de cargas entre nuvens, dentro de nuvens, e entre a nuvem e o solo.
Há uma grande diferença de temperatura entre a base e o topo de uma nuvem e essa
diferença de temperatura provoca formação de correntes de ar que sobem e descem
gerando atrito entre partículas de gelo e de água dentro das nuvens. Esse atrito separa as
cargas elétricas na nuvem gera uma descarga entre nuvens e entre nuvem e terra.

Conceitos
É importante saber a diferença entre o raio, o relâmpago e a trovoada, principalmente se
for realizar um estudo de gerenciamento de risco, ou uma análise de SPDA das
estruturas.
O raio é uma grande faísca elétrica, dissipada rapidamente sobre a terra, causando
efeitos danosos.
O relâmpago é a luz gerada pelo arco do raio.
A trovoada é o ruído produzido pelo deslocamento do ar causado pelo súbito
aquecimento devido à descarga do raio.
Efeitos e consequências dos raios
Os principais efeitos causados nas pessoas são: parada cardíaca; tensão de passo; tensão
de toque; descarga lateral; descarga direta.
As principais consequências dos raios são incêndios em florestas, campos e edificações;
destruição de árvores; colapso no sistema elétrico; mortes de seres vivos.

Raios no Brasil
O Brasil é um país com um grande número de incidência de raios de acordo com as
pesquisas. De acordo com o mapa, as partes mais escuras sofreram a maior quantidade
de descargas de raio.

Conforme pesquisas, a cidade de Manaus apresenta o maior número de mortes por raio
no Brasil. O Rio Grande do Sul é o estado com maior concentração de raios do Brasil e
apresenta os raios mais destrutivos do país. O estado de Sergipe apresenta a menor
concentração e o menor número absoluto de raios do país. A cidade de Porto Real, no
Rio de Janeiro, tem a maior concentração de raios do país, quase 20 raios/km², por ano.
A cidade de São Paulo tem cerca de 20 mil raios por ano.

Magnitude do raio
O fenômeno do raio apresenta uma grande magnitude de corrente elétrica. Para 0,1%
das descargas atmosféricas no Brasil excedem 200 kA; 0,7% excedem 100 kA; 50% das
descargas atmosféricas excedem 15 kA, que já apresenta grandes estragos.

A descoberta do para-raios por Benjamin Franklin


Benjamin Franklin, em 1752, desenvolveu um para-raios, empinando uma pipa
conectado a um fio metálico e percebeu que apareciam cargas elétricas vindas da nuvem
descendo pelo fio. Comprovou que os raios eram formados por corrente elétrica nas
nuvens.
Tempos depois, ele estudou que hastes metálicas, ao serem ligadas à terra, poderiam ser
bons condutores de eletricidade e ainda poderia proteger as edificações dos efeitos
causados pelos raios.

Como funcionam os para-raios?


Devido à intensidade da corrente elétrica das descargas atmosféricas, a estrutura dos
Para-raios deve ser constituída por hastes metálicas pontiagudas, normalmente de cobre,
ligados à terra através de condutor metálico. Esses condutores metálicos devem ser de
baixa resistência elétrica, para diminuir o efeito joule causado pela descarga
atmosférica. Eles ficam nos lugares mais altos de edificações, com objetivo de proteger
essas construções de possíveis descargas atmosféricas, servindo como um caminho
seguro dos raios. Os para-raios não atraem os raios, mas servem para direcionar o raio
para o solo, por meio da estrutura do SPDA, oferecendo menores danos nas estruturas
das edificações, além de proteger equipamentos e seres vivos, como pessoas e animais.

Tipos de para-raios
Os principais para-raios são os do tipo Franklin e os de Melsens
Para-raios de Franklin: apresenta três hastes metálicas pontiagudas na ponta; essa
pontas são ligadas em um fio que se conecta à terra. É o para-raios mais comum, pois
apresenta grande eficácia para dissipar as descargas atmosféricas na terra.
Os para-raios do tipo Franklin.

Para-raios de Melsens: é um tipo de para-raios que envolvem as estruturas, formando


uma gaiola de Faraday, funciona como uma armadura metálica, sua construção ao redor
das edificações, apresentam malhas de fios e cabos de descidas que se conectam em
hastes metálicas, que ficam aterradas no chão.

Os para-raios de Melsen.

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