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UNINORTE – CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESCOLA DE EXATAS FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CARLOS ROBERTO DO CASTRO VENTURELLI

03138312

DUALIDADE ONDA-PARTICULA

MANAUS

2021
CARLOS ROBERTO DO CASTRO VENTURELLI

03138312

DUALIDADE ONDA-PARTICULA

Trabalho de resumo válido para obtenção de nota


parcial na Disciplina de ELETROMAGNETISMO I
da Turma UNN0450105NNA sob orientação do
Prof.dr. ARNALDO MACHADO DA SILVA

MANAUS

2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2. ISAAC NEWTON. .................................................................................................... 2

3. CHRISTIAN HUYGENS .......................................................................................... 4

4. THOMAS YOUNG ................................................................................................... 4

5. LÉON FOUCAULT .................................................................................................. 5

6. JAMES MAXWELL .................................................................................................. 5

7. HEINRICH HERTZ .................................................................................................. 6

8. MAX PLANCK ......................................................................................................... 7

9. ALBERT EINSTEIN ................................................................................................. 7

10. LOUIS DE BROGLIE ............................................................................................. 8

11.CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 8

REFERENCIAS. .......................................................................................................... 9
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1. INTRODUÇÃO

Luz??? O que é? De onde vem? Para onde vai? Como funciona?

Perguntas que parecem simples na atualidade, até porque grandes cientistas de


renomes e de vários séculos atrás tiveram o trabalho de pesquisarem e nos ter dado
as respostas.

Os cientistas gregos acreditavam piamente que o próprio olho era a fonte de luz, pois
a mesma era um tipo de descarga que eram emitidas pelos olhos, outros acreditavam
que não era essa a resposta e sim que a luz viria de outras fontes, mas qualquer que
fosse a fonte eram unanimes em dizer que a luz se deslocava, mas não tinham ideia
de como medir essa deslocação, pois não havia aparelho e nem tecnologia para tal
feito, e não conseguiam entender como que essa luz estava em todos os lugares ao
mesmo tempo.

Durante o século XI e o começo do XVII, os físicos acreditavam que a luz era uma
onda eletromagnética. Até apontarem esse conceito como conclusão, os estudiosos
avaliaram algumas características de propagação da luz.

O primeiro físico a abordar esse tema foi Alhazen, mesmo sem apontar uma
denominação para os raios, ele acreditava que a luminosidade se deslocava em linha
reta.

Já em 1630, o filósofo e físico René Descartes propôs, pela primeira vez, a descrição
da luz em onda. Seguido por Robert Hooke, o qual explicava a relação que os raios
luminosos têm com o espaço, pois eles eram uma vibração que se propagava pelo
meio.

Essa afirmação de 1660, serviu de apoio para Christiaan Huygens, ele afirmava que
o espaço era preenchido por um éter e que a luz se espalhava em ondas através de
distúrbios localizados nessa estrutura.

Figura 01 – Luz: Partícula ou Onda? Fonte: ESTUDO PRÁTICO-202


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2. ISAAC NEWTON.

Quando se fala sobre luz, velocidade da luz e coisas desses tipos, temos a impressão
de que se trata de algo recente, pois somente se poderia medir tais coisas com ajuda
de equipamentos especiais e tecnologia de nossos dias, mas foi no século XVII que
tudo começou, mesmo sem equipamentos e tecnologia adequada, que no caso não
seria qualquer tipo de tecnologia, mais precisamente com um certo cientista chamado
Isaac Newton (1642-1727), e foi nessa época que ele apresentou sua tese sobre um
modelo de partículas e sendo o primeiro a explicar diversos comportamentos
estranhos da luz, entre eles um que quando as partículas de luz se cruzavam havia
um desvio de partículas, porém não teve nenhum experimento que corroborassem a
dita tese, atentem que estamos falando do século XVII, onde os equipamentos para
tal experimento ainda não existiam, então tudo o que ele poderia apresentar eram
suposições, e depois afirmara que tais partículas eram demasiadamente pequenas
para colidirem, ele também percebeu e apresentou uma hipótese sobre o movimento
de partículas, pois tinha observado que partículas em movimentos eram atraídas pela
gravidade e seguiam uma trajetória curva, disse também que quanto mais rápido o
movimento da partícula mais se movimentaria em uma reta, sendo assim algo que se
movesse tão rápido quanto a luz (até o momento ainda não se sabia a sua real
velocidade), essa luz teria uma trajetória reta ou propagação retilínea.

Figura 02 – Isaac Newton: Fonte: Mundo Educação 2021

Ele também apresentou um estudo sobre a geometria com a luz, afirmando que uma
partícula quando se colide contra uma barreia em ângulo faz o mesmo ângulo após a
colisão, tipo um projétil de uma arma, a luz teria o mesmo efeito, mas uma razão para
se afirmar que a luz era feita de partículas, pois ela faz esse mesmo percurso quando
se projeta em uma superfície espelhada.

Figura 02 – Anglo de Reflexão: Fonte: Brasil Escola - 2021


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Outro comportamento da luz seria a refração, pois nas substancias


transparentes tipo vidro ou agua a luz tende a se distorcer quando entra em outros
meios, propondo assim que as partículas de matéria exercem uma atração sobre cada
partícula móvel de luz, essa atração é equilibrada em todas as direções e assim a luz
continua em uma trajetória reta, exceto nas bordas de outra substância como a agua.

Figura 03 – Refração: Fonte: AZEHEB 2021

A dispersão também é outro comportamento da luz frisada por Newton, nesse


experimento ele passou a luz por uma fenda e a interrompeu com a colocação de um
prisma, transformando uma luz branca em um feixe de cores variadas, então ele
sugeriu que o feixe de luz eram uma mistura de partículas diferentes, pois a superfície
do vidro as atrai e as desviam em de acordo com seu tamanho, assim o prisma separa
a luz em raio de partículas do mesmo tamanho, e vemos esses raios com cores
diferentes.

Figura 04 – Prisma: Fonte:Beduka 2021

Resumindo, Isaac Newton acreditava que a luz era um facho de partículas ou


“corpúsculos”. Para o físico, isso era o que explicava a ideia de que a luz se propagava
em linhas retas. Além de justificar a refração. Newton ainda conseguiu demonstrar
que a luz “branca” é uma mistura de outras cores.

Porém, o cientista não conseguia explicar como a luz batia em muitas superfícies,
onde parte é refletida e outra rebatida.
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3. CHRISTIAN HUYGENS

Enquanto Isaac Newton defendia a luz como sendo partículas, outros cientistas
preferiam defender a luz com uma onda, sabendo que ondas são distúrbios que se
movem e transportam energia de um lugar para o outro, no século XVII todas as ondas
conhecidas exigiam um meio como a agua, então nesse tempo foi proposto que o ar
e o espaço que nos rodeia estava preenchido com um meio invisível chamado ÉTER,
Na física, as teorias do éter propõem a existência de um meio, uma substância ou
campo que preenche o espaço, considerado necessário como meio de transmissão
para a propagação de forças eletromagnéticas ou gravitacionais. Christian Huygens
(1629 - 1695) fez uma proposição de um novo método representativo para as frentes
de ondas. Cada ponto da frente de onda original se comporta como uma nova fonte
de onda, gerando a onda original com mesma frequência e comprimento. Se o meio
em que a onda se propaga não possuir nenhum obstáculo, ela irá se comportar da
mesma forma. Caso haja alguns obstáculos, ocorreram certos fenômenos, como
reflexão, refração ou difração.

Vamos supor que uma onda está se propagando em um meio e, então, se encontra
com uma fenda única.

Se a onda se propagasse de forma retilínea, ela seria barrada pela parede e os raios
passariam pela fenda de forma reta. Com isso, teríamos apenas uma linha reta do
formato da fenda do outro lado. Mas, pelo fenômeno da difração, isso não ocorre.

Como vimos pelo Princípio de Huygens, ao encontrar um obstáculo na fenda, a onda


irá se propagar como uma nova fonte de onda, gerando um desvio. Este desvio
é proporcional à largura da fenda.

Figura 05 – Fenda Única: Fonte: Mundo Educação 2021

4. THOMAS YOUNG

Thomas Young, em 1802, realizou um importante experimento para a teoria


ondulatória, no qual foram usados três anteparos. No primeiro, havia um pequeno
orifício em que ocorria a primeira difração da luz proveniente de uma fonte
monocromática.
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O orifício único no primeiro anteparo fazia a luz atingir os orifícios do segundo anteparo
em fase, transformando-os em “fontes” coerentes, já que pertenciam a uma mesma
fonte original de onda. No segundo anteparo havia dois orifícios colocados lado a lado,
nos quais aconteciam novas difrações com a luz já difratada no primeiro orifício.

Figura 06 – Dupla Fenda de Yong: Fonte: Brasil Escola 2021

5. LÉON FOUCAULT

Em 1850, ele estabeleceu que a luz viaja mais lentamente na água do que no ar, isso
destruía a explicação de partículas de Newton, que dizia que a luz se movia mais
depressa na agua, fazendo assim o modelo de partículas de Newton deixasse de ser
tido como o certo. No mesmo ano, ele mediu a velocidade da luz, encontrando um
valor que está dentro de 1 por cento do número real.

Figura 07 – Deslocamento da Luz na agua: Fonte: Amino Apps

6. JAMES MAXWELL

Hoje são os mais variados equipamentos que têm como princípio de funcionamento
as ondas eletromagnéticas. James Clark Maxwell foi o primeiro a prever a existência
das ondas eletromagnéticas, porém a comprovação dessa existência se deu 30 anos
depois, por Heinrich Hertz. Sendo assim, podemos dizer que tal descoberta sobre as
ondas eletromagnéticas demostrou a importância da pesquisa teórica para o
desenvolvimento tecnológico.
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Maxwell demonstrou, usando a analogia das oscilações dos campos elétrico e


magnético com as oscilações de um fluido, que essas oscilações poderiam se
propagar da mesma forma que as ondas mecânicas. Maxwell imaginou que essas
ondas se propagariam em um meio que chamou de éter, um meio invisível que
envolveria todos os objetos.

A ideia da existência do éter perdurou até o estabelecimento da Teoria da


Relatividade, na segunda década do século XX. Usando as propriedades dos campos
elétrico e magnético, conhecidas na época, Maxwell calculou a velocidade de
propagação dessas ondas, obtendo o valor de 3x108 m/s, que reconheceu como
sendo o valor da velocidade da luz. Tomando como referência essa descoberta, ele
propôs que a luz visível deveria ser uma onda eletromagnética.

Maxwell, no ano de 1864, juntou, ou melhor, unificou e generalizou as Leis de


Coulomb, Ampère, Faraday e Lenz, enunciando o que hoje conhecemos como as Leis
de Maxwell. De uma forma simplificada, elas diziam que:

A força entre cargas pontuais é diretamente proporcional ao produto das cargas e


inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas (Lei de Coulomb).

O trabalho de Maxwell não foi bem aceito pela comunidade científica da época. Não
havia comprovação experimental da relação entre luz e fenômenos elétricos e
magnéticos. Quando morreu, não houve homenagens a ele. Somente os cientistas de
visão, como Hertz, reconheceram de imediato a importância das suas descobertas.

A comprovação experimental da existência de ondas eletromagnéticas fora do


espectro visível só ocorreu em 1888, quase dez anos após a morte de Maxwell. Como
dito, coube ao físico alemão Heinrich Hertz demonstrar, de forma indiscutível, a
existência dessas ondas. As contribuições de Maxwell o colocaram como um dos
maiores cientistas de todos os tempos.

7. HEINRICH HERTZ

A dualidade onda-partícula passou a ser questionada quando os resultados


experimentais de Heinrich Hertz referentes ao efeito fotoelétrico entraram
em contradição direta com aquilo que era esperado para o comportamento da luz, de
acordo com a teoria eletromagnética de Maxwell.

Segundo a teoria vigente da época, qualquer frequência de luz deveria ser capaz de
ejetar elétrons de uma folha metálica, entretanto, os resultados de Hertz mostraram
que era somente a partir de certas frequências que se detectava tal emissão. O efeito
fotoelétrico foi descoberto por Heinrich Hertz, durante seus experimentos
relacionados à produção e captação de ondas eletromagnéticas. Em 1886, Hertz
conduzia seus experimentos com chapas metálicas quando percebeu que a incidência
da luz ultravioleta resultava em maior produção de faíscas. A explicação teórica para
o fenômeno, entretanto, só foi feita em 1905, pelo físico alemão Albert Einstein.
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8. MAX PLANCK

A paixão de Planck era a termodinâmica. Enquanto pesquisava a radiação de corpo


negro, ele também enfrentou o mesmo problema de outros cientistas. A física clássica
não conseguia explicar os resultados que ele estava encontrando.

Em 1900, Planck, de 42 anos, descobriu uma equação que explicava os resultados


desses testes: E = Nhf, com E = energia, N = inteiro, h = constante, f = frequência. Ao
determinar essa equação, Planck encontrou a constante (h), que agora é conhecida
como " constante de Planck ".

A parte surpreendente da descoberta de Planck foi que a energia, que parece ser
emitida em comprimentos de onda, é na verdade descarregada em pequenos pacotes
que ele chamou de "quanta".

Figura 08 – Fonte: Modelos atômicos - 2021

Essa nova teoria da energia revolucionou a física e abriu o caminho para a teoria da
relatividade de Albert Einstein .

9. ALBERT EINSTEIN

Em 1905 ele encontrou a resposta para essa pergunta apresentando a teoria da


relatividade restrita (TRR), compatibilizando então a teoria eletromagnética de
Maxwell com a mecânica, propondo que as leis físicas são as mesmas para qualquer
referência inercial (referencial em repouso ou em movimento uniforme) e que a
velocidade da luz no vácuo é a mesma para qualquer observador, independente do
seu movimento. Essas ideias simples modificaram os conceitos de espaço e tempo,
que eram absolutos e passaram a ser relativos aos observadores, bem como as ideias
de simultaneidade e também levando a mais famosa equação da física E=mc2.

A própria ideia da natureza da luz também foi modificada por Einstein em 1905. Ele
também propôs que ela poderia ser descrita como pequenos pacotes de energia
(quantum de luz), pensando justamente no fato que se matéria nos parece contínua,
contudo, ela é composta por átomos. Por que a radiação também não seria composta
por pequenas partículas? Com essa proposição nascia o conceito do fóton que
permitia já naquela época explicar uma série de fenômenos, em particular o efeito
fotoelétrico, que hoje aplicamos em nosso cotidiano para ascender a iluminação das
ruas e também abrir as portas automáticas.
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Figura 10 – Fonte: Modelos atômicos - 2021

10. LOUIS DE BROGLIE

No decorrer do século XIX, muitos cientistas começaram a estudar os fenômenos


relacionados à eletricidade e à emissão de luz pela matéria em determinadas
condições. Ao final desse mesmo século, diversas descobertas acerca de tais
fenômenos ajudaram a desvendar a estrutura do átomo. A partir daí surgem os
modelos atômicos, que são referências utilizadas para representar os átomos.

Com base em análises e experiências, verificou-se que a luz apresenta um


comportamento dual: ora como partícula, ora como onda. Em 1924, o físico francês
Louis De Broglie lançou a hipótese de que, se a luz apresenta natureza dual, uma
partícula também apresentaria características ondulatórias. De Broglie procurou
associar a natureza dual da luz com o comportamento do elétron e afirmou que “a
todo elétron em movimento está associada uma onda característica”, postulado que
princípio da dualidade ou princípio de De Broglie.

Devido à descoberta do comportamento ondulatório dos elétrons, De Broglie


conquistou o Prêmio Nobel de Física em 1929 e, aos 37 anos o mais jovem membro
da galeria dos prêmios Nobel.

11.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Partícula ou onda?

A luz possui comportamento duplo, ou seja, pode ser interpretada como onda em
determinadas situações e comportar-se como partícula em casos específicos. Dessa
forma, a luz tanto é onda quanto partícula, possuindo, portanto, um comportamento
dual.

De acordo com a proposta de Isaac Newton, no século XVII, a luz não poderia ser
considerada onda, pois não sofria fenômenos como a difração, característico de uma
onda. Para Newton, a luz deveria ser formada por minúsculas partículas, que
possuíam a condição de transportar energia e sofrer reflexões e refrações. Ainda no
século XVII, Christiaan Huygens propôs que a luz deveria ser interpretada com um
caráter ondulatório.

No século XIX, o experimento da dupla fenda, realizado por Young, indicou que a luz
sofre interferência e difração, fenômenos característicos das ondas.
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Já no século XX, as ideias de Einstein e Max Planck propunham que a luz era
quantizada, ou seja, formada por minúsculos pacotes de energia denominados de
fótons. Entretanto, esses cientistas não descartaram a ideia ondulatória sobre a luz.
As contribuições de Louis de Broglie, por outro lado, trouxeram o conceito
da dualidade onda-partícula da luz.

Portanto, é possível compreender que a propagação e a interação da luz com


determinados meios caracterizam-na como onda eletromagnética, mas, em alguns
fenômenos – como é o caso do efeito fotoelétrico –, a luz pode ser interpretada como
partícula.

REFERENCIAS.

PARTICULAS, Dualidade da Onda. Física avançada - Vídeo produzido pela TVO, TV


Educativa Pública da província de Ontáro, Canadá. Conteúdo retirado do canal 'Prof.
Perdigão', no qual a aula está disponível em seis partes. Prof. Perdigão:
http://www.youtube.com/channel/UCM6nn...

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