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Marcas
Marcas
Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que ela seja, algo que permite
identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada.
Na teoria da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode
referir uma marca.
O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um
nome, marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa.
Quando se fala em marca, é comum estar-se a referir, na maioria das vezes, a uma representação
gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada
graficamente por uma composição de um símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto
combinados.
No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que a sua representação gráfica. Uma
empresa através de seu nome fantasia e da sua representação gráfica - comunica a "promessa" de
um produto, seu diferencial frente aos concorrentes que o faz especial e único. Busca-se associar às
marcas uma personalidade ou uma imagem mental. Assim, pretende marcar a imagem na mente do
consumidor, isto é, associar a imagem à qualidade do produto. Em função disto, uma marca pode
formar um importante elemento temático para a publicidade. Possui vários níveis de significado,
entre eles cultura, atributos ou benefício. É fundamental entender que o conceito de marca é mais
intangível do que tangível, pois o consumidor de determinada classificação demográfica tem
sensações, experiências e percepções diferentes sobre a mesma marca em relação a outro
consumidor classificado demograficamente da mesma forma.
Marca não é um conceito fácil de definir. Na sua definição e na sua análise devem-se levar em
consideração as disciplinas que a utilizam e regulam mais directamente, que são o direito comercial
e a gestão de marketing. Para o direito comercial a marca é um sinal: a OMPI – Organização
Mundial de Propriedade Industrial – define a marca como um “sinal que serve para distinguir os
produtos ou serviços de uma empresa dos outros de outras empresas”. A definição da American
Marketing Association, ainda adoptada em edições clássicas de marketing, acrescenta a definição
jurídica: “ A marca é um nome, um termo, um sinal, ou um desenho, ou uma combinação destes
elementos, com vista a identificar os produtos e serviços de um vendedor, ou de um grupo de
vendedores, e a diferenciá-los dos concorrentes”. Segundo Kotler, “talvez a habilidade mais
característica dos profissionais de marketing seja a capacidade de criar, manter, proteger e
melhorar uma marca. Para os profissionais de marketing, o estabelecimento de uma marca é a arte
e a essência do marketing.”
A marca é um contrato. A marca diminui o risco que o consumidor corre ao adquirir o produto.
Garante um nível de performances, independentemente da forma de distribuição.
A marca identifica. Numa oferta com produtos muitas vezes indiferenciáveis a marca facilita o
reconhecimento e favorece a fidelidade. Como exemplo as bebidas alcoólicas, os televisores, os
telemóveis e etc.
A marca diferencia. Ela valoriza aquele que a usa ou a consome. Ela transmite a sua identidade as
pessoas. Para as compras de status social é essencial a mais-valia trazida pela marca.
A marca tem valor comercial. A marca é um activo negociável, quer pela venda da marca, quer pelo
aluguer ou licenciamento da marca.
A marca forte permite preços mais altos (price premium ou acréscimo de preço suportado pela
marca). Entre um Citizen e um Cartier, a diferença de preço, para igual qualidade técnica, pode ser de
várias centenas de euros. A marca tem valor institucional ou “corporate”. A marca pode desenvolver
um poderoso sentimento de pertença entre os colaboradores de uma empresa. Uma marca forte tem
uma influência forte na comunicação financeira. Isso explica, entre outras coisas, que alguns grupos
mudem de nome para serem cotados na bolsa sob o nome da sua marca mais conhecida.
As marcas podem variar quanto ao seu poder e valor no mercado de acordo com varias escalas:
O patrimônio da marca relaciona-se directamente com os três últimos tipos de marca e também com:
Para as empresas que possuem um alto património de marca, existe uma série de vantagens
competitivas entre elas, de que se podem destacar:
Uma marca deve ser muito bem administrada para que o seu valor patrimonial não se deprecie, e para
isto, torna-se necessário um trabalho contínuo de manter e melhorar a consciencialização da marca,
da sua qualidade e sua funcionalidade percebidas e associações positivas, exigindo-se investimentos
contínuos em pesquisa e desenvolvimento, excelente publicidade e atendimento, tanto ao retalhista
como ao consumidor.
Por detrás de toda as marcas fortes existe um grupo de clientes fiéis. Assim, o valor do cliente é um
bem fundamental que sustenta o patrimônio de marca. Ampliar o valor do cliente fiel ao longo do
tempo é o foco mais apropriado do planejamento de marketing.
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A marca designa-se sob um conjunto de signos, formas, cores e muitas vezes até sons. Todos os
sentidos físicos dos consumidores podem ser aproveitados para centrar a atenção na marca, para
facilitar a sua identificação e atribuição, para transmitir as promessas efectuadas ao consumidor.
O nome
É o mais importante elemento do dispositivo identificador de uma marca. Existem vários tipos de
nomes:
O nome deve:
A embalagem tem como fim de permitir ou facilitar a protecção do produto, o seu transporte,
armazenagem, a informação sobre o mesmo, mas também a sua apresentação, a sua identificação e
utilização pelos consumidores. A embalagem assume um papel fundamental, na medida em que
contribui para atrair o olhar dos clientes, fazer com que o produto seja reconhecido ou identificado
por eles e suscitar-lhes o desejo de o comprar, assumindo um papel de “vendedor silencioso”.
Componentes da marca
Uma marca pode ser composta por um só ou por vários componentes. O excesso de sinais distintivos,
pode vir a prejudicar a leitura da marca e a compreensão do consumidor. Os elementos que compõem
a identidade visual de uma marca são:
*O logótipo: é a bandeira da marca, pode evoluir para permanecer actual, mas sem perturbar a
percepção dos consumidores. O logótipo é a particularização escrita de um nome e tem
obrigatoriamente letras.
*O símbolo: consiste num sinal gráfico que passa a identificar um nome, uma ideia, um produto ou
serviço. O símbolo, associado ou não ao logótipo, tem um sinal específico e desperta nas pessoas
uma série de informações e experiências armazenadas.
*O jingle: designa, geralmente, um refrão publicitário. Neste caso, o seu papel pode ser efémero. O
jingle de marca é uma música, passível de se identificar com a marca para depois a apresentar para
sempre.
*O grafismo de marca: são elementos permanentes de expressão formal de uma marca. Favorecem
a identificação e a atribuição da marca em todos os registos de expressão.
A Identidade Psicológica
Uma marca descreve-se não apenas pelos aspectos físicos, mas também pelo carácter, a sua
personalidade; pelo seu território e pelos seus valores culturais O carácter ou a personalidade da
marca São os traços salientes da psicologia da marca. Os traços de carácter de uma marca nem
sempre são nítidos. Todas as manifestações da marca contribuem para os criar, manter ou alterar: os
produtos e o serviço, em princípio, mas também a comunicação, publicidade, relações públicas, a
imagem que se faz da clientela da marca e a imagem difundida pelos distribuidores.
É o espaço do mercado onde a marca é legítima. A noção de território de marca está muito
entrelaçada às políticas de extensão de marcas.
Esta dimensão é, geralmente, mais importante para as marcas institucionais umbrella do que para as
marcas de produto puras. A cultura da marca leva à noção de cultura empresa.
A Imagem da Marca
Abordagem e inclusão das imperfeições humanas. Essa diretriz vai determinar a comunicação entre
marcas e consumidores nos próximos dez anos. A análise, ou previsão, é de Jean-Christophe Bonis,
sócio-fundador da Oxymore, agência boutique francesa que prevê tendências e comportamentos de
consumo.
Na visão de Jean-Christophe, que também se apresenta como futurólogo, em menos de vinte anos, a
inteligência artificial terá uma presença massiva, o que implica em desafios relacionados à segurança e
controle. “O cenário ainda está favorável para nós. O problema é que nem todos os líderes mundiais
compartilham os mesmos valores. O que acontece se perdermos o controle das máquinas? ”, questiona.
Jean-Christophe ressalta que, no que diz respeito ao papel do marketing, se espera uma comunicação
cada vez mais feita de humanos e para humanos. “O homem estará novamente no centro do jogo. Esse
movimento já teve um início com grandes marcas, colocando o respeito com o ser humano e suas
diferenças no centro das campanhas, da atenção para a inclusão”, diz o profissional, que mapeou
algumas das principais tendências relacionadas a 2027.
O executivo está no Brasil para participar do rio.Futuro, evento sobre inovação e tecnologia que
acontece nos dias 25 e 26 de maio, no Rio de Janeiro. Ao Meio & Mensagem, ele relata que o Brasil
ainda está no início da onda digital, o que pode ser muito positivo. “Estar atrasado em termos
tecnológicos em relação a outros países tem um lado bom que é não precisar cometer os mesmos erros
que outras empresas mundo afora cometeram, economizando tempo e dinheiro com a experiência
alheia”, afirma.
Marcas e consumo
Vivemos a última fase de poder das marcas sobre os consumidores. A confiança na mensagem da
propaganda está cada vez mais abalada. Estamos caminhando para a era dos assistentes virtuais, como a
Siri, no iPhone, ou a Alexa, na Amazon, totalmente baseados em análise de dados e inteligência
artificial que gera um mapeamento de informações sobre nossos sentimentos, o que gostamos e,
principalmente, do que iremos gostar. Você pode não saber como fazer panquecas, por exemplo, mas
basta perguntar para a Alexa que ela não só dá a receita como também manda entregar os ingredientes
na sua casa. Uma única pergunta: como a Alexa escolheu a marca do ovo e do leite que foram entregues
no delivery? Deveria ser baseado em preço e localização, mas claro que não é. É com base nas
informações que ela tem de você, apenas pelo modo como você navega na internet – não precisa nem
clicar ou dar likes no Facebook. E esse é o problema para as marcas: elas podem gastar milhões de reais
em propaganda, criar uma “bolha” ao redor do consumidor, mas no final quem vai escolher o produto e
finalizar a compra é a Alexa. Para 2018, a previsão é que a inteligência artificial seja responsável pela
compra de US$ 5 bilhões em produtos. E é só o começo.
Inteligência Artificial
As pessoas ainda não têm a menor ideia das consequências da Inteligência Artificial (IA) na vida delas.
Como será o relacionamento entre humanos e robôs, já que eles falarão e aprenderão com a mesma
rapidez dos humanos em menos de 10 anos? Como funciona para pessoas que não encontraram um
parceiro ou idosos abandonados em asilos? Isso ao mesmo tempo me fascina e amedronta. A parte boa é
que iremos encontrar a cura para muitas doenças, vamos viver mais que 150 anos. Mas quando os robôs
começarem a criar consciência, irão entender que o pior para o ser humano são os próprios humanos.
Líderes de todo mundo precisam preparar a população para isso e não estamos falando de uma mudança
para daqui um século. Até 2037, robôs e computadores ultrapassarão a inteligência humana. O que pode
acontecer quando perdermos o controle dessas tecnologias?
Mobile
O jeito que usamos hoje os smartphones está morto. O conceito é do início da era digital. Quando
falamos em digital, é comum pensarmos internet, mas a palavra remete a outra origem: dedo, impressão
digital. E essa foi a grande sacada do Steve Jobs: colocar na ponta do seu dedo a solução para um
problema. E isso se chama aplicação – de onde vem aplicativos. Se você precisa de um carro, por
exemplo, você clica com seu dedo em um aplicativo no telefone e em minutos um Uber está à sua
espera. O smartphone vai continuar sendo telefone, câmera fotográfica, despertador, mas por que você
iria querer colocar seu dedo em algum lugar somente para pedir um táxi se você pode apenas usar sua
voz?
Redes sociais
Em primeiro lugar, a exposição da vida particular e do cotidiano deve continuar, já que as pessoas não
estão nem aí para políticas de privacidade. Mas as redes sociais vão mudar muito. O Facebook
continuará por aí porque eles entenderam muito bem o jogo, são imensamente espertos no que fazem.
Mas a próxima grande mudança será na forma como buscamos coisas na internet. Estamos em um
momento de transição de palavras para imagens. Você viu alguém usando um vestido lindo na rua, mas
não sabe de qual loja é. Quantas palavras você precisará usar para descrever aquela roupa e qual a
chance de você realmente encontrá-la no Google? O próximo passo é você alcançar resultados muito
precisos usando apenas a câmera do seu celular.
Big Data
As marcas estão se debruçando sobre os dados, mas ainda não existe um profissional que maximize o
potencial dessas informações para a própria empresa. Será necessário que esse analista de dados seja
também um profissional ligado à área estratégica do negócio, pensando em desenvolvimento de produto
e planejamento a longo prazo. E não é uma questão de tamanho. Todas as empresas podem usar dados
para vender mais. É mais uma questão de organização do que de dinheiro.
As 10 marcas mais valiosas do mundo em 2017
São Paulo – O Google passou a Apple e agora é a marca global mais valiosa em 2017.
Os números do novo estudo da consultoria de marca Brand Finance mostra que a marca Google
cresceu 24% em valor.
Já a Apple foi a única do top 10 que viu seu valor de marca diminuir: -27%.
No top 10, o Facebook teve o maior crescimento, passando da 17ª para a 9ª posição. Seu valor de
marca saltou 82%.
Pesquisa
A Brand Finance usou dados da Bloomberg e da Kantar Worldpanel, além de entrevistas com três
milhões de consumidores. Os dados se referem às marcas com presença global.