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HARD LAW: instrumentos normativos com força cogente, que vinculam os

Estados parte.

SOFT LAW: regras cujo valor normativo é limitado e que não são juridicamente
obrigatórias.

Conferência de Estocolmo - 1972


Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano em Estocolmo

PERIODO: 5 a 15 de junho de 1972 - foi a primeira atitude mundial a tentar preservar o meio ambiente.

TEMAS: questões relacionadas à degradação do meio ambiente;

OBJETIVOS: discutir as mudanças climáticas, qualidade das aguas, ilhas de calor e efeito da inversão
térmica.

A reação dos países foram diversas:

EUA e países industrializados (DESENVOLVIMENTO ZERO):

 Dispuseram-se a reduzir a poluição na natureza.


 Reduzir por um tempo com as atividades industriais.

Países subdesenvolvidos (Brasil): DESENVOLVIMENTO A QUALQUER CUSTO

 Os países mais desenvolvidos é que deveriam arcar com o ônus da diminuição;


 Os países subdesenvolvidos não aprovaram as decisões de reduzir as atividades industriais,
pelo fato de terem a base econômica focada na industrialização.

Uma lista de 26 princípios, contida na Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, estipulava ações
para que as nações estabelecessem planos que resolvessem os conflitos entre as óticas e práticas de
preservação ambiental e do desenvolvimento. A Conferência garantia, de toda maneira, a soberania das
nações, ou seja, a liberdade de se desenvolverem explorando seus recursos naturais. Muitos destes
princípios transformaram-se, ao longo das décadas seguintes, em elementos e metas de negociação.

1. Os direitos humanos devem ser defendidos; apartheid o e o colonialismo devem ser condenados.
2. Os recursos naturais devem ser preservados.
3. A capacidade da Terra de produzir recursos renováveis deve ser mantida.
4. A fauna e a flora silvestres devem ser preservadas.
5. Os recursos não-renováveis devem ser compartilhados, não esgotados.
6. A poluição não deve exceder a capacidade do meio ambiente de neutralizá-la.
7. A poluição danosa aos oceanos deve ser evitada.
8. O desenvolvimento é necessário à melhoria do meio ambiente.
9. Os países em desenvolvimento requerem ajuda.
10. Os países em desenvolvimento necessitam de preços justos para suas exportações, para que
realizem a gestão do meio ambiente.
11. As políticas ambientais não devem comprometer o desenvolvimento.
12. Os países em desenvolvimento necessitam de recursos para desenvolver medidas de proteção
ambiental.
13. É necessário estabelecer um planejamento integrado para o desenvolvimento.
14. Um planejamento racional deve resolver conflitos entre meio ambiente e desenvolvimento.
15. Assentamentos humanos devem ser planejados de forma a eliminar problemas ambientais.
16. Os governos devem planejar suas próprias políticas populacionais de maneira adequada.
17. As instituições nacionais devem planejar o desenvolvimento dos recursos naturais dos Estados.
18. A ciência e a tecnologia devem ser usadas para melhorar o meio ambiente.
19. A educação ambiental é essencial.
20. Deve-se promover pesquisas ambientais, principalmente em países em desenvolvimento.
21. Os Estados podem explorar seus recursos como quiserem, desde que não causem danos a outros.
22. Os Estados que sofrerem danos dessa forma devem ser indenizados.
23. Cada país deve estabelecer suas próprias normas.
24. Deve haver cooperação em questões internacionais.
25. Organizações internacionais devem ajudar a melhorar o meio ambiente.
26. Armas de destruição em massa devem ser eliminadas.

 ASSINATURA DO PNUMA (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS P/ O MEIO AMBIENTE):

 É a agência do Sistema ONU responsável por catalisar a ação internacional e nacional para a proteção
do meio ambiente no contexto do desenvolvimento sustentável. 

RIO 92 - CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O


MEIO AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO (CNUMAD)
PERIODO: 3 e 14 de junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro – Presença maciça de 180 chefes de
Estado.

TEMAS: relacionadas à degradação do meio ambiente;

OBJETIVOS:

 Metas para controlar as emissões de CO2 na atmosfera;


 Criação de parâmetros para a proteção da biodiversidade;
 Energias renováveis;

 Buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção


dos ecossistemas da Terra em um ambiente não mais dominado pela guerra fria.

RESULTADO:

 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: MODELO DE


Consagrou o conceito de
CRESCIMENTO ECONÔMICO MENOS CONSUMISTA E MAIS
ADEQUADO AO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO.

 Contribuiu para a conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente


de responsabilidade dos países desenvolvidos.
 Reconheceu a necessidade de os países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e
tecnológico para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável.

Assinatura da:

1) A Carta da Terra;
2) Três convenções Sobre a Biodiversidade, Desertificação e Mudanças climáticas,
3) Declaração de princípios sobre florestas (DECLARAÇÃO DO RIO);
4) Agenda 21

 TRÊS CONVENÇÕES SOBRE A BIODIVERSIDADE, DESERTIFICAÇÃO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS:

BIODIVERSIDADE

-Possue caráter IMPOSITIVO (Hard Law) – ratificado pelo Brasil em 93.

OBJETIVOS:

- Conservação da Biodiversidade (fauna, flora);

- Uso sustentável de seus componentes;

- Divisão justa dos seus resultados;

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

-Possue caráter VINCULATIVO (Hard Law);

- Preocupa-se com as alterações do clima por atividades antrópicas (intervenções humanas), buscando
mitigar a emissão de gases de efeito estufa.

 DECLARAÇÃO DO RIO: CARÁTER PRINCIPIOLÓGICO (“SOFT LAW”)  uma proposição


das Nações Unidas (ONU) para promover o desenvolvimento sustentável;

Ratificou os princípios estabelecidos na Conferência de Estocolmo como:

  Redução da produção de produtos contaminantes ou tóxicos;


 A maior utilização de energias não contaminantes e renováveis;
 O apoio por parte dos governos ao transporte público, para reduzir o trafego de veículos e
assim a contaminação por CO2 e o ruído.
 A escassez de água potável em diferentes partes do planeta, e soluções de como poupar esse
recurso.

 AGENDA 21: DOCUMENTO PROGRAMÁTICO (SOFT LAW) - regras cujo valor normativo é
limitado e que não são juridicamente obrigatórias

Trata-se de um plano de ações com metas para se atingir a melhoria das condições ambientais e o
alcance do desenvolvimento sustentável.
Estruturado em quatro seções:

- Dimensões sociais e econômicas;


- Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento;
- Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais;
- Meios de implementação.

A Eco-92 embasou eventos como a conferência em Quioto no Japão, em 1997, que deu origem
ao Protocolo de Quioto que objetiva a redução da emissão de gases que agravam o efeito estufa.

CONVENÇÃO SOBRE O CLIMA:

 COPENHAGEN 2009 (COP 15),


 CANCÚN 2010 (COP 16),
 DURBAN 2011 (COP 17),
 QUATAR 2012 COM A POLÍTICA NACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

COP 15:

Objetivo: Resolver a ameaça do aquecimento global, reduzindo a emissão de gases do efeito


estufa.

Resultou apenas em um acordo mínimo, concluído e assinado às pressas por vinte chefes de
Estado que se comprometeram a limitar, de maneira voluntária, o aquecimento global a
dois graus Celsius, sem, contudo especificarem os meios para atingir essa meta.

COP 16:

Ocorreu após o fracasso verificado em 2009, na COP 15, onde a presença de mais de 150
chefes de Estado e Governo não foi suficiente para que se chegasse a um entendimento sobre
a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Fecharam um acordo modesto que, entre outras medidas, prevê:

 A criação de um "Fundo Verde", a partir de 2020, para ajudar os países emergentes


implementarem medidas de combate das mudanças climáticas.
 Um mecanismo de proteção das florestas tropicais;
 "Fortes reduções" das emissões de CO2;
 Garantias de que não haverá um espaço entre o primeiro e o segundo períodos do
Protocolo de Kioto. Entretanto, fica adiada por mais um ano a criação de um mecanismo
legal para forçar países como Estados Unidos e China a reduzirem suas emissões de gases
causadores do efeito estufa.

COP 17:
Objetivo: deter o aquecimento global ao limitar as emissões de gases do efeito
estufa.

Resultados: Plataforma de Durban: pela primeira vez, todos os países prometem


cortar emissões. Porém, ele só começará a vigorar em 2020.

RIO +20
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - 13 e 22 de julho de 2012

TEMAS:
Balanço do que foi feito nos últimos 20 anos em relação ao meio ambiente;
Economia verde,
Erradicação da pobreza
Desenvolvimento Sustentável.

OBJETIVO:

Renovação do compromisso político dos Estados com o desenvolvimento sustentável.

Nesse contexto, os trabalhos abordariam dois temas bem delimitados:

 ECONOMIA VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA ERRADICAÇÃO


DA POBREZA e

 ESTRUTURA INSTITUCIONAL PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

RESULTADOS:

Não foi o esperado: Não houve consenso entre os países;

 Mundo pós Atentado - 2001 / Crise econômica 2008?

O doc final assinado não mostrava metas claras a serem seguidas pelos países.

 Foi concebida como Conferência de Revisão e não como Reunião de Cúpula;


 Decisões não vinculantes (não eram Tratados)  e sim como Compromisso Político;

Quanto à ECONOMIA VERDE: necessidade de respeito aos princípios do Rio, à Agenda 21;

Quanto à ESTRUTURA INSTITUCIONAL PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVE:


Possibilidade de fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
como autoridade responsável pela agenda ambiental global

COP21 e o Acordo de Paris


Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 - entre os dias 30 de novembro
de 2015 e 12 de dezembro do mesmo ano. Teve a participação de chefes de estado (ou representantes)
de 197 países.

TEMA: o clima e as mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa e aquecimento global.
OBJETIVO: Manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC, de modo que a
comunidade internacional se comprometeu a limitar a subida da temperatura "bem abaixo
dos 2ºC" e a "continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC".

RESULTADOS: Foi alcançado com a assinatura do ACORDO DE PARIS - voltado para a redução das
emissões dos gases do efeito estufa. 

O objetivo implica numa redução drástica das emissões dos gases causadores do efeito estufa, com
medidas como economia de energia, maiores investimentos em energias renováveis e
reflorestamento.

Revisão dos compromissos:

Criação de um mecanismo de revisão dos compromissos voluntários dos países, de cinco em cinco anos. 

Os países industrializados "devem estar na linha de frente e estabelecer objetivos de redução das
emissões em valores absolutos". (Financiamento de 100 bilhoes por ano)

Os países em desenvolvimento deverão "continuar a aumentar os esforços" na luta contra o


aquecimento global "à luz de sua situação nacional".

Aceitaram também apresentar relatórios aos outros governos e ao público sobre o seu desempenho na
consecução das suas metas, para assegurar a transparência e a supervisão.

BRASIL:

 Redução em 37% nas emissões destes gases até 2025, ampliando a redução para 43% até o ano
de 2030. 

 Ampliar a participação de fontes de energia renováveis (eólica e solar, por exemplo) na matriz
energética.

DIREITO AMBIENTAL: CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS:

CONCEITO:

O Direito Ambiental possui uma conotação MÚLTIPLA que vai muito além do “espaço”
ou o conjunto de relações (físicas, químicas e biológicas) entre os fatores vivos
(bióticos) e não vivos (abióticos) ocorrentes nesse ambiente e que são
responsáveis pela manutenção, pelo abrigo e pela regência de todas as formas
de vida existentes nele.

O meio ambiente corresponde a uma interação de tudo que, situado nesse espaço, é
essencial para a vida com qualidade em todas as suas formas.

Logo, a proteção do meio ambiente compreende a tutela de um meio biótico (todos


os seres vivos) e outro abiótico (não vivo).

 MEIO AMBIENTE NATURAL é composto pelos recursos naturais, bióticos,


(permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas). Ex. água, solo, ar
atmosférico, fauna e flora.
Ex.:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade. 

Lei 6.938/81 - Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei entende-se por:

I - MEIO AMBIENTE, o conjunto de condições, leis, influências e interações de


ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas;

 MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL: é formado pelos espaços urbanos, incluindo


as edificações que são os espaços urbanos fechados, como por exemplo, um
prédio residencial e os equipamentos públicos urbanos abertos, como uma via
pública, uma praça, dentre outros.

Ex.:

CF/88 - Art. 182 e §§. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder
Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes.

Art. 21. Compete à União: XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,


inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

 MEIO AMBIENTE DO TRABALHO: é o local onde homens e mulheres


desenvolvem suas atividades laborais.

Ao se falar em meio ambiente do trabalho está se referindo à manutenção da saúde


e da segurança do trabalhador no local onde trabalha. 

Ex.:

CF/88 - Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

 MEIO AMBIENTE CULTURAL: é o patrimônio cultural nacional, incluindo as


relações culturais, turísticas, arqueológicas, paisagísticas e naturais.

Ex.:

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso
às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e


imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às


manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,


arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

FONTES:

LEI

 ESTATAIS:

JURISPRUDÊNCIA

COSTUMES

 NÃO ESTATAIS:

DOUTRINA

LEI

 PRIMÁRIAS: DOUTRINA
COSTUME

DOUTRINA

 SECUNDÁRIAS: JURISPRUDÊNCIA

ANALOGIA

PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO

EQUIDADE

FONTES MATERIAIS: Movimentos populares – por melhor qualidade de vida;


Contra os riscos efetivos decorrentes de uso de determinados produtos e práticas,
entre outros.

FONTES FORMAIS:

 Constituição,
 Leis,
 Atos,
 Normas administrativas,
 Resoluções
 Jurisprudência.

PRINCÍPIOS AMBIENTAIS CONSTITUCIONAIS

-Trata-se de um Direito Fundamental - Art. 225. Todos


têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
PRINCÍPIO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE (..) –DIREITO DIFUSO.
EQUILIBRADO
- É uma extensão do Direito à Vida, e deve nortear toda
a atividade de interpretação.

- O meio ambiente é um valor a ser necessariamente


protegido para uso de todos.

- É um BEM INDISPONÍVEL: Não se pode apropriar-se


individualmente de parcelas do meio ambiente para o
consumo privado.
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá-lo para os presentes e futuras gerações.

- O Estado deve LIMITAR (PODER DE POLICIA) o


exercício dos direitos individuais, visando assegurar o
BEM-ESTAR da coletividade.

- A ele cabe intervir a fim de manter, preservar e


restaurar os recursos ambientais com vistas à sua
utilização racional e disponibilidade permanente.
PRINCÍPIO DO CONTROLE DO POLUIDOR
Art. 225 - § 1º Para assegurar a efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público:

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego


de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente; 

- Em qualquer Ação ou Decisão Pública ou Privada,


deve-se levar em conta os impactos negativos sobre
o meio ambiente.

PRINCÍPIO DA CONSIDERAÇÃO DA VARIÁVEL Art. 225 - § 1º Para assegurar a efetividade desse direito,
AMBIENTAL NO PROCESSO DECISÓRIO DE incumbe ao Poder Público:
POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade;

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA preservá-lo para os presentes e futuras gerações.

Deve haver a participação de todos no implemento de


políticas ambientais.

Ex.: Audiências Públicas.

Pressupõe o Direito à Informação.

- O poluidor é obrigado a pagar o dano ambiental que


causou.

- Tem caráter PUNITIVO;


PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR OU PRINCÍPIO
DA RESPONSABILIDADE -A sociedade não deve arcar com os custos da
recuperação ao meio ambiente lesionado causado por
um poluidor, que auferiu lucro com a atividade por ele
exercida.

Art.225 - § 3º As condutas e atividades consideradas


lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados.

PRECAUÇÃO

- Trata-se de riscos e impactos cujos efeitos ainda


NÃO se tem certeza.
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E PRINCÍPIO DA
PRECAUÇÃO - Assim, não se deve produzir INTERVENÇÕES no meio
ambiente antes de ter a certeza de que estas não serão
adversas para o mesmo.

- evita riscos, quando ainda não se tem certeza da


ocorrência do dano.

PREVENÇÃO
- Trata-se de riscos e impactos JÁ CONHECIDOS que
devem ser evitados/antecipados.
- evita danos cuja ocorrência é certa ou ao menos
provável

Art. 1.228. § 1o O direito de propriedade deve ser


exercido em consonância com as suas finalidades
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA econômicas e sociais e de modo que sejam
PROPRIEDADE preservados, de conformidade com o estabelecido em
lei especial, à flora, a fauna, as belezas naturais, o
equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e
artístico, bem como evitada a poluição do ar e das
águas.

Ainda que possa alguém ser proprietário de certa área,


não se torna dono exclusivo dos recursos ambientais
que ali se encontram.

O uso da propriedade não pode comprometer o direito


ao meio ambiente equilibrado.
- o usuário dos recursos ambientais deve suportar o
conjunto dos custos destinados a tornar possível a sua
PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR utilização (ainda que não haja qualquer degradação).

- A ideia é estabelecer uma consciência para uso


racional dos recursos naturais.

- Tem caráter RETRIBUTIVO - deve haver contrapartida


remuneratória pela outorga do direito de uso de um
recurso natural. 
- CF/88 Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se
nas suas relações internacionais pelos seguintes
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS princípios:

IX - cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade;

Reconhece a necessidade de que se estabeleça uma


verdadeira política mundial/global de proteção e
preservação do meio ambiente, com regras menos
preocupadas com a soberania nacional e mais
vinculadas às necessidades ambientais.
- Principio que destaca a necessidade de se considerar a
variável ambiental na tomada de decisões.

- Preconiza a revitalização do crescimento da economia


PRINCÍPIO DO DIREITO AO DESENVOLVIMENTO global de modo a reduzir a degradação ambiental e a
SUSTENTÁVEL pobreza.

- Este princípio não objetiva impedir o desenvolvimento


econômico, mas encontrar um meio termo, um equilíbrio
entre a economia e o meio-ambiente.

- As presentes gerações não podem deixar para as


futuras gerações uma herança de
PRINCÍPIO DA EQÜIDADE OU DA SOLIDARIEDADE déficits ambientais ou do estoque de recursos e
INTERGERACIONAL benefícios inferiores aos que receberam das gerações
passadas.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para os presentes e futuras gerações.

- Justamente para possibilitar a participação, deve ser


assegurado aos indivíduos o acesso às informações
PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO relativas à preservação ambiental.
1. (CESPE/2009 — OAB) Assinale a opção correta com relação aos princípios do direito ambiental.
a) Em conformidade com o princípio do desenvolvimento sustentável, o direito ao desenvolvimento deve ser exercido
de modo a permitir que sejam atendidas as necessidades do tempo presente sem comprometer as necessidades das
gerações futuras.
b) O princípio do poluidor-pagador estabelece que a pessoa, física ou jurídica, antes de desenvolver atividade
considerada causadora de degradação ambiental, terá de pagar para evitar a contaminação.
c) O ressarcimento do dano ambiental deve ocorrer, preferencialmente, mediante indenização em dinheiro, e,
secundariamente, pela reparação natural do ambiente degradado.
d) Conforme o princípio do limite, o particular que pretenda desenvolver atividade ou empreendimento que cause
significativa degradação ambiental tem o dever de fixar parâmetros que levem em conta a proteção da vida e do
próprio meio ambiente.

2. (CESPE/2007 — TJ/PI — Juiz) A sociedade contemporânea vem transformando, aos poucos, a concepção
privatista do direito de propriedade em direção à propriedade como sendo um direito-dever pautado pela
necessidade de manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, adequado à sadia qualidade de
vida e em conformidade com os ditames de um modelo de desenvolvimento sustentável. Em face disso, tanto a
legislação ambiental como a CF impõem medidas quanto à preservação de áreas florestais, do solo, da água e
da diversidade biológica, no que se refere à problemática de propriedades inseridas em espaços territoriais
especialmente protegidos.

Acerca do assunto de que trata o texto acima, assinale a opção correta.

a) A função socioambiental da propriedade não constitui um simples limite ao exercício do direito de propriedade, por
meio da qual se permite ao proprietário, no exercício do seu direito, fazer tudo o que não prejudique a coletividade e o
meio ambiente; ela vai além disso, pois autoriza até mesmo que se imponham ao proprietário comportamentos
positivos, no exercício do seu direito, para que a sua propriedade concretamente conforme-se à preservação do meio
ambiente.
b) A função socioambiental da propriedade impõe ao proprietário que, no exercício do seu direito, apenas se abstenha
de praticar atos lesivos aos interesses coletivos, pautando a exploração econômica da propriedade rural pelo princípio
da precaução.
c) Para que a exploração econômica da propriedade rural ocorra de maneira compatível com o princípio do
desenvolvimento sustentável, cabe ao proprietário tomar medidas preventivas quanto à utilização dos recursos naturais
não renováveis, seguindo um plano de manejo sustentável. No entanto, a utilização dos recursos renováveis pode ser
feita sem ônus ao proprietário, desde que este tenha efetuado o cadastramento de sua propriedade no Sistema
Nacional de Controle dos Latifúndios Produtivos, do IBAMA.
d) Na perspectiva de uma sociedade de risco, como é a sociedade contemporânea, cabem ao proprietário rural o
exercício socioambiental do direito de propriedade e a responsabilização civil, penal e administrativa pela má utilização
do direito de superfície, visto que, estando constituído como superficiário, ele é obrigado a assumir todos os encargos
enfitêuticos decorrentes da exploração econômica das áreas ambientalmente protegidas, bem como o pagamento do
respectivo solarium ao município no qual a mesma esteja situada.
e) As condicionantes socioambientais ao direito de propriedade do solo urbano incidem apenas sobre os latifúndios
improdutivos, dado que a função econômica da propriedade da terra é que condiciona a adequação do exercício
responsável das atividades agropecuárias às determinantes socioambientais.

5. (VUNESP/2011 — TJ/SP — Juiz) Leia atentamente as assertivas que seguem e, depois, proceda à sua
vinculação com os princípios enunciados, na correta ordem sequencial.

I. Manter as bases vitais da produção e reprodução do homem e de suas atividades, e igualmente garantir uma
relação satisfatória entre os homens e destes com o seu ambiente, para que as futuras gerações também tenham
oportunidade de desfrutar os mesmos recursos que temos hoje à nossa disposição.

II. Assegurar a solidariedade da presente geração em relação às futuras, para que também estas possam usufruir, de
forma sustentável, dos recursos naturais.

III. Impedir a ocorrência de danos ao meio ambiente, por meio da imposição de medidas acautelatórias, antes da
implantação do empreendimento e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras.

IV. Instituir procedimentos capazes de embasar uma decisão racional na fase de incertezas e controvérsias, de
forma a diminuir os custos da experimentação.

V. Internalizar os custos resultantes dos danos ambientais, ou seja, levá-los em conta na elaboração dos custos de
produção e, consequentemente, assumi-los.

VI. Evitar que o “custo zero” dos serviços e recursos naturais acabe por conduzir o sistema de mercado à
hiperexploração do meio ambiente.

Assinale a alternativa correta.


a) Desenvolvimento sustentável, solidariedade intergeracional, prevenção, precaução, poluidor-pagador, usuário
pagador.
b) Desenvolvimento sustentável, solidariedade intergeracional, precaução, prevenção, poluidor-pagador, usuário-
pagador.
c) Solidariedade intergeracional, desenvolvimento sustentável, precaução, prevenção, usuário-pagador, poluidor-
pagador.
d) Solidariedade intergeracional, desenvolvimento sustentável, prevenção, precaução, poluidor-pagador, usuário-
pagador.
e) Desenvolvimento sustentável, solidariedade intergeracional, prevenção, precaução, usuário-pagador, poluidor-
pagador.

TEORIA TROIKA DA SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade está ligada ao suprimento civilizacional de suas demandas por:

 Água,
 Alimentos;
 Energia.

Desse modo, garantindo esse suprimento sustentável supõe a capacidade de


civilizações, sociedades e organizações para perdurar no tempo e evitar o colapso.

ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS

Lei 6938 - Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público


federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante
interesse ecológico e reservas extrativistas; 

CF/88 - Art. 225. § 1º III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços


territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei , vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

São espaços, que podem ser grandes ou pequenos, reconhecidos e delimitados


pelo Estado como merecedores de especial proteção, em razão da importância
ecológica que possuem.

Assim:

 Compete ao Poder Público (Legislativo, Judiciário e Administração) criá-los ou


defini-los;

 Uma vez criados não podem ser suprimidos e tampouco alterados, salvo
por meio de lei;

 Sua utilização só é permitida caso não comprometa a integridade dos


atributos que justificaram sua proteção.

CUIDADO!!!!!
O inciso III do §1º do art. 225 fala que apenas a supressão e a alteração desses
espaços devem ser feitas por meio de lei.

Sua CRIAÇÃO ou DELIMITAÇÃO, assim, pode ser feita por meio de atos
administrativos, como DECRETOS.
Existem quatro categorias fundamentais de espaços territoriais especialmente
protegidos: (Lei no 9.985/2000)

 ÁREAS DE PROTEÇÃO ESPECIAL (APE),


 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP),
 RESERVAS LEGAIS (RL);
 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: espaço territorial e seus recursos ambientais,


incluindo, as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,
legalmente instituídos pelo Poder Público.

Ex.: Área Econômica Exclusiva.

OBJETIVOS: de conservação e limites definidos, sob regime especial de


administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;

ESPÉCIES:

 UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL


 UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL

- UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL: tem como objetivo preservar a natureza,


sendo admitido apenas o USO INDIRETO (que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição)
dos seus recursos naturais.

Subdividem-se em:

- Preservação da natureza e a realização de pesquisas


científicas.

ESTAÇÃO ECOLÓGICA - Posse e domínio públicos (áreas particulares incluídas


em seus limites serão desapropriadas);

- Proibida a visitação pública (salvo educacional);

- Preservação integral da biota e demais atributos


naturais existentes em seus limites, sem interferência
humana direta ou modificações ambientais,
RESERVA BIOLÓGICA
- Posse e domínio públicos (áreas particulares incluídas
em seus limites serão desapropriadas);

- Proibida a visitação pública (salvo educacional);

- Preservação de ecossistemas naturais de grande


relevância ecológica e beleza cênica;

- Realização de pesquisas científicas;

- Desenvolvimento de atividades de educação;


PARQUE NACIONAL
- Recreação em contato com a natureza;

-Turismo ecológico;
-Posse e domínio públicos (áreas particulares incluídas
em seus limites serão desapropriadas);

- Visitação pública está sujeita às normas e restrições


estabelecidas no Plano de Manejo da unidade.

- Preservar sítios naturais raros, singulares ou de


grande beleza cênica.

- Pode ser constituído por áreas particulares (desde


MONUMENTO NATURAL que compatíveis com a UC);

- Não havendo compatibilidade ou não permissão do


proprietário, ela deve ser desapropriada.

- Visitação pública está sujeita às normas e restrições


estabelecidas no Plano de Manejo da unidade.

- Proteção de ambientais naturais para existência e


reprodução da flora e fauna local ou migratória.

- Visitação pública sujeita ao plano de manejo e às regras


da administração.
REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE
- Pesquisa sujeita à autorização prévia e às restrições do
plano de manejo e da administração.

- Privado apenas quando compatível com o uso da


propriedade (aquiescência do proprietário), sob pena de
desapropriação.

- UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL: tem como objetivo compatibilizar a


conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos
naturais.

- área em geral extensa, com certo grau de ocupação


humana;

-Dotada de atributos bióticos, abióticos estéticos ou


culturais importantes para a qualidade de vida e bem-
estar da população humana.

-Objetivo de proteção da diversidade biológica, disciplinar


a ocupação humana e sustentabilidade dos recursos
ambientais.
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
- Visitação (pesquisa e educação) estabelecida pela
administração da unidade; e nas áreas particulares,
segundo as regras do proprietário.

- É constituída por terras públicas ou privadas.

-Na pública, forma-se um conselho da Área de Proteção


Ambiental do qual participam a sociedade civil e
representante da população que ocupa a referida APA
+ integrantes do órgão público + os administradores da
unidade de conservação.

- Área em geral de pequena extensão, com pouca ou


nenhuma ocupação humana.
- Características naturais EXTRAORDINÁRIAS ou que
abriga exemplares raros da biota regional;
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO
- Objetivo manter os ecossistemas naturais de
importância regional ou local e regular o uso admissível
dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os
objetivos de conservação da natureza.

- Constituída por terras públicas ou privadas.

 
- Área com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas;

- OBJETIVO: uso múltiplo sustentável dos recursos


FLORESTA NACIONAL florestais e a pesquisa científica, com ênfase em
métodos para exploração sustentável de florestas
nativas;

- Posse e domínio públicos (áreas particulares incluídas


em seus limites serão desapropriadas);

- É admitida a permanência de populações tradicionais


que a habitam quando de sua criação;

- A pesquisa é permitida e incentivada;

- Área utilizada por populações extrativistas tradicionais:

- extrativismo;
- agricultura de subsistência;
- criação de animais de pequeno porte;

- OBJETIVO: proteger os meios de vida e a cultura


dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade.
RESERVA EXTRATIVISTA
-Visitação admitida segundo as regras da administração
da UC.

- Pesquisa permitida e incentivada;

-Proibidas a caça amadora e profissional e a exploração


de recursos minerais. Exploração madeireira somente se
feita de forma sustentada e com aprovação do plano de
manejo.

- É uma área natural com populações animais de


espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes
ou migratórias, adequadas para estudos técnicos
científicos sobre o manejo econômico sustentável de
RESERVA DE FAUNA recursos faunísticos.

- Posse e domínio públicos (áreas particulares incluídas


em seus limites serão desapropriadas);

- A visitação pública pode ser permitida, desde que


compatível com o manejo da unidade;

-É proibido o exercício da caça amadorística ou


profissional.

- Área natural que abriga populações tradicionais.

- Se baseia em sistema sustentável de exploração de


recursos naturais (geneticamente transferidos,
integrados ao ecossistema e que desempenham papel
de proteção da natureza e manutenção da diversidade
biológica).

RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - OBJETIVO:


-Preservar a natureza;

-Assegurar as condições e os meios necessários para a


reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de
vida;

-Exploração dos recursos naturais das populações


tradicionais;

-Valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as


técnicas de manejo do ambiente;

- Posse e domínio públicos (áreas particulares incluídas


em seus limites serão desapropriadas);

- Visitação É INCENTIVADA E PERMITIDA, desde que


compatível com os interesses locais.

- Permitida a Pesquisa Científica;

- É uma área privada, gravada com perpetuidade, com


o objetivo de conservar a diversidade biológica.

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL - Só permitida para:

- Pesquisa Científica;

-Visitação com objetivos turísticos, recreativos e


educacionais;

ÁREAS DE PROTEÇÃO ESPECIAL: art. 13, I, da Lei 6.766/79 – São áreas especiais,
tais como as de proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico,
paisagístico e arqueológico, assim definidas por legislação estadual ou federal;

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP):

Permanecem no Novo Código Florestal (2012) e configuram o espaço de domínio


público ou particular onde é vedado por lei o exercício de atividades
econômicas, para manutenção de sua cobertura vegetal, decorrente da
fragilidade dos ecossistemas naturais.

Lei nº 12.651 - Art.3, II - área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de:

 Preservar os recursos hídricos;


 Preservar a paisagem;
 Preservar a estabilidade geológica e a biodiversidade;
 Facilitar o fluxo gênico de fauna e flora;
 Proteger o solo;
 Assegurar o bem-estar das populações humanas;

RESERVAS LEGAL:
Também inserta no Código Florestal, é uma área da propriedade rural
necessariamente destinada à preservação da cobertura vegetal natural, em
percentuais variáveis de acordo com a fitofisionomia ou a região do país, onde não é
permitido o corte raso nem a alteração do uso do solo ou a exploração com fins
comerciais.

Lei nº 12.651 - Art.3, III - área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de:

 Assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais


do imóvel rural;

 Auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos;

 Promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a


proteção de fauna silvestre e da flora nativa;

Lei no 9.985/2000:

O manejo do uso humano da natureza,


compreendendo a:

- preservação,
- manutenção,
CONSERVAÇÃO DA NATUREZA - utilização sustentável,
- restauração e a recuperação do ambiente natural,

Para que possa produzir o maior benefício, em bases


sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu
potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das
gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres
vivos em geral;

DIVERSIDADE BIOLÓGICA - A variabilidade de organismos vivos de todas as


origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas
terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos.
 

- A atmosfera, as águas interiores, superficiais e


RECURSO AMBIENTAL subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o
subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;

- Conjunto de métodos, procedimentos e políticas que


visem a proteção em longo prazo das espécies,
habitats e ecossistemas.
PRESERVAÇÃO
- Além da manutenção dos processos ecológicos,
prevenindo a simplificação dos sistemas naturais;

- Manutenção dos ecossistemas livres de alterações


PROTEÇÃO INTEGRAL causadas por interferência humana, admitido apenas o
USO INDIRETO dos seus atributos naturais;

Conservação de ecossistemas e habitats naturais;

Manutenção e recuperação de populações viáveis de


CONSERVAÇÃO IN SITU espécies em seus meios naturais

Nos meios onde tenham desenvolvido suas


propriedades características;

MANEJO - Todo e qualquer procedimento que vise assegurar a


conservação da diversidade biológica e dos
ecossistemas;

- aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou


USO INDIRETO destruição dos recursos naturais;

 
USO DIRETO - aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos
recursos naturais;

- Exploração do ambiente de maneira a garantir a


perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos
USO SUSTENTÁVEL processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os
demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa
e economicamente viável;

Sistema de exploração baseado na coleta e extração,


EXTRATIVISMO de modo sustentável, de recursos naturais
renováveis;
 
- RESTITUIÇÃO de um ecossistema degradado.

RECUPERAÇÃO - Que pode ser diferente de sua condição original; 

-- RESTITUIÇÃO de um ecossistema degradado.

RESTAURAÇÃO - Mais próximo possível da sua CONDIÇÃO


ORIGINAL;

ZONEAMENTO - definição de setores ou zonas em uma unidade de


conservação 

 
- DOCUMENTO técnico mediante o qual, com
PLANO DE MANEJO fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservação, se estabelece o seu zoneamento.

- É o entorno de uma unidade de conservação, onde


as atividades humanas estão sujeitas a normas e
ZONA DE AMORTECIMENTO restrições específicas, com o propósito de minimizar os
impactos negativos sobre a unidade;

- porções de ecossistemas naturais ou seminaturais,


CORREDORES ECOLÓGICOS ligando unidades de conservação, que possibilitam entre
elas o fluxo de genes e o movimento da biota.

DIREITO AMBIENTAL APLICADO

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA


Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar Art. 23. É competência COMUM da União, dos
sobre: Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

- poderá ser delegada;


VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e
radiodifusão;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e abastecimento alimentar;
metalurgia;

Extrai-se do dispositivo que a competência


CF/88 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao administrativa ambiental é do tipo comum, também
Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE chamada de cumulativa ou paralela. Nestes casos,
sobre: (...) existe a possibilidade de mais de um ente político
(União, Estado, Município) atuar para tratar do mesmo
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da assunto em pé de igualdade com os outros.
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao


consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;

Cabe a União legislar sobre NORMAS GERAIS;

Inexistindo NORMAS GERAIS, os ESTADOS


exercerão COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA.

Superveniência de Lei Federal SUSPENDE a Eficácia


de norma estadual.

SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (SISNAMA) E SUA


ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

ÓRGÃO SUPERIOR:

 CONSELHO DE GOVERNO:

FUNÇÃO: Assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional


e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais;

ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO:

 CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA):


FUNÇÃO: Assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo:

 Diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos


naturais;
 Deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à
sadia qualidade de vida;

ÓRGÃO CENTRAL:

 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

FUNÇÃO: Planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal:

 A política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio


ambiente;

ÓRGÃOS EXECUTORES:

 IBAMA;

 INSTITUTO CHICO MENDES;

FUNÇÃO: executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas


para o meio ambiente.

ÓRGÃOS SECCIONAIS: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela


execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes
de provocar a degradação ambiental;   

ÓRGÃOS LOCAIS: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle


e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;

LICENCIAMENTO AMBIENTAL: NATUREZA JURÍDICA, PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS

NATUREZA JURÍDICA DA LICENÇA AMBIENTAL:


1) Parte da doutrina entende ser Ato Administrativo Discricionário de caráter
Precário (revogável a qualquer tempo).  posição de Paulo Affonso Leme
Machado e Toshio Mukai.

2) Outra parte entende (Édis Milaré) ser a verdadeira LICENÇA, ou seja,


obedecido os requisitos ela será concedida.

Segundo essa autora, há diferença entre LICENÇA AMBIENTAL e a LICENÇA


TRADICIONAL.

LICENÇA AMBIENTAL: trata-se de um ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO, que


NÃO GERA DIREITO ADQUIRIDO, mas, POSSUI UMA ESTABILIDADE
TEMPORAL.

Garante-se a inalterabilidade das regras impostas no momento da outorga, salvo se o


interesse público recomendar o contrário.

CONCEITO:

Resolução CONAMA 237/1997:

Em suma, trata-se de um procedimento administrativo de verificação de pressupostos


materiais e formais pelo órgão ambiental, para a instalação/operação/ampliação de
empreendimentos.

TRÊS ESPÉCIES:

LICENÇA PRÉVIA (LP): fornecida na fase preliminar, na qual o órgão ambiental


aprova a localização e a concepção do empreendimento, com ou sem
condicionantes a serem cumpridas para a próxima fase;

LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI): autoriza a montagem da estrutura do


empreendimento, de acordo com a concepção aprovada na LP e
planos/programas/projetos (estruturais, elétricos, hidráulicos, etc), incluindo eventuais
condicionantes;

LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO): autoriza o início efetivo da atividade


empreendedora, desde que cumpridas as condicionantes da LP e da LI, além de
eventuais condicionantes da própria LO.

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)


A implantação de qualquer atividade que possa ser degradadora do meio ambiente
deve ser precedida de uma AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS:

É um instrumento preventivo usado nas políticas ambientais e gestão ambiental com o


intuito de assegurar que um determinado projeto passível de causar danos ambientais
seja analisado de acordo com os prováveis impactos no meio ambiente.

EIA/RIMA - ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E SEU RESPECTIVO RELATÓRIO


(RIMA):

Impacto Ambiental:

É qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio


ambiente, causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas, que direta ou indiretamente afetem:

a) a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) as atividades sociais e econômicas;

c) a biota;

d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e

e) a qualidade dos recursos ambientais.

O EIA tem maior abrangência que o relatório e o engloba em si mesmo. É um


profundo diagnóstico do empreendimento que está em vias de ser licenciado pelo
órgão ambiental, confrontando-o com as prováveis modificações das diversas
características socioeconômicas e biofísicas do meio ambiente.

O RIMA destina-se ao esclarecimento das vantagens e consequências ambientais


do empreendimento, refletindo as conclusões daquele.

PREVISÃO:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
PRESUNÇÃO:

Parte da doutrina entende que a presunção do EIA é relativa, isto é, pode ser
DISPENSADA.

Porém, a doutrina MAJORITÁRIA entende ser OBRIGATORIO e vincula o


administrador a realização do EIA. (PRESUNÇÃO É ABSOLUTA).

O EIA deve ser realizado ANTES do licenciamento, sendo condição para expedição
desta.

Os estudos deverão ser elaborados por profissionais legalmente habilitados e


CADASTRADOS no Cadastro Técnico Federal de Atividades, sob a administração
do IBAMA dando um caráter multidisciplinar à equipe.

RESPONSABILIDADE:

Civil OBJETIVA fundada no risco integral, isto é, basta a ocorrência do dano ambiental
para haver responsabilidade.

O EIA/RIMA é regido por dois princípios fundamentais:

 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE;
 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO PÚBLICA.

Art. 225. IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade


potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo
prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

A publicidade e a participação se darão através de: AUDIÊNCIA PÚBLICA:

Pode ser convocada em quatro hipóteses;

1. Quando o órgão ambiental julgar necessário;

2. Por solicitação de entidade civil;

3. Por solicitação do Ministério Público;

4. A pedido de 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos.

A audiência pública, quando cabível e solicitada por qualquer dos legitimados, é


requisito formal essencial para a validade da licença ambiental.

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV


Analisa os impactos na qualidade de vida da população do entorno do
EMPREENDIMENTO URBANO sem grandes impactos ao ambiente natural.

O EIV não substitui o EIA/RIMA quando exigido, mas este, por ser mais abrangente,
pode tornar o EIV dispensável.

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: LEI Nº 12.305/10

 Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos.

O gerenciamento de resíduos sólidos é o conjunto de ações exercidas, direta ou


indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, exigidos na forma desta Lei; 

Esta política tem como objetivo desenvolver padrões sustentáveis de produção e


consumo, isto é, produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as
necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem
comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das
gerações futuras; 

Por meio de:

 Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a


alteração de suas propriedades físicas;

 Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua


transformação biológica, física ou físico-química;

 Responsabilidade compartilhada (dos fabricantes, importadores,


distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana);

 Logística Reversa: conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a


viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial.

Com o OBJETIVO DE:

I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 

II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos


sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; 
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens
e serviços; 

IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como


forma de minimizar impactos ambientais; 

V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; 

VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de


matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; 

VII - gestão integrada de resíduos sólidos; 

VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o


setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão
integrada de resíduos sólidos; 

IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; 

X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação


dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com
adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos
custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade
operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; 

XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: 

a) produtos reciclados e recicláveis; 

b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de


consumo social e ambientalmente sustentáveis; 

XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações


que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 

XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto; 

XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e


empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento
dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético; 

XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável. 

CRIMES AMBIENTAIS (LEI N. 9.605/98)

RESPONSABILIDADE PENAL AMBIENTAL


- CF/88 Art. 225. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Lei 9605/98 - Art. 3º As PESSOAS JURÍDICAS serão responsabilizadas, ADMINISTRATIVA,


CIVIL E PENALMENTE conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Assim a responsabilidade da pessoa jurídica fica condicionada a que:

 A infração tenha sido cometida em seu interesse ou benefício;

 Por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão


colegiado que será demandado SOLIDARIAMENTE com a pessoa jurídica
(DUPLA IMPUTAÇÃO).

Ou seja, a responsabilidade "penal" da pessoa jurídica depende da


prática de um fato punível por alguma pessoa física, que atua em seu
nome e em seu benefício.

É uma responsabilidade por RICOCHETE, porque prioritariamente deve ser


incriminada a pessoa física. Por reflexo, a pessoa jurídica acaba também sendo
processada, desde que preenchidos os requisitos legais (atuação em nome da pessoa
jurídica, benefício da pessoa jurídica, decisão de seu representante legal ou
contratual).

Porém, em 2013 o STF em um caso envolvendo o derramamento de quase quatro


milhões de litros de óleo cru em dois rios no Paraná, por ser muito difícil determinar
com certeza quem foi o responsável pelo ato criminoso no meio ambiente, decidiu que
a responsabilização da pessoa jurídica não estava ligada a apuração da conduta do
agente deixando de ser aplicada a teoria da DUPLA IMPUTAÇÃO e passando a ser
adotada a TEORIA DA CULPABILIDADE COORPORATIVA.

A responsabilidade da pessoa jurídica, por seu turno, não exclui a da pessoa física,
autora, coautora ou partícipe.

PENAS APLICADAS À PESSOA JURÍDICA:

Art. 21. As penas aplicáveis, isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas


jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:

I - MULTA;

II - RESTRITIVAS DE DIREITOS;

III - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE.


PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS aplicadas às pessoas jurídicas:

I - SUSPENSÃO PARCIAL OU TOTAL DE ATIVIDADES;

II - INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE ESTABELECIMENTO, OBRA OU


ATIVIDADE;

III - PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO, BEM COMO


DELE OBTER SUBSÍDIOS, SUBVENÇÕES OU DOAÇÕES.

PENAS APLICADAS À PESSOA FÍSICA:

 PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE;

 PENA RESTRITIVA DE DIREITOS;

 MULTA

PENA RESTRITIVA DE DIREITOS: são autônomas e substituem as penas privativas


de liberdade nos casos em que:

 Se tratar de crime culposo ou


 For aplicada penas privativa de liberdade inferior a quatro anos.

São elas:

 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE;


 A INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS;
 SUSPENSÃO PARCIAL OU TOTAL DE ATIVIDADES;
 PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA;
 RECOLHIMENTO DOMICILIAR;

OMISSÃO RELEVANTE: art.2º segunda parte:

CP –Art.13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia


agir para evitar o resultado.

Lei 9605/98 - Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes
previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão
técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo
da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para
evitá-la.
A interpretação da Lei 9605/98, deve ser feita à luz do princípio da intervenção
mínima, pois, eleva a categoria de crime condutas que deveriam ser
consideradas infrações administrativas.

EXCLUDENTES?

POLÍCIA ADMINISTRATIVA AMBIENTAL:

A Administração Pública, em sentido objetivo, consiste na atividade exercida para


atender às necessidades coletivas, abrangendo o:

 Fomento,
 Polícia administrativa,
 Serviço público.

A ideia de Polícia administrativa é a possibilidade de o Estado impor limitações ou


deveres aos administrados de forma a garantir que o interesse da própria coletividade
seja preservado.

Pode ser exercido diretamente ou por delegação:

 Tal delegação, porém, requer esteio legal;

Materializa-se preferencialmente por:

 Ações fiscalizadoras, em respeito ao princípio da prevenção:

Princípio da prevenção:

Trata-se de riscos e impactos JÁ CONHECIDOS que devem ser


evitados/antecipados.

- evita danos cuja ocorrência é certa ou ao menos provável

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