RADIOLOGIA

ENSAIOS NÃO DESTRUTÍVEIS POR LÍQUIDOS

PENETRANTES
NO DESTRUCTIVE LIQUID PENETRANT TESTING

STEFANE FARIAS
THAIS DE ARAUJO
ANDERSON PASSOS

Resumo
Introdução: O ensaio por líquidos penetrantes não destrutivos faz parte da radiologia industrial onde são detectadas as ranhuras ou
descontinuidades de peças que são submetidas a grandes esforços de tração, compressão, flexão e esforços cíclicos para área
industrial, o trabalho de revisão teve como base artigos, apostilas e livros. Neste trabalho mostra o passo a passo de como realizar as
etapas do ensaio por líquidos penetrantes não destrutivos, desde a limpeza das peças até o momento de aplicação do revelador,
apresenta também a recomendação da Petrobrás para a aplicação do revelador, norma N-1596. Algumas propriedades dos produtos e
seus princípios físicos foram relatados para aprimorar os conhecimentos. Os tipos de penetrantes a serem usados dependem das
peças, do uso que as peças vão ter, do tipo de descontinuidades que queira detectar. O ensaio feito com o penetrante fluorescente
revela descontinuidades bem pequenas e é um método de grande precisão, de precisão bem maior que o ensaio feito com o liquido
penetrante visível, porém é mais caro. O revelador é tão importante quanto o liquido penetrante, para que se tenha um bom ensaio.
Basicamente existem quatro tipos de reveladores, sendo eles: pó seco, suspensão aquosa de pó, solução aquosa, suspensão do pó
revelador em solvente. Apesar dos líquidos não apresentarem toxidade alguns componentes tem propriedades detergentes com poder
de diluição óleos e gorduras causando irritação e rugosidade na pele, portanto, algumas precauções devem ser tomadas. Mostrando
assim as vantagens do ensaio por liquidos penetrantes não destrutivos em relação ao custo beneficio da industria.
Palavras-Chave: Ensaio por Líquidos Penetrantes; Inspeção; Ensaios Não Destrutivos;
Abstract
Introduction: The non destructive liquid penetrant testing is part of industrial radiology. The non destructive liquid penetrant testing
enables to detect grooves or discontinuities of pieces that are subject to a great traction effort, compression, flexion and cyclic stress-
strain. By referring to scientific articles, handouts and books this paperwork explains step by step how to perform all the stages of the
nondestructive liquid penetrant testing , from cleaning the pieces to the implementation of the developer according to the recommenda-
tions of Petrobrás N-1596. Some properties of the products and their physical principals will be explained in order to improve the under-
standing. The types of penetrants used depend on the piece, its use and the discontinuity. The tests made with fluorescent penetrant
reveal small discontinuities. Consequently it is a method of great accuracy, it is much more precise that the tests performed with visible
penetrate liquid. However it is more expensive. For a satisfactory test, the developer is as important as the penetrant liquid. Basically
there are four types of developers, dry powder, powder in aqueous suspension, aqueous solution and suspension of developing powder
in solvent. The liquids are nontoxic, however, some components have detergency properties which can contribute to dilute oil and fat
causing skin irritation and roughness. Therefore some caution must be taken. Furthermore the advantages of the non destructive liquid
penetrant testing in relation with cost-benefit for the industry will also be discussed in this paperwork.
Keywords: Penetrant Testing; Inspection; Non-destructive testing;
INTRODUÇÃO e superfícies não absorventes em curto tempo,
O ensaio por líquidos penetrantes é um praticidade e precisão.
método desenvolvido especialmente para a
detecção de descontinuidades essencialmente Objetivo
superficiais, e ainda que estejam abertas na O presente trabalho tem como objetivo
superfície do material. É realizado em etapas; apresentar a funcionalidade dos ensaios não
Preparo da superfície, aplicação do penetrante e destrutíveis com o uso de líquidos penetrantes
retirada do excesso do mesmo, aplicação do para a detecção de descontinuidades em
revelador e limpeza final. Este método, se iniciou superfícies de peças que serão submetidas a
antes da primeira guerra mundial, principalmente grandes esforços. Tal ensaio garante um bom
pela indústria ferroviária na inspeção de eixos, desempenho da peça, evitando que as rupturas
porém tomou impulso quando em 1942, nos EUA, das peças passem desapercebido causando o
foi desenvolvido o método de penetrantes mau funcionamento das máquinas.
fluorescentes.
Nesta época, o ensaio foi adotado pelas Materiais e Métodos
indústrias aeronáuticas, que trabalham com ligas Este trabalho teve como base de estudo e
não ferrosas, que necessitavam de um método de revisão por meio de artigos, apostilas e livros
ensaio que fosse capaz de detectar defeitos didáticos, na área específica de radiologia
superficiais diferentes do ensaio por partículas industrial.
magnéticas (não aplicável a materiais não
magnéticos). A partir da segunda guerra mundial, ENSAIOS NÃO DESTRUTÍVEIS POR LÍQUIDOS
o método foi se desenvolvendo, através da PENETRANTES
pesquisa e o aprimoramento de novos produtos O END (ensaios não destrutíveis) se faz
utilizados no ensaio, até seu estágio atual no qual necessário na aquisição, por imagem, de
permite a inspeção de qualquer material não possíveis descontinuidades que possam
magnético que tenha características não porosas comprometer o desempenho de peças que serão

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12); 2618- 2622 2618

submetidas a grandes esforços de tração,
compressão, flexão e esforços cíclicos(Antonio,
Mat, Mundial, & Na, n.d.).
As etapas dos ensaios por líquidos
penetrantes consistem: Na preparação da
superfície, aplicação do penetrante, remoção do
excesso do penetrante, aplicação do revelador e
por fim a limpeza final da peça. (Costa, José,
Silva, Diego, & Souza, n.d.).
É habitualmente usado em materiais não
magnéticos como alumínios, magnésios, aços
inoxidáveis austeníticos (materiais de alta
resistência a corrosão), ligas de titânio, e
zircônios, além dos materiais magnéticos e
também cerâmicas vitrificadas, vidros e plásticos.
(Code & Piping, 2015)
O END por líquidos penetrantes é o
segundo método mais antigo, teve início em
indústrias ferroviárias em várias partes do mundo
no século XIX. (Radiogr & Radiogr, 2017)
O aparecimento de trincas e até mesmo
rupturas de peças que eram submetidas a
grandes esforços, compressão, flexão e
principalmente esforços cíclicos, intrigavam
engenheiros e projetistas pela falta de
conhecimento com relação ao comportamento
das pequenas ranhuras que passavam
desapercebidas ao teste visível. Na época a
solução foi um novo método de inspeção que
usava óleo e giz moído misturado com álcool.
(Zolin, Rs, Roberto, & Ctism, 2011)
As peças eram lavadas com água fervente
ou solução de soda caustica, logo após as
mantinham submersas por várias horas ou até
mesmo dias em uma mistura a base de óleo e
querosene, eram removidas do tanque e limpas
com estopas umedecias com querosene e postas
para secar. Em seguida, com as peças secas
eram pinceladas com uma mistura de álcool e giz
moído tendo como resultado uma camada de pó
branco na superfície da peça, logo após as peças
eram marteladas e a mistura de óleo e querosene
deslocavam-se das descontinuidades manchando
a pintura branca e mostrando os pontos
comprometidos. Ainda sim o método deixava a
desejar, pois defeitos superficiais e trincas
pequenas não eram detectadas. (Vasconcelos et
al., 2010)(Simone Aparecida Fernandes De
Andrade, 2016)(Vasconcelos et al., 2010).
ENSAIO QUE USA O LÍQUIDO PENETRANTE
VISÍVEL E LAVÁVEL COM ÁGUA
1º PASSO: Preparo da Superfície.
Previamente à administração do LP (Líquido
Penetrante), é indispensável, no preparo da
superfície, que seja feito a ablação completa de
qualquer sujeira, água, óleo, graxa, tinta, carepa
solta, ferrugem e todo e qualquer aparato estranho
que possa prejudicar ou ocultar o ensaio. A
remoção deve ser feita através de escovas de
aço (manuais ou rotativas), solventes,
desengraxantes ou outros meios favoráveis e
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oportunos. (Code & Piping, 2015).
Nesta fase é sensato atentar-se para as
decorrentes particularidades:
a — o manuseio de lixadeiras ou escovas
de aço carbono, que tenha sido empregada em
aço carbono, em aço inoxidável austenítico
acarreta na contaminação deste último;
b — a limpeza por jateamento abrasivo pode
obstruir as descontinuidades; se o jateamento for
imperativo, admoesta-se um esmerilhamento
antes da administração do penetrante.
Se o preparo for mecânico, a todo momento
é aconselhável complementar a limpeza com um
solvente, não só para a ablação de traços de
graxa ou óleo, tal como da poeira. Diante disso,
aconselha-se um período de secagem do
solvente.(Antonio et al., n.d.)
Recomendações da Norma Petrobrás N-
1596:
a- Não é permitida a preparação da
superfície com jato de areia, granalha ou outros
meios que possam deformar as descontinuidades
superficiais. Quando as superfícies a serem
ensaiadas sofrerem jateamento no seu processo
de fabricação, suas superfícies só podem ser
objeto de inspeção por LP se as mesmas forem
esmerilhadas ou usinadas.
b — Para aços inoxidáveis e ligas de níquel,
as ferramentas de preparação da superfície destes
materiais devem ser utilizadas apenas para os
mesmos e atender os seguintes requisitos:
− ser de aço inoxidável ou revesti-
das com este material;
− os discos de corte e esmerilha-
mento devem ter alma de nylon ou similar.
(CONTEC/Petrobrás, 2003)
2º PASSO: Aplicação do Líquido
Penetrante.
Consiste na administração de um líquido
chamado penetrante, em geral de cor vermelha,
de modo que crie um filme sobre a superfície e
que por ação do acontecimento chamado
capilaridade penetre na descontinuidade da peça.
(Antonio et al., n.d.)
Formas de aplicação do penetrante: imer-
são, pincelamento, derramamento ou por asper-
são, na totalidade da superfície de interesse. Con-
forme a norma da Petrobrás N-1596, o contato do
penetrante com a superfície deve ser ao menos
no decorrer do período mínimo de penetração. O
período de penetração tem que ser suficiente para
que se obtenha plena penetração do líquido nas
descontinuidades da peça. Em tempo algum se
deve utilizar um período inferior a 10 minutos e
nem superior a 60 minutos, os fabricantes dos
“kits” de líquidos penetrantes, indicam um período
mínimo de penetração e é recomendável aderir a
esse período. (Antonio et al., n.d.)
Usando um penetrante fluorescente a
inspeção precisa ser feita num ambiente com luz
negra, só assim as descontinuidades aparecem,
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pois, ao entrar em contato com o líquido
penetrante fluorescente ela o deixa brilhando. O
penetrante é fluorescente porque tem a
capacidade de transformar um tipo de luz que não
vemos, como a luz negra, em um tipo de luz
visível. Por isso se tem a impressão que o objeto
fica aceso. Sendo assim o que brilha são as
descontinuidades. Para saber qual penetrante
usar, vai depender da peça, do uso que a peça
vai ter e o tipo de descontinuidades que se queira
detectar.
O ensaio feito com o penetrante
fluorescente revela descontinuidades bem
pequenas e é um método de grande precisão,
maior que o ensaio feito com o líquido penetrante
visível, porém é mais caro. (Andreucci, 2013).
Imagem 01:
Aplicação do Penetrante com Pincel
Fonte: Newtec Inspeções, 2015.
Algumas propriedades dos produtos e
princípios físicos
O produto deve atender as seguintes
exigências: Viscosidade: A viscosidade por si só
não define a qualidade penetrante do produto, por
exemplo, a água é de baixa viscosidade, porém,
não é um bom penetrante. Por sua vez, ela tem
influência na velocidade em que penetra nas
descontinuidades. Penetrantes mais viscosos
demoram mais a penetrar nas descontinuidades,
já o de pouca viscosidade tende a sair com
facilidade da superfície, o que pode ocasionar
uma má penetração por falta de tempo para o
preenchimento completo da descontinuidade da
peça. Tensão Superficial: Ligações
intermoleculares, causada pela diferença elétrica
entre as moléculas, gera a tensão superficial
(força existente na superfície de um líquido que
se encontra em repouso). Também chamada de
força por unidade de comprimento (N/m) que
duas camadas superficiais exercem uma sobre a
outra. Pode ser notado também quando um
líquido é colocado em tubo muito fino e as
moléculas do líquido e do material do tubo são
maiores ou menores que a força de coesão
interna do líquido ocasionando um aspecto
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côncavo (a) ou uma convexidade (b) em sua
superfície. Isto se denomina como fenômeno de
capilaridade. (Andreucci, 2013).
Molhabilidade: É a habilidade que o líquido
tem em se espalhar de maneira uniforme por toda
superfície. Característica indispensável para um
bom penetrante e está associada à tensão
superficial, por isso a inclusão de agentes tenso
ativos na formulação de penetrante.
Volatilidade: um penetrante não deve possuir a
característica de volatilidade, mas no caso de
derivados de petróleo, para um nível de
viscosidade maior depende de uma volatilidade
alta, portanto, é aceitável uma volatilidade média
para que se tenha uma viscosidade mediamente
desejável, a desvantagem é que o tempo de
penetração é pequeno dependendo do nível de
volatilidade.
Ponto de inflamação: É a menor
temperatura na qual um combustível libera vapor
em quantidade suficiente para formar uma
mistura inflamável por uma fonte externa de calor.
Um bom penetrante deve ter um nível alto de
ponto de inflamação (acima de 90°). (Andreucci,
2013)
Inércia Química: É de suma importância
que um penetrante não reaja ao entrar em
contato com o material da peça. Produtos de
aspecto oleoso não apresentam esse perigo. A
menos que existam emulsificantes alcalinos.
Quando em contato com a água vai se formar
uma mistura alcalina. No caso de uma má
execução na limpeza final em uma avaliação em
alumínio ou magnésio, pode haver degradação
em forma de "pitting".
Habilidade de dissolução: Os penetrantes
devem ser dissolvidos ao máximo, por isso é
introduzido o produto corante ou fluorescente.
Para ser considerado um bom penetrante tem
que ter a capacidade de manter estes agentes
dissolvidos.
Toxidez: Um bom penetrante não pode
causar irritabilidade na pele, conter um odor
exagerado e nem ser tóxico. (Andreucci, 2013)
3º PASSO: Remoção do excesso do
Penetrante.
Após a aplicação, o inspetor espera o
tempo necessário para que o líquido penetre nas
descontinuidades da peça, em seguida remove o
excesso do líquido penetrante da superfície da
peça. (Nesta, 1942)
A superfície da peça, onde o ensaio será
feito, deve ficar totalmente livre do líquido, ele
deve ficar retido apenas nas descontinuidades da
peça. Em alguns casos o líquido é removido com
água. (Antonio et al., n.d.)
Os excessos dos líquidos penetrantes
podem ser retirados de três formas, sendo elas,
com água, solvente ou com uso de emulsificante.
A retirada com uso de solvente deve iniciar com
pano seco ou com papel toalha, depois para
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retirar o excesso da superfície se usa o solvente.
Alguns penetrantes têm composições que o
tornam insolúveis em água, sendo feito à base de
óleo.
Nesse caso, para retirada do excesso se
usa o emulsificante. Ele se mistura ao penetrante,
onde se tem uma solução lavável, podendo assim
retirar-lo com água.(Andreucci, 2013)
O tipo do penetrante é o que vai determinar
a forma de remoção do excesso do líquido.
Existem outras características além da
forma de remoção que também diferenciam os
penetrantes.
Eles podem ser visíveis ou fluorescentes.
Penetrantes visíveis: Ele geralmente tem
uma cor avermelhada que é para facilitar a
visualização das descontinuidades da peça.
Penetrantes fluorescentes: A técnica de
aplicação é a mesma do penetrante visível. Tudo
que vale para o visível, vale para o fluorescente.
Dependendo da composição, o penetrante
fluorescente pode ser removível com água,
solvente ou com a ajuda do emulsificante.
(Antonio et al., n.d.)
Imagem 02: Imagem 03:
Remoção com pano Remoção com spray de
água
Fonte: (Andreucci, 2013) (Andreucci, 2013)
4º PASSO: Aplicação do revelador.
Basea-se no emprego de um filme uniforme de
revelador sobre a superfície. Normalmente o
revelador é um pó fino (talco) branco. Podendo
ser utilizado em suspensão ou seco, em um
líquido. A ação do revelador consiste em absorver
o penetrante das descontinuidades e assim
revelando possíveis trincas, ranhuras contidas na
peça. Para que haja sucesso no ensaio, o tempo
determinado pelo fabricante tem que ser
respeitado. (Calente, Pio, & Menezes, n.d.)
Indicação de aplicação do revelador pela
norma da Petrobrás N-1596:
− Na aplicação do revelador, não é permitido o
uso de pincéis, escovas ou similares;
− Para aplicação do revelador através de pulve-
rização por meio de ar comprimido, a pressão má-
xima permitida é de 210 kPa (30 psi). Deve ser
prevista a instalação de filtros na linha de ar, para
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evitar a contaminação do revelador com água, óleo
ou materiais estranhos;
− A aplicação do revelador deve ser feita de
modo a obter uma camada fina e uniforme sobre
a superfície em ensaio;
− Para reveladores úmidos aquosos, o
tempo de secagem da água pode ser diminuí-
do com o uso de sopro de ar quente, desde que a
temperatura da superfície não exceda a tempera-
tura máxima indicada no
procedimento.(CONTEC/Petrobrás, 2003)
Imagem 04
Aplicação do Revelador
Fonte: CAEND, 2015
A escolha de um revelador ou outro
depende de critérios parecidos com a escolha do
líquido penetrante, essa escolha vai depender do
tipo de peça, do tipo de descontinuidades ou do
tipo de uso que essa peça vai ter depois de
pronta. (Vasconcelos et al., 2010).
REVELADOR
Elemento fundamental no ensaio com
líquidos penetrantes. O revelador suga como um
mata borrão o líquido penetrante que ficou retido
nas descontinuidades da peça é tão importante
quanto o líquido penetrante, para que se tenha
um bom ensaio. Basicamente existem quatro
tipos de reveladores, sendo eles:
1º Pó seco: feito de uma mistura de sílica e
talco. É importante mantê-lo sempre seco, caso
contrário o mesmo perde sua eficiência.
Esse revelador já não é mais tão usado,
porque ele não é muito confiável quando se trata
de descontinuidades muito pequenas.
2º Revelador úmido não aquoso: É mais
eficiente que o revelador em pó seco, por ter um
solvente que pode ser o álcool ou a nafta,
facilitando na aplicação e proporcionando uma
secagem rápida.
3º Revelador aquoso: Ao substituir um
solvente por água, terá um revelador aquoso,
nesse caso, a peça depois da aplicação terá que
ir ao forno para secagem do revelador.
4º Revelador em película: Trata-se de uma
fita adesiva com revelador, e tem por vantagem
serem destacadas e arquivadas. (Nesta, 1942)
2621

Obs.1: A escolha de um revelador ou outro
depende de critérios parecidos com a escolha do
líquido penetrante, essa escolha vai depender do
tipo de peça, do tipo de descontinuidade e do tipo
de uso que essa peça vai ter depois de pronta.
Importante lembrar: Os ensaios feitos com
líquidos penetrantes só servem para detectar
descontinuidades que sejam superficiais. Não
adianta se a descontinuidade estiver no interior
da peça. Apesar dessa limitação, esses ensaios
demonstram as descontinuidades que não são
observadas no ensaio visual. (Mecânica et al.,
n.d.)
5° PASSO: Limpeza final. É realizada a limpeza
final para garantir que não haja resíduos que
posteriormente possam prejudicar a finalização
da peça, como por exemplo, soldagem,
usinagem, dentre outros. (Mecânica et al., n.d.)
PROTEÇÃO E SEGURANÇA
Mantendo organizado e limpo o local de
trabalho ajuda na proteção pessoal e também é
fundamental para o sucesso do ensaio. Apesar
dos líquidos não apresentarem toxidade alguns
componentes tem propriedades detergentes com
poder de diluição de óleos e gorduras, causando
irritação e rugosidade na pele, portanto, algumas
precauções devem ser tomadas: uso de roupas
adequadas ( uniformes de maga longa e luvas)
para evitar contato prolongado com a pele e
prevenir futuras dermatoses, utilização de
máscara durante o procedimento pois a
inspiração excessiva dos produtos voláteis
causam náuseas, o local de trabalho deve ser
arejado para contribuir na prevenção de
inspiração excessiva dos produtos e diminuir
riscos de possíveis inflamações dos gases
gerados.
Caso ocorra contato com produto, o local
deve ser lavado com sabão e água abundante.
Caso haja irritação no local atingido o uso de
creme ou loção a base gordura animal é indicado.
(End, 2008)
Conclusão
O ensaio por líquidos penetrantes só
detecta descontinuidades abertas para a
superfície, já que o penetrante tem que entrar na
descontinuidade para ser posteriormente
revelado. Por esta razão, a descontinuidade não
deve estar preenchida com material estranho.
É muito usado em materiais não
magnéticos como alumínios, magnésios, aços
inoxidáveis austeníticos, ligas de titânio, e
zircônios, além dos materiais magnéticos. É
também aplicado em cerâmicas vitrificadas,
vidros e plásticos.
Agradecimentos
Primeiramente agradecemos a Deus e aos
professores e mestres pelo auxilio, ética e
profissionalismo em nos ajudar em nossa jornada
Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12); 2618- 2622
acadêmica, agradecemos também aos nossos
pais e familiares por nos apoiar e nos dar a
devida motivação para continuarmos nossa
graduação, sem esquecer dos amigos que
fizemos durante essa etapa de nossas vidas,
cada um de sua maneira nos ajudou a persistir e
não desanimar perante as dificuldades.
Referências
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