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Aula 10
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Conceitos
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Interceptação vegetal
A interceptação vegetal depende de vários fatores:
• Características da precipitação e condições climáticas;
• Tipo e densidade da vegetação; e,
• Período do ano.
Si Sv . (1 - e -P/Sv
) R.E.td
Si = precipitação interceptada (mm)
Sv = capacidade de armazenamento da vegetação para a área (mm)
P = precipitação (mm)
R = Av / A onde: Av = área da vegetação e A = área total
E = evaporação da superfície de evaporação (mm/h)
td = duração da precipitação em horas
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Quantificação da Interceptação
Pode-se ter Equações empíricas que utilizam regressões relacionando as
principais variáveis, ajustando-as aos diferentes tipos de dados e usada para
eventos.
Si a b. P n
Exemplo:
Um IAF igual a 4 significa que cada m² de área de solo está
coberto por uma vegetação em que a soma das áreas
das folhas individuais é de 4 m².
Quantificação da Interceptação
Tipo de Cobertura IAFmédio
A lâmina interceptada
Coníferas 6,0
durante um evento de chuva
Floresta decídua 6,0
pode ser estimado por:
Soja irrigada 7,5
Soja não irrigada 6,0
Sil Fi . IAF Floresta Amazônica 6 a 9,6
Pastagem amazônica (estiagem) 0,5
Sil = capacidade do reservatório de Pastagem amazônica (época 3,9
interceptação (mm) úmida)
Cerrado (estiagem) 0,4
Fi = parâmetro de lâmina de
interceptação que varia de 0,1 Cerrado (época úmida) 1,0
a 0,7 (vamos adotar nos Campo e pastagem 2-3
exercícios uma constante = 0,2 Florestas 6-9
mm) Cultivos anuais 0-6
IAF = índice de área foliar (0 durante o preparo do solo e 6
no desenvolvimento máximo)
Capacidade Máxima de Interceptação
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Armazenamento em depressões
Nas bacias hidrográficas existem obstruções naturais e artificiais
ao escoamento, acumulando parte do volume precipitado .
Depressões em áreas de inundação reduzem a vazão à jusante
devido a retenção do escoamento nessas áreas inundadas
(exemplo: Pantanal).
O volume retido pelas depressões do solo após o início da
precipitação é retratado pela equação empírica (admite-se que
no início da precipitação as depressões estão vazias):
Onde:
Vd = volume retido;
Sd = capacidade máxima;
Vd Sd (1- e -k . P
)
P = precipitação;
k= coeficiente equivalente a 1/Sd
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Armazenamento em depressões
A Figura apresenta
um exemplo do
armazenamento de
escoamentos
superficiais em
pequenas bacias
impermeáveis,
indicando uma
forte correlação
entre a capacidade
das depressões e a
declividade do
solo.
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Impactos Antrópicos
As alterações sobre o uso e manejo do solo da bacia podem ser
classificados quanto:
I) ao tipo de mudanças;
II) ao tipo da superfície;
III) a forma de desmatamento.
Classificação Tipo
Desmatamento
Mudança da superfície Reflorestamento
Impermeabilização
Urbanização
Reflorestamento para exploração sistemática
Uso da superfície Desmatamento para extração de madeira, cultura de
subsistência, culturas anuais, cultura permanentes
Através de queimadas
Método de alteração Manualmente
Com equipamentos 15
Desmatamento
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Impacto do Desmatamento
Esc. Superficial
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Impacto do desmatamento
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Impacto do desmatamento
Vazões média:
• A redução da cobertura de floresta aumenta a vazão média;
• O estabelecimento de cobertura florestal em áreas de
vegetação esparsa diminui a vazão média;
• A resposta a mudança é muito variável e na maioria das
vezes, não é possível prever.
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Impacto na Vazão Média
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Relação: Mudança da Cobertura x Vazão Média
Esse tipo de variação apresentada na Figura abaixo, em média ocorre até três
anos depois de desmatada, mas tudo vai depender da recuperação da área e dos
métodos utilizados no seu manejo.
Aumento na
mudança da
área coberta,
aumento das
vazões médias.
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Impacto do desmatamento
Vazões mínimas:
• Pode-se aumentar ou diminuir, vai depender muito das
características reais do solo.
• Quando as condições de infiltração após o desmatamento
ficam deterioradas, por exemplo o solo fica compactado pela
energia da chuva, a capacidade de infiltração pode ficar
reduzida e aumentar o escoamento superficial, com a
redução da alimentação do aquífero.
• Se a água que não é perdida pela floresta, atinge o solo e
infiltra, o aquífero tem uma maior recarga, aumentando as
vazões mínimas.
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Culturas permanentes
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Culturas anuais
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Práticas de plantio
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Método de Desmatamento
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Métodos de Avaliação
Entre os métodos de avaliação, estão 3 tipos possíveis estudos:
• Estudos de correlação: análise de correlação entre bacias de
diferentes características de clima, cobertura, solo e
morfologia;
• Estudos de uma única bacia: para uma bacia experimental
busca-se estabelecer as condições prévias da relação entre a
climatologia e o comportamento da bacia;
• Estudos experimentais com pares de bacias: Selecionando
duas bacias de características similares. Uma é submetida a
alteração do uso do solo, denominada de experimental e
outra é mantida preservada denominada de bacia de
controle.
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Alterações da precipitação com o
desmatamento
Entre as principais consequências do desmatamento, quanto as
precipitações, estão:
• Aumento do albedo: A floresta absorve maior radiação de
onda curta e reflete menos;
• Maiores flutuações da temperatura e déficit de tensão de
vapor das superfícies das áreas desmatadas;
• O volume evaporado é menor devido a redução da
interceptação vegetal pela retirada das árvores;
• Menor variabilidade da umidade das camadas profundas do
solo, já que a floresta pode retirar umidade de profundidades
superiores a 3,6 m, enquanto que a vegetação rasteira, como
pasto, age sobre profundidades de cerca de 20 cm.
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Identificação no Método de
Dupla Massa
indicativo de
alteração do regime
anterior
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Comparação entre Bacia Preservada e
Desmatada em Taiwan
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Aumento da Vazão com a Precipitação
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Aumento da Vazão com a Precipitação
Tipo de cobertura Mudança para Mudança para cada
100% de 10% de retirada
remoção (mm) (mm)
Conífera 330 23
Eucaliptos 178 6
Floresta tropical 213 10
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• Alterações no balanço hídrico.
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• Aumento nos picos de vazão e tc menores.
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• Inundações mais frequentes.
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