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Dissertação
Dissertação
Júri
Setembro de 2007
2
Agradecimentos
3
Resumo
Palavras-chave
4
Abstract
The present report is inserted in the scope of Electrical Engineering in the area of
energy and it has a particular incidence in the heating problematic of electrical machines,
namely transformers.
It presents and analyses results of theoretical and experimental inquiries of a
transformer thermal behaviour working with different load conditions.
To make this possible, I proceeded with the instrumentation of a transformer,
placing temperature sensors in different spots in order to read and verify temperature
data. This way, I intended to characterize different spots of the transformer and then
identify areas of uniform temperature, creating a model on which is possible to project
and simulate different temperature increasing scenarios. For this given model, the report
presents the methodology used to calculate its parameters.
Different load situations are simulated, quantifying the error and giving special
attention on overload and short-circuit situations, outstanding the importance of using
models to predict with accuracy the transformer maximum temperature as well as its
overload capacity.
Another important scenario also analyzed on this report was the determination of
the hottest spot of the transformer as well as the calculation of the maximum
temperature and its influence on the transformer aging and life-time reduction.
The report has also an introductory study for the transformer thermal behaviour
and its modulation when operating under forced cooling convection regimen, with special
attention on the regimen influence for the hottest-spot temperature calculation.
Keywords
5
Índice
Agradecimentos .................................................................................................... 3
Resumo................................................................................................................ 4
Palavras-chave...................................................................................................... 4
Abstract ............................................................................................................... 5
Keywords ............................................................................................................. 5
Índice .................................................................................................................. 6
Lista de Figuras ..................................................................................................... 8
Lista de Tabelas .................................................................................................... 9
Lista de Abreviaturas ............................................................................................10
1. Introdução .......................................................................................................12
2. Conceitos Teóricos ............................................................................................14
2.1. Aquecimento nos Conversores Electromecânicos ........................................14
2.1.1. Perdas nos Conversores Electromecânicos ..........................................15
2.2. Modelo Térmico dos Conversores Electromecânicos ....................................16
2.2.1. Modelo de Parâmetros Distribuídos ....................................................16
2.2.2. Modelo de Parâmetros Concentrados .................................................18
3. Instrumentação do Transformador ......................................................................22
4. Identificação de Zonas Homogéneas ...................................................................25
5. Modelo de Parâmetros Concentrados ...................................................................30
5.1. Caracterização dos Materiais do Transformador..........................................30
5.2. Determinação dos Parâmetros do Modelo ..................................................32
5.2.1. Calculo das Capacidades Térmicas .....................................................33
5.2.2. Calculo das Resistências Térmicas .....................................................33
5.3. Simplificação do Modelo de Parâmetros Concentrados.................................34
6. Simulações e Resultados ...................................................................................38
6.1. Funcionamento em Regime Permanente....................................................38
6.2. Funcionamento em Regime de Carga Variável............................................40
6.3. Sobrecargas e Curto-Circuitos .................................................................42
6.3.1. Sobrecargas ...................................................................................43
6.3.2. Curto-Circuitos................................................................................47
6.4. Convecção Forçada.................................................................................48
7. Envelhecimento e Redução de Vida Útil dos Transformadores .................................52
7.1. Modelo de Diminuição de Vida Útil............................................................52
8. Conclusão ........................................................................................................55
9. Bibliografia ......................................................................................................58
10. Anexos ..........................................................................................................59
6
10.1. Instrumentação do Transformador..........................................................59
10.2. Identificação de Zonas Homogéneas .......................................................61
10.3. Simulações e Resultados .......................................................................65
10.3.1. Funcionamento em Regime Permanente ...........................................65
10.3.2. Funcionamento em Regime de Carga Variável ...................................66
10.3.3. Sobrecargas e Curto-Circuitos .........................................................67
10.3.4. Convecção Forçada ........................................................................71
7
Lista de Figuras
8
Lista de Tabelas
9
Lista de Abreviaturas
∆Q - Calor trocado
∆t - Intervalo de tempo
∆U - Variação da energia interna
∆V - Elemento de volume
∆θ - Variação de temperatura
A - Área
Ca - Constante empírica
Cp - Calor específico
Cth - Capacidade térmica
f - Frequencia
h - Coef. de transferência de calor por convecção
hf - Coef. de transferência de calor por convecção forçada
i - Intensidade de corrente
Ief - Valor eficaz da corrente
IefN - Valor eficaz da corrente em condições nominais
IN - Corrente nominal do transformador
k - Condutividade térmica
l - Comprimento
m - Massa
NB - Número de Biot
p - Potência de perdas
pa - Potência acumulada
pc - Fluxo de calor
pcu - Perdas no cobre
pcuN - Perdas no cobre em condições nominais
pcv - Perdas por convecção
pd - Potência dissipada
pf - Potência fornecida
pfe - Perdas no ferro
pr - Perdas por radiação
ps - Potência no secundário do transformador
r - Resistência eléctrica
Rth - Resistência térmica
SN - Potência aparente nominal
T - Período
t - tempo
TA - Temperatura absoluta do meio ambiente
Ti - Termopar i
Ts - Temperatura absoluta da superfície emissora
ts - Tempo de serviço
v - Velocidade do fluido
V - Volume
x - Factor de carga
αe - Coef. de transferência de calor (condução, convecção, radiação)
αr - Coef. de transferência de calor por radiação
ε - Emissividade
10
θ - Temperatura
θf - Temperatura final
θi - Temperatura inicial
ρ - Densidade
τθ - Constante de tempo térmica
Ψ - Campo Vectorial
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1. Introdução
Uma das grandes preocupações do sector eléctrico nos dias de hoje é a utilização
da energia eléctrica de uma forma cada vez mais racional e optimizada, reconhecendo-se
a dificuldade que o sector enfrenta para expandir a oferta de energia, uma vez que os
recursos financeiros são escassos. Surge portanto, a necessidade de se estudar
alternativas que contemplem o aproveitamento óptimo de equipamentos que fazem parte
do sistema eléctrico, seja a nível de geração, transmissão ou distribuição de energia. De
entre os equipamentos existentes no sistema eléctrico, o transformador apresenta-se
com grande destaque, uma vez que é dos mais utilizados e certamente um dos
elementos mais dispendiosos.
O projecto e a capacidade de sobrecarga das máquinas eléctricas, nomeadamente
dos transformadores, são fortemente condicionados pelo desempenho térmico destas
máquinas. Devido às dificuldades de modelação do sistema térmico, existe a consciência
de que não se tem aproveitado integralmente as capacidades dos materiais usados na
construção de transformadores, fixando-se assim, por precaução, margens de segurança
exageradas para o seu funcionamento.
Actualmente existem métodos de cálculo numérico, capazes de lidar com
geometrias complicadas e representar em simultâneo fenómenos de índole diversa
(transporte de calor e massa) que, se usadas criteriosamente e de forma sistemática,
podem permitir a criação de modelos numéricos mais precisos, nomeadamente para a
componente térmica de transformadores.
Neste projecto, efectua-se um estudo térmico do transformador, de modo a ser
possível conhecer a sua dinâmica bem como qual o seu ponto mais quente. O interesse
em identificar e estudar a zona mais quente do transformador, encontra-se directamente
relacionado com a redução da vida útil das máquinas eléctricas, uma vez que o
envelhecimento dos materiais que constituem o transformador depende da temperatura
a que estes são sujeitos. O ponto mais quente tem também interesse a nível de
dimensionamento térmico do transformador, uma vez que como está sujeito a
temperaturas elevadas, é provável a existência de avarias nesta região.
Pretende-se também identificar quais as variações de temperatura nas diferentes
zonas do transformador, uma vez que os modelos mais simples pressupõem uma
homogeneidade de temperatura em todo o transformador. Assim sendo, um dos
objectivos deste trabalho consiste em identificar a existência de homogeneidades e
caracterizá-las.
Propõem-se também um modelo térmico de parâmetros concentrados, bem como a
justificação e respectiva caracterização dos parâmetros do modelo proposto,
12
realizando-se vários ensaios ao transformador de modo a ser possível validar o modelo e
caracterizar o erro.
Efectua-se um estudo de situações de sobrecarga do transformador, bem como
situações de curto-circuito de modo a se analisar o seu comportamento térmico e
determinar a sua capacidade de sobrecarga.
Pretende-se também verificar a dinâmica térmica do transformador quando este se
encontra sujeito a um arrefecimento com convecção forçada e de que modo este tipo de
arrefecimento pode aumentar a eficiência do transformador.
13
2. Conceitos Teóricos
Nota: Este capítulo foi retirado da referência [2].
t s = Ke −αθ (2.1)
Naturalmente que uma máquina eléctrica durante a sua utilização não trabalha
sempre à mesma temperatura podendo atingir temperaturas baixas ou valores de
sobrecarga. Este facto não significa que na função 2.1 a temperatura a considerar seja
um valor médio, pois o processo de envelhecimento não é reversível. Isto é, se um
isolamento é sujeito a uma temperatura elevada que acelera o processo de degradação a
máquina não recupera mesmo que em seguida passe longos tempos num funcionamento
com temperaturas mais baixas, concluindo-se assim que é necessário saber estimar com
alguma precisão as temperaturas de funcionamento dos conversores.
14
No que se segue caracterizam-se as principais perdas dos conversores e
apresentam-se modelos térmicos simplificados essencialmente destinados ao utilizador
da máquina eléctrica.
As perdas mais significativas numa máquina eléctrica são as perdas com origem
nos fenómenos electromagnéticos as quais estão essencialmente associadas aos dois
tipos de circuitos que nelas se consideram, o circuito eléctrico e o circuito magnético.
As perdas vulgarmente conhecidas por perdas no cobre correspondem a perdas
existentes nos condutores que resultam do designado efeito de Joule. A potência
associada com estas perdas é quantificada pela equação 2.2.
p = ri 2 (2.2)
T
1
p= ∫ ri 2dt = rI ef
2
(2.3)
T 0
2 2
pcu ≅ I ef ≈ TB ≈ Ps
2 (2.4)
15
As perdas no circuito magnético, também designadas por perdas no ferro, são
essencialmente de dois tipos: as perdas por correntes parasitas e as perdas devidas a
fenómenos de histerese do material magnético verificando-se para as perdas por unidade
de massa de material magnético a relação 2.5.
2 α (2.5)
p fe ≅ k f f 2 BM + k h fBM
∆U = C p ∆θρ∆V (2.6)
Para quantificar a energia trocada entre este elemento de volume com os outros
elementos de volume adjacentes, é prático recorrer a um campo vectorial Ψ, tal que, a
quantidade 2.7 representa o calor trocado no tempo ∆t através da superfície fechada S
que delimita um volume de material V.
Localmente, isto é, no elemento de volume, esta expressão é quantificada por 2.8.
∆Q p = ∆t (∇ •ψ )∆V (2.8)
16
O princípio da conservação da energia permite estabelecer a relação 2.9, a qual
reflecte o balanço de energia no intervalo de tempo ∆t e por unidade de volume. A
energia de perdas “libertadas” no volume elementar ou é em parte acumulada nesse
volume aumentando a sua energia interna ou é trocada com os elementos de volume
adjacentes. Numa situação limite e por unidade de tempo, esta expressão escreve-se
segundo 2.10.
∂θ
(∇ •ψ ) + C p ρ =p (2.10)
∂t
ψ = −k∇θ (2.11)
p C p ρ ∂θ
∇ 2θ = − + (2.12)
k k ∂t
17
O conhecimento da geometria, das condições fronteira e das características dos
materiais, permite a integração da equação 2.12 e, portanto, permite também
determinar a distribuição e a evolução da temperatura no material, resultante da
existência de libertação de perdas e da sua transmissão por um processo de condução.
Este modelo térmico de parâmetros distribuídos permite determinar localmente os
valores das temperaturas e, portanto, permite conhecer onde ela atinge o valor mais
elevado. Sem dúvida que, no projecto de um equipamento, este conhecimento é
importante. Mas, para os seus utilizadores, é suficiente avaliar as possibilidades deste
funcionar em diversos regimes de trabalho, sem ultrapassar os limites de temperatura
admissíveis nos materiais envolvidos na sua construção.
kA
pc = (θ1 − θ 2 ) (2.13)
l
18
l
∆θ = (θ1 − θ 2 ) = pc = Rth pc (2.14)
kA
d∆θ
pa = Cth (2.15)
dt
19
desenvolvimento de uma potência de perdas pp. Se esse corpo trocar com o meio
exterior uma potência pd, o balanço de energia traduz-se pela equação 2.16, onde pa
representa a potência térmica acumulada no seu interior.
p p = pa + pd (2.16)
d∆θ p
τθ + ∆θ = p (2.17)
dt αe A
Cth
τθ = (2.18)
αe A
t
pp −
τθ
∆θ = (1 − e ) (2.19)
αe A
20
Quando as perdas se anulam, o conversor arrefece com um andamento dado pela
relação 2.20 e representado na figura 2.3. Salienta-se, uma vez mais, que o modelo
apresentado é um modelo global que não considera a distribuição interna das
temperaturas nem a propagação do calor no interior do conversor. Por isso, deve haver
cautela na interpretação dos resultados obtidos com este modelo.
t
−
τθ
∆θ = ∆θ i e (2.20)
21
3. Instrumentação do Transformador
22
Foram utilizados nove termopares, designados de T1 a T9 e a sua localização no
transformador encontra-se representada na figura seguinte.
23
O termopar T4 foi colocado na parte interior do enrolamento B, T5 foi colocado
entre o enrolamento B e o enrolamento C ficando o termopar T6 na parte exterior do
enrolamento C.
Note-se que todos os termopares referidos até aqui se encontram situados “debaixo
do núcleo de ferro”.
Pelo contrário, os termopares T7 e T8 estão fora da “janela” do núcleo, estando
ambos situados entre os enrolamentos B e C, mas com a particularidade de T8 se
encontrar mais próximo do exterior dos enrolamentos.
No núcleo de ferro, não é possível colocar termopares no seu interior para se
efectuar o registo da temperatura, no entanto, colocou-se um termopar (T9) na parte
superior do núcleo de ferro de modo a ser possível verificar a sua temperatura.
Para se realizar ensaios de varias horas e para ser possível guardar o valor da
temperatura de cada termopar, recorreu-se a um sistema de aquisição de dados da
marca National Instruments® disponível no laboratório.
Uma vez que os termopares são extremamente sensíveis ao ruído, o sinal obtido
pelo sistema de aquisição de dados é posteriormente filtrado por intermédio da função
filter disponibilizada no Matlab®.
24
4. Identificação de Zonas Homogéneas
25
(T9). Nos enrolamentos de cobre, a temperatura é mais baixa no enrolamento A (T1),
subindo progressivamente à medida que nos vamos afastando em direcção aos
enrolamentos exteriores, atingindo o seu ponto mais alto (para o ensaio em curto
circuito), no enrolamento B (T4 e T5) e voltando a baixar na parte exterior do
enrolamento C. A titulo exemplificativo apresenta-se nas figuras 4.2 e 4.3 a temperatura
no interior dos enrolamentos, bem como a sua variação à medida que nos vamos
afastando para as camadas exteriores do cobre.
26
Note-se que as figuras 4.2 e 4.3 são obtidas recorrendo a programas de simulação
que resolvem as equações do modelo de parâmetros distribuídos apresentadas no
capítulo 2.2.1.
Na figura 4.2, para simplificação da simulação, apenas se representa a zona central
do transformador, ou seja, a zona onde se encontram os termopares T1 a T6.
Observando-se a figura 4.3, é possível verificar que a variação de temperatura
ocorre no material isolante, enquanto que no cobre e no ferro esta se mantém
praticamente uniforme.
As diferenças de temperatura verificadas nas figuras anteriores, podem ser
explicadas recorrendo à figura que se segue, onde se encontra representado o fluxo de
calor na zona em análise.
27
disso, o enrolamento B ligado em série com o enrolamento C, possui mais 18 metros de
comprimento que o enrolamento A. Existindo mais cobre, para um determinado valor de
corrente existem mais perdas, logo a temperatura será superior.
Na parte exterior do enrolamento C, a temperatura volta a diminuir, pois
tratando-se de uma região exterior do enrolamento, o calor é facilmente dissipado para o
meio ambiente.
A separação entre os enrolamentos A e B revela-se ineficiente, pois a forma onde
são bobinados os fios de cobre acaba por cobrir uma boa parte desta separação, não se
verificando uma convecção muito eficiente. Para além disso os termopares encontram-se
colocados debaixo da janela do núcleo de ferro onde a convecção é sentida com menor
intensidade.
Relativamente aos termopares T7 e T8, que não se encontram debaixo do núcleo
de ferro, ao analisarmos a figura 4.1, verificamos que T7 apresenta uma temperatura
idêntica à registada por T5, pois ambos se encontram situados entre os enrolamentos B e
C e juntos à mesma espira, no entanto, T8 regista uma temperatura substancialmente
mais baixa, pois está situado mais próximo do exterior, indicando que a temperatura não
é uniforme ao longo das espiras da mesma camada, sendo superior na zona central do
enrolamento e diminuindo à medida que nos deslocamos para as espiras mais próximas
do exterior.
De tudo o que foi observado constata-se que o transformador possui varias zonas
com temperaturas diferentes, indicando claramente a sua não homogeneidade de
temperatura.
No entanto, torna-se difícil efectuar-se o estudo do transformador tendo em
consideração todas as diferentes temperaturas. De modo a ser possível estabelecer um
modelo de parâmetros concentrados, considerar-se-á então zonas onde se verifica uma
homogeneidade a nível dos materiais utilizados, bem como zonas onde se situam as
fontes de calor e recorrendo ao número de Biot [14] é possível estabelecer um critério
onde se pode afirmar que uma determinada região do transformador se assume como
tendo temperatura homogénea.
Pode então assumir-se que a temperatura é uniforme se o número de Biot (NB) for
inferior a 0,1 (equação 4.1). Isto significa que a resistência interna de condução é muito
menor que a resistência de convecção à superfície do corpo.
h× L
NB = (4.1)
k
onde
28
V (4.2)
L=
A
29
5. Modelo de Parâmetros Concentrados
30
Recorrendo à equação 5.1, conhecendo a geometria e os materiais que constituem
o transformador, é possível caracterizar com alguma precisão a capacidade térmica.
31
Na figura anterior estão identificadas as diferentes zonas do transformador,
representando ∆θi a variação de temperatura da zona i, Ci a capacidade térmica de cada
região e Pi a potência injectada, ou dizendo de outra forma, Pi representa a fontes de
geração de calor. As resistências Ri-j representam a dificuldade de passagem do fluxo de
calor entre as zonas i e j, ou seja, a resistência à transferência de calor entre regiões que
apresentam diferenças de temperatura.
d∆θ
C× + G × ∆θ = P (5.2)
dt
G × ∆θ = P ⇔ ∆θ = G −1 × P ⇔ ∆θ = R × P (5.3)
32
5.2.1. Calculo das Capacidades Térmicas
Tal como já foi referido, é possível determinar a capacidade térmica de cada região
com alguma precisão, bastando para isso saber a sua geometria e as suas propriedades
físicas. Tendo em conta as simplificações apresentadas no capitulo 5.1 e recorrendo à
equação 5.1, obtém-se a capacidade térmica de cada zona:
C Nu 0 0 0
0 CA 0 0
C= (5.4)
0 0 CB 0
0 0 0 CC
33
enrolamento de excitação pode ser desprezada quando comparada com o calor gerado
pelo núcleo.
Assim sendo, e recorrendo aos ensaios mencionados, torna-se possível calcular os
valores da matriz R.
Para se determinar correctamente os valores da matriz R, é necessário que esta
seja construída de acordo com circuito da figura 5.2.
A matriz das resistências térmicas é então dada por:
R Nu R Nu − A R Nu − B R Nu − C
R RA R A-B R A -C
R = Nu − A (5.5)
R Nu − B R A-B RB R B−C
R Nu − C R A−C R B−C RC
34
Assim sendo, este resultado permite-nos efectuar uma simplificação no modelo
proposto e em vez de se considerar os enrolamentos B e C como zonas diferentes,
passa-se a assumir que estes enrolamentos constituem uma única zona homogénea.
Dada a simplificação considerada, o modelo de parâmetros concentrados passa a
ser constituído apenas por três regiões homogéneas: o núcleo de ferro, o enrolamento A
e a união dos enrolamentos B e C, que se passa a designar por BC.
Como apenas se consideram três zonas homogéneas, torna-se necessário
reescrever as matrizes C e R.
Para o cálculo da matriz C, basta somar o valor de CB e CC, obtendo-se assim o
valor da capacidade do enrolamento BC, passando C a ser dada pela equação 5.7.
C Nu 0 0 6253.63 0 0
C = 0 CA 0 = 0 485.70 0 (5.7)
0 0 C BC 0 0 609.18
G Nu − Ar + G Nu − A + G Nu − BC − G Nu − A − G Nu − BC
R = G =
−1
− G Nu − A G A − Ar + G Nu − A + G A − BC − G A − BC =
− G Nu − BC − G A − BC G BC − Ar + G A − BC + G Nu − BC
Por aplicação das leis de Kirchhoff ao circuito da figura 5.3 (método dos nós), na
diagonal principal da matriz das condutâncias térmicas, surgem as condutâncias próprias
35
(soma de todas as condutâncias ligadas a esse nó), enquanto que fora da diagonal
principal, surgem as condutâncias térmicas entre cada dois nós considerados (equação
5.9). Na figura seguinte representa-se o modelo térmico com as simplificações
consideradas até este momento.
Ao comparar estes dois valores, verifica-se que GNU-Ar é cerca de dez vezes maior
que GBC-Ar, querendo-se dizer com isto que o núcleo de ferro dissipa muito mais calor
directamente para o ar do que o enrolamento BC.
No entanto, para a segunda coluna (linha), verifica-se que a soma de todos os
elementos é aproximadamente igual a zero (a soma apresenta uma diferença de 0.08
W/K, sendo este valor resultado das aproximações efectuados). Isto significa que GA-Ar
tem um valor próximo de zero, ou seja, praticamente todo o calor gerado pelo
enrolamento A será dissipado para as outras partes do transformador, não se verificando
dissipação directa para o ar.
Estes factos vêm confirmar a ideia apresentada no capítulo 4 em que a maior parte
do calor gerado pelo transformador é dissipado pelo núcleo de ferro, funcionando este
como dissipador de calor.
36
Na figura 5.4, apresenta-se o modelo de parâmetros concentrados com todas as
simplificações consideradas.
Este modelo será alvo de estudo nos próximos capítulos, onde se verificará qual o
seu erro, bem como se analisará o seu comportamento para diversas situações de
funcionamento do transformador.
37
6. Simulações e Resultados
38
Figura 6.1 – Ensaio em Regime Permanente
39
Na tabela 6.1, apresenta-se o erro máximo deste ensaio, verificando-se que este
ocorre durante o regime transitório. Note-se que o erro relativo no núcleo de ferro é
elevado neste ensaio, no entanto, verifica-se que ocorre para temperaturas
relativamente baixas e com um erro absoluto baixo. Em contrapartida, o erro relativo nos
enrolamentos de cobre é menor, mas ocorrendo um aumento do erro absoluto. Após se
estabelecer o regime permanente de temperatura o erro diminui para valores inferiores a
3,5% no núcleo e 3,8% nos enrolamentos.
40
Passado este tempo, aumenta-se a corrente para cerca de 50% da corrente
nominal, permanecendo o transformador neste regime durante mais de duas horas,
altura em que se desliga por completo o transformador deixando-o arrefecer.
Posteriormente, volta-se a ligar o transformador elevando-se a corrente de carga a um
valor de 75% da corrente nominal. Finalmente, retira-se a carga deixando-o a funcionar
em vazio.
Na figura 6.2, apresentam-se os resultados obtidos experimentalmente e por
simulação deste ensaio.
Globalmente, verifica-se que o resultado obtido por simulação tem um andamento
idêntico ao resultado experimental.
Nas tabelas seguintes, calculam-se os erros máximos da simulação para cada uma
das situações de funcionamento atrás descritas.
41
que a temperatura obtida experimentalmente possui valores inferiores a 5ºC, sendo este
valor da ordem do erro associado à leitura dos termopares (3ºC).
Pela tabela 6.5, verifica-se que com o aumento da potência e consequente aumento
da temperatura, o erro relativo diminui para um valor inferior a 5%.
42
regimes de funcionamento poderão ser propositados, tal como situações de sobrecargas
temporárias ou podem ocorrer devido a defeitos, tal como situações de curto-circuito.
Neste capítulo pretende-se estudar qual a capacidade máxima de sobrecarga dum
transformador, efectuando-se ensaios e simulações computacionais, de modo a que se
possa garantir o normal funcionamento do transformador e evitar avarias no mesmo.
Relativamente aos curto-circuitos, torna-se importante este estudo principalmente
para o dimensionamento das protecções do transformador, de modo a que estas
possuam um tempo de actuação suficientemente rápido, evitando que ocorram danos no
transformador.
6.3.1. Sobrecargas
43
Naturalmente, ao se verificar a sobrecarga aumentando-se a corrente no
transformador em 10%, verifica-se um aumento das perdas nos enrolamentos da ordem
de 20% e o consequente aumento de temperatura.
Como se pode observar na tabela que se segue o erro dos valores simulados, para
o ponto mais quente, é da ordem dos 2% para os enrolamentos e 3% para o núcleo de
ferro.
44
consideradas constantes uma vez que estas apenas dependem do valor da tensão de
alimentação.
Como se pode observar, o modelo prevê que a variação de temperatura nos
enrolamentos atinja o limite máximo admissível, ou seja os 125ºC.
Assumindo que a resistência dos enrolamentos de cobre não varia com a
temperatura, é possível calcular o valor teórico da corrente que os percorre para a
situação que se está a considerar, verificando-se que esta possui um valor de 6,6
amperes.
45
O gráfico da figura 6.5 apresenta várias simulações para diferentes valores de
corrente.
46
Observando novamente a figura 6.5, verifica-se que, para regimes de sobrecarga
suaves (mais próximos do nominal), a constante de tempo térmica do núcleo tem um
papel importante no arrefecimento global do transformador, ou seja, o calor gerado no
transformador vai sendo lentamente dissipado pelo núcleo fazendo com que a
temperatura no ponto mais quente suba de forma mais gradual. À medida que a
sobrecarga vai sendo mais violenta (bastante superior ao funcionamento em regime
nominal) o calor gerado pelos enrolamentos atinge valores muito elevados, fazendo
aumentar rapidamente a sua temperatura.
O calor gerado nos enrolamentos necessita de tempo para se propagar até ao
núcleo, sendo depois dissipado por este. Como o tempo de aquecimento dos
enrolamentos é bastante inferior ao tempo de propagação e dissipação do calor pelo
núcleo, a temperatura no cobre irá subir muito mais rapidamente do que a temperatura
no núcleo.
Veja-se por exemplo o caso em que a corrente é 2.5 vezes a nominal. A
temperatura no enrolamento BC demora cerca de 12 minutos (t1) a atingir o seu valor
máximo. Nesse mesmo tempo, verifica-se que a temperatura no núcleo praticamente
não sobe.
A situação extrema de sobrecarga é um curto-circuito franco aos terminais do
transformador, situação esta que será analisada no capítulo que se segue.
6.3.2. Curto-Circuitos
47
Figura 6.6 – Curto-Circuito Franco
Na figura é possível observar que o núcleo de ferro não tem tempo para aquecer,
motivo pelo qual se pode desprezar a dinâmica deste, considerando-se apenas a
dinâmica dos enrolamentos de cobre.
Para o dimensionamento das protecções, verifica-se que o transformador pode
permanecer ligado numa situação de defeito durante cerca de 2,75 segundos, tempo a
partir do qual podem ocorrer avarias. Assim sendo, o tempo de actuação das protecções
terá de ser obrigatoriamente inferior ao tempo referido.
48
Para se efectuar o arrefecimento do ponto mais quente, colocou-se a questão da
melhor localização de um ventilador, de modo a que o arrefecimento fosse o mais
eficiente possível.
A ideia inicial seria arrefecer directamente os enrolamentos de cobre uma vez que
são estes que mais aquecem. Assim sendo, o transformador foi construído com uma
separação entre os enrolamentos A e BC de modo a ser possível uma melhor circulação
de ar nesta região do transformador, no entanto, esta separação revela-se ineficiente
uma vez que a forma onde se encontram bobinados os enrolamentos cobre quase na
totalidade esta separação, impossibilitando por completo um arrefecimento eficiente por
convecção forçada.
Como já foi referido ao longo deste relatório, observou-se que o núcleo de ferro
actua como dissipador de calor. Tendo-se verificado este facto, optou-se por se colocar o
ventilador a apontar directamente para o núcleo dissipando-se assim, de forma mais
eficiente, o calor proveniente deste.
Para se determinar os parâmetros do modelo, procedeu-se como descrito no
capítulo 5, realizando-se ensaios em corrente continua de modo a se aquecer
separadamente cada um dos enrolamentos de cobre e um ensaio em vazio para se
aquecer apenas o núcleo de ferro. Deste modo, foi possível obter o valor dos parâmetros
do modelo quando o transformador de encontra sujeito a um modo de arrefecimento com
convecção forcada, sendo a matriz das resistências térmicas dada por 6.1.
Por inversão da matriz das resistências térmicas é então possível obter a matriz das
condutâncias térmicas.
49
2,23 − 0,49 − 0, 23
R −1
= G = − 0,49 0,82 − 0,41 (6.3)
Este facto já seria de esperar, uma vez que apenas se está a arrefecer o núcleo
com convecção forçada está-se a aumentar o valor da condutância térmica entre o
núcleo e o ar, GNu-Ar. Como a convecção forçada não se faz sentir noutras partes do
transformador para além do núcleo de ferro, todos os outros valores das condutâncias
não sofrem alterações significativas.
Com o intuito de se comparar o andamento do modelo de parâmetros concentrados
com convecção forçada com a evolução real da temperatura, realizou-se um ensaio em
que o transformador se encontra inicialmente à temperatura ambiente, colocando-o
depois à potência nominal de modo a que a temperatura deste suba até atingir o regime
permanente.
A figura 6.7 mostra os resultados experimentais e os resultados obtidos por
simulação.
50
ventilador se revela eficiente. Neste ensaio observa-se que a variação máxima de
temperatura nos enrolamentos de cobre é cerca de 43ºC enquanto que sem convecção
forçada a variação de temperatura aumenta para 58ºC. Relativamente ao núcleo de
ferro, verifica-se uma diminuição para 12ºC face aos 28ºC com convecção natural.
Globalmente, com convecção forçada verifica-se uma diminuição de cerca de 15ºC em
todo o transformador.
Esta diminuição da variação de temperatura, revela-se particularmente útil em
situações de sobrecarga, uma vez que possibilita que o transformador esteja sujeito a
estas situações durante mais tempo. Para situações de defeito, como curto-circuitos, a
localização escolhida para o ventilador pode não ser a melhor uma vez que apenas afecta
a dinâmica térmica do núcleo.
51
7. Envelhecimento e Redução de Vida Útil dos Transformadores
O modelo mais antigo para descrever o envelhecimento térmico dos materiais foi
apresentado por Montsinger em 1930 [15]. Este modelo, parte do pressuposto que, se
todas as outras influências puderem ser desprezadas, o isolamento irá sofrer um
processo de deterioração de natureza química. Este processo é irreversível e leva o
isolamento a um estado em que este perde as suas capacidades dieléctricas. De acordo
com a lei de Arrhenius, a estimativa do tempo de vida dos materiais é dada por 7.1.
β
(α + )
T .V . = e T (7.1)
52
Se se limitar a gama de valores de temperatura entre 80 e 140 graus centígrados é
possível aproximar a expressão 7.1 pela expressão exponencial de Montsinger [10]:
T .V . = Ae − pθ (7.2)
T .E. = Ke pθ (7.3)
53
Tabela 7.1 – Taxa de Envelhecimento Relativo
80 0,125
86 0,25
92 0,5
98 1,0
104 2,0
110 4,0
116 8,0
122 16,0
128 32,0
134 64,0
140 128,0
t
12
L = ∫ Vdt (7.5)
t t1
N
1
L=
N
∑V
n =1
(7.6)
54
8. Conclusão
55
comprimento e consequentemente maiores perdas. Para se determinar as perdas no
núcleo, realizou-se um ensaio em vazio tendo-se observado um valor de perdas da
ordem de 20W.
Para se verificar o andamento do modelo de parâmetros concentrados, realizou-se
também um ensaio, designado por ensaio em regime de carga variável, em que se coloca
o transformador em diferentes regimes de carga, tendo-se observado que as curvas
obtidas por simulação possuem um andamento idêntico às curvas obtidas
experimentalmente. É então possível concluir que o erro diminui à medida que nos
aproximamos do funcionamento nominal, possuindo neste caso um erro relativo máximo
de 7% no cálculo da temperatura dos enrolamentos. Salienta-se o facto de o erro
máximo se verificar durante o regime transitório de temperatura. Após se atingir o
regime permanente o erro diminui para valores inferiores a 4%. Globalmente e para os
vários regimes de carga, o modelo apresenta um erro inferior a 10%, salvo nas situações
em que a temperatura do transformador se aproxima do erro de leitura dos termopares
(cerca de 3ºC).
Verificando-se que o modelo proposto é valido e possui erros relativos baixos,
efectuou-se um estudo a situações de sobrecarga do transformador, salientando-se a
utilidade da utilização de modelos de previsão de temperatura. Deste modo, é possível
prever a temperatura máxima do ponto mais quente sendo possível efectuar-se
sobrecargas no transformador sem que ocorram avarias. Neste estudo concluiu-se que,
para regimes de sobrecargas suaves (próximos do nominal), a constante de tempo
térmica do núcleo possui um papel importante no arrefecimento global do transformador,
ou seja, o calor gerado no transformador vai sendo lentamente dissipado pelo núcleo
fazendo com que a temperatura do ponto mais quente suba de forma mais gradual. À
medida que a sobrecarga vai sendo mais violenta (muito superior ao funcionamento
nominal), a temperatura nos enrolamentos atinge rapidamente o seu valor máximo, não
se verificando o tempo necessário à propagação do calor até ao núcleo de ferro. Por este
facto, para sobrecargas violentas (por exemplo curto-circuitos), pode-se apenas
considerar a dinâmica térmica dos enrolamentos não sendo significativa a contribuição do
núcleo de ferro. Para esta ultima situação, salienta-se também a utilidade do modelo na
previsão do tempo máximo de actuação das protecções.
Outro factor que se pretendeu investigar com este trabalho, foi o
sobredimensionamento das máquinas eléctricas, tendo-se concluído que o transformador
disponível no laboratório se encontra claramente sobredimensionado, determinando-se
que, teoricamente, o transformador está dimensionado para suportar uma corrente
máxima 58% superior à sua corrente nominal.
Finalmente, efectua-se um estudo introdutório do modelo térmico do transformador
quando este se encontra sujeito a arrefecimento com convecção forçada. Analisa-se uma
56
situação de arrefecimento em que se coloca o ventilador a dissipar o calor proveniente do
núcleo, verificando-se que para este ensaio, a grande alteração nos parâmetros do
modelo é o valor da resistência térmica entre o núcleo de ferro e o ar, enquanto que os
restantes parâmetros não registam alterações significativas. Tal facto não se revela
surpreendente, mas indica que é eficiente arrefecer o núcleo com convecção forçada,
verificando-se uma diminuição global da temperatura do transformador em cerca de
15ºC. Verifica-se também um aumento do erro relativo do modelo quando se considera
convecção forçada, concluindo-se que modelar fenómenos complexos como os referidos,
onde ocorre transporte de massa, por intermédio de uma simples resistência não é
suficiente. Deixa-se como sugestão para futuros trabalhos, uma modulação mais
eficiente dos fenómenos que envolvem a convecção forçada, a sua aplicação ao modelo
térmico proposto e um estudo de possíveis aplicações deste modelo a máquinas
rotativas, onde a convecção forçada possui um papel importante.
Relativamente ao envelhecimento e redução da vida útil de transformadores,
verifica-se que existem metodologias para estimar o seu tempo de serviço e que este
varia em função da temperatura a que o transformador se encontra sujeito. O estudo
apresentado pretende ser uma introdução ao tema uma vez que toda a investigação
desenvolvida nesta área tem como objecto de estudo transformadores de elevada
potência, o que não é o caso do transformador disponível no laboratório. Deste capítulo,
salienta-se a utilidade do modelo térmico na previsão da temperatura de funcionamento
do transformador e a sua influência na estimativa do tempo de vida dos transformadores.
57
9. Bibliografia
[1] - Çengel, Yunus A., Heat Transfer – A Practical Approach, International Edition,
McGraw-Hill, 1998.
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Superior Técnico, 2002.
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[5] - Glen, Swift, Molinski, Tom S., Lehn, Waldemar, A Fundamental Approach to
Transformer Thermal Modeling – Part I: Theory and Equivalent Circuit, Vol. 16, No.2,
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[6] - Tang, W. H., Wu, Q. H., Richerdson, Z. J., Equivalent Heat Circuit Based
Power Transformer Thermal Mode, Vol 149, No. 2, IEE Proc.-Electr. Power Appl, 2002.
[7] - Tang, W. H., Wu, Q. H., Richerdson, Z. J., A Simplified Transformer Thermal
Model Based on Thermal-Electric Analogy, Vol 19, No. 3, IEEE Transactions on Power
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[8] - Alvares, Marcelo Carvalho, Samesima, Milton Itsuo, Delaiba, António Carlos,
Análise do Comportamento Térmico de Transformadores Suprindo Cargas não Lineares
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[9] - Resende, Maria José, Thermal Ageing of Distribution Transformers Due to
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[10] - International Standard - Power transformers - Loading Guide for
Oil-Immersed Power Transformers (IEC 354:1991).
[11] – RS Data Sheet, Type J/K/N/T Welded Tip Glass Fiber, 2006.
[12] – RS Data Sheet, Thermocouples, 2005.
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Helsinki University of Technology, 2005.
[14] – Rizzoni, Giorgio, Thermal Systems – Module 6, Ohio, The Ohio State
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[15] – Montsinger, V. M., Loading Transformers by Temperature, AIEE Trans., Vol.
49, 1930.
[16] – Darkin T. W., Electrical Insulation Deterioration Treated as a Chemical Rate
Phenomena, AIEE Trans., Vol. 67, 1948.
58
10. Anexos
59
O esquema de ligação dos termopares, consiste em ligar o fio de constantan
(branco) ao pino 14 do integrado AD594AQ e o fio de ferro (preto) ao terminal 1 do
mesmo integrado tal como se mostra na figura 10.2. Deste modo, é possível obter na
saída do AD594AQ (pino 9) uma tensão de 10mV/ºC.
60
10.2. Identificação de Zonas Homogéneas
61
Figura 10.4 – Temperatura no interior dos enrolamentos na zona central do
transformador
62
Figura 10.5 – Variação da temperatura em função das camadas de cobre na
zona central do transformador
63
Figura 10.6 – Fluxo de calor no transformador
64
10.3. Simulações e Resultados
65
10.3.2. Funcionamento em Regime de Carga Variável
66
10.3.3. Sobrecargas e Curto-Circuitos
10.3.3.1. Sobrecargas
67
Figura 10.10 – Sobrecarga Máxima
68
Figura 10.11 – Tempo de Sobrecarga
69
10.3.3.2. Curto-Circuitos
70
10.3.4. Convecção Forçada
71