O presente texto carrega a experiência que está sendo vivenciada durante o estágio

supervisionado, com carga horária diária de 6h, no Colégio Presbiteriano Mackenzie com
alunos do Programa de Inclusão que estão matriculados no Ensino Fundamental II.

Iniciei o estágio em junho de 2021 quando o colégio estava em regime de aulas híbridas
(a cada semana um grupo ficava em casa e o outro ia para escola). Dávamos apoio
presencial e remoto para os alunos.

Com o retorno das aulas em agosto, o colégio recebe cerca de 80% de sua capacidade,
pois aqueles que ainda desejam permanecem com aulas online. As provas para os alunos
do programa são aplicadas remotamente e individualmente.

Comparando com a época em que era aluna em outro colégio, percebo mudanças desde
o momento da entrada. Protocolos de segurança como aferição de temperatura, uso do
álcool em gel e distanciamento social se tornaram comuns no ambiente escolar atual.

Após recepcionar os alunos, encaminhamos cada um para sua respectiva classe ou

damos apoio na sala multidisciplinar com atividades adaptadas sobre os conteúdos que
estão sendo lecionados em cada matéria.

Observo que com a pandemia, os alunos estão com dificuldades de aprendizado e

muitos não conseguem fixar os conteúdos vistos no ensino remoto. Trabalhar com
crianças/pré-adolescentes atípicos, com necessidades especiais, é um desafio durante o
período delicado que estamos vivendo, pois a taxa de regressão do aprendizado tende a
ser maior. Como exemplo posso citar o fato de que muitos alunos do programa estão
precisando passar novamente pelo processo de alfabetização.

Dessa forma, percebo que o estágio atende minhas expectativas e beneficia tanto o
licenciando quanto os alunos, visto que aprendemos enquanto ensinamos e alavancamos
a trilha escolar que as crianças ainda precisam percorrer. Acredito que ao fim da pandemia,
os alunos precisarão ainda mais do apoio de familiares e professores para retomarem e
minimizarem as perdas de aprendizagem e desenvolvimento.