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A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO

Focos demográficos- onde há grandes concentrações de populações;


Vazios humanos- onde a população é escassa
Distribuição- traduz a disposição dos indivíduos no mundo
Densidade populacional – é a intensidade do povoamento expressa
pela relação entre o nº de habitantes e a área territorial (habitualmente
expressa em habitantes por km2)
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Distribuição da população no mundo:


-Cerca de 90% da população habita no hemisfério norte
-Cerca de 70% está concentrada entre os paralelos 20º e 60º N, ou seja,
um claro predomínio para a zona temperada norte.
-Cerca de 90% habita até 500 metros de altitude
-Mais de 2/3 vive a uma distância inferior a 500 km do mar

Distribuição da população na Europa:


- A maior concentração na Europa ocorre nas regiões ocidental e central,
onde se localizam: Reino Unido, França, Bélgica, Holanda e Alemanha.
- O norte da Europa (península Escandinava) é a região de menor
concentração humana.

A distribuição da população portuguesa:


A distribuição da população tem registado uma tendência que
acompanha a história do nosso país. Ou seja, uma maior concentração
de população no litoral do que no interior.

Grande Densidade
-Na Grande Lisboa e no Grande Porto
-Densidades importantes em todo o litoral desde o norte (Minho e Lima)
até ao Algarve, a única exceção é o Alentejo litoral
-Região autónoma da Madeira a destacar-se relativamente à dos Açores,
registando densidades muito superiores

Baixa Densidade
-Toda a região do interior desde o Alto Trás-os-Montes até ao Baixo
Alentejo

Densidades Médias
-Douro (Vila Real)
-Viseu
-Cova da Beira (Covilhã)

Área metropolitana- Espaço geográfico de carácter urbano com elevada


densidade populacional, que abrange uma grande cidade e os territórios
política e administrativamente autónomos que lhe estão fronteiriços e
próximos. Nos limites geográficos deste espaço, mais ou menos
alargado, há uma grande mobilidade quotidiana de pessoas entre as
áreas de residência e as áreas de trabalho e vice-versa. Em Portugal
foram criadas as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, pela Lei n.º
44/91, de 2 de agosto, que se definem como "pessoas coletivas de
direito público de âmbito territorial e visam a prossecução de interesses
próprios das populações da área dos municípios integrantes".
A complexidade de problemas que as altas densidades populacionais
colocam constitui o justificativo principal para a criação desta estrutura de
gestão com carácter supramunicipal.

Bipolarização- termo que designa a força atrativa que Lisboa e Porto e


as suas áreas metropolitanas exercem sobre as populações e atividades
do país.

Litoralização -Processo que corresponde a uma maior concentração


populacional junto à faixa litoral. Este fenómeno cria, em geral, grandes
desequilíbrios e assimetrias regionais, já que a estas áreas opõem-se,
muitas vezes, extensas áreas de desertificação no que se refere à
ocupação humana. Este processo decorre do facto da proximidade ao
mar constituir um importante fator na fixação das populações. Para este
facto contribuem, sobretudo, a influência de um clima mais ameno no
litoral, a possibilidade de se desenvolver a atividade piscatória, de
recolha do sal e a grande acessibilidade de que estas regiões costeiras
normalmente usufruem. Tal situação geográfica condiciona,
consequentemente, a instalação e o desenvolvimento das atividades
económicas (indústria e serviços) que, por sua vez, são extremamente
atrativas para a população. No caso de Portugal continental, este
fenómeno assume um grande destaque, sobretudo na faixa litoral
limitada entre Braga e Setúbal.

Urbanização-processo de construção e expansão de cidades como


resultado de alterações na atividade económica e no modo de vida da
população;
Fatores naturais:
• Relevo- as planícies são mais favoráveis à fixação humana, ao
invés áreas montanhosas, a densidade populacional tende a
diminuir;
• Clima – a maior ou menos disponibilidade de água (existência de
cursos de água) e a ocorrência de muito calor ou de muito frio
podem condicionar a ocupação humana dos territórios;
• Fertilidade dos solos- fundamental na fixação da população
porque a influência o rendimento agrícola e a produção de
alimentos

Fatores humanos- agricultura próspera, grande industrialização e


desenvolvimento do setor do comércio e dos serviços, bem como, dos
transportes que contribuíram para a riqueza destes países, tornando-os
atrativos a muitos povos de vários continentes; as antigas civilizações
(ex: chinesa, indiana, no vale do Nilo) são ainda hoje áreas de grande
concentração populacional.

Despovoamento- diminuição maior ou menor da população de uma


região ou território pode ser resultado de um êxodo rural súbito, de um
surto migratório ou da queda da taxa de natalidade / envelhecimento da
população.

Distribuição da população:
NA MADEIRA:
• Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz apresenta 69% da
população. Em oposição Porto Moniz, na vertente norte, é o
concelho menos povoado.
NOS AÇORES:
• S. Miguel é a ilha mais povoada, onde vive 55% da população, aqui
se localizam os concelhos com maior densidade populacional,
Lagoa, Ponta Delgada, Ribeira Grande. Os concelhos Corvo, São
Roque do Pico e Lagos das Flores são os que apresentam menor
densidade populacional.

Fatores que levaram à litoralização:


• Fatores económicos
Ø No litoral há uma concentração de atividades económicas,

atraídas pelos benefícios como: densidade de rede de transporte


e de infraestruturas, facilidade de acesso aos mercados mais
vastos, proximidade aos centros de decisão, oferta de serviços às
empresas.
Ø Melhores condições de emprego

Ø Facilidade de acesso a diversos equipamentos sociais

Ø Atividade turística maior no litoral

• Fatores físicos
Ø Regiões de baixa altitude

Ø Clima temperado

Ø Posição litoral

Ø Fertilidades dos solos

O Despovoamento do interior

As razões para este despovoamento são:


-Fluxo migratório para o estrangeiro
-Êxodo Rural interno para o litoral

Êxodo rural- expressão que evoca a partida em massa das populações


rurais para as cidades
Êxodo urbano – expressão que evoca a partida em massa das
populações das cidades para aldeias

Problemas/consequências resultantes do despovoamento do


interior:
Ø Despovoamento gerado pelo abandono de muitas aldeias, ficando a

população rural dispersa e isolada;


Ø Envelhecimento da população

Ø O decréscimo da natalidade e do nº de populações jovens

Ø Insuficiência da população ativa, nomeadamente a falta de mão-de-

obra qualificada
Ø A perda de importância agrícola, hoje praticada sobretudo por

idosos
Ø Degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas, e

expansão das áreas de matos, mais suscetíveis à ocorrência de


incêndios
Ø Fragilidade do tecido económico, com repercussões no aumento da
população desempregada
Ø A alteração da estrutura da procura de serviços, devido às
mudanças demográficas que se refletem diretamente na carência
de serviços de apoio à população idosa
Ø Insuficiência de infraestruturas e de equipamentos

Aspetos negativos/consequências da concentração no Litoral:


Ø Expansão de espaços com excesso de construção de edifícios

Ø Aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma

habitação digna, levando à construção de bairros de barracas


Ø Insuficiência de equipamentos escolares, de saúde e de outros

Ø Incapacidade de algumas infraestruturas responder às

necessidades da população
Ø Insuficiência de espaços verdes e equipamentos de lazer

Ø Aumento dos riscos de inundações provocados pela construção em

leitos em cheia ou pela excessiva, impermeabilização dos solos


Ø Degradação ambiental decorrente da crescente produção de

resíduos, e do aumento dos vários tipos de poluição


Ø Surgimento de grandes desigualdades sociais no interior das áreas

urbanas, que originam muitas vezes problemas como a segregação


e exclusão social

Ordenamento do território- O ordenamento do território consiste num


processo de organização do espaço biofísico, de forma a possibilitar a
ocupação, utilização e transformação do ambiente de acordo com as
suas potencialidades. As regras de ordenamento do território asseguram
a organização do espaço biofísico, controlando o aumento da ocupação
antrópica e evitando os problemas daí resultantes.
A elaboração de cartas de ordenamento do território permite definir áreas
destinadas às diferentes atividades humanas, como, por exemplo, locais
de habitação, locais para a prática agrícola, zonas de interesse
ecológico, etc.

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