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JOSÉ HENRICK MOREIRA SCHIAVON DOS REIS

RESENHA DO ARTIGO:
“PROJETO DE EDIFICAÇÕES VISANDO À SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO”

Resenha realizada como exigência da disciplina


de Seminário do curso de Pós-Graduação de
Engenharia de Prevenção e Combate a Incêndios
da PUC MINAS.

Belo Horizonte - MG
Setembro de 2021
O projeto de incêndio, chamado em alguns locais de Projeto de Prevenção Contra
Incêndio e Pânico-PPCIP é um processo administrativo onde determinadas atividades
comprovam o dimensionamento e instalação dos sistemas exigido pela legislação para a
prevenção e combate a incêndio. A autora (MOREAES, 2006) argumenta que a visão do
meio empresarial e técnico enxergam o projeto de incêndio como mais uma burocracia do
sistema governamental. Vale salientar também a divergência em não adotar base científica
para tal argumento.
Com base no âmbito da elaboração do projeto de incêndio, existem diversos
profissionais envolvidos, como arquitetos e engenheiros de área diferentes, ao qual
cursando uma Pós-Graduação podem ter acesso a responsabilidade técnica e o
desenvolvimento de um PPCIP, pois o mesmo engloba desde a fase de construção até a de
implementação, sendo áreas multidisciplinares. O projeto em si, é de aplicação necessária
cumprindo a legislação de cada Estado de acordo com as exigências mínimas de segurança,
podendo os profissionais terem a liberdade de dimensionar sistemas melhores ou mais
atuais, bem como acrescentar mais segurança do mínimo exigido.
A autora (MORAES, 2006) confirma o uso constante de literaturas para a
elaboração mais detalhada dos procedimentos encontrados na fase de conhecimentos dos
aspectos e das etapas relacionados à segurança e prevenção de incêndios. Assim seu
trabalho possui o foco na primeira fase do projeto que é o arquitetônico sob a ótica no
desenvolvimento de formas de proteção em relação a edificação e seus complexos
construtivos que podem influenciar efeitos referente a propagação do incêndio.
Todo projeto base possui sua arquitetura como referência dos ambientes e seus
aspectos construtivos influenciam diretamente no dimensionamento dos sistemas de
proteção contra incêndio e pânico. Até mesmo em simulações de incêndios a propagação
das chamas é totalmente influenciada pela arquitetura das edificações, bem como entradas
e saídas de ar pelas esquadrias e corredores.
Sabendo que o projeto de incêndio possui o objetivo de proteção a vida e ao
patrimônio, os estudos das características dos materiais empregados possuem grande
importância para com a resistência dos mesmos referente ao aumento de temperatura em
casos de incêndios, pois a resistência de cada laje em um edifício é equivalente a o
escoamento com segurança de todos os ocupantes, assim a legislação obrigatoriamente
denota a exigência de Tempo de Resistência ao Fogo dos materiais para não comprometer
as estruturas principais de sustentação.
Neste contexto a autora (MORAES, 2006) cita duas literaturas que corroboram com
a importância de aplicação de medidas arquitetônicas com a finalidade de segurança, e
garantir a integridade de elementos construtivos, bem como controle de fumaça e dispersão
de calor. Diversos meios de controle de incêndio pela edificação podem ser elaborados no
projeto arquitetônico, valendo assim a busca do responsável técnico do projeto por
literaturas mais específicas referentes a segurança das edificações. Vale salientar que a
concepção e elaboração de uma obra em fase de projeto é muito complexa e deve abordar
corpo técnico variado, assim Moraes (2006) resume a segurança contra incêndio na
edificação em 2 fases distintas.
Fase inicial (direta) é abordada como conhecimento da parte humana e de seus
ocupantes, determinando meios de arquitetura a fim de promover segurança de cada
ambiente distinto. A criação de compartimentações com objetivo de isolar os ambientes
para que não haja propagação de incêndio em toda edificação, precisa ser elaborada e
pensada no início de cada projeto, principalmente em edificações residências e hotelarias.
Quando se fala em propagação de chamas, há a necessidade de implementar também o
isolamento das edificações vizinhas, sendo tudo em fase inicial de projeto.
A resistência de cada material empregado é no desenvolvimento inicial do projeto,
pois em cada edificação se desenvolve diversas atividades e locais distintos assim precisam
de controle específico em relação a segurança, bem como medidas diferentes.
Moraes (2006) denota também a importância dos recuos e fugas dos ocupantes que
precisam ser pensadas em fase de projeto, pois em locais com muitas compartimentações
necessitam de implementação de tecnologias arquitetônicas para facilitar o escoamento de
todos os ocupantes em um evento de emergência. Neste contexto o controle de fumaça que
pode ser elaborado no projeto facilita a identificação de rotas de fuga seguras em caso de
incêndio.
A fase dois (indireta) seria aspectos exteriores, aos quais envolvem casos indiretos
como a minimização dos impactos em caso de incêndio e apoio às operações de combate a
incêndios (MORAES, 2006). Os impactos gerados por uma situação de incêndio
acarretariam danos estruturais, assim a implementação de revestimentos com capacidade
de proteger as estruturas em edificações onde há maior risco de incêndio, poderiam trazer
inúmeros benefícios a longo prazo.
Metodologicamente a autora (MORAES, 2006) utilizou de um corpo de técnicos
onde discutiram fases de implementação de projeto em certas edificações com o intuito de
criar melhorias arquitetônicas, dotada de medidas passivas ou ativas. Com os
desenvolvimentos de diversos cenários em caso de incêndio, houve criação de medidas de
acordo com literaturas estudadas.
Em conclusão a autora (MORAES, 2006) denota a importância da criação de meios
de segurança e prevenção em situações a incêndios na fase de projeto, principalmente na
parte arquitetônica, pois nela é onde o projeto nasce e toma vida, sendo em toda a fase do
estudo o projeto arquitetônico foi o ponto mais discutido referente a mudanças e outras
implementações.

REFERÊNCIAS

MORAES, POLIANA DIAS. Projeto de edificações visando à segurança contra


incêndio. Anais do 10° Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira. São
Pedro-SP. p 11. 2006.

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