Você está na página 1de 2

Nosso tema dessa noite pode causar um desconforto em muitos de nós.

Então, logo de início,


não quero que nosso bate-papo sirva para que ninguém aponte o dedo para o outro,
mostrando seus erros. Tb não é meu objetivo que nós saiamos daqui essa noite nos sentindo
mal, desepesterançosos conosco mesmos. Não! Definitivamente não! Meu objetivo é que
nossa conversa sirva como um despertar. Que permita clarear aos nossos olhos aquilo que
precisamos mudar e que os Bons Espíritos possam nos inspirar nesse processo.

O tema que trouxe para refletirmos essa noite é o Suicídio Inconsciente. Muito se fala sobre
isso, mas pouco a gente abstrai disso para a nossa vida. O Suicídio inconsciente se caracteriza
por um estilo de vida que ocasiona a redução das forças físicas e vitais, o que pode levar a
uma abreviação do tempo dessa encarnação se isso não for mudado.

Para iniciarmos nossa linha de raciocínio, vamos lembrar que nosso corpo não nos pertence.
Ele nos foi concedido como um empréstimo, um empréstimo divino para nos ajudar a cumprir
aquilo que nos designamos enquanto ainda estávamos no Plano Espiritual. Nossa verdadeira
morada não é aqui. Aqui estamos de passagem.

Não é a toa que muitos escritores espíritas chamam nossa encarnação de prisão, de hospital.
Eu prefiro chamar de escola. Aqui todos nós estamos, com nossos problemas, nossas
dificuldades e empecilhos buscando aprender e evoluir. Não nos vale nada, na nossa história
espirital, ficarmos continuamente no Plano espiritual, somente absorvendo , absorvendo
ensinamentos sem cessar e sem ter as limitações que o nosso corpo físico nos impõe, mas sem
ter a oportunidade de os colocarmos em prática. Por isso estamos aqui. É aqui que a gente
prova. Não só que a gente entendeu, mas que a gente se modificou em determinado aspecto.

Deus é tão Pai, que ele nos concede o empréstimo desse corpo físico, para nos ajudar nesse
caminho. E isso não nos foi imposto. Tirando algumas exceções de reencarnações
compulsórias, fomos nós quem planejamos, junto aos amigos espirituais, quais seriam as áreas
que mais nos voltaríamos a aprimorar, a desenvolver nessa encarnação atual.

Cuidar do lado espiritual é algo muito importante. Às vezes nós espíritas (não só os espíritas,
mas pessoas de todas as religiões), ficam tão focadas em estudar e desenvolver a sua
espiritualidade, a sua parte espiritual que esquecem do corpo físico. Imersos no ritmo
acelerado da nossa sociedade, nesse imediatismo que nos absorve por completo, não
conseguimos mais perceber que muito daquilo que nos é oferecido ns faz tão mal. Muito mal.
Nós temos o livre arbítrio. Mas, para lembrar: “ tudo me é lícito mas nem tudo me convém .

Apesar de parecer tão atual, o suicídio inconsciente não é novo. Ele é tão antigo quanto o
próprio Homem. Allan Kardec nos fala sobre isso. No Livro dos Espíritos, na questão 759, ele
pergunta:

Questão 759 Existem paixões que apressam o desencarne, mas mesmo sabendo disso o
homem não consegue resistir a elas , pois o hábito as transforma em verdadeiras
necessidades físicas. - uma observação aqui: vcs percebem que isso ocorre no nível do
insconsciente? que todas as paixões que nos são oferecidas pelo mundo soam como normais,
pois o mundo diz que é normal, que as vezes as adotamos num automatismo? Mas estamos
aqui para evoluir e para isso teremos que sair
Aquele que morre vitimado por essas paixões comete suicídio?”. –

Você também pode gostar