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22/06/2020 Aos que desejam estudar economia

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Dom Especial Dom Helder EMGE

ECONOMIA

 20/02/2014

ESPAÇO
Aos que desejam estudar ACADÊMICO
economia (/EDITORIA/12)
 Marcus Eduardo de Oliveira

0/06/com-
(/noticia/1452739/2020/06/esc
direito-dom-helder-conquista-au
para-registrar-diplomas/)
Dom Helder Escola de Direito
autonomia para registrar diplo
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ÚLTIMAS
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Milhares se reúnem em
protesto na Cisjordânia
Hugo Eduardo Meza Pinto contra plano dos EUA
(noticia/1454684/2020/06/milhares-
Em parceria com Hugo Eduardo Meza Pinto* se-reunem-em-protesto-na-
cisjordania-contra-plano-dos-
eua/)
Alan Greenspan (ex-presidente do Banco Central dos
Estados Unidos), Peter Druker (guru da
Administração), Philip Kotler (guru dos Negócios
Empresariais), Ko Anan (ex-Secretário Geral da
ONU), Mick Jagger (astro pop do rock), Arnold
Schwarzenegger (ator e ex-governador da Califórnia),
Ivan Zurita (presidente da Nestlé), Roger Agneli
China promulga
(presidente da Vale) e Bernardinho (técnico de vôlei primeiro Código Civil e
da Seleção Brasileira). Essas personalidades listadas não reconhece
acima têm algo em comum: todos eles, sem casamento
homossexual
exceção, passaram por uma faculdade de Economia. (noticia/1454533/2020/06/china-
promulga-primeiro-codigo-civil-
Apesar de não exercerem a pro ssão de economista, e-nao-reconhece-casamento-
homossexual/)
certamente eles utilizaram e ainda utilizam alguns
dos conceitos da ciência econômica em suas vidas
pro ssionais ou mesmo pessoais.

Qual o motivo de comentarmos isso? Durante os


últimos anos tem-se falado de maneira generalizada
em Economia (enquanto ciência), principalmente
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sobre alguns dos conceitos que envolve este ramo Médico do Brasil de
Pelotas morre vítima da
do conhecimento. Covid-19 aos 70 anos
(noticia/1454694/2020/06/medico-
Atualmente, percebe-se uma tendência em discutir do-brasil-de-pelotas-morre-
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vitima-da-covid-19-aos-70-
conceitos econômicos na sociedade. Muito se fala, anos/)
por exemplo, na importância da chamada Educação
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Financeira.
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Nesse pormenor, já há estudos que apontam para a
viabilidade de inserir conceitos sobre educação
nanceira na grade curricular do ensino médio.
Nessa mesma linha, é comum presenciarmos em
programas de TV e rádio alguém se dedicando aos
diversos assuntos do universo da Economia. Não por
acaso, sempre aparece especialistas no assunto,
falando em tom de conselhos.

Diante disso, uma pergunta se faz oportuna: Como


explicar a diminuição de demanda de estudantes
pelo curso de Economia no Brasil, e em alguns
outros lugares do mundo? A Associação Nacional
dos Cursos de Graduação em Economia (Anges)
aponta para essa diminuição desde a década de
1980. Corrobora para isso os dados apresentados
pelo Censo da Educação Superior Brasileira do
Ministério da Educação (MEC) mostrando que
somente 3,2% do total de matrículas, no Brasil, são
do curso de Economia.

Nos Estados brasileiros há uma tendência dramática


da diminuição de vagas preenchida para a graduação
em Economia, quer seja em instituição privada ou
nas universidades públicas e federais.

Talvez uma das razões disso seja o fato dos próprios


economistas pecarem muito ao se apresentarem
dando tons demasiadamente teóricos; pouco
compreensíveis, portanto, para os não familiarizados
com os jargões econômicos.

Não por acaso, nós economistas, “inventamos” até


mesmo um linguajar complexo e so sticado
("economês") na tentativa de explicar os fatos. É a
linguagem tecnicista e rebarbativa, sibilina, por
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conceito, que, na verdade, mais atrapalha que ajuda


as pessoas na compreensão dos problemas
econômicos.
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Para complicar ainda mais a pouca compreensão do
público em geral, nós economistas acreditamos
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piamente no uso de modelos matemáticos para
explicar quase tudo, como se as relações sociais e
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econômicas fossem previsivelmente exatas e,
ademais, como se a vida de todos nós se resumisse
a números, taxas e índices.

Ora, isto mostra, na essência, a frieza de uma ciência


que, ao contrário, tem um lado de estudo muito
humano, voltado a entender a sociedade em suas
múltiplas manifestações, principalmente no aspecto
social, mas que, por não raras vezes acaba
“camu ado” nas análises pouco assimiláveis da
matemática.

No entanto, ao insistirmos em teorizar de forma


estritamente acadêmica e, por vezes, pouco popular,
criamos com isso uma espécie de ranço na
aceitação social que prejudica, sobremaneira, a
imagem do pro ssional economista. Não raro, esses
pro ssionais são muitas vezes vistos como arautos
do apocalipse; ou o que é pior: de estimuladores e
entendidos apenas de crise, de geração de caos, de
confusão.

Uma segunda questão – que se alinha a primeira -


sobre a di culdade em angariar novos interessados
em estudar Economia recai na pouca familiaridade
em tentar explicar para a sociedade o campo de
atuação do economista.

Por vezes, não somos claros em explicar que este


pro ssional pode ocupar espaços em atividades
públicas e privadas; dada a abrangência de
conhecimentos sólidos que um curso de economia
fornece. Esta abrangência somente é possível por se
tratar de uma formação sólida que não se limita a
dados técnicos, mas que abrange a discussão dos
processos históricos e sociais que construíram o
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pensamento econômico desde os escritos seminais


dos clássicos ingleses.

Conquanto, nunca é tarde para se promover


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mudanças. O momento que se apresenta é muito
propício para tentar recuperar o interesse pelo
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estudo das Ciências Econômicas. A nossa pro ssão
de economista no Brasil tem pouco mais de 60 anos
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de existência, desde o reconhecimento formal,
regulamentada pela Lei n° 1.411, de 13 de agosto de
1951.

No entanto, nessas seis décadas, poucos foram os


momentos em que professores, conselheiros,
pro ssionais da área e estudantes se reuniram para
discutir os caminhos, os valores, a missão, o
propósito e a atuação do economista no exercício de
suas atividades.

Excetuando-se os congressos e encontros


pro ssionais realizados, são raros os momentos de
profunda re exão em torno do objetivo de orientar os
jovens futuros economistas sobre o modo de atuar e,
mais que isso, sobre como a Economia – tanto na
teoria, quanto na prática – age e in uencia no
cotidiano das pessoas.

Outro to de nossas palavras aqui está, justamente,


em poder, de alguma maneira, contribuir para a
orientação futura do jovem estudante de Economia,
visando também resgatar as demandas veri cadas
no passado, quando se formavam muitos e muitos
economistas.

Para isso, nos sentimos encorajados a esboçar


algumas linhas direcionadas especi camente ao
debate sobre a atuação e o papel do economista em
nossa sociedade. Desnecessário a rmar, contudo,
que não nos apresentamos aqui como conselheiros
e/ou donos da verdade; não temos a prerrogativa do
tom professoral.

É oportuno reiterar, contudo, que apenas desejamos,


tão somente, contribuir para o aprofundamento de
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temas que cercam a natureza da ciência econômica


no que toca a discorrer sobre os propósitos mais
interessantes dessa ciência – para aquilo que se
convenciona entender ser, de fato e de direito, uma
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boa e adequada maneira de “fazer economia”. O que
mais queremos é que aumente o interesse pelo
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curso superior em Ciências Econômicas.
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No sentido de discutir os propósitos da economia,
um primeiro ponto a ser ressaltado é que o
economista que constrói hipóteses deve,
obrigatoriamente, a seguir, confrontar seus modelos
com a realidade social.

Somente o mundo real poderá validar ou não suas


ideias. É imprescindível não perder de vista que os
modelos da economia são imperfeitos; sua
veri cação é aproximativa. A realidade social - em
todas as suas manifestações - é passível de
soluções econômicas.

Por sinal, todo problema social exige, como


contrapartida, uma solução econômica. Dessa
constatação emerge a rmarmos que a economia
precisa, para ser aceita de nitivamente como uma
ciência capaz de promover boas ações, colocar o
progresso a serviço dos mais pobres.

Talvez o principal papel da economia seja o de ser


uma ferramenta construtiva capaz de “esboçar” uma
sociedade mais bem estruturada social e
economicamente. Para isto, não se deve perder de
vista que atualmente um terço da humanidade
continua mergulhado na miséria. E cabe à ciência
econômica, à sua maneira, priorizar e combater as
questões sociais mais agudas, tal qual a miséria que
vitima milhões de pessoas todos os anos, todos os
dias, a cada hora.

Por isso entendemos que o desenvolvimento


econômico, objetivo tão caro aos valores sociais,
quando proferido e ensinado pela economia em suas
bases conceituais, só faz sentido se levar bem-estar
(qualidade de vida) aos que mais sofrem.
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Gandhi, uma das almas mais brilhantes que já pisou


no planeta Terra, a esse respeito disse que “o
desenvolvimento seria bom e justo somente se
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elevasse a condição dos mais necessitados”.
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Estamos convencidos que os jovens futuros
economistasDom
precisam, nesse pormenor, ao se
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lançarem na busca do equilíbrio econômico-social,
encarar que a justiça social é um imperativo que
deve predominar sobre a produção.

O “mundo da economia” não deve, pois, ser reduzido,


quase que exclusivamente, à condição de mercado,
muito menos de mercadoria. Antes disto, é
fundamental que todos tenham noção que existe
algo de mais valioso que cerca a economia: a vida
humana.

Aos jovens futuros economistas em processo de


graduação, e aos que desejam se inscrever num
curso superior, recomenda-se que não se recusem
ao exercício de ver a sociedade tal qual (e como) ela
é.

Se os economistas de hoje, de ontem e, espera-se


que os do amanhã, têm uma função a cumprir na
sociedade, entendemos que essa é, essencialmente,
a de se envolver no processo de transformação
econômica e social.

Cristovam Buarque, engenheiro de formação e


economista por opção do doutorado, diz
brilhantemente que “não faz sentido ser economista
se não for para lutar contra a fome e a pobreza que
marca a vida de muitos brasileiros”.

Entendemos que o futuro economista deve, caso


concorde com essa premissa e se predisponha a
lutar por uma sociedade de iguais, ter clara a ideia
central que a economia precisa ser inclusiva.

De nitivamente, a economia não funciona sem a


inclusão das pessoas por um motivo bem simplista:
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ela – a ciência econômica - é feita pelos homens e


para os homens. Por m, reitera-se que entendemos
por inclusão uma vida sem di culdades básicas;
antes disso, uma vida de acesso e de oportunidades
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e critérios iguais, sem diferenciação de classe, cor,
sexo e condição nanceira.
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Concordamos plenamente que a nalidade do


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economista e a da ciência econômica seria aquilo
que Carl Menger, em seu tempo, argumentou: “a
economia precisa satisfazer as necessidades
humanas”.

Detalhe: não estamos nos referindo ao conspícuo.


Estamos nos referindo, apenas, as ditas e
conhecidas necessidades básicas: comer, se vestir,
se abrigar, trabalhar, buscar a todo instante ser feliz.

A você, caro estudante que deseja ingressar no curso


de Economia, sinta-se tocado no seguinte aspecto:
esta ciência tem todas as ferramentas para ajudar no
seu progresso e, especialmente, no progresso da
sociedade.

Contamos contigo, caro estudante de economia,


para a consolidação dessa árdua tarefa. Assim como
a Economia (enquanto ciência) precisa de você, você
também precisa da Economia (enquanto atividade)
para fazer avançar a qualidade de vida de todos. O
desa o está lançado. Venha estudar Economia!

Podemos lhes garantir que vale a pena estudar


economia. A maioria dos economistas que sentem
nas veias essa pro ssão não titubeia em a rmar
isso. Venha estudar Economia e ajude-nos a pensar
o Brasil

(*) Hugo Eduardo Meza Pinto é economista, Doutor


pela (USP). É Diretor Geral das Faculdades
Integradas Santa Cruz de Curitiba - Brasil.
Meza@santacruz.br

https://domtotal.com/diario-bordo.php?diaId=199 8/9
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Marcus Eduardo de Oliveira é economista, mestre pela


(USP), professor de Economia da FAC-FITO / UNIFIEO (S.
Paulo - Brasil) - prof.marcuseduardo@bol.com.br
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