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Universidade do Estado do Pará

Campus XIX – Salvaterra


Centro de Ciências Sociais e Educação – CCSE
Licenciatura em História
Disciplina: História Moderna I
Docente: Telmo Renato
Discente: Maryeva Lopes Marinho
Data: 28/11/2021

DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Portugal, edições 70, 2004.


Capituloênfase: “Os sonhos do Renascimento” – pp.277-304.

Jean Delumeau foi um grande historiador francês, um dos mais conhecidos.


Delumeau dedicou sua vida ao estudo da história, se tornou um dos maiores
especialistas sobre o passado do cristianismo, que é uma temática pela qual sempre
se interessou. Delumeau fez também grades estudos sobre o renascimento, o que o
levou a ganhar vários prêmios.
No ano de 1967, Jean Delumeau publicou o livro A civilização do
Renascimento, que ganhou muito destaque nos estudos sobre a modernidade. No
capítulo Os sonhos do Renascimento, o autor abrange algumas temáticas sobre o
período renascentista, como as literaturas, os movimentos protestantes, as artes e
as chamadas utopias renascentistas.
A literatura renascentista deu um grande destaque à uma personalidade
individual, novas formas, novos gêneros literários foram desenvolvidos nesse
período, pode-se destacar a poesia e o romance. A maior parte da literatura
medieval era escrita em latim, mas os escritores do renascimento adotaram novas
línguas, como italiano e francês. Sobre as literaturas renascentistas, Delumeau
destaca Dom Quixote, de Miguel De Cervantes, um clássico da literatura, que é uma
obra muito conhecida.
No período renascentista houveram também algumas revoltas protestantes, e
dentre elas estava o anabatismo. O anabatismo foi um movimento protestante do
século XVI, que foi inspirado nas ideias de Martinho Lutero e que foram
desenvolvidas contra o poder da igreja. Os anabatistas eram contra o batismo na
idade infantil, segundo eles, as pessoas deveriam ser batizadas na idade adulta,
pois estariam mais maduras e aptas para receber este sacramento da igreja. O
principal líder do anabatismo foi o alemão Thomas Müntzer, que era seguidor de
Lutero e que já havia liderado outras revoltas.
As pinturas ganharam grande destaque no período renascentista, os pintores
puderam experimentar novas técnicas e novas temáticas em suas obras. Delumeau
cita algumas obras, como As almas do purgatório, do pintor renascentista Giovani
Bellini. Essa obra é tida como uma das mais encantadoras do século XV, na Itália e
até hoje os estudiosos tentam descobrir o seu real significado; e O jardim das
delícias terrenas, de Hieronymus Bosch, que é uma pintura que retrata a criação do
mundo por Deus, os pecados no qual a humanidade se entregou e o inferno, que
seria a consequência das escolhas pecaminosas.
Delumeau fala também sobre as utopias, que foi um termo criado por Thomas
More no início do século XVI, para dar título à uma obra, onde More demonstra
como seria aplicável uma sociedade sem propriedade privada e sem intolerância
religiosa. Em Utopia, há uma grande preocupação com o bem comum, onde os bens
são divididos entre todos e não há a concentração de poder para um grupo restrito,
mas sim para todos na sociedade. Todos na sociedade deveriam trabalhar apenas o
necessário para garantir o bem de todos, onde ninguém trabalharia para outra
pessoa e também não podiam deixar de fazer tudo conforme suas rentabilidades.
Delumeau mostra no capítulo que o período renascentista sofria de uma
dialética, onde se tinha otimismo sobre o futuro e pessimismo sobre o presente. A
partir das pinturas, pode-se perceber as rupturas com a idade média e que no
renascimento foi possível experimentar novas técnicas e possibilidades nas artes.
Este capítulo mostra a importância em saber sobre as ideias do período
renascentista, principalmente nos estudos sobre a modernidade, nos estudos sobre
as artes e as literaturas.

REFERÊNCIAS

DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Portugal, edições 70, 2004.


Capituloênfase: “Os sonhos do Renascimento” – pp.277-304.

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