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30/10/2020 sistemas de arquivos | Guia Linux

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Guia Linux

SISTEMAS DE ARQUIVOS
Partições
Podemos dividir um disco rígido em várias partes ou partições, onde cada partição é independente
das outras, ou seja, cada partição pode ter o seu próprio sistema de arquivo. Isto signi ca que uma
partição do disco não interfere nas outras partições. Podemos, por exemplo, instalar o Linux em uma
partição e o Windows em outra partição.

Um disco pode ser dividido em até 4 partições. Uma partição pode ser primária ou estendida. Sendo
que, no máximo, apenas uma partição pode ser do tipo estendida. Isto signi ca que você pode ter 4
partições primárias ou 3 partições primárias e uma partição estendida. É possível dividir uma
partição estendida em partições menores chamadas de partições lógicas (a partição estendida não
armazena dados e sim, outras partições lógicas). Não é possível, entretanto, dividir uma partição
primária.

A tabela onde são armazenadas as informações sobre as partições ca no primeiro setor do disco e
chama-se MBR (Master Boot Record). Por questões históricas, esta tabela possui apenas 4 entradas
onde cada entrada descreve uma única partição.

Deve-se colocar o Windows em uma partição primária, pois este sistema operacional não consegue
inicializar numa partição lógica, enquanto o Linux não possui nenhuma restrição. Por outro lado, o
Linux requer na sua instalação a criação de pelo menos duas partições, uma para instalar o próprio
Linux (partição Linux nativo) e a outra para servir de memória auxiliar para o Linux (partição
de swap ou troca). A partição Linux nativo é conhecida por diretório raiz do Linux e é representada
por /.

O programa mais comumente usado no Linux para particionar discos é o fdisk. O problema com este
aplicativo é que ele destrói os dados armazenados ao particionar o disco.

Sistemas de arquivos
Um sistema de arquivos é um conjunto de estruturas lógicas que permite o sistema operacional
controlar o acesso a um dispositivo de armazenamento como disco rígido, pen drive, cd-room, etc.
Diferentes sistemas operacionais podem usar diferentes sistemas de arquivos.

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Atualmente, o NTFS (New Technology File System) é o sistema de arquivos padrão do Windows,
enquanto o ext4 é o do Linux.
Para veri car quais os sistemas de arquivos que o seu Linux suporta, basta veri car o conteúdo do
arquivo /proc/ lesystems.
O suporte para diferentes sistemas de arquivos pode ser obtido através
de módulos de kernel carregáveis no diretório /lib/modules/XXX/kernel/fs, onde XXX é a versão
atual do Linux.
Para ver as partições do seu sistema, veja o arquivo /etc/fstab.

Linux
No Linux, um diretório (corresponde ao conceito de pasta do Windows) pode ter outros diretórios ou
arquivos. Dizemos que um diretório é lho de outro diretório quando ele está logo abaixo do
diretório em questão. O diretório que está um nível acima é chamado de diretório pai.

O diretório raiz do Linux (ou diretório /) é o diretório com maior hierarquia entre todos os diretórios
do sistema. Isto signi ca que todos os diretórios do Linux cam abaixo deste diretório. A seguir são
apresentados exemplos de diretórios que normalmente cam abaixo do diretório raiz.

bin – diretório com os comandos disponíveis para os usuários comuns (não privilegiados).
boot – diretório com os arquivos estáticos do boot de inicialização.
dev – diretório com as de nições dos dispositivos de entrada/saída.
etc – diretório com os arquivos de con guração do sistema.
home – diretório que armazena os diretórios dos usuários do sistema.
lib – diretório com as bibliotecas e módulos (carregáveis) do sistema.
lost+found – é usado pelo fsck para armazenar arquivos/diretórios/devices corrompidos.
media – ponto de montagem temporário para mídias removíveis.
mnt – ponto de montagem temporário para sistemas de arquivos.
opt – softwares adicionados pelos usuários.
proc – diretório com informações sobre os processos do sistema.
root – diretório home do root.
run – armazena arquivos temporários da inicialização do sistema.
sbin – diretório com os aplicativos usados na administração do sistema.
snap – diretório com pacotes snaps (podem ser executados em diferentes distribuições Linux).
srv – dados para serviços providos pelo sistema.
sys – contém informações sobre  devices, drivers e características do kernel.
tmp – diretório com arquivos temporários.
usr – diretório com aplicativos e arquivos utilizados pelos usuários como, por exemplo, o sistema
de janelas X, jogos, bibliotecas compartilhadas, programas de usuários e de administração, etc.
var – diretório com arquivos de dados variáveis (spool, logs, etc).

Para ver os diretórios e arquivos que cam abaixo do diretório /, basta usar o comando ls.

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ls /

Convém também observar que é possível colocar os subdiretórios do diretório raiz em partições
separadas. O objetivo é facilitar a manutenção do sistema e aumentar a segurança dos dados.
Portanto, a distribuição do diretório raiz em várias partições é uma escolha pessoal do administrador
do sistema. Normalmente, é sugerido que os seguintes diretórios possuam uma partição própria:
/home, /opt, /tmp, /usr e /usr/local.

Tipos de Sistemas de Arquivos


A escolha do sistema de arquivos depende do sistema operacional utilizado. Abaixo, alguns exemplos
de sistemas de arquivos suportados por determinados sistemas operacionais.

SISTEMA OPERACIONAL SISTEMA DE ARQUIVOS SUPORTADOS

Linux EXT3, EXT4, XFS, JFS

MacOS HFS

Windows FAT, HPFS, NTFS

FreeBSD, OpenBSD UFS

Sun Solaris UFS

IBM AIX JFS

EXT3 (third extended lesystem) – foi adotado como padrão Linux a partir de 2001. Introduziu o
registro (journal) que melhora a con abilidade e permite recuperar o sistema em caso de
desligamento não programado. EXT3 suporta 16TB (1 terabyte corresponde a 240 bytes) de
tamanho máximo no sistema de arquivos, e 2TB de tamanho máximo de um arquivo. Um diretório
pode ter, no máximo, 32.000 subdiretórios.
EXT4 (fourth extended lesystem) – passou a ser o padrão Linux a partir de 2008. EXT4 suporta
1EB (1 exabyte corresponde a 260 bytes) de tamanho máximo de sistema de arquivos e 16TB de
tamanho máximo de arquivos. É possível ter um número ilimitado de subdiretórios
XFS (Extended Filesystem) – usado como padrão por algumas distribuição Linux desde 2014. XFS é
um sistema de arquivos desenvolvido em 64 bits, compatível com sistemas de 32 bits. Ele suporta
até 16 EB de tamanho total do sistema de arquivos e até 8 EB de tamanho máximo para um
arquivo individual. É considerado um sistema de arquivos de alto desempenho.
JFS (Journaled File System) – é um sistema de arquivos de 64 bits com journaling desenvolvido
pela IBM.
HFS (Hierarchical File System) – é um sistema de arquivos proprietário da Apple.
FAT (File Allocation Table) – é um sistema desenvolvido para o MS-DOS e usado em versões do
Microsoft Windows até o Windows 95. É suportado praticamente por todos os sistemas

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operacionais existentes. Existem 3 versões do sistema: FAT (12 bits, usado pelos disquetes),
FAT16 (para OS 16 bits ou 32 bits) e FAT32 (só para SO a 32 bits)
NTFS (New Technology File System) é o sistema de arquivos padrão do sistema operacional
Microsoft Windows. São algumas características deste tipo de sistema: aceita volumes de até
2 TB; o tamanho do arquivo é limitado apenas pelo tamanho do volume; é um sistema de arquivos
muito mais seguro que o FAT; NTFS podem se recuperar de um erro mais facilmente.
HPFS –  é o sistema de arquivos utilizado pelo OS/2 da IBM, com recursos que se aproximam
muito dos permitidos pelo NTFS.
UFS (Unix File System) – é um sistema de arquivos usado por muitos sistemas operacionais Unix e
assemelhados.

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