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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO
BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

AMANDA APARECIDA DA SILVA GRACILIANO

Home: nosso planeta, nossa casa


síntese do documentário

Vitória - ES
2021
1. SÍNTESE DO DOCUMENTÁRIO

"Home - nosso planeta, nossa casa" é um documentário produzido em 2009,


pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand. A narrativa
estabelecida nas filmagens busca projetar o modelo de vida em que os seres
humanos estabelecem com a natureza, a intensa relação de desequilíbrio que está
levando o planeta a sua deterioração, ao qual pode ser irreversível.
Inicialmente, o documentário aborda o surgimento da vida, das espécies, e
dos elementos naturais essenciais - como água e solo - e toda a sua evolução.
Posteriormente, é descrito o surgimento da vida humana, tendo surgido há
apenas 220 mil anos - em comparação com os 4,5 bilhões de anos do surgimento
da vida no planeta - e, apesar do pouco tempo de existência da vida humana, essa
espécie degrada a vida no planeta de forma abruptamente acelerada e contínua,
ocasionando catástrofes ambientalistas sem precedentes.

De acordo com alguns dos dados fornecidos pelo documentário, sabemos


que:

- 1 bilhão de pessoas passam fome.


- 5.000 pessoas morrem todos os dias por beber água poluída.Mais de 50%
dos grãos comercializados ao redor do mundo são usados para ração animal
ou biocombustíveis.
- A cada ano, 13 milhões de hectares de floresta desaparecem.
- 20% da população mundial consome 80% dos recursos do planeta.
- O mundo gasta doze vezes mais em armamento do que em ajuda aos
países.
- Um mamífero em quatro, um pássaro em oito, um anfíbio em três estão
ameaçados de extinção. As espécies estão desaparecendo mil vezes mais
rápido do que o ritmo natural de extinção.

Toda essa trajetória marcada pela utilização desenfreada dos recursos


naturais pelos seres humanos, contribuem para os efeitos negativos das mudanças
climáticas. Ações antrópicas intensificadoras não somente da degradação
avassaladora de nosso planeta, mas, também, da discrepante desigualdade social
que permeia populações a nível global.
Uma fonte de impactos destacada pelo filme é o funcionamento da agricultura
que, tão antiga e importante para as necessidades humanas, a partir de um ponto
da história converteu-se qualitativamente para a agricultura movida a petróleo e esta
mudança causou muitos impactos. Evidencia ainda que a exploração de petróleo é
um dos principais responsáveis pela interferência no equilíbrio do planeta e, a partir
dela, desenvolveu-se outros problemas, uma '’teia'' de destruição. Ainda,
relacionando outras atividades de “subsistência” dos humanos, as quais
tradicionalmente foram de caráter estritamente essencial, atualmente adquirem
certa veleidade: caprichos culturais que não apenas comprometem a eficiência das
atividades, como as fazem se desconectar da “rede da vida”. Além disso, mostra o
desmatamento de milhões de hectares de florestas para a alimentação e criação do
gado enquanto grande parte da população mundial ainda passa fome,
demonstrando como o problema é cultural e não estritamente material.
Através das filmagens, mostrando de forma bem realista vários lugares do
nosso planeta, toda a sua biodiversidade e, paralelamente, os impactos
ocasionados pelas ações humanas, nos faz refletir sobre ações de sustentabilidade,
sobre não pensarmos de forma pessimista, mas, sim, realista em rumo a
preservação do que ainda nos resta, sendo possível reverter tal cenário de
destruição. Já conseguimos abalar o equilíbrio que é fundamental à vida no planeta,
principalmente nos últimos 50 anos, diz o filme. O ecossistema não tem fronteiras e
a solução para a crise ambiental e climática que enfrentamos é trabalharmos juntos,
tendo sempre em mente que o ambiente é um sistema único que interliga tudo e
todos e que as espécies dependem umas das outras para existir.
O planeta e todo seu conglomerado de ecossistemas fornecem recursos para
uma vida em abundância, uma vida próspera sem desigualdades, mas, o motor que
movimenta a vida em sociedade - o capitalismo - faz com que seu desenvolvimento
seja estabelecido em padrões lucrativos, almejando formas de extração de recursos
mais rápidas e baratas. A grande questão é que toda ação gera uma consequência,
seja ela positiva ou negativa, até agora o modo produtivo desenvolvido não pensou
em tais consequências, e se pensou, não mensurou o quão negativo poderiam ser
os resultados de todo esse desequilíbrio na relação homem x natureza.
Atualmente, observamos em várias partes do mundo a intensa preocupação
com a preservação do planeta. Povos estão se reinventando, buscando uma forma
de relacionar-se harmonicamente com a natureza, como mostrado no documentário:
criação de parques naturais com espaços onde a atividade humana está em sintonia
com as espécies e a natureza; a Antártica se tornou uma reserva natural dedicada à
paz e a ciência através de um Tratado assinado por 49 países tornando-a um
tesouro pertencente a toda humanidade; governos agiram para proteger quase 2%
de todas as águas territoriais do mundo; Costa Rica fez uma escolha entre gastos
militares e a conservação de suas terras, o país não tem mais exército e prefere
destinar seus recursos à educação, ecoturismo e a proteção de suas florestas
primárias.
É preciso repensar nossos atos. Deve haver justiça entre produtores e
consumidores, tendo um comércio justo, onde todos se beneficiam e podem
prosperar para um sustento decente, estabelecendo justiça e igualdade entre os
povos. Deve haver consciência sobre o nosso consumo e produção. Deve haver,
acima de tudo, sintonia entre humanidade e natureza.
2. REFERÊNCIAS

HOME. Produção de Denis Carot e Luc Besson. Direção: Yann Arthus-Bertrand.


Roteiro: Isabelle Delannoy, Yan Arthus-Bertrand, Denis Carot e Yen Le Van. França:
Europa Filmes, 2009. 1 documentário (90min.), DVD, son., color.

Revista Eletrônica. Home, nosso planeta, nossa casa. 2010. Disponível em:
<https://www.redeicm.org.br/revista/wp-content/uploads/sites/36/2019/06/r3_remc_c
mdset2010.pdf>.

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