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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Extraidas da obra:

PRÁTICA PEDAGÓGICA
NA EVANGELIZAÇÃO
Volume I
de Walter Oliveira Alves

Editora: IDE

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1 - AS CAUSAS PRIMEIRAS

DEUS:
O Livro dos Espíritos - Primeira Parte - Cap. I

Deus e o infinito
Provas da existência de Deus
Atributos da Divindade
Panteísmo

Sugerimos que todos os evangelizadores estudem o con-


teúdo, em grupo, a partir de O Livro dos Espíritos, ampliando os
estudos, tanto quanto possível, com as demais obras da literatura
espírita.
Após o estudo em grupo, os evangelizadores poderão anali-
sar o conteúdo a ser trabalhado com as diversas turmas, conforme
o estágio e as necessidades das crianças, dosando-os e aplicando
as técnicas mais favoráveis a cada turma.
O fato de todos os grupos trabalharem com o mesmo
conteúdo geral, facilitará o estudo, a troca de idéias e a ajuda mútua
entre os evangelizadores, bem como a elaboração de atividades de
inter-relacionamento entre as diversas turmas, exposições, ativida-
des artísticas, etc. Todos “crescem” em conhecimento e habili-
dades pedagógicas.
Procure criar um ambiente propício ao aprendizado, em toda

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a Casa Espírita. Enfeite com flores, vasos com plantas, murais,
desenhos e frases sobre o conteúdo geral em estudo. Durante
algumas semanas “tudo” em volta da criança “falará” de Deus, da
Natureza, da Providência Divina. A criança não aprende com uma
única “aula”, mas vivenciando, vivendo num ambiente onde ela
possa sentir a presença de Deus.
Não imagine que está “gastando” muito tempo com um único
tema. Não estamos trabalhando com um tema isolado, mas com
um vasto conteúdo que gira em torno do ponto central “Deus” e
preparando caminho para os próximos conteúdos a serem estuda-
dos, a partir de O Livro dos Espíritos, mas utilizando os recursos da
maravilhosa e riquíssima literatura espírita. Mesmo quando estiver-
mos trabalhando os próximos conteúdos, os assuntos estarão tão
ligados entre si que os estudos anteriores estarão sempre presen-
tes.
Pela nossa experiência, em dois anos teremos trabalhado
todo o conteúdo de O Livro dos Espíritos e, os próprios evan-
gelizadores, por terem estudado, pesquisado e trabalhado com as
crianças, terão adquirido uma visão ampla da própria Doutrina
Espírita. Isso requer pelo menos uma reunião semanal para estudo
e preparação das atividades. Mas nada se faz sem esforço e nada
dará mais frutos do que um trabalho bem organizado e feito com
muito amor e dedicação.

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DEUS
3 a 6 anos
SUGESTÕES DE ATIVIDADES

As atividades sugeridas não devem ser encaradas como


“aulas prontas”. Utilize-as como subsídios para preparar suas
próprias aulas de acordo com a realidade de suas crianças.
Somente você conhece as necessidades e a etapa de desenvolvi-
mento de suas crianças.

ATIVIDADE 1
VISITA A UM PARQUE, CHÁCARA OU SÍTIO

Levar as crianças a um contato direto com a própria obra


divina: a NATUREZA. Durante o passeio sugerimos as ativida-
des:
a) Observação:
Levar as crianças a observarem todas as coisas criadas por
Deus: a grama, as flores, as árvores, a água, as pedras, os animais,
as aves, etc.
A criança entrará em contato direto com a natureza, movi-
mentando-se em meio às plantas, flores, lagos, pedras, etc. Deixar
as crianças tocarem no que for possível, sentindo pelo tato,
cheirando, soprando, olhando... enfim, sentindo a vibração da
natureza, sua beleza e principalmente sentindo que em tudo existe
vida. O elemento intuitivo entra em ação. A percepção global
(percepção no sentido pestalozziano, de caráter sensorial, afetivo
e intelectual) aumenta, aumentando seu campo vibratório. Lembre-
se também que você é um modelo para a criança. Ela respeitará a

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Natureza se observar que você a respeita. Não tente ensiná-la só
com palavras. Exemplifique sempre.

b) Conversação:
Depois que observaram bem pedir a todos que façam um
círculo, sentando-se de preferência na grama. Conversar com as
crianças, pedindo que falem sobre o que observaram. Destacar a
beleza das coisas criadas por Deus e principalmente a vida. No
campo, tudo fala da vida. Existe vida nas árvores, nas flores, na
grama, por toda parte. Se observar pássaros ou outros animais,
destaque-os. Destaque a vida por toda parte. Somente Deus cria
a vida. Destacar que nós também fomos criados por Deus. Deus
é nosso Pai e muito nos ama. A personalidade do evangelizador e
suas convicções são importantes. Ele deve sentir dentro de si a
beleza e a grandeza da obra Divina para que suas convicções se
irradiem de suas palavras. Aproveite o instante para vivificar os
ensinamentos. Deitados ou sentados, ouvir os sons dos animais, o
barulho das águas, o vento batendo de leve no rosto, etc. Conversar
com as crianças sobre o que elas estão sentindo.

c) Coleção de amostras:
Cada criança receberá uma sacolinha para recolher os
materiais. Pedir que peguem amostras do que for possível: folhas
soltas, pedras e pedregulhos, areia, frutos já caídos no chão, flores
soltas, galhos, penas de aves, insetos mortos, etc. Insistir para que
não danifiquem a Natureza. Apenas recolham o que está pelo chão.
Durante o passeio, tirar fotos com as crianças. Guardar os mate-
riais recolhidos para dar continuidade às atividades.
Enquanto estiverem sentados na grama, observando e ouvin-
do a natureza, pode-se usar um gravador para gravar esses sons e
utilizá-los na sala de atividades.
OBS.: Procure também programar uma visita a um zooló-
gico, analisando os tiversos tipos de animais.

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Crianças em contato direto com a Natureza. Apreciaram as flores,
andaram descalças na grama, comeram frutos, brincaram e oraram...
sentindo a presença de Deus na Natureza...

ATIVIDADE 2
ATIVIDADE NA SALA

Selecionar material recolhido no passeio.


Você pode traçar um círculo no chão, com giz ou colando fita
crepe. As crianças permanecerão no círculo, sobre a linha, realizan-
do diversas atividades. Procure criar um ambiente agradável,
propício ao desenvolver dos bons sentimentos.

a) Atividade dinâmica: de pé, sobre a linha. Cantar


músicas que falam de Deus e da Natureza. Declamar poesias.
Atividades lúdicas e animadas. Sentados, fazer a prece e passar
para a fase de concentração.

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b) Concentração: Procure sempre recapitular as atividades
anteriores: Reflexão sobre o passeio realizado na semana anterior,
levando a criança a sentir a existência de Deus através de suas
obras, na Natureza. Perguntar se as crianças gostaram do
passeio; se acharam bonito o que viram; quem criou tudo aquilo,
toda aquela beleza... Lembrar que além de tudo o que foi observado
no passeio Deus também criou a todos nós. Analisar os materiais
que recolheram durante o passeio, classificando-os: os que não têm
vida (minerais), os que têm vida e não andam (vegetais), os que têm
vida e andam ou voam (animais).

NÃO TÊM VIDA TÊM VIDA NÃO ANDAM TÊM VIDA, ANDAM
MINERAIS VEGETAIS OU VOAM-ANIMAIS

Alguns materiais poderão se estragar durante a semana. O


evangelizador deve providenciar outros, inclusive feijões, milhos,
arroz, flores, folhas, etc. Um vasinho com flor poderá ser passado
de mão em mão para a criança olhar, cheirar, etc.

c) Criatividade: As crianças poderão colar, em folhas de


sulfite, os materiais da Natureza, usando a criatividade, ou montar
um painel em grupo.
Convidar os pais para que vejam o resultado do trabalho.
Mesmo no trabalho individual, permita que uma criança
auxilie a outra. O companheirismo, a cooperação são o ponto de
partida para o amor ao próximo. Recebendo ajuda e colaborando, a
criança ativa em si mesma o processo de descentração, afas-
tando-se lentamente do egoísmo e do orgulho.

d) Relaxamento e silêncio: Esta sugestão pode ser


utilizada muitas vezes, ao finalizar as atividades do dia. Com uma
música de fundo, as crianças se deitarão e fecharão os olhos, rela-

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xando devagarinho todas as partes do corpo. Imaginar que estão em
um lugar muito bonito, sentindo a presença de Deus. O evangelizador
deve conduzir a imaginação: “- Estamos num campo, cheio de
flores... Vamos cheirar as flores... (inspirar), vamos soltar o ar
devagarinho (expirar)... Vejam um riacho... borboletas... pássa-
ros... “ Finalizar com uma prece.
Auto-avaliação: Todos em círculo, sentados, avaliam o
próprio trabalho, incluindo o evangelizador. Não se trata de avaliar
conteúdos, nem o progresso alcançado por cada um, o que
somente ocorrerá a longo prazo. Cada um faz comentários sobre as
atividades, o que achou, como se comportou, etc.

OS ANIMAIS

Levar as crianças a reconhecerem os animais como obra de


Deus. Despertar o sentimento de amor e proteção aos animais,
nossos irmãos em escala inferior.

ATIVIDADE 3
OS ANIMAIS

a) Se possível, levar pequenos animais vivos como cachorri-


nhos, coelhos, etc.

b) Conversar com as crianças sobre os animais que conhe-


cem, se têm animais em casa, como cuidam deles, etc.

c) Se possível, passar filmes sobre animais, como vivem,


como formam famílias, e sua importância na Natureza.

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ATIVIDADE 4
AQUÁRIO

Montar, com as crianças, um


aquário com peixes e tartarugas. O
aquário poderá ser montado com todas
as turmas, em conjunto.
Estudar os cuidados necessários para a sobrevivência dos
peixinhos.
Procure em seguida, estudar com as crianças a vida mari-
nha.

ATIVIDADE 5
A TRANSFORMAÇÃO DO GIRINO EM SAPO

Em um vidro de boca larga (ou aquário), colocar água e uma


pedra grande, de modo que ofereça bastante espaço fora d’água,
para quando o girino passar da respiração branquial para a pulmo-
nar. Colocar girinos e observar. Não coloque os girinos no aquário,
junto com peixes maiores. Ao terminar a experiência soltar os
sapinhos em um rio ou lago nas proximidades.

ATIVIDADE 6
OBSERVAR OS PÁSSAROS:

Construir no pátio ou nas imedia-


ções um bebedouro para pássaros. Isso
atrairá passarinhos que poderão ser ob-
servados pelas crianças.

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AS PLANTAS

Levar as crianças a reconhecerem o reino vegetal como obra


de Deus.
Despertar o sentimento de amor às plantas e à Natureza.

ATIVIDADE 7
AS PLANTAS

Levar para a sala vasinhos com flores e


outros vegetais. As crianças, uma de cada vez,
poderão examinar as folhas, apreciar a beleza
da flor, soprar de leve, sentir o perfume, etc.
Comparar com uma flor artificial. Passar a flor artificial de mão
em mão. Destacar a vida. Quem criou a vida?

ATIVIDADE 8
A GERMINAÇÃO

Plantar um feijãozinho num copo, com algodão embebido em


água e observar durante as próximas semanas a germinação.
Incentivar para que façam a experiência em casa e observem todos
os dias a germinação da semente. Este primeiro contato com a vida
crescendo será importante para a criança.

ATIVIDADE 9
SEMEAR

Levar as crianças a um contato direto com a terra e a

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água. Em uma pequena caixa de madeira com terra, semear
pequenas sementes de crescimento rápido. Plantar as sementes
com muito amor e cuidar com amor também. Destacar o fruto
e a semente – a germinação da semente – o nascimento e
o crescimento de uma árvore. Observar que a terra e a água juntas
ajudam a sementinha a brotar. O Sol faz a sua parte aquecendo
a semente com sua luz. Cuidar para que seja regada e tome
sol. As crianças observarão o crescimento das sementinhas no
transcorrer das próximas semanas.

ATIVIDADE 10
HORTA

Se tiver espaço não deixe de formar pequena horta com


as crianças. Todas as turmas podem participar. Se possível, visite
antes uma horta e converse com profissionais da área. Se não for
possível, na própria loja que vende as sementes poderão orientar
quanto às particularidades de cada tipo de semente.

ATIVIDADE 11
OS ALIMENTOS QUE A NATUREZA OFERECE:

Não trabalhe com palavras ou


cartazes. Traga os materiais que as
crianças possam pegar, cheirar,
provar...
Preparar com as crianças
sucos de frutas e chás diversos.
Levar frutas (uvas, pêssegos, la-
ranjas, abacates, etc.) de forma que
todos possam provar.
Pode-se trazer chás, pão com margarina ou patê de cenoura,

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etc. E enquanto as crianças provam, conversar com elas a respeito
da bondade de Deus, que tudo oferece aos seus filhos.

TRABALHANDO
COM AS ARTES

ATIVIDADE 12
PAINEL – RECORTE E COLAGEM

Criação de um painel (mural) sobre a Natureza. Somente


trabalhe com figuras depois que as crianças tiveram um contato
direto com o objeto, neste caso, com a Natureza.
Separe revistas que contenham muitas figuras sobre a
Natureza: paisagens, árvores, flores, animais, etc. As crianças
recortarão as figuras que julgarem interessantes.
Outros materiais poderão ser utilizados para colagens como:
folhas secas, cascas de árvores, feijões, milhos e outros cereais,
etc.
Oriente-as, mas sem impor. O painel é delas. A visita ao
parque, o contato direto com a Natureza, as conversações, pre-
pararam-na para este trabalho.
Lembre-se: durante o trabalho, procure desenvolver o
companheirismo, a ajuda mútua, a cooperação.

ATIVIDADE 13
PINTURA
Utilize pintura com aquarela líquida nas cores da Natureza,

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com pincel chato e grosso. Comece usando poucas cores e vá
aumentando gradativamente. Pinte você mesmo de forma que as
crianças vejam. Enquanto pinta, conte uma história ligada às cores.
A criança pequena aprenderá a técnica utilizada observando e
fazendo e não ouvindo aulas teóricas sobre pintura.
Mas depois, na medida em que ela vai aprendendo as
técnicas, deixe-a criar sobre a técnica. A criança é filha de Deus-
Criador e, portanto, criadora por natureza.
Outras sugestões:

Trabalhando com giz de cera:


Utilize giz de boa qualidade, que seja macio. Explore as
cores em movimentos circulares, depois formando ondas, zigueza-
gue, linhas retas... Leve a criança a apreciar diversas combinações
de cores. Inicie comparando duas cores, depois três, quatro. Por
exemplo, faça bolas azuis e vermelhas, depois azuis e amarelas,
verdes e amarelas... Compare com as cores da Natureza... Tudo na
Natureza é harmonia, bom gosto, beleza...

Molde e giz de cera:


Material: Giz de cera, papel e molde.
Não se trata de molde vasado, mas recortado
em cartolina. recortar o contorno

Técnica: Segurar firme o papel sobre o molde. Passar o giz


deitado livremente, colorindo a superfície do papel.

Pintura com molde vasado e esponja:


Material: Tinta guache ou anilina, papel, espuma ou esponja,
molde vasado.

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Técnica: Colocar o molde vasado
sobre o papel, bem apertado. Molhar a
espuma na tinta, na cor desejada e
pressionar sobre o molde, suavemente,
diversas vezes.
recortar com estilete, deixando
o contorno vasado
Utilize moldes de borboletas, pássaros, frutos, flores...

Utilizando folhas de árvores:


Material: Tinta guache, papel, pano,
folhas de árvores
Técnica: Passar tinta guache na folha e
comprimir com um pano na folha de papel.
Se usar tinta pura, a figura terá muitos detalhes, deixando-
nos ver os relevos. Com um pouco de água na tinta, os relevos já
começam a se misturar. Com muita água os relevos se confundem.
Faça experiências com as crianças. Utilize também diversos
tipos de folhas de árvores.

ATIVIDADE 14
PAINEL: OS ANIMAIS

Elaborar com as crianças um painel ‘’Os animais”. Coloque


em uma caixa figuras e desenhos elaborados pelas próprias
crianças.
Cada criança retira uma figura da caixa e deverá: dizer o
nome, descrever, imitar a voz, imitar o andar. Depois colocá-lo no
lugar onde vive: na água, na terra ou no ar (os que voam). As crianças
poderão ilustrar, colorir e colar as figuras no lugar onde vivem os
animais.

– 14 –
mar
rio

ATIVIDADE 15
MAQUETE
Confecção de uma fazendinha em maquete. Placa de isopor
(50cmx100cm). Usar pó de crepon verde como grama, areia bem
fina como terra, árvores com palitos e copas de papel color
set verde, etc. Use sua criatividade e deixe a criança usar a dela.

color set
color set verde
verde

color set palito de galhinho


marrom sorvete de árvore

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ATIVIDADE 16
DOBRADURAS
Inicie com dobraduras fáceis, de plantas, flores, animais.
Depois cole-as num painel. Faça junto com a criança, etapa por
etapa. As dobraduras podem ser coladas de forma artística num
painel representando a natureza, junto com outros recortes.

Flor:

10

10 cm
Cachorrinho

Passarinho

Peixe

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Borboleta

Periquito

Baleia
Dobre um quadrado em diagonal e prossiga:

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ATIVIDADE 17
MODELAGEM
Conforme já vimos, o trabalho de modelagem tem uma
importância especial com a criança pequena. Procure trabalhar
com a argila e não se preocupe se a criança sujar as mãos. A
criança se identifica com a argila, com o barro, com a terra.
O importante, nessa idade, não é a arte final, mas o fazer,
manusear com as duas mãos.
A modelagem envolve tanto a exploração tátil como a
estruturação de formas e suas combinações, sendo um excelente
elemento de criatividade. A modelagem favorece o jogo simbólico.
As crianças dão significado às formas que elaboram, mas modifi-
cam-nas à medida em que trabalham ou na medida em que
vivenciam a história que contam ou ouvem. Uma maçã pode se
transformar num gatinho e uma flor numa estrela. Ao mesmo tempo
trabalham a emoção. Ao brincar de fazer um bolinho ou nhoque,
trabalham as emoções ligadas às relações mãe-filho, o papel da
mãe, etc.
Pode ocorrer que no final das atividades não exista um
produto plástico para ser guardado... mas muita coisa importante
aconteceu... Não se engane com a “beleza” final do produto. Não é
esse nosso objetivo e nem tente “retocar” o produto da criança. O
que realmente importa é o que aconteceu durante a modelagem.

uma maçã se uma flor se trans-


transforma em forma em estrela...
gato

Com o tempo, as modelagens bem aca-


badas poderão ser coladas em objetos, pratos,
garrafas, etc. colar

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Se não conseguir argila, utilize massinha de modelar caseira,
preparada em conjunto com as próprias crianças.
Receita de massa: 3 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1
xícara de sal, misturar os dois e acrescentar um pouquinho de água
(cuidado para não colocar muita água), 1 colher (café) de óleo.
Misturar com a massa acima.
Essa receita dá para 2 ou 3 crianças. Se quiser trabalhar com
a massinha colorida, separe a massa em porções e utilize corante
vegetal ou anilina em várias cores. Mas faça isso junto com as
crianças. Não leve as massinhas já prontas, pois estaríamos ti-
rando da criança uma ótima oportunidade de trabalhar com as
cores.
ATIVIDADE 18
MONTAGEM

Podemos aproveitar todo o material considerado “sucata”,


criando uma noção de economia e de aproveitamento de materiais,
evitando gastos supérfluos.
Quase tudo pode ser aproveitado: tampinhas, palitos de
sorvete, clips, garrafas de refrigerantes, garrafas plásticas, carre-
téis, brinquedos velhos, latas de refrigerantes, potinhos de iogurte,

tubos de papel higiênico, retalhos de cartolina ou papel cartão,


caixinhas de fósforos, caixas de remédios, etc.

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Uma caixinha se Retalhos de papel são
Uma lata se transfor-
transforma num porta úteis em atividades de
ma num porta-escova
lenço de papel recorte

Um tubo de papel vira um


Caixinhas, tampinhas e um
porta-guardanapo
copinho e temos um carrinho

Uma lata de refrigerante com carinha


de palhaço. Use a imaginação e pense
numa carinha de coelho, cachorro, etc.
Saquinho de papel se
transforma em fantoche

Aproveite os trabalhos com sucata para destacar que os


objetos que utilizamos vieram originariamente da Natureza. Tudo
nos faz lembrar a bondade de Deus para conosco.

ATIVIDADE 19
RECORTE
Com as mãos: As atividades de recorte devem ser iniciadas
com as mãos, recortando com os dedos jornais, revistas ou sobras
de papel, colando-os em diversos formatos.
Com tesoura: Usar tesoura sem ponta, de boa qualidade.
Nada pior do que uma tesoura sem corte. Verifique antes se as
crianças já possuem habilidades com a tesoura. Se não tiverem,
treine-as antes, começando com recortes com as mãos e depois
recortando tiras de jornais, com a tesourinha.

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Flor:

Passarinho:

dobrar aqui

Borboleta:

Pato:

dobrar aqui

Peixe:

dobrar aqui

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LITERATURA INFANTIL

ATIVIDADE 20
ATIVIDADES DE INCENTIVO À LEITURA
Desde pequena a criança pode ser levada a gostar do livro.
Nesta idade, as crianças gostam de folhear livros ilustrados e
bem coloridos. Conte histórias que destacam a ação dos perso-
nagens, mostrando gravuras, especialmente as que retratam a
beleza da natureza.
Explore os livros infantis o máximo possível. Sugestões:
Pai Nosso, Cartilha da Natureza.
Sugestão: Narrativa adaptada do conto “Presença Divina”,
livro Pai Nosso, de Meimei, F.C.Xavier, cap. I.
Antoninho tinha 6 anos. Ele e seu tio estavam passeando
quando viram, num pomar, muitas laranjas madurinhas. Então o tio
colocou uma sacola no chão e começou a apanhar laranjas e
coloca-las na sacola. Antoninho, preocupado, disse:
– O que está fazendo, tio?
– Psiu!... Vamos aproveitar agora que ninguém está vendo e
vamos apanhar algumas laranjas...
Antoninho respondeu:
– Mas, o senhor não sabe que Deus nos está vendo?
Muito espantado, o velho empalideceu e recolocou os frutos
na caixa, dizendo:
– Obrigado, meu Deus, por haveres despertado a minha
consciência, pelos lábios de uma criança.

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ATIVIDADE 21
LIVRO “DEUS NA NATUREZA”

Confeccionar com as crianças um livro sobre a Natureza.


Esta atividade também somente de-
verá ser feita após as primeiras atividades
onde as crianças tiveram um contato direto Deus na
com a Natureza.
Separe as folhas de sulfite (de preferên-
Natureza
cia sulfite 40). No livro poderá constar materi-
ais semelhantes ao painel.
Dividir a turma em grupinhos de dois ou
três. Cada grupo ficará com uma folha.
Oriente as crianças sem impor suas idéias. As crianças
poderão fazer desenhos, pinturas, recortes, colagens, etc. Pre-
pare os materiais com antecedência.
Elas devem ter um certo nível de liberdade para trabalhar com
sua própria criatividade. Mas o evangelizador já deve ter ensinado
as técnicas que serão utilizadas (determinada técnica de pintura,
colagens, recortes...), realizando antecipadamente para que a
criança observe. Depois, deixe-as criar sobre a técnica. Todo o
trabalho anterior já desenvolvido servirá de base para nortear sua
criatividade.

ATIVIDADE 22
POESIA

Não deixe de usar a poesia com as crianças. Mas não leia.


Declame. Lembre-se que a poesia tem ritmo. Coloque sentimento
no que faz. A criança aprenderá a gostar da poesia e, com o tempo,

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será tão natural declamar uma poesia quanto cantar uma música -
o que se faz por prazer.

Poesias do livro Pai Nosso, de Meimei, F.C.Xavier:

No canto dos passarinhos, Toda bondade mais simples,


No campo, no mar, na flor, Sincera, nobre, leal,
A vida está repetindo: Ajuda na construção
– Louvado seja o Senhor!... Do Reino Celestial.

Quadrinhas:

Uma flor tão linda, tão bela, Sei que tenho no céu um Pai,
A chuva fina que cai, Mas estou feliz, Senhor,
É a Natureza que fala, Pois tenho também na Terra,
Todos nós temos um Pai. Um papai que é cheio de amor.

Papai do Céu, obrigado, Deus é nosso Pai


Por tudo o que temos na vida, Mas não esquece ninguém
Mas acima de tudo obrigado, Pai de todos os homens
Pela nossa mamãe querida. É Pai do animal também.

ATIVIDADE 23
MÚSICA
Musicalização: Explore o ritmo, músicas com gestos,
rodas cantadas. Utilize a música e a poesia juntas. O resultado será
ótimo. A criança pequena vibra com o ritmo da música. A poesia
declamada também tem ritmo. Explore-o.

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Bandinha rítmica: procure formar uma bandinha rítmica,
Trabalhando os sons: Procure trabalhar com as crianças
pequenas com os sons da natureza. Não será difícil gravar: a chuva
caindo, pássaros cantando, o som do grilo, da cigarra, os latidos de
um cão, etc. Trabalhe a diferença dos sons: sons de metal, madeira,
instrumentos musicais... Trabalhe também a diferença entre ruído
e música.
Música clássica: Nas atividades de relaxamento, use a
música clássica como “fundo musical”. Explore também o silêncio,
durante o relaxamento: todos em silêncio, relaxados, poderão ouvir
sons longínquos. Também utilize a música clássica ou música
suave, nas atividades de artes plásticas.

ATIVIDADE 24
DANÇA
Você pode iniciar as atividades de dança com brincadeiras de
rodas e depois evoluir para coreografias melhor elaboradas.
Dança criativa: Ao som de uma música (violão, piano ou
disco) as crianças acompanham o ritmo, dançando livremente. Os
movimentos acompanham o ritmo: lento, moderado ou rápido.
Brincando de roda: As crianças em círculo, de mãos
dadas. Uma delas tentará conduzir as demais na formação de um
caracol, enrolando e depois desenrolando.
Expressão corporal: Ao som de uma música, expressar
livremente temas da vida real: tempestade, vento, brisa, primavera,
pássaros, etc.
Primeiros passos: As crianças em semicírculo. A evange-
lizadora na frente, fará gestos e passos de dança livremente. As
demais executam os mesmos passos.
Procure consultar uma dançarina ou alguém que estude

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dança. Participe de Encontros regionais sobre arte. Estude e
dedique-se ao trabalho. Tudo é possível se você quiser real-
mente.

ATIVIDADE 25
TEATRO E DRAMATIZAÇÃO
Inicie com atividades lúdicas, pequenos jogos de imitação e
dramatizações de histórias contadas.
Exemplos de atividades lúdicas de representação:
1) Apresentar várias idéias para a criança representar: está-
tua, passarinho voando, macaco, gato. Ao bater de palmas elas
deve trocar de imitação, até que todas as crianças tenham repre-
sentado todas as idéias.
2) Expressar uma pessoa ou profissão. Você pode dividir a
turma em dois grupos. Enquanto um grupo representa uma pro-
fissão, o outro grupo tenta adivinhar qual é. Depois inverter as
posições.
3) Todos em círculo. Uma caixinha vai passado de mão em
mão. Cada um retira um papel que contém um nome de animal ou
sugestão de uma dramatização. Quem retira o papel representa e
os demais tentam adivinhar. Cuidar para que haja sugestões
suficientes para todas as crianças participarem.
Quando sentir que as crianças estão se desinibindo, intro-
duza dramatizações . Contar uma história, com calma e expres-
são. Depois de contar, pedir para as crianças repetirem a história
e em seguida dramatizar cada cena.
Sugestões: As histórias do livro A Vida Fala, I, II e III.

– 26 –
ATIVIDADE 26
TEATRO DE FANTOCHE OU DE VARA:
No teatro de fantoche ou de vara a criança fica mais à vonta-
de e aprende a falar com maior desenvoltura. É preferível, com as
crianças menores, iniciar com o teatro de fantoche ou vara antes da
dramatização.
Os fantoches podem ser criados pelas próprias crianças com
a ajuda do evangelizador. Veja modelos abaixo.
Depois de confeccionar os fantoches, formar grupos de três
ou quatro crianças, para criarem suas próprias histórias. Treinam,
ensaiam e apresentam para os colegas.
O palco: pode ser improvisado, num canto da sala, estenden-
do um lençol, ou com uma mesa virada, em uma janela, de tal forma
que as crianças fiquem atrás e apenas os fantoches apareçam.

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Fantoche de mão Modelar cabeça
com papel machê
Rasgue jornal em
pedaços pequenos e
junte água quente.
Quando estiver comple-
tamente amolecido, re-
tire o excesso de água,
apertando-o e adicionan-
do goma de amido (gru-
de) até conseguir uma
massa maleável. Faça
um buraco na parte de
baixo. Confeccionar a
roupa como uma cami-
sola presa ao pescoço.

Fantoches de varetas:
Recortar a figura de revistas Cabeça com bola de
isopor

Colorir com cane-


tinha hidrográfica.Usar
com a vareta ou confec-
cionar uma roupinha e
usar como fantoche de
mão.

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Fantoche de vara com papel
crepon

Faça primeiro os braços


amarrando as pontas do papel.
Faça uma bolinha de papel e
enrole o papel crepon, colocan-
do a ponta do palito dentro da
cabeça, amarrando firme. Colo-
que o canudo que forma os bra-
ços e amarre para formar a cintu-
ra. Faça o cabelo com barbante
e enfeite à vontade.

Fantoche de meia Meia recheada com


trapos
Use o polegar para fazer
o maxilar inferior e os outros
dedos para formar o maxilar
superior e o focinho. Assim você
pode abrir e fechar a boca.

Fantoches de lenço de saco de papel

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Fantoches com pernas de dedo Usando as mãos e os braços

Com tubo de papel higiênico


faça o cabelo com barbante ou fios de lã.

Você mesmo pode criar histórias exaltando Deus como


“Nosso Pai” que muito nos ama.
Sugestão: Uma história que versa sobre dois irmãos muito
pobres, órfãos de pai, cuja mamãe fica doente de repente. As
crianças oram a Deus, pedindo ajuda para a mamãe. No dia
seguinte, uma vizinha bate à porta e descobre que a mamãe
está doente. Chama um médico, traz leite para as crianças
e cuida delas até a mamãe se recuperar. As crianças descobrem
contentes que, embora não tendo um papai encarnado, Deus é
Nosso Pai, nos ama muito e sempre atende nossos pedidos
quando são justos e quando merecemos. Destacar a importância
da prece para “conversarmos” com Deus.

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Conte essa pequena história para as crianças, monte o
roteiro com as “falas” de cada personagem. Deixe as crianças
participarem da montagem e escolher as “falas”. Se ainda não
percebeu, perceberá que as crianças são muito criativas e mon-
tarão o teatro de fantoche ou vara sem muitas dificuldades. Para
quem está começando, o teatro de vara é mais fácil. Basta recortar
as figuras e colar numa varinha. O palco pode ser improvisado. As
crianças ficam atrás de um móvel, com apenas as mãos voltadas
para cima.

EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS:


Montar uma exposição para os pais e amigos com todo o
material recolhido e com o painel criado por todos. A exposição
poderá oferecer ótima oportunidade de integração entre as
crianças e os próprios adultos, bem como a participação dos pais.

ATIVIDADES DE INTERAÇÃO:
Promover atividades de interação entre as crianças do mes-
mo nível, de níveis diferentes e entre as crianças e adultos. O
passeio no campo, a exposição e as atividades artísticas
propiciarão ótimas oportunidades para tal.

INTEGRAÇÃO COM A FAMÍLIA:


Manter os pais informados dos projetos realizados com as
crianças. Pedir que trabalhem com as crianças em casa,
mostrando desde o café da manhã, as refeições, o banho, até
a hora de dormir que a Natureza está presente em nossa vida.
A Natureza representa a bondade e o amor de Deus para
conosco.

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