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PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento de Engenharia Elétrica
Engenharia Elétrica
Prof(ª). Dr(ª). Sergio Okida
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ANDRÉ RICARDO MONTANHANA
CAROLINE COSTA BORKOSKI
GUSTAVO COSTA BEZERRA
LUCAS ALESSI MADALOZO
PAULO VICTOR COSTA SILVA
SERGIO OKIDA
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
HISTÓRIA E CENÁRIO NACIONAL 3
O QUE É UMA LINHA DE TRANSMISSÃO 4
COMPONENTES DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO 5
FUNCIONAMENTO E TECNOLOGIAS 9
CLASSIFICAÇÃO E TIPOS 12
IMPACTOS CAUSADOS POR UMA HIDRELÉTRICA 16
RECAPACITAÇÃO DE USINAS 19
VANTAGENS E DESVANTAGENS 19
CRISE HÍDRICA E O ATUAL CENÁRIO ELÉTRICO NACIONAL 21
CONCLUSÃO 22
REFERÊNCIAS 22
1- INTRODUÇÃO
Sabe-se que o desenvolvimento social e econômico de uma região tem grande ligação com a
expansão do setor elétrico, afinal, a imensa maioria dos processos atualmente exige energia
elétrica. Junto a isso, o progresso do local também é acompanhado pelo aumento da demanda
por eletricidade, desde o nível de consumidor até a indústria. Sendo assim, para a expansão da
oferta torna-se necessário o investimento em infraestrutura e soluções que possam atender de
maneira eficiente e segura esse mercado.
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Nesse sentido, as linhas de transmissão desempenham um papel primordial para o
funcionamento desse grande e importante sistema. Seja para a interligação nacional ou apenas
para atender a demandas específicas, elas são responsáveis pelo deslocamento de grandes
quantidades de energia, por grandes distâncias, de forma técnica e economicamente viável.
Sua implantação é uma tarefa bastante complexa, que exige grandes esforços em distintas
etapas, como no processo de licenciamento ambiental, no estudo do traçado e na busca por mão-
de-obra especializada. Além disso, é necessário solucionar dois grandes desafios de ordem
técnica para obter sucesso no projeto: reduzir as perdas elétricas nas linhas e otimizar os custos
na construção.
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Figura 2. Linhas de transmissão no país. Fonte: SIN (Sistema Integrado Nacional).
Grande parte das usinas hidrelétricas, que são as responsáveis pela maior parcela de
geração de energia no país, estão localizadas em locais afastados dos grandes centros de
consumo, por conta disso, se faz primordial uma extensa e confiável rede de transmissão de
energia.
Além das hidrelétricas, é necessário integrar as outras fontes geradoras, tanto as não
renováveis, como carvão mineral, petróleo, gás natural e seus derivados, quanto as renováveis,
como eólica, biomassa e solar, que estão em grande expansão no cenário nacional. Para isso ser
possível, é indispensável uma linha de transmissão eficiente para unir e otimizar a geração de
energia no Brasil.
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Em geral, a eletricidade é transmitida a longas distâncias através de linhas aéreas. As linhas
subterrâneas são usadas apenas em situações onde as áreas são densamente povoadas, pois
apresentam um alto custo de instalação e manutenção.
Uma das dificuldades dessa regionalização do setor elétrico brasileiro era o fato de não
haver uma padronização nacional em relação às tensões de transmissão, que operavam em
níveis distintos e muito próximos. Esta adversidade dificultava a viabilização de soluções
econômicas para expandir as interligações regionais, que iriam otimizar a expansão energética e
melhor atender às necessidades do país.
Posteriormente, as linhas de transmissão foram classificadas de acordo com o nível de
tensão de sua operação, mensurado em kV. São elas:
A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV
A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV
A3 – tensão de fornecimento de 69 kV
Em termos organizacionais, a classe A1 é a representativa do sistema de transmissão
interligado, ou Sistema Interligado Nacional (SIN), também denominado rede básica e para isso,
tem-se a padronização dessas tensões de transmissão de acordo com a tabela 1.
Estes são os valores nominais de tensão utilizados até hoje nas linhas de transmissão de
corrente alternada no Brasil. Esta tabela desconsidera os níveis de tensão em corrente contínua
existentes no país e níveis abaixo de 230 kV que, de acordo com a NBR 5422, se referem a
tensões de sub transmissão e distribuição. A exceção fica por conta da tensão de 138 kV, que
pode ser utilizada tanto na sub transmissão como na transmissão de energia.
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dentre eles: espaçamento máximo e mínimo entre fases; configuração dos isoladores; ângulo de
proteção do cabo para-raios; distâncias elétricas mínimas entre os pares energizados e as torres;
flecha dos condutores; número de circuitos e altura de segurança.
Para linhas de transmissão com grandes extensões e, por consequência, grandes tensões (>
69 kV), as torres metálicas são a solução mais econômica. As estruturas de torres metálicas
treliçadas seguem uma arquitetura quase padronizada, sendo utilizadas para o transporte de
energia em um ou dois circuitos. Para tensões mais baixas (<69 kV), no entanto, outros
materiais também são utilizados como, por exemplo, o concreto armado e a madeira.
Vários aspectos permitem agrupar os tipos de torres metálicas existentes, sendo a
funcionalidade estrutural e a forma de resistir às cargas os mais importantes. Segundo a forma
de resistir aos esforços que lhe são impostos, as estruturas são ditas autoportantes ou estaiadas.
Autoportante: as torres são sustentadas pela própria estrutura, sem necessidade de
cabos. Os principais estão mostrados na figura tal.
Estaiadas: torres que são sustentadas por cabos tensionados no solo. São as mais
econômicas e fáceis de montar, porém exigem uma área maior para instalação por
conta da fixação dos cabos. Seus tipos estão representados na figura tal.
Condutores. São os elementos ativos das linhas de transmissão, que literalmente fazem o
deslocamento da carga elétrica, possibilitando a transmissão da energia. No princípio, foi
utilizado o cobre como elemento para compor as linhas, por conta de sua elevada condutividade.
Porém, com o passar do tempo, materiais como o alumínio foram se tornando mais presentes
devido ao seu custo inferior se comparado ao cobre e a outros materiais semelhantes.
Os condutores mais utilizados nas linhas de transmissão do Brasil são os de alumínio nu
com alma de aço, que são formados por um agrupamento de fios de alumínio dispostos
concentricamente em torno de um fio de aço, e apresentam elevada condutividade e boa
resistência mecânica. O cobre como componente é usado apenas em linhas de transmissão
subterrâneas, entretanto, as linhas aéreas apresentam distâncias muito maiores se comparadas ao
subterrâneas. Abaixo, tem-se as imagens de condutores com alma de aço e o de alumínio,
respectivamente.
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Figura 4. Cabos com alma de aço e alumínio, respectivamente.
Uma das tarefas mais importantes e difíceis quando o assunto é condutor, é a seleção
adequada dos mesmos, pois é a partir deles que será escolhida o tipo da torre, a isolação e os
reforços mecânicos, tantos nas estruturas quanto nas fundações. Além disso, interfere nos custos
e nas perdas ao longo da vida útil da linha também.
As características que definem os cabos condutores são: bitola, seção transversal,
diâmetro, peso, carga de ruptura, resistência elétrica, raio médio geométrico, reatância e
ampacidade. Algumas condições externas que interferem em seu desempenho como temperatura
ambiente, pressão barométrica da região, velocidade do vento, emissividade e absorção solar
são parâmetros que também influenciam consideravelmente na escolha do condutor.
Isoladores. A função dos isoladores é impedir a passagem de corrente dos condutores para a
estrutura da torre. O número de isoladores por cadeia é determinado de acordo com a tensão da
linha e o isolamento deve suportar tensões maiores que a tensão normal de operação, resistindo,
inclusive, a surtos atmosféricos e surtos de manobras.
Podem ser construídos de vidro temperado ou de porcelana vitrificada. Os isoladores de
vidro temperado possuem uma vantagem significativa em relação aos de porcelana, pois por
serem temperados, se houver algum problema se fragmentam por completo, sendo fácil
localizá-lo.
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Já quanto a forma, são empregados três tipos principais: isoladores de pino, isoladores
de pilar e isoladores de disco.
Isoladores de pino: são fixados através de pinos de aço. Possuem rosca interna
padronizadas pela ABNT de l” e 1 3/8” de diâmetro. Dependendo do número
isoladores associados, pode chegar a 66kV.
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Figura 8. Isolador de disco.
Além disso, podem ser classificados também quanto à sua forma de utilização, sendo
divididos em suspensão e ancoragem. As cadeias de suspensão sustentam o peso do condutor
e podem ser observadas na forma de “I” ou “V”, enquanto as cadeias de ancoragem, além de
suportarem o peso do condutor, resistem às forças de tração do cabo, tolerando fortes
deflexões.
Ferragens e acessórios. Existem vários tipos de ferragens com funções específicas nas linhas
de transmissão e normalmente são compostos de elementos metálicos, como aço e alumínio.
São projetados para resistirem aos esforços eletromecânicos e para reduzirem os efeitos de rádio
interferência e corona.
Dentre os principais elementos, pode-se destacar os grampos, que realizam a ligação
mecânica entre a cadeia de isoladores e a estrutura da torre, as ferragens das cadeias de
suspensão, que além de sustentarem os condutores, transmitem para a estrutura o peso dos cabos
em forma de “I” ou “V” e as ferragens de ancoragem, que transmitem a carga de tração dos
cabos. Além dessas estruturas, tem-se as luvas de emenda, que unem mecânica e eletricamente
duas extremidades de condutores e as luvas de reparação, que restabelecem a integridade
eletromecânica de um condutor danificado.
Já para os efeitos mecânicos dos ventos, são utilizados espaçadores, amortecedores e
espaçadores-amortecedores, mantendo distâncias seguras e absorvendo a vibração dos
condutores, evitando o choque e danos por fadiga. Alguns tipos de espaçadores estão mostrados
na figura tal.
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
[1] Reis, L.B. D. Geração de energia elétrica 3a ed. Editora Manole, 2017. 9786555762242
[2] NETO, M.R.B. CARVALHO, P. Geração de Energia Elétrica - Fundamentos. Editora
Saraiva, 2012. 9788536518572.
[3] No Dia Mundial da Água, ANEEL publica infográfico sobre hidrelétricas no Brasil.
ANEEL, 2021. Disponível em <https://bit.ly/3cPPeYs>. Acesso 28/06/2021.
[4] Balanço Energético Nacional 2021. Empresa de Pesquisa Energética. Disponível em <
https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-
2021>. Acesso 25/06/2021
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