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ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES

FACULDADE DE LETRAS – PORTUGUÊS E INGLÊS

ELAINE CATTI BENEDITO

Plano de Aula Para a Realização de Atividades Voltadas a


Identificação e a Exploração da Língua Escrita e da
Oralidade na Crônica no Contexto da Sala de Aula”.

OSASCO
2021
ELAINE CATTI BENEDITO

“Plano de Aula Para a Realização de Atividades Voltadas a


Identificação e a Exploração da Língua Escrita e da
Oralidade na Crônica no Contexto da Sala de Aula”.

Trabalho apresentado à Faculdades Anhanguera- Pólo


Osasco/SP, como requisito parcial à aprovação no 4º
semestre do curso de Licenciatura em Letras Português
e Inglês.

Osasco
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES
FINAIS..........................................................................................8
REFERÊNCIAS............................................................................................................9
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INTRODUÇÃO

Para refletir sobre a atuação do professor de Língua Portuguesa nos anos


finais da Educação Básica, tomei como exemplo o caso que me fora apresentado
para este trabalho de 4º semestre de faculdade de Letras – Português Inglês EAD –
da Faculdade Anhanguera Polo Osasco.
“Rita é uma professora de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino
Fundamental de uma escola pública na cidade onde mora. Nessa escola, há alunos
de distintas realidades e que apresentam dificuldades na leitura e na escrita. Muitos
desses estudantes apresentam traços da oralidade em seus textos.” A professora
Rita pensou em promover atividades que tivessem como ponto de partida o texto
literário, modalidade que apresenta condições de interação com uma escrita criativa,
diversificada e ampla no que diz respeito às possibilidades de contato com a
linguagem e, ainda, com temáticas e com contextos ricos e promovedores de
reflexão, segundo a professora de Letras. Além, também, ao pensar no gênero
crônica na sala de aula, a professora Rita viu a possibilidade de colocar os alunos
em contato com histórias que representam a realidade, por meio de uma linguagem
escrita que promova, em função do contexto abordado, a inserção de nuances da
oralidade, ou seja, trata-se de uma oportunidade de o aluno explorar esses traços
em um contexto de aprendizagem.
É com base na BNCC – Base nacional Comum Curricular que podemos
verificar que a educação está pautada em bases que argumentam com as Leis
Brasileiras, como Constituição Federal /88 e a LDB/96, bem como os anais
históricos sociais, políticos, teóricos e culturais, para um bom planejamento
educacional.
Com base neste texto da BNCC as instituições brasileiras devem sociabilizar
espaços educativos, conhecimentos e preparar os seus indivíduos para serem
cidadãos e para a prática social democrática. Bem como livro de Luis Veríssimo e
artigos sobre Crônicas.
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Desenvolvimento

Uma atuação pedagógica deve estar alicerçada com base nas Leis e nos
deveres e direitos que todos possuem, sem nenhum tipo de discriminação por
religião, gênero e etnia.
É necessário ressignificar a atuação profissional, e da cultura de hoje com o
contato da cultura de ontem no sentido didático pedagógico. Isto é, dia a dia,
conforme tem-se o conhecimento e o contato com outras culturas, outros processos
e aflitos pensamentos possam ser geridos de forma mais clara para novos
professores. Para que todo bom professor compreenda as historicidades,
necessidades e valores, alcançando novos conhecimentos dessas “culturas”, para
um ensino próspero.
A escola tem um papel crucial para a construção de uma sociedade
igualitária, onde habita o espaço de debate e que formam dali reflexões as quais, os
indivíduos irão atribuindo sentido à realidade por meio do conhecimento claro e
organizado preparado pelo professor.
Para atender a tais finalidades no que diz respeito a educação escolar, a
Carta Constitucional, no Artigo 210, reconhece a necessidade de que sejam “fixados
conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”
(BRASIL, 1988).
Com base nesses marcos constitucionais, a LDB, no Inciso IV de seu Artigo
9º, afirma que cabe à União estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996;
ênfase adicionada).
A base nacional comum curricular para o Brasil, tem o foco na aprendizagem
como estratégia para fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas
e modalidades referindo-se a direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento.
Trata-se de maneiras diferentes e intercambiáveis para designar algo comum,
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aquilo que os estudantes devem aprender na Educação Básica, o que inclui tanto os
saberes quanto a capacidade de mobilizá-los e aplicá-los.
No Brasil, segundo a BNCC, um país caracterizado pela autonomia dos entes
federados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os
sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e as escolas precisam
elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades
e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e
culturais. Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita
as aprendizagens essenciais para todos os estudantes.
Plano de aula como ponto de partida – Crônicas do Escritor Luís Fernando
Veríssimo com o objetivo de viabilizar e observar como esse gênero: Crônicas,
remete ao cotidiano, utiliza a língua padrão, mas ao mesmo tempo insere traços
próprios da oralidade.
Como os textos literários é uma representação da realidade, fica mais
implícito para em detrimento do favor ao educando aprender sem fatorar
discriminação.
Perpassando pelas sociedades generalizando assim, baseadas na oralidade
e escrita, as histórias infantis, configuram-se como o processo de construção do
conhecimento na realidade da vida cotidiana das crianças desde seu início de
aprendizado e muitas vezes continuam na vida de adolescentes. Por meio destes
enredos vimos as possibilidades de aprendizado de conhecimento e de condutas
extra e intra, no outro e em si na” condução de personalidade “como em festas de
quinze anos por exemplo, onde o príncipe e a princesa ainda fazem parte do
emocional que dantes apreendido pelos “primórdios” doados pelos pais, em seus
gêneros, desde a infância. Essas concepções estão sustentadas pelas teorias do
construcionismo social e ancoradas na perspectiva epistemológica da
fenomenologia que se busca a compreensão dos fenômenos no mundo das relações
vividas. Segundo, Texto entre a Oralidade e a Escrita com a Literatura Clássica
Infantil na construção da Realidade Social, Revista Brasileira de Biblioteconomia e
Documentação, v. 13 - o texto objetiva refletir sobre possíveis relações entre as
sociedades baseadas na oralidade e na escrita com a literatura que compreende os
contos de fadas e contos maravilhosos, a conhecida literatura clássica infantil,
mediante alicerce do construcionismo social que proporciona o entendimento da
dinâmica da sociedade, contemplando as interações humanas e o processo de
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construção da realidade.
O homem busca por conhecimento e nesta busca compreende as estruturas
como formas relacionais do mundo em que vive. Neste ponto, o ser humano busca
reflexões espontâneas no seu eu, que pressupõe se a demonstração desses
valores foram criados a partir desses letramentos, desde a infância ou não, isto é,
por conhecimento empírico.
Para Nietzche (2012) a consciência é o que por último se desenvolve no
orgânico, o mais inacabado e menos forte, poderemos então, fazer suposições
sobre sua flexibilidade. No que diz respeito ao lógico, porém ao inacabado; aos
“felizes para sempre”, traz no conhecimento interior uma mensagem das histórias
infantis, por exemplo: Se eu - “conhecer um belo rapaz...” “...serei mãe e esposa...”
forma internalizada do conhecimento como a construção deste conhecimento,
através dessas histórias que perpassam através do lúdico, causando a sensação
de superação, levando o ser humano ao entendimento indutivo que permite alcançar
estruturas para formação lógica, consciente e construtiva.
Segundo Crippa, a linguagem existe mediante o estoque de informação na
memória (CRIPPA, 2010).
“Nessa direção, ainda, necessário se faz mencionar John Locke. Pensador,
empirista, ao escrever sobre o conhecimento humano, em meados do século XVII,
trouxe outra visão, diferente da que vigorava em sua época (como o pensamento
dos racionalistas, tais como René Descartes, Bento de Espinosa e Gottfried Leibniz),
um entendimento que impactou a forma como a ciência compreendia o processo de
conhecimento humano e como percebemos isso atualmente. Acreditava-se (na
esteira das ideias de Platão) que existiam princípios inatos na mente.
O Homem expressa as suas formas de pensar e agir através do que aprende
e vivencia, em todos os momentos em suas vivências empíricas que através do
aprendizado, as crianças conhecem, no âmbito do desejo, das realizações, nas
aventuras, e até da miséria, a necessidade, as falhas, a problemática, os conflitos
que ainda que produzam bem estar, permanecem no imaginário popular.
Para a escrita literária a representação da realidade, subtende-se como a
presença certa de traços da oralidade nos textos escritos pela literatura infantil , por
exemplo, na Crônica, porque os autores destes textos, geralmente, levam ao leitor a
ilusão de uma realidade, ou realista que emana das tiras de quadrinhos, de
letramento, de oralidade e da própria escrita importantes para o aprendizado.
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Através dos textos poderemos como professores observar que a escrita e a


oralidade melhora e aprende-se e amplia-se o diálogo, a fala de forma clara para
autocorreção, leitura e percepção da construção dos signos literários, tanto quanto,
para a construção de conceitos definidos e subjetivos, do abstrato e do concreto,
para o aprendizado do aluno.
Por meio de traços da oralidade, em textos literários , e por meio da
reprodução da fala, é possível identificar traços da personalidade dos personagens,
no que diz respeito ao real imitando a vida e as coerências desta.
Como exemplo nas crônicas indicadas de Luis Fernando Verissimo há traços
da oralidade, para que haja, representação dos personagens, e das situações que
se encontram esses personagens. Luis Fernando propõe casos, interacionais e
relacionais com a vida destes personagens para criticar, contar, resolver conflitos,
refletir, instituir ideias...
Como plano de aula, o professor pode, por meio dos textos literários trabalhar
a consciência fonológica dos alunos de várias formas, e uma delas seria o teatro.
Com técnicas da aula da disciplina de Artes visuais, e do programa de português
gramática e literatura, com alunos de séries finais, da educação básica, usaria como
conteúdo o tema Crônicas de Luíz Veríssimo, separando em grupos de três, dois,
quantos possuírem a ideia de conclusão textual, onde no desenvolvimento deste
plano cada grupo devirá escolher personagens, leitura dos textos escolhidos pelo
professor com antecedência e trazendo para a classe dinâmicas construídas das
Artes Cênicas e da Oralidade do Teatro e do texto literário. As encenações e o
objetivo seria trabalhar a consciência fonológica, a leitura e escrita, bem como a
socio-interação, a escrita e reescrita destes textos para suas falas do enredo textual.
Assim de forma que o planejamento do Plano de Aula seria desenvolvido com
os alunos e como plano de trabalho para os mesmos em suas auto avaliações e
autocorreções.
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CONCLUSÃO

Conclui-se que mediante este mecanismo cultural pode-se buscar reflexões


pertinentes, já que são demonstradores de valores (que são criados pelos
indivíduos) e propicia, a partir destes conhecimentos, interação, ação, inovação.
A situação geradora de aprendizagem a respeito da professora Rita, segundo
projeto de classe – 4ª semestre de Letras - com os estudos do ensino de linguagem
pelo viés do letramento, no que diz respeito aos significados e (da língua e da sua
cultura) está no caminho certo para constituir amplamente conhecimentos e
capacitar aos alunos criticidade sobre a natureza humana sem críticas e deboches
com desigualdades da língua.
Deve-se pensar estratégias para abordar essa questão de oralidade para
evitar hostilizar os alunos pela forma como falam e, sobretudo, como escrevem.
Assim, considerando precisa-se instigar o gosto pela leitura.
O Teatro resolveu-se unir o útil ao agradável: abordar a oralidade na escrita
por meio da literatura, especialmente por meio da crônica literária, observando
quando essa modalidade da língua pode ser empregada e quando precisa ser
evitada.
Após chegar a essa conclusão, “Rita”, segundo PTI para o 4ª semestre de
Letras - elaborar um Plano de Aula para a realização de atividades voltadas à
identificação e à exploração da língua escrita e da oralidade na crônica.
Deve-se garantir aos estudantes ser protagonistas de seu próprio processo de
escolarização, reconhecendo-os como interlocutores legítimos sobre currículo,
ensino e aprendizagem. Nesse sentido, assegurar-lhes uma formação que, em
sintonia com seus percursos e histórias, permita-lhes definir seu projeto de vida,
tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como também no que concerne às
escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e ético.
É muito importante fazermos um trabalho conjugado entre oralidade e com os
gêneros orais; isso pode auxiliar e garantir até que o aluno se expresse bem e
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desenvolva uma boa leitura oral, assim sendo poderá se expressar bem
publicamente e não sendo inseguro usando bem os gêneros orais.

REFERÊNCIAS

Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – Relações entre a


oralidade e a escrita com a literatura clássica infantil na construção da
realidade social. v. 13, n. 2, jul./dez. 2017

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Brasil -A presença da


oralidade na literatura: estudo de crônicas de Luís Fernando Veríssimo - Ana
Maria Urquiza de Oliveira.

B.N.C.C. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Disponível em Arquivo do


A.V.A da faculdade de Letras – Português e Inglês da Faculdade Anhanguera EAD
da Disciplina de atividades Interdiciplinares - Acesso em: 24 jul. 2020.

CIP – Brasil Catalogação na Fonte – Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ


Livro comédias para Ler na Escola – Luis Fernando Veríssimo.

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